Cinturao Negro revista portugues 299 novembro parte 1 2015

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Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca da defesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminar do Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e o método que constitui o sistema, se ilustram sem segredos, de maneira clara, transparente e facilmente compreensível. Uma ocasião única para nos aproximarmos até o coração da defesa israelita e melhorar os nossos conhecimentos sobre a matéria. O autor é um dos grandes expoentes mundiais em defesa pessoal e conta em seu haver com experiência no âmbito militar e empresas de segurança; galardoado por várias nações, convidado a dar cursos e seminários em todo o mundo, desde o Japão aos E.E.A., a Polónia, a Espanha, Cabo Verde, Alemanha, Israel, França e Rússia, se tornou porta-voz internacional de diferentes sistemas de combate e defesa pessoal pouco conhecidos, ainda que extremamente efectivos. Morabito desenvolve uma pesquisa contínua, sem nunca parar na procura incansável de adquirir novos conhecimentos e nunca deixar de fazer perguntas. Krav Maga Israelita Survial System não é uma disciplina o um conjunto de regras rígidas, mas sim um método, um processo em evolução contínua e constante. Isto fá-lo adaptável a qualquer situação e circunstância, permeável a qualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer um estudo dos erros e da sua experiência uma oportunidade para melhorar.

REF.: • KMISS-1

Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.


“Saber e saber demonstrar, é saber duas vezes” Baltasar Gracián

A

mente é um artefacto essencialmente biológico, um conglomerado de energias e caminhos, encravado não só no cérebro, como em todo o sistema nervoso. No entanto, este órgão incrível, é o mais complexo e entrópico de todos os que formam o nosso Ser. Ele só, consome toneladas de energia e em momento algum deixa de trabalhar. Fonte da maioria dos nossos sabores e sensabores, a mente é uma enteléquia que inventa os mundos em que habitamos. Se a realidade é em si própria uma recriação dos sinais que nos proporcionam os nossos sentidos, (o que vemos não é o que é, mas sim o que a luz reflectida nos objectos estimula na nossa retina e que depois o cérebro recompõe em base aos seus próprios critérios, e assim com os outros sentidos…) o complexo processo de interpretar a mente, em base aos nossos prévios condicionamentos, é um arco-íris de possibilidades que não há “Pantone” que seja igual. Nem sequer as nossas recordações existem de verdade, são só recriações do cérebro, mediante impulsos eléctricos. A própria memória é um mito. A mente é um “interface” interessado, a ideia do que somos e do que é o mundo, está sempre desvirtuada e manipulada por sua intermediação; o mundo que resulta dela, é uma recriação; sim amigos, Matrix existe em cada um de nós. A mente trabalha sempre sobre um princípio básico e simples: catalogar tudo! Desta maneira, aquilo que a mente mais odeia, o desconhecido, é capaz de superá-lo através de processos associativos. Desta maneira, o sistema natural primário da mente, antes que lógico, como gostamos de pensar os modernos, é analógico (da raiz grega “ana”, sobre e “logos”, razão, raciocínio, conhecimento). A associação por sistemas similares e binários, parece uma resposta natural para a mente, que tem desde faz milhões de anos que resolver questões práticas a toda a velocidade. Como todo aparelho, a mente está cheia de defeitos e tem falhos estruturais enormes, mas tem sido capaz de nos trazer até aqui como espécie… Não nos podemos queixar! O problema da mente é que não se pode resolver a ela mesma. Fazer catálogos, por muito precisos que sejam, não nos permite evadir os “falhos” do sistema. À semelhança da mente, os Mestres do Século das Luzes fizeram enciclopédias, mas a acumulação de informação não nos faz sábios. Uma coisa é saber coisas e outra muito diferente compreende-las e usá-las sabiamente. Bem é verdade que deixar de ser asno é o primeiro passo para sair da ignorância, mas ela é teimosa e não nos abandona simplesmente por conhecermos mais catálogos.

“O parvo sabe mais na sua casa que o sábio em casa alheia” Miguel de Cervantes

Dizem os clássicos que realmente sabemos quando se sabe explicar aquilo que sabemos e que somos sábios quando esquecemos esse conhecimento e ele passa a formar parte de nós. Tal como o sábio, a verdadeira sapiência é económica, não entrópica, gentil, em vez de impositiva, amável e simples, sem pretensões. Por isso, devo dizer ter conhecido algumas pessoas muito inteligentes, até mesmo superdotadas, mas que estavam longe de ser sábias. Tornar-se conhecimento propriamente dito, faz a pessoa serena e amável, por isso, a sabedoria é com muita maior frequência privilégio dos idosos. Enquanto a mente comandar o processo e a “diarreia” de dados ocupar tudo, a sabedoria, tímida como um passarinho, fugirá de nós. O sábio gosta dos resumos, porque sabe que a mente é um labirinto do que não se sai nem com mapa. Quanto mais complexo é o discurso, mas fácil é o engano. Por isso, entre os sábios não é estranha a poesia, pois soma ela a beleza e o desejo do autor. Afinal, a criatividade é o golpe de graça indispensável para fazer as próprias cosas, sem ela, só há repetição, não integração. A mente é um fraude vistoso que engana ao enganador. Vemos as coisas distintamente, porque a mente está feita para sobreviver e tomar


decisões, não para compreender-se a si mesma. No nosso desejo por fazer catálogos preciosos e até precisos, nos esquecemos até de viver. E é que no sentimento se esconde o tesoiro que abre a caixa da sabedoria, mas também é ali onde se escondem as caixas dos trovões, por isso temos medo de olhar para o seu interior e logo que deixamos de ser crianças, nos tornamos seres sérios, tristes e densos. Por isso, em todo sábio verdadeiro, como em alguns idosos, a criança de novo volta à vida; daí que não haja sábio infeliz, porque ambas coisas são antitéticas. O conhecimento que não proporcionar a seu possuidor esse tesoiro, é porque ainda não foi processado adequadamente, ou simplesmente porque não é tal coisa.

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Alfredo Tucci é Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com

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Cinema Marcial


Cinema Marcial Dragon Blade Jackie Chan mantém a paz na Rota da Seda! Texto: Emilio Alpanseque Fotos: Golden Network Asia, Lionsgate Premiere SINOPSE

No Oeste da China, no ano 48 antes de Cristo, um grupo denominado “Brigada de Protecção da Rota da Seda”, às ordens do Governo Chinês, tenta acabar com os confrontos armados e fazer prevalecer a ideia da paz. Quando T ibério (Adrien Brody), o líder romano corrupto, chega à zona com um exército gigantesco, para conquistar a Rota da Seda, Huo An (Jackie Chan) e seu grupo de guerreiros treinados, entra em colisão com uma legião especial de soldados romanos desertores, liderada pelo general Lúcio (John Cusack) para manter o delicado equilíbrio do poder na região. Com a ideia de proteger o seu país e seus novos amigos, Huo An junta os guerreiros de trinta e seis grupos étnicos diferentes, entre eles chineses, ligures e turcos, para lutar contra Tibério numa fantástica batalha épica.


Cinema Marcial SOBRE ACERCA DA PRODUÇÃO Inspirada em feitos históricos e adaptada livremente, Dragon Blade é outro momento extraordinário na carreira de Jackie Chan, que protagoniza, produz e dirige a acção. Nesta magnífica produção de acção épica, Jackie se associou com a estrela de Hollywood, John Cusack e com o ganhador de um Oscar, Adrien Brody, para formar um enigmático trio de personagens. Após sete anos de realização, Dragon Blade, que foi filmada com um orçamento recorde de 65 milhões de dólares USA, nos conta a lenda do encontro de duas forças poderosas, ambientada na era da dinastia Han, da China Ocidental e do Império Romano. O conjunto internacional de personagens nos oferece uma perspectiva global de manutenção da paz e da justiça, nunca antes abordada nos filmes em Língua Chinesa. Tanto actores como equipa de produção, tiveram de viajar grandes distâncias mais de 3.200 quilómetros - desde os Hengdian World Studios no Leste, até as regiões de Dunhuang e Aksai do Oeste da China. Os 700 membros de diferentes nacionalidades, que formavam a equipa, trabalharam conjuntamente falando em mais de dez idiomas, entre eles Mandarim, Cantonês, Inglês, Coreano, Francês, Alemão e o Russo. Para filmar as cenas na região da fronteira ocidental - um lugar histórico da antiga Rota da Seda - o pessoal teve de se enfrentar ao grande desafio que era o calor do deserto, o sufocante sol e as constantes tempestades de areia. Durante as rodagens nesta zona, tiveram que suportar como mínimo, três grandes tempestades de areia várias outras de menor intensidade, por vezes com uma visibilidade limitada a 2 metros. As tempestades de areia traziam consigo aumentos repentinos do calor ambiental e a temperatura do chão, por vezes ultrapassava os 50 graus centígrados. Chegaram a perder a conta dos prejuízos que as



extremas condições climatológicas produziam nas tendas de campanha e nos equipamentos de gravação, câmaras, etc. Por outra parte, os actores tinham que resistir o calor que provocava o facto que usar pesadas armaduras, peles e agasalhos durante as filmagens, que em media eram de 14 a 15 horas por día. Jackie Chan disse que as condições eram tão insuportáveis que estavam fora do imaginável

ACERCA DOS PERSONAGENS HUO AN (Jackie Chan) é Comandante da Brigada de Protecção da Rota da Seda, o principal destino militar na dinastia chinesa Han, para proteger suas fronteiras de invasores e a Rota da Seda de problemas tribais. Fora criado pelo general Huo Qubing, que o encontrou depois de ter sido abandonado em criança, no campo de batalha. Lúcio (John Cusack) era o melhor guerreiro da sua geração, que dedicara a sua vida a servir a homem mais rico de Roma, Craso, Consul do Império Romano. Depois de Craso ser assassinado, Lúcio fugiu com o filho menor do Consul Públio, para protege-lo do assassino de seu pai. Na China, Lúcio forma uma curiosa aliança com Huo An. Tibério (Adrien Brody) é o filho mais velho de Craso, o homem mais rico de Roma. Devido a seu pai ter favorecido sempre o filho menor, Tibério envenena seu irmão Públio, para obter a herança. Quando Lúcio foge com Públio, Tibério os persegue. Huo An descobre a conspiração de Tibério e o desafia a um duelo.


Cinema Marcial


Cinema Marcial LUA FRIA (Lin Peng) é filha única do Chefe Tache da nação dos Hunos. É uma jovem extremamente competitiva que destaca nas Artes Marciais e no tiro com arco. Tendo prometido que só casaria com um homem que nisso fosse melhor do que ela, começa a albergar sentimentos por Huo An, após ter perdido frente a ele. Quando Huo An está envolvido em graves problemas, ela acode com o seu povo, para resgatá-lo.

ACERCA DO ELENCO JACKIE CHAN é um homem que não precisa de apresentação no Cinema Marcial. Habitualmente, permanecia no set de gravação depois de filmar as suas próprias cenas, para ensinar aos coprotagonistas, alguns movimentos da acção, montar tendas de campanha ou classificar o material reciclável. Também, por vezes se sentava longe do pessoal, para observar, como dizendo: "Me encanta este cenário de rodagem". Como estrela internacional, ele conhece y sabe das vantagens e desvantagens dos diferentes sistemas de filmar de todo o mundo. Chan dia estar tratando de delinear o seu próprio estilo de produções. Durante a rodagem da construção da muralha da cidade, as temperaturas eram altíssimas e o fato de Chan era especialmente pesado. Não aceitou ser dobrado para as filmagens gerais e ele insistiu em empurrar as pesadas rodas dentadas, junto de dezenas de extras. Chan foi muito importante na equipa criativo do filme, desde o conceito propriamente dito, até a construção dos acessórios a grande escala! A equipa que preparava os artigos a usar, brincava dizendo que "tinha sido ele quem fizera a maior parte do trabalho no set". John Cusack é um actor veterano que já protagonizou numerosas produções de Hollywood, mas as sequências de acção em Dragon Blade, eram completamente novas para ele. Com frequência, Cusack "desafiava" Jackie Chan fora das filmagens e os dois homens armados com espadas, se batiam em duelo durante os descansos. Chan dava



Cinema Marcial uma complicada sequência de combate, lutando contra vários homens do acampamento romano. Cusack ensaiou a cena da manhã à noite. Com vigor e perseverança e apesar de estar embebido em suor pelo calor do deserto, conseguiu realizar uma soberba actuação. ADRIEN BRODY tem uma linha de diálogo no filme, que encerra as excentricidades do seu personagem: "Gosto que as pessoas me tenham ódio. O seu ódio faz-me sentir vivo". Brody é um aclamado actor estado-unidense, que estudou interpretação desde a infância, antes de entrar na prestigiosa Academia Americana de Arte Dramático, de Nova York. Com o seu papel no “Pianista”, conseguiu um Oscar ao Melhor Actor, em 2003, tornando-o no ganhador mais jovem da categoria, até então. Brody tem sido desde jovem, um grande admirador dos filmes chineses de Artes Marciais. Guarda na memória as idas que semanalmente fazia com seu pai ao bairro chinês de Nova York, para ver fitas de Kung Fu. O equipa lhe destinou como assistente a Alfred Hsing, um membro do Equipa de Especialistas de JC, que fala Inglês, e de quem Brody aprendeu movimentos de Artes fora dele se tornaram ainda mais amigos! LIN PENG começou a sua carreira cinematográfica aparecendo no filme de Jackie Chan, “Little Big Soldier” (2010), que foi premiado por votação popular, com a "Palma de Oiro" no Festival de Cinema de Valência, em 2010, e Lin lá esteve para receber pessoalmente o prémio, junto com outros membros da equipa de Jackie Chan. Também esteve presente na entrega de prémios do “BUDO International Hall of Fame” desse mesmo ano. O filme “Dragon Blade” foi uma experiência diferente para Lin, por interpretar à poderosa guerreira Lua Fria, do povo dos hunos. Para ela, a parte mais difícil foram as sequências de acção e também expressar a coragem da sua personagem a través do olhar e a linguagem corporal. Lin comentou: "Ela realmente pode chegar a ser um assombro; é uma personagem com muita força. o seu olhar tem de ser directo, sem nunca duvidar. Deve ser perspicaz e agressiva... A sua personalidade não tem nada em comum com a minha."

