Cinturao Negro Revista Portugues 296 Setembro parte 2 2015

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O trabalho que contêm estes DVDs, mostra a diferença entre Kyusho e Dim Mak, posto que se não baseiam nos mesmos objectivos. É uma continuação dos precedentes trabalhos acerca de “As 6 mãos Ji” e “A Camisa de Ferro”. As 6 Manos Ji prevalecem numa arte denominada Pangai-Noon ou Uechi Ryu, um dos muito poucos estilos que contêm e se concentram nestas posições de mão, específicas para chegar ao tecido mais profundo do corpo. Estes DVDs mostram o uso das mãos, não como maças, antes sim como adagas, com o poder transicional de torsão utilizado nas “6 Mãos Ji”, para ser correctamente aplicado ao Kyusho... e esta é uma faceta ausente nas habilidades da maioria dos praticantes de Kyusho. 8 KO s (incluyendo KO s por compressao e sanguíneos). Este conjunto de 2 DVDs se concentra no aparentemente simples Kata Sanchin, a través de 8 etapas de habilidades de luta. Um completo Sistema Marcial em um Kata, incluindo também métodos de “Camisa de Ferro”. Vol.1: Introdução, Objectivos nos braços, na cabeça e no corpo. Vol.2: Objectivos nas pernas, Grappling, Tuite, e defesa frente a faca.

REF.: • KYUSHO 23 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.


“A vida de um homem sem religião não faz sentido e não só o torna um infeliz, como também em um ser incapaz de viver. Admitir que existe ALGUMA COISA, onde não podemos penetrar; o facto pensar que as razões mais profundas, que a beleza mais radiante que o nosso pensamento possa alcançar, são só as suas formas mais elementares de expressão; esse reconhecimento, essa emoção, constitui a atitude verdadeiramente religiosa. Nesse sentido, eu sou profundamente religioso”. Albert Einstein

F

requentemente tenho escutado mestres actuais a se queixarem de seus alunos. Nestas queixas acostumam a fazer referência à falta de fidelidade, constância, seriedade e ausência de carácter. Muitos se resignam a se tornarem professores em vez de mestres, e a ter alunos, ou clientes, em vez de discípulos. Mas na verdade, as pessoas vêm embelezadas, procurando mais alguma coisa nas artes marciais e acabam assinando um contrato de serviços. A figura do Mestre se desvanece, porque não há discípulos, só pessoas que contratam os seus serviços para aprender umas técnicas. A sua frustração é análoga à sua falta de comprometimento, à sua superficialidade, ou à pouca sorte de ter dado com um mal mestre. Há um choque enorme, um abismo profundo, entre a ideia original de um Mestre à maneira antiga e a de um professor tipo “Terças e Quintas das 8 às 10 da noite”. Mas as necessidades individuais mudam em um novo contexto, onde os indivíduos e as sociedades se transformam… e no entanto, as Artes disciplinares continuam. Isto é devido principalmente, à universalidade do assunto, que tem sabido acompanhar o homem ao longo de toda a sua história, pois forma parte da sua natureza essencial. A guerra é o território e a força de transformação do homem, porque obriga sem piedade, a se posicionar frente a frente. No entanto, é lógico pensar que muitas contradições surjam aqui e além, porque por mais que alguns desejem modernizar o contexto, falamos de arquétipos eternos que não atendem às razões. A guerra e o seu território de acção sempre será uma força motriz e tudo o que tocarem (Artes de Marte… o deus da guerra…, Budo… de “bu” artes de guerreiras, etc…) estará imerso na bolha própria da sua natureza, com as suas regras, as suas tendências, seus hábitos e costumes… Sem dúvida, o mundo está submetido a um processo de transformação acelerada e vertiginosa, onde muitas das melhores coisas dos antigos, ficaram pelo caminho… Os tempos mudaram e muitas coisas que faz apenas alguns anos eram vistas como seguras, hoje apenas são poeira ao vento. Nesta mudança, ultrapassada a fronteira, a humanidade está vivendo transformações tão profundas que a maioria de nós contemplamos atónitos a deriva das coisas; enquanto um sombrio futuro aparece no

“Um ser humano é parte de tudo o que chamamos Universo, um parte limitada no tempo e no espaço. Está convencido de que ele próprio, os seus pensamentos e os seus sentimentos, são coisa independente dos outros, uma espécie de ilusão óptica da sua consciência. Essa ilusão é uma prisão para nós, nos limita aos nossos desejos pessoais e a sentirmos afeição por os poucos que temos mais perto. A nossa tarefa tem de ser libertar-nos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para abranger todos os seres vivos e a toda a natureza”. Albert Einstein horizonte, alguns se agarram a valores externos transitórios, que realmente caducaram já faz tempo. Os anacronismos vão muito mais além das formas e se afundam nos conteúdos. Não é lógico esperar das novas gerações as mesmas atitudes que as das precedentes. Mas ao contrário do que possamos acreditar, isto não é nada novo. Já Sócrates se lamentava: “Os jovens, hoje são uns tiranos. Contradizem seus pais, devoram a sua comida e faltam ao respeito a seus mestres”. As coisas se repetem, porque nós nos repetimos; é justo reconhecer o retruque do destino que implica a frase dos Le Luthier: “Qualquer tempo passado…, foi anterior”. O mundo não está quieto, viaja pelo espaço a milhões de quilómetros, situando-se em parâmetros energéticos completamente diferentes, recebendo influências e cruzando sectores com cargas completamente diferentes. Bandas de energia, que propiciam, como ao viajante as paisagens, outros pensamentos, outras atitudes, outras maneiras de ser. Cada geração chega com novas propostas, novas visões e se muito se perde no caminho, muito se ganha com a mudança; a evolução continua. Mas nesta viagem em volta do centro, alguns ciclos de novo tocam fases da transformação, as quais criaram paralelas a outras anteriores e então, ressurge um novo despertar de coisas antigas. A espiral que nos move, faz com que passemos todos no planeta, por um fase semelhante no que respeita à sua posição relativa a grandes referências, como os ciclos em volta do eixo central da Galáxia, mas a nossa posição relativa, já é diferente com respeito à que anteriormente aconteceu. Heraclito tinha razão… neste caso, não tomamos banho duas vezes…, na mesma fase Universal em que estivemos. Esta verdade também existe no aspecto marcial e no antigo, deve conviver com o absolutamente novo. Mas…, há realmente alguma coisa nova abaixo do sol? Especialmente se falamos de coisas com antiga, raiz como a guerra? Nem nas Artes Marciais nem em nada, a condição de “Clássicos” se adquire facilmente. Basta o facto de resistir o passo do tempo, para conceder o dito título, porque o facto de permanecer precisa de solidez e profundidade, ou o que é o mesmo, de eficiência e Universalidade. São tempos tormentosos, de violentos terramotos e ventos de furacão, onde a única coisa que poderá segurar-nos, serão firmes e fortes raízes, aquelas que


profundamente afundadas na terra, possuam a força capaz de gerar uma fortaleza de carácter e uma determinação extraordinárias, forjadas em séculos de autenticidade e comprometimento. Neste contexto, as culturas espirituais antigas estão ressurgindo agora, ao apelo desta necessidade, abrindo os olhos a um exército faminto de palpáveis conhecimentos sobre o mundo invisível. Os mais inteligentes e avezados pensadores actuais, exploram este reencontro e não em vão, porque eles, como pontas de flecha da consciência da tribo humana, vão pela frente explorando caminhos e soluções a perguntas antigas, fazendo novos mapas… A ciência abriu muitas portas, expulsando falsários, fanáticos e dogmáticos, mas as velhas perguntas acerca da parte espiritual, continuam aí. Desde o xamanismo dos Índios Americanos, à espiritualidade hinduísta, ao Budismo tibetano, o Zen, as tradições toltecas de Castaneda, o a forte espiritualidade dos Shizen, por apenas falar em alguns, velhos conhecimentos estão ressurgindo debaixo das pedras da história, porque nunca como agora foram mais necessários nem nunca foram também, mais capazes de serem compreendidos. Einstein disse: “A religião do futuro será cósmica. Uma religião baseada na experiência e que fuja dos dogmatismos”. Esta nova reencarnação do conhecimento antigo, como todo parto, não será fácil; a distância que separa ambos momentos é tão grande, que para ser ponte, será preciso possuir a firmeza do aço, combinada com a flexibilidade do fio de um aranha. Entretanto e à vez, possui um grande vigor, porque são inevitáveis. Todo volta, nada permanece igual, mas tudo retorna. A eterna renovação das coisas, não deve ser feita desde a arrogância, nem desde a ignorância, daí a tremenda responsabilidade daqueles que liderem esta nova fase de transformação. Cada passo se baseia no anterior, à vez que o supera; não podemos deixar de reconhecer com gratidão infinita pelos mapas que nos legaram, àqueles que antes de nós andaram pelos caminhos. Mas a caminhada e os novos mapas serão da nossa responsabilidade. Que Deus nos acuda! Um dia fomos os jovens dos quais se queixavam e repreendiam os nossos pais e avós. Tenhamos a grandeza e acima de tudo o desapego, de ver como se confundem com seus pés os jovens aos que antecedemos. O nosso trabalho é mostrar-lhes o caminho e a sua responsabilidade, andá-lo…

Alfredo Tucci é Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com

https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5

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Hapkido Nos conhecemos faz já alguns anos, na extraordinária ocasião da gravação de um DVD com seu Mestre já falecido, o Grão Mestre Kwang Sik Myung, 10ºDan. Os anos passaram o Mestre Reyes evoluiu, aprofundou na sua Arte e hoje ele tem um lugar relevante na Federação Mundial de Hapkido, estando encarregado da Europa Ocidental. É também Presidente da Federação Mundial em seu país, a Espanha, onde vem realizando um importante trabalho pedagógico. Hoje vem na capa da nossa revista, apresentando o seu primeiro DVD, no qual nos mostra a Arte Marcial à que tem dedicado a sua vida, Arte que é a sua paixão, uma paixão à qual está completamente entregue. O DVD é um completo tratado das técnicas que fazem grande este estilo coreano, com os muitos matizes que neles imprimiu a linhagem do Grão Mestre Kwang Sik Myung. Alfredo Tucci



Hapkido


Entrevista com o Mestre REYES, José Manuel Reyes Pérez Cinturão Negro: Pode explicar-nos o que é o Hapkido? Mestre Reyes: O Hapkido é uma Arte Marcial com origem na Coreia. É a Arte da Defesa Pessoal Dinâmica por excelência, com seus próprios princípios, normas e fundamentos. É Arte e é Ciência, por conseguinte NÃO é um desporto, apesar a que determinadas organizações queiram transforma-la nisso. Se analisarmos etimologicamente as palavras Arte e Marcial, diremos que:

Arte é a expressão, obra ou actividade com a qual o ser humano mostra simbolicamente, em belas formas, um aspecto da realidade ou um sentimento, valendo-se da matéria, da imagem ou do som. Marcial, por seu lado, se refere ao exército, ao que é próprio da guerra e da disciplina. O nome vem do Latim “martialis” (de Marte). Marte era o principal deus romano depois de Júpiter (seu pai). Aparece em Roma como Deus da Guerra. Por conseguinte, se o Hapkido é Arte Marcial, estamos dizendo que é uma maneira de expressar e de sentir tudo quanto relativo ao que é militar, ou seja, é uma maneira ou forma de vida. De facto, “Yon Moo Kwan”, o nome da nossa escola, significa precisamente isto, uma escola da Maestria e do que é Militar. O significado de Hapkido (Hap: união, Ki: energia interior e Do: caminho ou via, poderíamos simplificá-lo como “caminho para trazer harmonia à energia”. C.N.: Qual o motivo de recomendar praticar Hapkido? M.R.: Em primeiro lugar porque é uma arte de defesa pessoal dinâmica e completa, que contempla uma grande variedade de técnicas com e sem armas. Combina defesas e ataques, onde se incluem técnicas de perna, joelhos, punho, cotovelo, projecções, estrangulamentos, e acima de tudo, as técnicas de luxação, assim como uma grande variedade de manipulações de armas, tais como a espada e a bengala, que são as mais características. Devemos destacar que no Hapkido se conjugam velocidade e fluidez, junto com a preparação física, a técnica, a respiração, a meditação e cultivar a energia interna. Mediante a sua prática e realização constante, tudo isto junto, ajuda muito a melhorar a nossa saúde, tanto física como mental, dando à pessoa vitalidade, energia, auto-confiança, carácter e personalidade. Por tudo quanto dito, recomendo praticar Hapkido Marcial e daqui convido a todas aquelas pessoas interessadas, a se aproximarem de algum dos nossos Dojáng (Ginásios) afiliados à FEH-WHF, para realizarem uma aula experimental. C.N.: Quantos anos leva na prática das Artes Marciais? M.R.: Com doze anos de idade, comecei praticando Tae Kwon-Do, sob a orientação do Grão Mestre Lee Sun Ho. Pouco depois também começaria com o Hapkido. Nesses tempos, os anos 70, na Espanha ainda se não conhecia o Hapkido; foi a partir de finais dos 70 e nos anos 80, quando só uns poucos - digo e repito “só uns poucos” conhecíamos o Hapkido y alguns o praticávamos… Naquela época já era muito árduo praticar Taekwondo, mas ainda o era mais praticar Hapkido. Realmente é em 1992 quando se dá a


