Cinturao Negro Revista Portugues 297 Outubro parte 1 2015

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“Que cada um siga a sua inclinação, pois as inclinações acostumam ser marcas ou vias traçadas por um dedo muito alto e ninguém, por muito que saiba, sabe mais que o destino” Benito Pérez Galdos unca gostei das Matemáticas. Suponho eu que gostamos das coisas que dominamos com mais facilidade, aquelas que nos potenciam em crianças, mas principalmente daquelas em que nos sentimos mais à vontade. Dizem que tudo tem a ver com termos um lado do cérebro mais activo que outro, masculino versus feminino, lado esquerdo em frente do direito… No entanto, com os anos, não tenho podido deixar de admirar a força da sua habilidade, para definir a travação e os esquemas do Universo. Os padrões universais são matemáticos, porque os esquemas fixos são necessários para a organização de todo ordenamento. As matemáticas e seus cálculos, são a linguagem secreta que o homem descobriu, à vez que inventou, no seu esforço por desentranhar o mistério do Ordenamento Universal. As matemáticas surgem no dito processo, em directa junção com a astronomia, que é a matemática das esferas. Os tempos astronómicos estabeleceram as pautas essenciais na antropologia do pensamento de todas as culturas, porque os homens não somos, como o resto das espécies, alheios ao nosso meio. Todo novo dia está antecedido por uma noite, toda Primavera por um Inverno. Os opostos se sucedem, se contrapõem e se correspondem em um ordenamento; a base de toda lógica parte desta constatação. A astronomia, jovem filha da astrologia, surge a partir das observações do céu e toda predição existe na medida que de facto se constatam pautas repetitivas. O predizível permanece unido ao inquestionável facto de que existe uma forma, um ordenamento. Matemáticas e astronomia são, assim, a base de toda ciência moderna e o suporte do pensamento moderno da humanidade. Os homens necessitamos pontos firmes nos quais nos apoiarmos, porque a experiência da vida é em si mesma, instável e esta situação fá-la frequentemente esmagadora. Podemos predizer o ciclo circadiano, mas não sabemos se no dia seguinte, simplesmente continuamos vivos. Ao longo da história humana, a astrologia e a numerologia trataram de passar por este espaço em branco, com diferente êxito, para trazer o universal ao âmbito do pessoal. Durante anos tenho tido magníficas experiências, impressionantes constatações em ambos casos, mas em todas elas, o factor interpretativo, o factor humano, tem sido capital, o que, seja dito de passagem, não diminui o valor propriamente dito deste conhecimento, mas sim o valor dos que têm sabido ou não, usá-lo. Entretanto, as pautas objectivas se têm dado de tal maneira, que sugerir a sua banalidade seria ignorância. A existência de pautas universais tem levado o homem à eterna luta entre os que optavam pela ideia da força do destino sobre o livre alvedrio, versus aqueles que antepunham este último, a qualquer outro factor. Ambos têm razão, porque as grandes verdades são sempre paradoxais, mas claro está que esta afirmação não resolve de facto o “modus operandi” das ditas forças e o não fazendo, só é mais uma porta aberta à reflexão. Existem forças fixas, às quais o homem gosta de chamar de diferentes maneiras: destino, fado, fortuna, providência… e forças imutáveis. O livre alvedrio age como uma das linhas

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“Até na morte de um passarinho, intervém uma providência irresistível” William Shakespeare

divisórias na combinação deste processo, mas não é a única. A soma de decisões em cada encruzilhada da vida, é sempre excludente. Se optarmos por uma direcção, estamos excluindo 359 graus de outra qualquer opção e se o virmos de maneira esférica, em vez de linear…, multipliquem e vão ver...! Cada porta nos leva a uma habitação e esta a um novo cenário, que por sua vez tem uma ou mais portas e assim subsequentemente. Desta maneira, vamos criando o destino, que ao mesmo tempo, está escrito, porque há factores fixos (se nascemos loiros, podemos pintar o cabelo, mas continuamos sendo loiros). Há então, factores superiores iniludíveis, que são definitivos e definitórios, razões que por sua natureza impõem e definem limites e direcções. A estes poderíamos justamente chamá-los destino. Existem entretanto, forças análogas ao destino, mas cuja natureza não é completamente inquebrantável. Já os antigos xamãs se enfrentaram a elas e as definiram em várias culturas, como combinações de forças naturais e sobrenaturais, de frequências bem definidas. Se bem na maioria dos casos geram acontecimentos previamente estabelecidos, os antigos descobriram que, dada a sua natureza, era possível interagir com elas. Falamos aqui de processos alquímicos e conscienciais superiores, que não estão ao alcance de qualquer um. No entanto, os mais sábios entre eles, reconheceram por sua vez, uma força determinante agindo por detrás de tudo isso, uma força “maior”, que agiria de acordo a eixos fixos e cujo quebramento também era possível, mas só de acordo a variáveis que escapavam ao controlo do ser humano e cuja dimensão era inefável. Os humanos temos ido “empurrando” os limites do possível no nosso jogo por compreender e crescer como espécie e como indivíduos. Não se pode negar que uma simples apendicites era causa quase certa de morte, faz apenas dois séculos. Hoje, a maioria das vezes tem solução com os meios adequados. Espiritualmente não é diferente. O que para uns é um impossível, para aqueles que sabem é só uma intervenção. Enfrentar o mistério do ser e da existência é a mais velha das propostas do despertar da consciência. Os mais avezados e inquietos de entre os humanos, nunca puderam evitar ultrapassar os limiares do que era aceite e ir mais além do visível, do aparente, do consensual. O mistério está subjacente por detrás de cada coisa, mostrando-se para quem sabe olhar, porque sua tendência é caminhar para a luz e ser desvelado; só a ignorância e a arrogância humanas nos impedem ver e participar do deu poder. A consciência superior sempre é factor indispensável para uma liberdade maior, o paradoxo é que quando chegados às fontes, o aspecto individual se desfaz e o que resta, é comum Observação: As Artes Marciais são fórmulas de aumento da energia pessoal, mas se não sabemos o que fazer com essa energia, nem como dar-lhe uma justa direcção, podem tornarse foco de aborrecimentos e sérios problemas. Por isso, os mais antigos uniram a sua ensinança com factores de ordem moral e espiritual, que evitassem suas consequências negativas. Actualmente, retiradas estas salvaguardas, muitos ficaram expostos como barcos à deriva, aos ventos da vida… Atenção!


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Alfredo Tucci ĂŠ Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com






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“Um arma eficaz e constantemente adaptada a novas realidades�


Krav Maga

Três novos DVDs aparecerão em breve, gravados com este magnífico expoente da defesa pessoal profissional, que é o italiano Marco Morabito. Em sua ecléctica viagem no sector da defesa pessoal, o Mestre Morabito já nos ofereceu vivos exemplos de seu bem fazer, tocando o Sistema Russo primeiro e agora o Krav Maga, que na sua pessoal compreensão, se torna uma arma eficaz e constantemente adaptada a novas realidades. Todos os interessados na defesa pessoal encontrarão neste trabalho, um motivo de inspiração, reflexão e matéria de séria aprendizagem.

Israelita Survival System (Sistema Israelita de Sobrevivência): A nova fronteira do Krav Maga Nos encontramos em um momento em que o debate acerca da segurança se tornou mais actual do que nunca foi e a sensação de insegurança que provoca, nos faz sentir impotentes e sós para nos enfrentarmos aos perigos, pequenos e grandes, que nos espreitam por todo lado. Só nos resta confiar em nós mesmos, nas nossas faculdades e nas nossas forças para poder defender-nos e melhorar a nossa capacidade de resposta aos estímulos externos. O Krav Maga Israelita Survival System (Sistema Israelita de Sobrevivência Krav Maga) trata de dar uma resposta específica ao nosso desejo de nos sentirmos seguros, com um programa evolutivo que é uma novidade e que nunca deixa de se aperfeiçoar e de aprender dos erros.



Krav Maga ma frase que o Mestre Morabito gosta de repetir é: "Seja qual seja a tua decisão, estás autorizado, mesmo aconselhado, diria eu, a submete-la a uma revisão contínua e a modificá-la, se deixar de responder aos teus desejos". A frase da famosa Doutora e Prémio Nobel de Medicina, Rita Levi Montalcini, expressa claramente a ideia de progresso subjacente nas bases do Krav Maga Israelita Survival System. O Krav Maga ISS não é uma disciplina nem um conjunto de regras rígidas, mas sim um método, um processo em contínua e constante evolução. Isto faz com que seja adaptável a qualquer situação e circunstância, permeável a qualquer mudança e portanto, capaz de aprender dos próprios erros, aproveitando a experiência como uma oportunidade para melhorar. A história nos ensina que o mundo está em constante mudança e portanto, o que é considerado válido num momento dado, poderá o não ser em outro. Basta pensar em como o 11 de Setembro de 2001 modificou a visão da segurança. Uma ameaça que nunca antes realmente tinha sido

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considerada, se transformou de um dia para outro, no perigo principal, marcando o final da suposta impenetrabilidade das fronteiras da Superpotência mundial. Tendo assim mudado as normas que dirigiam a segurança aérea, a segurança pública se tornou o principal valor, um direito fundamental e prioritário, tomando como base a tendência à compressão das garantias dos direitos individuais nos Estados Unidos. O 11 de Setembro é só um exemplo das mudanças transcendentais que surgiram na área da segurança e nos serve para compreender completamente como deve ser um bom sistema de defesa: actual, real e mutável. O Sistema de Sobrevivência Israelita Krav Maga, possui todas estas qualidades e se apresenta como um baluarte da modernidade, em matéria de combate corpo a corpo para a povoação civil e em técnicas operativas para o pessoal militar e de segurança. E o que mais se pode pedir? Seguimos adiante e com o Mestre Marco Morabito, exploramos este método passo por passo e ele nos expõe os valores e a lógica existente na base deste sistema. O elemento chave é o aluno. Sem alunos não se



Krav Maga pode realmente experimentar e crescer, porque são eles que, através de suas perguntas, dúvidas e curiosidade, estimulam o instrutor para continuar procurando novas soluções. Frequentemente, uma simples pergunta pode fazer surgirem novas perspectivas e chegar a conclusões inesperadas. O aluno, com a sua bagagem pessoal de experiências, proporciona uma contribuição transcendental para enriquecer, completar e actualizar técnicas já estudadas. O Mestre Morabito é presidente de I.K.M.O. - INTERNATIONAL KRAV MAGA ORGANIZATION (Organização Internacional de Krav Maga) com sede em Génova, Itália. São numerosos os cursos e seminários que se organizam todos os anos, em todo o mundo: cursos de instrutores de Krav Maga ISS, Kapap, Sistema de Artes Marciais Russas e Sistema Morabito. A maioria destes cursos se realizam na Itália, na sede nacional, e muitos outros se realizam nos diferentes países que os solicitarem. Para organizar um curso ou um seminário com o Mestre Morabito, podem enviar um correio electrónico a info@internationalkravmaga.com, especificando as datas e o tipo de curso em que estiverem interessados. O Mestre Morabito vem sendo pioneiro na difusão do Krav Maga na Itália; já em 2004 ensinava e difundia este método, com grande paixão e dedicação. Naquele ano, quando ninguém sabia na Itália o que era o Krav Maga, o mestre Morabito registou a marca I.K.M.O. INTERNATIONAL KRAV MAGA ORGANIZATION (Organização Internacional de Krav Maga). Ele foi o primeiro a registar o nome de Krav Maga na Itália, que em breve seria conhecido e praticado em muitas escolas. Este método foi inventado pelo Grão Mestre Imi Lichtenfeld, um homem da vanguarda e da oposição, que concebeu a “Arte Marcial do Século XX". Em pouco tempo, o Krav Maga adquiriu uma grande aprovação geral e foi objecto de uma extraordinária divulgação, coisa talvez inesperada para Imi, que faleceu em 1998, provavelmente sem saber do efeito “viral” que a sua criação teria no século seguinte. Morabito, que desde a sua infância tem estado praticando



