Cultura Artística - Coro e Orquestra de Stuttgart Hans-Christoph Rademann

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2015

Coro e Orquestra da Academia Bach de Stuttgart Hans-Christoph Rademann

regĂŞncia


o ministério da cultura e a cultura artística apresentam

Qual o som do compromisso com a música? Coro e Orquestra da Academia Bach de Stuttgart Hans-Christoph Rademann regência

patrocínio

realização

O Credit Suisse também ouve atentamente, quando se trata de música clássica. É por isso que somos, com muito orgulho, patrocinadores da Sociedade de Cultura Artística.

credit-suisse.com/sponsoring

Ministério da

Cultura

gioconda bordon

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programa

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notas sobre o programa Katia Kato e Paulo M. Kühl

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biografias

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SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA DIRETORIA presidente

Pedro Herz diretores

Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo Carlos Mendes Pinheiro Júnior Gioconda Bordon Fernando Carramaschi Fernando Lohmann Luiz Fernando Faria Ricardo Becker Rodolfo Villela Marino superintendente

Frederico Lohmann CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO presidente

Cláudio Sonder vice-presidente

Roberto Crissiuma Mesquita conselheiros

Carlos José Rauscher Francisco Mesquita Neto Gérard Loeb Henri Philippe Reichstul Henrique Meirelles Jayme Sverner Marcelo Kayath Milú Villela Pedro Herz Plínio José Marafon CONSELHO CONSULTIVO Alberto Jacobsberg Alfredo Rizkallah João Lara Mesquita José Zaragoza Mário Arthur Adler Patrícia Moraes Roberto Baumgart Salim Taufic Schahin Sylvia Pinho de Almeida Thomas Michael Lanz

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP regente titular

Marin Alsop

coordenação editoral

Gioconda Bordon supervisão geral

Silvia Pedrosa edição

Marta Garcia projeto gráfico

Paulo Humberto Ludovico de Almeida

regente associado

Celso Antunes

(2012-2016)

diretor artístico

Arthur Nestrovski FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA presidente de honra

Fernando Henrique Cardoso presidente do conselho de administração

Fábio Colletti Barbosa

vice-presidente do conselho de administração

Heitor Martins

diretor executivo

UMA GRANDE ABERTURA PARA UMA NOVA TEMPORADA A abertura de uma temporada é sempre motivo de alegria. Neste ano, um prazer ainda maior será começar a série de concertos com obras do quilate das que ouviremos nas duas apresentações inaugurais: O Messias, de Haendel, e a Missa em si menor, de Bach. Contemporâneos, Haendel e Bach diferiam no estilo de vida e na maneira de conceber música. Entretanto, pertenciam ambos a um mundo no qual os princípios da fé, fosse ela católica ou luterana, norteavam as aspirações e as inspirações de artistas, aristocratas, artesãos e intelectuais.

Marcelo Lopes

superintendente

Fausto Augusto Marcucci Arruda marketing

Carlos Harasawa diretor Mauren Stieven departamento de operações

Mônica Cássia Ferreira gerente Cristiano Gesualdo Fabiane de Oliveira Araújo Guilherme Vieira Larissa Baleeiro da Silva Regiane Sampaio Bezerra Vinicius Goy de Aro

As obras que ouviremos nessas primeiras noites da Temporada 2015 usam textos religiosos, ainda que tenham sido destinadas a públicos e ocasiões diferentes. Hoje, por mais distantes que estejamos do espírito daquele tempo, somos transportados pela música de Bach e Haendel. Porque ela é eterna e universal. E a música sempre foi capaz de nos fazer atingir o essencial, de nos afastar momentaneamente do vazio ruidoso da vida cotidiana.

apoio a eventos

Felipe Lapa

departamento técnico

Karina Del Papa gerente Angela da Silva Sardinha Bianca Pereira dos Santos Carlos Eduardo Soares da Silva Ednilson de Campos Pinto Eliezio Ferreira de Araújo Erik Klaus Lima Gomides

A Academia Bach de Stuttgart tem como principais elementos dois conjuntos distintos: o Gächinger Kantorei (coro) e o Bach-Collegium Stuttgart (orquestra). Há 15 anos, a Academia Bach, então comandada por seu fundador, Helmuth Rilling, esteve em São Paulo, apresentando para o Cultura Artística a Missa em si menor, de Bach. Retornou em 2012, com apresentação no Theatro Municipal. Agora, coro e orquestra contam com outros solistas, novo maestro, novos cantores e instrumentistas. A qualidade artística, porém, é a mesma.

Douglas Alves de Almeida Edivaldo José da Silva sonorização

Andre Vitor de Andrade Fernando Vieira da Silva Mauro Santiago Gois Renato Faria Firmino montagem

Reinaldo Roberto Santos

editoração eletrônica

controlador de acesso

Ludovico Desenho Gráfico

Sandro Marcello Sampaio de Miranda encarregado

assessoria de imprensa

indicadora

Floter & Schauff

gioconda@culturaartistica.com.br

(2012-2016)

iluminação

PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE

Gioconda Bordon

Mariana Neves encarregada realização Ministério da

Cultura

A nova temporada começa de forma espetacular, sem temer qualquer exagero. Um excelente início, com atrações que prometem cumprir a mais alta das expectativas. De novo, sem exageros. Sejam muito bem vindos e tenham um ótimo concerto!


