O Ministério do Diácono

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O M i n is tĂŠrio do

DiĂĄcono Richard Dresselhaus


Todos os direitos em língua portuguesa reservados por © 2012, BV Films Editora Ltda e-mail: faleconosco@bvfilms.com.br Rua Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJ CEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600 www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito. This book was first published in the United Sates by Gospel Publishing House, 1445 N. Boonville, Springfield, Missouri 65802. Deacon Ministry by Richard Dresselhaus. Copyright © 2009 by Gospel Publishing House. Used by permission. Editor Responsável: Claudio Rodrigues Coeditor: Thiago Rodrigues Capa e Diagramação: Chayanne Maiara Tradução: Mitsue Siqueira Revisão de Texto: Gabriella Azevedo          Ana Carolina Salerno          Ariana Fátima C. Baptista

ISBN 978-85-8158-009-8 1ª edição – Fevereiro/2012 Impressão: Imprensa da Fé Classificação: Igreja Impresso no Brasil


sumário

Introdução

07

capítulo 1

O Ministério do Diácono

11

Capítulo 2

As Qualificações do Diácono

33

Capítulo 3

O Diácono como Administrador

51

Capítulo 4

O Diácono como Servo

75

Capítulo 5

O Diácono como Pessoa

95

Capítulo 6

O Diácono como Solucionador de Problemas

117

Capítulo 7

O Diácono e os Conflitos da Administração

137



introdução

E

spera-se que este manual vá ao encontro das reais necessidades de todas as igrejas. Partindo-se do princípio de que ações positivas requerem uma liderança capacitada e preparada, é necessário que algo seja feito para transformar pessoas leigas em diáconos de verdade.

O manual foi escrito com ênfase na praticidade. Os assuntos tratados nele são os que normalmente confrontam a vida do diácono. Seu propósito é fazer com que os diáconos encontrem aqui a ajuda que os preparará para os desafios do ministério na igreja. Cada capítulo foi elaborado como mecanismo de estudo. São dadas sugestões para trabalhos em grupo e oportunidades para a resolução de problemas. Talvez o pastor queira orientar o diácono a estudar o manual em um período de sete semanas, usando um capítulo a cada semana. 7


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O primeiro capítulo apresenta os fundamentos bíblicos para o ministério do diácono. Nele também há alguns princípios básicos para uma liderança espiritual bem-sucedida. Esses princípios são mostrados já no início por servirem como uma espécie de pilar para outros conteúdos, que serão explorados mais adiante.

O capítulo dois fala sobre as qualificações do Novo Testamento para os diáconos. A lista inclui temas usados na capacitação de presbíteros e bispos. É provável que o pastor queira estender esse capítulo a várias reuniões. No capítulo três, o diácono é visto como um administrador, e nele são dadas sugestões práticas (como pautas, relatórios, portfólios). Em alguns casos, você será ajudado por formulários e sistemas de comunicação.

O papel do diácono como servo é discutido no capítulo quatro. Visto que o maior dever de um diácono é servir, algumas áreas específicas desse dever serão exploradas. Visitas, liderança, aconselhamentos e o serviço na congregação são algumas das principais áreas debatidas.

Já que o diácono é um cristão piedoso e cheio do Espírito Santo, o quinto capítulo é designado para discutir sua vida devocional e pessoal. O que envolve um “relacionamento devocional” com Deus? Como a família do diácono pode par-


Introdução / 9

ticipar dos momentos de adoração e louvor? Que posição a família do diácono ocupa no ministério?

Os dois últimos capítulos foram elaborados para dar uma oportunidade de encarar as situações típicas da vida, isto é, circunstâncias que todo diácono costuma enfrentar no ministério. Espera-se que esses capítulos reúnam os princípios da liderança espiritual eficaz, descrita nos capítulos anteriores, e que eles vão de encontro aos desafios presentes no ministério dos diáconos.



cAPÍTULo 1

o

MINISTÉRIO DO diÁCOnO



Capítulo 1 / O Ministério do Diácono / 13

V

ocê foi chamado a servir em um lugar santo na igreja de Jesus Cristo… o Senhor te escolheu para ser um diácono.

Parabéns!

E agora o trabalho começa — compromissos, problemas a serem resolvidos, normas oficiais, relatórios e programas — tudo faz parte do trabalho.

