Mensageiro Celeste • Abril 2004

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ANO II • N.º 11 • ABR 2004

Informativo do Centro Cultural Akenathon da ORDEM FRATERNAL CRUZEIRO DO SUL - “CEU”

PÁSCOA

O símbolo da vida

A páscoa, uma festa de fé e chocolate que, muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera. Uma nova etapa cumprida e a passagem para o novo. Uma data de celebração do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo, mas que simbolicamente também é uma festa de libertação. Assim como para os judeus, ela marca a passagem da escravidão no Egito para a liberdade, para os cristãos, o sacrifício de Jesus também liberta a alma dos homens da escravidão do mal e lhes dá uma nova oportunidade de reencontrar Deus. Pág. 3

Universalidade A cruz é a condição necessária da ressurreição e é a chave que abre o túmulo dos mortos. Descubra a sua representação para os místicos espiritualistas.

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Grande místicos “Uma ética que nos obrigue somente a preocupar-nos com os homens e a sociedade não pode ter esta significação. Somente aquela que é universal e nos obriga a cuidar de todos os seres nos põe de verdade em contato com o Universo e a vontade nele manifestada”. Conheça mais sobre Albert Schweitzer, médico, teólogo e místico.

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Diálogos eternos São João da Cruz, um ser que se ergueu acima do seu tempo. A leitura de suas obras é luminosa. Suas lições de vida fortalecem decisão interior de ser correto. Pág. 4


EDITORIAL

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renovação do nosso espí-rito requer um esvazia-mento constante dos maus pensamentos e sentimentos. Através da comunhão com a Poderosa Força Cósmica, mesmo na adversidade e no desamor, é possível ressuscitar o Cristo Interno e seguir viagem para a Luz. Eternizar o saber e o servir, perseverando no diálogo, na ética e no perdão - eis a missão dos espíritos sábios que nos orientam para a era de Aquário. De nada adianta viver, se não reverenciamos o dom da vida e do amor através da ação, como o fizeram Mestre Jesus, São João da Cruz, o virtuoso Albert Schweitzer e muitos outros santos e místicos. Orar é agir, é ativar o nosso potencial de imortalidade, equilibrando o nosso poder de escolha. “Deus só rei-na numa alma pacífica e desinteressada. Mesmo que faças muitas coi-sas, se não aprenderes a negar a tua vontade e sujeitar-te, despreocupado em relação a ti mesmo e às tuas coisas, não te adiantarás na perfeição.” Façamos deste ensinamento de São João da Cruz, uma reflexão para a Páscoa e também para nossa vida diária. Boa leitura e até o próximo mês. Kabir da Pérsia Sumo Sacerdote da “CEU”

O Poder da Oração

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uando oramos, a mente é eleva-da a um estágio de vibração aci-ma da usual. Se a oração é fer-vorosa, equivale a uma fase do sono conhecida como estágio alfa. Nele, as ondas cerebrais permitem o contato com essências e consciências fora da realidade tridimensional, que é o plano no qual os seres humanos estão normalmente presentes e atuantes. A importância da oração é tal que determina não só o contato com a essência crística como também com outras inteligências iluminadas. Ocorre também uma purificação ambiental fluídica que previne a interferência de energias mais densas, funcionando como um invólucro protetor sobre a aura, casa e ambiente. Em todas as sessões da “CEU”, públicas ou secretas, a oração está presente do início ao fim. A partir dela os trabalhos espirituais ganham forma e se finalizam. Nas sessões de tratamento, por exemplo, a força dos pedidos de cada um dos pacientes dá o movimento e harmoniza o ambiente. Outro rito que a Casa oferece é o Rosário Crístico, destinado exclusivamente à oração do Pai Nosso de forma espiritualista e no qual são representados a Mãe Natureza; nota nota nota nota