Krav Maga

“A data de 11 de Setembro é só um exemplo das transcendentais mudanças em matéria de segurança e nos serve para perceber completamente como deve de ser um bom sistema de defesa: actual, real, mutável”


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Krav Maga artes marciais tradicionais e desportos de combate com excelentes resultados, mas sem chegar a "se apaixonar" por nenhuma disciplina, encontrou no Krav Maga as respostas que andava procurando: um sistema rápido, dinâmico e de acordo com os novos tempos. Daí nasce este grande amor, que o levou a entrar e a comprometer-se plenamente no estudo do Krav Maga, tornando-se um de seus maiores portavozes a nível mundial. Após anos de prática e experiência como professor, tanto no âmbito civil como no militar, Morabito compreende que o Krav Maga tradicional se distingue do seu estilo pelas técnicas e o método de ensino e resolve fundar o Krav Maga Israelita Survival System, juntando as experiências adquiridas na área militar e nas empresas de segurança privada, no Combate em Espaços Fechados, no tiro táctico e em outros sistemas de luta que preferem a tridimensionalidade da acção e um estudo profundo (que frequentemente se passa por alto) da biomecânica

aplicada ao corpo, e das leis da física. Tudo isto se traduz numa combinação explosiva de força e do pensamento, características essenciais tanto no combate como na rua. O Krav Maga ISS permanece ligado a Israel como “modus operandi”, porque no século passado, esta nação demonstrou uma excelente capacidade de inovação e planeamento e por isso, para Morabito é um modelo onde inspirar-se. A ponta de lança é o aspecto ligado à Sobrevivência, ou seja, a capacidade de fazer frente a situações de emergência em um ambiente hostil e de proteger-se a si mesmo e a outras pessoas, portanto, de aprender a enfrentar qualquer situação, em qualquer lugar, utilizando tanto os conhecimentos técnicos como os práticos. Por último, a introspecção psicológica, que é fundamental para nos entendermos melhor a nós mesmos e que nos ajuda a concentrar-nos melhor nas nossas aspirações e nos nossos objectivos. O Krav Maga Israelita Survival System também inclui um programa de fortalecimento e acondicionamento físico para não termos dificuldades à hora de nos enfrentarmos a uma luta inesperada.


Israeli Survival System Sem dúvida, temos de estar tecnicamente preparados, mas também é necessário estar fisicamente bem treinados. A técnica é a base, mas sempre deve ir acompanhada do exercício físico. De facto, as aulas incluem exercícios aeróbios para aumentar a força e neste aspecto, se prefere o treino funcional, sem necessidade de acudir a complicados aparelhos de musculação e utilizando só o próprio corpo, para potenciar a musculatura e ajudar-nos nas acções que realizamos no dia-a-dia. A actividade física se calcula em função do sexo, a idade e qualquer incapacidade. Quer dizer: o programa de treino se adapta à pessoa em questão e à sua condição física. Inclusivamente nas aulas com muitos praticantes, se deve tratar de calcular o treino de cada pessoa: não esqueçamos que no âmbito civil, este método é para toda a gente, incluindo mulheres, crianças, incapacitados e idosos. O nosso objectivo não são as competições, mas sim ajudar nossos alunos a desenvolverem as habilidades necessárias para eliminar o perigo. Nunca se tem a certeza de que vamos vencer em um confronto na rua e por isso, o que ensinamos não é chegar a ser o "campeão", mas sim a nos treinarmos para nós mesmo e não para os outros.

Não nos interessa exibir taças e medalhas. A rua não é o quadrilátero! O Krav Maga não é um desporto! A rua é imprevisível e não há regras. Portanto, o objectivo não é aprender a técnica à perfeição, mas sim perceber o mecanismo. No Krav Maga ISS não existe isso de aprender a para defender-se de alguém. A técnica só é o ponto de partida para chegar à essência do método, o que quer dizer que para cada ataque há infinitas técnicas, infinitas possibilidades de defesa. Treinando com regularidade e continuidade, podemos aprender a fazermos instintivos (que não automáticos!) os processos de reacção. Por outra parte, não só temos de considerar a ameaça de um único agressor, também temos de contemplar a possibilidade de que a ameaça seja múltipla. O ataque pode ser de um só indivíduo ou de vários e devemos estar sempre alerta e preparados para enfrentar-nos a qualquer eventualidade que possa surgir. A luta na rua é uma série de acontecimentos inesperados, que te têm de r e s o l v e r prontamente, para evitar ficarmos apanhados em situações às quais não sabemos fazer frente. Na realidade da


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“O nosso método tenta aproximar-se o mais possível à realidade, tomando como exemplos casos específicos, com a finalidade de avaliar os aspectos tanto positivos como negativos e adquirir conhecimentos das experiências de pessoas que padeceram agressões e conseguiram defender-se”


Krav Maga rua, não existe o combate de "um contra um" e é necessário prever a aparição de novas ameaças. Por isso, nunca devemos concentrar-nos exclusivamente na ameaça principal e sim abrir bem os olhos e estudar cuidadosamente o meio e avaliar o que temos em volta de nós, porque o perigo letal pode não aparecer visível, devido a uma análise apressada. Sempre temos que ser conscientes do que temos em volta: A ameaça é só uma? Há muitas? Porquê? Onde se desenvolve a acção? Posso tropeçar ou cair? Há vias de escape? Há objectos em volta, que eu possa usar para me defender ou que possam ser utilizados pelo agressor para me atacar? O nosso método tenta aproximar-se o mais possível à realidade, usando como exemplo casos específicos, para podermos avaliar os aspectos tanto positivos como negativos e adquirir conhecimentos "sobre o terreno", de pessoas que sofreram agressões e conseguiram defender-se, e de outros que, pelo contrário, não foram capazes de o fazer. Não pretendemos ter uma verdade e um valor absolutos: nenhum é sistema

"perfeito", mas a procura contínua e eterna de melhorar, é o que nos caracteriza. Tratamos de estabelecer os tipos mais comuns de ameaça, em função da tipologia do indivíduo. O exemplo mais simples são as mulheres que, sem dúvida, estão mais expostas a certos tipos de ameaças (assaltos, violência sexual, ameaças e perseguição) e portanto, temos que fazer uma análise cuidadosa destes perigos genéricos, a fim de potenciar nas alunas as habilidades necessárias para que se possa defender. Mas vamos mais longe: também te tem de avaliar se a mulher em questão está sujeita a riscos específicos, em função do seu trabalho, da situação familiar, dos ambientes que frequenta. Portanto, partindo de um adestramento geral, chegaremos a os determinar a s p e c t o s específicos do a s s u n t o tratado.


Israeli Survival System Agora vamos explorar outro sector importante do Krav Maga ISS, a fim de compreendermos a vastidão da matéria que nos ocupa: a formação das Forças de Ordem, do pessoal militar e dos serviços de segurança. Frequentemente com pouco tempo, devido aos horários do trabalho, que exigem uma cobertura continua do serviço, a problemática situação à qual se enfrentam os departamentos ou secções de natureza operativa, é muito diferente à de um civil e portanto, devem ter um adestramento específico e concentrado no uso das ferramentas que têm à sua disposição para realizar o seu trabalho (algemas, pistolas, rifles, metralhadoras, etc.) nas técnicas de prisão e algemado, na defesa pessoal, no combate corpo a corpo, desarme de armas de fogo, desarme de armas brancas, defesa de agarres e estrangulamentos, tanto em pé como no chão, tratamento de um indivíduo alterado e debaixo dos efeitos de estupefacientes, uso da tonfa telescópica, técnicas de bloqueio, técnicas de queda estando em movimento ou quietos, tiro táctico e técnicas de defesa em diversos meios de locomoção. Além disto, também necessitam poder fazer frente às situações de estresse, que a frequentemente afectam a capacidade sensitiva, fazendo que as respostas seja, ineficazes, ou levam a empreender acções sem uma intenção clara. Por isso, o estresse deve ser controlado, para evitar que a nossa capacidade para julgar seja afectada: não devemos fugir a ela, pelo contrário, através da preparação física e psicológica e o fortalecimento da coesão e a liderança, devemos aprender a enfrentá-lo e controlá-lo. Sem dúvida, o estresse é um elemento importante também para a povoação civil, mas para os que trabalham na segurança, se torna de vital importância, posto que o estresse não controlado, pode ocasionar condutas erróneas ou

perigosas, que interfiram com o cumprimento da missão. O estresse não é propriamente negativo, como se entende no sentido vulgar do termo, pelo contrário, ele significa o conjunto de processos mentais e fisiológicos, que permitem à pessoa fazer frente às novas situações. Portanto, no sentido científico, indica o processo de adaptação de uma pessoa às mudanças ambientais ou psicológicas. O programa do Mestre Morabito apresenta diferentes técnicas para controlar o estresse, dependendo do tipo de missão, da tecnologia utilizada e da modalidade de trabalho, individual ou em equipa. Os objectivos são: 1. Manter o estresse dentro dos limites aceitáveis, com a finalidade de conseguir o rendimento óptimo. 2. Conseguir voltar a levá-lo a limites toleráveis em caso de que ter alcançado um nível excessivo em um momento determinado. 3. Aumentar progressivamente a tolerância ao estresse, para poder resistir e operar em condições de estresse extremo, que por vezes são inevitáveis nos combates. A atenção se concentra sempre na legislação e os regulamentos dos diferentes corpos militares, departamentos, unidades ou companhias. Para proporcionar um adestramento completo aos militares e às forças de ordem, o Mestre Morabito tem estudado e trabalhado com alguns dos mais grandes expoentes da Delta Force, das SAS e Spetsnaz, tor nando-se em Instrutor e referência da European Security Academy (Academia Europeia de Segurança) com sede em Wroclaw, e é proptietário da empresa Protection Security Training. Também estudou Criminologia e Victimologia, e trabalha com os melhores profissionais do sector.


Krav Maga Portanto, o Krav Maga Israelita Survival System é um método para todos: mulheres, crianças, incapacitados, idosos, ou aquelas pessoas que estão sujeitas a exigências especiais, como são, precisamente, as Forças de Ordem. O Krav Maga ISS é um método em contínua evolução e adequado para aqueles que queiram aprender a defender-se com rapidez e eficácia, porque, deixando de lado as veleidades da forma, se concentra só no que é realmente útil "na rua". Apresentamos em primícia, o fruto do trabalho do Mestre Morabito: o DVD de Krav Maga Israelita Survival System, nascido após o êxito do DVD e o livro sobre o Sistema Morabito.

