REPORTAGEM SOBRE CAROLINA FLOARE NO CORREIO DO RIBATEJO (PORTUGAL)

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‘Viagens da Vida’ na Galeria 102, até 23 de Outubro, CULTURA PÁG. 09

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Carolina Floare: Sucesso no Brasil com Santarém no coração CULTURA, PÁG, 10-11

ANMP reuniu em Santarém

Autarcas não se entendem sobre revogação da Lei dos Compromissos O Congresso Extraordinário da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) terminou sábado num ambiente de crispação, com a votação das propostas e das conclusões a decorrer sob protesto de parte dos congressistas. SOCIEDADE, PÁG. 06

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Paulo Caldas julgado por crimes de denegação de justiça e peculato de uso O ex-presidente da Câmara Municipal do Cartaxo começou a ser julgado na segunda-feira pelo crime de denegação de justiça, num processo que envolve deliberações que tomou quanto a uma construção ilegal na Casa das Peles, e pelo crime de peculato de uso, este, em co-autoria com a ex-vereadora Rute Ouro. Paulo Caldas disse ao Tribunal ter agido, nos dois processos em que é acusado, com base no parecer dos técnicos. O ex-autarca afirma que agiu mediante a informação que lhe foi transmitida. SOCIEDADE, PÁG. 07

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SOC. DE PNEUS DE SANTARÉM LDA.

Câmara de Santarém fixa taxas máximas de IMI, derrama e IRS

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Rainha das Vindimas eleita em Santarém

Multiplicadores de opinião do Centro Europe Direct de Santarém visitam Bruxelas

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CULTURA

CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 05 DE OUTUBRO DE 2012

Carolina Floare

Sucesso no Brasil com Santarém no coração Carolina Floare é uma jovem actriz com laços familiares em Santarém, que se divide entre a representação, a dança e a escrita. Formou-se em Direito e chegou a trabalhar como Jurista, mas foi no teatro que o seu trabalho foi premiado no Rio de Janeiro, após a mudança para o Brasil. “Sempre adorei Santarém, é uma cidade que me está no sangue e na alma e, além disso, era a cidade dos sonhos, das férias, sinónimo de liberdade, aventuras e avós”, recorda Carolina Ferreira, com o nome artístico de Floare, uma actriz que cresceu em Santarém e viu, recentemente, o seu trabalho nos palcos ser reconhecido no Brasil, País onde reside actualmente. Carolina passou a adolescência em Santarém, para onde a família se mudou quanto tinha 13 anos. Nasceu no Hospital da Marinha, na Base do Alfeite, em Novembro de 1981, onde o avô se encontrava colocado. Viveu os primeiros anos em Miratejo, mas considera-se natural de Santarém, “de família e de alma”. Os pais nasceram em Santarém e, “por graça do destino, foram baptizados juntos, no mesmo dia, à mesma hora”, algo que descobriram quando pediram os documentos para se poderem casar. O ramo materno tem origens na Beira Baixa, embora a família do avô se tenha mudado para Santarém quando este tinha apenas cinco anos de idade. “Cresceu scalabitano”, tal como a avó materna, nascida na Portela das Padeiras, à semelhança dos seus antepassados. Também a avó paterna nasceu em Santarém, enquanto o avô paterno nasceu em Coruche, “mas desde jovem fez a vida em Santarém”. Depois de alguns anos longe da região, os avós paternos da actriz regressaram a Santarém quando esta tinha cerca de oito anos de idade. Após essa mudança, “as estadias em Santarém aos fins-desemana e nas férias eram religiosas e muito ansiadas”. Toda a família voltaria, definitivamente, à capital ribatejana pouco tempo depois. “Foi um processo de transição maravilhoso, eu e o meu irmão passamos três meses com os avós, enquanto os meus pais faziam a mudança”, recorda Carolina. “O nosso sonho de crianças sempre foi morar em Santarém, ter o campo, as árvores, as aventuras e as bicicletas à

disposição o tempo todo, e não só aos fins-de-semana ou nas férias”. Para além disso, continua, “tínhamos verdadeiro fascínio pela beleza e imponência do Liceu Sá da Bandeira, onde sabíamos que o nosso pai tinha estudado”. Apesar de “toda a ansiedade” provocada pela mudança, Carolina lembra “a base maravilhosa dos meus avós e dos meus pais fez que com que tudo fosse muito fácil e feliz”.