Uma publicação do Centro Cultural Akenathon da Ordem Fraternal Cruzeiro do Sul – “CEU’. Jornalista responsável: Rafaela Gomes – JP 23991 RJ Projeto Gráfico: Francisco Carlos de Paula Tiragem: 2000 exemplares Impresso na Gráfica Irmãos Passos. Distribuição gratuita Se quiser receber o Mensageiro Celeste regularmente em casa, avise-nos. A sua assinatura vai nos ajudar na impressão e distribuição do jornal. Ordem Fraternal Cruzeiro do Sul – “CEU” Rua Washington Luiz, 128 – Centro – Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20230-021. Tel.: (21) 2505-9127 Fax: (21) 2505-9130 E-mail: ceu_namaste@yahoo.com.br A “CEU” é uma instituição místicoespiritualista, sem fins lucrativos, voltada para a ajuda ao próximo e fundamentada em religiões orientais. Suas atividades são realizadas por voluntários e mantidas por doações espontâneas.

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Pai Nosso Na Igreja do Pai Nosso, no Monte das Oliveiras, em Jerusalém, na Palestina, há versões da oração “Pai Nosso”, ensinada por Jesus Cristo, em centenas de idiomas falados pelo mundo, inclusive o português. Existe lá, também, a versão em aramaico, que está gravada em uma pedra de mármore branco. O aramaico, originário da Alta Mesopotâmia (séc VI a.C.), era o idioma usado pelos povos da região e era a língua na qual Jesus Cristo falava às pessoas. Há uma tradução livre, do aramaico para o português,gravado na pedra, e da qual provavelmente se derivou a oração que está na Bíblia. Especial

Medicina alternativa

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partir desse mês, a “CEU” está disponibilizando mais uma opção de atendimento gratuito ao público. Além de shiatsu, psicologia e atendimen-to jurídico, a Casa oferece sessões de auriculoterapia, uma especialidade da acupuntura que se utiliza dos pontos localizados no pavilhão da orelha (cerca de 200). Tudo isso sob a orientação das terapeutas Carmelita Souza da Silva e Edna Barbosa Nascimento.

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Espaço dos leitores “... depois de 12 anos em Londres, acabo de voltar ao Brasil. Conheci o jornal ao ler um exemplar distribuído na loja Mundo Verde, em Botafogo. Parabéns pelo jornal, bem escrito, claro e informativo”. Laís Pimentel, por email.

Deus, o Grande Artesão, Criador de todas as coisas; Jesus - o fruto, seu filho, que ao morrer na Cruz demonstrou com seu sacrifício todos os padecimentos morais e físicos que a humanidade passaria através dos ciclos encarnató-rios para evoluir mental e espiri-tualmente. Durante a sessão todos os credos e raças comungam juntos, vibrando o fogo divino da redenção pela fé, esperança e caridade.

Carta: Rua Washington Luiz, 128, Centro, Rio de Janeiro. Cep: 20230-021 (escreva no envelope: PARA A REDAÇÃO DO MENSAGEIRO CELESTE). E-mail : mensageiroceleste@yahoo.com.br

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Confira a tradução na íntegra: Pai Mãe, respiração da vida, fonte do som, ação sem palavras, criador do cosmo! Faça sua luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós, para que possamos torná-la útil. Ajude-nos a seguir nosso caminho, respirando apenas o sentimento que emana do Senhor. Nosso eu, no mesmo passo, possa estar com o Seu, para que caminhemos como reis e rainhas com todas as outras criaturas. Que o Seu e o nosso desejo sejam um só, em toda a luz, assim como em todas as formas, em toda existência individual, assim como em todas as comunidades. Faça-nos sentir a alma da terra dentro de nós, pois assim sentiremos a sabedoria que existe em tudo. Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda e nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento. Não nos deixe ser tomados pelo esqueci-mento de que o Senhor é o poder e a glória do mundo, a canção que se renova de tempos em tempos e a que tudo embeleza. Possa o Seu amor ser o solo onde cresçam nossas ações. Amém.