Mas você irá gostar! Poucos ministérios na igreja dão a oportunidade de ouro de se fazer algo tão significativo para o reino de Deus.

Paulo disse a Timóteo: “Esta afirmação é digna de confiança: se alguém deseja ser bispo, deseja uma nobre função” (1 Timóteo 3:1). O mesmo poderia ser dito de um diácono. Sua posição é nobre, e há um motivo para isso. Começaremos com uma análise sobre o papel do diácono conforme descrito no Novo Testamento.

A Igreja Definida O ministério do diácono é para o Senhor, mas se realiza no contexto da igreja na qual o diácono serve. É necessário definir duas palavras:


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Kuriakos: essa é a palavra grega da qual se originou a palavra “igreja”. Ela significa “pertencer ao Senhor”.

Ekklesia: essa é a palavra grega usada repetidamente no Novo Testamento e que significa a “assembleia” do povo de Deus. A palavra literalmente significa “os escolhidos”.

A Origem da Igreja Onde se originou a Igreja? Essa é uma pergunta feita por muitos estudiosos há séculos. Alguns dizem que a Igreja se originou com a Ascensão. Outros defendem firmemente que ela se originou no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado.

Jesus fala sobre a Igreja em Mateus 16:18 e 18:17, mas nessas passagens Ele parece sugerir que o nascimento da Igreja ainda acontecerá. Talvez Jesus estivesse falando profeticamente do grupo de fiéis que formaria, muito tempo depois, o Seu corpo: a Igreja.

Quando lemos o Livro de Atos, a figura se torna mais clara. Nele, as referências apontam para um lugar no qual os fiéis se reuniam para adorar e ensinar (At. 5:11; 13:1; 18:22). Repare também que Paulo enviou suas epístolas a grupos específicos de pessoas em áreas geográficas designadas.


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A Igreja claramente tem dois lados: (1) o invisível, que inclui os fiéis de todos os lugares e de todas as gerações e (2) o visível, o qual engloba a assembleia dos fiéis que se reunem para adoração e ensinamentos.

A Natureza da Igreja A Igreja de Jesus Cristo é um organismo, um “santuário santo no Senhor”, a “morada de Deus por seu Espírito” (Efésios 2:21-22). Ela é a noiva de Cristo, o corpo de Cristo e a comunhão dos santos. Ela nos oferece vida a partir da sua Cabeça, o Senhor Jesus Cristo. O diácono é chamado para a Igreja. Ele deve amá-la, comprometer-se com seus membros e dedicar-se à sua missão. Cada requisito desse trabalho merece a atenção dele. Abaixo, há algumas implicações desta verdade para o diácono: • • •

O diácono sempre fala bem da Igreja e reconhece que ela é o corpo de Cristo; O coração do diácono deve servir a Igreja e vê-la prosperar de todas as maneiras;

O diácono usa todos os recursos para evitar rupturas e divisões — e as censuras e zombarias ocasionadas por essas;


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O diácono ama a Igreja assim como Cristo ama a Igreja, e está disposto a dar a vida por ela.

A Liderança da Igreja Jesus não deixou Sua igreja sem liderança. Os relatos do Novo Testamento mostram que houve uma estrutura organizada que foi útil para a mesma no século primeiro. Sob o comando de líderes, a Igreja avançou unida e forte. Definição dos Líderes 1. Presbíteros: quando as igrejas estavam sendo estabelecidas no século primeiro, os presbíteros (presbuteros) tinham a responsabilidade de conduzir os assuntos da igreja onde serviam (Atos 14:23). Literalmente, a palavra significa “homem mais velho; ancião”.

2. Bispos: o termo bispo (episkopos) era usado mutuamente com o termo presbítero (Atos 20:17, 28). Literalmente, a palavra significa “administrador”. Provavelmente o termo presbítero era usado para se referir ao indivíduo, enquanto bispo era uma referência ao seu cargo. 3. Diácono: a palavra diácono (diakonos) era usada para designar aquele que era escolhido para servir aos membros da igreja.