Hapkido conhecer o Hapkido na Espanha, graças ao Presidente e Fundador da World Hapkido Federation, o Grão Mestre Kwang Sik Myung 10º Dan, o meu Mestre - que descanse em paz - com quem aprendi tudo quanto sei. O Grão Mestre realizou o primeiro Seminário de Hapkido na Espanha, na cidade de Valência. A partir daqui, muitos Mestres tiveram o seu primeiro contacto com o Hapkido, mas só uns poucos se iniciaram. Por minha parte e agora com 52 anos, com o mesmo entusiasmo, continuo praticando, estudando, difundindo e promovendo esta bela Arte Marcial que é o HAPKIDO. Neste ano de 2015, festejo os meus 40 anos continuados, dedicados à prática com grande esforço e sacrifício. C.N.: Isso é uma vida inteira dedicada às artes marciais e ao Hapkido!... M.R.: É sim... Olhando para trás me parece impossível que tenham passado tão rápidos estes 40 anos… Quem me havia de dizer quando obtive o meu 1ºDan de TKD e meu 1ºDan de Hapkido, que o tempo passaria tão rápido… Fazendo um resumo, p o s s o

“Se dizermos que o Hapkido é uma Arte Marcial, estamos a dizer que é uma maneira de expressar e de sentir, em tudo quanto relativo ao que é militar. Resumindo, é uma maneira ou forma de vida”


diferenciar dois aspectos destacados. Por uma parte, o pessoal, pois sinto muito orgulho de que o Grão Mestre Myung, Kwang Sik confiasse em mim, para poder continuar o seu legado - o qual, por certo, é o mais extenso e que ele deixou todo, tanto bibliograficamente como de maneira visual em seus DVDs - e por outra parte, o profissional, no qual, apesar de ter vivido diversas experiências ao longo de todos estes anos, continuo com a mesma vontade e entusiasmo de continuar aprendendo, estudando e transmitindo aquilo que a mim ele me ensinou. C.N.: Que função desempenha como membro da Junta Directiva (Board) da WHF? M.R.: Na Board estamos alguns dos máximos representantes internacionais e nacionais da World Hapkido Federation, junto com o Director Geral, Mestre Myung, Roe Jae. A nossa função é como a de qualquer outra Junta, mas principalmente aqui é onde se marcam as directrizes a seguir em todo o mundo, para que a qualidade do ensino nas nossas escolas afiliadas, seja de um alto nível e fiel ao nosso programa oficial de graus. Nisto, realmente insistimos muito… C.N.: Como se sente com o encargo de Director Regional para a Europa Ocidental? M.R.: Sinto-me satisfeito, mas como sou muito perfeccionista, sempre quero chegar mais longe… É uma


Hapkido


boa maneira de continuar transmitindo na Europa, o Hapkido da WHF e de dar continuidade ao legado do Grão Máster Myung. Sei bem quais são os meus mis projectos e objectivos, com respeito a promover o Hapkido WHF na Europa Ocidental. Para isso e entre outras actividades, realizamos cursos e seminários, tanto de iniciação como de actualização e reciclagem. Assim, continuamos com o Hapkido da WHF a nível europeu, além dos diferentes eventos programados. C.N.: A que projectos e objectivos se refere? M.R.: Temos pensado em vários projectos. Estamos planejando novos eventos, cursos e seminários, para continuar dando a conhecer o programa oficial da WHF. Por fortuna, a cada dia contamos com um maior número de afiliados e interessados nesta bela Arte Marcial, que é o Hapkido. Muitas destas pessoas quando conhecem o programa oficial de graus, se apercebem de que é o mais completo e são cientes de que continuamos transmitindo de maneira tradicional e fidedigna, o programa oficial do Fundador Kwang Sik Myung. Os países já pertencentes à WHF, mostram grande entusiasmo na difusão do mesmo. C.N.: Quais as diferenças que acha, entre o Hapkido dos anos em que era aluno e o que agora se realiza? M.R.: O Hapkido tem os seus próprios princípios, normas e fundamentos, os quais são atemporais e imutáveis. Estes são: o respeito, a cortesia, humildade, justiça, rectidão, coragem, lealdade, benevolência e honorabilidade. A partir daqui, as formas de defesa tem ido evoluindo, em função das circunstâncias sociais do momento. Quer


Hapkido dizer, as maneiras de agredir vão mudando e por isso, o Hapkido está em contínua evolução, mas mantendo os seus princípios e fundamentos. Pessoalmente e devido aos meus trabalhos na segurança privada e na militar, sempre gosto de estudar e de adaptar as técnicas digamos “tradicionais”, às novas maneiras de agressão. Por conseguinte, nos “fundamentos” não há diferenças de fundo, mas sim nas maneiras de “agressão”. C.N.: Como Mestre, alguma vez se viu obrigado a tomar medidas, quando algumas destas normas ou princípios se quebrantaram? M.R.: Sim, e muito a meu pesar…, mas logicamente, quando vemos que um aluno ou um discípulo, não segue as ditas normas, apesar dos repetidos avisos, chega um momento em que se faz necessária uma decisão, que em alguns casos pode chegar a ser a decisão mais drástica

e que é a expulsão da escola. C.N.: Vivemos na era da informação. De que maneira as novas maneiras de comunicação podem influir na transmissão das artes marciais e mais especificamente, no Hapkido? M.R.: Na Internet há grande quantidade de informação útil e interessante sobre o Hapkido e outras artes marciais. Mas não podemos esquecer que mesmo que estas novas ferramentas possam ser de ajuda para ampliar conhecimentos, a maneira vital de aprender é praticandoos. O meu conselho para a dita prática, é que como base se faça uma correcta escolha do Mestre que nos vai ensinar, observando a procedência da sua linhagem, como conseguiu sua faixa preta, e o mais importante, qual a organização mundial ou internacional à qual pertence a sua federação ou associação. Desta


maneira, a transmissão será autêntica. Isto é muito importante, dado que há países com associações ou federações que não pertencem a nenhuma organização internacional de Hapkido, com isto, aqui surgem duas importantes perguntas: A primeira: Quem lhes está concedendo os Dan? Posto que não têm ninguém por cima... E a segunda: Estarão sendo dados por eles mesmos? C.N.: Quais são as aptidões necessárias para o desempenho em um lugar ou em um encargo institucional, como o que o senhor ocupa? M.R.: Penso não haver uma aptidão em especial. É preciso “Sentir e Viver o Hapkido” como coisa própria e logicamente, ser fiel aos nossos princípios e aos ensinados pelo nosso Mestre, para depois poder difundi-los da mesma maneira. Logicamente, também faz falta ter

“O Hapkido é uma arte de defesa pessoal dinâmica e completa, que contempla uma grande variedade de técnicas com e sem armas. Combina defesas e ataques, entre os quais se incluem técnicas de perna, joelhos, punho, cotovelo, projecções, estrangulamentos, e acima de tudo, as técnicas de luxação, assim como uma grande variedade de manipulação de armas, tais como a espada e a bengala...”


Hapkido espírito de sacrifício, por que para chegar até aí, foram necessárias muitas horas de dedicação e esforço, que em algumas ocasiões poderiam ser um lastre para serem compatíveis com a vida pessoal. Por fortuna, no meu caso isto não é assim, posto que tanto a minha mulher como os meus filhos praticam comigo o “Hapkido yoo moo kwan” e todos estamos muito unidos ao Hapkido e assim, o sacrifício é menor. C.N.: Como funcionam a World Hapkido Federation (WHF) e a Federação Espanhola de Hapkido (FEH)? M.R.: Indo na mesma direcção e mantendo os mesmos princípios, ou seja, em UNIÃO na HAP, como não podia ser de outra maneira. O nosso Director Geral da WHF é o Mestre Myung, Roe Jae. É ele o encarregado de dirigir o resto dos directores internacionais e presidentes nacionais dos diferentes países membros da WHF. Por sua vez, ele conta com o apoio dos membros da Junta Directiva, ou seja, do Board, entre os quais me encontro eu na direcção da Europa Ocidental e na Espanha, com a Federação Espanhola de Hapkido. Um dos nossos principais objectivos é continuar formando com programa oficial, a todos aqueles países interessados nisto. Na Espanha, continuamos crescendo em número de escolas (dojang) e em número de licenças federativas, ou seja, em Artistas Marciais! Quero daqui destacar o entusiasmo, a

“O Hapkido tem seus próprios princípios, normas e fundamentos, os quais são atemporais e imutáveis. Estes são o respeito, a cortesia, a humildade, a justiça, rectidão, coragem, lealdade, benevolência e honorabilidade”



“Na Internet há grande quantidade de informação útil e interessante sobre o Hapkido e outras artes marciais. Mas não podemos esquecer que estas novas ferramentas podem ser uma ajuda para ampliar conhecimentos, mas a maneira vital de aprender Hapkido é praticando-o”


Hapkido

“O nome da nossa escola, a Yon Moo Kwan, significa precisamente isso, a escola da Mestria e do que é Militar” força de vontade e os esforços por parte das nossas escolas, mestres e federados, no Campeonato da Espanha de Exibição deste ano 2015, o qual, a cada ano conta com mais afluência de participantes e sempre com esse espírito Marcial que nos caracteriza. Daqui, os meus parabéns a todos os participantes e aos campeões das diferentes categorias. Muito entusiasmo para todos e nos encontramos no ano que vem, no próximo Campeonato da Espanha. C.N.: E falando em outras coisas… De que facto curioso se lembra, de todos estes anos? M.R.: Foram muitos mas vou comentar um dos que mais me emocionam. Lembro-me perfeitamente da primeira vez que entrei no Dojáng do GM Myung. Foi 1987…


Hapkido Depois da longa viagem de avião e ainda com o cansaço do voo, eu estava ansioso de praticar com ele. O meu Mestre Lee, me tinha dado uma primeira carta de recomendação e me falara muito dele, como o máximo expoente do Hapkido no Mundo, Para mim, isso era o maior desejo que até aquele momento eu tinha sentido. A situação mudou quando feitas as apresentações de rigor, o GM Myung me disse que vestisse o Dobok - o uniforme do Hapkido - e que entrasse na aula. Eu estava eufórico, feito um maluco, o coração parecia que saltaria fora do meu peito com a vontade que eu tinha das de fazer técnicas de luxação, projecção, chaves em geral, e de estar nem mais nem menos que praticando com o GM Myung, máximo expoente Mundial. Então e após de um duríssimo aquecimento onde quase acabaram as minhas forças apesar de que eu já praticava duro - o GM Myung me indicou que me situasse em frente do espelho e que começasse a realizar os exercícios de Danjon (respiração). Aqui o meu mundo veio abaixo… Mas eu conhecia a maneira de ensinar Coreana e pensei: Bem, vão ser uns dois duas... Ele está pondo-me à prova!!! E assim era, mas não foram dois dias, foi a semana toda e eu voltava para a Espanha dali em três dias. Pensei: Não é possível! Depois de tanto esforço, a viagem, etc., só me vai ensinar Danjon…!!! Estava muito desanimado, porque eu pensara que os 10 dias que estaria, seriam muito frutíferos. Em qualquer caso, me armei de valor e no dia seguinte lá estava eu outra vez, preparado para aprender. Nesse dia, o Mestre fez o mesmo, mas desta vez, após me manter duas horas fazendo o Danjon, pela primeira vez me chamou pelo meu segundo nome: “Manuel; come here…” Me situou frente a frente com um aluno seu. Fizemos o rigoroso protocolo: saudação ao Mestre, saudação ao parceiro, etc… e finalmente começou a ensinar-me a primeira técnica do nosso programa oficial. Isso foi para mim o máximo, porque nesse preciso momento, compreendi que eu já contava com a sua confiança, confiança que com os anos chegou a ser uma boa amizade e relacionamento familiar, posto que ambos conhecemos nossas respectivas famílias. C.N.: Para finalizar, que mensagem desejaria mandar a todos aqueles que nos estão lendo? M.R.: Em primeiro lugar, animar a todos a praticarem Hapkido FEH-WHF. Aqueles que gostam das artes marciais, que experimentem o Hapkido. Aos que já são praticantes, mas de outra escola, que experimentem o nosso sistema, a nossa escola Yoo Moo kwan, a escola da Mestria, do aspecto Militar e em segundo lugar, a todos digo que tenham paciência, porque o Hapkido é uma arte completa, com técnicas de pontapeio, joelhadas, socos, cotoveladas, pontos de pressão, projecções, estrangulamentos, chão, luxações, armas, etc., e por conseguinte é uma arte que pode chegar a ser letal. Por isso, a aprendizagem deve de ser sempre minucioso e assim sendo, o Mestre representa um papel muito importante, posto que deve de conhecer bem os seus alunos e discípulos e saber bem a quem, como e quando se ensina. C.N.: Muito agradecidos pela entrevista Mestre Reyes. M.R.: Eu é que agradeço a vocês…

GRAUS DO MESTRE REYES, José Manuel Reyes Pérez: - 7º DAN Hapkido pela World Hapkido Federation (WHF) - Membro do (Board) Junta Directiva da WHF - Director Internacional da WHF para a Europa Ocidental - Presidente da Federação Espanhola de Hapkido (FEH) Email de contacto: presidente@fehapkido.es

“O significado de Hapkido; Hap: união, Ki: energia interior e Do: caminho ou via, poderíamos simplificá-lo como caminho para dar harmonia à energia”



Hapkido






Karate

Tameshiwari – Arte de Quebrar Actualmente, a arte de quebrar objectos feitos de diversos materiais, ainda é praticado em diferentes tipos de Artes Marciais, como o Karate, o Taekwondo, o Kung Fu, etc. Mas, o que é exactamente importante e o que é possível? Observamos dois Senseis austríacos, Daniel Carich Sensei e Christian Grübl Sensei, de um Dojo perto de Viena, que praticam desde faz décadas, diferentes géneros de Artes Marciais Japonesas e falamos com eles acer ca da sua maneira de quebrar objectos, no denominado "Tameshiwari".