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SÉRIE BRANCA Sala São Paulo, 6 de abril, segunda-feira, 21h

SÉRIE AZUL Sala São Paulo, 8 de abril, quarta-feira, 21h

Coro e Orquestra da Academia Bach de Stuttgart Hans-Christoph Rademann regência

Coro e Orquestra da Academia Bach de Stuttgart Hans-Christoph Rademann regência

Johanna Winkel, soprano; Ann-Beth Solvang, alto; Sebastian Kohlhepp, tenor; Markus Eiche, baixo

Johanna Winkel, soprano; Ann-Beth Solvang, alto; Sebastian Kohlhepp, tenor; Markus Eiche, baixo

GEORGE FRIDERIC HAENDEL (1685-1759)

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)

O Messias c. 46’

Missa em si menor, BWV 232

Parte I Cena 1: Isaiah’s Prophecy of Salvation Cena 2: The Coming Judgment Cena 3: The Prophecy of Christ’s Birth Cena 4: The Annunciation to the Shepherds Cena 5: Christ’s Healing and Redemption intervalo

Parte II c. 46’

I. Missa c. 55’ Kyrie Gloria

intervalo

II. Credo (Symbolum Nicenum) c. 30’ III. Sanctus c. 5’ IV. Osanna/Benedictus/Agnus Dei/Dona nobis pacem c. 20’

Cena 1: Christ’s Passion Cena 2: Christ’s Death and Resurrection Cena 3: Christ’s Ascension Cena 4: Christ’s Reception in Heaven Cena 5: The Beginnings of Gospel Preaching Cena 6: The World’s Rejection of the Gospel Cena 7: God’s Ultimate Victory

Parte III c. 23’ Cena 1: The Promise of Eternal Life Cena 2: The Day of Judgment Cena 3: The Final Conquest of Sin Cena 4: The Acclamation of the Messiah

Os concertos serão precedidos de palestra de Irineu Franco Perpetuo, às 20h, no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo. O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2015 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.

Programação sujeita a alterações. Siga a Cultura Artística no Facebook facebook.com/culturartistica


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NOTAS SOBRE O PROGRAMA Katia Kato e Paulo M. Kühl

É tentadora a comparação entre Bach e Haendel: nascidos em territórios alemães no ano de 1685, ambos são hoje em dia considerados dois dos mais eminentes compositores do período. Contudo, além do fato de terem ficado cegos no final da vida e terem sido tratados pelo mesmo médico, John Taylor, o paralelo não vai muito além disso. Usavam elementos musicais semelhantes, com finalidades diferentes e, consequentemente, resultados diferentes. Bach é essencialmente um compositor luterano, que nunca deixou seu país e dedicou grande parte da vida a escrever música para a igreja reformada, com o objetivo de edificação e glória de Deus. Haendel, também de família luterana, segue, porém, uma trajetória amplamente europeia: num primeiro momento, trabalha em Hamburgo, depois a serviço dos príncipes da igreja católica em Roma e finalmente, na Inglaterra, se torna um grande compositor de óperas e oratórios. A musicóloga Silke Leopold lembra-nos de uma série de contrastes entre os dois compositores: Bach escreveu sua música vocal basicamente para estudantes que ele mesmo formava, e Haendel, para grandes virtuoses internacionais. O público de Bach não era aristocrático, e sim composto por gente comum da cidade, estudantes, professores e membros da comunidade eclesiástica luterana. Haendel atraía a nobreza e a alta burguesia das grandes cidades europeias. Bach sempre foi um empregado de seus superiores; Haendel, que também era empresário, produzia música por sua conta e risco. Uma das principais atividades de Bach era o ensino da música, com a utilização de métodos próprios, algo muito diferente da prática teatral de Haendel. Bach usava o Novo Testamento como ponto de partida para sua música vocal; Haendel buscava nas ações do Velho Testamento a fonte para seus oratórios.

