UFMG Conhecimento e Cultura: 20 edições

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20 anos

UFMG

Conhecimento & Cultura 2011

conhecimento em evolução

17a 21 outubro

20 edições

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“A Universidade mostra os trabalhos dos alunos de graduação” 20 edições da Semana de Iniciação Científica da UFMG

Ana Carolina Vimieiro Gomes FAFICH / Departamento de História Verona Campos Segantini Escola de Belas Artes / Departamento de Artes Plásticas



Semana de Iniciação Científica: a origem da “UFMG – Conhecimento e Cultura” A criação da Semana de Iniciação Científica é singela... Mas, consequente. Eu acabava de assumir o cargo de Pró-Reitor de Pesquisa quando fui consultado por um membro da pequena equipe da Pró-Reitoria sobre a possibilidade de apoiar a participação de alguns estudantes da UFMG em um evento na UFV. Apesar do curto orçamento da Pró-Reitoria, prometi que apoiaríamos, mas acrescentei: que tal realizarmos um encontro de Iniciação Científica da UFMG? A proposta foi discutida com membros da equipe e decidimos iniciar o projeto naquele mesmo ano. A razão era não perder mais um ano e, dessa forma, realizar os três primeiros eventos ainda no mesmo mandato do reitorado, procurando, dessa, maneira torná-lo um evento de qualidade e permanente. Deu certo! A Semana de Iniciação Científica deu início a outras atividades semelhantes na UFMG, que surgiram após alguns anos, como a Semana de Graduação,a Semana de Pós-Graduação, o Encontro de Extensão e a UFMG Jovem, eventos que ocorriam em diferentes períodos do ano acadêmico. No ano 2000, no meu reitorado, essas atividades, mantendo sua identidade, foram agrupadas num mesmo período do ano, no evento denominado Semana do Conhecimento, hoje conhecido como UFMG Conhecimento e Cultura. De fato, podemos afirmar com segurança que a realização da I Semana de Iniciação Científica, em 1991, foi muito importante para a UFMG. Entretanto, apesar de singela, a decisão baseava-se em vários aspectos de valor acadêmico. No passado, a interação estudante de graduação e professor restringia-se às atividades de sala de aula ou de laboratório de ensino. A atividade de iniciação científica (uma contribuição brasileira ao mundo acadêmico) coloca estudantes de graduação e professores frente a frente, numa relação direta. Passou-se a ter a possibilidade da relação “feiticeiro e aprendiz de feiticeiro”. O aluno(a) recebe um projeto de pesquisa cujo resultado desconhece (em alguns 1 Equipe da Pró-Reitoria de Pesquisa no ano de lançamento da 1ª Semana de Iniciação Científica: Francisco Juarez Ramalho Pinto, Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa, e os funcionários Ida Gracia Rossi, Rosana Mateus Santos, Carlos Augusto Novais, José Palhares de Figueiredo, Maria das Graças Ramos da Silva, Silvana Eugênia dos Santos Foureaux e Aristeu Sangy

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poucos casos talvez o professor soubesse!), entra na biblioteca ou laboratório, reúne-se regularmente com o orientador, realiza medidas ou cálculos ou elabora textos, discute de novo, e de novo, com o orientador, até a conclusão da pesquisa. E, pronto, isso é tudo! Muito, é verdade, mas faltava, não falta mais, uma coisinha: a apresentação Pública (com letra maiúscula) do trabalho. É aí que entra a I Semana de Iniciação Científica e o I Prêmio Jovem Pesquisador. E quanta construção pessoal, emocional e profissional se consegue com a apresentação pública. Os pais, namorados(as), parentes e amigos tomam conhecimento do ocorrido. O nome dele ou dela aparece no livro de resumos, o painel construído com todo cuidado e zelo é explicado aos pais. A ansiedade na apresentação jamais será esquecida e essa aprendizagem será muito importante nos anos que virão. Sentimento final de dever cumprido. E com a marca do indivíduo, a participação da pessoa no trabalho, que pode ter sido coletivo. Mas tem marca dele ou dela... Ela e ele serão diferentes a partir dessa apresentação pública. Constroem-se, assim, cidadãos e cidadãs: trabalho e dedicação, à procura por verdade, humildade diante da descoberta, o trabalho em equipe, o medo que constrói, a redação correta e honesta, a mente aberta na defesa da descoberta diante do questionamento do interlocutor, saber ouvir e saber explicar... É difícil medir o efeito coletivo desse empreendimento. É difícil medir o seu efeito individual. Seria bom se tivéssemos um projeto de acompanhamento de graduados (follow-up) para seguir esses exestudantes de Iniciação Científica de todo o país, que apresentaram seus trabalhos em eventos da mesma natureza da I Semana de Iniciação Científica e I Prêmio Jovem Pesquisador da UFMG. Por onde andam? Prof. Francisco César Sá Barreto, Reitor da UFMG 1998-2002, criador da Semana de Iniciação Científica da UFMG.