Com esta colossal obra, vêm ilustradas as técnicas e o método de base deste sistema, de uma maneira clara e transparente. Ou seja, sem segredos, em um trabalho extraordinário que leva ao miolo da defesa pessoal. As técnicas se ilustram de maneira a serem facilmente compreensíveis para todos. Uma oportunidade verdadeiramente única de aproximar-se à defesa pessoal ou para melhorar os conhecimentos acerca desta matéria. O autor deste trabalho é um dos grandes expoentes da defesa pessoal a nível mundial e conta em seu haver com uma grande experiência no âmbito militar e em empresas de segurança. Galardoado em varias ocasiões e por diversas nações, e por seus cursos e seminários mundo afora, se tornou um porta-voz internacional de diferentes sistemas de combate corpo a corpo e defesa pessoal, pouco conhecidos, mas muito efectivos. Tem estudado desde o Japão aos E.U.A., passando pela Polónia, Espanha, Cabo Verde, Alemanha, Israel, França e Rússia. Uma contínua pesquisa nas zonas mais remotas do mundo, como a Sibéria ou o Deserto do Texas, sem parar em momento algum sua busca incansável, para adquirir novos conhecimentos e sem jamais deixar de fazer perguntas a si próprio. Para informação acerca de cursos e seminários: www.internationalkravmaga.com info@internationalkravmaga.com www.pset.eu <http://www.pset.eu> info@pset.eu


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“Seja qual seja a decisão que tiveres tomado, estás autorizado, inclusivamente aconselhado, diria eu, a submetela a uma revisão contínua e a modificá-la, se deixar de responder aos teus desejos”


Krav Maga




O trabalho que contêm estes DVDs, mostra a diferença entre Kyusho e Dim Mak, posto que se não baseiam nos mesmos objectivos. É uma continuação dos precedentes trabalhos acerca de “As 6 mãos Ji” e “A Camisa de Ferro”. As 6 Manos Ji prevalecem numa arte denominada Pangai-Noon ou Uechi Ryu, um dos muito poucos estilos que contêm e se concentram nestas posições de mão, específicas para chegar ao tecido mais profundo do corpo. Estes DVDs mostram o uso das mãos, não como maças, antes sim como adagas, com o poder transicional de torsão utilizado nas “6 Mãos Ji”, para ser correctamente aplicado ao Kyusho... e esta é uma faceta ausente nas habilidades da maioria dos praticantes de Kyusho. 8 KO s (incluyendo KO s por compressao e sanguíneos). Este conjunto de 2 DVDs se concentra no aparentemente simples Kata Sanchin, a través de 8 etapas de habilidades de luta. Um completo Sistema Marcial em um Kata, incluindo também métodos de “Camisa de Ferro”. Vol.1: Introdução, Objectivos nos braços, na cabeça e no corpo. Vol.2: Objectivos nas pernas, Grappling, Tuite, e defesa frente a faca.

REF.: • KYUSHO 23 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.








Pau Defensivo: por Jacques LEVINET Aprender a defender -se constitui, nos nossos dias, uma das preocupações essenciais de muitos cidadãos de todo o mundo. Para tentar conseguir isto, os especialistas da auto-defesa apresentam, com mais ou menos sucesso, um grande número de métodos, por vezes similares, os versados em artes marciais propõem com mais ou menos realismo, as técnicas derivadas de suas práticas respectivas. Sem entrar em pormenores, devemos admitir que os dois pilar es que são o conhecimento e a transmissão da autodefesa, não são do gosto de todos, mas sempre tem de haver para todos os gostos. Fotos: Edith Levinet


Pau Defensivo

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conciliação e o diálogo limitam com algumas agressões que por desgraça, actualmente abrande a toda a população, jovens e velhos, mulheres, crianças, desportistas ou não, sem importar a altura da vítima ou a dos agressores. Assim nasceu uma necessidade vital no homem do Século XXI, a necessidade de defender-se. É a partir desses elementos de reflexão e da minha tripla experiência como capitão da Polícia, versado em artes marciais e formador das forças de Ordem, me veio a ideia de desenvolver um método temível de auto-defesa para todos e com todo o respeito às nossas leis democráticas, que é “o pau defensivo”. Esta disciplina foi bem sucedida desde o início. Para identificar este método, a marca BDJL (Baton Defense Jacques Levinet) Pau Defesa Jacques Levinet foi depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial com o fim de proteger a metodologia e os materiais de treino. Dar à criação, um nome com a abreviação BDJL, foi uma maneira de defender-se das imitações dos que usam e abusam em vez de se inspirarem. Assim, o interessado poderá distinguir uma cópia, do original.

As origens do BDJL Tanto na maneira de emprego, como na finalidade das técnicas e da configuração do material de treino, este método não tem nada a ver com os já existentes nos desportos de combate (como no Boxe Francês/Savate) ou nas artes marciais como o Kali. É proveniente do método ROS (Real Operacional Sistema ) que fiz para benefício das forças de ordem. As técnicas do BDJL, são parecidas às do BO (Baton Operationel) Pau Operacional. A finalidade civil era, preservando a eficácia operativa, evitar-lhe qualquer finalidade e conotação profissional ligadas ao pau telescópico. O simples pau se transformou em BDJL, um acessório assombroso de eficácia, simples em todo tipo de agressão física, respeitando as regras jurídicas democráticas. Para que o método se poder adaptar facilmente a toda a gente, independentemente da idade, da força física e de ter vivido ou não nos desportos de combate, necessariamente tinha de se fazer com que a sua aprendizagem


Auto-Defesa


Pau Defensivo


Auto-Defesa


Pau Defensivo

seja feita sem se terem predisposições particulares. Talvez esta seja a força desta nova “receita”, que na maneira de emprego se apoia nos cincos pontos chave do método para todo o público, SPK (Self Pro Krav). A ideia de base é que nenhum método de defesa é viável sem o instinto de sobrevivência, os reflexos condicionados, uma técnica operativa, a legítima defesa e a evolução, que se tornaram caminhos obrigatórios na eficácia do BDJL. Assim sendo, a aposta foi então por uma eficiência similar e uns métodos profissionais para disciplinas desportivas aptas para todos os públicos. O primeiro passo foi pensar numa configuração e um material diferente, para que nosso pau não ser considerado como uma arma. O segundo passo foi pôr em marcha um programa de aprendizagem, com cursos de avaliações e de ensino.

A originalidade do BDJL Tem a sua originalidade na configuração dos materiais e sua utilização na auto-defesa. O simples pau se transforma em BDJL e devido à sua ligeireza e flexibilidade da cana para bloquear e absorver todo tipo de golpes, também para replicar e espancar com a velocidade da luz. O diâmetro do corpo do pau foi estudado para facilitar as manipulações e os agarres. Mas a configuração não é suficiente por si só, para transformar o BDJL em um meio de defesa temível. Ainda se havia de encontrar um modo de utilização contra a agressão, à vez violento e legal.

Um método de ensino foi posto em marcha, com uma progressão técnica ligada com encenações de situações. A segurança foi privilegiada com protecções adaptadas, escudos móveis, luvas BDJL, especialmente estudadas para evitar o excessivo aquecimento das mãos durante as manipulações. Para poder identificar os praticantes do BDJL foram criados uns equipamentos. Se estabeleceram

umas avaliações técnicas de base e superiores para cada disciplina, com a obtenção de graus técnicos e diplomas de ensino na academia Jacques Levinet. Para estar mais perto da realidade da rua, no treino foram consideradas todas as maneiras de agressão, com e sem armas, frente a um ou mais indivíduos. O questionamento das nossas técnicas é permanente, para seguir de perto a actualidade da agressão.


Auto-Defesa

Uma pedagogia adaptada e um código de deontologia unido a todo o mais, acabaram fazendo do BDJL um dos métodos revolucionários do Século XXI, que está ao alcance de todos os interessados.

O treino do BDJL É ritmado por quatro parâmetros indissociáveis que são a segurança, o realismo, o prazer e tomar a palavra.

A segurança está constantemente privilegiada para ser treinada sem se conter nem ter medo do perigo. Por isso, os membros (zonas de réplicas privilegiadas, estão sempre protegidas para evitar toda apreensão durante as simuladas agressões. A realidade das ameaças ou dos ataques, é indispensável para constatar a reacção dos praticantes frente a uma situação perigosa. As posições especificas de protecção, a

ausência do apanhar um braço armado, as defesas antecipadas ou inesperadas, os apoios reforçados são muitos pontos técnicos que com a força multiplicada das réplicas, permitem constatar a eficácia de maneira realista dos nosso métodos durante os treinos. Treino onde alguns se realizam no exterior, numas condições realistas. O aspecto lúdico dos exercícios em oposição, proposto durante as aulas, adiciona uma


Pau Defensivo

dinâmica do prazer, fazendo então possível, treinar seriamente divertindo-se. Replicar sobre um escudo com o barulho ensurdecedor do impacto do BDJL, ou tocar uma protecção móvel de uma mão armada, são alguns exemplos desse trabalho de jogo desportivo. A utilização de uma linguagem apropriada durante as aulas, para aparentar a reacção do aluno em caso de agressão, é um elemento primordial sobre o qual insistimos. Familiarizar o praticante com o seu papel de vítima, o habitua à futura realidade da agressão.

Os princípios do BDJL Se resumem em volta das palavras deontologia e legítima defesa. Uma ética se destaca nos nossos cursos, sabendo que está absolutamente proibido utilizar o termo “golpe” que é substituído por “réplica”. Não é questão de linguagem, antes sim de um estado de espírito, onde os fundamentos se encontram na lei. Quando uma pessoa agredida fala da sua acção de defesa em termos de réplica, é que teve de sofrer um ataque, coisa que não é obrigatória no caso de utilizar a palavra agressiva de golpe. Mas o término réplica não basta por si só para falar da deontologia do BDJL. Umas zonas traumáticas estão proibidas, toleradas ou privilegiadas, conforme o caso. As defesas estão concentradas sobre os membros superiores ou inferiores, com proibição de tocar na cabeça ou na coluna vertebral. Por outra parte, a prática do BDJL, que não é uma arma por natureza, descarta toda finalidade profissional, ao contrario do pau telescópico, catalogado como arma por natureza proibida de portar ou transportar, salvo para as forças de Ordem Público. Deste princípio de separação de géneros, vem também o da legítima defesa, um fundamento sobre o qual insistimos, para saber o que se pode e o que se não deve fazem com o BDJL.

Curso e representação do BDJL A academia Jacques Levinet é exigente para atestar a formação de instrutor BDJL que deve mostrar um nível elevado na tecnicidade e na pedagogia. O seu fundador vigia, porque assina todos as atestados de formação, os quis nunca são adquiridos mas sempre renovados a cada ano, após reciclagem obrigatória. A implantação do BDJL está no bom caminho com o número de 20 representantes da academia na França e em alguns países no estrangeiro. Cursos regulares de formação, são programados no seio da academia ou por petição em toda a França e no estrangeiro. A prática do BDJL representa um excelente compromisso entre desporto de combate, arte marcial e auto-defesa. www.batondefenselevinet.com Tel.: 00.33.467.075.044


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Auténtico Kyusho

Auténtico Kyusho Chamada essencial para Treinadores, Instrutores e Médicos de Ringue As Artes Marciais Mistas, as Artes Marciais e o Boxe (e todos os desportos de contacto ou desportos profissionais, onde frequentemente se produz o contacto), não podem ignorar por mais tempo que o Kyusho sucede no ringue, no tatame, no Dojo e na rua, o tempo todo e já não podemos passar por alto a necessidade de usarmos métodos Kyusho de Primeiros Socorros.



Auténtico Kyusho

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omo instrutores, treinadores e juízes de ringue, necessitamos uma educação de maior e mais protecção para aqueles que depositam a sua confiança e bem-estar nas nossas mãos. Treinamos muito para aprender as regras do confronto e para reconhecer quando um lutador não pode continuar, mas ainda não treinamos para ajudar à vítima, nem que seja no primeiro nível de resposta e sendo responsáveis de seu bem-estar. Quanto mais tempo estiver uma pessoa deitada e nocaute, mais perigosa será a sua situação. Vamos aos Torneios de Artes Marciais, assistimos a combates de MMA, ou vemos na televisão, principalmente pelos KO’s! Assistimos ou vemos o Boxe, também vemos clipes da rua em YouTube, onde alguém fica KO. Desafortunadamente em combates de Amadores e Profissionais, vemos uma ajuda mínima por parte dos treinadores, médicos e instrutores. Nas escolas sabemos o que se tem de fazer para ajudar a restaurar e minimizar os efeitos da disfunção física ou da inconsciência. Isto não quer dizer que a atenção médica que recebam não seja valiosa, mas há muito mais que pode ser feito e este é um assunto vital.