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O diácono era, por definição, um servo. Paulo se autodenominou servo ou “diácono” em 1 Coríntios 3:5 e em Efésios 3:7. Até mesmo Jesus era tido como servo, ou “diácono”, segundo Romanos 15:8 e João 12:26. Paulo afirmou que Timóteo era um bom servo ou “diácono” (1 Timóteo 4:6). Os Padrões Atuais A Igreja Primitiva tinha dois cargos que controlavam seus assuntos — o do presbítero/ bispo e o do diácono. O presbítero cuidava dos temas gerais relacionados ao trabalho, enquanto ao diácono cabia servir ao corpo (igreja) nas áreas práticas do ministério.

Em muitas igrejas, o presbítero é ajudado pelo pastor ou pela equipe da pastoral, e o posto de liderança da igreja é colocado sob responsabilidade do diácono. No entanto, mais recentemente, algumas igrejas designaram presbíteros para cuidar das necessidades espirituais dos membros. Eles se dedicam a orar, ministrar aos doentes, aconselhar e a disciplinar a outros. O diácono, nesses casos, fica mais livre para lidar com as questões práticas que envolvem o funcionamento da igreja. Todavia, isso não significa que o diácono deva ignorar suas necessidades espirituais.


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Neste manual, vamos considerar que o pastor assume o papel de presbítero/ bispo, enquanto os responsáveis pelos deveres oficiais são os diáconos. Você perceberá mais adiante que, na maioria das igrejas, os diáconos agem como os consignatários da igreja. Na verdade, alguns cargos se restringem a divisões internas — alguns são diáconos eleitos e alguns são eleitos e consignatários. No decorrer da leitura deste manual, trataremos todos esses dois casos simplesmente como “diáconos”.

Deveres do Diácono O Novo Testamento não é tão explícito quanto gostaríamos quando se trata de dar uma definição prática do papel do diácono. O que faziam os diáconos que serviam na Igreja Primitiva? Quem eles eram? Quais eram seus principais deveres? Como eles eram escolhidos e como era o ministério? Essas perguntas exigem respostas não muito fáceis de se encontrar. A seguir, veremos a análise de algumas passagens: 1. Filipenses 1:1 — Paulo escreve sua epístola aos bispos e diáconos que estavam na igreja em Filipos. A referência nos mostra apenas a existência de seu ministério na segunda metade do século primeiro.


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2. 1 Timóteo 3:8-10, 12, 13 — aqui, Paulo especifica as qualificações para o cargo de diácono, mas não fala nada sobre seus deveres e responsabilidades. Assumimos devidamente que o cargo já era reconhecido pela igreja naquela época, mas ficamos sem saber quais deveres lhe cabiam. Primeira Timóteo foi escrita um pouco depois do Livro de Filipenses.

3. Romanos 16:1 — esta referência nos aproxima da origem da Igreja. Entretanto, se nessa época a igreja escolhia mulheres para servir, nos parece lógico que o ministério do diácono também era conhecido. Ela também nos mostra que as mulheres também podem servir como diaconisas. 4. Atos 6:1-6 — muitos veem nesta passagem do Novo Testamento os padrões para o que a igreja de hoje chama de ministério do diácono. Sete homens eram escolhidos para “servir às mesas”, permitindo assim que os apóstolos dessem continuidade a seus ministérios livremente.

Deve-se notar, todavia, que esses servos escolhidos não eram chamados de diáconos. E dois deles, Filipe e Estêvão, se tornaram pregadores do evangelho em um curto período de tempo.


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Os Patriarcas Os patriarcas da Igreja Primitiva registraram o papel dos diáconos na igreja dos primeiros séculos. Inácio: Este homem, contemporâneo de João, o apóstolo, afirma que os diáconos não eram pessoas que simplesmente serviam comida e bebida. A inferência feita aqui é a de que o diácono se tornaria um cargo oficial na igreja por volta do fim do século primeiro. Irineu: A igreja nos dias de Irineu seguia um padrão claro mostrado em Atos 6, e acreditava-se que ela deveria ser orientada por não menos que sete homens.

Concílio de Neocaesarea: no ano 315 d.C., esse conselho estabeleceu que o número de homens que administrariam os assuntos da igreja era sete. Conclusões O Novo Testamento não é muito claro em relação aos deveres e funções dos diáconos. No entanto, se considerarmos o contexto das referências bíblicas e o testemunho dos patriarcas da Igreja Primitiva, fica fácil entender que ela era servida por um grupo de indivíduos chamados diáconos, cujo dever era servi-la em quaisquer circunstâncias.