O Messias de Georg Friedrich Haendel (1685-1759), diferentemente da Missa em si menor de Bach, sempre esteve presente no repertório desde sua estreia em Dublin, em 1742. São muitos os fatores que conduziram a isso: as diversas apresentações naquela cidade e posteriormente em Londres; a publicação, já em 1767, da partitura completa; as adaptações de Johann Adam Hiller (Berlim, 1786) e W. A. Mozart (Viena, 1789), com novas edições da partitura; as sociedades corais na Inglaterra que mantiveram a peça em seu repertório; o interesse dos musicólogos, a partir do final do século XIX, pelas composições de Haendel; as inúmeras gravações da obra; as edições críticas desde a década de 1950; o renovado interesse pelo repertório dos séculos XVII e XVIII dentro do movimento da música antiga, e, é claro, o grande apelo que a obra sempre teve junto ao público. Sabe-se que Haendel compôs O Messias entre agosto e setembro de 1741, em pouco mais de três semanas. Logo em seguida, iniciou também a composição de outro oratório, Sansão, e, aparentemente, a ideia era apresentar as duas obras em Londres. Diversos motivos levaram Haendel a Dublin e finalmente foi lá que O Messias teve sua estreia em 13 de abril de 1742, em um concerto beneficente no Great Music Hall em Fishamble Street, depois de uma série de apresentações de outras obras suas. A peça foi apresentada no teatro do Covent Garden em Londres pela primeira vez em 23 de março de 1743 e, no início, foi recebida em meio a controvérsias, especialmente de cunho religioso e moral. Havia um importante debate sobre a ópera italiana, sobre o uso de temas sacros em obras musicais e também sobre a apresentação de oratórios em teatros. Mas, logo em seguida, O Messias entrou definitivamente no grande repertório e tornou-se a obra mais conhecida e talvez a mais popular das composições de Haendel. O Messias é um oratório, gênero dramático-musical que surgiu na Itália concomitantemente com a ópera na virada do século XVI para o XVII. Os oratórios tinham temas sacros e eram, em geral, apresentados durante a Quaresma, época em que eram proibidas representações teatrais profanas. É longa sua história na Itália e pode-se dizer que, na Inglaterra, Haendel foi o grande criador de obras desse tipo. O oratório


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tem um grande parentesco com a ópera, em geral com uma sequência de recitativos e árias, mas, na Inglaterra, Haendel introduziu uma grande quantidade de corais que passam a ter um papel marcante no conjunto do drama e da música. No caso específico d’O Messias, algumas características o tornam um exemplo singular no conjunto de oratórios do compositor: os textos foram retirados e adaptados diretamente das Sagradas Escrituras e, desse modo, trata-se de uma obra narrativa; diferentemente de outros oratórios e das paixões luteranas, não há personagens que interagem e, assim, não existe a necessidade de recitativos secos que conduzam a ação. O libreto é de autoria de Charles Jennens, com quem Haendel trabalhou em outros momentos de sua carreira. Atualmente, O Messias é apresentado no período do Natal, mas é importante lembrar que a obra foi concebida para ser apresentada no fim da Quaresma, até mesmo durante a Semana Santa. A própria divisão da obra é uma confirmação de tal proposta: na primeira parte, textos com as profecias que anunciam a vinda do Salvador e suas ações; na segunda, a paixão de Cristo, sua morte, ressurreição e triunfo; na terceira, referências à vida eterna, ao Juízo Final, à derrota do pecado e à aclamação do Messias. Curioso pensar que uma obra tão longa seja apenas descritiva; a música, porém, traz grande variedade ao conjunto. O oratório inicia com uma ouverture à francesa, com a típica divisão entre uma parte lenta, com notas pontuadas, e a fuga. A única outra peça exclusivamente instrumental é a pifa, também na primeira parte, um interlúdio pastoral. A estrutura geral da obra é uma sucessão de recitativos acompanhados, árias e um dueto, e os coros. As árias são com ou sem o da capo e os coros alternam contraponto e homofonia. A orquestração é basicamente formada pelas cordas, com a adição dos instrumentos disponíveis na orquestra que executaria a obra, e pelo grupo do contínuo. Deve ser destacada, entretanto, a presença dos trompetes e dos tímpanos obbligati em alguns movimentos. Dependendo da ocasião em que O Messias foi apresentado, Haendel contou com orquestras maiores ou menores, com cantores profissionais ou amadores, e daí resultam também as numerosas revisões que o compositor fez da obra.

Haendel, assim como Bach e tantos outros compositores do período, usou n’O Messias material que já havia aparecido em outros lugares: corais luteranos, partes de cantatas, hinos e óperas. Talvez aqui não tanto como um recurso retórico, especialmente porque o público do Messias já estava muito distante daquele do início da carreira do compositor em Hamburgo ou mesmo da aristocracia católica de seu período romano. Contudo, percebe-se como a música pode ter múltiplos significados em diferentes épocas e lugares e, sobretudo, ser apreciada das mais variadas maneiras. A Missa em si menor (BWV 232) de Johann Sebastian Bach (1685-1750) é uma obra gigantesca e emblemática que pode ser entendida como um compêndio de suas composições. Bach ocupou-se dela por um período de cerca de 16 anos. A obra é dividida em quatro seções independentes, numeradas e nomeadas pelo próprio compositor: I. Missa (contém o Kyrie e o Gloria, e foi composta no ano de 1733); II. Symbolum Nicenum (Credo); III. Sanctus; IV. Osanna/Benedictus/Agnus Dei/Dona Nobis Pacem (compostas entre 1748 e 1749, sendo esses seus últimos projetos composicionais). Em sua forma completa, a Missa não parece ter sido concebida pelo compositor com um propósito conhecido, tal como o uso prático e específico para alguma ocasião ou para alguma instituição. Um fato importante sobre a obra, entretanto, é que, embora siga o texto do ordinário da missa católica, a composição foi realizada na tradição luterana. Bach, assim, consegue mesclar as teologias luterana e católica, criando uma síntese entre os textos católicos e o método musical luterano. O compositor não chegou a escutar sua Grande Missa na íntegra, mas apenas algumas de suas seções. Depois de sua morte, em 1750, o filho Carl Philipp Emanuel Bach executou apenas parte do Gloria em Berlim. Apresentações em grande escala, de toda a obra, não ocorreriam até o século XIX. Em sua Grande Missa, Bach realiza todo o procedimento de criação com o intuito de mover os afetos dos ouvintes. As composições seguiam à risca a prática da retórica, a arte da persuasão, que, originária da Antiguidade, extrapolou o domínio da oratória, influenciou também