Os 5 passos vitais: Reconhecimento: Primeiro de tudo, a pessoa tem de estar capacitada para ver, perceber e reconhecer quando os objectivos vitais foram alcançados com golpes, para ser mais capaz de avaliar o problema, quando este se produz. Isto não é só ver a estrutura do corpo que recebeu o golpe, mas também como reage o corpo a esse golpe: O corpo estava espasmódico ou sofria acções esporádicas de rigidez ou colapso, indicando que o sistema nervoso tinha sido alcançado? Ou que o corpo foi ficando pálido ou debilitando-se, indicando que o sistema sanguíneo e os órgão também foram afectados? Compreensão: O árbitro do Ringue ou o treinador, assim como os médicos, devem de estar familiarizados com os diversos efeitos nos nervos, no sangue, ou a funcionalidade dos órgãos, para ajudar tanto no processo da avaliação como nas medidas de reanimação. Sabe o treinador o que foi afectado e em que grau, ¿Existe a possibilidade de que tenha havido um dano físico? Frequentemente, isto se pode observar nas reacções da vítima. Avaliação: A avaliação deve incluir: a reacção do corpo conforme vai caindo, o impacto no chão, a respiração, o pulso, os olhos e a resposta ao tacto. A falta de acção. Antes de deslocar à vítima: Está respirando? Está consciente? Como está o pulso? Pode ver, pode ouvir? Em que estado está o corpo, está esticado ou encolhido? Está na posição fetal? Tem cãibras? Estas avaliações determinarão a reanimação correcta e as medidas de recuperação que devem ser empregadas.

Reanimação (Específica para a situação): Métodos específicos de reanimação para despertar e reiniciar a respiração, que controlam o espasmo muscular, devem ser mais conhecidos e bem praticados, para que as afecções e outros problemas possam ser mitigados. A inconsciência e a falta de respiração são os dois transtornos mais frequentes. Como mínimo, os treinadores e os médicos têm a responsabilidade de serem capazes de voltar a iniciar estes processos..., antes de que o medo e outros sintomas e efeitos secundários se manifestem. Recuperação: Temos de continuar e restaurar a funcionalidade normal do corpo, para evitar possíveis problemas ou incapacidades após a reanimação. Continuar com a intervenção e os cuidados médicos. Depois da reanimação da vítima, após um ataque pode haver muitos efeitos secundários, como dores, vómitos, incapacidade física,



Auténtico Kyusho

debilidade contínua, dor de cabeça, dificuldade para respirar e muitas outras afecções. Mediante a compreensão das acções e métodos para voltar a equilibrar adequadamente o estado das vítimas, o treinador deve ajudar essa pessoa a voltar a um estado normal o mais rapidamente possível. Esta deve ser a prioridade principal!

Por que motivo é isto necessário? Estive em um torneio onde deixaram a vítima de um KO sentar-se fora, no banco, depois de só ver seus olhos e ouvidos. Isto é insuficiente e constitui um perigo para os participantes. Eles merecem mais respeito, maior nível de atenção e cuidadores com melhor educação, para reduzir ao mínimo possível o sofrimento da vítima. Mas nem tem de ser por um KO! Todos temos visto gente recebendo golpes duros, assim como muitas situações de duro treino pesado, onde um golpe causa uma mudança rápida na pressão arterial das vítimas. E o que acontece quando realmente não é um KO e simplesmente a vítima fica paralisada pela dor e a disfunção física? Em combates profissionais como os de Boxe, K-1 e MMA, há muitas avaliações e métodos médicos que se utilizam antes, durante e depois dos mesmos, que funcionam muito bem para proteger os lutadores... mas, poderia haver mais que funcionassem no caso de disfunção ou KO? E se há mais coisas para aprender e aumentar a ajuda e o auxílio às vítimas, acaso não é esta a principal responsabilidade do treinador, do árbitro e do médico? Nos combates de amadores e especialmente nos típicos de Karate, TKD, ou Kickboxing, há uma enorme brecha na atenção aos participantes e aqui é onde está o verdadeiro perigo e a necessidade de conhecer estes métodos.

Exemplos: Seguidamente, apresentamos dois dos muitos vídeos onde podemos ver que se necessita qualquer coisa melhor, posto que se faltarem Primeiros Socorros... não sabem o que fazer e isto pode evitar-se. Neste primeiro vídeo vemos um KO clássico, em um Torneio de Karate, o espaço de tempo desde a avaliação à assistência, é demasiadamente longo.


AutĂŠntico Kyusho


Fazer clicar neste vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=SAin_JZYiT4&feature=youtu.be Podemos ver os nervos da mandíbula sendo alcançados pelo pontapé e a acção de contracção do corpo, que se cai ao chão, o que indica o deterioro do nervo. Depois de avaliar os danos do pescoço, os métodos de reanimação do praticante de Kyusho deveriam acordar esta pessoa e começar o processo de cura, posto que o não fazer, permite que se surjam maiores afecções. Neste segundo vídeo, no qual não sabiam o que fazer e a vítima não podia respirar, escutem os gritos de assombro! Mais uma vez, o tempo que vai desde a avaliação à assistência é excessivamente longo. Fazer clique neste vídeo https://www.youtube.com/watch?v=YbxaoXaPzcc Este homem não podia respirar devido ao golpe em um lado do seu pescoço no C-3 e C-4, onde começa o nervo freático, que serve para controlar o diafragma e permitir a contracção e extensão do músculo normal, para permitir que os pulmões respirem adequadamente. Trata-se de uma reanimação simples, que teria evitado a este competidor muita dor, medo e perda de oxigenação em todo o corpo.

As pessoas merecem uma maior e melhor segurança Devemos exigir treinadores mais responsáveis e árbitros mais instruídos nos processos de reanimação e primeiros socorros do Kyusho... Não acham?... © Evan Pantazi 2015 At: www.kyusho.com




O Dai Duk Lan Mercado de alimentação e lugar do património cultural do Kung Fu Lugar de reunião dos grandes mestres de Kung Fu em Hong Kong, o Dai Duk Lan é um histórico mercado de alimentação de Hong Kong, fundado em 1913 e que actualmente continua em funcionamento. É um edifício em pedra, com letreiros emblemático, de antes da Segunda Guerra Mundial, rodeado de arranha-céus. Depois da Segunda Guerra Mundial, muitos Mestres de Kung Fu temiam que a China assumisse o controlo de Hong Kong e fossem perseguidos, coisa que estava sucedendo nesse momento, na China continental. Portanto, muitas escolas passaram à clandestinidade e continuaram existindo como organizações encobertas, como o “Dai Duk Lan”. Sob pretexto do bulício de um mercado de alimentos, o Dai Duk Lan se gradualmente se tornou um dos mais famosos lugares de reunião para todos os estilos de Kung Fu. Isto se aplica particularmente à família do Weng Chun, visto que o proprietário do Dai Duk Lan era um entusiasta e Grão Mestre de Weng Chun Kung Fu ("Punho da Eterna Primavera"), que compreende o conhecimento do combate de Shaolin do Sul, a cura e a filosofia.

Texto: Andreas Hoffmann, Christoph Fuss Associação Internacional Weng Chun Kung FuAssociação protectora do Dai Duk Lan Grão Mestre Andreas Hoffmann


Weng Chun


Grão Mestre Wai Yan convidou todos os outros Grandes Mestres de Weng Chun, a cooperarem com ele, com a intenção de preservar o Weng Chun para o futuro e estudar a fundo esta antiga Arte. Neste esforço, teve o apoio do Grão Mestre Tang Yick, o Grão Mestre Tam Kong, o Grão Mestre Chiu Mín Woon e em especial, o seu amigo o Grão Mestre Chu Chung Man, de Macau. O Grão Mestre Wai Yan, pesquisou e treinou com o Grão Mestre Chu Chung Man firam convidados Mestres de outros estilos, que os ajudaram e incentivaram na sua investigação e conhecimento. Entre eles estava o Grão Mestre Ip Man, também em um intercâmbio de experiências com a família do Weng Chun e que recebeu o apoio na sua formação, assim como na construção dos bonecos de madeira. Dizse que o anteriormente dito Grão Mestre de Weng Chun Chu Chung Man foi um amigo chegado do Grão Mestre Ip Man, desde que se conheceram em Fatshan e que mutuamente se influíram muito. Também, quando Chiu Chuk Kai, Grão Mestre de Tai Chi Mantis Religiosa, criou a sua própria forma do boneco de madeira, também foi devido ao apoio de seus amigos do Dai Duk Lan.

O


Ter estes espíritos abertos e realizar este animado intercâmbio, era extraordinário naquela época, especialmente considerando as circunstâncias em Hong Kong, circunstâncias essas que actualmente, ainda são inerentes à cultura do Kung Fu em Hong Kong. Quando se pergunta aos principais Mestres de qualquer estilo de Kung Fu, em Hong Kong, se pode ver que ainda sabem acerca do Dai Duk Lan e da sua importância para toda a comunidade do Kung Fu.


A Luta do Grão Mestre Wai Yan contra o extremismo do Kung Fu O espírito propulsor do Dai Duk Lan era o Grão Mestre Wai Yan. Mas muitas pessoas não percebem realmente as suas ideias revolucionárias para a comunidade do Kung Fu. Ele denunciou o extremismo que tem prevalecido na comunidade do Kung Fu até agora. Por exemplo, é muito comum entre as famílias do Kung Fu, afirmar que o seu caminho é o correcto e que todos os outros estão errados. Pretendem possuir um conhecimento secreto de técnicas muito antigas, as quais, logicamente não exibem publicamente por exemplo nos torneios - afirmando que seria demasiadamente perigoso e letal serem conhecidas pelo público. Tem havido muitas brigas entre membros de diferentes estilos de Kung Fu e até dentro de um estilo determinado, defendendo a sua pretensão de ser o melhor. Também muitos mestres falam mal do Kung Fu de outros Mestres…

Dentro da cultura do Kung Fu, o Grão Mestre Wai Yan queria pôr fim a esta maneira antiquada e obstinada de pensar. Tinha a intenção de juntar todos os Grandes Mestres de Kung Fu, para incentivas o intercâmbio activo de experiências, para elevar o Kung Fu em seu conjunto, a uma nova dimensão. Dentro do Weng Chun Kung Fu, assentou as bases para a criação de um programa de estudos que destinado a ser aplicado a todas as famílias do Weng Chun. O Grão Mestre Wai Yan convidava todos a combater com ele e com o Grão Mestre Chu Chung Man, para poderem ver, aprender e chegado o caso ajudar a desenvolver mais a Arte Marcial do Kung Fu. Outro sinal do extremismo do Kung Fu eram as brigas e discussões acerca da linhagem. Muitos antigos mestres de Kung Fu, afirmavam “ser o melhor” e

que a sua posição estava mais alta na árvore genealógica do Kung Fu. Esta luta pela árvore genealógica se fez tão habitual e assumiu tais proporções, que alguns mestres se situaram em posições mais vantajosas na árvore, fabricando genealogias absolutamente fantasiosas. A Mensagem do Grandmaster Wai Yan era simples e claro: Só aqueles Mestres que treinassem duro e continuassem evoluindo, seríam reconhecidos pelo Dai Duk Lan e por ele próprio. A posição dentro de uma árvore da família, não ajuda nada no Kung Fu. Não há nenhuma outra maneira de alcançar a habilidade que a través de um duro treino - que é o significado literal do termo "Kung Fu". Assim é como as coisas estiveram no Dai Duk Lan, durante mais de vinte anos. O Grão Mestre Wai Yan teve de se enfrentar a muitas hostilidades por parte dos mestres de Kung Fu antiquados e de mentalidade estreita. Tendo isto em consideração, o que o Grão Mestre Wai Yan conseguiu, parece ainda mais incrível. Baseando-se na sua profunda experiência, desenvolveu o Weng Chun Kung Fu a um nível muito alto, e o Dai Duk Lan ajudou muitos estilos de Kung Fu e representantes, a evoluírem e melhorar eles mesmos e o que não é menos importante, a terem uma mentalidade mais aberta. O último e mais incrível exemplo da tal acção da mentalidade aberta do Grão Mestre Wai Yan, foi ensinar a um estrangeiro, desobedecendo uma das regras restritivas - não ensinar a estrangeiros! O Grão Mestre Wai Yan aceitou Andreas Hoffmann, da Alemanha, como seu último estudante e o treinou pessoalmente no Dai Duk Lan, durante época compreendida entre 1986 e 1991. Depois, o Dai Duk Lan fechou como escola de Kung Fu em 1991 e o Grão Mestre Wai Yan continuou ensinando a


Weng Chun Andreas Hoffmann em privado, em sua casa.