O

assim chamado "Tameshiwari" é a Arte de quebrar objectos como pedras, blocos de gelo, madeira, bates de Beisbol…, utilizando só partes do corpo, como os cotovelos, os pés, as mãos ou por vezes, a cabeça. Um Tameshiwari permite ao artista marcial focalizar o esforço total e a energia, em um objecto inanimado. Os resultados com êxito são indicativos de se ter dominado a Arte. O Tameshiwari requer de um equilíbrio excepcional, da técnica, da concentração do espírito e da calma. É um desafio às habilidades do artista e põe à prova os limites da sua força, posto que deve de utilizar todo o poder que possui, para ser bem sucedido em cada uma das tentativas. Hoje podemos ver rompimentos em muitos filmes e espectáculos, porque estas acções chamam a atenção do público. Actualmente, muitos métodos de Artes Marciais usam o Tameshiwari para adquirir determinados níveis, mas na origem era muito diferente; o objectivo original era melhorar a força, a velocidade e a concentração. Antes de começar a bater nos diferentes materiais, é necessária uma experiência básica em técnicas de pontapés, socos e golpes de foice. A técnica deve ser executada de maneira dinâmica, relaxada e concentrando a potência na última terceira parte do golpe. Também tem de se praticar durante muito tempo a orientação correcta da execução do golpe (Seiken), para assegurar o máximo impacto e limitar o risco de lesões. Quando obtidas estas habilidades, é necessário concentrar-se em trabalhar a Makiwara. Tradicionalmente, a almofada da Makiwara é feita de uma peça de madeira flexível, mas resistente, que em seu extremo superior se envolve em materiais tradicionais - como a palha de arroz - para proporcionar uma almofada aos golpes. É montada no chão, para permanecer no mesmo lugar durante a prática das diversas técnicas. Também se pode usar um saco de areia muito duro,

“O segredo reside em conseguir a máxima aceleração na técnica que se executa, para gerar a potência necessária e ao contrário”


Karate


Karate para acondicionar ossos e articulações. Este género de treino é bastante doloroso. Esta era a maneira em que se realizava no Japão antigo. Nos nossos dias é difícil de se encontrar nas Artes Marciais, posto que a maioria das artes marciais se tornaram um desporto e a tradição está em declínio. Depois de ter praticado durante um tempo prolongado, podemos começar a quebrar "materiais fáceis", como tábuas de abeto ou tijolos, para gradualmente melhorar a habilidade, mas não podemos esquecer que escolher o material adequado é uma parte importante. Também é preciso compreender as leis básicas da física. O segredo reside

em conseguir a máxima aceleração na técnica a executar, cujo resultado será gerar a potência necessária e ao contrario. Também se tem de diferenciar entre Tameshiwari activo e passivo. Activo significa que o artista marcial quebra o material com golpes. Já no passivo, o objecto se quebra contra o corpo do praticante. Como já foi dito anteriormente, a atenção deve concentrar-se na preparação e o mesmo treino e acondicionamento deve ser utilizado para ambos tipos, activo e passivo. Também se recomenda o uso de alternativas, como múltiplas tábuas, tijolos, etc. A focalização mental é também muito importante. Antes de cada

tentativa, não pode restar a mais mínima dúvida no pensamento, de que se vai ser bem sucedido. A mais mínima variação na técnica ou na sua focalização, muito provavelmente levará ao fracasso e à s l e s õ e s . Ta m b é m é e s t a a maneira de pensar adequada, para se sair vitorioso em qualquer combate. Muitos factores, como o duro treino e a prática constante, serão decisivos para o êxito ou o fracasso em um Tameshiwari. Há de haver quem possa dizer que um tijolo não responde ao golpe, mas, por não "Dominar o Tameshiwari", acaso não se estará perdendo uma muito valiosa lição para ter êxito nos desafias da vida do dia-a-dia?


Técnica

“A focalização mental é também muito importante. Antes de cada tentativa, não pode restar dúvida alguma no pensamento, de que se vai ser bem sucedido”




Grandes Mestres


Domínio do sistema sensorial

Como atacar os sistemas sensoriais para um melhor "Adestramento baseado na Realidade"

Quantos sentidos tem um ser humano? Definição de "Sentido" Não existe acordo firme dos neurologistas, com respeito a exactamente quantos sentidos há, devido às diversas definições do que é um sentido. De uma maneira geral, podemos dizer que um "sentido" é uma faculdade de interpretar estímulos exteriores. Às crianças em idade escolar ensinam-lhes por rotina, que há cinco sentidos, a vista, o ouvido, o tacto, o olfacto e o gosto. Em linhas gerais estes são os sentidos. (O bom senso e o sentido do humor não são menos importantes!).


Grandes Mestres Nisto dos “sentidos” há muito mais do que poderíamos pensar! A Termocepção é o sentido do calor ou a falta do mesmo (frio), através da pele e incluindo passagens internas da pele. Há um certo desacordo acerca de quantos sentidos representa realmente. Os termoceptores da pele são muito diferentes dos termoceptores

homeostáticos, que proporcionam informação acerca da temperatura corporal interna. A Nocicepção (a dor fisiológica) é a percepção não consciente de dano próximo ou de dano do tecido. Pode ser classificado de um a três sentidos, dependendo do método de classificação. Os três tipos de receptores de dor são: cutâneo (pele), somático (articulações e ossos) e viscerais (ógãos internos). Durante muito tempo, pensava-se que a dor consistia na sobrecarga dos receptores de pressão, mas na primeira metade do Século XX, as pesquisas indicaram que a dor era um fenómeno diferente, que se entrelaça com todos os outros sentidos, incluindo o tacto. Actualmente, a dos define-se cientificamente como uma experiência absolutamente subjectiva. O Equilibriocepção, o sentido

vestibular, é a percepção de equilíbrio ou aceleração e está relacionado com as cavidades que contêm líquido no ouvio interno. Há um certo desacordo com respeito a se isto também inclui o sentido da "direcção" ou orientação. Entretanto, como acontece com a percepção da profundidade, “direcção” refere-se geralmente ao conhecimento cognitivo após o sensorial. A Propriacepção, o sentido sinestético, é a percepção do conhecimento do corpo e é um


sentido do qual as pessoas normalmente não são conscientes, mas do qual dependem em grande medida. Mais facilmente demostrável que explicável, a propriacepção é o conhecimento "inconsciente" de onde estão situadas as diversas áreas do corpo num dado momento. (Isto pode ser demonstrado por qualquer pessoa, fechando os olhos e agitando a mão em diversas direcções. Supondo que tenha uma correcta

função propriaceptiva, em momento algum perderá a percepção de onde realmente se encontra a mão, mesmo que não esteja sendo notada por nenhum outro sentido). Pode ser usado como tempo de reacção.

Os sentidos e a inteligência Os estudos com respeito a como a criatividade se manifesta em diferentes indivíduos, descreveram múltiplos tipos de inteligência: visual, musical, lógica/matemática, linguística, de movimento, naturista, sinestética, intra-pessoal e inteligências interpessoais. A maioria correspondem-se com sentidos específicos – de facto, todos eles são denominados sentidos avançados da linguagem…, pensamento e ego incluidos. Outros sentidos, tais como

o gosto e o olfacto, também poderiam ter suas próprias inteligências especiais. Portanto, a relação entre inteligência e percepção sensorial parece ser muito estreita. É proposta a existência de mais de 30 sentidos, incluindo o sentido do tempo e o sentido do medo.


Grandes Mestres O Quarto de Ames Um quarto de Ames (fotos 1 e 2) é um quarto distorsionado que se usa para provocar uma ilusão óptica. Foi inventado em 1946, pelo oftalmologista americano Adelbert Ames Jr., sobre a base de um conceito de Hermann Helmholtz. Um quarto de Ames está construido de maneira que por diante pareça um quarto normal em forma de um cubo, com uma parede de fundo e duas paredes laterais perpendiculares entre si e por sua vez perpendiculares ao chão horizontal e ao tecto. No entanto, tem um truque de perspectiva e o verdadero feitio do quarto é trapezoidal: as paredes estão inclinadas e o tecto e o chão também estão inclinados; a esquina direita está muito mais perto de um observador frontal, que a esquina esquerda (ou viceversa). Como consequência da ilusão óptica, uma pessoa em pé numa esquina, parace um gigante a olhos do observador, enquanto que uma pessoa que está na outra esquina parece um anão. A ilusão é suficientemente convincente para que uma pessoa que caminhar de um lado para outro, da esquina esquerda para a esquina direita, pareça crescer ou encolher.

Ataque de pânico Um ataque de pânico é um período increivelmente intenso e frequentemente temporalmente debilitante, do sentimento de medo extremo ou de angústia psicológica, com um típico início repentino. Sentir o medo no corpo pode ser tão intenso que inclusivamente pode estar nos limites da dor. Se nunca se sofeu um ataque de pânico, é muito difícil de descreve-lo por palavras. Um ataque de pânico é diferente de um "miedo" normal, por que o ataque de pânico muito frequentemente paralisa a pessoa, deixando-a numa situação de completa paranóia e preocupação. Ter por primeira vez um ataque de pânico, por regra geral é uma das piores experiências na vida de uma pessoa. Geralmente, quem sofre por primeira vez um ataque de pânico, chega realmente a pensar que está a morrer. A claustrofóbia é um trastorno da ansiedade que involucra o medo aos espaços enclaustrados ou fechados. Os claustrofóbicos poderiam padecer


ataques de pânico, ou o medo a sofrer ataques de pânico, em situações tais como estar em elevadores, combóios, caixas ou aviões… e no que entendemos como os problemas CQB – ou problemas na luta na curta distância. As pessoas propensas a ter ataques de pânico muito frequentemente sentirão claustrofóbia. Se um ataque de pânico acontecer quando estão num espaço limitado, então sentem o medo do claustrofóbico, o medo de não serem capazes de se livrarem da situação. Os que sofrem de claustrofóbia poderiam sentir dificuldades de respirar em auditórios fechados, cinemas e elevadores. O vocábulo claustrofóbia vem do Latim “claustrum”, que quer dizer “um lugar fechado", e do Griego “probos”, que quer dizer "medo". Perante tudo quanto dito, como poderemos usar este conhecimento para ensinar e para nos prepararmos nós mesmos da melhor maneira para o combate realista? Usar quartos com inclinação ou quartos Ames – quartos ilusórios para activar os sensores quando se ensina CQB, provoca tensão sobre o estudante, para acelerar os efeitos do medo sobre ele. Os quartos lebirínticos são eficazes e são ilusões modificadas. Usando frio e calor dentro do quarto, podemos criar tensões sobre os estudantes, provocando vários diferentes medos que o ajudem a analisar o medo e o ataque de pânico.

Um labirinto pequeno O princípio da Academia Kappa de "atacar primeiro aos sensores" é o motivo de que em seu DVD recentemente


Grandes Mestres lançado no mercado, se faça uma demonstração dos primeiros três movimentos básicos de atacar os ditos sensores. Adoptando a nossa manaira de atacar os sensores, para os anular no corpo do objectivo, temos melhores oportunidades de vencer no conflito. Heis aqui o exemplo de um ataque ao sistema sensorial usado na Academia Kapap. Avi está sendo estrangulado. Primeiro bate nas orelhas do atacante, para afectar o ouvido e o seu sistema de equilíbrio (4 e 4.1). Depois, seguindo o princípio da “economia do movimento", esfrega com suas mãos os olhos, para lhe causar ardor (5); seguidamente, leva o ataque até o fim batendo no seu pulso. Para realizar o ataque ao sentido “telefráfico”, o atacante atacou por cima, de maneira que Avi pode empregar o seu joelho para bater na virilha (6). Usamos estes princípios para a defesa pessoal. Treinamos inicialmente com ideias simples, tal como o Instrutor John Machado BJJ ensina a seus estudantes que ponham o Gi sobre a cara após um exigente treino de cardio, para sentir como os sensores do “medo” entram em funcionamento (tentem qualquer dia). Esta é a maneira mais simples e económica para treinar nos dojos, usar o Gi dos estudantes, o que poderia ser outra boa razão para treinar com um Gi… Outro exemplo é usar um quarto com inclinação, que pode fazernos sentir "ébrios" por que o sentido da gravidade proporciona ao cérebro uma informação, enquanto que os outros sentidos, como acontece com a visão e o equilíbrio, mandam ao cérebro uma informação diferente. A maior cruzamento de informação entre os sentidos, maior confusão para o cérebro. Este género de ilusão faará com que o estudante queira sair do quarto do estresse e do treino do medo. A Academia Kapap utiliza estas e outras situações e métodos para treinar seus estudantes e instrutores, usando movimentos de combate básicos, para que sejam eficazes em situações reais de combate.