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a música e atingiu seu apogeu no séc. XVIII, na Alemanha luterana. Do ponto de vista da composição do discurso musical, as ferramentas de criação contidas na retórica, tais como metáforas, alegorias, figuras de linguagem, tropo etc. são também encontradas na retórica musical. Tais ferramentas ajudariam a compor um discurso que, comovendo o ouvinte, fosse capaz de persuadi-lo. Bach, em suas composições, escolhe cada instrumento, tonalidade, andamento, fórmula de compasso, voz, fórmulas rítmicas, saltos harmônicos e distribuição de movimentos de acordo com o afeto a ser suscitado. Um fato relevante sobre a Missa é que a maioria de seus movimentos tem origem em material parodiado pelo compositor. A Missa pode ser considerada um “resumo” da obra de Bach, uma espécie de catálogo de obras: nela se encontram desde partes advindas de suas cantatas sacras (do período de Weimar, 1703-17), e dos seus cinco ciclos (do período de Leipzig, 1723-50), até cantatas profanas escritas para o Collegium Musicum de Leipzig, no período de 1730. A paródia musical é uma técnica composicional que consiste na adaptação de novos textos a composições preexistentes. Nesse processo composicional, Bach utilizou antigos movimentos de suas cantatas sacras e profanas cujos textos possuíssem o mesmo teor e mesmos afetos que a nova composição. O compositor, entretanto, jamais transformou cantatas sacras em profanas, demonstrando assim uma particular sensibilidade aos elementos espirituais de origem, que não podem ser “rebaixados” ao nível de obras profanas. Estas, ao contrário, poderiam ter seus elementos “elevados” ao nível de uma cantata sacra. O hábito, e talvez a necessidade, que Bach tinha de parodiar e retrabalhar a música já composta advinha da pressão dos seus deveres. Porém, não é nesse contexto específico que as paródias da Missa devem ser vistas. Elas não são frutos da pressão composicional, não foram mecanicamente produzidas; ao contrário, devido à laboriosa adaptação do novo texto — que deveria conter o mesmo sentido teológico que o anterior — a uma música preconcebida, cada um dos movimentos parodiados mostra um grau de perfeição superior ao de seu original.

A síntese de estilos composicionais utilizados por Bach na Missa contribui para sua universalidade. A obra é uma verdadeira réunion des goûts (usando o termo de Couperin), uma reunião de gostos, com a justaposição de estilos, como por exemplo no movimento Credo, no qual são combinados um coro polifônico do século XV com uma linha de baixo contínuo típica do século XVIII. Nessa obra única e contínua são amalgamadas estruturas vocais e instrumentais com os estilos antigo, moderno, italiano, francês e alemão. Com relação à orquestração, Bach, ao contrário de Haendel, sempre determinava os instrumentos a ser utilizados, e que não deveriam ser substituídos por outros, uma vez que, seguindo os preceitos da retórica musical, como vimos, a cada instrumento estava associado um afeto característico. Por exemplo, é interessante notar que em um único movimento, Quoniam Tu Solus Sanctus (parte do Gloria), Bach utiliza a inusitada combinação de uma voz de baixo, corno da caccia, dois fagotes e baixo contínuo. Johann Sebastian Bach foi, provavelmente, o exemplo mais acabado de um compositor a serviço da fé religiosa. A sua fé dedicada aparece, por exemplo, nas singelas inicias “SDG”(Soli Deo Gloria), grafadas no final da composição, indicativas de que a obra havia sido realizada Somente para a glória de Deus. No final da vida, já cego e debilitado, Bach não abandona a fé, ao contrário, a intensifica, como podemos notar através desta Grande Missa, uma de suas últimas obras. Nela, Bach reúne a arte da retórica e a liturgia, a literatura e a música; mas, sobretudo, a mais importante fusão operada na Missa é o encontro espiritual entre os mundos católico e luterano, proporcionando, assim, como talvez fosse desejo do compositor, uma dupla glorificação.

Katia Kato é oboísta, doutora em Música pela UNICAMP. Paulo M. Kühl é professor de História da Arte e História da Ópera no Instituto de Artes da UNICAMP.