Figuras mágicas

cruz, sinal conhecido desde qua-se cinco mil anos antes de Cristo, representado por dois braços ver-tical e horizontal que se cruzam no centro e se prolongam para o infinito. Ela é na verdade, o símbolo da inter-pretação de duas esferas opostas – céu e terra -, do tempo e do espaço. Na escrita chinesa, por exemplo, ela aparece na série das chaves, no con-junto de signos fundamentais, com os quais se compõem todos os ideogramas chineses. De acordo com a tradição chinesa, este símbolo representa os princípios opostos do yin e yang e sua tradução remete a idéia de universa-lidade e plenitude. Na Índia, ela vem carregada com um profundo significado, dinâmico

por essência. É o símbolo da atenção, do desen-volvimento e da Unidade, equivalente aos quatro braços da representação dos deuses soberanos: Brahma, Vishnu e Shiva. A cruz é um símbolo tão importante que está presente na aritmética através dos sinais de adição, multiplicação e divisão. E também no Tarô, onde desempenha um papel impor-tante na interpretação simbólica dos arcanos maiores. Já para os espiritualistas, ela é a marca dos quatro elementos que compõem a natureza – fogo, terra, ar e água -, dos quatro pontos cardeais – norte, sul, leste e oeste -, da bipolaridade – homem e mulher, mais e menos. Dos inúmeros tipos, apenas sete são utilizados em algumas sessões na “CEU”: Caravaca, Tau, Crística, Imissa, Suástica, Ânsata e Malta.


O encontro marcado com Deus

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áscoa, do hebreu peschad, em grego paskha e latim pache, sig-nifica passagem, transição anunciada pelo equinócio de prima-vera. Considerada, essencialmente, a Festa da Libertação, a Páscoa é uma das festas móveis do calendário, vinda logo após a Quaresma e culminando na Vigília Pascal, sempre baseada na lua cheia posterior à entrada do Sol em Áries. Embora tenha sua origem no Pessach, quando os judeus comemo-ram a libertação dos hebreus da escravidão no Egito, a festa da Páscoa é celebrada também pelos cristãos, que nela comemoram a imolação do Cristo e Sua ressurreição gloriosa pela redenção da humanidade. É um tempo de reflexões sobre culpa, perdão, vida, amor, morte, penitência, solidariedade e liberdade. Uma época para refletir sobre a maneira como se pensa e vive a vida, descobrir e repensar seus valores. Esta é uma data que convida à morte. A morte para um modo de vida baseado em conceitos e crenças mundanas. É um convite para

abandonar o que, no coração, se sabe que é preciso abandonar. É um convite para ressuscitar da morte da igno-rância espiritual, dos valores consu-mistas que criam um destino indivi-dual de tensão e ansiedade e uma sociedade violenta e imoral. Como observou o Papa Paulo VI, esta é uma data com um profundo significado humanístico e por um momento é preciso que os homens recordem seu significado: símbolo de liberdade e esperança para a Humanidade. É como se Cristo dissesse: “Você pode crucificar o meu corpo transitório, mas não pode crucificar a Mim que sou permanente. Você pode caluniar minha personalidade histórica, mas não pode caluniar minha Consciência imortal, que transcende qualquer definição verbal. Você, que vive alicerçado nas coisas que o mundo dá, pensa que está me tirando algo a Mim, que sou Onipresente!”. Para celebrar a data, a “CEU” oferece o rito de Páscoa, que este ano acontece no dia 11 de abril, às 18h.

