Sustainable Furniture Design: Product Useful Lifetime Extension by Reuse

Page 70

Capítulo II - Problemas Ambientais e o Papel das Florestas

A superfície mundial ocupada pelo Pinus pinaster está estimada em cerca de 4,4 milhões de hectares, dos quais 4,2 milhões localizam-se na área de distribuição natural da espécie (Espanha, Portugal, França, Marrocos, Itália, Turquia, Grécia e Tunísia). Por outro lado, 200 mil hectares encontram-se em outras áreas de reflorestação (Austrália, África do Sul, Nova Zelândia, Chile, Argentina e Uruguai) (SANZ [et al], 2007, p.8).

A Galiza e o Norte e Centro de Portugal são regiões que reúnem, segundo o estudo levado a cabo pela AIMMP (Associação das Industrias de Madeira e Mobiliário de Portugal), conjuntamente cerca de 7 milhões de hectares de superfície florestal (aproximadamente 45% do seu território). Nesta destacada área florestal, a presença do pinheiro bravo assume um claro protagonismo ao constituir o principal recurso que abastece a importante indústria de madeira existente nesta zona.

No caso de Portugal, o pinheiro bravo ocupa 29% da superfície florestal total, com um total de 976 mil há. As suas massas florestais estão principalmente localizadas nas regiões Centro, Norte e Lisboa e Vale do Tejo (57%, 37% e 22% da superfície florestal, respectivamente) (SANZ [et al], 2007, p.10).

Um dos factores que favoreceu o desenvolvimento desta espécie foi a sua grande resistência a solos arenosos e de escassa fertilidade, onde outras espécies não podem prosperar, assim como o seu rápido crescimento. A capacidade do pinheiro bravo para estabelecer-se em solos pobres está associada ao seu sistema radicular, muito desenvolvido e com uma importante capacidade de absorção de nutrientes. Podendo atingir os 40 metros de altura, o pinheiro bravo, normalmente, não supera os 20 ou 30 metros. A copa é piramidal na fase inicial de desenvolvimento da árvore transformando-se, posteriormente, numa forma arredondada e irregular. Os ramos dispõem-se em torno de todo o tronco e possuem pinhas que demoram cerca de dois anos a amadurecer.

Um defeito comum associado ao pinheiro bravo é a falta de rectidão do fuste. Esta circunstância costuma ser originada por um crescimento desigual em diâmetro e pela presença de madeira de compressão em grande parte do tronco. Estes defeitos de forma, que estão fortemente influenciados por factores ambientais e funcionais da árvore, podem corrigir-se utilizando plantas melhoradas geneticamente e/ou técnicas silvícolas específicas (SANZ [et al], 2007, p.60). 70


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.