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Supervivência Indaguemos hoje a palavra supervivência e sua relação com o nosso universo marcial. A supervivência é a conservação da vida, especialmente quando é apesar de uma situação difícil ou após algum facto ou momento muito significativo. Quando indagamos nos factos históricos que dão vida à nossa matéria, devemos começar com o nascimento do “Karate”. Na ilha de Okinawa existia um grande intercâmbio comercial entre vários reinos da época. Diz a história que em 1409, o então rei Sho Shin impõe várias pr oibições a por tar armas, com a finalidade de acabar com os diferentes feudos em que se encontrava dividida a ilha, evitando assim futuros confrontos entre nativos e visitantes. Em 1609, os guerreiros Samurais, invasores da família Satsuma, confiscaram as armas que restaram...



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evido a este facto histórico, a classe nobre de Okinawa e o povo, não tiveram outra opção que acudir ao nosso sentimento mais primitivo, a supervivência. Os nossos antepassados marciais desenvolveram ainda mais os métodos de combate com instrumentos agrícolas e assim também, os métodos de combate à mão nua, iniciando o nascimento do Karate e do Kobudo. Poderíamos preencher centos de páginas com narrações como este, onde o ser humano, ao enfrentarse a situações difíceis, emerge triunfante, criando sistemas defensivos de altura. A capacidade de sobreviver na sociedade actual é similar à dos nossos antepassados, em termos da nossa posição humana ao enfrentar uma situação de perigo. Para conseguir isto, devemos ter a mentalidade de um guerreiro. Sun Tzu, em seu livro “A arte da guerra”, nos oferece esta frase: “A suprema arte da guerra é persuadir o inimigo sem lutar”. Estar em alerta e atentos a tudo quanto sucede em nossa volta, é fundamental para nos defendermos eficazmente. A grande maioria das pessoas andam alheios ao que têm em seu redor, alheios ao que sucede ao voltar da esquina… São do tipo de pessoas que pensam que nada lhes sucederá a elas. Desafortunadamente, na maioria dos casos as situações de perigo chegam até elas. Obviamente, uma pessoa cuja finalidade é sobreviver, não quer andar assim…, nem quer o cidadão comum. Por tanto, se



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queremos sobreviver no nosso meio ambiente, devemos andar de outra maneira. É indispensável vivermos conscientes de tudo o que sucede à nossa volta. Temos de reconhecer que a sociedade na qual vivemos, não é nada amigável. Em todo momento temos que estar um passo por diante das situações. Andamos, verificamos os nossos arreadores, mantemos os nossos olhos bem abertos a qualquer circunstância que possa ser de cuidado. Estamos prontos para qualquer situação que nos possa magoar e nos preparamos para ela. Quando sentimos que alguma coisa perto de nós, não está bem, temos que ter decisão: abandonar o lugar ou mover-nos para corrigir a situação. Temos de ser decisivos e mover-nos com muita rapidez. Quando o nosso sentido de supervivência nos avisa de um perigo máximo, é quando devemos realizar o que seja necessário e tomar a decisão imediatamente, para a nossa segurança, a dos nossos amigos e seres queridos. Preparar-se para lutar. Temos de bater os primeiros e não esperar; a nossa vida depende disto. No nosso meio marcial, raras vezes nos ensinam a atacar primeiro. Sempre que permitirmos que os “garotos maus” controlem a situação, vamos estar em problemas. As estadísticas nos mostram que se permitirmos ao atacante tomar o controlo, só temos um três por cento de probabilidades de sobreviver. As nossas probabilidades são melhores se iniciarmos a acção no primeiro momento, nunca depois. Portanto, temos de atacar sem vacilações. Atentos, Determinados e Combativos: são as chaves para uma defesa efectiva.






O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiais do exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik, realizaram um novo DVD básico que trata sobre as armas de fogo, a segurança e as técnicas de treino derivadas do Disparo Instintivo em Combate, o IPSC. O Disparo Instintivo em Combate - IPSC (Instinctive Point Shooting Combat) é um método de disparo baseado nas reacções instintivas e cinemáticas para disparar em distâncias curtas, em situações rápidas e dinâmicas. Uma disciplina de defesa pessoal para sobreviver numa situação de ameaça para a vida, onde fazem-se necessárias grande rapidez e precisão. Tem de se empunhar a pistola e disparar numa distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o manejo da arma (revólver e semiautomática); prática de tiro em seco e a segurança; o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e em movimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse e múltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador, com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro com pistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 e inclusivamente lança-granadas M-16.

REF.: • KAPAP7

Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.





RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Maestro José Domingos Cinturón Negro 3º Dan “Sandan” Fu-Shih Kenpo 1º Dan Kosho-Ryu Kenpo Representante de FEAM y la “International Fu-Shih Kenpo Portugal”. Entrenador de Lucha Libre, Musculación y Cultura. Física y Fitness – Preparador Físico, Socorrista de Emergencia Médica www.facebook.com/jose.domingos.37 <http://www.facebook.com/jose.domingos.37> jomanegos@gmail.com Tel: 00351 965713463.Dojo: XL GYM Avda. 25 de Abril nª 45, 1675 -185 Pontinha, Portugal ESCUELA DE ARTES MARCIALES KWANG GAE DO Felipe Alves Aniceto 2º Dan Tae Kwon Do Y Kick Boxing Representante Feam En Aragon Gimnasio Alfinden Tlf:649 601 709 Kwanggaedo@Gmail.Com Kwanggaedo.Wix.Com/Kwangaedo-Eam Facebook//Kwang Gae Do Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 7º DAN Instructor Internacional Policial, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vicepresidente Federación Andaluza de Tae-Kwon-Do ITF Representante FEAM e IPSA para GRANADA, ANDALUCÍA. Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono: 607832851opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Per Snilsberg: Consejero Personal, Patrocinador y Promotor FEAM, IPSA e International Fu-Shih Kenpo Association, IFSKA. c/ Løytnantsveien 8b, 7056 Ranheim - Norway. Tel: +47 930 09 006 – post@fiskeper.no Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-Fu Representante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega. Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) 90942428 Frodestrom1969@gmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760


Kenpo “De que havia de servir o êxito, a fortuna, a glória, se não se tivesse alguém com quem compartilhar esses momentos de alegria!”


Grandes Mestres A Coluna de Raúl Gutiérrez. Ensinanças do Fu-Shih Kenpo Mundial A SOLIDÃO Todos os seres humanos, em ALGUM momento das nossas vidas (que realmente são vários momentos), sentimos sobre nós isso que se chama “SOLIDÃO”. A solidão é sentir-se só mesmo quando se estiver acompanhado. Como por exemplo, agora mesmo…, eu estou sozinho no meu canto e o meu amigo Alfredo me disse numa mensagem, que falta o texto para a minha COLUNA. Isso, para muitos dos leitores, em teoria poderia ser, “que parvoisse, isso não é um esforço”, mas para mim significa: E agora! Do que falo, o que digo? Não é a mesma criar que sentir-se “obrigado a criar”… Muitos “INOCENTES” se confessam “CULPAVEIS”, simplesmente pela “pressão”. Solidão é ver-se a si mesmo com as suas características próprias, diferenciado do resto dos humanos, independente, isolado, imerso no próprio mundo. É a sensação de separação dentro do tumultuoso mundo. É o como viemos a este mundo, como vivemos dentro dele e como abandona-lo. Ver contingentes que andam nas ruas como exército de estranhos movendo-se mecanicamente. Nos anos 80 eu acostumava a sentar-me em alguma das muitas explanadas que em Madrid existem, observando e fotografando as diversas cenas da gente deambulando por ali. Gostava de sair à rua e ver tanta gente por primeira vez, observar como se afastam sem dizer palavra, uma massa humana confundida como folhas de árvore frondoso que a brisa move. A massa humana se move dentro de um caos em ordem e nós, mais uma folha da árvore, confundidos com a sua folhagem e ao mesmo tempo isolados na nossa consciência de intimidade: é um mimetismo social! Cada um com seus triunfos e derrotas, suas penúrias e alegrias, preocupações o festejos. Contentes e descontentes. Entusiasmados ou faltos de entusiasmo! A muitas pessoas, só pensar na solidão, já as deprime e produz medo, angústia, desassossego. O maior medo à morte é a solidão, não estar mais com os seres queridos. Isto é tão válido para o falecido como para os



Grandes Mestres que ficam vivos. O medo a morrer é pensar que ficamos em um espaço escuro e solitário, onde não vemos nem escutamos nada, é o medo à solidão! “Fácil é aceitar viver, difícil é aceitar morrer”. De que serviria o êxito, a fortuna, a glória, si não tivéssemos alguém com quem compartilhar esses momentos de alegria. Por vezes nos queixamos quando calculamos o custo das nossas obrigações, chegamos a sentir ira vendo que o dinheiro ganho com tanto esforço, temos de gastá-lo de imediato, para cobrir as necessidades do nosso lar, dos nossos pais, dos nossos filhos… e quando pretendemos cobrir as despesas pessoais, já não resta dinheiro. Não nos apercebemos nesses momentos, e por tanto não compreendemos, que tudo deve fluir, todo está em constante movimento e que tudo depende da Sinergia que cada um seja capaz de criar no seu próprio ambiente. Pareceria como se alguém calculasse exactamente quanto é a despesa da família e essa é a quantia exacta que conseguimos ganhar, mas nos esquecemos de nos metermos a nós na lista… Mas, realmente de que nos havia de servir ganhar dinheiro se não tivéssemos com quem o gastar, a quem presentear? Que grande felicidade é ter a quem dar e ver como gosta do nosso presente! Em outras ocasiões, recebemos nós essa grata surpresa de recebermos um presente, sem motivo algum... Como me aconteceu neste fim de semana passado… Faz duas semanas conheci um “novo ser”… - novo para mim! Temos compartilhado uns dias e tem sido sumamente atencioso comigo, em atenções e presentes. Que explicação posso eu ter? Penso que é simplesmente isso, que NÃO ESTAMOS SÓS… mesmo que assim possa parecer… Se nos


“Tudo deve fluir, tudo está em constante movimento e tudo depende da Sinergia que cada um seja capaz de criar em seu próprio ambiente”


Grandes Mestres portarmos mal, os entes NEGATIVOS virão captar-nos como novos “sócios do Clube”. Mas se nos portarmos bem, será ao contrário. “Acção e Reacção”… Definitivamente, a única maneira de ser feliz é fazendo felizes as outras pessoas. Na vida não há nada que possa dar satisfação como ver felizes os nossos seres queridos. Devemos dar graças a Deus por termos seres queridos a quem podemos dar essa felicidade o os meios para sermos felizes. O leitor contou alguma vez quantos seres queridos tem? Conte-os, talvez sobejan os dedos de uma mão. Por que então, não aumentar essa quantidade de seres queridos capazes de nos darem felicidade? Quantos mais forem, mais oportunidades temos de sermos felizes. Comecemos a selecção entre os colegas do trabalho, entre os vizinhos, ou talvez à sorte, entre essa multidão de desconhecidos que andam nas ruas. Um belo dia, compreendi que a dignidade de um homem, consta, por exemplo, de ser admirado, querido e respeitado por seus próprios filhos, mulher, pai, mãe, amigos, etc., etc. Não escolha só crianças, isso é muito fácil, amalos é muito fácil... Os adultos também necessitam do nosso amor. Não escolha só os amigos; os que já consideramos "inimigos", são os melhores. Que bom se pudéssemos começar a ver os "inimigos" como amigos e sentir por eles um verdadeiro e sincero carinho, sendo mais tolerantes com seus defeitos e tratando de perceber, de uma vez por todas, o que é que temos de aprender desse relacionamento. Vamos já assimilar isto já e acabemos de limar essas asperezas que causam irritação nessa relação e acima de tudo, vamos ama-los. Se

conseguirmos, teremos ganho muitos momentos felizes. Quando dermos de cara com essas pessoas, em vez de sentirmos desagradado, sentiremos mais amor na nossa vida, que afinal é o mais belo que nos pode suceder. Não esqueçamos nunca, que o amor só existe em dois momentos: quando se dá e quando se recebe. Por que motivo escolher odiar se é tão prazenteiro amar? Por quê esconder egoistamente os nossos bens, si nos dá tanta felicidade compartilhá-los? Se sentimos alegria e prazer recebendo-os, porque não realizar o efeito contrário! Outra razão de sentirmos solidão é ela nossa pouca fé. P ens amo s que es tamo s s ó s na v ida, expostos às dificuldades, às carências e aflições. Não nos apercebemos de que por detrás de cada um de nós está em todo momento um Ser Maravilhoso que nos cuida a cada passo que damos, que põe suas mãos para o nosso pé não tropeçar. Pensamos que vivemos sozinhos e não é certo. Se não vemos esse Ser Maravilhoso é porque esse Ser sempre está atrás de nós e nós estamos muito ocupados olhando para as fant as ias da v ida, que s e no s mo s tra fascinante. Embelezados com tantos entretenimentos, nunca temos tempo para nós mesmos, nunca olhamos para dentro e s e parás s emo s um mo mento e deixássemos de ver o espectáculo colorido da vida, cheio de tantas falsidades e olhássemos para trás, veríamos por primeira vez esse Ser Maravilhoso que sempre tem cuidado os nossos passos e acordaríamos à única e verdadeira realidade. NÃO ESTAMOS SÓS…, não existe a solidão permanente, é só um estado transitório e quanto mais rápido se sair dela ou nos afastarmos, melhor!