A mostra de trabalhos e a Iniciação Científica da UFMG – 1992-1996 O programa de iniciação científica é configurado na UFMG na década de 1960 e previa a concessão de bolsas de pesquisa para alunos de graduação. Ao longo das primeiras décadas foram crescendo a demanda e a concessão de bolsas e, devido ao êxito do programa, este foi reestruturado, sendo encampado, em 1997, pelo CNPq, servindo como modelo para outras universidades brasileiras. A intensificação dos encontros de pesquisas nas universidades também contribuiu para a consolidação da iniciação à pesquisa, tornando-se uma prática no cotidiano da universidade. Idealizada em 1991 pelo então Pró-reitor de pesquisa Francisco César de Sá Barreto, a Semana de Iniciação Científica teve sua primeira edição em 1992 e tinha como principal objetivo incentivar a discussão e divulgação dos trabalhos realizados por alunos de graduação da Universidade. Reconhecia-se, desde então, a importância da iniciação científica como uma estratégia de fomento à pesquisa na política universitária. Nas primeiras edições da SIC, as pesquisas produzidas pelos alunos eram divididas em quatro grandes áreas: Ciências da Vida, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas e Socais Aplicadas e Letras e Artes. Os trabalhos eram expostos no saguão da Reitoria e avaliados por uma Comissão Julgadora geral, que escolhia alguns trabalhos para os quais era concedido o Prêmio Pesquisador Júnior em cada área de conhecimento. Os premiados recebiam uma quantia que deveria ser utilizada para fins acadêmicos. Um dos ganhadores na I SIC foi o aluno do curso de Engenharia Mecânica Lúcio de César Souza Mesquita, que propunha uma pesquisa cujo objetivo era criar um sistema de energia solar residencial. Naquele momento Lúcio lamentava que a popularização da energia solar estivesse distante da realidade do país. Em 1995, na IV edição da SIC, a premiação em dinheiro foi suspensa pela Câmara de Pesquisa, com o objetivo de “preservar o caráter de reunião científica do encontro”. A partir da III Semana estabeleceu-se que, a cada edição, seria homenageado um personagem da história da Universidade. O primeiro acadêmico a ser homenageado foi Baeta Vianna, professor da Faculdade de Medicina, fundador da Fundação Mendes Pimentel e do Hospital da Baleia, falecido em 1967. Na V SIC o professor homenageado foi Francisco Iglesias, do departamento de