ACERCA DAS CENAS DE ACÇÃO conselhos a Cusack, em truques para lançar a espada, como girar antes de lançar e assim criar uma imagem mais fria. Cusack se preparou para o seu papel fazendo treino muscular e praticando Artes Marciais com o seu treinador pessoal, o legendário Benny "The Jet" Urquidez. Neste filme, Cusack tinha

A Equipa de Especialistas de JC se encarregou das sequências de acção que se situam no centro da fita. Alguns dos membros da equipa de duplos também aparecem no elenco, incluindo Steve Yoo, que interpreta o “Puma”, braço direito de Huo An. Havia duas equipas filmando simultaneamente, com as cenas de acção da segunda equipa, dirigidas pelo coreógrafo de acção He Jun. Dado que a maioria



Cinema Marcial

dos principais membros do elenco não tinham experiência no cinema de acção, a equipa treinou os actores e delineou as sequências. Chan disse: "Prefiro fazer sequências de combate sólidas, em vez de trabalho de cabos. Actualmente há excessivos cabos no trabalho". Houve muitas cenas de formações militares e de batalhas, com um grande número de pessoas, que foram filmadas numa vasta extensão de terrenos. Enquanto que os exércitos chineses usam o "Dao" (sabre), o "Jian" (espada recta) e o arco e a balestra, também se tentou mostrar as estilizadas tácticas romanas, como a formação com os escudos, denominada "Testudo" (a tartaruga), o uso da "Pila" (lança) e do "Gladius"

(espada). Há emocionantes duelos de um contra um e uma cena em especial, onde romanos e chineses mostram sua destreza marcial, desenhada pelo próprio Chan, que é especialmente atraente e bem coreografada. Chan conseguiu fazer que seus co-protagonistas Cusack e Brody, sejam muito convincentes em todas as sequências de acção. A actriz Lin Peng foi que sofreu mais e mais sérias lesões de todo o elenco. A sua personagem usa duas armas, o chicote e o arco. Os seus dedos estavam constantemente inchados por ter de tensar o arco todos os dias, até se lhe levantou a pele do dedo indicador. Uma vez que se partiu o cabo, ela caiu desde dois metros de altura sobre o cascalho, indo cair sobre o lado


esquerdo do corpo; afortunadamente, tinha a cabeça protegida por Chan. Lin treinou com a Equipa de Especialistas de JC, durante vários meses, antes do inicio das sessões de filmagem, praticando como fazer estrelajar o chicote. Não queria magoar Chan em duas cenas com o chicote, mas também a preocupava que as chicotadas não tivessem suficiente força para serem convincentes quando vistas pela câmara.

O NOSSO COMENTÁRIO Dragon Blade é uma conquista fantástica no actual cinema mundial. Nunca esperamos ver uma fita épica romana feita pela China, mas Chan mostrou ser possível. Houve soldados romanos no Oriente? A maioria dos historiadores pensam que os dois impérios só tinham contactos indirectos, mas há vários casos conhecidos de embaixadas romanas enviadas à China, casos que foram registados por uma série de historiadores antigos, de ambos lados. Os

interessados podem indagar acerca da "Legião Perdida de Craso", 10.000 romanos que supostamente foram deslocados pelos partos, para servirem na fronteira oriental. As provas realizadas encontraram que o ADN de alguns povoadores das franjas do deserto de Gobi são em um 55% da raça caucásica, muitos deles têm olhos azuis ou verdes, nariz comprida e até cabelos loiros, o que provocou a especulação de que têm sangue romano. Mas não esperem uma lição de história neste filme, simplesmente deixem-se levar por esta comovedora narração de lealdade, de sacrifício e com emocionantes cenas de batalha. Idealmente situado para capitalizar a convergência acelerada entre las indústrias de entretenimento de Hollywood e as chinesas, e com mais de 100 filmes em seu haver, Chan continua sendo extraordinariamente dinâmico e é claro que a sua capacidade de produção não parece que possa diminuir num próximo futuro…




PRIMEIRO ENCONTRO INTERNATIONAL COM OS MESTRES DE BUDO Queridos apaixonados pelo BUDO, este evento vai ser uma ocasião única para conhecer pessoalmente Mestres de todo o mundo e para enriquecer a cultura e a fraternidade entre artes, estilos e homens. Uma grande festa de novo formato, onde compartilhar, através dos seminários, as infinitas técnicas das Artes Marciais, onde poder intercambiar opiniões e conhecer pessoalmente aquelas personalidades que escrevem e se fizeram famosas nas páginas da nossa Revista. Actualmente editada em 7 idiomas (Espanhol, Inglês, Italiano, Português, Alemão, Francês e Chinês) e que em breve o será em mais (já confirmada em Novembro a edição em língua Turca), a Revista vai apoiar com todo o seu potencial por meio das redes e contactos, a excelente iniciativa do respeitado Mestre Sifu Paolo Cangelosi. Os estudantes que irão formar parte de um grupo específico, devem contactar com seu Mestre para as reservas. Aqueles que simplesmente queiram assistir e

formar parte de tudo isso, seja nos seminários, seja no Jantar de Gala, podem fazer a inscrição directamente. Todos são bem-vindos sob a bandeira do respeito, da fraternidade marcial e da cooperação. O evento constará em duas jornadas: SÁBADO 16 E DOMINGO 17 DE ABRIL DE 2016, EM ROMA-ITÁLIA O programa será subdividido em Seminários e Noite de Gala.

Detalhes: SEMINÁRIOS: Cada mestre convidado compartilhará suas próprias técnicas; o tempo à sua disposição poderá variar, dependendo do número de mestres participantes.


HORARIO DOS SEMINÁRIOS: SÁBADO 16 DE ABRIL, DAS 10,30 às 13,30 DOMINGO 17 DE ABRIL, DAS 10,30 às 13,30 CUSTO DOS SEMINARIOS PARA OS ALUNOS: 1 DIA 30 € 2 DIAS 40 € É importante que todos os Mestres que se unirem à iniciativa do nosso evento, confirmem a sua participação e se virão sozinhos ou com seus alunos, antes do fim do mês de Novembro. Em um segundo passo, antes do dia 28 de Fevereiro, devem enviar uma lista detalhada dos seus alunos, com nomes e apelidos, com um adianto de 20 Euros por aluno. A liquidação do seminário se efectuará directamente no dia do stage.

NOITE DE GALA SÁBADO 16 de Abril, às 20,30h Aperitivo e ceia bufete. Durante a Gala serão entregues os diplomas de participação a todos os alunos. Os Mestres serão premiados com o Diploma de “Director”, do Budo Master Council, reconhecido a nível mundial e com o aval da assinatura dos mestres mais famosos do mundo. Por sua parte, todos os alunos receberão uma certidão de assistência, afirmando que fizeram parte do encontro e assinado por todos nós. Uma Photocall estará disponível o tempo todo, no mesmo lugar da Gala, onde se farão fotografias com todos os membros da direcção, amigos, estudantes, etc… Testemunhos fotográficos aparecerão na Revista Cinturão Negro e Budo International, que já nessa altura será traduzida a 10 idiomas, com um artigo extraordinário que tratará amplamente todo o evento e seus participantes, destacando a presença de cada Mestre.


Todos os Mestres, conforme forem confirmando a sua assistência à Gala, serão também incluídos nas páginas publicitárias do evento, tanto na Revista como em toda a nossa network. Alguns exemplos desta publicidade estão inseridos no final deste documento, mostrando alguns dos Mestres cuja assistência já foi confirmada e que hão-de vir de todas as partes do Mundo. CUSTO DA NOITE DA CEIA DE GALA 80 € Dado que o objectivo do encontro não é pecuniário, mas sim cultivar a amizade e a cooperação, foi estabelecido um preço muito acessível. Para a reserva da noite de GALA, cada mestre deve mandar uma lista com o nome e apelidos e uma quota de 80€ por cada convidado, antes do dia 28 de Fevereiro de 2016. Os participantes que vierem pela sua conta, poderão fazer a sua inscrição directamente. Considerando a grande participação a nível mundial, aconselhamos não demorar em mandar as listas, posto que o número de reservas é limitado.

PARA O PAGAMENTO DAS QUOTAS DE RESERVA: BANCO POPOLARE GENOVA AG.3 IBAN: IT90 X050 3401 4030 0000 0000 824 SWIFT: BAPPIT21Q60 PARA AS LISTAS DE RESERVA DOS STAGES E DA NOITE DE GALA, MANDAR TUDO PARA: budo.masters1@gmail.com

OS SEMINÁRIOS E A NOITE DE GALA SERÃO REALIZADOS NO: CENTRO SPORTIVO FONTE MERAVIGLIOSA VIA ROBERTO FERRUZZI 110/112 (ZONA EUR) ROMA – ITALIA (AMPLO ESTACIONAMENTO GRATUITO)


HOTEL Para a per noita em Roma, nos juntaremos em convenção no: HOTEL SHANGRI A CORSETTI VIALE ALGERIA 141 00144 ROMA (ZONA EUR) ITALY TEL. +39 06 5916441 FAX. +39 06 5413813 email: info@shangrilacorsetti.it CUSTE DAS HABITAÇÕES: SIMPLES 60€€ DUPLA 85€€ PEQUENO ALMOÇO INCLUIDO Para fazer a reserva, contactar directamente com o hotel, identificando-se como participante na convenção, usando a contra-senha: BUDO MASTERS.

Reservamos um número limitado de quartos; se aconselha fazer a reserva antes do dia 15 de Março de 2016 (queremos avisar que para aqueles que chegarem tarde demais, não será fácil encontrar alojamento em Roma, posto se festejar o ano Jubilar). Para todos aqueles que se alojarem no Hotel Corsetti, vai haver à sua disposição um autocarro pullman para transportar as pessoas do nosso grupo “Budo Masters”, até o lugar dos seminários e na noite de Gala. O nosso director Alfredo Tucci, teve a gentileza de pôr à disposição da organização, a través de seu e-mail pessoal budo@budointernational.com, para que todos os amigos não italianos que tiverem alguma pergunta acerca do evento e não quis deixar passar a ocasião de nos dedicar umas palavras: “Queridos irmãos no Budo, é um prazer para mim, apoiar a grande ideia do Mestre Cangelosi. Muitos já conhecem os participantes deste encontro através das nossas páginas e do seu extraordinário trabalho como Instrutores e Mestres. Agora vão poder conhecê-los pessoalmente, formando parte de um evento único em seu género, fotografar-se com eles e ter ocasião de aprender com os melhores, levando depois para casa,


uma grande experiência como Artistas marciais e como pessoas, junto a um diploma assinado por todos os mestres, que de certeza vai presidir a vossa história pessoal como budokas. A minha avó dizia que “Todo se contagia, menos a beleza…” Venham então e formam parte da grandeza! Alfredo Tucci Director de Budo International Publishing Co. Exemplos das certidões que serão entregues e sobre as quais estamos trabalhando. Logicamente, os respectivos nomes serão inscritos quando confirmarem a sua assistência. A primeira é a certificação para alunos e a segunda a dos Mestres.














José Manuel Reyes Pérez, 7ºDan de Hapkido pela World Hapkido Federation (WHF), membro da Junta Directiva da WHF, Director Internacional para a Europa Ocidental e Presidente da Federação Espanhola de Hapkido (FEH), nos apresenta no eu primeiro DVD, um completo tratado acerca das técnicas que fazem grande esta Arte Marcial tradicional Coreana, mediante o legado que lhe transmitiu directamente o Grão Mestre Kwang Sik Myung, 10ºDan de Hapkido. O Hapkido é a Arte da Defesa Pessoal Dinâmica por excelência, onde se conjugam velocidade e fluidez, junto com a preparação física, a técnica, a respiração, a meditação e o cultivo da energia interna. Uma arte que contempla uma grande variedade de técnicas com e sem armas, combina defesas e ataques, entre as quais se incluem técnicas de perna, joelho, punho, cotovelo, projecções, estrangulamentos e acima de tudo, as técnicas de luxação. Neste trabalho, o Mestre Reyes nos mostra os exercícios de respiração Danjon Hop, os ataques com o braço Gonkiok Sul, as técnicas de perna duplas e triplas Jok Sul, a defesa pessoal Ho Shin Sul, as técnicas de ataque e defesa com pau curto Dan Bong e a defesa contra faca. Um completo trabalho sobre uma Arte, o Hapkido, o caminho para harmonizar a energia, cuja prática ajuda a melhorar em grande medida, a nossa saúde, tanto física como mental, proporcionando ao praticante vitalidade, energia, autoconfiança, carácter e personalidade.

REF.: • DVD/FEH-1

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Avi Nardia


Tokku, em Japonês: “O Verdadeiro Jutsu” Tokku, no Budo Japonês significa vencer com honra e integridade. Uma vitória é só para nós próprios, posto que mais ninguém poderá vê-la, mas nós sempre vamos saber que pode ocultar a verdade. No Zen se diz que não se podem ocultar três coisas: a Lua, o Sol e a Verdade. A verdade é que os seres humanos sempre escondam a Verdade. Todos os líderes o fazem todos os dias, os amigos o fazem, os pais fazem-no com seus filhos. A verdade acaba por sair, mas pode ser muito depois da vitória. Em alguns atletas olímpicos vemos desportistas que mentem, que enganam e fingem para mostrar uma vitória, mas a verdade encontrará uma maneira de sair e mostrar-se como faz o meio-dia e o Sol.