“Não estamos sós…, não existe a solidão permanente, é só um estado transitório”

















Grandes Mestres “Foi acusado de “duro”, mas senhores, isto são Artes Marciais! Não são danças! Nunca ninguém disse que a guerra era um assunto confortável!”

Texto: Bryan Cheek Entrevista: Alfredo Tucci Fotos: © www.budointernational.com


Muitos dos assíduos leitores desta revista já conhecem Bryan Cheek como um grande versado em Jiu Jitsu. A sua técnica contundente, o seu modo fanfarrão e simpático, mostram essa “raça” guerreira que no passado fez da Inglaterra uma potência mundial, enviando os seus navios mundo afora. Com o seu ar de rude marinheiro brincalhão, Bryan Cheek é um sentimental que adora o seu trabalho e que está profundamente interessado em que suas as ensinanças cheguem bem lá no


Grandes Mestres

fundo dos seus alunos. Não suporta exageros nem meias tintas, as adulações e os adornos. Ele ensina técnicas directas e eficazes, que aproveitam os pontos fracos dos seus adversários, sem se perder em desnecessárias subtilezas, mas ajustandose a uma impecável acção técnica. Desta vez, ele partilha connosco a sua experiência no Kobudo. Foi acusado de “duro”, mas senhores, isto são Artes Marciais! Não são danças! Nunca ninguém disse que a guerra era um assunto confortável!



Grandes Mestres Treino com Armas, o DVD WEBBS – Sociedade Mundial De Faixas Pretas De Elite realizou para a Budo International este novo DVD que trata do treino com armas, para ajudar os artistas marciais na sua evolução e progressão nas mais avançadas técnicas, aquelas que normalmente se reservam para os alunos mais avantajados. Devido à carência de material que trate da defesa com armas para os artistas marciais, esperamos que este vídeo sirva como ajuda para o uso das armas, nos diferentes estilos e sistemas.

Os Artistas intervenientes nesta produção vêm de uma grande variedade de estilos, as técnicas utilizadas já foram eficazmente demonstradas contra atacantes armados. A nossa equipa de Mestres utilizou ao todo 99 técnicas e uniu-as em grupos de 3, o que oferecerá ao espectador diferentes opções, sem importar o seu estilo ou a sua preparação física. Nesta produção aparecem muitas situações diferentes com as mãos nuas contra um atacante com uma faca. Tentámos ensinar todos os aspectos de um ataque que


“A nossa equipa de Mestres utilizou ao todo 99 técnicas e uniu-as em grupos de 3, o que oferecerá ao espectador diferentes opções, sem importar o seu estilo ou a sua preparação física”


Grandes Mestres pode ser realizado por um assaltante e pelo menos três maneiras diferentes de enfrentar esse ataque. Obviamente, todos os ataques com armas têm um factor de risco mais elevado do que ao lutar-se com as mãos nuas, por isso é preciso fazer um treino extraordinário e muitas repetições de cada técnica, antes do estudante poder enfrentar uma situação real. Veremos ataques tanto em movimento como em posição estática, incluindo ataques pelas costas. Todas as técnicas foram delineadas para reduzir o assaltante.





Grandes Mestres Outro grupo de técnicas que veremos é o de Hanbo contra faca. Esta secção é dirigida a determinadas agências de segurança que aplicam este género de técnicas, onde o agredido habitualmente utiliza um cacetete para se defender. O Jo é outra arma usada como defesa contra uma faca, este prática arma tem o mesmo comprimento que um pau de vassoura e pode ser encontrada nos lares ou nos lugares de trabalho, e com treino, pode chegar a ser de muita utilidade para a pessoa atacada. A Tonfa é mais difícil de estar à mão, mas é uma das armas mais eficazes para usar em defesa pessoal contra pau ou faca, com os múltiplos usos de cada uma das

“Todos os ataques com armas têm um factor de risco mais elevado do que ao lutar-se com as mãos nuas, por isso é preciso fazer um treino extraordinário e muitas repetições de cada técnica” suas partes. Pode-se usar uma só Tonfa ou um par. Apesar de ser mais eficaz quando usada aos pares, também pode ser muito prática ao usar-se só uma. O último grupo de técnicas é o de faca contra faca; estes difíceis movimentos estão reservados para os graus superiores, que realmente estão bem instruídos no sistema e já possuem o equilíbrio e a coordenação adequados... Obviamente, estas técnicas não foram delineadas para fracos do coração, porque normalmente requerem o uso da faca contra um assaltante armado, e são especialmente interessantes para as forças especiais. Os espectadores devem ser avisados de que devem ser supervisionados quando


Autodefensa praticarem estas técnicas e usarem facas ou armas pungentes, até ao momento de serem capazes de realizar estas técnicas com domínio e comedimento. Também se pode ver nesta produção outras técnicas como defesa contra bengala com mãos nuas. Nós pensamos que obter a informação para se ser um artista marcial sério, pode levar vários anos. Os mestres que aparecem neste DVD passaram muitos anos a praticar e a desenvolver estas técnicas, até alcançar o mais alto nível e eu agradeço-lhos pela sua dedicação e pelo seu árduo trabalho, que fizeram possível que a WEBBS levasse esta produção a todos os Artistas Marciais. A Sociedade Mundial De Faixas Pretas De Elite WEBBS, foi fundada no ano 2000 pelo Soke Bryan Cheek, e conta agora com 48 países afiliados em todo o mundo. A WEBBS não é política e aceita todos os sistemas/estilos como membros da sua organização, na ideia de partilhar conhecimentos de todos os caminhos da vida e dos diferentes países. Devido à sua atitude amigável, a WEBBS tem sido capaz de reunir todos os Mestres que participam neste DVD, o que sem dúvida é bom para todos os estudantes que adquiram uma cópia, pois seria impossível reunir tantas e tão variadas técnicas num mesmo lugar. A WEBBS reconhece que os estudantes de Artes Marciais pensam de maneiras diferentes e que o seu modo de trabalhar e as suas preferências pessoais variam muito na hora de escolher um treino de Artes Marciais. Este DVD ensina, por fim, aos estudantes algumas técnicas que serão compatíveis com o seu sistema e a sua maneira de treinar. A WEBBS tem sempre defendido que o conhecimento obtido por uns poucos, deve ser partilhado pela maioria, porque nenhum indivíduo tem direito a reter o conhecimento para si mesmo. A WEBBS também defende que não há técnicas más, apenas maus praticantes.

“O Jo é outra arma usada como defesa contra uma faca”


Grandes Mestres “Estas técnicas não foram delineadas para fracos do coração, porque normalmente requerem o uso da faca contra um assaltante armado, e são especialmente interessantes para as forças especiais”


Autodefensa


Grandes Mestres Estamos certos de que irão apreciar cada minuto desta produção e vai ser uma peça valiosa na colecção de vídeos e DVD’s de Artes Marciais. 99 técnicas de defesa pessoal que incluem: Mãos nuas contra faca - Mãos nuas contra bengala – Bengala contra faca - Bengala contra bengala - Tonfa contra bengala - Tonfa contra faca - Jo contra bengala - Jo contra faca – faca contra faca. Com muitas e variadas técnicas que estamos certos de que vão chamar a atenção do espectador repetidas vezes.




REF.: • KMRED 1

Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.


Este DVD se centra en las armas de filo, en conocer y entender todos los peligros asociados a ellas, y su tema principal es el establecimiento de la prioridad. El énfasis principal en el entrenamiento con un arma de filo es conocer y entender todos los peligros asociados a este tipo de armas. El grave peligro de estas armas es real, y debe tratarse como tal. Esto significa saber donde debes establecer tu prioridad de entrenamiento para ser una herramienta de supervivencia, en caso de que tal situación se presente. Afrontémoslo, tú eres quien tiene que sobrevivir, y no tu entrenador que te ayuda a entrenar tus metas, pero no tu objetivo. Las prioridades de entrenamiento que uso en Latosa Escrima son las siguientes: realidad, técnica y ejercicios. Realidad: es la comprensión de lo que podría suceder exactamente y los peligros al usar o enfrentarse a un arma de filo. Técnicas: movimientos que tratan de darte una generalización de posibilidades y probabilidades de lo que puede suceder. Ejercicios: la mayoría de ellos se utilizan para desarrollar y mejorar las habilidades de movimiento utilizadas en la aplicación técnica.

REF.: • DVD/LAT-3

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ADEUS A UM GRÃO MESTRE Série de artigos e entrevistas de Kalis Ilustríssimo, Bakbakan International e Lameco S.O.G.

Após 26 anos treinando Artes Marciais Filipinas, tive ocasião de viajar a Manila para praticar e entrevistar alguns dos Mestres de Artes Marciais Filipinas mais reconhecidos e prestigiosos dos nossos tempos. Esta viagem, foi possível graças ao meu Instrutor de Lameco Eskrima e Kalis Ilustríssimo, Guro Dino Flores, ao qual tenho a honra de representar na Espanha. Lamentavelmente, também tive a honra de fazer a última entrevista a uma das maiores lendas das Artes Marciais Filipinas, o Grão Mestre António Diego. herdeiro da Arte Marcial Filipina, que foi especializado na manipulação de armas de gume pelo invicto em combates à mor te, António “Tatang” Ilustríssimo. Uma última entrevista constitui sempre uma grande responsabilidade. Em momento algum pensei que esta o fosse, posto que foram dúzias as entrevistas feitas ao Grão Mestre, mas pouco tempo depois de eu voltar para Madrid, me comunicavam que “Mang Tony”, como ele gostava de ser chamado. tinha sido hospitalizado e não tinha salvação. pesar dos seus contratempos com a saúde, ele nunca deixara de ensinar e de treinar com o seu querido grupo, no parque da Luneta, de Manila. Mang Tony tinha a força e o carisma que só se consegue com anos de treino. Sua simples presença impregnava de conhecimentos a quem estava perto dele. Seu porte elegante e paciente nos permitia estar relaxados, apesar de estar praticando com armas de gume afiado, a mais perigosa das artes marciais filipinas, a Arte de Kalis Ilustríssimo. Uma arte pura, científica e refinada, que sobreviveu à era das armas de fogo e chegou até o nosso tempo mantendo a sua essência, tanto Espanhola como Asiática, graças a pessoas apaixonadas e dedicadas, como ele era. Cada instante perto desta grande personalidade, nos obrigava a todos estar com os sentidos bem atentos e com a percepção ao máximo nível, porque as suas ensinanças tinham vários níveis de compreensão. O Grão Mestre Tony Diego foi, como genial que era, um Mestre fora do comum. Morou sempre no seu querido bairro de Tondo, possivelmente o mais perigoso bairro de Manila. Um bairro a pouca distância das docas do

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porto, onde naqueles tempos e talvez ainda hoje, convergiam todo género de trabalhadores: marinheiros, soldados, piratas e busca vidas de todo o mundo e de todo género possível. Apesar de se falar dos Cinco grandes Pilares do Ilustríssimo”, o Grão Mestre Diego foi o sucessor de quem foi fundara e criara esta arte de combate com Espada e Adaga, especializado exclusivamente nas armas de gume afiado, o Grão Mestre António Ilustríssimo. Na sua época, ele foi o homem mais temido das Filipinas, que ninguém conseguiu vencer em duelo à morte e a quem nenhum mestre daqueles tempos, se atreveu a desafiar, nem mesmo na sua idade avançada. Algum dia dedicaremos um artigo biográfico e histórico, baseado nos testemunhos daquelas pessoas que treinaram e estiveram perto dele, como o Grão Mestre Yuli Romo, que agora é o estudante vivo mais antigo de Tatang Ilustríssimo e com quem tive a honra de treinar e o privilégio de entrevistá-lo durante a minha última visita a Manila. Pouco tempo após a minha chegada a Manila, fomos no 4x4 de Guro Peachie, ao bairro de Tondo, para nos encontrarmos com a Grande Mestra Tony, Guro Peachie, que é um dos Instrutores Seniors de Kalis Ilustríssimo. Ela foi sua sempre leal aluna e grande amiga. Ela me abriu as portas da sua casa e me acolheu durante a minha visita a Manila. Me confessou que desde fazia algumas semanas, o GM no tinha podido assistir aos treinos habituais dos

domingos, por problemas de saúde, mas que ia fazer um esforço para nos acompanhar esse dia da minha visita. Me disse que nos últimos tempos se encontrava indisposto, mas que queria que eu aprendesse bem as bases, a essência e os detalhes desta arte. Por isso, também convidara outros conhecidos instrutores da arte, como Mang Romeo Macapagal, para me explicarem e fazer as demonstrações. Macapagal é um reconhecido especialista e historiador da arte da Espada e da Adaga de todas épocas e culturas e não só das artes marciais Filipinas. Me avisaram que não saísse do carro, posto que Tondo continuava a ser um bairro “complicado”… Também me disseram que O Grão Mestre Tony era muito querido pelas pessoas das vizinhanças, porque “tudo quanto ganhava, ele o distribuía”, literalmente, assim me disseram. De certeza que após tantos anos dando aulas de uma das Artes Marciais Filipinas melhor consideradas no mundo, o GM Tony poderia ter-se beneficiado economicamente, como tinham feito outros muitos Instrutores de Artes Marciais no mundo e com todo o direito, mas ele, em vez de pensar só em seu próprio interesse, dividia o que ganhava com a prática desta arte, com uma dúzia de filhos adoptivos que retirara da rua e com seus vizinhos. Não só era generoso nos seus conhecimentos e sabedoria com seus alunos, também era um homem comprometido com o seu bairro e os seus vizinhos. Depressa percebi porque era tão querido. Apareceu sorridente, assistido por Guro Arnold Narzo, actual




