Sunshine

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Editorial

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Contato : binho_byers@hotmail.com www.rubensmedeyros.blogspot.com Sujestões, reclamações, dê a sua opnião, a Sunshine foi feita para você caro leitor e contamos muito com a sua gentileza.

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Aqui ha erros de pontacao, sim, -eh- de proposito. Repense em tudo que aceita, inclusive essa reforma -ortografica-

Sunshine Outono de 2009



Sumario 05 Rabiscos numa folha suja 06 Dama dagua 07 O Salto 11 Aquele vazio 08 Bussola 12 Pra pedir bis 09 Corpo Elastico 13 Do latim adorare 10 Sonho a dois 14 A pitoresca 15 Se e por todo esse pesar 16 Projecao Karla Hack

Thiago Damiao

Renato Avelar

Morgui

Silvana Persan

Tamires

Coraline

Assis Benevenuto

Thiago Julio

Leronardo Valesi

Rubens Medeyros

Sunshine


Rabiscos Numa Folha Suja

Sunshine

por Karla Hack

Amarelecida pela vivência. Cansada de não ser usada. Humilhada folha em branco. Sem maiores atrativos. Talvez por sua rispidez, Ou por sua auto-suficiência, Aos enamorados tenha espantado. Aos mentais, despercebida. Aos solitários, inútil. Aos teimosos, a própria teimosia. Inalterada folha em branco, Amassada pelo sofrimento do nada. Teve culpa por não ser notada? Não fora notada? Fora sim. Abençoada pelo mais intenso dos olhares. A página antes suja e sem serventia, Transformada foi em sentimento, Em poesia. A folha amarelada pelo tempo, Agraciada foi pelo amor de um poeta. Karla Hack: é autora do blog http://karlahack.com/

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Oceanos naveguei Fiz amigos Fui amigo de seu rei Pensei que navegar Inundaria o imaginário E o preço E a fama E o meu baixo salário Me trouxeram a você Em uma tarde Simples tarde Sete mares Mais que o dia Emblemados os perigos Mais o sol Onde apalpas Menos que a lua Mais um coração aflito Principia E em busca As estrelas Do indefinido Desse céu Talvez fosse do sentido De viver Ao Deus dará Navegante Errante Distante de meu povo Lamentável Meu estado Arruinado De estar no lugar certo Ou no mais procurado

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Dama dágua por Thiago Damião

Thiago Damiao: é autor do blog http://thiagodamiao.blogspot.com/

Inundado o meu casco Me dá asco Não saber Pra onde ir E me perder Me prendrer E sofrer E calar O que trago Não afasto O leme de minhã mão Pois se minha veia pulsa Pulsa mais o coração Naveguei milhas perdido E sem fé E não sabia Que era só pra te encontrar

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Sunshine


O Salto

Sunshine

por Renato Ziggy

“Às vezes m’estaciono frente a este ribeirão e lá da secura da beira onde m’encontro fico tentando advinhar o que tem por debaixo dessa superfície de redemoinhos e meandros teus. Fico na dúvida se adentro logo esse rio de oceanos até então desconhecidos ou se me preservo de não ser lançado para algum além-mar através das tuas correntezas de esfinge. “Nada que não me faça saltar entardecer nesse teu pôr-de-lua pintar-te um feixe de versos nus tocar-te o canto do lábio acre colher a pétala que tens no bolso fitar o amor, beber do sal, ser-te mar. Nada que não me faça querer invadir superfície adentro desnudar-te os rubros meandros contornar-te as curvas alvas recostar meu queixo no teu tornar-me teu e eu, teu semi-deus, faço-te um céu...”

Renato Avelar: é autor do blog http://pesardealma.blogspot.com/

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Sunshine

Bússola por Petite Femme

Me orienta desorienta mostra o norte não deixa eu me perder não quero te perder

Silvana Persan: é autora do blog http://menteimprodutiva.blogspot.com/

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10 sunshine - project Thiago Júlio: é autor do blog http://va-go.blogspot.com/

Sonho à Dois por Thiago Júlio

A gente fica assim, com jeito de quem não consegue dormir à noite. Daí, sem ter como te explicar, num momento de distração, entre um pensamento e uma idéia absurda, a noite entra na gente. Então, eu sinto a noite dentro de ti e me refugio no teu escuro. Mas tu és tão boba cultivando receios de menina... Tu quase choras com medo de ti. Quase ouço tuas lágrimas rolarem amplificadas pelo breu. O escuro, de repetente, transforma o silêncio em barulhos palpáveis. Eu toco teus segredos escondidos no escuro, aí descubro que tua bobeira é justificável. Ainda assim, tu és tão menina cuidando de ti com esse teu exagerado zelo idiota... Ah, se tu conseguisses te enxergar como eu te vejo agora. Teu maior medo é te enxergar dentro da tua noite. Já me sinto à vontade dentro de ti, livre pra te reorganizar por dentro, pra ser tua cura. E a noite dentro de mim, é só uma extensão de ti. Nós, querida, nós somos duas mentes doentias colhendo poesia com os olhos e tentando desesperadamente definir o que sentimentos com palavras sem elo e verbos poderosos enquanto, frustrados, gritamos agonias aos quatro cantos. Nós somos pobres coitados atormentados por ataques de lirismo barato enquanto mordemos nossas línguas desgastadas de tanto falar merda. Continuas assim, me olhando intrigada tentando ver dentro dos meus olhos mareados e sonolentos, mas não vês nada: ou porque tu és muito menina, ou porque meus olhos estão tão desajustados que refletem a luz tanto quanto captam. Meus olhos são inúteis dentro da noite, e os meus olhos são a tua noite. Assim, ainda que minha busca de tentar te desvelar seja vã, mesmo que eu me perca em teus encalços desconhecidos e nos ímpetos que despertas, e, se eu te entender, ainda te veja padecer na incompreensão diante de ti mesma, ainda há tua meninice. Se restar tua meninice e a noite, brincamos, com o teu medo e o meu desespero, de construir sonhos.