Pastor Nehemias Marien

Albert Schweitzer

Diálogo interreligioso

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O Domingo de Páscoa é a ressur-reição, simbolizada pelo ovo que signi-fica o nascimento, a nova vida. A tradição de oferecer ovos vem da China. Há vários séculos os orientais preocupavam-se em embrulhar os ovos naturais com cascas de cebola e cozinhavam-nos com beterraba, ao retirá-los do fogo, ficavam com desenhos mosqueados na casca. Assim, eram dados de presente na Festa da Primavera. E o costume chegou ao Egito. Assim como os chineses, os egípcios distri-buíam os ovos no início da nova esta-ção. Depois da morte de Jesus, os cris-tãos consagraram esse hábito como lembrança da ressurreição e no século XVIII a Igreja adotou-o oficialmente, como símbolo da Páscoa. Desde então, trocam-se os ovos enfeitados no domingo após a Semana Santa. E o coelho da Páscoa, surgiu para representarem a fecundidade e a reprodução constante e cíclica da vida. Estão relacionados com a idéia de que a festa é a vitória da vida em sua exuberância e generosidade. Outros símbolos também são usados na comemoração. Mesmo nos mais diferentes países e culturas, muitos elementos estão sempre presentes nos rituais há centenas de anos. O círio pascal, por exemplo, é uma grande vela com cinco cravos, representando as cinco chagas de Cristo. Pão e vinho representam o corpo e o sangue. O cordeiro, Jesus Cristo. E a cruz como o símbolo da fé católica, congregando tanto a idéia de sofrimento como de ressurreição.

GRANDES MÍSTICOS

Opinião

eep the dialogue” (pre-serve o diálogo), era a frase de ordem, escrita a laser, nas montanhas nevadas da Suíça saudando os congressistas do re-cente I Fórum Mundial de Macroeconomia realizado em Davos. Certamente o diálogo, no humano existir, constitui a chave mestra que abre todas as portas. Esse é o imperativo caminho na construção da paz social almejada pela sociedade planetária. E, exatamente, porque destrona o personalismo egoísta para, eucaristicamente, assim como a hóstia consagrada no altar da Igreja, nutrir a humanidade. O diálogo inter-religioso é uma espécie de campus universitário aonde se confraternizam e mesmo se mistu-ram as diferentes faculdades e seus saberes que constituem o alicerce da inteligência humana. O objetivo do diálogo interreligioso é a transparência de seus partici-pantes. Dessa unidade espiritual decorre a esperança do

Os símbolos da Páscoa

movimento ecumênico, cujo alvo se centraliza no mútuo respeito às diferenças. Nessa ascese espi-ritual encontra-mos a verdadeira “escada de Jacó” dos sonhos bíblicos. O diálogo inter-religioso mostra como é possível a construção de um mundo de paz efetiva tendo os seres humanos como seres cidadãos. O movimento ecumênico prioriza sua pregação nessa unidade fraterna imperativa para o crescimento espiritual da humanidade. O diálogo rompe o egoísmo. Essa é a grande verdade bíblica, na perspectiva do redator sagrado, quando no seu gênesis, nos revela um Deus que dialoga com a sua humana criatura: “Adão, onde estás?”. E assim, o ser humano se torna humano! Igreja Presbiteriana Unida Igreja Bethesda Rua Guimarães Natal, 31 Copacabana Tel.: (21) 2542-3663 www.bethesda@org.br

Reverência pela vida

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sse era o supremo princípio ético do amor ensinado por Albert Schweitzer, músico, místico, filósofo, organista interprete de Bach, médico e ganhador do prêmio Nobel da paz em 1952. Nascido na Alsácia, França, desde mui-to cedo ficou claro que ele era diferente. Sua alma tinha o profundo compromisso de servir a humanidade com pensamento e com ação. Ao longo de sua vida fez tudo aquilo que lhe dava prazer: concertos e debates sobre literatura, teologia e filosofia. Tudo isso para mais tarde iniciar um novo caminho. Formado em medicina, mudou-se para a África com o propó-sito de cuidar da população carente. Era o início de um trabalho voluntário que durou 52 anos e foram esses esfor-ços humanitários que o fizeram con-quistar o prêmio Nobel da Paz, em 54. Porém, Schweitzer não era só um médico curando doentes. Dentro dele viviam a música, a filosofia, o misticismo, a ética. Sabia que somente o pensamento era capaz de mudar as pessoas. E o que mais desejava era descobrir o princípio que vivia encarnado nele. Em seus escritos, relatou