Imaginário infantil

Carolina evoca a infância como um tempo “povoado por um riquíssimo imaginário, construído pelas histórias de encantar” do avô marinheiro, “onde não faltavam desde duendes e mouras encantadas aos lobos da Serra (da Estrela), mas também muitas histórias da História” de Santarém. Recorda, igualmente, os contos saídos da imaginação do pai, que “criou um cavalinho chamado Pimpão que corria todo o tipo de aventuras”; as canções do Ribatejo e da Beira Baixa, “cantadas com os meus avós à lareira, na horta ou fazendo pão”, bem como as brincadeiras com o irmão, para além de “aventuras e aventuras, muitas delas com o meu avô, que alinhava sempre connosco”. Carolina gostava, sobretudo, de subir às árvores, onde ficava durante horas. Numa oliveira, na horta do avô, cada irmão, tal como um primo, chegaram a ter casas no cimo da árvore. “Passávamos tardes lá em cima, visitávamo-nos, convidávamos amigos, conversávamos, comíamos, líamos, e eu até dormia belas sestas”, relembra. Os Natais são outra “lembrança fascinante” que guarda desses tempos, “quase todos passados na linda casa dos meus avós maternos, na Portela das Padeiras, onde a família se reunia em redor da lareira da cozinha”. Nesses dias, a avó fazia pão, velhozes, bolo-rei, bolo de Natal ou o arrobe, “um doce tradicional ribatejano que está em vias de extinção”. Inserida numa família “que nos fez acreditar no Pai Natal até tarde”, era habitual, “sairmos de carro pela cidade deserta à sua procura. Batíamos às portas perguntando por ele, enquanto o pessoal, em casa, colocava as prendas junto da árvore de Natal. Quando voltávamos da busca ao Pai Natal, ele já tinha passado por lá”.

O dia em que recebeu o prémio de melhor actriz, no X Festival de Teatro, no Rio de Janeiro

Carolina Floare na peça que lhe valeu o prémio ´Hamlet 2012´

De Santarém, recorda ainda “a calmaria” e “o centro da cidade, as ruas, os prédios, as cores, a calçada, os monumentos, o clima familiar e o facto de tudo se fazer a pé”. Admira ainda “as redondezas campestres” e os “caminhos tão belos”, cenário de passeios regulares. Acima de tudo, Carolina diz ter vivido “uma infância cujos encantos não cabem em palavras, nem em memórias imediatas”, graças à família “maravilhosa”, em cujo seio cresceu. O interesse de Carolina pela escrita surgiu ainda nesses tempos de infância. “Sempre gostei de escrever prosa ou poesia. Desde que me lembro de saber escrever, mantive um diário (até quase adulta) onde reuni poesias e outros textos”. Dedicava-se ainda a inventar e a dirigir peças de teatro e espectáculos musicais, representados juntamente com o irmão e o primo, perante toda a família.

A caminho de Lisboa

Seguiu-se uma adolescência “tranquila”, que acabou por ser “um prolongamento da infância, temperado, claro, com o início de muitas questões, muitos sonhos, muitas ansiedades e o inicio de um processo de auto-conhecimento”. Durante o ensino secundário frequentou o Liceu Sá da Bandeira, entre o 9º e o 12º ano, e, aos 17 anos entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Perante uma “certa pressão familiar”, escolheu um curso que lhe interessava, sobretudo pelos “raciocínios, as interpretações, as argumentações opostas (sempre gostei de compreender os dois lados de uma situação), as questões humanas e sociais”, ou “a busca da justiça”. Mudou-se para a capital, mas os fins-de-semana e as férias continuaram a ser passados em Santarém. Ainda que os estudos tenham decorrido sem sobressaltos, nunca pensou “em

optar por um percurso dentro dos tribunais ou de qualquer tipo de escritório”, revela. “Desde que me lembro de ser eu (e tenho provas documentais no caderno da minha primeira classe), sempre quis ser actriz”. O gosto pela representação “sempre foi algo muito meu, muito genuíno, muito profundo”, apesar de não existir qualquer referência familiar nesse sentido. “O sonho crescia e fortalecia-se à medida que os anos passavam, contrariando as expectativas familiares”. Ainda que a experiência teatral em Portugal tenha sido “quase nula”, era “como se, intimamente, houvesse uma espera por um ‘tempo certo’, onde não houvesse a menor possibilidade de erro”, acrescenta. Sem nunca ter perdido “esse foco”, que “iluminou sempre todos os meus caminhos, por mais ‘desviados’ que tenham parecido”. Praticante de dança desde cedo, conseguia assim ir “alimentando e ‘acalmando’, de certa forma, a minha necessidade artística. Entrar para a faculdade de Direito foi uma opção da razão”, argumenta.