Aquele vazio

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por Morgui

Espero. Observo. Com a brisa no rosto me sinto isolada. Desperto e volto; ao ouvir o roncar de um outro ônibus passando. Me sinto trancada. Reclusa em uma cápsula de vidro. Sem imagens, sem som, sem gente, sem vida. Observo a vida das outras pessoas passando, correndo em seus carros. Sinto que minha vida não passa de uma mera rotina. De dias nublados e silenciosos. Espero alguma coisa acontecer. Nada. Não querido leitor(a), não pense que estou transformando isto em uma crônica depressiva. É só uma crônica vazia. Quando agente olha em volta e não vê mais do que o silêncio. Desculpe incomodá-lo(a) com meus problemas. É essa vida entediada, rotineira que não me inspira para mais do que algumas meras palavras. Eu presciso, as palavras, as letras, as sílabas, ca-da uma. São meu porto seguro. Uma folha em branco e uma caneta, esperando pela inspiração tomar conta de mim e mostrar o quão fácil é controlar os sentimentos através das palavras. Meu corpo dói, minha alma pede ação. Numa vida que não passa de sorrisos ocasionais, alegrias momentâneas e bobas, satisfações rápidas, e uma falsa empolgação. Numa vida dessas, as palavras, são a minha salvação particular.

Morgui: é autora do blog http://olhode-vidro.blogspot.com/

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-Um sorriso meu, de volta, pra você. Ao ouvir minha voz, sorria. Canto para ti... faceira. Pra fazer-te rir da vida. Esquecer mágoas, Enxugar tuas lágrimas. Levar-te a alma, Comigo, ao banco dos réus. -Então me leve, se tiver que ir...

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E te guiando, eu vou. Em busca do céu de espasmos e cores, Que um dia você me falou. Lembra? Foi quando a luz se tornou escuridão, E apenas meu riso pode te guiar. - Meu canto tem a chave...

Menina de sonhos? Ou sonhos de menina? Mulher de verdade, talvez. Que novamente, canta. E sai ao vento, Mesmo em desencantos. Chamando, implorando.

E de novo, vou repetir a fórmula. Com luares e doces notas, Pintadas em toques de ousadia. Serenatas a me acompanhar, Com gotas de luz, a banhar.

- Me leve, se não for ficar...

Para, Sorrateiramente voltar. E assim, eu sei que você vem. Um retrocesso que vi, Por, mais uma vez, te olhar.

De madrugada, finja. Aceito essa ilusão. Nem quero ser menina. Mas, querida por ti, me faço em vão. Ouço-me em sôfregos suspiros, De paixão, nada serena. - Deixe a porta aberta...

Pra pedir bis por Tamires

- Teu sorriso me guia...

- Eu olhei, e sorri: Você voltou. -De onde nunca quis sair. E eu te amei, ainda mais. Por recomeça

Tamires: é autora do blog http://tamiresemcasa.blogspot.com/


Ama-me longo rabisca minhas costas mais toda minha extensão meus braços que duram muito rabisca-me. suja meus rios com tuas mãos em negrito. Roçaga-me o sol das tuas pernas e brada noites. ocorre que minhas águas transtornam em abundância e turvo fico eu.

Dê a si o direito a morte Ama em extremo!

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Rabisca mais, que meu corpo é muita página e quando chegares ao homem debruçado intacto em pleno silêncio Beija! Beija!

http://www.desangue.blogspot.com

do Lat. adorare por Assis

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Assis Benevenuto: é autor do blog


Por onde nela Uma falta se escapa Tem curva De agrado farto Onde olhar reza à mostra Desmanda suas incertezas Antigas ainda mais belas Tudo em segredo De um brio Encantamento de aparição Ronda de sua veste Faz corredeira Íngreme donzela realça Se sonho detivera Uma estampa fria Caberia no olho Não escondida no remorso Ou acalmaria Sua voz esquecida De cantar Mundo tem tracejo Graça que dela Vai detrás Outra espera resplandece Assim eu a amaria Enquanto refeita Só ela me saberia calar Fresca e leve

A Pitoresca por Leonardo Valesi Valente

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Leonardo: é autor do blog http://lioh.arteblog.com.br/

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Se e por todo esse pesar, que vive assim, a pedir o fim desse amor. Jogue fora as augurias dessa felina dor, que so lhe trara a certeza, da magoa e dor rancor Se e por todo esse pesar, que nao viva assim, que voe ate o raio de sol. E la encontre o confortante calor, de um nova e empolgante paixao, agora sem pudor.

Rubens: ĂŠ autor do blog http://rubensmedeyros.blogspot.com/

Se e por todo esse pesar por Rubens da Silva Medeiros

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Projecao

Sobre algumas espectativas que essa revista guarda. Materias - Textos sobre musica, cinema, literatura, teatro. Alguns dos pilares da cultura. Para tal, a Sunshine convida pessoas que tenham interesse em algum tema especial e gostaria de expor algum de seus artigos.

Perfis - Sobre os autores, para que o publico venham a conhecer melhor, quem escreve os textos que gostam de acomapanhar.

Ensaios - Fotograficos, pra ajudar a compor a parte imagetica da revista.


Fim


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