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Variações da palavra diácono, “servo”, são encontradas mais de cem vezes no Novo Testamento. A repetição dá ênfase à palavra. A Igreja Primitiva teve necessidade de buscar indivíduos para servir ao corpo de Cristo nos assuntos mais práticos. Resumindo, as inferências abaixo podem traçar algumas informações: 1. O diácono era escolhido para servir a igreja em qualquer necessidade;

2. O diácono servia como suporte no ministério espiritual da igreja;

3. A eficácia do trabalho do diácono era determinada pelo seu comprometimento e pela sua lealdade; 4. Esperava-se que o diácono servisse à igreja tanto pelo exemplo quanto por suas ações.

O Diácono de Hoje O que pode ser dito ao diácono a fim de prepará-lo para as dificuldades encontradas na igreja de hoje? Viver os princípios básicos do Cristianismo o ajudará a ser o tipo de líder que Deus quer que ele seja? Há alguma forma de evitar as armadilhas cruéis que tantas vezes exigem esforços das pessoas de bem?


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Sim, há princípios básicos da vida cristã que têm um impacto especial naqueles que o Senhor escolheu para dar continuidade à Sua igreja. Esses princípios são uma forma de direcionar os diáconos em seu chamado à liderança espiritual. 1. Servir no Poder do Espírito Diz-se que o ser humano é tridimensional — corpo, alma e espírito. O corpo é a parte visível e tangível: a cabeça, as pernas, os braços. A alma é a parte que, mesmo impossível de ser vista, é muito real: está relacionada à personalidade, às emoções, à vontade e ao intelecto — todas essas apresentadas individualmente. O espírito também não pode ser visto, mas é o mais importante, pois ele nos possibilita estar em comunhão com Deus.

A pergunta que temos que fazer está ligada ao nível de nossa relação com Ele. Algumas pessoas são motivadas a servir a Deus primeiramente por razões egoístas. Ao fazer isso, elas esperam ficar ricas e ter uma vida luxuosa. Outras servem em um nível mais relacionado à alma. Elas buscam conquistar seus objetivos por meio do poder do intelecto, da força de suas vontades ou de suas personalidades persuasivas.


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Infelizmente, muitas pessoas que servem a Deus vivem nesse nível. Elas são cristãs humanistas. Tentam fazer a obra de Deus por meio da força e do poder. O foco está mais no que elas podem fazer do que no que Deus pode.

O terceiro nível é o nível espiritual. Força e poder se rendem a um princípio maior — o servir por meio do Espírito.

A maioria de nós serve ao Senhor oscilando entre o segundo e o terceiro nível. Nós nos apoiamos em todos os nossos recursos e seguimos em frente para edificar o Reino. Quando essa tentativa fracassa, nós finalmente admitimos que apenas o Espírito pode nos capacitar para verdadeiramente servir ao Senhor. A palavra carismático é importante neste momento. O significado etimológico de sua estrutura significa “graça atuante” ou “graça fluente”. Isso simplesmente mostra que o fiel é nada mais nada menos do que um meio pelo qual Deus age em Seu Espírito. Os pentecostais são pessoas que “fluem”. Os dons e ministérios do Espírito fluem por meio da vida delas em forma de bênçãos para o mundo. Pense na tensão que seria suavizada na igreja se seus princípios fossem vividos. Pense na diferença que isso faria nos conflitos entre os diáconos e os assuntos intensos da liderança na igreja.


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Deus chamou você para ser um diácono. Aprenda primeiro que isso não acontece pela força ou pelo poder, e sim pelo Espírito (Zacarias 4:6). Este é um princípio que você não pode violar ao servi-Lo. 2. O Crescimento Espiritual    Acontece nos Conflitos Certa vez, um pregador fez uma pergunta: “Como um cristão cresce?” Em seguida, ele se calou. Naquele momento de silêncio, eu respondi para mim mesmo: “Lendo a Bíblia, testemunhando, sendo fiel em adoração...” Depois, ele respondeu com apenas uma palavra: “Conflitos”. Tenho pensado muito sobre isso, e sinto a força dessa verdade várias vezes. É verdade mesmo. Crescemos com os conflitos.