Protector do Dai Duk Lan Hoje, Andreas Hoffmann está protegendo o Dai Duk Lan e a missão do Grão Mestre Wai Yan. Depois da morte do Grão Mestre Wai Yan, algumas pessoas continuam falando mal da sua missão, assim como do Dai Duk Lan, o que mostra ainda estarem “presos” no seu extremismo no Kung Fu. Mas quando o fazem, têm de se enfrentar a Andreas Hoffmann e aos seus estudantes, que agora já são Mestres espalhados por todo o mundo, que estão ensinando por todo lado e que continuam melhorando o Dai Duk Lan, mantendo a mente aberta na cultura do Kung Fu.



Weng Chun


REF.: • KMRED 1

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Entrevista


Ed Parker’s Kenpo

“Eu sou praticante de Kenpo, o que não quer dizer que não goste de outras Artes e incentivo todos para que quando encontrarem na vida um caminho de que gostem, o sigam.”

Sem dúvida, nos nossos dias, Larry Tatum é uma das personalidades mais destacadas do Kenpo. A sua organização funciona cada dia melhor e em mais países, pois ele tem sabido capitalizar um carisma que está fora de qualquer dúvida, junto com uma proximidade e atenção aos estudantes mais interessados em aprender que em fazer política. A sua visão das Artes Marciais é ampla e moderna ao mesmo tempo que profunda. Não se limita aos aspectos técnicos, nos quais é um reconhecido especialista, interessam-lhe cada vez mais, os aspectos vinculados com o crescimento pessoal dos seus alunos e de si próprio. Este é um aspecto que não passa despercebido à redacção desta revista que sempre se tem postulado a favor da ideia das AM como uma via que transcende pontos de vista mais limitados. Conversámos longamente com ele, sobre assuntos que consideramos de interesse para qualquer leitor, seja ou não praticante de Kenpo, mas não deixámos passar a ocasião de entrar em profundidade em algumas questões técnicas que pertencem à herança peculiar e única do Kenpo Karate e que constituem uma substanciosa contribuição de novidades para os estudantes de qualquer estilo, na medida que dizem respeito a alguns dos elementos que podemos considerar universais em todas as nossas práticas. Larry Tatum, um grande Mestre que tem muito a dizer, de novo nas nossas páginas. Estamos certos que será do agrado dos nossos leitores, tal como foi para nós. Alfredo Tucci


Entrevista


Ed Parker’s Kenpo

LARRY TATUM ENTREVISTA Do Mundo e as suas coisas… Cinturão Negro: Nos últimos tempos, a sua organização de Kenpo tem crescido muito. Que ideias tem, quais os projectos e sensações acerca do futuro do Kenpo? Larry Tatum: Penso que a organização vai continuar a crescer durante os próximos anos, visto que praticamente cada mês, oferecemos novos cursos e novas matérias de estudo em 12 países diferentes. Actualmente, a nível profissional dedico muito tempo a cada escola que se une à nossa organização, para conhecer bem os alunos, ministrar seminários e para que comecem a treinar sob as diferentes estruturas de que dispomos. Nunca faço projectos a longo prazo, simplesmente deixo as minhas coisas nas mãos de Deus, Ele vai marcando a pauta a seguir. Nas Artes Marciais ou em qualquer coisa que se faça na vida, é preciso dedicarmos um tempo para escutar Deus, Ele leva-nos onde queremos ir. Se o Kenpo continua na mesma linha que até agora, é lógico que as pessoas continuem a sua progressão. É fácil aprender e adaptar-se desenvolvendo o corpo e as habilidades individuais. Quando comecei com o Kenpo era uma vocação, depois passou a ser uma dedicação… Agora estou nesse ponto. Quando viajo ao longo de todo o mundo para ministrar os meus seminários, conheço muita gente, descubro outras caras desta Arte, visto que cada país tem a sua personalidade e a sua própria maneira de ver as coisas… Isto é o que me permite continuar a gozar esta Arte! Resulta muito emocionante e também me motiva para continuar ensinando. Quando as pessoas me perguntam se estou cansado de ensinar, sempre respondo "fisicamente sim, mas emocionalmente continuo implicado e estou muito motivado". Acontece que me encanta

“Se não puderes comparar, como escolher o que mais te interessa? Falamos às crianças de fazer escolhas, logo desde o começo das suas vidas, mas depois, durante a sua educação, só lhes é dito o que têm que aprender e são obrigadas a memorizar”


Entrevista


Ed Parker’s Kenpo

ver as pessoas aprender, assistir à sua evolução e ver como adquirem confiança nesta Arte. É um desafio que não tem fim. C.N.: Estamos a assistir ao nascimento de uma corrente nas Artes Marciais, de novos estilos baseados na Defesa Pessoal, na vida real, no que se chama combate de rua. Qual a relação existente entre o Kenpo e o resto das Artes Marciais? Qual a sua opinião acerca desta corrente onde há tendência a misturar diferentes Artes? L.T.: No Kenpo, nós também estamos envolvidos nestes rumos de mudança. O tempo descobre-nos coisas novas. Algumas Artes têm melhorado muito, tornandose algo muito valioso; enquanto que com outras aconteceu o contrário. Há pessoas que escolhem estilos que não visam necessariamente a "rua", porque simplesmente buscam reforçar a autoconfiança do aluno. Outros adoptam as Artes Marciais como uma maneira de educar as suas crianças, à semelhança da escritura, a leitura, a aritmética…, porque as Artes Marciais formam parte da cultura universal. De facto, alguns artistas marciais começaram a sua formação com 3 anos de idade. Qualquer idade é boa para tomar contacto com nós próprios, com os nossos sentimentos ou as nossas sensações. Por outro lado, qualquer pessoa tem o instinto da autodefesa. Quando está num processo de crescimento constatando que se pode defender por si mesmo, a sua confiança aumenta. O Kenpo ajuda-os nessa nova direcção, por ser um sistema eminentemente prático. Eu sou praticante de Kenpo, o que não quer dizer que não goste de outras Artes e incentivo todos para que quando encontrarem na vida um caminho de que gostem, o sigam. De facto, recebo praticantes de estilos muito diferentes, alguns resolvem mudar porque gostam do


Entrevista que faço, mas outros não o fazem porque não precisam disso e recebo-os da mesma maneira. Quando alguém está a desenvolver os seus valores, é preciso deixá-los em liberdade. Não sou esse tipo de mestre que diz às pessoas que têm de fazer o que eu faço. A qualquer pessoa que entra na minha organização, sempre digo que é muito importante respeitar e apreciar outros estilos. O respeito é essencial nas AM. C.N.: Então, pensa que a parte educativa é mais importante que qualquer outra nas Artes Marciais? L.T.: Sim, assim é. Não é difícil ensinar qualquer pessoa a lutar, pode ser feito em poucas semanas. Agora bem, para continuar nas Artes requer-se outras motivações que apontam mais a elementos emocionais e é realmente nisso que consiste o nosso trabalho. Ensinar uma criança pequena a coordenar o seu corpo é fácil; a uma pessoa de quarenta ou cinquenta anos é preciso ensinar outras coisas. Numa ocasião, uma senhora de 62 anos escreveume um e-mail depois de ver os meus vídeos. Ela dizia que era uma pena não os ter visto antes, porque teria aprendido as técnicas muito melhor com 40 anos menos. Respondi que aquilo de quarenta anos atrás forma parte do passado, o que importa realmente, é o que possa fazer agora. C.N.: Ela treina? L.T.: Treina sim, e além disso, quer fundar uma escola.

Aspectos técnicos do Kenpo C.N.: Agora, se estiver de acordo, vamos falar de alguns termos técnicos do Kenpo. O que é um movimento "Chave Mestra"? L.T.: Em Kenpo existem vários movimentos deste tipo. Um movimento “Chave Mestra” é um movimento básico universal, que pode utilizar-se em qualquer técnica. Por exemplo, uma fractura. Podes fracturar um braço simplesmente pressionando o cotovelo ou batendo nele, o importante é o conceito, ainda que existam diferentes métodos para o


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Entrevista conseguir. Quando um aluno aprende um movimento “Chave Mestra” e o utiliza com um oponente enchendo o vazio, então assimila-o, fazendo-o seu batendo, interceptando, etc., tornando-se um movimento universal. C.N.: Fale-nos de ângulos, alinhamento, combate, desvio… L.T.: O Kenpo tem a sua própria terminologia com a qual nos comunicamos ágil e especificamente. O que tentamos é passar para os nossos alunos a necessidade de


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sermos precisos. Se te fazem uma pergunta e és preciso na tua resposta, quer dizer que quando lutares com alguém, as técnicas irão suceder-se na tua cabeça da mesma maneira. Se falas com outro de um "ângulo de cancelação", um "riding check", uma "grafting technique" ou um "collapsing deflection" estás a descrever agilmente aquilo a que te referes. Por exemplo: se eu bato em alguém e seguidamente lhe espeto o cotovelo, estou a aplicar um "collapsing deflection". O termo "ângulo de cancelação" refere-se à aplicação de um golpe que anula qualquer possibilidade de reacção por parte do nosso oponente, impedindo-o de voltar a lutar e devolver os golpes. A nossa terminologia é muito ampla. C.N.: Há alguns conceitos que aparecem como essenciais no Kenpo: o alinhamento corporal, o body momentum… Poderia explicar aos nossos leitores, alguma coisa a esse respeito? L.T.: O alinhamento corporal faz referência ao alinhamento com nós mesmos e com o oponente. No Kenpo existem métodos para aumentar a potência: o movimento de torção, a união de gravidade e o alinhamento corporal. Se estes três conceitos não estiverem em harmonia, será impossível aumentar as próprias capacidades. O alinhamento corporal permitirá bater no meu objectivo com eficácia; o meu corpo estará correctamente alinhado e o efeito de alavanca será maior, pelo que o ângulo de ataque me irá permitir desenvolver a maior potência possível. Do mesmo modo, se quando bater afundar o meu corpo para conseguir a união com a força da gravidade, alcançarei a máxima potência, e se ao mesmo tempo girar o meu corpo, estou a conseguir o meu objectivo. Quando se controlam estes três métodos, consegue-se a máxima capacidade. O resto dos elementos, como são a velocidade, a luta com armas, o efeito de alavanca ou a torção, são uma simples consequência destes três primeiros. De facto, se não os dominarmos, o resto nunca funcionará bem. C.N.: Poderia explicar-nos a diferença entre o estado sólido, o líquido e o gasoso no Kenpo? L.T.: O estado sólido faz referência a um estilo duro, rígido, onde todos os movimentos são rígidos e firmes, quer dizer, trabalha-se acima de tudo com linhas rectas.