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Academia Bach de Stuttgart

Gächinger Kantorei & Bach-Collegium Stuttgart

Gächinger é uma pequena cidade alemã situada nas montanhas da Suábia, cujas origens remontam ao século IX. Região de inegável beleza natural, talvez o fato mais importante de sua história tenha ocorrido no século XX, em 1954, quando o maestro Helmut Rilling começou a trabalhar com um grupo de cantores, que logo se tornou o excelente Gächinger Kantorei. Na época, a atuação do grupo concentrava-se na interpretação do repertório barroco, em especial das obras de Bach. Inicialmente, o conjunto cantava a capella. Onze anos mais tarde, em 1965, Rilling criou o ensemble musical Bach-Collegium Stuttgart com o intuito de acompanhar o Gächinger Kantorei. Juntos, formam a Academia Bach de Stuttgart, que empreende grandes turnês mundiais, como esta de 2015, por exemplo. O coro vem atuando ao lado de grandes orquestras, tais como as filarmônicas de Berlim, Viena e Nova York, além de manter uma estreita relação com a Orquestra Sinfônica da Rádio de Stuttgart. Da lista de regentes convidados constam os prestigiosos Masaaki Suzuki (diretor do Bach-Collegium do Japão) e Sir Roger Norrington, um dos regentes mais requisitados e influentes da atualidade.

SAIBA MAIS O Gächinger Kantorei acaba de gravar uma nova interpretação da Missa em si menor de Bach, ao lado da Freiburger Barockorchester, sob a direção de Hans-Christoph Rademann.

HOLGER SCHNEIDER

Desde 2013, a Academia Bach está sob a direção do regente Hans-Christoph Rademann. Continuam presentes os fundamentos que norteiam as atividades dos dois grupos que a integram: em primeiro lugar a interpretação de música vocal do período barroco, mas também, desde mais recentemente, da música de todos os tempos. Em seu currículo constam várias estreias de peças de autores contemporâneos, como Krzysztof Penderecki, Arvo Pärt e Wolfgang Rihm. Outro aspecto notável da Academia é o apoio a jovens músicos e a transmissão em rede mundial de seu trabalho acadêmico. O Gächinger Kantorei e o Bach-Collegium Stuttgart participam ativamente de diversos festivais, como os de Salzburg, Lucerna e Praga. Dentre eles, talvez o mais caro aos integrantes da Academia Bach seja o Festival de Música de Stuttgart, berço desse admirável grupo de cantores e musicistas.


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Hans-Christoph Rademann regência Hans-Christoph Rademann sempre viveu sob a influência dos timbres, das vozes e do ritmo dos coros. Nascido em Dresden, em 1965, sua educação musical teve início em casa, com o pai, Rolf Rademann, diretor do coro de Schwarzenberg/Erzgebirge, cidade onde Hans-Christoph cresceu. Mais tarde, já no Conservatório de Dresden, estudou violino, piano e regência. Em 1975, iniciou sua carreira como integrante de um dos coros mais tradicionais de sua cidade natal, o Dresdner Kreuzchor, fundado no século XV. Deixou o grupo em 1983 para construir uma carreira virtuosa no âmbito da música coral. Antes mesmo de completar os estudos criou o Coro de Câmara de Dresden, que dirige até hoje.

Atualmente, Rademann mantém os cargos de regente principal do RIAS Kammerchor; diretor artístico do Festival de Música de Erzgebirge e o de diretor da Academia Bach de Stuttgart. Fora dos palcos, desenvolve atividade educacional expressiva como professor de regência coral no Conservatório Carl Maria von Weber, em Dresden. Dentre os vários prêmios que recebeu, os mais recentes foram a Medalha da Constituição da Saxônia, em 2008, e, em 2014, a Medalha John Walter do Conselho Musical da Saxônia e o Art Prize, de Dresden. O reconhecimento da excelência de seu trabalho se estende à discografia, dedicada principalmente ao repertório barroco, mas que contempla também obras de compositores contemporâneos como Wolfgang Rihm e Ernst Krenek.

HOLGER SCHNEIDER

A dedicação à música vocal antiga é uma das principais marcas de sua bem sucedida trajetória. Os anos 1990 foram dedicados à direção musical da Singakademie Dresden, posto que ocupou até 1999. Em seguida, assumiu o comando do Norddeutscher Rundfunk Chorus, sem deixar de atuar também como regente convidado de grupos de renome como o Collegium Vocale Gent, a Orquestra Barroca de Fremiburg e a Academia de Música Antiga de Berlim. Dentre seus professores destacam-se Philippe Herreweghe e Helmuth Rilling, fundador do coral e da orquestra que se apresentam esta noite.

SAIBA MAIS Hans-Christoph Rademann recebeu o German Record Critic em inúmeras ocasiões. Sua interpretação do Magnificat, de Carl Philipp Emanuel Bach, foi considerada a melhor gravação de música barroca vocal de 2014.


JOHANNA WINKEL

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ANN-BETH SOLVANG

JOHANNA WINKEL soprano Natural de Minden, Alemanha, cresceu em uma família de músicos. Estudou piano, violoncelo e muito jovem passou a integrar corais de câmara como o Kölner Kammerchor e o Kammerchor Stuttgart. Em 2005 foi agraciada com uma bolsa de estudos da Fundação Richard Wagner. Desde então tem participado de diversos conjuntos líricos de renome da Europa, como o Coro da NDR (Norddeutscher Rundfunk). Em 2009, foi a primeira colocada na Competição Internacional Cantilena, em Bayreuth.

