Porfolio_Felipe Chaweles_2024

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felipe chaweles | porfolio 2024


Felipe Chaweles

|

São Paulo, SP

chaweles@usp.br

|

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educação FAU USP

2020 -

Colégio Santa Cruz

2006 - 2019

graduação em Arquitetura e Urbanismo Pré Escola, Fundamental e Médio

cursos extracurriculares Revit I e II

2022

TreinaSoft: Cursos de Informática

fevereiro - abril

UCL - The Bartlett School of Architecture

2019

Summer School

julho - agosto

EBAC - Escola Britânica de Artes Criativas

2019

Criação & Design: Fundamentos

janeiro - junho


idiomas

habilidades

Português

nativo

Espanhol

nativo - C2

Inglês

avançado

Francês

iniciante - B1

Chan Chan, de Huaca a Huachaque

Concurso arquitetônico

Painters Lake House

Podcast

SpotFAU: Pesquisa

Divulgação na CAU/BR FAU no Minecraft, clique aqui

avançado

Autocad

avançado

Grasshopper

intermediário - avançado

Enscape

intermediário - avançado

projetos Pesquisa FAPESP

Rhinoceros

2021 - 2023 2022 2021 - 2022 2021

Illustrator

intermediário

Sketchup

intermediário

InDesign

intermediário

Revit

básico - intermediário

Photoshop

básico - intermediário

Python básico

cargos e ocupações Representante Discente

2020 - 2023

Monitor de disciplina

2022

Membro do GFAUD

2020 - 2021

Departamento de Tecnologia - AUT AUT 0182 - Construção do Edifício I Grêmio Estudantil

outubro - janeiro março - julho junho - dezembro

Processing básico


Cozinha Comunitária São Remo cozinha temporária para mulheres páginas 6 - 19

Monohlito exploração volumétrica e artística páginas 20 - 29

RISCA Paissandú residencia e centro de acolhimento páginas 21 - 46

portfolio feito com o InDesign



01 cozinha comunitária são remo 2023.1 Professores: Lara Leite, Luis Antonio Jorge, Paulo Fonseca e Tatiana Sakurai AUP 0448 - Arquitetura e Indústria

O projeto aqui idealizado busca dar continuidade a uma proposta concebida pela organização sem fins lucrativos ENACTUS de uma cozinha comunitária para mulheres chefes de família com dificuldades financeiras. A proposta da organização previa a construção de cozinhas temporárias que utilizassem biogás para gerar energia, mas sem especificar como seria a arquitetura do programa. As premissas trazidas pela organização giravam em torno da praticidade do espaço, seu baixo custo e sua capacidade de replicar-se quantas vezes fosse necessário, não tendo como empecilho nem o terreno nem a construção da estrutura. O espaço deveria, sobretudo, ser um vetor de impacto na vida e na alimentação das famíias de comunidades pobres. Em um primeiro momento com foco na comunidade de São Remo, no butantã, mas pensando na sua replicabilidade pelo país para diversas outras situações.

figura realizada com Sketchup e Illustrator

integrantes do grupo: Felipe Chaweles | Beatriz Ramos Bernardo Fonseca | Jordana Löw Marina Vezzani | Pedro Cabús