Texto e Fotos: Avi Nardia /Tim Boehlert

H

á duas palavras japonesas que descrevem isto: 'tatemae': a máscara que apresentamos - o falso “nós” e “Honne”, a verdade - como somos realmente! Os Samurais que seguem o código da honra, como poderiam eles usar o mesmo, sem faltarem ao respeito a si mesmos e morrer como perdedores, por um falso troféu? Aqui é onde o verdadeiro Jutsu joga um papel no "go", o CÓDIGO. Podemos ocultar a verdade para vencer, mas não podemos ganhar 'Tokku', que significa o respeito por nós mesmos, posto que sabemos que


Avi Nardia

mentimos e ocultamos a verdade para vencer e por isso, morreremos como perdedores! Nos filmes de Samurais vemos como morrem pela espada de outro samurai e agradecem a morte honrosa, pois com a morte Tokku levam a sua integridade para o túmulo. É melhor perder com honra que vencer mas perder o Tokku. Para os ocidentais, isto é difícil de compreender, posto que para nós, para termos uma vitória na vida, significa fazer qualquer coisa para ganhar, mas o caminho do Samurai é a Arte da Morte. O Samurai tem de estar pronto a morrer todos os dias e morrer sem respeito e honra é a perda mais vergonhosa na vida. O Samurai pediria morrer com honra com o seppuku, com a sua faca, assim alcançaria o Tokku, com uma morte honrosa. Por isto, o código obriga os budokas a viverem pelo código da honra e o Tokku, a integridade do verdadeiro Jutsu, como um dos seus princípios. No Kapap ensinamos a manter o Código do Budo. No modo de vida ocidental se quebra qualquer código e mentir e viver de acordo com essa mentira é muito comum e quando essa vitória significa dinheiro e quanto mais dinheiro melhor, chega a ter o preço da amizade! Fazer trapaças e perder o Tokku - a verdade que conhecemos interiormente - significa a perda da nossa integridade. Por isso ensino que os princípios da vida são mais importantes que qualquer técnica. Manter a integridade de um nome é difícil de ensinar e por isso, acima de tudo ensinamos princípios, por cima das técnicas. "Só há cinco notas musicais, no entanto, as combinações destas cinco notas dão lugar a mais melodias das que podemos escutar. Só há cinco cores primárias (azul, amarelo, vermelho, branco e preto) mas combinados produzem mais matizes dos que podemos ver. Só há cinco sabores principais (amargo, azedo, salgado, doce e agridoce), no entanto, as combinações deles, produzem mais sabores dos que podemos provar…” Sun Tzu, do seu livro “A Arte da Guerra”


Não são mais de cinco os princípios no Kapap moderno (empurrar e puxar, equilibrar o deslocamento, a posição alta e baixa, a posição relativa dos pontos de contacto), mas as suas combinações produzem mais técnicas das que jamais tenhamos podido ver! Uno destes princípios é o mais comum em todas as Artes Marciais, está feito pelo homem, mas para sermos chamados humanos, primeiro temos que seguir o Código. Ensinar só técnicas e construir um corpo forte, mas deixar mente e espírito débeis, nunca nos permitirá alcançar o Tokku.

O pensamento controla a mão. O coração controla o pensamento. A alma controla o coração e só então se pode viver mediante o BUSHIDO. Na esgrima e no Kendo - como o meu bom amigo Moisés Becerra diz no seu livro “O Caminho do Bushido” - a derrota do oponente não deve obter-se sem piedade, submetendo-o por acções de engano ou sentindo ira contra ele. Vencer utilizando estas coisas, só criará sentimentos de ira, vingança e infelicidade. Mas quando se vence mediante a verdadeira virtude (Toku) se obtém realmente a vitória. O

nosso oponente agradecer-nos-á ser derrotado, por que assim e afinal, teremos o respeito do oponente por estas qualidades que mostramos no confronto. "Espada e mente (alma) são UMA. Se a mente é correcta, a espada é correcta. Se a mente não é correcta, a espada também não pode ser correcta. A pessoa que desejar estudar a espada, deve primeiro estudar a sua mente" Shimada Toranosuke



O Mestre Shaolin Shi Yanti é monge da 34ª geração do Templo Shaolin de Songshan e discípulo directo do Venerável Abade Shi Yong Xin. Neste primeiro trabalho para Budo International, ele nos apresenta Luohan Shibashou, uma das formas básicas de mão nua mais antigas e representativas do Templo Shaolin. Segundo o livro “Shaolin Quan Pu”, na Dinastia Sui, os monges guerreiros de Shaolin desenvolveram uma série de movimentos simples, escolhidos de acordo com as “18 Estátuas de Luohan”, daquí o nome de Luohan Shi Ba Shou (18 mãos de Luohan). O estilo deste Taolu é especial e em seus movimentos contínuos, se apreciam nitidamente combinações de movimentos reais e irreais, de defesa e contraataque, e grande variedade de movimentos ocultos. As principais técnicas de mão neste Taolu, são as de palma e sua aprendizagem exige uma muito boa agilidade e coordenação, assim como o domínio das posições Xubu, Dingbu, Gongbu e Mabu, e suas características.

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WT Universe

O WTU (Wing Tsun Universo) é uma organização, para o desenvolvimento harmonioso do potencial humano. Para este trabalho, usamos: Centro movimento: WTU Wing Tsun (inclusive WTU Guild e WTU Health) Centro pensando: Centro Pensando: cursos da Wing Tsun Universidade Centro sentindo: WTU AMA (Artes e Artes Marciais) Lemas do WTU - O Divisas são sobre algo como instruções para o uso das ferramentas. - Temos Os lemas razão para cada Movimentos de solo etc. Movimentos -Solo (formulários) são um pouco como fórmulas, da qual deriva utilizando o mote para nós.


Nesta coluna curta tratamos 3 lemas organização WTU: Nós mover as pessoas! Nós mover as pessoas. Isto significa, entre outras coisas, nós trazemos padrões enraizados na ação, em movimento, pensando e sentindo novo em movimento. Nós ajudamos condicionamentos, quebrar marcas. A maioria das pessoas querem mudar, melhorar, são livres, mas você deve usar os padrões que eles sempre usaram e não está trabalhando. As pessoas certas no momento certo, no lugar certo Para gerar eficácia exige estes 3 meios básicos. Também poderia ser chamado tempo curto. É este lema distingue os grupos coletivos normais de comunidades eficazes. E não em seu impacto, mas em termos de eficácia do desenvolvimento de seus membros. Necessidade cria órgãos É preciso uma massa "alimento" crítica para que um desenvolvimento, implantação, o aprendizado ocorre. Só quando eu aumentar a necessidade, eu começo a desenvolver a estrutura, que então se abre para mim a sua função. E essa função, em seguida, me abre as potencialidades inerentes. Salve!


WT Universe

“Nesta coluna curta tratamos 3 lemas organização WTU:” Para gerar eficácia exige estes 3 meios básicos. Também poderia ser chamado tempo curto. É este lema distingue os grupos coletivos normais de comunidades eficazes. E não em seu impacto, mas em termos de eficácia do desenvolvimento de seus membros.












Estudo das ondas cerebrais Anteriormente, na Fundação Kyusho Internacional nos dedicamos incansavelmente a demonstrar que o Kyusho não só é autêntico, como também afecta ao corpo de uma maneira que deve ser tratada pela Medicina moder na e a Ciência tecnológica. Também estudamos os efeitos internos de uma acção Kyusho, assim como a influência e o reflexo exacto criado no momento da dita acção. Inicialmente, este estudo era para a sua aplicação marcial, mas rapidamente foi ampliado para a cura, a saúde e aspectos de carácter íntimo. No ano 2.000, a Dra. Diane Stoler, ofereceu ao fundador do Kyusho International, Evan Pantazi, medir as ondas cerebrais durante as aplicações do Kyusho. Estava particularmente interessada no potencial K.O. e suas correlações e efeitos no corpo humano. Várias destas provas foram realizadas em várias configurações, com um só indutor e variando os destinatários, para manter mais de um estímulo constante sobre os diferentes destinatários. Este processo foi gravado em vivo e desvelou não só a função do cérebro, como também o efeito de estímulo nele induzido. Com o equipamento e a tecnologia da época, só podiam ser medidos e registados os níveis de actividade das ondas cerebrais, (Alfa, Beta, Teta, Gama e Delta). O que se observou durante as provas foi a réplica ou duplicação dos indutores e os destinatários de ondas cerebrais durante a acção (K.O.). Se observou este reflexo durante todas as provas e com todos os participantes. Alguns dos resultados foram como se esperavam, como picos ou diminuições da função da onda cerebral durante um sucesso, mas outros foram bastante surpreendentes e suscitaram muitas perguntas e foi possível descobrir correlações. Da informação e dos métodos do Kyusho (alguns aprenderam e alguns outros os experimentaram), a Dra.Stoler chegou a levar à prática vários deles e por isso foi muito aclamada, por ajudar os afectados por uma lesão cerebral traumática, ou por um síndrome de estresse após o trauma (TEPT) ou uma comoção cerebral. Com os grandes avances na tecnologia, os métodos e a compreensão, os estudos mostraram, mais uma vez, muitas e contínuas novas descobertas surpreendentes e profundas, que suscitaram ainda mais ideias e perguntas. Por isso retornamos de novo, com um equipamento mais avançado e mais médicos e cientistas presentes. Desta vez, com a ajuda das tecnologias da BrainMaster inc., criadores do software do mapa cerebral

Avatar 3D Neurofeedback. Em conjunto com a doutora Diane Stoler, autora de "Tratar com lesões cerebrais traumáticas" e "Transtornos após a comoção cerebral", Kyusho International estudou a ligação interna do cérebro, afectada pela aplicação de técnicas de Kyusho. A equipa, agora não só media as ondas cerebrais, como também o fazia em três dimensões. Se observaram as intensidades e registos tal e como aconteciam, de maneira que não só foi gravado o que era afectado, como também onde, em quais níveis e com que padrões. Isto foi um salto qualitativo das anteriores sessões e da compilação da informação. A observação directa adicional das transmissões individuais do cérebro, podiam ser s e registadas tal como aconteciam: o que se dispara, o que por sua vez se desencadeia nos padrões resultantes, a velocidade, as direcções e intensidades, tudo isso agora eram observado. Como exemplo, quando se produz um sucesso, foi possível observar os efeitos sobre o cérebro, a intensidade, as afecções sucessivas e o que provocaram, e se observaram padrões, como as manifestações exteriores no receptor e no indutor. Algumas destas provas incluíram batimentos, manipulações, sons e até aplicações energéticas para gravar em tempo real, três mapas tridimensionais da activação neurológica, tanto do indutor como do destinatário, para sua medição integral. Ambos envolvidos nas provas, profissionais do Kyusho, tinham décadas de experiência para reduzir erros e aumentar a diversidade, assim como a precisão nas aplicações experimentadas. Evan Pantazi (fundador de Kyusho International) e Gary Rooks (Director de Investigação de Kyusho International), foram os dois aplicadores e destinatários desta nova prova. Ao processo também aderiram voluntários, depois de ter concluído a prova inicial. Também se aplicou o estímulo, a recuperação, a restauração e o reequilíbrio dos destinatários (e indutores) e estes foram observados e registados durante cada evento, de maneira simultânea. Com isto se obteve um maior conhecimento da diversidade e das relações correlativas do Kyusho, no ser humano. Apesar de ainda ser muito cedo para no processo de avaliação confirmar ou negar os resultados, foram feitas algumas observações. 1. Em primeiro lugar, isto não é hipnose. 2. Sim, é possível deter um órgão. 3. O Som afecta ao acontecimento. 4. Os resultados prévios das ondas cerebrais, foram comparados.



Alguns dos KOs Kyusho que realizamos, esclareceram algumas coisas acerca das técnicas do mesmo. Algumas causam uma rápida queda da pressão arterial (como se esperava e agora se verificou), os receptores sofreram uma paragem respiratória e durante uns dois segundos, o seu coração chegou a parar… Sím! - exclamou a doutora! Esta é uma diferença importante nos milhares de pessoas que ensinam Kyusho, mas a maioria do Kyusho é superficial e nós gostamos de avançar mais, para sabermos que podemos parar certas funções fisiológicas, órgãos, etc., tal como mostram antigos documentos escritos e pergaminhos. Não nos limitamos a falar acerca do que seja possível, nós o realizamos!... Esta é a experiencia, não é teoria... É a nossa missão pessoal. Claro está que nem é preciso dizer que todos sobreviveram, posto que não trabalhamos imprudentemente e sabemos as ramificações, o que é afectado, a maneira de recuperar o que se fez e o controlo para ir agravando cada incidente, até chegarmos a esse ponto de não retorno. Esta é só uma pequena parte do que de novo se observou e ainda foi avaliado a fundo. É claro que necessitaremos tempo e provas adicionais para determinar mais


coisas. O que já foi discutido, será experimentado antes de ser dado a conhecer um comunicado mais oficial dos resultados. O que é evidente, é o facto de que, apesar da ciência poder observar o fenómeno e as acções, medir e fazer mapas destas acções – pode acabar com o mito e a dúvida existente. Isto é de suma importância, visto deixar-nos mais perto de podermos provar que as declarações existentes nos documentos antigos, não só são possíveis como também são uma realidade. Esta não é a nossa única metodologia para a verificação das realidades do Kyusho; estamos realizando vários estudos médicos e científicos e uma investigação simultânea e contínua. Também temos muitos Agentes da lei, Militares, Corpos de Segurança e civis (indivíduos, agentes e agências) em todo o mundo do Kyusho, trabalhando com grande êxito. Alguns são tão simples como os métodos de controlo, e outros são mais úteis em situações do tipo de sobrevivência. Trata-se de provas de campo a nível internacional, com milhares de participantes. Os dias da incredulidade acerca do Kyusho acabaram e agora só se encontram instrutores que ensinam o verdadeiro Kyusho e não os truques do Dojo… Continuem atentos a Cinturão Negro - Budo International, para ver como vamos informando acerca das provas e resultados futuros... Nos movimentamos para o futuro com o Kyusho e não só nos apoiamos no passado. Venham connosco… Estamos viajando rumo à vida, conforme vamos descobrindo os seus segredos!




Todo Artista Marcial devia de participar em uma competição

Texto: Andreas Hoffmann, Christoph Fuß Fotos: Andreas Hoffmann, Budo International

Sou da opinião de que todo Artista Mar cial que se preze, devia participar numa competição, posto ser esta a única maneira de poder obter como Artistas Marciais, certas experiências importantes. Como inspiração para todos nós, servem estas palavras do famoso Bruce Lee: "Se alguém quiser aprender a nadar, que salte para a água. Em terra firme, jamais vai ter a ajuda de um estado de ânimo!"