DIVULGAÇÃO

Iniciou os estudos e a trajetória profissional na Noruega, seu país de origem. Frequentou o Conservatório de Música de Rogaland e a Academia da Ópera de Oslo. Entre 2006 e 2008 fez parte do International Opera Studio, na State Opera de Hamburgo. Presença constante nos festivais líricos europeus, constam de seu repertório papéis em oratórios, missas e ciclo de canções de Monteverdi, Pergolesi, Vivaldi, Mozart, Mendelssohn e Mahler.

MARC SEESING

ANN-BETH SOLVANG mezzosoprano

SEBASTIAN KOHLHEPP tenor Integrou o coro infantil de sua cidade natal, Limburg an der Lahn, Alemanha, e completou a formação na Universidade de Música de Frankfurt. Ainda estudante, foi convidado para o primeiro papel profissional, na Ópera de Monte Carlo, em uma produção de Salomé, de Richard Strauss. A partir dessa experiência, obteve um contrato de dois anos no Teatro Badische Karlsruhe. Em seu repertório constam também interpretações de missas e oratórios dos períodos clássico e romântico. Na temporada de 2013/2014 integrou o elenco da Ópera de Viena, onde viveu Tamino, de A flauta mágica, e Froh, de O ouro do Reno.

SEBASTIAN KOHLHEPP

MICHAEL POEHN

O barítono alemão Marcus Eiche circula com a mesma desenvoltura pelos mais diversos papéis, como o Conde Almaviva, em As bodas de Fígaro, Marcelo, em La Bohème, Gunther, em O crepúsculo dos deuses, ou o papel principal, em Eugen Oneguin. A versatilidade de sua voz se comprova em sua discografia, que se estende de Bach a Britten, de Mendelssohn a Orf. Desde 2011 integra o elenco oficial das Óperas de Viena e de Munique, além de figurar nas produções de todos os palcos líricos da Europa, como o Teatro alla Scala, de Milão, a Nederlandse Opera de Amsterdã e dois dos principais teatros de ópera de Berlim, a Deutsche Staatsoper e a Komische Oper.

JULIA WESELY

MARKUS EICHE baixo

MARKUS EICHE


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Coro e Orquestra da Academia Bach de Stuttgart Hans-Christoph Rademann regência Johanna Winkel, soprano Ann-Beth Solvang, contralto Sebastian Kohlhepp, tenor Markus Eiche, baixo

ORQUESTRA primeiros violinos

Gernot Süßmuth (Spalla) Fabian Bischof Martina Bartsch Christina Eychmüller Anne Roser segundos violinos

Thomas Gehring Gotelind Himmler Julia Greve Julia Glocke violas

Erich Krüger Carolin Kriegbaum Isolde Jonas violoncelos

Thomas Bruder Joachim Hess contrabaixo

Frithjof Martin Grabner flautas

Catarina Laske-Trier Vera Sophie Bayh oboés

Bernhard Heinrichs Julia Ströbel-Bänsch Kirsty Wilson fagotes

Christian Michael Kunert Fabian Lachenmaier trompetes

Eckhard Schmidt Eberhard Kübler Andreas Spannbauer

CORO – GÄCHINGER KANTOREI sopranos

Anja Scherg Gloria Ebert Birte Kulawik Carolina Große Darrelmann Christiane Opfermann Eleonore Majer Isabel Jantschek Leonie Frederike Zehle Lucy De Butts Sarah Krispin Uta Scheirle contraltos

Anna Krawzcuk Anne Hartmann Brynne McLeod Constanze Hirsch Franziska Neumann Judith Mayer Magdalena Fischer Sandra Marks tenores

Christian Aretz Daniel Karrasch Jens Krekeler Julian Metzger Sebastian Franz Sören Richter baixos

Julian Millán Martin Schicketanz Simón Millán Stefan Müller-Ruppert Stefan Weiler Tobias Germeshausen

tímpanos órgão/cravo

patrocínio dos concertos no brasil

realização

Ministério da

Cultura

Martin Ruda Johannes Fiedler

apoio

gerente geral

Gernot Rehrl

HOLGER SCHNEIDER

SOLISTAS


PATROCINADORES 2015

master

prata

platina

bronze

ouro

apoio

realização


AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística.