Chefe Instrutor de Kalis Ilustríssimo em Manila - também outro dos Seniors Instrutores de Kalis Ilustríssimo. Saiu de um daqueles becos misteriosos, interessantes e estreitíssimos. Parecia muito feliz, apesar de não se sentir bem nesse dia. Saltei do carro para me apresentar e depois de lhe confessar que aquele instante era para mim um sonho feito realidade - e para que praticante de Artes Marciais Filipinas o não seria? Ele sorriu e me disse, com a amabilidade e o carinho tão característico das pessoas filipinas: “Também para nós é uma alegria tu estares aqui”. Se há um povo amável e hospitaleiro por excelência, esse é o povo das Filipinas! Durante o percurso a caminho do parque, onde o grupo se encontrava todos os domingos, chovesse ou não (porque isso em Manila nunca se sabe e porque Mang Tony adorava treinar “debaixo da chuva”), ele me disse que quando jovem tinha sido vizinho do Grão Ilustríssimo, até o falecimento deste e que tivera ocasião de treinar com ele todos os dias. O Grão Mestre Tony Diego sempre se sentira fascinado

“Todos os dias, da parte da tarde, depois de trabalhar toda a manhã nas docas, apesar da sua avançada idade, quando treinava, Tatang Ilustríssimo se transfigurava em um jovem e poderoso guerreiro, com uma espada na mão”

pelas Artes Marciais e quando conheceu o “velhote” (the Old Man no original), isto mudou para sempre a sua maneira de ver o combate. Me contou como se encontrava com o Grão Mestre Ilustríssimo todos os dias, da parte da tarde, depois de trabalhar nas docas. Se encontravam para treinar e apesar da sua idade avançada, Tatang Ilustríssimo se transfigurava em um jovem e poderoso guerreiro, sempre que tinha uma espada na mão. O que realmente poucos sabem é que Mang Tony trabalhara toda a sua vida nas perigosas docas do Porto de Manila. Ali coincidiam tanto marinheiros, como artistas marciais e também foragidos e homens agressivos das sete mil ilhas que constituem o arquipélago das Filipinas, além de pessoas do mundo todo, cada um com um sistema de combate diferente e quando não, simplesmente gente com experiência em escuros combates com facas, navalhas e machados, próprios de cada uma das culturas, nas tascas onde se vendia álcool mau e barato aos marujos que visitavam o bairro de Tondo. Mang Tony estava habituado a tratar com todo género de homens. Como encarregado e responsável de manter ordem nas docas e nos barcos que atracavam ou partiam, no teve outra opção que aprender a defender-se, mas por sua maneira de falar e de mover-se, o seu interesse pelas Artes Marciais ia muito além da simples defesa pessoal. A impressão que Mang Tony deixou em mim, era a de um homem elegante, sábio, inteligentíssimo, muito observador e com um grande sentido prático. Tinha de o ser, para sobreviver no seu trabalho e por isso era capaz de identificar o que era um movimento útil e bem feito, separando-o de outras técnicas menos eficazes. Durante algum dos treinos e em dias de entrevistas, me contou que ele e um vizinho, também trabalhador na docas,


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tinham aprendido e praticado juntos os sistemas de Balintawak e Modern Arnis: “Ía de um estilo para outro durante aqueles anos de 1973 e 1974, mas eu continuava procurando mais alguma coisa, eu estava procurando sempre, saltando de um estilo para outro. Com o meu amigo visitávamos todos os estilos que podíamos… Até íamos a províncias afastadas, para visitar mestres, mas sempre ficava com a mesma impressão, tudo me parecia igual. Uma noite, no parque Luneta, quando treinava com um idoso que também era co ntempo râneo do “Velho ” (referindo -s e a Tat ang Ilustrissimo) ele me disse que não me preocupasse que

“quando o aluno está preparado, o Mestre aparece” e me convidou a conhecer alguém muito especial. Finalizava o ano de 1975, quando conheci Tatang Ilustríssimo. Passei directamente de treinar com o pau, a treinar com uma espada de verdade. TIM: Então, Mang Tony, quanto tempo treinou com Tatang Ilustríssimo? GM DIEGO: Mais de vinte anos. TIM: E então, como era a progressão? Como aprendiam?



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GM DIEGO: Realmente, a progressão era rápida. Logo que comecei a treinar, comecei a praticar com a espada. TIM: Só com a espada? GM DIEGO: Sim. Deixei de treinar com o pau e passei directamente a treinar com uma espada. Foi então quando comecei a aprender os posições exactas, as defesas e os contra-ataques. Porque naquela época usávamos espadas de verdade e estavam muito mais que muito afiadas… Era divertido praticar com Tatang, quando se tinha uma espada de verdade nas mãos, em vez de um pau. Com os paus nos tocava de vez em quando, mas quando tinha a espada na mano, podíamos a ver a rapidez com que a manipulava. O domínio que sobre ela tinha, era de se não acreditar..., porque nos roçava com o gume justamente para não nos ferir... Quando atacava com a espada, o nosso corpo estremecia todo, porque ele deixava o gume afiado, justamente à beira da nossa pele. Por isso foi tão rápida a nossa progressão, porque treinávamos com espadas de verdade. Foi ele quem nos ensinou a usar a espada de verdade.

TIM: Contou Tatang Ilustríssimo como ele treinava antes de o conhecer, quando ele ainda era jovem? GM DIEGO: Foi basicamente o mesmo sistema que ele me ensinou ao princípio. Primeiro, ensinava os posicionamentos, os ataques, as defesas e os contraataques. A nossa arte não se baseia nas típicas técnicas de primeiro movemos um, depois o outro, etc. Não, não é assim. Por vezes, a nossa arte se baseia em um ataque contínuo, simultâneo, primeiro defendo e depois ataco. Ele nos dizia que dependendo da distância, se podia defender atacando de maneira muito rápida e simultânea. Que se podia contra-atacar rapidamente. Numa linha “recta”, por exemplo. Outras vezes é preciso passar o ataque do contrário e depois atacá-lo rapidamente. TIM: Pode falar-nos um pouco do treino em Luneta? Nos primeiros treinos, o que faziam com ele? MANG TONY: Quando começamos, havia muitíssima gente no parque que nos vinham ver, nos


copiavam e que depois desapareciam. Ele não sabia que mais tarde, estes mesmos que observavam e copiavam partes do seu sistema, abririam seus próprios grupos de Eskrima. Foi mais tarde quando soubemos que a gente que vinha copiar ao parque e desaparecia pouco tempo depois, abria um ginásio em algum lugar. Por isso, em Luneta nos dedicávamos a uma prática simples, mas depois, em casa…, a arte de Tatang era muito diferente, tudo mudava… Era muito diferente! A todos, ao princípio ele lhes dava um pau, mas a Romy e a mim, Tantang nos fez treinar com uma espada de verdade, logo de início. Sim, com espadas de verdade e muito afiadas! Por isso, o treino que se mostrava ao princípio em

Luneta, era muito diferente do treino privado que com ele fazíamos em casa… Porque em Luneta não ensinava tudo. Ele sabia que outros mestres vinham até a Luneta para copiar, por isso ele ensinava o que ele queria e bem lhe parecia. Mas quando íamos à sua casa, lá podíamos praticar a verdadeira arte e com armas de verdade. TIM: Pode falar-nos desses treinos privados em casa de Tatang? MANG TONY: (Rindo). Pois eram muito perigosos, porque os treinos eram com armas de verdade. Ele era rapidíssimo com “o bolo” (bolo: faca grande usada pelos indígenas das Filipinas), mas o seu controlo com esta arma, era


Grandes Mestres “Ele matara muitas pessoas. No teve um bom final de vida. Morreu sem ter um lar. Viveu e morreu pobre” (Acerca de Tantang Ilustríssimo)


simplesmente incrível! Porque com o pau era diferente, ele nos batia com o pau o nós a ele, mas com o bolo, era diferente… Quando treinávamos com paus, podíamos bater uns nos outros. Nessa época, não tínhamos protectores de mão e essas coisas… TIM: Tatan Ilustríssimo teve de modificar seus movimentos de alguma maneira, quando começou a treinar com homens mais jovens, como era o seu caso? MANG: Tatang me disse que perto do rio havia um lugar denominado Cambá y que ali se juntavam os eskrimadores do seu tempo. Muitos deles eram de Bisaya, que era um uma zona portuária. Os homens de Bisaya eram muito fortes, trabalhavam nas docas e a maioria deles eram Eskrimadores. Quando chegavam a Manila, eles perguntavam onde estavam os “outros” eskrimadores. Tatang contava que o mais velho dos eskrimadores daquela época era Dizon, o mais forte era António Mercado e Tatang era o mais rápido. Naquela época se dançava o “Charleston” e ele era muito bom dançando o Charleston. Estavam esses três e Dizon foi o campeão de Manila naquela época. António Mercado era o mais forte deles todos. Mas o mais rápido era Tatang. Os três treinavam juntos. Até o próprio Villabrille estudou com Tatang, ele até era família de Tatang. Me parece que era seu sobrinho. Todos se juntavam para treinar em Cambá. TIM: Então faziam intercâmbio de técnicas e conhecimentos entre eles? GM DIEGO: Sim, faziam intercâmbio dos seus conhecimentos. Parece que um dia houve um mal entendido entre Dizon e Tatang e Tatang desafiou Dizon a uma luta de verdade. Tatang disse a Dizón que se lutasse contra ele, lhe fazia uma cruz no peito, (daí o movimento em forma de cruz, porque se fazia esse movimento) mas afinal, Dizon não quis lutar com ele, porque Tatang era muito grande, forte, alto. Passado um tempo, voltaram a ser bons amigos e continuaram praticando juntos. DINO FLORES: Pode contar-nos alguma história acerca Tatang durante a Segunda Guerra Mundial, quando ele serviu na guerrilha da resistência? GM DIEGO: O seu trabalho na guerrilha era o de executor, quando faziam prisioneiro a algum japonês… Numa ocasião apanharam dois japoneses e ele os obrigou a cavarem a própria fossa. Depois, Tatang usou a pá para matá-los, porque tinham poucas balas…


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DINO: Se sabe quanta gente ele matou?… Nesse instante, a cara do Grão Mestre mudou e pelo gesto, devem ter sido muitas pessoas… DINO: Matou muita gente, não é verdade? MANG TONY: (Responde com um silêncio…) TIM: O senhor pratica o Anting Anting? MANG: Dantes sim praticava, mas era muito difícil de manter. O dinheiro entra, mas como entra sai… TIM: Há um preço a pagar? MANG: Até mesmo agora… Levo dois anos sofrendo. No ano passado ardeu a minha casa. Tudo quanto tinha desapareceu… A minha mulher adoeceu… Talvez seja melhor esquecer isso tudo. Por isso já não pratico mais a oração do Anting Anting. DINO: Para o que era a Oração? MANG: Para protecção nos combates. Se tatua escrito no peito e nos braços.

DINO FLORES: Pode contar-nos alguma coisa sobre o seu Anting Anting… e os seus amuletos? GM DIEGO: Eu o praticava habitualmente, mas depois esqueci como era… DINO FLORES: Usava alguma oração? MANG: Sim, mas tinha o seu “preço”. Sempre se tinha de pagar um preço pela oração. Normalmente, era alguma dificuldade. Tatang teve uma época em a que ganhava muito dinheiro. Era contrabandista de oiro, fazia contrabando de oiro e nos anos cinquenta e sessenta, ganhou muito dinheiro. Estava encarregado de um barco dedicado ao contrabando de oiro pelo Oceano Índico e no mar do Oriente. DINO: Teve então muito dinheiro mas por causa do Anting Anting e a “Oração”, ficou pobre? MANG: Sim, ele morreu paupérrimo. Não tinha nada! DINO: De maneira que por causa do Anting Anting teve de pagar um preço… MANG: Por isso e porque ele matara muitas pessoas. No fim, não teve uma boa vida… Morreu sem ter um lar. Viveu pobremente quando idoso…

DINO: Quais eram algumas das coisas que se fazem com a oração? MANG: Na 6ª feira Santa, escrevíamos a Oração em um papel e um polícia disparava à folha desde perto e a bala o esquivava… Essa esquiva se reflectia em absolutamente tudo, até nos negócios. Tudo nos esquivava…, até o dinheiro. Era praticado para se ter protecção. Há orações para tudo: para chamar o dinheiro, atrair mulheres, para protecção. Mas da mesma maneira que se atrai, vai embora. DINO FLORES: Então era muito útil em épocas de guerra? MANG: Sim, na guerra era bom ter essa protecção. TIM: E agora em tempos de paz? Pratica algum género de espiritualidade? MANG: Sim, por vezes faço meditação. TIM: Que tipo de meditação pratica? MANG: Pratico a meditação do Coração. DINO: É uma prática Budista? MANG: É muito boa. TIM. É Cristã? MANG: É uma meditação tanto Budista como Cristã. O livro se intitula “OLEN”. É a prática máxima da Energia.