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História. A partir da IV edição, em 1995, as SICs passaram a ter temáticas orientadoras dos debates, em conferências e mesas-redondas, considerados relevantes para a comunidade acadêmica. Nessa primeira ocasião, propôsse o tema “A Ciência na Interface Universidade/Sociedade”. Nos dois anos seguintes, debateu-se a formação científica na graduação, com os temas: “Para um novo século... novos cientistas” e “Jovens cientistas: horizonte do saber”. O número de inscrições de trabalhos na SIC aumentava a cada edição. Em 1993 foram 287 inscritos e, em 1994, 464 alunos participaram da III SIC. Em 1995, a Universidade tinha 814 bolsistas do Programa de Iniciação Científica do CNPq (PIBIC) e da Fapemig (PROBIC). Cresciam também as inscrições de alunos bolsistas do Programa de Aprimoramento Discente (PAD). Em 1996, foram apresentados 894 trabalhos. Paulatinamente, a pesquisa passava a fazer parte da formação dos alunos de graduação e a SIC configurava-se como um evento que marcava a trajetória dos estudantes, pela possibilidade de experiência em uma das mais importantes frentes do fazer científico: o ato de tornar público o conhecimento. Nesse momento, já era pensada a continuidade da formação dos alunos de IC, evidenciando-se as possibilidades de ingresso na pós-graduação (mestrado e, em seguida, doutorado), como forma de dar continuidade às pesquisas desenvolvidas.

A I SIC, depoimento de um ex-participante Fui bolsista de iniciação científica a partir do meu segundo ano de graduação em Medicina Veterinária. A oportunidade de desenvolver e incorporar o método científico em minha formação na graduação foi absolutamente decisiva para meu direcionamento profissional. A busca por algo desconhecido é, certamente, uma das atividades mais fascinantes em qualquer área do conhecimento. Como aluno de graduação da UFMG, tive o privilégio de participar desse processo, inclusive com a apresentação de resultados de pesquisa durante a I Semana de Iniciação Científica da UFMG, em 1992. Prof. Renato de Lima Santos Pró-Reitor de Pesquisa da UFMG


A consolidação da Semana de Iniciação Científica - 1997-1999 No ano de 1997, na sua sexta edição, a SIC da UFMG sofreu duas transformações importantes no âmbito de sua organização e dos critérios de premiação. As dinâmicas de apresentação de trabalhos passaram a ser preparadas em cada unidade da UFMG, pelos respectivos Núcleos de Assessoramento à Pesquisa (NAPqs), e não mais unicamente pela PRPq. Sendo assim, cabia às diversas unidades o papel de gerenciar as formas e os critérios de apresentação mais adequados para cada área. Uma novidade foi a proposta de apresentação oral dos projetos em cada unidade, além da apresentação em painéis na Praça de Serviços. Os melhores trabalhos foram selecionados por comissões locais e expostos em plenária final na FAFICH. Passou-se, desde então, a premiar 10% dos alunos de cada área, que recebiam diplomas com menção honrosa. Com essas medidas de descentralização, ampliou-se de maneira significativa a participação dos alunos no evento. Talvez um reflexo da expansão do aumento no número de bolsas de IC na instituição (370 em 1993 para 938 em 1997) ou da formalização, pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Resolução 01/98), da IC como atividade acadêmica. Nos anos seguintes à edição de 1997, os números dos trabalhos inscritos na SIC passaram a ser

Anais da VI Semana de Iniciação Científica (1997)

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superiores a 1.000. Eles foram distribuídos em sete áreas definidas a partir de então: Ciências Biológicas e Veterinárias, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias e Letras e Artes. Isso refletia a cada vez mais acentuada especialização dos campos de conhecimento. Entre as edições desses anos destacam-se algumas atividades dirigidas ao público em geral, como a partida de futebol de robôs (Uai x Mineirosoft), na sétima edição; e, para a comunidade acadêmica, os debates de temáticas polêmicas e de relevância para estudantes, professores e pesquisadores, como na mesa redonda “Clonagem, Ciência e ética”, na sexta edição, bem como “Pesquisa e Sociedade”, que foi temática transversal na ocasião da oitava SIC.