Entrevista


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O estado líquido faz referência à utilização de movimentos circulares e fluídos, combinando-os com movimentos em linha recta, pelo que é o melhor método de luta. Costuma utilizar-se numa luta contra vários adversários, perante um ataque massivo. No entanto, existe um estado mais elevado e sofisticado de luta, o estado gasoso, no qual ao mover-me posso bater em várias direcções e ao mesmo tempo fazer com a perna um varrimento a outro oponente. Este estado toca mais objectivos, alcança mais zonas do oponente, utilizando abundante armamento inclusivamente no um contra um. Apesar de ser o método mais sofisticado, não é exactamente o mais prático. Em Kenpo dizemos que quando uma linha recta acaba começa um círculo. Isto quer dizer que quando dou um golpe recto, quando faço contacto posso redondear o ângulo e empregar o cotovelo para bater. Uma linha recta faz-se um círculo; assim aceleramos a nossa acção. O objectivo mais importante no Kenpo é fazer um prolongamento de círculos, o que se consegue redondeando um ângulo, em vez de bater e retrair o braço para trás, simplesmente redondeamos o ângulo para continuar o fluir de movimento. Espero que isto possa dar uma ideia do que estou a falar. C.N.: Observa alguma relação entre os cinco elementos da tradição chinesa: água, madeira, fogo, terra, metal, e estes três elementos da energia? L.T.: Sim, dentro do teu corpo, estes elementos são o que tu és. C.N.: Mas, pensa que se pode aplicar esta terminologia ao Kenpo? L.T.: Absolutamente, sim, pode-se fazer perfeitamente. C.N. Como estamos a ver, o Kenpo possui uma ampla terminologia própria. Qual é a razão de ser desta peculiaridade? L.T.: O Kenpo é como a vida em si, visto ser um equilíbrio entre círculos e linhas rectas, ainda que possas ir a cada extremo, a maior parte da tua vida decorre no centro; de facto, só estás na vida para a adaptar a ti próprio. Quando começas a aprender Kenpo começas num nível primário, mecanicamente, como uma criança, depois vais aprendendo até alcançar o nível no qual ages espontaneamente. É o mesmo caminho da natureza e da própria vida. O programa de aprendizagem do Kenpo está delineado de maneira que a cada técnica, se dê um nome genérico que faz referência a um ataque específico. Todos os fundamentos das Artes Marciais estão classificados no Kenpo. A cada fundamento dá-se-lhe prioridade conforme o seu nível de dificuldade. Começa-se com um movimento determinado e estabelece-se um tempo para o aprender. Por exemplo uma cotovelada é um movimento básico que age como uma letra, de maneira que se junto mais outro, formaria uma sílaba. Se incorporo mais outro, formo uma palavra... Quando começas a aprender sílabas de movimento e a


Entrevista

"Não sou esse tipo de mestre que diz às pessoas que têm de fazer o que eu faço"


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desenvolver de modo fluído estas palavras, começas a construir frases de movimento… Quando construíres bem as frases de movimento e começares a lutar com outros companheiros, já estás a realizar um discurso e quando conseguires lutar contra vários adversários estás a fazer uma tese. Esto processo segue uma metodologia baseada na lógica, como o processo de aprendizagem de uma criança. Em Kenpo dão-se muitos cintos que estão pensados para oferecer metas a curto prazo e não garantem nada. O cinto não quer dizer vencer a outro aluno de categoria inferior, é uma demonstração de onde estiveste, onde estás e onde queres chegar. C.N.: Fale-nos do que no Kenpo se conhece como "foco"… L.T.: Existem dois tipos de foco: foco no ponto branco e foco no ponto preto. O primeiro significa que a imagem do teu objectivo é um ponto branco, sobre o qual se enfoca todo o poder, cada parte do teu corpo se centra nesse objectivo, enquanto que em volta desse ponto branco se cria um espaço preto que representa a inconsciência. O enfoque de ponto preto utiliza-se especialmente para mais de um objectivo e trata-se de visualizar o objectivo como um ponto preto, enquanto que tudo à sua volta é branco, o que supõe que no meu deslocamento na direcção desse objectivo, posso ver tudo o que acontece em minha volta, como por exemplo outros atacantes.

Sobre a aprendizagem e os estudantes… C.N.: Nos dias de hoje temos muita informação; os jovens têm opções em muitos estilos novos. Que lhe parece esta situação? L.T.: Se não puderes comparar, como escolher o que mais te interessa? Falamos às crianças de fazer escolhas, logo desde o começo das suas vidas, mas depois, durante a sua educação, só lhes é dito o que têm que aprender e são obrigadas a memorizar. No Kenpo todos somos entes individuais, o que quer dizer que o indivíduo pode fazer comparações, escolhas. Eu já não acredito em tratar de dominar as Artes Marciais; aprendi a comparar, a fazer escolhas. Comparar faz-me a vida mais fácil… A mudança leva-te à perfeição, a perfeição supõe evoluir e para isso é preciso escolher e tomar decisões. Quando nasce, uma nova Arte Marcial precisa evoluir fazendo comparações, porque caso contrário, só és uma estátua que vê passar as coisas em volta de si, sem se implicar. C.N.: Muita gente que aprende Kenpo no estrangeiro, fá-lo através de vídeos. Conforme a sua experiência, acredita que a gente que está a utilizar os vídeos está a crescer na sua aprendizagem do Kenpo? L.T.: Gravei uns 60 vídeos e DVD’s, além dos dois que gravamos com Budo International… São muitos, tenho uma ampla videoteca… Os alunos compram o vídeo e fazem o curso em casa, depois mandam-me o seu próprio vídeo para que eu analise os seus progressos, em função dos quais subo-os ou não de nível. É engraçado que quando comecei com estes cursos "caseiros", não estava muito certo de que fossem resultar bem e têm-me demonstrado que estava enganado, porque muitas vezes, quem faz este tipo de cursos é melhor que quem assiste às escolas e vou-te dizer o motivo… É que treinam mais e com mais vontade! Tem


Entrevista “ Muita gente diz que um aluno deve ser como uma chávena de chá e adaptar a sua mente ao que lhe estão a ensinar… Mas a verdade é que não é uma chávena de chá mas sim um ser humano! Com capacidade de reter o que aprendeu antes de me conhecer… Eu não quero que esqueça aquilo que aprendeu anteriormente, o que pretendo é estabelecer um nexo com o que já sabe”


Ed Parker’s Kenpo

vezes que me surpreendo com o quão bons que podem chegar a ser. C.N.: Diga-nos, segundo a sua opinião, o que distingue um bom aluno… L.T.: Muita gente diz que um aluno deve ser como uma chávena de chá e adaptar a sua mente ao que lhe estão a ensinar… Mas a verdade é que não é uma chávena de chá mas sim um ser humano! Com capacidade de reter o que aprendeu antes de me conhecer… Eu não quero que esqueça aquilo que aprendeu anteriormente, o que pretendo é estabelecer um nexo com o que já sabe. O que faz um bom aluno é a sua boa vontade para assistir aos seminários ou as escolas e escutar; depois, se o que lhe ensinas tem sentido e lógica, ele o praticará. No mundo há muitíssimos artistas marciais, mas nem todos são bons alunos; para haver um bom aluno é preciso haver um bom Mestre e viceversa. Não pode haver um sem o outro. C.N.: O que diz a uma pessoa que queira treinar consigo? L.T.: Que ligue para mim, sou fácil de encontrar (risos). C.N.: Sabemos que é muito acessível, por isso queremos que nos diga como contactar consigo. L.T.: É muito fácil, é só entrar na minha página web e mandar-me um e-mail; estarei encantado de ensinar a quem tiver vontade de aprender, sinceramente. C.N.: Foi um prazer tornar a encontrá-los, a si e à sua mulher e desde já, participar dos seus conhecimentos nesta conversa e no vídeo. Essa Kata superior que realizou, é uma maravilha! Acredito que os amantes do Kenpo vão ficar de boca aberta… L.T.: O prazer foi nosso, tenho a certeza que nos veremos em breve… C.N.: Mr. Tatum… Esta é a sua casa! Obrigado.





Este DVD se centra en las armas de filo, en conocer y entender todos los peligros asociados a ellas, y su tema principal es el establecimiento de la prioridad. El énfasis principal en el entrenamiento con un arma de filo es conocer y entender todos los peligros asociados a este tipo de armas. El grave peligro de estas armas es real, y debe tratarse como tal. Esto significa saber donde debes establecer tu prioridad de entrenamiento para ser una herramienta de supervivencia, en caso de que tal situación se presente. Afrontémoslo, tú eres quien tiene que sobrevivir, y no tu entrenador que te ayuda a entrenar tus metas, pero no tu objetivo. Las prioridades de entrenamiento que uso en Latosa Escrima son las siguientes: realidad, técnica y ejercicios. Realidad: es la comprensión de lo que podría suceder exactamente y los peligros al usar o enfrentarse a un arma de filo. Técnicas: movimientos que tratan de darte una generalización de posibilidades y probabilidades de lo que puede suceder. Ejercicios: la mayoría de ellos se utilizan para desarrollar y mejorar las habilidades de movimiento utilizadas en la aplicación técnica.

REF.: • DVD/LAT-3

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Sifu Chris Collins, Wing Tsun Kuen em estado puro! Durante a visita que realizamos a Hong Kong no passado mês de Maio de 2015, tive ocasião de visitar e entrevistar um grande número de mestres de Wing Chun Kuen. A experiência foi realmente agradável, tendo ocasião de escutar da sua própria voz, as opiniões e as ideias acerca desta ARTE, de alguns dos mais importantes Mestres de Wing Chun da actualidade. Por muito que possamos discutir entre praticantes, a sua linhagem, na minha opinião, a grande riqueza deste estilo, reside no facto de ser uma ARTE COM MIL CARAS. P que a muitos atormenta, vendo que há pessoas que praticam estilos e têm ideias diferentes, penso que realmente é uma das grandes fortalezas do Wing Chun Kuen. Sifu Crish Collins é um dos mais conhecidos e famosos mestres de WingTsun Kuen, assim sendo, era uma visita obrigatória, à qual não podíamos faltar. Quando planejamos esta expedição a Hong Kong, hei-de reconhecer que muita gente me falou muito bem de Sifu Crish. Como ele também é um mestre da linhagem da qual venho, me pareceu duplamente interessante escutar as opiniões de alguém como ele, que viveu em primeira pessoa as ensinanças do Grão Mestre Leung Ting.


A Coluna do WingTsun

S

em dúvida, ele não é estereotipo de professor de Wing Tsun que muitos esperam. Pessoa de mentalidade aberta, dedicado a procurar a eficiência nas Artes Marciais, praticante de Kali/Escrima, Brazilian Jiu Jitsu, Boxe, etc…, um autêntico ARTISTA MARCIAL. Contactei

com ele e logo encontrei facilidades para realizar esta visita e a entrevista. Dito isto, devo reconhecer que a minha opinião sobre ele é ainda muito melhor do que já era antes de o conhecer em pessoa. É evidente que há mestres com os quais temos uma maior ou uma menor afinidade e reconheço que com


Sifu Crish ter muitas coisas em comum com respeito à prática, mas na sua entrevista me surpreendeu. Foi uma grata surpresa! Me parece que falar do nível técnico ou da capacidade de Sifu Crish pode não ser demasiadamente interessante: basta ver o seu trabalho para nos apercebermos de seu nível EXTRAORDINÁRIO no estilo! Mas além destas considerações, gosto dos mestres e em geral das pessoas que olham para os olhos, pessoas que desde a humildade que proporciona o facto de não terem nada que demonstrar, podem falar com naturalidade, de qualquer matéria relativa às Artes Marciais, sem necessitar falar mal de alguém ou tentar dar-se valor a si mesmo. Sifu Crish é um homem HONESTO. Um mestre de Artes Marciais que apesar da sua juventude, já é e será uma grande referência no Wing Tsun Kuen, a nível Mundial. Não tenho a mais mínima dúvida! É um cavalheiro de grande educação, a quem me encantou visitar e conhecer em pessoa. É uma dessas pessoas que irradia um carisma e uma energia muito positiva. Um claro expoente de que com uma mente aberta, com amor pelo que se faz e um trabalho à consciência, o WingTsun ocupará

o lugar que merece. Devo agradecer a Sifu Collins, por nos receber com grande amabilidade e nos pôr tão à vontade. TODO O MEU RESPEITO! Sifu Crish Collins, sem dúvida, uma pessoa especial. Cinturão Negro: Quando começou a praticar Wing Tsun? Sifu Chris Collins: Oficialmente foi em 1996. Mas desde que tenho memória de mim, sempre tenho estado praticando artes marciais. Coisas diferentes: Boxe, Grappling, etc… Tinha um livro que tratava das Artes Marciais, de todo tipo de Artes Marciais. Nele se fazia referência ao Wing Chun. Eu não sabia muito bem o que era, mas “me pareceu bem”. Me interessou a sua filosofia, os conceitos de luta fundamentados na física ou na geometria, e coisas assim. Mas foi só uma ideia que ficou na minha cabeça e mais nada. Todos os fins de semana acostumava a ir treinar no National Park, na Califórnia, onde eu morava nessa época. Habitualmente, via ao longe a um senhor já de certa idade, praticando. Sempre fazia o mesmo tipo de punhos e técnicas e um dia, me aproximei dele e perguntei:


-“…Desculpe senhor. Como se chama isso que faz? Ele me disse que praticava Kung Fu Chinês, um estilo chamado Wing Chun Kuen. Então me lembrei de o ter visto naquele livro: Wing Chun! O senhor me convidou a experimentar… Experimentei bater-lhe com meus punhos, mas aquele senhor idoso e de pequeno tamanho, com seus punhos em linha recta, com a sua estrutura e com uma fluidez inacreditável, neutralizava os meus ataques e me superava. Então pensei: TENHO que aprender a fazer isto! Deixei de lado muitas coisas e com decisão. me lancei a faze-lo. Depois viajei a Hong Kong e visitei todas as escolas de Wing Chun que havia na cidade. Tenho de reconhecer ter ficado um pouco

deprimido pelo que lá encontrei. Procurei e procurei em muitos lugares, porque o que eu tinha no pensamento era diferente. Talvez pensava em Bruce Lee ou naquele idoso senhor que conhecera no parque, na Califórnia, mas não encontrava nada de que gostasse. Atenção! Não digo que fosse bom ou mau, simplesmente o que ali via NÃO ERA PARA MIM. Bastante decepcionado e justamente antes de deixar Hong Kong para voltar para a casa, caminhando por Nathan Road vi o cartaz luminoso do Ginásio de Leung Ting. Não sabia quem era Leung Ting, mas alguma coisa me levou a subir e bater à porta. Me atendeu um homem pequeno, que hoje é um dos meus melhores amigos. Me perguntou o



A Coluna do WingTsun que queria… e eu disse que queria aprender Wing Tsun. Me convidou a entrar e a sentar-me para assistir à aula e foi a primeira vez que pude ver um movimento e uma maneira de fazer que a mim me atraía. Os movimentos flexíveis, fluidos, etc.… Também me surpreendeu a maneira de treinar. Não tentavam faze-lo rápido ou forte, procuravam outro tipo de movimento muito mais fluido e simples e quando tentavam tocar no G. M Leung Ting, ele respondia com um suave movimento e uma palmada na cabeça. Disse a mim mesmo… Isto sim é o que eu quero fazer. A partir de então, comecei a aprender com ele, na sua academia central, em Nathan Road. C.N.: A segunda pergunta era “Por que motivo o Wing Tsun”, mas já respondeu perfeitamente na primeira delas (risos). S.C.C.: Por tudo isso que digo e também porque se adaptava perfeitamente a mim e ao meu trabalho. Era militar e via outros estilos de combate com tendências mais “desportivas”, que não me serviam. Habitualmente vestia farda, uma grande mochila às costas, capacete, armas de fogo, uma espingarda, etc…, e quando via todos esses estilos, sentia que eram pouco úteis para mim. No entanto, o Wing Tsun era perfeito devido à sua própria estrutura. Essa fluidez nos braços e a própria posição eram perfeitas. Por tudo isto me resolvi pelo WingTsun. Tudo isso definiu a minha escolha… C.N.: Observamos que pratica outros sistemas como Kali/Escrima, Grappling, BJJ ou mesmo o Boxe. Pensa que é melhor praticar diferentes disciplinas, ou só o WingTsun? Qual seria seu conselho? S.C.C.: Bem… É uma questão realmente complicada. A questão é que um instrutor tem de focar a prática numa direcção e isso nem sempre é fácil. Há estudantes que aprendem do que escutam, outros que fazem-no do que vêem, outros que simplesmente podem aprender praticando-o directamente. Diferentes tipos de pessoas que compreendem e aprendem de maneiras diferentes. Mas se fizermos tudo junto, corremos o risco de acabar fazendo um tipo de “Jeet Kune Do” e pessoalmente, não é isso o que seu quero fazer. Quer dizer, quando treino Grappling, eu sou capaz de pôr nisso toda a mina atenção e energia. O mesmo acontece quando pratico Boxing ou WingTsun… Sou capaz de separar completamente os estilos e concentrar-me no que faço. Mas nem sempre é fácil para todos

“Quando se chega a uma certa idade, não se pode continuar praticando a um determinado nível. No entanto, o WingTsun nos permite continuar e continuar, sendo assim a margem da melhora realmente muito grande”


“A questão é que um instrutor tem de focar a prática numa direcção e isso nem sempre é fácil. Há estudantes que aprendem do que escutam, outros que o fazem do que vêem”

“O Wing Tsun está baseado em uns princípios físicos, geométricos, etc… Com a prática, uma pessoa inteligente será capaz de levar essas ideias para o combate”



A Coluna do WingTsun os estudantes. Por isso, eu prefiro fazer tudo completamente por separado. C.N.: Perfeito. Mas afinal existem disciplinas mais chegadas no que respeita aos seus princípios o estratégias. Por exemplo: o WingTsun e o Brazilian Jiu Jitsu podem chegar a ter certas similitudes nas suas sus estratégias ou técnicas, mas por outro lado, o Kali ou o Boxe, não lhe parecem completamente diferentes? S.C.C.: Não! Pessoalmente, para mim tudo é a mesma coisa. O motivo é simples. Quando pratico cada uma delas, tento ver para além do estilo. Quero dizer, observo o movimento, os conceitos que há neles do ponto de vista da física ou da geometria. Estes princípios são os que realmente nunca mudam e isto é o que a mim me mostra que quase tudo o que tem a ver com o combate é muito próximo. Resumindo: um professor utiliza o programa de um estilo para fazer compreender aos estudantes estes princípios, dos quais falo, para ulteriormente aplicá-los à luta. Por isto, para mim tudo está realmente muito relacionado. C.N.: Na sua opinião, qual é a força do Wing Tsun como sistema? S.C.C.: O Wing Tsun é um sistema que permite praticar a qualquer pessoa. Gostaria de explicar isto… O Wing Tsun está baseado em princípios físicos, geométricos, etc… Com a prática, uma pessoa inteligente será capaz de levar essas ideias para o combate. Independentemente do tamanho, idade ou forma física, sendo capaz de

compreender esses princípios e torná-los habilidades para o combate, seja a quem for, o Wing Tsun pode dar uma oportunidade de poder combater, de poder defender-se. Não quero com isto dizer que outros sistemas a não possam dar, mas é diferente. Por exemplo, o Brazilian Jiu Jitsu é um grande sistema de luta, mas si não se é capaz de agarrar, atirar-se para o chão e lutar (o que é muito duro quando se está lutando em BJJ) muitas pessoas não aguentarão esse tempo de estudo e treino. Pelo contrário, a própria maneira de treinar WingTsun, permite a quase qualquer pessoa, treinar durante um bom período de tempo e o próprio sistema dá as oportunidades. Outros sistemas também têm um período de prática mais curto. Quando se chega a uma certa idade, não se pode continuar praticando a um determinado nível. No entanto, o WingTsun nos permite continuar e continuar, sendo assim a margem da melhora realmente muito grande. C.N.: E as debilidades? Porque muitos praticantes falam de como é bom é o WingTsun, mas poucos gostam de falar das debilidades. Qual é a principal debilidade, ou as debilidades do WingTsun? S.C.C.: A principal debilidade do Wing Tsun é o Wing Tsun propriamente dito! Acontece que muitos professores e praticantes com um nível bom, podem faze-lo com grande destreza nas suas próprias escolas, mas nunca fora delas. Realmente, muitos jamais experimentaram nada disso fora do seu grupo de estudantes ou

escolas. Sentem-se bem fazendo os seus “drills” ou exercícios com os seus estudantes, mas realmente nunca experimentaram faze-lo fora do seu ambiente e quando alguém tem o “atrevimento” de fazer qualquer coisa “diferente”, logo se começam a dizer coisas do género “NÃO… isso não é Wing Tsun!…” e outras coisas semelhantes… Realmente, não perceberam que o problema é seu! Quero dizer que quando ensino a qualquer dos meus alunos, peço a ele que se eu cometer um erro praticando, me bata. Se um dos meus estudantes pode bater em mim, não é problema seu, realmente o problema é meu… O que acontece que muitos dos praticantes, é que passam muito tempo a pensar se isto ou aquilo é “autêntico Wing Tsun”, “Wing Chun tradicional” ou “Wing Chun Efectivo” e um monte destas coisas e coisa e qualificações. No fundo, todos têm o mesmo problema, porque empregam muito tempo nestas coisas e assim não conseguem o que é importante: melhorar como praticantes! Na minha opinião, o principal problema reside em que muitos dos que ensinam Wing Tsun, nunca lutaram. Não há nada de mau nisso, mas talvez deviam denominar isto como “Movimentos corporais de Artes Marciais”. Seria muito mais exacto. Se falamos de Artes Marciais…, quando um estudante vem até a nossa escola para praticar Artes Marciais, o que ele quer é aprender a lutar e isso é o que nos devemos ensinar. C.N.: Actualmente, o WingTsun está evoluindo ou involuindo?



S.C.C.: Há de tudo um pouco. Há professores e escolas que estão evoluindo e outras que não. Mas afinal, para evoluir sempre se tem de voltar à base do sistema. Mas por outro lado, agora é muito habitual haver muitos grupos de praticantes ou escolas que se concentram na criação de programas ou “drills”, os quais fazem de maneira separada e sem ligação. Quero dizer, praticam um programa de trabalho e quando realizado, é marcado como “superado” e passam a outro. Afinal, isto é pouco coerente. Realmente, se queremos conseguir uma evolução lógica, o inteligente é fazer tudo pelo caminho mais curto. Escolher um ponto de partida, vermos para onde vamos e ir direitos até o fim. Em quatro ou cinco anos, uma pessoa deveria aprender todo o sistema. Não há muito mais… Lamento do coração ver como alguns dos meus estudantes na Europa, após mais de 15 anos de prática, ainda não conseguiram completar o sistema e começam a falar-me de um programa ou de outro… Não, por favor não! Estas são pessoas com a mesma paixão que eu sinto e isto me entristece muito! Por outro lado, há pessoas que com o seu trabalho, está fazendo evoluir o sistema. Um dos meus objectivos é ser honesto com os praticantes que assistem aos meus cursos e aulas. Quero ensinar-lhes o melhor que sei, da maneira mais

rápida e juntos comparticipar desta paixão. Há quem está evoluindo, mas em geral e por outro lado, tudo é bastante “fechado” em seus planeamentos, estando mais centrados em outros aspectos que na própria prática do estilo. C.N.: Como se explicariam as enormes diferenças entre as escolas de Wing Tsun. Nas escolas de WingTsun em Hong Kong há diferencias, mas entre a Europa e Hong Kong, as diferencias são muito grandes! Eu até diria que a cada dia são mais! O que poderia dizernos a este respeito? S.C.C.: Realmente, este assunto tem muito a ver com o anterior, mas diria que a maneira de conceber as coisas é diferente. O Europeu necessita ter tudo muito em ordem na sua cabeça, numa espécie de “caixas”. Assim sendo, treinando, um professor indica ao aluno realizar esse exercício sem se sair dele. Depois, outro ou outros programas e sempre todo muito relacionado com o pagamento de uma quota ou de alguma coisa em relação com o negócio. Na China, tudo é muito diferente. Tudo é muito mais sensorial. Tudo flui e nessa fluidez, tudo é diferente. Talvez isto explique muitas destas coisas… As diferenças radicam, acima de tudo, na mentalidade das pessoas. Simplesmente sentem e pensam de maneira diferente.