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Gosto da meditação do Coração. Nos dilatamos até formarmos parte do Cosmos. Sentimos fogo no Coração. Pensamos na bênção e nos expandemos desde o coração até o infinito. Na parte da tarde daquele mesmo dia, depois do treino e compartilhar anedotas do passado com o Grão Mestre António Diego e com Guro Narzo, jantamos no hotel. Durante o jantar, perguntei acerca de um vídeo que eu já tinha visto, um vídeo dele e de Guro Peachie dançando um rock and roll no terraço da sua casa. Ele me disse que o ritmo era importantíssimo para a prática de Kalis Ilustríssimo, posto que o timing é um atributo crucial para o combate. Guro Arnold aproveitou a ocasião para nos dizer que o Grão Mestre, além de dançar bem, também cantava. Perguntei quem era seu cantor favorito; o Grão Mestre disse que era Frank Sinatra e começou a cantar “The way you look tonight”, com uma voz esplêndida e sem sotaque o que nos deixou a todos surpreendidos. Os outros clientes do restaurante sorriram e gozaram da canção como nós. Acabou de cantar, aplaudimos e ele disse que gostava imenso de Frank Sinatra e que conhecia todas as suas canções. Aquela foi a última noite que o vi. Nos despedimos na porta do hotel e agradeci-lhe ter sido tão generoso comigo. Sem dúvida, ele era assim com todas as pessoas com que entrava em contacto. Já na Espanha, quando me escreveram para me dizer que tinha falecido, compreendi que ele praticava a Meditação do Coração porque gostava de se expandir desde o coração e encher todo o Cosmos, fazendo-se um com ele. Porque ele era todo coração, generosidade, paciência, carácter e paixão. Sem dúvida o Universo se faz infinito para poder acolher pessoas com um coração como o seu. No me resta a mais mínima dúvida de que ele agora se encontra com seus melhores


amigos, Tatang Ilustirimo, o Grão Mestre Christopher Ricketts e Punong Guro Edgar Sulite, e durante pelo menos algum tempo, treinando e intercambiando conhecimentos e divertindo-se mais uma vez. Aos meus colegas praticantes de Kalis Ilustríssimo, Bakbakan International e Lameco International,dos mais recentes aos mais seniors, só posso pedir uma coisa, que honremos a memória daquela equipa de sonho, que agora, sem dúvida serão os “All Stars” de outro lugar.


A Tradição Italiana na Defesa da Faca Autodefesa

Incansável estudioso do passado, Graziano Galvani volta à carga com o seu grupo de "cavalheiros principais" da "Tavola", oferecendo-nos a sua sapiência marcial e o conhecimento do seu passado, que também é o nosso. A tradição Italiana de combate está cheia de recantos inexplorados que nos falam da grandeza de um tempo em que os seus soldados usavam as Artes de combate nos campos de batalha de todo o mundo. As eficazes e surpreendentes estratégias envolvidas no sabor da mais pura tradição clássica Europeia, são uma lição da nossa história marcial, ao mesmo tempo que uma lição de autêntica auto-defesa, na época em que as facas se esgrimiam em bom combate, em qualquer canto, em qualquer momento, quando se tinha que saber... ou morrer. Um luxo, este glorioso passado da nossa tradição. Texto: Graziano Galvani Fotos: © www.budointernational.com


Nova Scrimia "Reconhecer em cada ocasiĂŁo a vantagem e ajuizadamente saber defender-se e atacar com qualquer coisa. Nisto e em nada mais consiste o autĂŞntico esgrimir" Mestre Giacomo Di Grassi RAGION DI ADOPRAR ...1570


DEFESA CONTRA FACA SOBREVIVER À FOLHA As crónicas falam cada vez mais de episódios criminosos realizados com armas brancas. Sabemos quão perigosa pode ser uma agressão com uma faca para qualquer pessoa, esteja treinada ou não. É um facto verificado, a enorme variedade de inventos nestes últimos anos, para transportar ocultas pequenas facas. Facas que se abrem com uma mão, navalhas afiadas como folhas de barbear, punções que aparecem de dentro de chaves, mostram quão fecunda é a criatividade da nossa espécie. De facto, os delinquentes – e isto não é uma descoberta recente – sabem o que fazem e a faca é cada vez mais uma amiga fiável nas suas muitas acções criminosas. Na "Irmandade Nova Scrimia" contamos, entre muitos especialistas e estudiosos, com vários agentes da segurança privada e pública. Como praticantes de Artes Marciais Tradicionais e praticantes operativos de metodologias de "Defesa Pessoal", temos sempre visado a utilidade e a eficiência daquilo que estudamos. Por isso, desde o começo – já lá vai muito tempo! – fizemos a nós próprios esta pergunta crucial: "Quanto do antigo saber


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marcial da Scrimia que herdámos é realmente aplicável e útil hoje em dia?" As respostas recebidas da prática, vão todas na mesma direcção: o homem não mudou nada, o que funcionava séculos atrás, em períodos históricos realmente sangrentos, também funciona perfeitamente hoje em dia. Falando em armas brancas de corte, por exemplo, é fácil compreender como essas armas, mesmo quando se apresentam em diferentes formatos e dimensões, são sempre criadas procurando o letal poder de cortar e picar. Há séculos, as adagas e os punhais eram desembainhados para lutar ou atacar, hoje aparecem nas mãos dos "maus" as navalhas, facas e folhas fixas. As armas brancas são ferramentas tão essenciais e perfeitas que vai haver sempre criminosos prontos a utilizá-las. Por conseguinte, também existirão pessoas que dramaticamente terão que tentar sobreviver aos seus efeitos. Nesses momentos, quando a vida está em jogo, a arte de se proteger é um aliado formidável, pronto para oferecer essenciais respostas psíquicas e físicas. O nosso primeiro vídeo de defesa de faca nasce disto e do desejo de partilhar com os artistas marciais de cada estilo, método, latitude, algumas das regras da arte de Scrimia: uma escola antiga e actual, especifica na expressão de conteúdos

“Realmente não nos ensina métodos "saudáveis" ou "politicamente correctos" para desfazer o ataque de quem está armado com faca”


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Nova Scrimia realmente aplicáveis, forjada na frágua histórica de uma terra devastada pelo poder das lâminas.

PREMISSA: IR ALÉM DAS ILUSÕES A premissa fundamental é: Também para um "idiota", uma folha ordinária oferece mais de uma vantagem. Para ele, será suficiente o gargalo de uma garrafa ou uma simples faca de cozinha para fazer verdadeiros estragos, não tem necessariamente que abrir e utilizar uma navalha de última geração. Por um lado: páginas das listas telefónicas com folhas de barbear metidas nas beiras, cintos com fivelas afiadas, chaves pontiagudas como estiletes, esferográficas com punção, mini-facas penduradas ao pescoço… Que mais? Por outro lado: treino em ginásio, exercícios, técnicas, aplicações estáticas e em movimento com imitações de facas em madeira, borracha, alumínio, facas autênticas com folhas sem fio, invenções de todo o género para tratar de imitar a realidade. Sabemos que a mão que agarra uma faca é conduzida pelo menos por três géneros diferentes de cabeças, três personalidades diferentes. A primeira: a mão da pessoa que perdeu o controlo e a inibição. Clássica situação: faca de cozinha empunhada por mãos sem nenhuma espécie de treino técnico, mas conduzidas pela fúria descontrolada. Na “sala de controlo" manda o réptil raivoso que faz os golpes com movimentos

“A premissa fundamental é: Também para um "idiota", uma folha ordinária oferece mais de uma vantagem”



Nova Scrimia instintivos, confusos. Ataca indo na direcção do alvo e voltando para trás várias vezes. Fá-lo cortando e afundando a ponta. Onde, como, quando? Não importa, basta bater, bater, bater… A segunda: a mão do delinquente que utiliza a folha para aumentar o seu poder coercivo e ameaçante. Na sala de controlo há um moderado "exibicionista": mostra a faca, faz ostentação dela, apresenta-a por necessidade coreográfica. Se a tem de usar optimiza as acções e o golpe é para ferir e aterrorizar. Caso seja preciso, o golpe é para matar. Usa a arma pelo que esta lhe pode dar, com nervosa determinação: corta braços, cara, garganta, abdómen… com uma navalha…, ataca o tronco com um estilete. A terceira: aquela mão do assassino que premedita e age com o exclusivo objectivo de tirar a vida. A folha entra por

“Páginas das listas telefónicas com folhas de barbear metidas nas beiras, cintos com fivelas afiadas, chaves pontiagudas como estiletes, esferográficas com punção, mini-facas penduradas ao pescoço… Que mais?”


Autodefesa detrás, ou por um lado e se a utilizar de frente só aparece na última da hora. A folha é o seu credo, não se vê, afunda-se de seguida. Poucas informações são tão seguras: são todas mãos perigosas e os confins entre estes perfis são permeáveis. Com as duas primeiras personalidades há mais possibilidades de defesa, enquanto que com a terceira, as probabilidades se precipitam clamorosamente. Às duas primeiras talvez se possa sobreviver, enquanto que com a terceira fará falta um milagre. Como dizíamos, uma faca não precisa de mãos doutas para provocar danos letais, mas se são mãos peritas a utilizá-la, é melhor, é mesmo muito melhor estar longe dessa situação. Alguma vez viram os antebraços feridos de uma pessoa atacada por facadas? Padecer uma ferida mesmo que não seja em partes vitais, ver o próprio sangue a sair é chocante para quem quer que seja. Não será por acaso que por regra geral, as navalhas e as folhas curtas são as "ferramentas" de trabalho preferidas pelos criminosos. Eles sabem destas coisas pela experiência vivida.

TOC, TOC… ESTÁ ALGUÉM AÍ? Contra a faca, apesar do que se vê por aí, de facto não é possível fazer tudo quanto se quer fazer. Antes de tudo temos que estar perfeitamente cientes de que as pessoas se movem de maneira muito diferente com respeito ao que estamos habituados ver no ginásio. Um agressor age com determinação. Se nos ataca, a última coisa que faz é deixar-nos o braço armado livre, facilitando assim as nossas manobras. Um braço armado é muito forte, é o braço de um super-herói, move-se nervosamente, duro, incongruente, rápido, muda de trajectória, atrás dele um corpo está em movimento. O criminoso pode atacar desde longe correndo para nós, pode saltar sobre nós, empurrar, bater com bofetões ou com socos, puxar da arma depois de já estarmos a lutar. O agressor pode pegar numa faca do balcão do bar, descer do carro com uma chave de parafusos na mão, quebrar uma garrafa numa

cadeira, ou atirar-nos com ela. Poderíamos cair, bater contra uma parede, poderiam puxar-nos pelo casaco. As luzes deslumbramnos, a surpresa paralisanos. Tanto faz se somos mais altos, mais fortes e ágeis do que quem tem a arma, se queremos salvar-nos temos que aceitar o "lance". Ele tem o poder: uns centímetros de frio aço e os músculos mais treinados do mundo tornam-se manteiga. Debaixo dos músculos há uma enorme auto-estrada de veias, artérias, tendões, nervos, órgãos vitais. Questão de poucos centímetros: um rasgão ou um buraco e o jogo acaba. “Game Over”… Reagir. Repetir. Resistir. Nestas condições, é deveras difícil. O que fazer? Manter os sentidos concentrados exclusivamente em sobreviver, parar ou desviar os ataques com as melhores estratégias disponíveis, sentir o timing para bater duramente com a técnica mais adequada no momento justo, fazer o maior mal possível, adaptar-se ao acontecimento com mente e corpo, utilizar cada possível "aliado" para marcar a diferença. Para um civil, logo que se abrir um espaço útil, fugir o mais rapidamente possível. E voltar para casa para lamber as feridas. Na realidade é a nossa atitude mental que está realmente "em questão" e isso faz tudo muito difícil. Desmedidamente, com frequência, o que se faz no ginásio é simplesmente treinar a técnica, quem sabe se estática. Mas poderá isto salvar-nos?

O VÍDEO: NECESSIDADE VITAL E VIRTUDE MARCIAL "Nunca tires os olhos da mão do teu inimigo armada com o punhal…" Mestre Achille Marozzo OPERA NOVA 1536


Nova Scrimia “…uma faca não precisa de mãos doutas para provocar danos letais, mas se são mãos peritas a utilizá-la, é melhor, é mesmo muito melhor estar longe dessa situação”


A arte Marcial que praticamos, realmente não nos ensina métodos "saudáveis" ou "politicamente correctos" para desfazer o ataque de quem está armado com faca. Forjada em realidades sociais duras, a Scrimia é dura. Neste vídeo apresentamos algumas estratégias para conservar a vida contra ataques de faca aplicados frontalmente, tanto à distância como no corpo a corpo. Trata-se da sapiência prática de sete séculos, que herdamos da escola dos Mestres de armas italianos. Decidimos que é chegado o momento de manifestarmos este conhecimento. Todas as técnicas apresentadas no vídeo, apesar de serem património codificado, passaram por uma

feroz experiência prática. Algumas estratégias pela sua utilidade, fazem parte de programas operativos de agências de segurança e pessoal de serviço nos aeroportos, e têm marcado a diferença em muitas situações. Portanto, o que vão encontrar neste vídeo está perfeitamente claro. Aplicações práticas e muitas opções estratégicas e tácticas de auto-protecção vital para civis, com percussões, acções de saída, rupturas e finalizações. E estratégias de intervenção por agentes de operações especiais, relativas ao controlo com chaves, bloqueios, desarmes e neutralizações de pessoas armadas com faca.