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1m


cozinha comunitária são remo

A possibilidade de organizar um módulo base em diversas composições distintas foi a diretriz central na concepção do projeto. Buscou-se dar destaque à sua modularidade e capacidade de uma mesma estrutura ser remontada em novas localidades várias vezes. O estudo de possíveis terrenos para a implantação levou o módulo básico a ganhar um formato triangular que se ajustasse a lotes com quinas estreitas sem perder a capacidade de configurar formas mais quadradas e retangulares nas composições. Para otimizar a planta interna e diminuir custos as arestas foram seccionadas, criando um polígono hexagonal na base com um telhado triangular de uma água no topo. O módulo foi projetado para ser leve, com peças de no máximo 70kg que pudessem ser transportadas e montadas por poucos trabalhadores, sem exigir-lhes grande instrução técnica. A escala das peças também entrou na conta, com um módulo triangular equilátero com 90 centímetros de base e altura máxima do módulo atingindo 3 metros. A figura ao lado representa a construção de um único módulo dividido em três etapas. Em um primeiro momento colocam-se as três fundações retráteis - que se adaptam a terrenos irregulares -, com vigas de base que suportarão toda a estrutura e as cargas móveis. Em seguida ocorre a colocação das vigas estruturais de todo o módulo. Por fim, colocam-se as vedações e a cobertura.

figura realizada com Rhino e Illustrator 9






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Prezando por uma estrutura de fácil fabricação, optou-se pelo uso de tubos metálicos industrializados de fácil acesso, porém — pela falta de encaixes metálicos no mercado que correspondessem às necessidades de encaixe exigidas pelo projeto — buscaram-se peças sob medida que poderiam ser fabricadas a partir de moldes. O processo exigiria certa complexidade em uma primeira fabricação, mas, uma vez que o molde já existisse, a estrutura se baratearia novamente pela facilidade de replicação. A beleza do formato do encaixe central surge da adequada parametrização das necessidades e dos materiais pré-fabricados com os quais dialogaria. Em outras palavras, seu formato parte da espessura dos tubos metálicos e das inclinações e ângulos necessários para que a estrutura seja firme, acrescentando orifícios de fácil instalação para os parafusos. 1. tubo metálico 120mm 2. tubo metálico 80mm 3. encaixe metálico pré-fabricado sob medida 4. parafuso sextavado M12 1,75 Ma X 90 5. telha sanduíche ondulada com isolante EPS 6. vedação metálica pré-fabricada 7mm, com aberturas longitudinais 7. caixilho metálico parafusado 8. vidro temperado 10mm corte aa corte das vedações e da cobertura, mantendo a estrutura metálica figura realizada com Rhino e Illustrator

páginas 10 - 13 maquetes físicas com composições do módulo base MDF e madeira balsa cortados com LaserCut

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20cm


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6

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corte aa

possíveis configurações em planta dos módulos 16


cozinha comunitária são remo

2m

figuras realizadas com Rhino, Autocad e Illustrator 17


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corte bb

planta e corte de uma possível configuração dos módulos 18


cozinha comunitária são remo

1m

figuras realizadas com Rhino, Autocad e Illustrator 19



02 monohlito

2023.2 Projeto pessoal

Alfredo Hlito, Efigie, 1980 acrílico sobre tela

Figura realizada com o Rhinoceros, Grasshopper e Impressora 3D com PLA branco

A partir do conhecimento sobre as obras e pensamentos do pintor argentino Alfredo Hlito, surgiu o interesse em explorar as ideias filosóficas a respeito da arte introduzidas pelo artista no meio intelectual latino americano da segunda metade do século XX. Em um primeiro momento realizaram-se esboços buscando visualzar aquilo que o artista falava e, conforme o interesse no tema aumentava, surgiu a ideia de tentar tridimensionalizar o pensamento.

Os anseios de Hlito giravam em torno da busca pela eliminação do caráter estético da arte em prol de um caráter simbólico da forma: a imagem como uma mensagem a ser lida. Pensar em um significante cuja compreensão nunca é total e depende da disposição daquele que entra em contato com ele. Tais pensamentos foram fundamentais na concepção deste projeto cuja forma final não é imposta previamente, mas definida pelo usuário.