MECENAS

MANTENEDORES

Adolpho Leirner Álvaro Luiz Fleury Malheiros Ana Maria Levy Villela Igel Ane Katrine e Rodolfo Villela Marino Anna Helena Americano de Araújo Antonio Hermann D. M. Azevedo Arsenio Negro Jr. Beatriz Baumgart Tadini Cláudio Thomaz Lobo Sonder Cristian Baumgart Stroczynski Cristina Baumgart Edy Gomes Cassemiro Erwin e Marie Kaufamnn Fabio de Campos Lilla Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Hélio Seibel Henri Philippe Reichstul Henri Slezynger e Dora Rosset Israel Vainboim Jacques Caradec Jean Claude Ramirez José Carlos Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Luiz e Sandra Setúbal José Roberto Opice Lea Regina Caffaro Terra Luis Stuhlberger Marcelo Kayath Marcos Baumgart Stroczynski Marisa e Jan Eichbaum Michael e Alina Perlman Milú Villela Nelson Nery Junior Otto Baumgart Paulo Proushan Pedro Herz Pedro Stern Regis Edouard Alain Dubrule Roberto Baumgart Rosa Maria de Andrade Nery Ursula Baumgart 7 Mecenas Anônimos

Adélia e Cleõmenes Dias Baptista (i. m. ) Airton Bobrow Alexandre e Silvia Fix Alvaro Oscar Campana Ana Maria Igel e Mario Higino Leonel Antonio Ailton Caseiro Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Antonio Carlos de Araújo Cintra Antonio Corrêa Meyer Antonio Kanji Carmo e Jovelino Mineiro Cassio Casseb Lima Claudia Helena Plass Cleide e Luiz Rodrigues Corvo Eva e Mário Arthur Adler Fernando Eckhardt Luzio Francisco Humberto de Abreu Maffei Gerard Loeb Hélio Arthur Bacha Jayme Bobrow José e Priscila Goldenberg José Roberto Mendonça de Barros Livio De Vivo Luis Stuhlberger Maria Adelaide Amaral Minidi Pedroso MV Pratini de Moraes Neli Aparecida de Faria Nelson Pereira dos Reis Olavo Setúbal Jr Oswaldo Henrique Silveira Paula e Hitoshi Castro Paulo Bruna Paulo Leser Regina e Gerald Reiss Regina e Salim Lamha Ricard Takeshi Akagawa Roberto e Luizila Calvo Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher Sandra Arruda Grostein Silvia e Fernando Carramaschi Stela e Jayme Blay

Tamas Makray Thomas Frank Tichauer Vivian Abdalla Hannut Walter Sacca 4 Mantenedores Anônimos

BENFEITORES Abram e Clarice Topczewski Alberto Whitaker Alfredo Rizkallah Aluízio Guimarães Cupertino Antonio Carlos Marcondes Machado Arnaldo Malheiros Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Carlos Chagas Rodrigues Carlos P. Raucher Claudia Annunziata G. Musto Claudio Alberto Cury Claudio e Selma Cernea Consuelo de Castro Pena Dario Chebel Labaki Neto Dario e Regina Guarita Edith Ranzini Edson Eidi Kumagai Elias e Elizabeth Rocha Barros Elisa Wolynec Eric Alexander Klug Fernando de Azevedo Corrêa Francisco J. de Oliveira Jr. Francisco Montano Filho Gustavo e Cida Reis Teixeira Heinz Jorg Gruber Henrique e Michelle Tichauer Henrique Lindenberg Neto Isaac Popoutchi Issei e Marcia Abe Izabel Sobral José Thales S. Rebouças Katalin Borger Leo Kupfer Lourenço Augusto de Meireles Reis Luci Banks Leite

Lúcia e Nemer Rahal Luiz Diederichsen Villares Luiz Henrique Martins Castro Luiz Roberto de Andrade Novaes Luiz Schwarcz Malú Pereira de Almeida Marcelo Pereira Lopes de Medeiros Marco Tullio Bottino Marcos de Mattos Pimenta Maria Joaquina Marques Dias Maria Teresa Igel Michael Haradom Nelson Vieira Barreira Oscar Lafer Patricia de Moraes Patriicia Upton e Nelson Ascher Paulo Cezar Aragão Paulo Mordehachvili Paulo Roberto Pereira da Costa Raul Correa da Silva Ricardo Bohn Gonçalves Ronald Bryan Salem Rosa Maria Graziano Rubens Halaban Salim Taufic Schahin Sergio Luiz Macera Suzana Pasternak Thyrso Martins Ulysses de Paula Eduardo Jr. Vavy Pacheco Borges Walter Ceneviva Wilma Kövesi (i. m. ) 10 Benfeitores Anônimos

APOIADORES Aliseu Ventiladores Alessandro e Dora Ventura Ana Maria Malik André Guyvarch Andrea Sandro Calabi Anna Veronica Mautner Arnoldo Wald Beatriz Garcez Lohmann