VI Semana de Iniciação Científica da UFMG, 1997


VII Semana de Iniciação Científica 1998. Alunos da Comunicação premiados na área de Ciências Humanas

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VII Semana de Iniciação Científica, 1998


VIII Semana de Iniciação Científica, 1999. Mini-conferência

VI Semana de Iniciação Científica, 1997. Abertura

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A unificação das mostras acadêmicas: A Semana do Conhecimento da UFMG –2000-2004 Foi a partir do ano 2000 que, junto à IX Semana de Iniciação Científica, foram integradas, em um só evento, as mostras de atividades acadêmicas da UFMG: IV Semana da Graduação, o III Encontro da Extensão, a II Semana da Pós-Graduação e a II Reunião Anual da UFMG Jovem. Instituiu-se, então, a Semana do Conhecimento da UFMG, coordenada pelas várias pró-reitorias acadêmicas e pelo projeto de extensão UFMG-Jovem. A unificação acabou por gerar um “megaevento”, em que, só na Semana de Iniciação Científica, em 2000, foram apresentados 1.260 trabalhos. Além disso, ampliou-se e diversificou-se o público participante, com a circulação na UFMG de milhares de estudantes de ensino médio, educadores de escolas públicas e privadas, além dos próprios alunos de graduação e pós-graduação. As atividades da mostra não se reduziram unicamente a uma apresentação de trabalhos acadêmico-científicos na comunidade acadêmica. Elas se tornaram mais diversificadas e explicitamente voltadas para esse público, constituindo-se em experiências científicas, palestras e explicações sobre projetos de graduação, pósgraduação e extensão, além de mostras de cine-ma, peças de teatro e exposições. “A Universidade abre suas portas para a sociedade” foi o mote. Materializaram-se, com a Semana do Conhecimento, as pretensões de se divulgar e, assim, legitimar, para a população em geral, as iniciativas de produção de conhecimento desenvolvidas na Universidade. I Semana do Conhecimento da UFMG IX Semana de Iniciação Científica, 2000


Ao longo dos anos, nos eventos, sempre subjazeu a ideia de preparação do pesquisador do futuro. Para além de espaço objetivando divulgar conhecimento, a Semana de Iniciação Científica enraíza-se, definitivamente, como parte importante das atividades do Programa de Iniciação Científica e de produção de conhecimento da UFMG, visando à formação dos estudantes no processo de pesquisa, produção de ciência, preparando-os para a pós-graduação. Uma evidência disso estaria na proporção significativa de trabalhos apresentados por alunos que não eram necessariamente bolsistas de programa das agências financiadoras. Além disso, os trabalhos selecionados passaram a ser indicados para representar a Universidade na Mostra de Iniciação Científica da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). É marcante também, nesse período, a criação, pela própria UFMG, de mecanismos institucionais de melhor operacionalização do evento, pela criação de um sistema de inscrições de trabalho via internet e pela publicação de anais eletrônicos em CD-ROM.

Trabalhos apresentados por bolsistas e não-bolsistas na X SIC, 2001

III Semana do Conhecimento 2002 Entrega de Certificados

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V Semana do Conhecimento, 14ª Semana de IC 2004 – Premiação. Professores: José Aurélio Bergman e Sérgio Costa

V Semana do Conhecimento, 14ª Semana de Iniciação Científica, 2004


UFMG e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia: conhecimento e cultura para a juventude – 2005-2010 A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia foi criada por Decreto Presidencial de 09 de junho de 2004, que instituiu a sua comemoração sempre no mês de outubro de cada ano, sob coordenação do Ministério da Ciência e Tecnologia em parceria com as instituições e entidades a ele vinculadas. Naquele mesmo ano a UFMG participou do evento nacional promovendo, com o apoio da SBPC, da Apubh e da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (SECTES-MG), atividades dentro e fora do espaço da Universidade. Parte da programação foi realizada na Estação Rodoviária de Belo Horizonte, com mostras das unidades que integram a Rede de Museus e Espaços de Ciências da Universidade; na Praça Sete, onde foi montado um observatório astronômico; e na Serra da Piedade onde o Observatório Astronômico Frei Rosário ficou aberto ao público para a observação de um eclipse. Em 2006, o Parque Municipal também serviu de “vitrine” para o conhecimento produzido na UFMG. Com isso, a Universidade não somente abre suas portas, mas parte em direção e se infiltra na sociedade. Os destaques da UFMG na 1ª Semana Nacional foram a exposição de maquetes de reatores nucleares pelo CDTN e o projeto “Show de Ciências mais que Divertido”, voltada para a educação científica, com a apresentação interativa de desafios e brincadeiras científicas que leva a ciência ao dia-a-dia das pessoas. Com a adesão à Semana Nacional de C&T, o evento, que já congregava os vários acontecimentos acadêmicos da UFMG, incorporou também uma programação relacionada à produção artística e cultural, recebendo o nome de UFMG Conhecimento e Cultura. Nesse momento, o cerne da Semana torna-se então “popularizar a Ciência” para o ensino fundamental, médio, profissionalizante e superior, numa interlocução entre a Universidade e a juventude. Por iniciativas do Centro de Divulgação da Ciência (CDC) são propostas atividades dirigidas para esse público como exposições, oficinas, atividades artísticas e culturais.