"Nunca tires os olhos da mão do teu inimigo armada com o punhal‌" Mestre Achille Marozzo OPERA NOVA 1536


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Nova Scrimia

É um vídeo único no seu género, gravado por treze Docentes e Instrutores de Nova Scrimia: o grupo alterna momentos didácticos e explicativos com acções no interior do estúdio e em exteriores, de extremo dinamismo. Se estiverem prontos, se quiserem realmente pôr à prova a tradição das armas, a Arte da Scrimia está à vossa disposição. Depois, a vossa atitude com respeito à defesa contra faca já não será a mesma. Se estivermos em guarda, como recomenda o Mestre Fiore dei Liberi, poderemos sobreviver.






Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.








Combat Hapkido

PASSANDO EN REVISTA A BRECHA ENTRE OS GÉNEROS Pela Mestre Trina Pellegrini

Em um número recente da revista BUDO INTERNATIONAL, havia um artigo escrito por meu marido, o Grão Mestre John Pellegrini, intitulado "Enfrentar a brecha entre géneros". Observei que estava bem escrito e estou de acordo com a maior parte do que ali foi dito, mas penso que o debate acerca deste importante assunto das Artes Marciais, pode beneficiar-se com o ponto de vista de uma mulher. De facto, assim se exige. Mas quero deixar perfeitamente esclarecido, que não quero dizer que "só" uma mulher possa perceber ou tenha o direito de discutir o assunto da “mulher nas Artes Marciais ou na “Auto-defesa para mulheres”. Trata-se simplesmente de focar com a lógica e a inteligência, um problema frequentemente emotivo, carregado de mal-entendidos, de noções previamente concebidas, desconfiança e correcção política absurda.



Combat Hapkido

M

as antes de começar a expor o meu ponto de vista desta matéria, penso que os leitores bem merecem saber um pouco mais acerca de mim e das minhas capacidades neste campo, e eliminar qualquer dúvida acerca de se tenho direito a falar deste assunto, simplesmente por estar casada com uma celebridade inter nacional das artes marciais. Venho estando involucrada nas Artes Marciais desde faz 25 anos, tenho formação em Taekwondo, Tai Chi e logicamente, em Combat Hapkido. Durante anos, tenho viajado muito com o meu marido, para assistir a muitos dos seus seminários e também tenho assistido a muitos seminários realizados pelos principais especialistas de auto-defesa e por famosos mestres de Artes Marciais. Casualmente, também passei pela experiência de duas situações da vida real, nas quais fui atacada e tive que usar as minhas habilidades nas Artes Marciais, para me defender (com êxito!). Por outras palavras, tenho as minhas “dívidas pagas” e também ganhei o meu direito a falar deste assunto, com uma certa autoridade. Faz dois anos, senti que era chegado o momento de estruturar e introduzir um novo programa, para enfrentar os desafios aos que especificamente se enfrentam as mulheres. Assim, desenvolvi e lancei um novo conceito de legítima defesa "só para mulheres", denominado "TRU". O nome é um acrónimo de “Trained-Ready-Unafraid”, que se traduz como Treinada-PreparadaSem medo. Imaginei este projecto para ser mais do que um grande programa de técnicas práticas, eficazes, realistas e fáceis de


aprender para as mulheres. Afinal, há muitos Instrutores bem qualificados, com experiência (homens e mulheres) no ensino a nível mundial de cursos de auto-defesa para "mulheres". Mas eu queria ir mais além e criar uma rede segura e inteligente de recursos, aos quais as mulheres pudessem ter acesso, para encontrar respostas a problemas específicos, procurar produtos e serviços de interesse e contactar com outras mulheres que compartilham as mesmas preocupações acerca da protecção e da segurança pessoal. Resolvi que TRU tinha de ser informativo, útil, valioso e até divertido. Portanto, o programa tinha que incluir vários constituintes diferentes: 1. Um BLOG emocionante, www.unafraidwomen.com onde as mulheres encontrarão informação e recursos acerca dos produtos e serviços relativos à segurança, a protecção e o bem estar pessoal das mulheres. Também artigos, livros e seminários de assuntos como a violência doméstica, as estatísticas da delinquência, problemas médicos e legais e a segurança nas viagens. O blogo é também um fórum onde os usuários podem partilhar experiências, contactar com outras pessoas com interesses em comum, fazer perguntas e pedir assessoramento sobre situações específicas.

2. TREINO DE DEFESA PESSOAL PARA MULHERES. Obviamente, esta é a essência do que somos e o que fazemos. O sistema "TRU" se promociona no mundo todo e as mulheres de todas as idades, habilidades e posição social, estão convidadas e são incentivadas a assistirem aos nossos seminários, cursos, retiros e outros eventos, nos quais se treina a defesa pessoal. 3. CERTIDÃO DE INSTRUTORA PARA MULHERES. Esta será uma parte importante da nossa missão. Queremos criar



um grande quadro internacional, com instrutoras competentes e com experiência, qualificadas para ensinar o sistema TRU em todo o mundo. Além da recompensa pessoal de saber que o que ensinam ira reduzir a violência contra as mulheres e potencialmente não só salvará vidas, também apresentará interessantes oportunidades profissionais e de negócios Mediante a integração destes três constituintes, acredito que TRU vai ser uma força positiva, comprometida e dedicada a potenciar a mulher, a prevenção de sua vitimização e o ensino de uma defesa realista e eficaz. Mas esta discussão não estaria completa se não tratasse a objecção mais comum apresentada por muitos "especialistas" Artistas Marciais e de autodefesa, em contra dos programas como o TRU, só para mulheres. A objecção consta realmente de dois pontos diferenciados, válidos e legítimos: 1) As mulheres não "necessitam" aprender de um instrutor de sexo feminino. Sempre e quando o mestre estiver qualificado e seja competente, o género não deveria ser importante. 2) ) A formação das mulheres é mais realista em um meio misto, com companheiros de treino masculinos. Afinal, estatisticamente, as mulheres têm mais propensão a serem atacadas ou assaltadas por um homem. Como disse, os dois pontos são válidos e geralmente certos. Mas aí é onde o conhecimento único e a perspectiva muito pessoal de uma mulher, podem apresentar outros aspectos mais subtis (até "ocultos" ou tácitos) acerca deste assunto. Certamente que nem todas as mulheres "necessitam" ou querem um Instrutor do sexo feminino, mas, ao longo de muitos anos de experiência, também descobri que muitas mulheres se sentem intimidadas por um instrutor masculino. Também podem sentir que o tamanho dos homens, normalmente maior, e o seu corpo forte e musculado, são uma vantagem que faz ser mais fácil para ele, executar técnicas e derrotar os garotos da aula. Mediante a observação de uma mulher mais pequena, que executa facilmente as técnicas, uma mulher será capaz de se identificar mais facilmente com o instrutor e ACREDITAR que ela também pode aprender a defender-se. Em alguns casos, as mulheres são intimidadas por uma atitude excessivamente "machista" do instrutor ou não se sentem à vontade com um agressivo comportamento "militarista". De maneira que, por todas estas razões, mais mulheres instrutoras irão atrair mais mulheres às Artes Marciais e a se involucrarem no treino da defesa pessoal. E não esqueçamos que outro resultado positivo de atrair mais mulheres, é que algumas delas serão em futuras instrutoras e... vão trazer mais e mais mulheres! No que diz respeito aos benefícios evidentes e inegáveis do treino para mulheres com parceiros masculinos, tudo está bem e é bom para a maioria das mulheres que não padeceram um trauma emotivo e psicológico grave do passado (ou mesmo presentemente) abuso, violência física e outras


situações muito negativas, com homens involucrados. A maioria das mulheres que em algum momento foram vítimas de homens, por vezes de maneira brutal, permanecem em um estado emotivo muito frágil e delicado, durante muito tempo (muitas vezes para sempre) e até podem aparentar estarem bem e ser capazes de funcionar normalmente na sociedade, têm cicatrizes psicológicas e traumas que podem ser melhor compreendidos e adequadamente tratados por outra mulher. A dor e o medo, de repente podem ressurgir; as recordações horríveis podem ser facilmente provocadas pelo contacto físico com um parceiro de treino masculino. Esta é uma possibilidade realista e particularmente perigosa durante o treino que implica agarres no chão, estrangulamentos, abraços de urso e outras técnicas de contacto muito próximo. Por isso, eu penso que devemos de oferecer aulas, seminários e cursos "só para mulheres", para aquelas que os necessitam, ou simplesmente preferem um treino em um ambiente não ameaçante, no qual só há mulheres. Tenho a certeza de que muitos instrutores de Artes Marciais não vão estar de acordo com as opiniões que exponho neste artigo, mas por ser mulher e ter estudado este assunto durante muitos anos, podem ter a certeza que os factos estão do meu lado: há milhões de mulheres no mundo, que nunca irão pôr um pé numa academia de Artes Marciais ou em um seminário de defesa pessoal onde o instrutor seja um homem. E eu pergunto: O que tem de mau diplomar uma nova geração de instrutoras e em chegar a todas as mulheres que queiram aprender a proteger-se a si mesmas, no ambiente da sua escolha?


“O ponto vital em Taekwon-Do se define como qualquer área sensível ou frágil no corpo, vulnerável a um ataque. É essencial que o estudante de Taekwon-Do tenha um conhecimento dos diferentes pontos, para que possa empregar a ferramenta de ataque ou de bloqueio adequada. O ataque indiscriminado é condenável, por ser ineficiente e um esbanjamento de energia”. General Choi Hong Hi, ENCYCLOPEDIA OF TAEKWONDO, Volume II, pag.ª 88. Actualmente, o Taekwon-Do é uma das artes marciais mais estendidas e profissionais do mundo, (fundada em 11 de Abril de 1955, pelo General Choi Hong Hi), continua prosperando, inclusivamente após o falecimento de seu fundador, em Junho de 2002. Com o tempo, os factores desportivos foram prioritários e grandede parte dos métodos originais de auto-protecção foram ignorados ou descartados. Nos documentos escritos originais do General Choi, grande parte da atenção, a estrutura e mesmo o uso dos pontos vitais "Kupso" (ou Kyusho), assim como o desenvolvimento de armas para ter acesso a eles, foi apontado mas nunca foi totalmente ensinado. Kyusho International desenvolveu um programa para iluminar, educar, integrar e desenvolver esta inacreditável Arte Marcial, voltando aos conceitos de seu fundador. Este novo programa conta com o pleno apoio do filho do fundador, Choi Jung Hwa. O objectivo desta série é para pesquizar os padrões (Tul), que se realizam de acordo com os preceitos do fundador na "Enciclopedia do Taekwon-Do" (os 15 volumes escritos pelo General Choi Hong Hi, incluindo os "Pontos Vitais"). Através desta estrutura, o Kyusho se integrará inicialmente e de novo no Taekwon-Do. Kyusho International se sente orgulhoso por estar presente nesta tarea de colaboração monumental e histórica.

Ref.: • KYUSHO20

Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.


Kihon waza (técnicas básicas) es la parte más importante del entrenamiento de cualquier Arte Marcial. En este DVD el Maestro Sueyoshi Akeshi nos muestra diversas formas de entrenamiento de Kihon con Bokken, Katana y mano vacía. En este trabajo, se explica en mayor detalle cada técnica, para que el practicante tenga una idea más clara de cada movimiento y del modo en que el cuerpo debe corresponder al trabajo de cada Kihon. Todas las técnicas tienen como base común la ausencia de Kime (fuerza) para que el cuerpo pueda desarrollarse de acuerdo a la técnica de Battojutsu, y si bien puede parecer extraño a primera vista, todo el cuerpo debe estar relajado para conseguir una capacidad de respuesta rápida y precisa. Todas las técnicas básicas se realizan a velocidad real y son posteriormente explicadas para que el practicante pueda alcanzar un nivel adecuado. La ausencia de peso en los pies, la relajación del cuerpo, el dejar caer el centro de gravedad, son detalles muy importantes que el Maestro recalca con el fin de lograr un buen nivel técnico, y una relación directa entre la técnica base y la aplicación real.

REF.: • IAIDO7

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Cinturón Negro Andrés Mellado, 42 28015 - Madrid Telf.: 91 549 98 37 e-mail: budoshop@budointernational.com www.budointernational.com












O "Programa de Controlo Táctico Kyusho" (KTCP), foi desenhado para controlar a escalada de conflitos mediante a pesquisa legal, médica, o aspecto táctico, provas de campo y coordenação. Este programa está especialmente destinado, ainda que não exclusivamente às Forças de Ordem Público, Segurança, Emergências, Guarda Costeira, Militares, Agências Governamentais, Escoltas y Segurança pessoal. Este módulo básico se constitui de um conjunto de 12 objectivos principais integrados en 4 módulos de controlo da escalada de força. Há numerosas estruturas débeis no corpo humano que podem ser utilizadas por um Agente para simplesmente obter o controlo de um indivíduo, mais eficientes que o uso convencional da força como nos indica o protocolo. Mais alem da etapa de ordem verbal, numa situação de escalada do conflito, são estes pontos (Vitais) do Kyusho onde o agente pode fazer uso dos sistemas internos de controlo físico, como os nervos, a estrutura dos tendões e os reflexos nervosos naturais do corpo. No requer de grande força ou de um complexo controlo da motricidade ou da vista ... tudo isso sujeito ao fracasso em estados de elevada adrenalina. Esta informação está dedicada aos valentes e resistentes membros das Agências de todo o mundo ... Obrigado pelo que fazeis!

REF.: • KYUSHO 22

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REF.: • LEVI LEVI8

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REF.: • TAOWS-2


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