Intercâmbio na Roménia

Entre 2003 e 2004, Carolina lançou-se no que considera ter sido “mais uma das minhas aventuras”. Inscreveu-se no programa de intercâmbio estudantil Erasmus, que a levou a Bucareste, capital da Roménia. “Lá fui eu, sem saber nada de romeno, fazer meu 5º ano da faculdade de Direito”. A experiência “foi óptima”, sobretudo, porque “já estava muito cansada do curso na época e foi essencial essa ‘mudança de ares’ para conseguir chegar ao fim da odisseia”. Interessada em conhecer “um mundo completamente diferente”, depois de ter, anteriormente, passado férias no País, queria ainda descobrir “a latinidade a Leste”, em “vez de ir pelo mais óbvio, que


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seria fazer o intercâmbio em Espanha ou Itália”. Hoje, considera que “a necessidade de me adaptar a uma cultura e a um modo de viver totalmente diferentes, deu-me muito auto-conhecimento e muita maturidade”, confessa. Na Roménia, enfrentou “a barreira da língua”, como “um desafio apaixonante”. Obrigada a entender o idioma local, para perceber as matérias a estudar, foi sujeita a um primeiro exame, em Dezembro de 2003, três meses após ter chegado ao País. Numa prova oral, totalmente em romeno, conseguiu obter nota máxima à disciplina de Contencioso Administrativo. “Foi uma felicidade enorme, saí da Faculdade aos pulos por dentro”. De regresso a Portugal, os conhecimentos da língua romena, permitiram-lhe começar a trabalhar em traduções, numa altura em que escasseavam os intérpretes deste idioma. Formada em Tradução Literária, acabou por ser convidada a traduzir o romance ‘O regresso do hooligan’, da autoria de “um dos maiores escritores romenos da actualidade”, Norman Manea, posteriormente editado em Portugal pela ASA. Traduziu ainda diversos poemas franceses e romenos para o português. Com o diploma de Direito em mãos, após ter sido graduada e pós-graduada pelas Universidades de Lisboa, de Bucareste e pela Universidade Católica Portuguesa, Carolina passou, posteriormente, pelo Gabinete Jurídico do Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural do Governo Português, onde trabalhou ao longo de três anos, entre 2006 e 2009. “Foi uma grande oportunidade para abraçar todo o tipo de culturas e de personalidades”, para além de lhe ter permitido “crescer como ser humano”. A experiência, que lhe deu “muito prazer”, permitiu-lhe “ajudar os imigrantes no seu difícil processo de legalização, nas suas questões laborais ou jurídicas. Era quase um trabalho humanitário”, defende. Acima de tudo, “foi um laboratório intenso de construção de personagens”.

Paixão pelo teatro

Apesar de a cidade de Santarém ser, por diversas vezes, apontada como a capital do teatro amador a nível nacional, Carolina considera que essa paixão nasceu consigo. “Quando dei por mim, já sabia que queria ser actriz”. Manteve o desejo apenas para si durante muito tempo, já que “as pessoas em meu redor não me levavam a sério”. Ainda assim, por aqui, chegou a participar em espectáculos de teatro e ballet com Encarnação Noronha e Vítor Murta, no Círculo Cultural Scalabitano. No entanto, a estreia em palco aconteceu quanto tinha cerca de seis anos, com o grupo de ballet da Academia Almadense da Companhia de Dança de Almada. “A dança sempre fez parte da minha vida. Comecei tão pequena que era quase uma coisa natural”, diz. Após 12 anos de ballet clássico, com passagem pela Royal Academy of Dance, Carolina “quis experimentar outros estilos” e dedicou-se à dança do flamenco, em Lisboa, na Juventude da Galiza. Ao longo de oito anos, teve uma experiência “apaixonante”, pois “sempre gostei dos espectáculos em palco e de toda essa adrenalina do ‘agora ou nunca’, da entrega absoluta”. Ainda assim, considera que “sempre fui uma bailarina mais da emoção, do que da técnica. Acho que me diferenciava por isso: sempre fui uma actriz na dança”, sublinha.