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A imagem aqui seria, por definição, a “não-coisa” daquilo que representa, uma vez que toda representação pressuporia a anulação da coisa em si seguida da criação de uma coisa nova. O que se buscou neste projeto foi a dialética artística causada pela abdicação da figura original para a criação de uma nova figura. Seria possível dizer, dessa

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forma, que existe um Mono zado pela Impressora 3D, e dos, que negam o significa cada desenho ou fotogr único, com um sentido úni

O Monohlito não possui um co uma posição correta. Su


ohlito real, aquele materialiinúmeros outros reinventaado original e criam outros: rafia seria um Monohlito ico.

ma finalidade única, tampouua forma, para além do lado

monohlito

artístico, foi calculada para se autosustentar em qualquer posição. Não existe um cima ou baixo, um lado direito ou esquerdo, tudo depende da posição que o usuário dá à peça e como decide visualizá-la. Os objetos, na visão de Hlito, são símbolos das operações do espírito, e essa foi a ideia que guiou o projeto.

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Para a materialização da ideia e dos croquis desenvolvidos, projetou-se uma estrutura baseada em parâmetros volumétricos que, posteriores ao desenvolvimento de desenhos e formas artísticas, permitissem à peça ficar em pé em distintas posições.

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monohlito

acesso ao arquivo 3D da estrutura

O Grasshopper foi utilizado para calcular o centro volumétrico da estrutura, conciliando-o com os centros geométrios bidimensionais formados pelos triângulos que cada plano de contato com o chão criava. Buscando ângulos de 90° entre ambos os centros, em cada uma das possíveis posições que a figura poderia estar, obteve-se a forma que se desejava.

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monohlito

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03 risca paissandú

2022.2 Professor: Francisco Spadoni AUP 0158 - Projeto II

O Largo do Paissandú é um território de ocupação centenária no centro da cidade de São Paulo. Já passou por inúmeras modificações desde seu surgimento. No início do século XX viveu uma grande valorização urbana que, infelizmente, não persistiu. Todo o centro de São Paulo vivenciou, na segunda metade do século, um abandono por parte do Estado e das populações mais abastadas. Tais espaços foram gradualmente sendo ocupados por populações mais marginalizadas, levando a um super adensamento nos dias de hoje. Tendo isso em mente, articular as necessidades habitacionais do centro com os anseios de lazer e comércio de uma população sub-amparada se apresentou como o principal objetivo do projeto. Paralelo a tais demandas, a percepção de uma população cada vez mais significativa de mulheres em situação de vulnerabilidade, seja por abandono do marido ou por violência doméstica, colocava a necessidade de um espaço de acolhimento, ainda pouco presente em São Paulo. Surge assim a ideia do RISCA — Residência de Interesse Social e Centro de Acolhimento —, um projeto urbano que busca, no mesmo volume edificado, conciliar a demanda por moradia de qualidade para famílias de baixa renda, um centro para acolher temporariamente mulheres desabrigadas (com e sem fillhos) e juntamente um espaço de uso da população da região, com comério, lazer e serviços.

figura realizada com Rhino, Revit, Enscape e Photoshop



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risca paissandú

a

b

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O lote do projeto se insere no entremeio de diversos pontos icônicos da cidade de São Paulo, e por seu tamanho extenso exigia um desenho que integrasse-o ao contexto e à história local, ao mesmo tempo que proporcionasse uma nova forma de ocupar a região. O edifício buscou, primeiramente (a) não bloquear as possíveis formas de circulação dos pedestres e, pelo contrário, apropriar-se disso, convidando-os a utilizar o lote. Em seguida (b), visando manter uma boa iluminação na fachada, pensou-se em curvar a planta, aumentando a quantidade de apartamentos com boa iluminação natural. Como forma de dialogar com os edifícios do entorno (c) e, ao memso tempo, valorizar a vista 30m

ao Largo, escalonou-se o edifício seguindo os gabaritos comuns da região. Por fim (d), como forma de lutar contra a falta de verde no centro, pensou-se na criação de diversas varandas e áreas comuns. 1. Largo do Paissandú 2, Avenida Rio Branco 3. Avenida São João 4. Avenida Ipiranga 5. Viaduto Santa Ifigênia 6. Galeria do Rock 7. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos 8. Catedral Lutherana de São Paulo

figuras realizadas com Rhino, SketchUp e Illustrator 33


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1m

planta tipo do apartamento unifamiliar

Para criar a integração entre os tipos de uso do edifício — as moradias de interesse social e habitações temporárias para mulheres em situação de vulnerabilidade —, era necessário pensar em módulos que permitissem ser facilmente distribuídos para possibilitar a criação de um edifício com escalonamento irregular sem comprometer sua fun-