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Boletim da UFMG, Nยบ 1293, Ano 26, 27.09.2000


Tendo sempre como horizonte “a formação dos cientistas do futuro”, o foco do evento tornou-se desde então despertar o interesse pela Ciência cada vez mais precocemente. Essa investida não aconteceu só na graduação, através da apresentação dos produtos científicos do Programa de Iniciação Científica, mas também pela divulgação de ciências e educação científica, com atividades dirigidas para os estudantes de todas as idades. Outra destacada iniciativa nessa direção foi a incorporação, também como parte da programação, da apresentação dos estudos realizados no âmbito do programa PROVOC (Iniciação Científica Júnior).

CDC IIISemana do Conhecimento e Cultura Estandes - Praça de Serviços 2007

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CDC III Semana do Conhecimento e Cultura Estandes - Praรงa de Serviรงos, 2007


CDC na IVÂŞ Semana do Conhecimento e Cultura, 2008

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IVª Semana do Conhecimento e Cultura 2008 – Teatro a Revolução da Evolução


IVÂŞ Semana do Conhecimento e Cultura, 2008. Palestra SĂŠrgio Danilo Pena

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VIÂŞ Semana do Conhecimento e Cultura - UFMG Jovem, Abertura 2010


VIÂŞ Semana do Conhecimento e Cultura - UFMG Jovem, COLTEC, 2010

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A 20ª Edição da Semana de Iniciação Científica na UFMG O evento “UFMG Conhecimento e Cultura” é uma realização da Universidade com a participação de suas diversas instâncias acadêmicas e administrativas. Ele integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, cujo tema definido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para 2011 foi: Mudanças Climáticas, Desastres Naturais e Prevenção de Riscos. Com base na relevância, pertinência e atualidade deste tema, espera-se promover debates sobre as estratégias e maneiras de se enfrentar o grande desafio do Planeta, devido às mudanças climáticas, vislumbrando, assim, formas e alternativas para a prevenção dos riscos decorrentes de desastres naturais. As instituições de ensino e de pesquisa do país, por meio de seus eventos, poderão apresentar e discutir evidências científicas sobre o impacto das atividades humanas no clima da Terra e planejar medidas preventivas adequadas para serem adotadas em escala local e global. Em 2011, para o “UFMG Conhecimento e Cultura”, que inclui a XX Semana de Iniciação Científica, definiu-se o tema: Conhecimento em Evolução. Tal temática celebra com propriedade essas 20 edições, ilustrando seu percurso de desenvolvimento e de transformação progressiva, buscando a sua melhoria e otimização. De fato, o propósito inicial de divulgar o conhecimento científico transformou-se ao longo desse período, incorporando outros conhecimentos e outras formas de expressão dos saberes presentes na UFMG. Além disso, a evolução também pode ser observada em seu objetivo principal, que era o de promover a socialização interna e externa dos trabalhos de iniciação científica desenvolvidos nos diversos cursos/Unidades, passando a congregar a apresentação de trabalhos de ensino e extensão e eventos culturais e de divulgação da Ciência para um público mais amplo. Sendo assim, nesta edição o evento objetiva também oferecer à comunidade universitária e à