Carmen Guarini Cássio Augusto Macedo da Silva Cristine Conforti Nelia e Eduardo Carvalho Eduardo Simplicio da Silva Eliana Regina Marques Zlochevsky Ana Elisa e Eugenio Staub Filho Eugênio Suffredini Neto Frédéric de Mariz Daniela e Frederico Carramaschi Galícia Empreend. e Participações Ltda Gustavo Henrique Machado de Carvalho Helio e Livia Elkis Horacio Mario Kleinman Irene Abramovich Irente Kantor Israel Sancovski João Baptista Raimo Jr. Flavia Velloso e João Mauricio T. da Costa Jorge Diamant José Carlos Dias José Francisco Kerr Saraiva José Theophilo Ramos Jr. Junia Borges Botelho Karen Macknow Lisboa e Claudio Struck Lilia Salomão Lucila Pires Evangelista Ciça Callegari e Luiz Mello Regina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva Luiz Gonzaga Marinho Brandão Marcello D. Bronstein Maria Bonomi Teli Penteado Cardoso M. Luiza Santari M. Porto Maria da Graça e Mario Luiz Rocco Mario Roberto Rizkallah Marta D. Grostein Martha Rosemberg Mauro André Mendes Finatti Elizabete e Mauro Guiotoku Beatriz e Numa Valle Paulo Emilio Pinto Pedro Spyridion Yannoulis Percival Lafer

Plinio J. Marafon Raquel Szterling Nelken Ricardo A. E. Mendonça Ricardo e Suzanne Gallo Sandra e Charles Cambur Walter Jacob Curi 21 Apoiadores Anônimos

Lista atualizada em 18 de março de 2015.

Para mais informações, ligue para (11) 3256 0223, escreva para amigos@culturaartistica.com.br ou visite www.culturaartistica.com.br/amigos.


Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção do novo Teatro Cultura Artística.

PATROCINADORES

PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais) Adolpho Leirner Affonso Celso Pastore Agência Estado Aggrego Consultores Airton Bobrow Alexandre e Silvia Fix Alfredo Egydio Setúbal Alfredo Rizkallah Álvaro Luís Fleury Malheiros Ana Maria Levy Villela Igel Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Antonio Carlos de Araújo Cintra Antonio Corrêa Meyer Arnaldo Malheiros Arsenio Negro Jr. Aurora Bebidas e Alimentos Finos Banco Pine Banco Safra Bicbanco Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Camargo Correa Camilla Telles Ferreira Santos Carlos Nehring Netto CCE Center Norte Cláudio e Rose Sonder Cleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.) Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração Daniela Cerri Seibel e Helio Seibel Dario Chebel Labaki Neto Dora Rosset Editora Pinsky Ltda. Elias Victor Nigri

Elisa Wolynec EMS Erwin e Marie Kaufmann Eurofarma Fabio de Campos Lilla Fanny Ribenboin Fix Fernando Eckhardt Luzio Fernão Carlos Botelho Bracher Festival de Salzburgo Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Francisca Nelida Ostrowicz Francisco H. de Abreu Maffei Frédéric de Mariz Frederico Lohmann Fundação Filantrópica Arymax Gerard Loeb Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Heinz J. Gruber Helga Verena Maffei Henri Philippe Reichstul Henri Slezynger Henrique Meirelles Idort/SP Israel Vainboim Jacques Caradec Jairo Cupertino Jayme Bobrow Jayme Sverner Joaquim de Alcântara Machado de Oliveira Jorge Diamant José Carlos e Lucila Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Ephim Mindlin Jose Luiz Egydio Setúbal

José M. Martinez Zaragoza José Roberto Mendonça de Barros José Roberto Opice Jovelino Carvalho Mineiro Filho Katalin Borger Lea Regina Caffaro Terra Leo Madeiras Livio De Vivo Luís Stuhlberger Luiz Diederichsen Villares Luiz Gonzaga Marinho Brandão Luiz Rodrigues Corvo Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Mahle Metal Leve Maria Adelaide Amaral Maria Alice Setúbal Maria Bonomi Maria Helena de Albuquerque Lins Marina Lafer Mário Arthur Adler Marisa e Jan Eichbaum Martha Diederichsen Stickel Michael e Alina Perlman Milú Villela Minidi Pedroso Moshe Sendacz Natura Neli Aparecida de Faria Nelson Reis Nelson Vieira Barreira Oi Futuro Oswaldo Henrique Silveira Otto Baumgart Indústria e Comércio Paulo Bruna Paulo Setúbal Neto Pedro Herz Pedro Pullen Parente Pinheiro Neto Advogados Polierg Tubos e Conexões Polimold Industrial S.A. Porto Seguro Raphael Pereira Crizantho Ricard Takeshi Akagawa Ricardo Egydio Setúbal Ricardo Feltre Ricardo Ramenzoni Richard Barczinski Roberto Baumgart Roberto Egydio Setúbal

Roberto e Luizila Calvo Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher Salim Taufic Schahin Samy Katz Sandor e Mariane Szego Santander São José Construções e Comércio (Construtora São José) Silvia Dias Alcântara Machado Stela e Jayme Blay Suzano Tamas Makray Theodoro Jorge Flank Thomas Kunze Thyrso Martins Unigel Ursula Baumgart Vale Vavy Pacheco Borges Vitor Maiorino Netto Vivian Abdalla Hannud Volkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda. Wolfgang Knapp Yara Baumgart 3 Doadores Anônimos

Gostaríamos de agradecer também as doações de mais de 200 empresas e indivíduos que contribuíram com até R$ 5.000,00. Lamentamos não poder, por limitação de espaço, citá-los nominalmente.

realização


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