As nossas escolas de Artes Marciais são em sua maior parte, visitadas por gente decente, que nunca na sua vida se meteu em brigas. Assim sendo, então como havemos de lhes proporcionar uma compreensão globalizada das Artes Marciais, se nunca tiveram qualquer sensação de combater? Isto se aplica também a Mestres que nunca tiveram uma experiência deste género. É como se a "natação" se ensinasse assim, sem o estudante realmente entrar em contacto com a água. A prática se reduz à terra firme, pouco mais além da pura teoria, mas é um facto que frequentemente passa desapercebido, que as verdadeiras Artes Marciais devem capacitar o profissional em áreas muito diversificadas. Como uma questão de rotina, todos somos conscientes de que, como Artistas



Marciais, temos de aprender as ferramentas da luta, tais como pontapés, socos, agarres e derribamentos, como assim também a sua aplicação em todas as distâncias de combate, tanto em pé como no chão. Da mesma maneira se compreende a necessidade de desenvolver a coordenação e a intuição, para controlar com segurança um oponente que se resiste e que afinal utiliza técnicas similares. No entanto, a participação numa competição, assim como uma preparação minuciosa para a autodefesa real, requerem de muito mais. Durante a preparação, para começar, o praticante tem de se resolver por um determinado género de competição. Tem de continuar sendo disciplinado e treinar vigorosamente durante meses, para poder alcançar seu máximo rendimento nesse dia. Tem de vigiar a sua nutrição, poderia ter de modificar o seu peso e por regra geral, tem de fazer uma dieta mais saudável, para poder treinar mais e com mais intensidade. Para compensar esse treino duro, é indispensável a recuperação adequada. Portanto, é necessário desenvolver estratégias para eliminar o estresse, incluindo também as

práticas de compensação com estiramentos, em resistência e exercícios de respiração. Por uma boa razão, estes sempre têm desempenhado um papel importante nas Artes Marciais tradicionalmente estabelecidas. Psicologicamente, o competidor tem de desenvolver estratégias para desenvolver seu entusiasmo e motivarse, por exemplo, tendo em seu redor pessoas que o inspirem, lendo livros, escutando boa música, etc. É um processo muito importante e muito bom - além da própria preparação para a competição - para descobrir o que o inspira e ajuda em momentos em que poderia ter problemas com as lesões ou com as dúvidas, oferecendo-lhe a possibilidade de se decidir conscientemente a seguir a sua inspiração a cada novo dia. No Kung Fu, isto se compara com uma Flor do Loto em direcção ascendente para a luz, uma flor que cresce fora do lodo que constitui a base para o seu crescimento. O competidor também tem de aprender a aceitar e transformar as suas debilidades, utilizando-as para a própria evolução. Consequentemente, o competidor e o

seu Mestre têm de conhecer suas fortalezas e debilidades. Também têm de adaptar a sua Arte Marcial ao conjunto de regras específicas, de uma maneira similar a qualquer situação realista de combate. À semelhança do principio de proporcionalidade em defesa própria, requer da adaptação adequada às circunstâncias imperantes. O treino comum oferece possibilidades muito limitadas para adquirir esta capacidade de adaptação aos conjuntos de regras e circunstâncias específicas, enquanto que ao mesmo tempo se utilizam da melhor maneira possível, os reflexos adquiridos através do treino das Artes Marciais. O dia da competição será evidente se aprendeu a lidar com os nervos. Por outra parte, o estado anímico dos participantes também se dará a conhecer nos torneios, em um grau maior ou menor. Com frequência vemos competidores e Mestres que são incapazes de se controlarem a sí próprios, gritando aos árbitros o falando com desprezo dos seus opositores. No entanto, é exactamente disto do que trata a competição: de comportar-se com respeito, valentia e inclusivamente com amabilidade, apesar da tensão e da


Kung Fu emoção. Exactamente essa é a essência do caminho que queremos seguir como Artistas Marciais, independentemente do estilo, seja ele Wu Te, Mo Duk, ou Bushido. Em tais circunstâncias, as capacidades reais de combate dos competidores, também se fazem rapidamente evidentes. A maioria dos participantes numa competição, estão bem treinados, têm talento e se requer de um nível muito importante de habilidade, para se sair vitorioso. À vista de tais condições extremas, serão realmente capazes de suportar e controlar um oponente que está realmente preparado para uma luta, e finalmente derrotá-lo de uma maneira também controlada, de acordo com as regras? Uma competição revela se a sua própria Arte Marcial o preparou adequadamente para a luta, ou se tudo são castelos no ar! Alguns lutadores querem iludir esta prova, mas entretanto, pretendem ser capazes de lutar em combates sem regras, posto que por regra geral, se baseariam nas mesmas técnicas que são proibidas em torneios, como meter os dedos nos olhos ou puxar do cabelo. Especialmente no Kung Fu, mas também em estilos de defesa pessoal, há montes "sonhadores" que acreditam firmemente que o seu particular estilo é o melhor e o mais eficaz, sem ter demonstrado tal afirmação numa competição. Um Artista Marcial principiante,



Kung Fu



Kung Fu poderia ser facilmente convencido disso, mas a realidade muitas vezes lhes mostra que estão enganados. Só em um torneio ou em um combate real, se mostra quem é capaz de se manter psiquicamente firme e quem adquiriu as habilidades físicas necessárias. Até mesmo só dois minutos de competição ou de defesa pessoal realista, requerem de grande condição e resistência. Tenho visto muitos participantes em torneios que nem sequer chegam a fazer uma volta, porque carecem de condição física ou estão demasiadamente tensos o psiquicamente débeis. Outra experiência importante é a de vencer e também a de perder. Ninguém que participe nos torneios pode vencer sempre, também vai em algum momento, a menos que só se enfrentar a oponentes débeis. É bom analisar exactamente porque se vence ou se perde, assim como o que nos permite melhorar selectivamente e adaptar o treino em consequência. A experiência de vencer e perder ajuda o competidor a permanecer humilde e ter uma mentalidade aberta, para aprender alguma coisa nova a cada vez. Por outro lado, para permanecer seguro de si mesmo mediante a realização das próprias habilidades e saber que todos os outros também têm de enfrentar os mesmos problemas. Em Hong Kong também era uma prática comum organizar torneios e competições para os estudantes, no pátio traseiro das casas oi nas açoteias, pelo que foram chamadas lutas na açoteia. Tive de disputar uma dúzia destas lutas na açoteia. Para a família do Weng Chun em Hong Kong e para mim, como jovem era uma grande honra que os meus Mestres me escolhessem para representar o Weng Chun. Todos os torneios seguiam o mesmo decorrer da acção. Combinávamos encontro com uma escola de Kung Fu, em um pátio das traseiras ou numa açoteia alta, para estabelecer as regras. Geralmente, também tínhamos perto um médico. Depois, a luta começava e durava até um dos contendentes se render, ou até serem separados pelos Mestres. Depois, normalmente íamos jantar juntos e falávamos das experiências. Também existia um pacto de não se falar no resultado dos combates e não abusar deles para a publicidade. Dessa maneira, cheguei a conhecer muitos estilos, lutando contra oponentes fortes. O último Grão Mestre chinês, Wai Yan, também organizou muitos torneios na Dai Duk Lan, a sua academia de Kung Fu. Todo géneros de competições são boas. Nas nossas escolas, oferecemos Weng tradicional, Chun Kung Fu chinês, Tai Chi Chuan, Bagua e Brazilian Jiu Jitsu. Há diferentes tipos de competições para apoiar todos na evolução das suas Artes Marciais e interiorizar-nos da forma de vida de um Artista Marcial. No que respeita ao Kung Fu, cooperamos com o “Traditioneller Kung Fu Verband Deutschland” ("Federação Alemã de Kung Fu Tradicional") e em relação com o Brazilian Jiu Jitsu, principalmente com a IBJJF, posto que estas duas federações, na nossa opinião oferecem os eventos mais organizados, com os melhores conjuntos de regras e os melhores árbitros qualificados. Com o Kung Fu se pode participar em competições de contacto total e de semi-contacto, empurrão de mãos, Chisao

e formas. Com o Brazilian Jiu Jitsu se pode competir com ou sem quimono ou Gi. A classe “Premium” para todos os desportos de contacto, é o Freefight, obrigando-nos a cobrir todos os aspectos das Artes Marciais: pontapés, socos, derribamentos, manipulação de articulações, estrangulamentos, luta no chão. Isto implica que o lutador de Kung Fu tem de aprender a luta no solo e o lutador de solo tem que aprender a lidar também com socos e pontapés. Dentro da Associação Internacional de Chun Weng, incentivamos os nossos estudantes a participarem em competições e os apoiamos nas mesmas. Por isto temos sido capazes de alcançar muitos êxitos a nível nacional e internacional.








Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de sus conocimientos, también claro está de una trayectoria y en mi humilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter. Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas, muchos años después de aquel primer encuentro, porque reúne todas estas cualidades. Gozoso reencuentro debo añadir, pues lo fue. Corto pero sabroso y suficiente para comprender como todo lo que uno había esbozado hace años, en aquella primera ocasión estaba ahí, maduro, firme y gentil a la vez. La razón de su viaje: Un nuevo video que verá la luz en breve. Una mañana de trabajo impecable, una grabación fluida y agradable, para un video que a buen seguro, hará las delicias de todos los amantes de las Artes filipinas. El Latosa Escrima, un estilo que un Maestro amigo de Wing Tsun definió con elógios como “anti espectacular”, donde la eficacia campa a sus anchas, marcando la diferencia. Contamos con la inestimable asistencia de su alumno Sifu Markus Goettel, al que agradecemos su gentileza y ayuda.

REF.: • LAT-3

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Analisamos as vinte regras de Ouro do fundador do Karate Do

Gichin Funakoshi foi não só o fundador do Karate-do, o seu sistematizador, como também soube imbuir esta Arte com o seu próprio sentido da vida. Como é sabido, as técnicas e os rudimentos do Karate-do já existiam aquando da sua organização num todo coerente por Funakoshi; foram a visão e o compromisso pessoal do seu carácter que conseguiram dar força e sentido global a um estilo que se consagrou como uma das referências das Artes Marciais em todo o Planeta. Por esta razão, conhecer a fundo o conceito do Karaté de Funakoshi não é um esforço à toa. É certo que hoje em dia, os estudantes de Karaté pouco sabem acerca das fórmulas originárias da sua Arte; para alguns, talvez resulte até anacrónica, a pretensão de ressuscitar os ditados primordiais do Mestre deste artigo, mas quem não conhece o seu passado, mal poderá enfrentar o seu futuro.



Analisamos as vinte regras de Ouro do fundador do Karate Do

Funakoshi foi um homem com uma personalidade muito especial. Para nos aproximarmos do Funakoshi indivíduo, da sua personalidade, nada melhor que ler a sua autobiografia: “Karate-do, o meu Caminho”, por fortuna, livro traduzido para quase todos os idiomas. Nele encontramos um homem simples, não um intelectual. Um homem com uma moral justiceira e definida, com uns princípios que definem uma forte base da qual nasce um carácter forte e leal às suas convicções. Sem dúvida, não deve ter sido fácil lidar com ele em vida, no entanto, era uma dessas personalidades magnéticas, um líder nato, que soube transmitir em sua volta a sua mensagem, através de uma forte impressão. E apesar de a Arte que ele definiu, pouco se parecer nas suas formas e princípios ao que hoje em dia conhecemos como Karaté, dificilmente a sua evolução teria sido possível sem um ponto de partida firme e forte, como o que o Mestre soube imprimir à via da mão nua. É essencial compreender um dos seus legados principais, compilados no seu Dojo Kun; vinte princípios que definem a fórmula de base e de atitude que devem presidir a prática da Arte, para o estudante poder alcançar a excelência. Antigamente, estes princípios eram recitados em voz alta antes de cada aula, uma prática perdida inclusivamente nos dojos mais tradicionais. Recitados como uma ladainha, os estudantes conheciam-nos de memória, e mesmo sem os perceber, ao longo da sua aprendizagem, paulatinamente iam integrando o seu sentido e a sua razão de Ser. O artigo que hoje publicamos, tenta penetrar no sentido e nas razões ocultas destes vinte pontos, para facilitar aos mais jovens uma compreensão mais profunda e completa das origens essenciais da sua Arte marcial, e para recordar aos mais velhos, tanto em idade como em experiência, a procedência, os fundamentos da nossa tradição Marcial. Funakoshi, homem de poucas palavras e de menos explicações, defendia a ideia de que aquilo que se aprende com o próprio corpo nunca se esquece, enquanto que o que se aprende com a cabeça é fácil de esquecer. Isto é absolutamente certo, mas sem dúvida, o Mestre não podia nem chegar a imaginar que nos anos que haviam de vir, a cabeça acabaria por servir em demasiados casos, para pouco mais que para pôr um chapéu. Por isso, sem rebater o fundador, entendemos essencial aprofundar nas essências do Karaté, analisando um a um os pontos e o seu significado, uma herança plena de valor agora e sempre, mais um presente do fundador, ao qual os Karatekas sempre devem respeito e gratidão.



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1. O Karate-do começa e finaliza com o cumprimento A gentileza e o respeito demonstram-se e adquirem-se também com a sua prática. Cumprimentar é recordar ao nosso corpo que deve obedecer a uns critérios nos quais o respeito deve submeter outros impulsos que, sem dúvida, se activam na prática (agressividade, medo, entre

outros). Submeter-se é uma das tarefas do Artista Marcial. Para além da cortesia, o cumprimento Oriental inclinando a cabeça, possui um sentido simbólico e até energético pouco difundido ou o que vai dar ao mesmo, muito esquecido. Inclinando a cabeça, tanto em posição Seiza como estando em pé, unificamos os princípios de


Karate-do Céu e Terra. Os princípios e as suas energias que penetram o nosso corpo através da coluna vertebral (cocuruto e genitais) como duas serpentes de força. Uma vez em Seiza, as mãos devem unir-se ao mesmo tempo (não uma primeiro e outra depois), deixando um triângulo formado entre os dedos polegares e indicadores das mãos, entre os quais se deve de situar a testa. A cortesia significa contenção para redirigir os instintos, a sua repetição resulta sempre educativa e organizativa das hierarquias. O cumprimento ao Mestre tem este sentido. O cumprimento ao adversário reconfigura o espaço formal do combate proporcionando a este limites, recordando-nos que o inimigo está dentro e não fora. O outro é só um espelho, uma oportunidade de nos

apercebermos, um espelho onde as nossas limitações ver-se-ão reflectidas, e ele não é o culpável delas.

2. Não utilizarás o Karate-do sem motivo Sun Tzu começa o seu livro sobre a Guerra, avisandonos de que “A guerra é um assunto de vital importância, o território da vida e a morte, não deve ser enfrentada à ligeira”. Dar validez à agressão é um assunto filosoficamente complexo. Para Funakoshi, a agressividade só se explica como um acto defensivo. A violência gratuita era continuamente criticada pelo Mestre, que se opunha inclusivamente ao Ju Kumite


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(combate livre) que o seu filho propugnava. Mais além até, o Karaté é um treino da personalidade, do espírito do estudante, que treina o seu carácter e o seu corpo, para alcançar um estado de alerta e excelência, não para se alardear das suas habilidades ou para demonstrar alguma coisa a si próprio ou a outros.