À primeira vista, seria muito bom se pudéssemos viver na tranquilidade eterna. Mas como cresceríamos? O que faz a árvore ser forte? Quais fatores cooperaram para fazer de Paulo o homem de fé que ele se tornou? Se considerássemos os conflitos da vida de Pedro, nos arriscaríamos a dizer que ele seria o homem descrito no Livro de Atos? Eu acho que não. Crescemos com os conflitos!


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Talvez esse princípio pareça um pouco óbvio, mas ele realmente é válido. É nas horas difíceis que vemos como somos indefesos e o quanto precisamos da graça de Deus.

É quando alguém te faz esperar que você percebe o quanto é impaciente.

É quando alguém te acusa injustamente que você percebe o quanto é vingativo. É quando alguém não te dá o que você quer que você percebe o quanto é teimoso.

É quando alguém te ignora que você percebe o quanto é inseguro.

Os conflitos nos colocam de joelhos e nos aproximam da cruz. É de nossas necessidades que fluem o arrependimento e o perdão. O segredo são os conflitos. Os diáconos têm uma oportunidade de ouro para crescer, pois eles terão que lidar com conflitos em sua jornada. Se resistirem aos conflitos encarando-os como negativos e degradantes, eles falharão em sua responsabilidade. Mas se os encararem como uma oportunidade positiva, eles vivenciarão o crescimento espiritual e verão o imenso valor de sua contribuição para o serviço a Deus. Talvez seja útil lembrar que a cruz foi um lugar dos conflito, mas nela grandes vitórias foram conquistadas.


26 / O Ministério do Diácono

É claro que você não deve ficar correndo atrás de conflitos, mas regozije quando eles inevitavelmente aparecerem e aprenda a vê-los como algo positivo que lhe ajudará na caminhada em busca do crescimento espiritual. O crescimento acontece nos conflitos!

3. Mantenha Sua Espada Embainhada Pedro tinha todos os motivos para usar sua espada contra os servos do sumo sacerdote. Afinal de contas, seu Senhor e Mestre estava sendo ameaçado de morte, não é verdade? Ele tinha o “direito” de reagir — não tinha?

A maioria de nós luta por nossos direitos. Preparamos uma estratégia de defesa ao nosso redor e desafiamos qualquer um a passar do limite. Nós lutamos pelo que acreditamos ser nosso direito pessoal. Se os inimigos invadem nosso território, queremos vingança — nossos direitos foram desrespeitados!

Jesus aplicou esse princípio pelo Seu exemplo. Ele tinha todo direito, no céu e na terra, de convocar os anjos para que eles acabassem com os soldados romanos, que O privaram de decência e Lhe faltaram com respeito. Mas Ele não o fez. Ele abriu mão dos Seus direitos como homem para cumprir o propósito de Seu Pai.


Capítulo 1 / O Ministério do Diácono / 27

E nós somos chamados a fazer o mesmo. Como líder espiritual, você deverá abrir mão do que entende como seu por direito para atender às necessidades maiores como um servo de Deus. Você precisará manter a calma quando tiver o “direito” de falar.

Você foi chamado a servir além dos limites da lógica e da justiça. Você será confrontado muitas vezes pela ideia de honrar aos outros em vez de honrar a si mesmo.

Você precisará abrir mão de sua vida e de seus direitos para ser um exemplo daquele ao qual você serve.

Pedro perdeu o controle. Tudo o que ele precisava para se vingar era de uma orelha. E o último milagre de Jesus antes da crucificação foi colocar a orelha do homem novamente em seu devido lugar. E tenha certeza de uma coisa: se você lutar pelos seus direitos, seu troféu de consolação não vai ser melhor do que o de Pedro.

Líderes espirituais devem abrir mão de seus próprios direitos para que a justiça de Deus seja feita.


28 / O Ministério do Diácono

4.Viva na Luz Primeira João 1:7 diz: “Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”. É tentador viver em isolamento, confinar-se em uma concha e ficar o mais escondido o possível. João diz que não nos convém ser cristãos assim. Devemos caminhar na luz da revelação divina, tanto nos relacionamentos verticais quanto nos horizontais. Muitas vezes, suposições e suspeitas dominam a luz do amor e da sinceridade. Os muros da falta de entendimento e da falta de confiança são edificados. O povo de Deus se entrega a sentimentos de vingança e hostilidade, e a obra de Deus é prejudicada.