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comunidade externa um elenco diversificado de atividades de ações formativas, de discussão e reflexão, disponibilizando certificação da participação nessas atividades. Outro exemplo de transformação que marca esta edição é a mobilização e o enga jamento de alunos, professores, docentes recémcontratados e pessoal técnico-administrativo. A organização contou com a participação de diferentes instâncias institucionais, tais como a Pró-Reitoria de Pesquisa (PRPq), com os efetivos esforços da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) e da INOVA (incubadora de empresas da UFMG), Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), Pró-Reitoria de Administração (PRA), Diretoria de Relações Institucionais (DRI), entre outros. Em 2011, o “UFMG Conhecimento e Cultura” englobará a XX Semana de Iniciação Científica, a XV Semana de Graduação, o XIV Encontro de Extensão, o VII Seminário do PROVOC na UFMG e o I Dia da Inovação. A identidade visual escolhida para o “UFMG Conhecimento e Cultura” 2011 reproduz um globo, com fatias de diferentes representações cartográficas e ilustrativas, numa sequência histórica. Essa identidade combina a temática definida pelo MCTI com a diretriz conceitual do evento institucional, levando à reflexão sobre a necessidade de definirmos uma agenda real e concreta de sustentabilidade ambiental, de tal forma que o processo de evolução no qual nos empenhamos não alcance faixa irreversível e incompatível com a vida neste planeta. Portanto, chegamos em 2011 a um marco histórico com a 20ª. edição da Semana de Iniciação Científica da UFMG. A importância deste evento é hoje reconhecida por toda a comunidade acadêmica, sendo um instrumento importantíssimo, não somente para a pesquisa propriamente dita, mas, principalmente, por ser nosso mais notável mecanismo de formação e ensino científico à disposição de nossa comunidade discente.

Prof. Renato de Lima Santos Pró-Reitor de Pesquisa da UFMG Profa. Marisa Cotta Mancini Pró-Reitora Adjunta de Pesquisa da UFMG


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Conhecimento & Cultura 2011 conhecimento em evolução

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XX Semana de Iniciação Científica/PRPq XV Semana da Graduação/PROGRAD XIV Encontro de Extensão/PROEX VII Seminário do PROVOC na UFMG V Prêmio UFMG de Tese/PRPG Dia da Inovação/PRPq/CTIT www.ufmg.br/conhecimentoecultura Esse evento integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia REALIZAÇÃO

Ministério da

Ciência, Tecnologia e Inovação

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Cartazes de algumas edições do UFMG Conhecimento e Cultura

Cedecom/UFMG

APOIO

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EXPEDIENTE REITOR Clélio Campolina Diniz

PROJETO GRÁFICO Cedecom-UFMG

VICE-REITORA Rocksane de Carvalho Norton

FOTOS Foca Lisboa

PRÓ-REITOR DE PESQUISA Renato de Lima Santos

COMISSÃO ORGANIZADORA DO UFMG CONHECIMENTO E CULTURA 2011

PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO Antônia Vitória Soares Aranha PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO Efigênia Ferreira e Ferreira PRÓ-REITOR DE PÓSGRADUAÇÃO Ricardo Santiago Gomez PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO Márcio Benedito Baptista PARTICIPAÇÃO Diretoria de Relações Internacionais Eduardo Viana Vargas Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica Ado Jório de Vasconcelos INOVA Incubadora de Empresas Hani Camille Yehia PESQUISA HISTÓRICA E PRODUÇÃO DO TEXTO Ana Carolina Vimieiro Gomes Verona Campos Segantini Siele Cristine Barbosa

Marisa Cotta Mancini (Presidente), Ricardo Hiroshi Caldeira Takahashi (Vice-Presidente) Andréa Gazzinelli Correa De Oliveira Silvânia Sousa Do Nascimento Edite Da Penha Cunha Shirley Aparecida De Miranda Sônia Maria De Melo Ana Maria Rabelo Gomes Ana Maria Magalhães De Carvalho



Cedecom/UFMG

APOIO

REALIZAÇÃO

Ministério da

Ciência, Tecnologia e Inovação


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