3. Pratiquem Karate-do com sentimento de justiça Reforçando o ponto precedente, o Mestre diz que a prática do Karaté e a sua utilização só devem servir causas justas, com atitudes impecáveis. Também neste ponto Funakoshi avisa aqueles que pretendam utilizar o Karaté e os seus conhecimentos ao serviço de causas não nobres. Para os professores, a selecção dos alunos e das suas intenções para aprender a Arte, era uma das suas principais preocupações e embora hoje em dia o poderoso Senhor Dinheiro faça descer “as marcas” de tal maneira que só se limita a entrada a quem não pagar, é bom lembrar que temos uma responsabilidade adquirida no exercício do ensino da Arte.

4. Antes de conhecer os outros é preciso conhecer-se a si próprio Tal como rezava o texto inscrito no átrio do Oráculo de Delfos, “conhece-te a ti mesmo”, Funakoshi estabelece aqui um dos princípios essenciais da Via do Guerreiro. “Nada faz nada a ninguém!”. Em vez de nos escondermos continuamente culpando outros pelas circunstâncias negativas da nossa vida, Funakoshi levanos a olhar primeiro para dentro e assim assumirmos a responsabilidade pelos nossos actos. Em vez de perder tempo a tratar de fugir das nossas misérias assinalando as alheias, o Mestre reclama rigor nos nossos juízos. Olha primeiro para ti, depois para ti mesmo e após teres olhado mais uma vez para ti próprio, considera os outros.

5. Da técnica nasce a intuição Este é um princípio frequentemente mal interpretado no Ocidente. Muitos entendiam que é a técnica em si mesma que é importante, contudo, devemos partir do conhecimento de que para o oriental, o valor das coisas está na sua forma. A chávena existe e possui utilidade na medida que possui um espaço para conter. A roda, circula e segura a sua estrutura porque possui espaço entre os raios. A técnica é, pois, “a forma” que nos conduz ao movimento natural, não um corpete apertado que

estrangula a nossa fluidez; no entanto, para alcançar a dita habilidade é preciso treinar a técnica para realizar finalmente o conhecimento através do vínculo com “o que é natural”. Assim, Funakoshi lembra-nos que a prática de uma forma técnica correcta irá manter-nos em comunicação com o nosso conhecimento essencial, com a intuição, para fluir de maneira natural com as infinitas circunstâncias.

6. Não deixem o espírito andar vagabundo A concentração é em toda e qualquer prática Oriental, um princípio iniludível. Quando o duro treino pressiona suficientemente, a mente tem tendência a andar vagabunda, a ficar alheia para interromper o esforço. Funakoshi era um homem de hábitos e princípios sólidos e ordenados, conhecedor de que tudo começa em Yin. Mantermo-nos no aqui e agora é essencial para a prática do Karaté como via de consciência. A rotina e as repetições do treino são uma dura prova para a concentração. O aluno deve evitar a dispersão mental e a mecanização do movimento, só estando neste presentes as técnicas que possuam a força e intensidade


Karate-do

adequadas. Uma vez apenas concentrados na sua aplicação, poderemos voltar a carregar os nossos sistemas, para acabar o treino mais fortes que quando começámos.

7. O fracasso nasce da negligência Para o Mestre não existe o acaso, não há “mas”, nem “é que”! Com este ponto, o Mestre reforça o precedente. A atenção e o compromisso são essenciais na prática. Não atender adequadamente Se as partes que formam o todo forem executadas deficientemente, sem a devida atenção ou sem o esforço necessário, conduzirão ao fracasso. O fracasso não é uma desgraça que arbitrariamente cai do céu, antes sim sempre o resultado da desatenção, descuido, abandono, desídia, apatia ou negligência. Funakoshi lembra-nos que somos responsáveis pelos nossos actos e seus resultados, abrindo-nos assim a porta da possibilidade de melhora e crescimento. A evolução existe a partir do contínuo erro/acerto. Assim, o guerreiro levanta-se cada vez que cai, com a certeza de que, se corrigir o seu erro, poderá alcançar o seu objectivo.

8. O Karate-do só se pratica no Dojo O “Do Jo” literalmente é “o lugar do despertar”. O Karatedo não é uma prática para brigar nas ruas, o seu objectivo não é submeter os outros mas levar a pessoa a remodelarse a si mesma, para despertar para uma realidade onde o simbólico e o real formem uma mesma coisa. Com este princípio, o Mestre também nos lembra a todos, mais uma vez, que não devemos utilizar inadequadamente os nossos conhecimentos, circunscrevendo a nossa prática ao espaço sagrado do Do Jo.

9. A prática do Karate-do é para toda a vida Como prática espiritual, o Karate-do é uma Arte que fará para sempre parte da natureza dos estudantes. Além de recitar esta frase, os estudantes renovavam quotidianamente o seu compromisso com a Arte, dandolhe no eu ser o espaço adequado. Como prática de longos e lentos resultados, o Karaté requer um compromisso perdurável para alcançar os seus objectivos e correr o véu que esconde os seus tesoiros, por isso o Mestre repete neste princípio o compromisso de ser para toda a vida.


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10. Tratar os problemas com espírito de Karate-do

13. Adaptar a atitude à atitude do adversário

Mais uma vez, entendemos através de outro princípio, que o Karate Do como Arte, transcende o âmbito do que é simplesmente físico ou desportivo. O Karaté é uma forma de viver, um modo de enfrentar as coisas. Quando Funakoshi nos impõe tratar os problemas com espírito de Karate-Do, ele lembra-nos que somos guerreiros durante as vinte e quatro horas do dia e não só durante o tempo que estamos no tatame. Desta forma, o Karate-Do está imbricado com todos os acontecimentos da existência do neófito, de tal modo que as virtudes que o enfeitam devem ser activadas perante a adversidade com autocontrolo, responsabilidade, força de superação, respeito e compromisso.

É preciso evitar as fórmulas pré-concebidas na vida. Ser flexível, adaptar-se às circunstâncias sempre cambiantes; o Mestre lembra-nos que devemos adaptarnos a elas. A prática da Arte não é uma aplicação de formalismos mas a resoluta consecução dos recursos necessários para fluir constantemente, para além das nossas limitações. “Cada toiro tem a sua lide!”, reza o provérbio taurino. Por isso, aqueles que pretendem usar sempre a mesma técnica frente a diferentes adversários, serão vencidos.

11. O Karate-do é como água a ferver A água é um motivo recorrente e essencial na tradição japonesa. Existem duas centenas de termos diferentes para dizer água, em função do estado e das circunstâncias que a rodearem. A água é o princípio da vida e a essência da sua natureza é ir para baixo, fluir, rodear e não opor-se. Quando Funakoshi cita a água, é o seu estado de fervor a falar-nos da água, no seu estado de madeira, no que se refere aos cinco elementos denominados Go kyo no Japão. A madeira caracteriza-se por ser a força de vontade e a água a ferver torna-se assim na realização oposta da sua natureza. Quando activada, sobe em vez de descer, procurando a evaporação. Esta activação da natureza da água é o fogo de consciência que surge do esforço do neófito. Por isso, o praticante deve ser capaz de permanecer num estado fluído mas activo, sempre pronto para responder a um ataque.

12. Não alimentem a ideia de vencer nem a de ser vencidos Este ponto é o que tão controvertidamente tem provocado a polémica sobre a dúvida de o Karaté dever ou não ser praticado em competição. Na minha opinião, o essencial neste assunto está na atitude correcta do estudante. Se pomos fora o objectivo, sem dúvida não o estamos a pôr dentro. Mas tal decisão é mais um estado de ânimo que uma acto definido. Para o Mestre, o Karaté é, acima de tudo, uma via interior. Como caminho de auto-superação, no Karaté as conquistas externas não podem ser o seu fundamento; portanto, o inimigo não está fora e sim dentro, de cada vez que dermos atenção ao externo, não estaremos a atender a verdadeira razão de ser da Arte, por isso ele nos lembra: Cuidado! Por aí não! Assim pois, não deitem mais lenha a esse fogo!

14. O segredo do combate reside na arte de saber dirigi-lo O combate, como diz Sun Tzu, é um todo onde reina uma aparente desordem. No entanto, quem for versado no assunto, sabe compreender as chaves ocultas que estão a ordenar o combate. Dirigir é possível, pois no meio do aparente Caos, sempre percebemos não só que existe uma ordem, como também que esta pode ser dirigida desde um centro. Compreender que é o centro da espiral que dirige a sua periferia, tanto no espaço como no tempo, é a chave Mestra que nos propõe Funakoshi. Lembrando-nos que tal coisa é possível, ele impõe-nos procurar esses ritmos essenciais que dominam qualquer confronto, para nos tornarmos donos do ritmo do adversário, para que ele dance ao nosso som.

15. As mãos e os pés devem bater como sabres Aqui, o Mestre reforça o conhecimento das espirais como as forças e movimentos mais poderosos e naturais. Einstein abriu-nos os olhos para compreendermos que a afirmação de que a linha mais próxima entre dois pontos, nunca seria recta. A própria conformação dos nossos braços surge no período embrionário de duas espirais que resultam da colisão das forças Céu e Terra que geram o embrião. Na sua polarização, que é o crescimento, estas forças desenvolvem dois pares de espirais de sete voltas, que geram os braços e as pernas. Uma é mais comprida, Yin (as pernas) e outra é mais curta, Yang (os braços), a sua concepção e arquitectura fazem com que qualquer movimento circular esteja facilitado. Por esta razão, o sabre japonês é curvo, frente à maioria das espadas no Ocidente. A compreensão dos princípios em espiral está inscrita de maneira profunda no conhecimento popular do Oriente e frequentemente representado nos seus símbolos. O Mestre lembra-nos neste princípio, que


Karate-do “Apesar de hoje os seus princípios expostos no Dojo Kun permanecerem ignorados, estão vivos no espírito subjacente por detrás das diversas práticas dos múltiplos estilos, transformações e polarizações de uma mesma espiral inicial; um ponto de partida firme que teve um nome: Gichin Funakoshi”


Analisamos as vinte regras de Ouro do fundador do Karate Do

devemos agir de acordo com a natureza das coisas e não contra as mesmas, abrindo com esta chave a porta a um princípio ao qual todos os alunos deverão prestar atenção na sua própria aprendizagem. Uma chave para recordar para além do que o seu mestre lhe ensinar.

16. Ao franquear o limiar da vossa casa, 10.000 inimigos vos esperam Mais uma vez, o princípio da atenção contínua. A atenção deve fechar-se à entropia. Nada melhor para isso que pôr-se à prova e o Mestre ensina-nos o seu truque. Estejam sempre em guarda! Assim, a vossa atenção permanecerá alerta. Os vietnamitas costumam repetir “Aquele que espera o pior nunca perde a iniciativa”. Mas isso sim… façam o favor…, sem paranóias! Não sei porquê, mas esta regra sempre me traz à memória um provérbio Oriental que me encanta: “Se um tigre guarda o desfiladeiro, dez mil veados não passarão!”.

17. Kamae é a regra para o principiante, depois, é possível adoptar uma posição mais natural Kamae! Estar em guarda, atento, disposto, pronto a reagir. Sancionando a anterior afirmação, o Mestre lembra-nos que o treino possui graus e evolução. O treino é como um funil pelo qual passas, estreitando a tua natureza, prescindindo para isso do que não é necessário, para depois voltares a ser tu mesmo, mas transformado pela experiência. É uma maneira de retornar ao que é natural, uma viagem de ida e volta, a tua bagagem é o inacessível, as tuas recordações as tuas experiências. Neste ponto lembro-me do provérbio Zen: “Antes do Zen a montanha é montanha, o vale é vale, a lua é lua. Durante o Zen a montanha já não é montanha, nem o vale é vale, nem a lua é lua. Depois do Zen, a montanha torna a ser montanha, o vale torna a ser vale, a lua… torna a ser lua.” Nada mudou e no entanto, tudo é diferente! Kamae é uma atitude a ser treinada, uma chave que abre uma porta, não a habitação em que se pretende entrar; é o dedo que assinala a lua, não é a própria Lua!

18. As Katas deveriam realizar-se correctamente; No entanto, no combate real os seus movimentos adaptar-se-ão às circunstâncias De novo nos obriga a ser flexíveis, mas rigorosos. As Katas são a base da “forma”, por isso é essencial que na sua prática se treinem os movimentos com perfeição

técnica. Não há contradição entre isto e combater com movimentos que não reproduzam os que se executam nas Katas, tal como apregoam alguns mestres actuais. Funakoshi deixou este ponto bem esclarecido. Mais uma vez, devemos recordar a postura que mantêm os Orientais com respeito às formas e que desenvolvemos na análise do ponto primeiro do Dojo Kun. A intencionalidade do Karate-do não é criar lutadores extremos, ou super-homens, antes sim desenvolver o espírito e o corpo do estudante, através de um treino que puxe para fora o melhor deles, facilitando a positiva formação de indivíduos que também possam resultar positivas contribuições para as suas respectivas sociedades.

19. Três factores a considerar: a força, a envergadura e o grau técnico Frente a um parceiro ou perante um adversário, Funakoshi lembra-nos os três factores que devemos considerar quando avaliamos quem temos à nossa frente e nos avaliamos a nós mesmos. Os dois primeiros têm a ver com as considerações físicas e o terceiro com a experiência e os conhecimentos.


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20. Aprofundem no vosso pensamento Provavelmente então, como agora, os estudantes de Karaté foram pessoas mais de acção que de reflexão. Mas como tudo deve ser visto no seu oposto, o Mestre finaliza as suas propostas com uma nítida alusão ao desenvolvimento mental dos neófitos. Neste plano da realidade tudo é mente, ou em palavras de Carlos Castaneda, o mundo é uma descrição. Não será em vão, pois, levar todos os praticantes de Karate-do a desenvolverem as suas habilidades e conhecimentos, para assim crescerem como pessoas, compreendendo a real idade s ubj acent e atrás das aparên cias , reflectindo e meditan do para compl etar a s u a aprendizagem.

Funakoshi continua vivo na sua proposta Vimos nesta análise, que o Karate-do proposto pelo seu fundador é uma prática transcendente, na medida que nos pode levar a ir para além do aspecto simbólico. Uma via que abre portas e janelas para nos

permitir compreender e agir justamente, para além até de valorações morais, uma via de crescimento interior que dimana para o exterior em positivos resultados, uma formulação da via do guerreiro que de uma ou de outra maneira, tem sabido encontrar um eco quase impensável naqueles pretéritos dias em que o Mestre conjugou a tradição Guerreira milenária do Oriente, com a compreensão e as fórmulas iniciáticas próprias da tradição japonesa, alcançando uma fórmula tão Universal quanto intensa, que tem perdurado, tem evoluído e tem transformado milhares de seres nas últimas décadas. Apesar de hoje os seus princípios expostos no Dojo Kun permanecerem ignorados, estão vivos no espírito subjacente por detrás das diversas práticas dos múltiplos estilos, transformações e polarizações de uma mesma espiral inicial; um ponto de partida firme que teve um nome: Gichin Funakoshi. Assim pois, Oh Mestre!, com este artigo queremos renovarte a nossa eterna gratidão e reconhecimento; nada melhor para o fazer que voltar a pensar em ti, quando tantos estudantes pensam que estás antiquado. O que eles ainda não sabem é que aquilo que é clássico, é eterno e nunca pode ficar antiquado.