O Espírito chama o povo de Deus para conviver na luz do amor e da graça de Cristo, e os líderes espirituais devem organizar essa jornada. Como diácono, você tem a obrigação de viver com transparência diante daqueles que são liderados. Se você vai chamar alguém à luz, antes de qualquer coisa você precisa habitar nela. Os diáconos que adotam esse princípio como diretriz perceberão que seus relacionamentos serão valorosos e sua liderança no povo será fortalecida.


Capítulo 1 / O Ministério do Diácono / 29

Uma das orações mais poderosas de um cristão é esta: “Permita que o Espírito da verdade prevaleça”. Já que Jesus é a Verdade, encontraremos a resposta para essa oração quando obedecermos a Ele. Como disse João, nós estaremos em comunhão quando vivermos juntos na luz e no amor. 5. Ouse Reconhecer Seus Erros Alguns encontros nas igrejas resultaram em impasses, transtornos e até mesmo na desistência de alguns pastores porque ninguém estava disposto a admitir que errou.

A princípio, os seguidores de Cristo sabem que são errados por natureza — errados em suas atitudes, em seus motivos e em suas ações. É por isso que eles precisam da eterna graça de Deus. Apesar de não pecarem conscientemente, eles sabem que têm defeitos e afirmam que, admitindo seus erros, receberão Sua graça. Aplique isto ao seu ministério, e nunca esqueça que você é vulnerável — nunca ignore o erro e esteja sempre disposto a avaliar sua posição. No entanto, isso não representa, de maneira nenhuma, indecisão, e sim um alerta de nossa própria natureza humana. Em outras palavras, o diácono deve ter um espírito de muita humildade.


30 / O Ministério do Diácono

Esteja sempre “Eu errei”.

preparado

para

dizer:

6. Perdoe Antes de Pedirem Perdão Quando Jesus disse na cruz: “Pai, perdoa-lhes”, nenhuma daquelas pessoas havia Lhe pedido perdão. Ainda assim, Ele perdoou! E assim devemos agir. Alguns chamam isso de “perdão unilateral”, um tipo de perdão que se aplica a todos os fieis. Um poder positivo é liberado quando fazemos isso. Apenas tente! Perdoe de coração algum irmão ou irmã que está magoando você. Depois que encontrá-lo(la) novamente, você sentirá uma serenidade no espírito que transmitirá vida e a esperança de um arrependimento imediato. Como é triste e trágico quando homens e mulheres que estão na obra de Deus guardam mágoas, esperando que os outros “dêem fruto que mostre o arrependimento” (Mateus 3:8). Ninguém dá o braço a torcer! O clima fica pesado. As pessoas passam meses e anos esperando que as outras tomem a decisão de perdoar.

Este princípio de perdoar sem esperar ser perdoado traz liberdade para os líderes espirituais e os coloca em um lugar onde eles podem ser muito úteis na ministração da verdade e do amor, mesmo com aqueles que erraram.


Capítulo 1 / O Ministério do Diácono / 31

Há uma grande quantidade de princípios de vida válidos e úteis a serem mencionados. Mas, se os líderes espirituais considerarem apenas esses — e os aplicarem — a obra de Deus terá um impacto muito positivo. Novamente, parabéns! Você foi chamado a exercer uma nobre função. E quanto menor você se sentir, maior será o seu ministério. Você também pode dizer: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).

Sugestões para o Grupo de Estudos Discussão: • O funcionamento da igreja hoje deve se adequar às normas administrativas que correspondem ao nosso tempo. O Novo Testamento é um guia de assuntos espirituais, mas não necessariamente administrativos. Em outras palavras, o fato de a Igreja Primitiva ter diáconos não significa que a igreja de hoje deve tê-los. Talvez haja uma forma mais atual de proceder. Exemplos: • Tente encontrar exemplos que mostrem como os princípios listados no texto são vividos na atualidade. Alguém já tentou


trabalhar com uma pessoa que nunca admite estar errada? Alguém já sentiu os efeitos do “perdão unilateral”? Aplicação: • O que pode ser extraído deste capítulo para aperfeiçoar seu trabalho?



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“Se você quer que sua empresa reflita a excelência em cada setor, você e sua equipe precisam ler o livro Chamado à Excelência”. Charles F. Johnson, Juiz do Tribunal do Estado de Thomas County, GA

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