que foi numa noite onde ele se perguntava qual seria esse princípio ético. E foi como uma relâmpago que pareceu na sua cabeça a expressão: reverência pela vida. “Tudo o que é vivo deseja viver. Tudo o que é vivo tem o direito de viver. Nenhum sofrimento pode ser imposto sobre as coisas vivas, para satisfazer o desejo dos homens”, concluiu Albert Schweitzer. Como jamais visto anteriormente, sua filosofia encurtava as relações entre homem, animal e natureza. Esta relação modificou às atitudes e muitas maneiras que ajudaram, e muito, na transformação de uma corrente de pensamento. Seu trabalho missionário durou até os 90 anos, quando veio a falecer. Os hospitais no Gabão permanecem ativos até hoje, realizando pesquisas e tratando pacientes acometidos de moléstias tropicais, com destaque para a AIDS e o vírus Ebola. No Rio de Janeiro, um hospital estadual em Realengo recebe seu nome. Devido seu carinho especial pelos animais, Schweitzer também é lembrado e homenageado pela Suipa (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais).

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boa dica boa dica boa dica

DIÁLOGOS ETERNOS São João da Cruz

Conversa com São João da Cruz * Adaptado da Revista Planeta, edição 360.

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ístico, renovador, São João da Cruz foi perseguido, preso e es-pancado por outros religiosos, politicamente poderosos, irritados porque ele colocava em prática o ensi-namento cristão mais autêntico. Ele mostra de que modo a luz espiritual pode vencer o erro e resgatar, um após o outro, todos os indivíduos da humanidade. Na caminhada espiritual, é fácil confundir o mal com o bem. A mentira busca disfarçar-se com toda aparência de verdade, não é? Entre os numerosos ardis usados pelo demônio para enganar os espiritualistas, o mais comum é enganálos sob a aparência de bem e não sob a aparência de mal; pois ele sabe que, conhecido o mal, eles dificilmente o abraçariam. E, assim, deves ter cuidado sempre com o que te parece bem. Sua obra escrita é um dos pontos altos da tradição cristã. Mas o caminho espiritual que você ensina não é fácil, porque recomenda um desapego completo em relação a tudo. Que cautelas são necessárias em relação ao mundo externo? A primeira é que todas as pessoas tenham igual amor e esquecimento, desprendendo o coração tanto de uns como de outros. Considerar a todos como estranhos e dessa maneira cum-prir o teu dever para com eles melhor do que pondo neles a afeição que deves a Deus. Se fores omisso em observar esses pontos, não saberás ser religioso, nem poderás chegar ao santo reco-lhimento, nem livrar-te das imperfei-ções que isso traz consigo. Isso significa ser justo e impessoal em todas as situações. Não é fácil, mas necessário. E a segunda cau-tela? A segunda cautela contra o mundo se refere aos bens temporais. Para te livrares, completamente, dos danos dessa espécie, é necessário rejeitares

toda forma de propriedade. Não deves ter preocupação alguma a esse respeito, empregando essa energia em outra coisa mais elevada, que é buscar o reino de Deus, porque o resto “ser-nos-á dado por acréscimo” (Mt: 6, 33). O que você propõe é uma simplicidade radical no nosso modo de viver. Mas alguns pensam que é possível conciliar o aprendizado espiritual com riquezas e satisfações materiais... Como quem empurra um carro ladeira acima, assim caminha para Deus a alma que não afasta de si os apegos nem apaga o apetite. Não é da vontade de Deus que a alma se perturbe com coisa alguma nem que padeça angústias; porque se as padece é por fraqueza da sua virtude, pois a alma perfeita tem prazer com aquilo que aflige a imperfeita. Para a filosofia esotérica, Deus é, na verdade, a lei eterna do equilíbrio, do amor e da harmonia. Como é possível entrar em contato com a lei universal? Considera que Deus só reina numa alma pacífica e desinteressada. Mesmo que faças muitas coisas, se não aprenderes a negar a tua vontade e sujeitar-te, despreocupado em relação a ti mesmo e às tuas coisas, não te adiantarás na perfeição. Muitas pessoas são escravas de desejos egoístas. Quais são as conseqüências disso? Todo apetite causa na alma cinco danos: o primeiro, é que a inquieta; o segundo, que a perturba; o terceiro, que a suja; o quarto, que a enfraquece; o quinto, que a obscurece. O silêncio interior é fundamental para a compreensão da verdade. Mas como eliminar o ruído mental causado pelos desejos? Quanto mais te apartas das coisas terrenas, mais te aproximas das celestiais. Quem para tudo souber morrer terá vida em tudo. Aparta-te do mal, faze o bem e busca a paz. Quem se queixa e murmura não é perfeito, nem mesmo bom cristão.