Grandes Mestres


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Ving Tsun


Grandes Mestres Yip Man Ving Tsun “Um dos GUARDAS DA TRADIÇÃO” O Grão Mestre CHAN CHEE MAN Na minha viagem a Hong Kong, tive a imensa fortuna de conhecer excelentes mestres. Pessoas entregues à prática e estudo da arte do Ving Tsun Kuen, durante muitos anos e com grande entrega. Em geral, só tenho palavras de agradecimento por como tenho sido tratado e as facilidades que tive para poder realizar esta série de entrevistas. Mas chegados à entrevista deste mês, no posso deixar de assinalar uma das mais importantes e especiais. Falar do Grão Mestre Chan Chee Man, é falar de PURO Ving Tsun Kung Fu. Quando afirmo no título do artigo, que o G.M. Chan Chee Man é um dos Guardas da Tradição, penso que me não podem considerar exagerado. Não em vão, tem sido um dos estudantes que durante mais tempo estudou de maneira directa, com o Grão Mestre Yip Man. Entrevista: Sifu Salvador Sánchez



Ving Tsun O seu treino directo além da sua estreita relação com alguns dos mais importantes referentes do sistema em Hong Kong, como Wong Shun Leung, fazem dele uma voz autorizada do Ving Tsun. Um dos últimos estudantes da primeira etapa de ensino de Yip Man, no “Worker's Union Restaurant”, onde Yip Man ensinou com mais intensidade e detalhe. Não há dúvida, é um dos GUARDAS da TRADIÇÃO do mais puro Yip Man Ving Tsun Kung Fu. epois de conhecê-lo devo destacar várias coisas que me surpreenderam muito gratamente. Em primeiro lugar, o excelente Ving Tsun do Mestre. Aos seus 80 anos, mantém um nível de intensidade na prática que está ao alcance de poucos! Posição, movimentos enérgicos, conhecimento da técnica, etc… Em segundo lugar, o conhecimento da história do Ving Tsun, em Hong Kong. Tive a imensa honra de passear e conversar durante um bom bocado pela cidade, mostrando-me alguns dos lugares onde treinavam, onde gostavam de ir naquela época. Um passeio cheio de histórias, um inesquecível passeio que jamais vou esquecer. Nos convidou a visitar algumas escolas de Ving Tsun de antigos colegas seus da prática. Quando visitávamos qualquer escola de Ving Tsun e era ele quem me acompanhava, era fácil perceber que todos o RESPEITAN, o admiram! Admiração e Respeito adquiridos após mais de meia vida entregue ao estudo do Ving Tsun. Mas o respeito ganho é acima de tudo, por uma maneira de ser: Um homem HONESTO, RESPEITUOSO e completamente comprometido com o sistema Ving Tsun e a linhagem do Grão Mestre Yip Man. Mas além destes dois pontos, sem dúvida muito importantes, devo assinalar que a minha sensação após conhecer Chan Chee Man, é a de conhecer um BOM HOMEM. A uma dessas pessoas que depreendem BONDADE! Generosidade. Penso que a comunidade de seguidores do Ving Tsun de todo o mundo, deve conhecer este GRANDE da história recente do Ving Tsun. para que ocupe o lugar que merece na linhagem do Grão Mestre Yip Man.

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Entrevista Chan Chee Man nasceu na década dos anos 30, na colónia britânica de Hong Kong. Viveu a invasão dos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, que provocou que famílias como a sua, que tinham uma situação desafogada, passassem a ter necessidades económicas. Neste cenário convulso, o jovem Chan Chee Man teve a sorte de trabalhar nos escritórios da administração da organização YMCA (Associação Cristã de Jovens, uma das maiores e mais antigas ONG) o que lhe permitiu aprender um correcto Inglés e dispor de algum dinheiro que o ajudaria a pagar os seus estudos de Ving Tsun. Desde jovem tem sido um entusiasta do Kung Fu. A sua maneira de ser detalhista no estudo e prática permitiu-lhe ter acesso ao conhecimento do Ving Tsun, tal e como o ensinou Yip Man. Junto com alguns de seus SiHings, como Wong Shun, Leung teve a oportunidade de

experimentar a eficácia do sistema com outros estilos durante os “Beimo” ou combates de desafio amigáveis, assim como nas ruas do Hong Kong conflictivo da época. É para mim uma INMENSA HONRA apresentar-lhes a entrevista com o Grão Mestre Chan Chee Man: Puro Ip Man Ving Tsun Ele nos recebe em sua casa e a primeira coisa que devo destacar, é o seu entusiasmo. O Mestre Chan Chee Man é um homem cheio de entusiasmo. Brinca com a sua idade… Afirma que ter trabalhado o seu ritmo de treino, porque só conta 80 anos!...” Budo International (para Cinturão Negro): Muito bom dia, Mestre. Ficamos gratos por nos receber em sua casa. É para nós uma honra estarmos aqui e queremos


Ving Tsun

agradecer-lhe sua deferência e amabilidade, além de todas as facilidades que nos tem dado para fazermos esta entrevista. Sifu Chan Chee Man: Não…, eu é que agradeço a vocês, por virem de tão longe... É sempre uma alegria podermos receber gente vinda da Espanha, onde reside o meu aluno Sifu José Ortiz e onde sempre nos tratam tão bem. B.I.: Em primeiro lugar gostaríamos de conhecer acerca das suas origens nas Artes Marciais. Quando começou a praticar Ving Tsun? S.C.G.M.: Comecei com 17 anos. Era um garoto magrizela e um “alvo fácil” para os colegas de estudos. Assim sendo, comecei a interessar-me pelas Artes Marciais. Mas não comecei praticando Ving Tsun. Os meus primeiros anos foram dedicados ao estudo de outros sistemas do Sul da China: Hung Gar e principalmente Choi Lee Fut. Conheci o Ving Tsun tempo depois, através do meu amigo William Cheung. Em um intercâmbio técnico, vi-o realizar a forma Siu Lim Tao e devo reconhecer que não me pareceu nada impressionante. De maneira que resolvi experimentar em um “Bei Mo”. Após ser vencido com muita facilidade por William Cheung, com aquelas técnicas tão “simples”, senti grande interesse pelo sistema Ving Tsun Kuen e resolvi treinar e aprender este sistema. Poucos dias depois, William Cheung me acompanhou ao “Worker's Union Restaurant”, onde dava aula o Grão Mestre Yip Man e onde estudei durante anos, com o Sifu Yip Man e com um grupo de praticantes de Ving Tsun, entre os quais se destacavam Leung Sheung, Lok Yiu, Tui


Entrevista Sheun Ting e muito em especial o Grão Mestre Wong Shun Leung, a quem eu já conhecia antes de ir à escola do Mestre Yip Man. B.I.: Pode referir-nos coisas daqueles anos. Como era o treino? C.C.M.: O “Worker's Union Restaurant” se encontrava no distrito de Shan Shui Po, entre as ruas Wong Chuk e Jai Nam. Eu morava perto e acostumava ir treinar todos os dias. Éramos um grupo pequeno de praticantes, por isso o ensino do Mestre Yip Man era directo e muito detalhado. O treino era realmente minucioso. Eu gostava de prestar muita atenção a todo detalhe que Yip Man nos mostrava. Gostava de chegar antes da hora. Geralmente, a essa hora o mestre dormia e eu aproveitava o acordar e preparar o chá. Era uma maneira aproveitar um treino privado e receber instruções precisas para a prática. O ensino começava com Siu Lim Tao. Yip Man dividia a forma em três secções e enfatizava fazer os movimentos de forma precisa, em estar descontraído e numa posição correcta. Tive de praticar a primeira secção durante muito tempo, enquanto Sifu insistia em que realizasse o Fook, o Tan e o Wu Sao correctamente, para aprender o uso correcto do cotovelo e da linha central. Posteriormente, ensinava a posição e o uso das ancas, insistindo nos joelhos, porque daí vem a potência. Sifu explicava então o conceito de que cada golpe deve usar a conexão de seis

“Vocês vêm aqui para aprender Ving Tsun, de maneira que devem de o fazer correctamente. Se vierem para fazer Ving Tsun, devem de bater como se faz no Ving Tsun, caso contrário, não faz falta virem procurarme! Podem ficar e treinar em casa!”. Yip Man


Ving Tsun



Ving Tsun articulações, para criar um golpe potente. As seis articulações são: tor nozelo, joelho, anca, ombros, cotovelo e pulso. Também me ensinou a imaginar o meu oponente na minha frente e bater no mesmo lugar com muita potência. Mostrou-me também como bater no saco de areia da mesma maneira. Sifu explicava os diferentes tipos de socos, especialmente o punho de uma polegada (inch punch), o punho interior e o punho exterior, e como gerar

potência desde o chão, desde a posição Ma. O nosso treino do dia-a-dia incluía bater no saco de areia, punhos ao ar (punho interior e punho exterior), Seung Ma (passo em frente e ataque), Toi Ma (passo de retrocesso), Chor Ma (passo com rotação), pontapés, as formas, o boneco de madeira, a prática do Chiu Ying (focalizar), Choi Ying (manter-se focalizado)... Quando praticávamos com outro parceiro, principalmente o Chi Sao, Sifu

nunca nos deixava trocar golpes de qualquer maneira e vigiava que seguíssemos o método do Ving Tsun. Lembro-me do Sifu sentado numa cadeira, numa esquina, vigiando-nos. Acostumava a dizer: “Não podem apenas bater um no outro e assustar o parceiro partindo-lhe o lábio e fazendolhe sangue... Assim, nunca aprenderão Ving Tsun!” “¡Vocês estão aqui para aprender Ving Tsun e devem de o fazer da maneira correcta. Se vierem para fazer Ving Tsun, devem de bater como se faz no Ving Tsun, caso contrário, não precisam de vir ter comigo e podem ficar e treinar em casa!”. Eu também prestava muita atenção às explicações dos meus SiHings (irmãos mais velhos). Muitos deles já faleceram mas sempre me ajudaram muito a aprender, especialmente Wong Shun Leung. Com ele e com o seu primeiro aluno Wu Chun Nam, passávamos horas e horas praticando Chi Sao e Da Lat Sao (Combate Livre). Quase sempre acabávamos discutindo. Gostávamos de fazermos as provas entre nós, mas também por vezes, lutávamos com outras pessoas nos “Bei Mo” (desafios). Como eu era o de tamanho mais pequeno, muitos queriam lutar comigo… (risadas). De noite, depois da aula com Yip Man, por vezes o acompanhava ao “Three Prince Temple”, onde Sifu acostumava a ir rezar após a aula. Em outras ocasiões íamos beber um chá com outros SiHings/SiDais. Nesse ambiente, onde o Sifu estava mais à vontade, era uma boa ocasião de aprender aspectos teóricos acerca do Ving Tsun. B.I.: Em que mudou o Ving Tsun? Por outras palavras: Por quê há tantas diferenças entre o Ving Tsun de Hong Kong e o da Europa ou o dos Estados Unidos? C.C.M.: Bem… isso é normal. Há diferentes interpretações e pontos de


Ving Tsun vista. Mas isso não é mau. Realmente importante é que os principios se respeitem. No caso de se deixarem de utilizar conceitos, como manter-se relaxado, as posições, deslocamentos e a focalização da linha central, então já deixamos de fazer Ving Tsun… Mas se mantivermos os conceitos, pode haver diferenças. Realmente não é importante. Isso, eu comprendo, SE BEM eu prefiro continuar fazendo o Ving Tsun tal e como aprendi com o meu Mestre Yip Man, sem modificação alguma! B.I.: Não introduziu nenhum tipo de mudança ou evolução no sistema? C.C.M.: Não. NENHUM. Por que havia de modificar uma coisa que está bem feita e funciona? (risadas…) B.I.: Então imagino a sua resposta se eu lhe perguntar pelas evoluções dos sistemas clássicos chineses e a irrupção das Artes Marciais Mixtas (MMA) no panorama actual. O que acha de tudo isto? C.C.M.: Eu acho bem, mas simplesmente isto não é para mim. Eu pratico Ving Tsun como um sistema clássico de Kung Fu. Eu o faço e ensino tal qual aprendi do meu Mestre, sem mudança alguma. Compreendo que os tempos mudam, mas me comprometi com Yip Man exactamente a isso, a ensinar o sistema tal como era e isso é o que eu faço. Também peço o mesmo aos meus instrutores e estudantes. Eu respeito qualquer opinião ou tendência, mas não é para mim. Eu pratico puro Ving Tsun Kuen do Grãp Mestre Yip Man. B.I.: Conta com mais escolas além das de Hong Kong? Na Europa ou em outros continentes? C.C.M.: Não. Actualmente só Sifu José Ortíz, na Espanha. B.I.: Poderia falar-nos da sua maneira de ensinar? Quer dizer... que há mestres que se concentram na prática para a saúde, outros na defesa pessoal, outros ainda, nos aspectos tradicionais… Em que concentra o treino o Grão Mestre Chan Che Man? C.C.M.: Em tudo isso… Quer dizer, o Ving Tsun é muito bom para a Saúde. Nos mantém flexíveis e dinâmicos e isso é bom. E se somos saudáveis podemos praticar mais tempo. Talvez quando tivermos mais anos não poderemos praticar com a fortaleza de quando somos jovens, mas mesmo assim, podemos continuar praticando Chi Sao e as formas, a um bom nível. Tudo é importante. Por outro lado, como já disse, para mim é importante honrar os nossos mestres e irmãos mais velhos. Estou comprometido com a “família” e isso continuo fazendo agora, quando só conto com “80” anos de idade… (risadas) A nível técnico é importante ter cuidado com os pormenores, com os pequenos detalhes!!! O Mestre

“Me comprometi com Yip Man exactamente nisso: ensinar o sistema tal como era e isso é o que eu faço. Também peço o mesmo aos meus instrutores e estudantes. Eu respeito qualquer opinião e tendência, mas simplesmente, não é para mim. Eu pratico puro Ving Tsun Kuen do Grão Mestre Yip Man”