Rumo ao Brasil

Em termos de representação, Carolina diz ter começado a despertar “com as primeiras novelas”a que assistiu. “As minhas referências na arte de representar começaram por ser brasileiras. Eram os actores brasileiros quem eu admirava, era a arte deles que eu estudava”. Desde cedo, “sonhava em vir para o Brasil e contracenar com eles”, reconhece. Deslocou-se pela primeira vez ao Brasil quanto tinha apenas 16 anos, em 1998. “Foi um momento muito emocionante. Era como se eu soubesse que um dia o meu lugar ia ser aqui”. Dez anos depois, em 2008, voltou ao Rio de Janeiro, em

férias e, “por obra do destino comecei a conhecer pessoas ligadas ao meio artístico, inclusive a actriz Débora Duarte, que é uma das minhas maiores referências na arte e de quem fiquei amiga”. No ano seguinte regressou ao Brasil, ainda em férias, “e foi então que percebi que tudo se estava a conjugar, que a hora de arriscar tinha chegado”. De volta a Portugal, requereu um visto de estudante, e, a 31 de Dezembro de 2009, “vim, definitivamente, para começar 2010 e uma nova vida aqui, deixando para trás família, casa própria, emprego”. Não se arrependeu da decisão. “Quando chega a hora, não há nada a fazer: temos de seguir nosso caminho, sem olhar para trás, por mais que doa”, sustenta. Antes da aventura por terras brasileiras, Carolina frequentou, em Portugal, alguns cursos de interpretação, embora não tenha tentado, na altura, iniciar uma carreira no teatro. “A hora não tinha chegado e, quando chegou, foi aqui no Brasil”. Recorda, ainda assim, que “houve um episódio em Portugal que me impulsionou muito”. Num curso de interpretação com Nicolau Breyner, em 2008, o veterano actor chamou Carolina e perguntou-lhe se já fizera teatro anteriormente. “Respondi que não e ele disse-me algo que nunca vou esquecer: você tem muito talento, tem mesmo de ir em frente com isto”. Pela primeira vez, “alguém ‘viu’ talento de actriz em mim. Foi emocionante, inesquecível e decisivo”. A partir desse momento, “a minha alma decidiu: é isto mesmo, chega de brincadeira”. Meses depois, “tudo começou a acontecer. Gostaria que, um dia, o Nicolau soubesse que, sem se dar conta, foi tão importante na minha vida”.

Um prémio em terras de Vera Cruz

No Brasil, Carolina deu início à sua formação na Companhia de Teatro Contemporâneo do Rio de Janeiro, cidade onde se radicou. “Foi um encontro comigo mesma e com pessoas que, finalmente, eu reconhecia como do ’meu mundo’, meio loucas e apaixonadas pelo teatro”. “Lindamente recebida”, tanto pela direcção da companhia, como pelos professores e colegas, “lembro-me do primeiro dia de aulas, da força toda que eu trazia de anos e anos em latência. Era maravilhoso acordar e pensar ‘vou fazer teatro’. Deixou de haver segundas e sextasfeiras na minha vida”. Para Carolina, o critério que a leva a escolher as peças em que tem participado, é, acima de tudo, orientado pelo interesse suscitado pelo personagem a interpretar. Agrada-lhe, sobretudo, “o desafio de construir aquela pessoa aparentemente tão diferente e de descobrir as pontes”, explica. O gosto de Carolina pela representação estende-se ainda ao teatro para crianças, uma experiência que considera

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“maravilhosa e gratificante”. Agradalhe, particularmente, “a mudança que provocamos no público infantil, muito mais visível e sensível no momento em que estamos no palco do que com o público adulto”. Dado que “as crianças hoje em dia levam uma vida muito árida”, onde imperam “joguinhos, computadores, e muitos ecrãs”, que tornam a vida “um eterno ‘clique’”, a actriz vê o teatro infantil com “a missão importantíssima de resgatar o encanto e a magia do universo da criança”. Rendida, ao teatro para crianças, que diz querer “fazer mais e mais”, Carolina quer, essencialmente, “contar histórias e incentivar brincadeiras”, para além de “contribuir para que as crianças voltem para as ruas, para as árvores, para as flores, para os rios, ainda que imaginários”. A dedicação de Carolina ao teatro não passou despercebida e, recentemente, foi galardoada com o Prémio Arlequim de Melhor Actriz no X Festival de Teatro Cidade do Rio de Janeiro. “Foi uma sensação de alívio, do tipo: ok, sou uma actriz de verdade, não sou uma impostora na arte”, alega. Foi “uma sensação emocionante”, que demonstrou que “valeu a pena atravessar as muitas tempestades de felicidade”, e que a vida “movida a paixão e intuição faz sentido”, admite. Para lá dos projectos em que esteve envolvida (ver caixa), Carolina Floare encontra-se, de momento, a desenvolver ideias que vão levar à criação de um filme e de uma peça na sua própria companhia, a Revoada Cia. D’ Arte, e nos quais deposita “as energias do momento”. Apesar do reconhecimento que tem vindo alcançar por terras de Vera Cruz, Carolina não afasta a possibilidade de regressar a Portugal. O futuro “é imprevisível”, aponta. Carlos Quintino


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