Ciclo de Palestras Programação de abril/2004

Carmelita Souza da Silva e Edna Barbosa Nascimento

2004

06/04 - 19h AURICULOTERAPIA, A TÉCNICA DO PONTO NA ORELHA 21/04 – 19h CULTURA IORUBÁ, COSTUMES E TRADIÇÕES Maria Inêz Couto de Almeida

26/04 – 19h O SENTIDO VERDADEIRO DO MÉDIUM Kabir da Pérsia, Sumo Sacerdote da “CEU” (esta palestra será ministrada apenas aos médiuns da Casa)

LIVRO Dicionário Ilustrado das Religiões. Georg Schwikart, editora Santuário, 120 páginas. Este Dicionário quer familiarizar você com expressões que vão desde o Abba até Zaratustra, de Bodhisattwa passando por Demétrio e Pirâmides até os Quaquers. Linguagem simples para atender a adultos e crianças de qualquer religião, trazendo informações interessantes sobre o fascinante mundo das religiões.

FILME A Paixão de Cristo. De Mel Gibson. 14 anos, 2004. O polêmico filme mostra como foram as últimas 12 horas de Jesus Cristo, antes de sua crucificação. Nos cinemas.

MÚSICA Meditação Amazônica. O CD é baseado em técnicas de respiração que limpam e dinamizam o chakra cardíaco. Feita com regularidade ela pode ajudar na liberdade emocional promovendo uma sensação de crescente leveza, bem estar e lucidez.

SITE

www.ositedossantos.vilabol.uol.com.br O site dos santos da Igreja Católica. Ideal para buscar informações, imagens e orações sobre vários santos e padroeiros. Sessões da “CEU” Sessão de Tratamentos e Consultas (SPV) Sessões Especiais: (recomendamos chegar com 1h de antecedência) Ramos 04/04, às 15h Manhã: domingo, às 9h. Tarde: sexta, às 14h. Páscoa 11/04, às 15h Noite: terça, quarta, quinta e sábado, às 20h. Rosário Crístico Sessões Especiais 17/04, às 18h - Corrente Cósmica: Última 4ª feira do mês, às 18h. Chama Uma - Mentalismo: 4ª feira, às 18h. 24/04, às 19h - Culto à Família: 1º sábado do mês, às 15h. - Culto à Ancestralidade: 3º sábado do mês, às 15h. - Culto à Prosperidade: último sábado do mês, às 16h. - PHATAE(Mesa Branca): todo sábado, às 17h. - Culto ao Espírito: 1º domingo do mês, às 18h. - Culto Zodiacal: 3º domingo do mês, às 18h. Sessões de Meditação (Chamas) Diariamente, às 19h. Chegar 30 min antes. - Azul (poder e força): domingo. - Amarela (fé e espiritualidade): segunda. - Rosa (amor fraternal): terça. - Branca (harmonia e equilíbrio): quarta. - Verde (saúde): quinta. - Vermelho Rubi (paz e devoção): sexta. - Violeta (transmutação): sábado.

GRÁFICA IRMÃOS PASSOS LTDA. Rua da Lapa, 102 - Centro - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21)2224-7938 - Fax: (21)2242-9131 e-mail: impressoragraf@ig.com.br

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agradece. Ordem Fraternal Cruzeiro do Sul-”CEU” Banco Itaú - Ag. 0357 c/c: 35407-5

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