Ving Tsun Yip Man ensinava seus alunos a prestarem atenção aos detalhes e a serem nisso constantes. O Ving Tsun bem praticado é um estilo muito eficaz na luta real. Gosto dele por ser simples. Simples não quer necessariamente dizer fácil. Se queremos alcançar um bom nível e grande habilidade, devemos passar muito tempo treinando e trabalhando arduamente para isso conseguir. Também é um estilo muito adequado para pessoas mais fracas, quando se sabe como relaxar-se correctamente, não seguir as mãos, etc. B.I.: Tem algum conselho para os seguidores do Ving Tsun que lerem esta entrevista? C.C.M.: No Ving Tsun é muito importante a posição (Yee Chi Kim Yeung Ma). Prestem muita atenção a ela. Si a posição é boa, todo o resto vai melhorar. Conseguiremos estar descontraídos e poderemos mover-nos como necessitarmos. Yip Man corrigia constantemente este pormenor. A posição nos permite “ir buscar a força do chão” e claro… a força do chão é ILIMITADA! (ri à gargalhada!) Claro que há outros elementos importantes na prática, mas tudo deve começar com uma correcta posição. Sem ela simplesmente NÃO HÁ VING TSUN!! Acostumo a contar que Yip Man sempre nos dizia…: "Não entrem em combate (se referia aos Bei Mo) mas se tiverem de o fazer e querem ser bem sucedidos, precisam de DOIS elementos muito importantes: 1) estrutura firme e correcta 2) não ter medo de que lhes batam. Com estes dois elementos e esse “espírito” combativo, serão muito difíceis de vencer! B.I.: Na sua opinião, Da Lat Sao (o Combate) devia de ser uma parte importante do treino? Pergunto isto porque muita gente pensa que o Ving Tsun se afasta cada vez mais do realismo no combate. C.C.M.: É uma parte importante, mas não a única. Praticar só Da Lat Sao não é bom, porque a prática do combate livre se deve de fazer só de vez em quando. Praticar as técnicas e as ideias com detalhe, nos fará melhores em Da Lat Sao. De maneira que o ideal é praticar de vez em quando, mas não se centrar exclusivamente nisto. Nos primeiros anos de prática no “Restaurante”, Yip Man insistia muito na técnica e nos pormenores. Ele fazia isso porque pare ele, eram o verdadeiro motor do sistema. Eu também penso que os pormenores nos vão ajudar a conseguirmos todas as capacidades. Quando praticávamos Da Lat Sao, uma pessoa fazia como se fosse de outro estilo, enquanto o parceiro usava Ving Tsun. Como é bem sabido, o Ving Tsun raramente modifica a posição ou Ma (não nos deslocamos muito). Mas numa luta podemos encontrar um adversário que seja muito forte, que bata muito rápido o que entre


rápido demais. Nesta situação temos de usar Chiu Ying e os passos, com o propósito de apanharmos o oponente. B.I.: Tantos anos com o Grão Mestre Yip Man, que de certeza terá algum facto curioso para nos contar! C.C.M.: Tenho sim… Deixem-me contar-lhes um. Como já disse no início, fui aprender Ving Tsun pela mão do meu amigo William Cheung. Comecei a prática em Ving Tsun sem conhecer o nome do instrutor. Fora da escola, toda a gente falava do Grão Mestre Yip Man e da sua extraordinária capacidade como lutador. Passadas umas semanas de ter começado a praticar Ving Tsun no Worker's Union Restaurant, perguntei a uns colegas quando poderia ver o Mestre Yip Man… O meu Shihing William Cheung olhou para mim e largou a rir... Fazendo troça de mim, disse: “Parvalhão, o nosso mestre é Yip Man”. Como não acreditei, me dirigi ao mestre e perguntei directamente a ele, se era realmente Yip Man. O Mestre olhou para mim e sorriu, sem dizer mais nada... Yip Man era uma pessoa que gostava de rir e brincar. Nos chamava por alcunhas e nos tratava por elas. Em ocasiões, quando andávamos na rua junto dele, nos atacava com golpes surpresa, de brincadeira, rindo às gargalhadas, se não reagíamos a tempo. B.I.: Queremos agradecer-lhe ter-nos recebido e por responder às nossas perguntas. Foi um imenso prazer escutá-lo e recebermos esta AULA MAGISTRAL de Ving Tsun. Para mim é uma grande honra estar aqui e poder escutá-lo. OBRIGADO, DO CORAÇÃO! Espero poder vê-lo na Espanha muitas vezes. Se me autorizar, estarei no curso que fizer na Espanha, para tentar aprender tudo quanto puder. C.C.M.: Não têm que agradecer. Sejam bem vindos a Hong Kong! Que passem muito bem durante os dias que por cá estiverem e espero encontrá-los no meu curso na Espanha.

AGRADECIMIENTOS: Quando organizávamos o viagem a Hong Kong e graças à excelente relação que temos com a Associação Ving Tsun Kung Fu, que dirige Sifu José Ortiz (em Barcelona) contávamos a ele os projectos para viagem e lhe pedimos poder realizar a entrevista a Sifu Chan Chee Man, aproveitando a viagem. Como sempre, Sifu José Ortiz nos proporcionou a sua ajuda e organizou tudo para o encontro e poder realizar esta entrevista. Agradecer daqui a José, toda a sua ajuda e apoio. Sem ele não teria sido possível. Estou muito grato em todos os aspectos, a sifu José Ortiz e à AVTK (Associação de Ving Tsun Kung Fu) que também é uma parte muito importante do Departamento de WingTsun da Federação Espanhola de Luta, onde tentamos unir a todas as escolas de Ving Tsun do nosso país. Após a minha viagem a Hong Kong, assisti a algumas aulas de Ving Tsun Clássico, pela mão de José Ortiz e reconheço sua enorme valia como professor e como pessoa. Devo a gradecer a ele e a Judy Chan (Filha do Grão Mestre Chan Chee Man), toda a cordialidade e ajuda para poder fazer esta entrevista. OBRIGADO!!!


“Yip Man era uma pessoa que gostava muito de rir e brincar. Nos chamava por alcunhas inventadas por ele e em ocasiões, quando passeávamos na rua junto com ele, nos atacava por surpresa para brincar, rindo á gargalhada se não reagíamos a tempo!”













Kung Fu Yin Yang O símbolo do "Yin" e do "Yang”, por outras melhores palavras, o "Tao" é indiscutivelmente o símbolo mais conhecido na cena das artes marciais globais. Além de por isto, é conhecido por muita gente que conhece seu significado. Do que trata este símbolo e a teoria que leva consigo, só é compreendido por muito poucos.


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a vida de cada combatente de artes marciais, chega um momento em que se entra em profundidade no significado deste símbolo, talvez alguns mais do que outros… A fascínio que comporta é compreensível, e quem tiver visto o símbolo alguma vez, pensa estar em condições de dar uma opinião acerca dele, mas parece que muito poucos o compreendem realmente. Com este artigo, tentamos fazer chegar aos leitores, o sentido profundo que se esconde atrás do símbolo do "Tao", que mais lutadores de artes marciais no mundo o compreendam e dar uma vista de olhos ai ensino da filosofia do KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER. É muito importante sabermos de esta matéria da qual até agora temos feito menção, é que “é um símbolo”. Quer dizer que é representativo de algo, de uma coisa, uma ideia ou como aqui, para representar uma teoria específica da visão cósmica. Antes de mais nada, temos de dizer que, no fundo, não é significativo se por exemplo, as cores do símbolo são em branco e preto. Exactamente também o seria se fossem em vermelho e azul. Um meu amigo, que nada tinha a ver com as artes marciais, se expressou assim em relação ao "Tao": "Significa que em tudo o bom se esconde numa faísca de mau e em todo o mau, uma faísca de bom”. Com isto, ele se referia aos dois pontos do símbolo. Podemos dizer que o meu amigo, com esta declaração não estava no certo. Não tinha alcançado o centro do assunto. Sinto vontade de explicar aqui, a explicação que a ele dei. De parecida maneira o meu Mestre me explicou a mim, ou por outras palavras, como à sua maneira, o meu mestre a mim a apresentou. A teoria do Yin e Yang, em principio se baseia em três pilares: 1. A dependência de um contrário de Yin e Yang 2. A divisibilidade de Yin e Yang 3. Transformação de Yin e Yang. 1. Yin e Yang dependem um do outro, o que quer dizer que não há Yin sem Yang e inversamente. Só a través da existência de um, existe o outro. Da mesma maneira que sem noite não há dia, ou nenhuma sombra sem luz. Talvez se pode já compreender que algo, uma coisa qualquer pode por tanto existir, mas não ser Yin ou Yang. Só comparando-a com outra coisa, pode representar a relação do Yin ou do Yang. Portanto, o estatuto Yin ou Yang de uma coisa, é sempre relativo, em caso algún, é absoluto. Este estatuto existe só em relação de comparação. Assim, o cinzento em comparação com o branco tem o estatuto de Yin, e branco o de Yang. Em comparação com o preto, o cinzento adquire o estatuto de Yang e o preto o de Yin. Para poder fazer uma comparação ou relação e atribuir-lhe a característica de Yin ou de Yang a uma coisa, é necessário compreender o que está para o quê. Os Mestres antigos utilizavam frequentemente o exemplo do fogo e a água. Mais exactamente se poderia descrever assim: A propriedades típicas de Yin poderiam ser: frio, direcção par baixo, escuridão, passividade, brandura. etc. Assim, as propriedades típicas de Yan, seriam: calor, direcção para cima, claridade, actividade, dureza, etc.


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2. Todo quanto se refere à teoria de Yang tem a ver em relação ou comparado com alguma coisa. O segundo pilar nos ensina que esta relação é novamente divisível até o infinito e que se pode partir da comparação entre diferentes coisas até o infinito detalhe ou infinito tamanho. A mão (acima) é, comparada com o pé (em baixo) Yang; a palma da mão (dentro) é Yin, comparada com o dorso da mão (fora); e as gemas dos dedos da palma da mão (acima), são Yang em comparação com o Joanete dos pés (em baixo). Assim, se pode dividir novamente cada aspecto do Yin, comparando-o com outra coisa e os novos aspectos do Yin e do Yang, por sua vez dividimo-los uma e outra vez, sucessivamente. 3. Yang e Ying estão sempre em mudança. Não há nada absoluto nem fica como está. Reflexionemos um momento: o que na nossa vida nunca, nunca mudou, ou pensando de maneira realista, nunca o fará? A resposta é: NADA. Tudo está mudando sempre. Como vimos mais acima, não há nenhum Ying sem Yang, e nenhum Yang sem Yin. O terceiro pilar nos ensina com isto, que alguma vez no decorrer da mudança, Yin se torna Yang e Yang torna a ser Yin. Depois do Verão vem o Inverno e depois do Inverno, outra vez o Verão. Com isso vemos que em cada Yin há uma semente de Yang e em cada Yang uma semente de Yin. Assim como também no Inverno há um dia de Sol e no Verão um de chuva e cinzento. O meu amigo não estava completamente enganado. Alguma vez Yang se torna Yin e Yin se torna Yang. Está a ver agora a nexo de união com as artes marciais em seus a favor e em contra? Por exemplo: que com um movimento suave, flexível (Yin) se possa despejar um ataque rígido? Ou que se possa desequilibrar o adversário, dirigindo a força contrária primeiro para a esquerda (Yang) e depois para a direita (Yin)? Não há motivo de preocupação, ainda que ajustar teoria e praxis talvez ainda necessite algum tempo, posso dizer: Parabéns! O leitor leu os três pilares sobre a teoria do Yin e do Yang ou de certeza tem "conhecimento" da sua existência. Mas atenção: Digo que tem conhecimento dela e saber da sua existência, não quer dizer tê-la percebido. O que quero dizer é que para uma coisa tão complexa como esta teoria e outras tantas que se ensinam na minha escola, se necessita uma boa parte da vida para realmente compreendêla e poder aplicá-la correctamente. Me agradarão muito perguntas relativas a estas questões. Sejamos por uma vez honestos, perante a realidade de que nestas coisas nunca chegamos a saber TUDO, mas encontramos nas artes marciais a nossa motivação e o nosso estímulo, a través dos quais sempre nos fazemos melhores.

“O que quero dizer é que para uma coisa tão complexa como esta teoria e outras tantas que se ensinam na minha escola, se necessita uma boa parte da vida para realmente compreende-la e poder aplicá-la correctamente”


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RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Maestro José Domingos Cinturón Negro 3º Dan “Sandan” Fu-Shih Kenpo 1º Dan Kosho-Ryu Kenpo Representante de FEAM y la “International Fu-Shih Kenpo Portugal”. Entrenador de Lucha Libre, Musculación y Cultura. Física y Fitness – Preparador Físico, Socorrista de Emergencia Médica www.facebook.com/jose.domingos.37 <http://www.facebook.com/jose.domingos.37> jomanegos@gmail.com Tel: 00351 965713463.Dojo: XL GYM Avda. 25 de Abril nª 45, 1675 -185 Pontinha, Portugal ESCUELA DE ARTES MARCIALES KWANG GAE DO Felipe Alves Aniceto 2º Dan Tae Kwon Do Y Kick Boxing Representante Feam En Aragon Gimnasio Alfinden Tlf:649 601 709 Kwanggaedo@Gmail.Com Kwanggaedo.Wix.Com/Kwangaedo-Eam Facebook//Kwang Gae Do Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 7º DAN Instructor Internacional Policial, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vicepresidente Federación Andaluza de Tae-Kwon-Do ITF Representante FEAM e IPSA para GRANADA, ANDALUCÍA. Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono: 607832851opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Per Snilsberg: Consejero Personal, Patrocinador y Promotor FEAM, IPSA e International Fu-Shih Kenpo Association, IFSKA. c/ Løytnantsveien 8b, 7056 Ranheim - Norway. Tel: +47 930 09 006 – post@fiskeper.no Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-Fu Representante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega. Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) 90942428 Frodestrom1969@gmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760


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O quê e Quem é Keysi Cinturão Negro: O quê e Quem é Keysi? Justo Dieguez, Keysi.: Keysi é uma Arte espanhola criado e desenvolvida por Justo Diéguez, com uma só finalidade, o Crescimento Pessoal, a mecânica corporal, base dos movimentos em Keysi Conceitos e Princípios, seguem umas leis universais que não estão limitadas por nenhum sistema ou estilo. O Keysi desenvolve o Corpo, a Mente e o estado emocional, unindo-os em um todo e único princípio, o Desenvolvimento dos Valores, proporcionando ao estudante os Atributos e Ferramentas necessários, Físicos, Mentais e Emocionais. Si há alguma coisa que distingue notavelmente o método Keysi, de qualquer arte marcial, são os seus Princípios. Estes princípios nos educam e dão a capacidade de Expressão e Auto-realização. A constância e o treino é o processo de desenvolvimento, avaliação e adaptação no Keysi. São objectivos que devem ser alcançados dentro do ordenamento das qualidades de cada praticante. Isto é a adaptação da arte à pessoa, não da pessoa à arte. Proporcionando uma atitude instintiva, muito superior na estruturação numa situação de perigo, uma capacidade de análise e reconhecimento do meio ambiente e como usá-lo a seu favor. Disso deriva um destaque muito superior no domínio da força aplicada sobre um atacante, tanto seja com armas ou a mão nua.