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cionalidade, ao minimizar as áreas de circulação. Vinculando os espaços internos do edifício à sua forma estrutural, projetou-se apartamentos cuja totalidade estivesse entre pilares. Utilizou-se uma modulação de 10m x 5m, prezando que todos os ambientes da casa — tanto do apartamento unifamiliar quanto da moradia tem-


risca paissandú

figuras realizadas com Rhino e Illustrator

planta tipo da moradia temporária

porária — tivessem acesso externo: seja pela janela que dá à rua, quanto para o corredor aberto. O apartamento unifamiliar tem ambientes amplos visando permitir à família que ocupe-o e reforme-o da forma que lhe aprazer. Já a moradia temporária exigiu ao projeto a criação de espaços versáteis para diferentes tipos de família.

Mulheres sozinhas podem habitar um quarto com ou sem cozinha (utilizando a cozinha compartilhada nestes casos), e mulheres com filhos podem ocupar dois quartos a partir de uma ampla porta de trilho que permite criar um ambiente único, integrando a família

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planta do pavimento térreo

10m



planta do segundo pavimento

10m



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risca paissandú

A área de uso misto, comercial e de serviços, ocupa 3 pavimentos: o subsolo, o térreo e o mesanino, cada um com funções específicas. O subsolo foi pensado para abrigar serviços e lojas menores, como ocorre em diversos edifícios da região. Já o térreo contaria com lojas maiores e atrativas ao lado de bares e restaurantes, se aproveitando da circulação da região e do espaço agradável criado. Já o mezanino foi projetado com a função de servir de pequena creche para famílias da região e, principalmente, para as mães do Centro de Acolhimento. Já os pavimentos 1 - 3 foram pensados para abrigar o Centro de Acolhimento em, aproximadamente, 70% da área do andar, sendo os outros 30% destinados às moradias unifamiliares. Do pavimento 3 ao 25 pensou-se um uso exclusivamente residencial unifamiliar, que ocupa mais espaço e atinge a maior demanda da região por moradias de qualidade para as classes menos abastadas. A circulação vertical destina um conjunto de elevadores e uma escada para o Centro de Acolhimento e outros dois conjuntos de elevadores com duas escadas para a parte residencial fixa. Prezou-se no projeto por isolar totalmente um sistema do outro, mesmo com um prédio único, com o objetivo de manter a privacidade e a exclusividade do acesso de mulheres ao Centro de Acolhimento. figura realizada com Revit, Autocad e Illustrator corte aa 10m

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risca paissandú

Ao longo do desenvolvimento do projeto, o brise surgiu como uma necessidade para driblar os eféitos deletérios e incômodos do Sol nas fachadas, sem perder suas qualidades. O brise foi pensado a partir de parâmetros para

bloquear a incidência solar nos horários e épocas mais quentes, mas mantendo a vista e pensando também em fatores estéticos e de criação de identidade ao projeto arquivo do Grasshopper com o projeto do brise 43


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figura realizada com Rhino, Revit, Enscape e Photoshop

1. concreto 2. regularização 3. primer 4. manta asfáltica 5. proteção mecânica 6. mastique 7. geotêxtil 8. chapisco

9. cimentocola 10. revestimento cerâmico 11. terra 12. brise 13. placa metálica 14. parafuso

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corte esquemático com detalhamento dos revestimentos realizado com Rhino, Autocad e Illustrator

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