ISABELLE FARIA - As you like it - gluttony

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ISABELLE FARIA

As you like it - gluttony 15 Set a 4 de Nov 2012

CARLOS CARVALHO ARTE CONTEMPORÂNEA Rua Joly Braga Santos, Lte F R/C | 1600 - 123 LISBOA TLF(+351) 217 261 831 | FAX(+351) 217 210 874 www.carloscarvalho-ac.com | carloscarvalho-ac@carloscarvalho-ac.com


Loving cakes – Gluttony, 2012 TÊcnica mista sobre papel 156 x 263 cm


Loving champagne – Gluttony, 2012 TÊcnica mista sobre papel 156 x 263 cm


S茅rie Cupcakes - Gluttony, 2012 Pastel de 贸leo sobre papel 28,5 x 38 cm


S茅rie Cupcakes - Gluttony, 2012 Pastel de 贸leo sobre papel 28,5 x 38 cm


Lovers – Gluttony, 2012 TÊcnica mista sobre papel 156 x 263 cm


Oscars – 9 Dolls, 2012 Latex e lantejoulas 165 x 50 x 20 cm


Loving cupcakes – Gluttony, 2012 Técnica mista sobre papel 156 x 263 cm


Loving chocolate – Gluttony, 2012 TÊcnica mista sobre papel 156 x 263 cm


Série Dolls on Fabric – antidote, 2012 Lápis sobre papel 70 x 50 cm


Série Dolls on Fabric – antidote, 2012 Lápis sobre papel 70 x 50 cm














ISABELLE FARIA As you like it - gluttony Desenho e instalação Preview: 15 Setembro 2012 17h00 De 15 Setembro a 4 de Novembro 2012 Carlos Carvalho Arte Contemporânea R. Joly Braga Santos, Lote F – R/c • 1600-123 Lisboa Tel: 217261831 Fax: 217261310 E-mail: carloscarvalho-ac@ carloscarvalho-ac.com Website: www. carloscarvalho-ac.com

Para esta primeira exposição na galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Isabelle Faria retoma a tarefa de execução de um transvasamento dos pecados capitais - que faz parte do seu percurso artístico - para formar uma condição de confluência entre estes e estudar as suas demarcações e fronteiras. Mostrando interesse nos limites entre as várias figuras do pecado, a artista entende que a gula é o ponto dramático de relação com a luxúria ou a cobiça, cuja transferência de significados se pode observar na hibridez das personagens e dos cenários. Conferindo um efeito similar a um totem, o isolamento e movimento da linguagem simbólica destes desenhos, possibilitados pela relação individualizada de cada elemento e pelo desdobramento em pequenas narrativas ou representações, estimulam e reforçam a significação. Este efeito de colagem ou interrupção da narrativa é entendido por vários autores como uma forma própria de temporalidade que reforça a condição de significação do conjunto, configurando deste modo um discurso sobre a subversão dos valores morais estimulada pelo vício. Envolvidos em cenários da corte europeia do século XVIII, os desenhos representam significados que, embora não completamente definidos, se transmutam noutros, convertendo as personagens em figuras sombrias e quase demoníacas. Para a artista, esta transmutação não se processa apenas na apresentação das figuras mas estende-se à própria noção do pecado da gula que está indicado, como já referido, não de modo fixo e consistente, mas envolvido com outros. Por isso verificamos o excesso do barroco dos cenários e trajes que se estendem à decoração dos bolos ou ao mobiliário e à utilização de cores e formas expressivas e sem horizonte real. A artista convoca o exacerbado - que é visível nos cenários de aparato, na profusão de linhas e cores – exponenciando o visual e por isso assumindo um afastamento da realidade.

Para a artista, a representação da sexualidade está articulada com a evidência do estímulo sensorial e não com a profundidade e complexidade da emoção. Por isso, em relação à instalação Oscars, a artista coloca a mulher no papel único de objecto de exploração, despersonalizando-a, ao multiplicá-la e envolvê-la num mecanismo de instrumentalização. Logo, o feminino reúne apenas as características físicas que lhe atribuem a condição de objecto sexual. À semelhança de um produto de consumo imediato e rápido, a figura feminina é construída para responder a um desejo e corresponder a uma vontade do outro. Converte-se por isso num modelo de produção instrumentalizada do prazer, reduzindo o domínio do sexual ao estímulo abstracto. É nesta lógica que, para a artista, a mulher não é mais que uma máquina de produção de sensações que são atribuídos por elementos que a reduzem à tarefa de produção de prazer e de produto de consumo imediato e banalizado. Por outro lado, ao revestir as figuras de lantejoulas, a artista mostra o feminino como um objecto de fetichização anulando a condição de utilidade que serviu inicialmente o seu discurso porque impede a sensação produzida pelo efeito táctil do objecto. Ao expor esta dupla conotação, a artista expõe a glorificação do sexual e a permissividade amplificada e convertida num objecto em série.


CARLOS CARVALHO ARTE CONTEMPORÂNEA Rua Joly Braga Santos, Lte. F - r/c + (351) 217 261 831 + (351) 217 210 874 carloscarvalho-ac@carloscarvalho-ac.com http://www.carloscarvalho-ac.com Seg a Sex das 10h às 19h30 / Sáb das 12h às 19h30 From Mon to Fri: 10am to 7:30pm / Sat: 12:00 to 7:30pm


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