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C.N.: O Keysi é uma mistura de Artes Marciais? J.D.K.: O Keysi não é a arte das artes, nem é uma mistura de técnicas extraídas de diferentes estilos, também não é uma explicação teórica de muitas diferentes artes marciais; pelo contrário, trata-se de um trabalho perfeitamente planejado e definido de conceitos e princípios, produto de uma rigorosa e longa introspecção. É uma forma de vida - uma filosofia de vida baseada no conhecimento, a pesquisa e a experimentação, para o crescimento da Pessoa, com a expressão física e a Técnica como transporte e uma consequência, a Defesa Pessoal. CN: Por quê o denominas método? J.D.K.: Keysi é um desafio revolucionário no mundo das artes marciais clássicas e sistemáticas, proporcionando-nos as ferramentas necessárias em qualquer área de um combate, o

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desenvolvimento através dos cenários e o destaque no desenvolvimento do controlo do área em 360º, onde participam uno ou vários adversários na evolução técnica e a aplicação. Nos proporciona uma atitude predadora instintiva de sobrevivência muito superior. Numa situação extrema, esta capacidade de expressão física do predador, desenvolve uma resposta acção/reacção explosiva em suas aplicações e a chave. O mais importante, é o estado Emocional, onde se tem a capacidade de análise, numa situação de risco, sendo capaz de manter a calma e controlar o uso da força. O ser humano é a espécie dominante, devido à sua capacidade de adaptação e evolução. Temos de continuar evoluindo e crescendo. Este processo é consequência do nosso instinto como espécie. O objectivo no método Keysi é ter uma aptidão constante e activa no âmbito do aprendizado. Este é um lugar sem limites, onde o nosso estado

“O objectivo no método Keysi é termos uma atitude constante e activa, no âmbito da aprendizagem”



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Emocional, através da Mente, poderá expressar a criatividade na forma Física. CN: Quais são os objectivos no Keysi? J.D.K.: Os objectivos são “vencer-nos, conquistarnos a nós próprios”, não com o objectivo de controlar as nossas emoções, posto que isto é impossível, mas sim é possível reconhece-las e para isso, primeiro temos de reconhecer-nos a nós mesmos, necessitamos desenvolver um código de honra para nós mesmos, em busca do nosso eu. Estes são os “Princípios” do método e a consequência do seu treino, aplicado correctamente, o que nos oferece uns benefícios únicos. C.N.: O que é o mais importante na tua ensinança? J.D.K.: O mais importante que ensinamos é termos um Propósito, onde o estudante aprende a descobrir os seus limites Físicos, Mentais e Emocionais: • Nos Limites físicos descobrimos as habilidades e debilidades.

“Nos limites físicos, descobrimos as habilidades e debilidades. Nos Limites Mentais e Emocionais será onde passaremos de acreditarmos estar limitados, a descobrir que o nosso potencial é ilimitado”


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• Nos Limites Mentais e Emocionais, será onde passaremos de acreditar que estamos limitados, a descobrir que o nosso potencial é ilimitado. C.N.: Qual é a Proposta? J.D.K.: “Keysi by Justo Diéguez” é basicamente um sonho tão poderoso que pode afectar à vida de muitas pessoas. É um método extremo e radical, mas não é violento. É apto para todos os homens, mulheres e crianças, sem limite de idade. A minha proposta vai dirigida a todos aqueles que tiverem escolhido formarem-se como Instrutor em Keysi. Começaram a viagem da educação e agora necessitam proteger essa formação com honra e respeito, porque um Instrutor tem nas suas mãos, o poder da transmissão. Para isso, devem estar dispostos a entrarem no vosso interior e desejar faze-lo realidade. Não vão ser as palavras que isto consigam, só com trabalho se poderá fazer realidade e a consequência será o melhor resultado em cada um dos vossos estudantes. Se o Keysi vos fez mudar a perspectiva da vossa vida, agora está nas vossas mãos a possibilidade de mudar a vida de outros. Esta é uma Proposta que vai mais além dos sonhos, porque para que um sonho se possa tornar realidade, temos de acordar, trabalhar e acreditarmos consegui-lo.

“Se há alguma coisa em que o método Keysi difere notavelmente de qualquer arte marcial, são os seus Princípios”



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Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.







IPC- Novo vínculo social para as forças de ordem


Muitos já conhecem o Capitão Jacques Levinet, a nível internacional conhecedor e fundador de várias disciplinas de defesa pessoal para civis (Self Pro K r a v, P a u d e f e n s i v o , B e n g a l a defensiva) e métodos operacionais de formação da Polícia (Sistema Op e r a t i vo R e a l ou R OS , Ton f a operacional ou TO, Pau Operacional ou BO, Gestos Técnicos Operativos de Intervenção e Protecção ou GTOIP).

Texto: Jacques Levinet Fotos da reportagem: Edith Levinet


PolĂ­cia


Profissionais da Auto-defesa Suas viagens mundo afora, visitando unidades da Polícia, do Exército e dos Swats (Estados Unidos, Rússia, Austrália, Canadá, América do Sul e a Europa) levam-no a ter relacionamento com os grandes especialistas do mundo em forças de segurança. Destes contactos surgiu a ideia de estabelecer uma “ponte”, unindo as forças de segurança de quase todo o mundo, numa estrutura global que se denominou IPC ou Confederação da Polícia Internacional. Já vários países elogiaram y aderiram a esta iniciativa. Nós, nesta entrevista, pretendemos conhecer mais acerca desta criação.


PolĂ­cia


Profissionais da Auto-defesa Cinturão Negro: Pode descrever para os nossos leitores o que é a IPC? Capitão Jacques Levinet: A Confederação da Polícia Internacional (IPC) está reservada exclusivamente a membros das forças de segurança, no activo ou aposentados (polícia, exército, alfândegas, penitenciarias, as forças de segurança oficiais). Esta organização é um enlace entre diferentes policias e unidades, para intercambiar técnicas práticas e operativas da Polícia, cooperação e experiencia entre os membros das forças de segurança, os peritos e as organizações do mundo inteiro. Esta estrutura conta com um grupo de reconhecidos instrutores profissionais, incluindo o Capitão Jacques Levinet, perito internacional e fundador da IPC. Pertencer à IPC, está sujeito a condições, pois permite participar dos cursos de formação internacionais, seminários, reuniões, encontros, reconhecimentos e informações profissionais. Não há política nem religião na IPC. C.N.: Como está organizada a IPC? C.J.L.: A organização está estruturada em um esquema que consta de um Presidente, dois Vice-Presidentes, uma Secretaria Geral e para cada país em questão, de representantes e de um Director da IPC. Para ser membro da IPC é imperativo pertencer às forças de segurança (Polícia, Exército, Alfândegas, Penitenciarias, Segurança Oficial dos Estados). Uma petição detalhada, acompanhada de documentos de crédito, se remete aos escritórios da IPC, onde se decide aceitar ou não o candidato, em base à sua seriedade e credibilidade. A quota anual é de 50€. Além da França, com vários representantes, outros países da Europa já aderiram à IPC e também os Estados Unidos da América e países da América do Sul e da Ásia.


Polícia

BI: Quais são os objectivos da IPC? C.J.L.: O nosso objectivo é o intercâmbio das diferentes experiências profissionais de cada um dos nossos membros, baseadas no seu trabalho e no seu país. As leis não são as mesmas, especialmente em matéria de legítima defesa, na Europa e em outros países. Por exemplo, o uso de armas de dotação é diferente, consoante as unidades das forças de segurança, seus próprios critérios de uso ético e legal. É bom saber sobre o terreno e no momento da globalização, como trabalham os diferentes interessados das forças de ordem. A IPC pretende estabelecer intercâmbios de assuntos legais, sem qualquer tipo de controvérsia (conhecer direitos e deveres de cada um dos nossos membros no desempenho de suas funções), a sua experiência da desta

com a violência, a formação (inicial e permanente) e os métodos de treino para os diferentes actores da lei, na sua aplicação sobre o terreno da acção. O nosso objectivo não tem nenhuma intenção política nem económica, apenas conseguir conhecerem-se melhor as diferentes irmandades que constituem as forças de ordem. Se pretende obter um conhecimento universal, a priori, livre de qualquer “chauvinismo”. BI: Quais seriam os meios de acção da IPC? C.J.L.: A língua Inglesa, como idioma universal, vai ser o nosso veículo para os meios de comunicação. A IPC vai estabelecer reuniões periódicas com os responsáveis e directores respectivos de cada país, para que, como um primeiro passo, se conheçam melhor e definir acções


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Polícia comuns, respeitando o mesmo objectivo. Também vai haver cursos e seminários para o intercâmbio de conhecimentos entre os interessados. Estes cursos serão baseados na sua experiência e profissionalidade. Os intercâmbios de informação, sempre marcados pela ética, serão realizados respeitando o segredo profissional inerente a qualquer unidade. Para isto temos já um sítio na Internet, com o marcador de posição e um enlace social

de Facebook. Os vídeos já estão em funcionamento nos vínculos sociais, como YouTube ou Daily Motion. Cursos comuns periódicos, também constaram na agenda dos diferentes países que formam a IPC. Isto deveria ajudar a dar a conhecer os diferentes métodos de treino. Meios pedagógicos comuns à IPC, também serão estabelecidos para dar uma identidade de funcionamento e uma etiqueta à IPC. Serão entregues diplomas e uma


Profissionais da Auto-defesa graduação da IPC, depois de avaliar conhecimentos e experiencia de cada um dos interessados e necessariamente, não sem antes realizar alguma verificação. Resumindo, os diferentes membros da IPC serão também actores e parte interessada, consoante o conseguido

por cada um e não só como membros inactivos, alegando ser membros da IPC. Uma inter-acção é necessária para dar credibilidade à nossa estrutura e faze-la mais realista. O conhecimento se compartilha, não se decreta! BI: Quais os reconhecimentos que tem a IPC? C.J.L.: A IPC se baseia no crédito que lhe proporciona a Federação Internacional de Defesa Pessoal e Formação Policial ALJ (Academia Jacques Levinet), já estabelecida na França em muitas regiões, em escolas e clubes, assim como em vários países da Europa e outros continentes. Para assegurar um melhor estudo por parte das autoridades oficiais interessadas, cada Director da IPC será credenciado por uma carta de reconhecimento de suas funções dentro da nossa organização. Temos a intenção de concluir acordos de associação e reconhecimento mútuo, com outras estruturas e federações existentes nos países afiliados à IPC. O crédito da IPC também implica aceitar os constituintes educativos dos países membros. Por outras palavras: métodos de treino ensinados e utilizados pelos representantes da IPC, serão estudados e conforme o caso, reconhecidos e avaliados dentro da nossa organização. O nosso objectivo não é ser sectário e não reconhecer esta ou aquela família de métodos, mas sim permanecer abertos e de acordo com os métodos escolhidos pelos nossos diferentes interlocutores estrangeiros. Por exemplo, no que respeita à França, o Sistema

Operativo Real ou ROS, que já foi demonstrado nas unidades especiais e serviços gerais, foi aprovado pela IPC, mas não será o único, posto que não pretendemos termos a verdade. Esta abertura nos vai permitir melhorar e aceitar melhor as diferenças, sem favoritismo algum. De facto, não queremos um método IPC mas sim um conjunto de conhecimentos, no respeito da sua identidade intrínseca. BI: Quais são os projectos da IPC? C.J.L.: Obter um reconhecimento internacional, digno deste nome, está sujeito ao crédito que desejamos obter dos diferentes países involucrados. Isto só pode prevalecer por um trabalho sério dos nossos membros e etiquetado pela IPC. Todas estas razões nos levam a projectar uma reunião internacional anual, em forma de um seminário de formação comum, ao mesmo tempo que uma conferência com a Polícia, com a presença de participantes de qualidade, para tratar os problemas respectivos de acção e reacção nas forças de ordem. Este género de eventos deve permitir-nos reforçar os laços que nos unam mais à Confederação de Polícia Internacional. Finalmente, um diploma de membro da IPC, estará disponível para permitir que cada um dos nossos membros se identifique melhor com seus interlocutores. Por tudo isto, desejemos boa sorte e êxito à IPC! Mais informações: http://www.International-PoliceConfederation.com Tel.: 00.33.467.075.044



O conceito KMRED e especialmente o método de KMRED Pro Training Solutions, foram concebidos para preparar os profissionais a se adaptarem a situações complicadas e em evolução. Um módulo técnico especifico foi desenhado para a protecção imediata e seu conteúdo foi integrado como método oficial para a formação de uma das principais empresas de formação em segurança privada, a empresa ESF (Europe Security Formation) um dos principais sócios do grupo KMRED nesta matéria.



O grupo KMRED dispõe de um ramal de formação, destinado a profissionais da Segurança Privada, das Forças de Ordem e do Exército.



O módulo "Law Enforcement" vem sendo utilizado desde vários anos atrás, por muitas unidades profissionais na França e em outros países.



A peculiaridade do sistema KRAV MAGA R.E.D é propor soluções que se adaptem. O conceito KMRED está concebido por 'Bases' e 'Princípios' e não técnica por técnica.



O método 'Pro' difere da gestão de uma situação de conflito na maneira "auto-defesa", principalmente devido ao facto de que as intervenções se realizam «normalmente», com um mínimo de dois agentes e que conseguir 'controlar' o indivíduo é o factor importante.



A maioria dos métodos de combate corpo a corpo actualmente existentes para profissionais, são métodos desenhados para enfrentar-se a pessoas "Cooperadoras" ou "Semi-Cosperadoras" e não propõem quase nada a fazer frente a pessoas que têm um agudo sentido para o combate e se adaptam a qualquer situação.













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