“O Wing Tsun é um sistema que permite praticar a qualquer pessoa”


“Muitos dos praticantes passam muito tempo a pensar se isto ou aquilo é ‘autêntico Wing Tsun’, ‘Wing Chun tradicional’ ou ‘Wing Chun Efectivo’ e um monte destas coisas e qualificações”


WingTsun C.N.: Algum conselho para os seguidores na Europa? S.C.C.: Realmente eu não gosto nada de dar conselhos acerca de como se deveria de fazer no Wing Tsun. É a minha filosofia de vida… Se alguém me pedir mostrar o meu ponto de vista, eu mostro encantado, mas não gosto de dizer a alguém com tem de fazer isto ou aquilo… No entanto, gostaria de insistir na importância de compreender a base e os princípios do sistema. Quando assim se faz, ainda que por vezes possa parecer uma perda de tempo, o não é! A partir desta compreensão das bases, a melhoria e o progresso do praticante nunca vão parar. C.N.: Queremos agradecer-lhe todas as respostas. A maneira tão natural em que nos atendeu e acima de tudo, pelo facto de nos ter recebido na sua escola, com todos os alunos… Foi realmente um grande prazer e uma honra, conhece-lo em pessoa. S.C.C.: Eu é que agradeço “Cinturão Negro Budo International”. Se quiserem conhecer Sifu Crish Collins, podem visitá-lo na sua escola em Hong Kong. Também realiza seminários em diferentes partes do mundo. Podem fazer um seguimento das suas actividades no seu web site www.collinsaction.com Sifu Salvador Sánchez















Êxito por estrutura “Qualquer tempo passado foi melhor”. Todos já escutamos isto, alguma vez. Como muitas outras frases famosas, tem alguma verdade mas também não é exacta, pois tudo nesta vida tem duas caras.


A

nossa Arte e a forma maneira como se está praticando nas minhas escolas, tinha muitos nomes e denominações diferentes nos séculos passados. O conteúdo desta arte é o mesmo, o que hoje é muito diferente é o tempo… Sim, é certo que se diz que um dia só tem 24 horas, mas a diferença estriba no que se fazia

dantes e do que agora se faz com o tempo. “Treinar o dia todo” é coisa que hoje nos parece gigantesco e sem dúvida também para aqueles que têm um trabalho de escritório e em princípio, assim é. Mas os estudantes que participaram na acampada do Outono, em Hong Kong, ou que normalmente participam em outros eventos, sabem que realmente vão tirar proveito. Esta

era a maneira em que antigamente se praticava a nossa arte. Também foi a maneira em que aprendeu o meu Mestre e talvez, também eu hoje estou aprendendo assim. Mas o que se não se aprendia em um dia inteiro de treino, era a estrutura. Sem Gameboy nem a Internet, durante o dia se dispunha de muitas horas para treinar e para receber lições instrutivas. Não era um problema de aprender mais,


Hung Gar Kung Fu porque afinal se recebia um sistema completo. Se me derem licença, insisto nisto... Dantes se faziam muitas horas de treino durante o dia e a cada dia. Hoje, depende da nossa agenda: Treinos de uma hora e meia ou duas, até quatro vezes por semana. Quais são as diferenças? Começamos com a nossa formação profissional, da mesma maneira e também investimos pouco tempo,

confiando no professor que nos vai ensinar tudo quanto necessitarmos. Isto, dantes funcionava muito bem. Se dispunha de muito tempo. Hoje, já não funciona!… E o que fiz eu para também ser bem sucedido ensinando aos estudantes a nossa arte tradicional? Estrutura, estrutura e estrutura! No Oeste vivemos de uma maneira que não nos podemos abster da

estrutura. É verdade que uma parte do estresse é artificial, mas não se pode negar que a vida, como a conhecemos hoje, não foi imaginada sem um superior ordenamento destacado. Aqui é quando as nossas agendas, onde tomamos nota exactamente de quando e o que vamos fazer, entram em jogo. Isto nos leva até possíveis quatro dias da parte da tarde, como média, nos



quais se poderia treinar. Reparem que estou a dizer “se poderia” e que, naturalmente, estamos a falar de uma hora e meia de cada vez. O que significa isto para nós, os professores? Significa que temos de facilitar uma grande sapiência da maneira mais eficaz, para aproveitarmos o tempo que temos, de uma maneira óptima. Sim, é certo que cada aluno, com seu próprio carácter, tem as suas próprias fraquezas e dúvidas, as quais ele traz às lições, mas a nossa arte e a estrutura que vem de antes, levam o aluno a poder aproveitar ao máximo um tempo mínimo. Além de aprender, o aluno é ensinado a aprender a treinar, independentemente do que possa fazer um adulto. Disse que eu aprendi à maneira “antiga”. Alguns professores da minha geração, diriam ter aprendido de uma maneira “melhor” ou “mais dura”. Muitas vezes escutamos: Dantes tudo era melhor! Mas realmente, é isto verdade? Para alguém que como eu cresceu no Oeste, as artes antigas de Shaolin (e especialmente no ensino de um mestre tão tradicional) talvez foram confusas e caóticas. Apesar de que eu estava com o ensino do meu professor durante o dia inteiro, só podia estar como máximo, cinco ou seis semanas seguidas com ele, porque também a mim me custava dinheiro. Nessa época, o Mestre morava em Hong Kong e eu na Suíça, como agora… Naturalmente que o tempo intermédio daquelas viagens a Hong Kong, serviam muito bem para recapitular e treinar o que aprendera e pesquisar nas tradicionais confusões. Mas já então, apesar das incontáveis horas de treino duro cada dia, tinha que comprimir, estruturar e resumir o que tinha aprendido, para realmente compreender e assimilar.



Hoje, sou o sucessor do estilo e do meu mestre. A minha receita do êxito é que eu sempre me encarregava de todos, de tudo e qualquer coisa e que eu implantei uma forma de estrutura na nossa arte. Não importava tratar-se do ensino dos meus estudantes ou da minha própria formação. A minha equipa e eu, apontamos e definimos todo o ensino da nossa arte. Também definimos grandes objectivos e os objectivos intermédios para o estudante. Além disto, temos estruturado inúmeros processos, sem alterar em nada a arte de Shaolin. Pelo contrário, conseguimos que o estudante possa aprender mais rápida e eficazmente a nossa arte. Isto não só evidencia o grupo dos colaboradores, dos quais, alguns já vivem do ensino a tempo completo. Também se faz evidente nos meus alunos, não só porque recebem distinções nacionais e internacionais, como também pelos êxitos obtidos nos torneios. Finalmente, voltamos ao princípio: Se afastou o nosso dia-a-dia dos nossos afazeres quotidianos da luta a todo o transe? Isto é seguro. É a formação divagante nas artes tradicionais, ainda útil, apesar de hoje ser mais estruturada e eficaz que dantes? Certamente, sim! Dado o facto de que os ataques físicos ainda existem e que as vantagens para a saúde estão integradas no treino, resultando numa vida melhor, o que se aprende durante a formação, no fim da qual também se constrói uma estrutura - coisa que tanto os leitores como eu, aprendemos hoje e é uma “pedra angular” na base da nossa vida. Com a ajuda desta pedra, combinada com a antiga sabedoria de Shaolin, podemos melhorar a qualidade da nossa vida diária e também podemos conseguir os nossos objectivos mais rapidamente, dia-a-dia, lição a lição, na KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER.















REF.: • LEVI LEVI8

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O VALOR DOS NOSSOS TROPEÇOS Cinturão Negro: O que espera de um Instrutor? Justo Dieguez: Um Instrutor em Keysi, deve acreditar em si mesmo, o que forma parte de seu crescimento pessoal. Si não vê os seus valores, como há-de ver os valores nos seus estudantes? Eu me muito afortunado por ter a meu lado uma grande equipa profissional no ensino e humana na sua transmissão. Ao contrário de um Psicólogo, que analisa as pessoas que não sabem para onde vão e correm sem saber o motivo, eu prefiro estudar as pessoas que são felizes, entusiastas, que transmitem e desprendem vida e que estando a seu lado, nos motivam. Sentir a sua paixão e ver que são conscientes. Me sinto agradecido e cheio de orgulho por estas pessoas! São o tipo de pessoas com quem quero compartilhar o Keysi, sem meias verdades, cheios de energia positiva. É muito Importante nos rodearmos de influência positiva, de gente positiva, porque se não, acabamos como a gente com quem passamos o tempo e só sendo positivos, podemos perguntar, sem medo, qual é o sentido da vida, porque razão morremos…, porque o medo não está em morrer… Seria aterrador não termos o menor quem somos... Dizia António Machado: “A minha verdade? Não!. A tua verdade? Não! Apenas a Verdade e vamos juntos procurála. A tua, que fique bem guardada!".

"A experiência não é o que nos sucede, a experiencia é o que fazemos com aquilo que nos sucede"


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C.N.: Isto nos leva a perguntas… J.D.: Certo. Quando comecei a me fazer perguntas como onde estava e para onde ia, encontrei muitas respostas e pensei que poderia encontrá-las todas. Três décadas depois, sei que as respostas temos de procurá-las dentro de nós, o único problema é que essas respostas geram mais perguntas… Assim sendo, procurei um meio de comunicação, a Mecânica Corporal e esta, interpretada com os Núcleos. Estes núcleos ou técnicas são um meio de comunicação - não resta dúvida alguma - e depois está a maneira em que cada pessoa interpreta essa comunicação. C.N.: O KEYSI é uma linguagem interpretada com a Mecânica Corporal? J.D.: A Mecânica corporal faz com que exista uma comunicação que ultrapassa o aspecto racional da mente e a sua maneira de o fazer é através da execução técnica, não só Física, também Mental e Emocional. O ser humano tem uma capacidade incrível de expressão, quando somos capazes de perceber que estes três princípios são UM. Se procurarmos uma resposta de como podemos perceber isto, a minha resposta poderia ser a música, onde vemos que não é um processo de pensamento racional, posto que a resposta interpretativa é emocional e é imediata. C.N.: A Mecânica Corporal nos dá respostas não verbais? J.D.: Um aspecto fascinante da mecânica corporal - estou convencido disso - é que há um inter-relacionamento de para dentro. Quando compreendemos que estes três princípios são um, se sente que há uma conjunção, chegando a tornar-se uma massa, e a energia desse momento, se reflecte na expressão, sentindo nesse momento que somos testemunhas da mudança que está acontecendo dentro de nós. C.N.: Qual é a base da Mecânica Corporal? J.D.: Todos os seus movimentos se baseiam nos princípios da Geometria. Estes princípios são fundamentais e reflectem o

Dizia António Machado: “A minha verdade? Não! A tua verdade?; Não!. Apenas a verdade e vamos juntos procurá-la. A tua, verdade, guarda-a bem guardada!


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aspecto tridimensional, não só na distância e na altura, também se há uma inter-acção com o espaço e o tempo, a acção/reacção, o ritmo, o eixo central ou centro de gravidade, a massa, e um longo etc. e se observarmos com tempo e atenção o seu desenvolvimento, poderemos ver círculos, triângulos, quadrados, dentro de uma forma sem forma, mas se aprofundarmos, poderemos ver que estes hieroglíficos formam diferentes desenhos em forma de estrelas, que se vão sobrepondo umas sobre as outras e se somos mais observadores, veremos que dentro de cada uma delas há um sem fim na expressão física, mental e emocional. Ter a capacidade de ver isto, é muito importante, porque a Geometria propriamente dita, é visual e o que está codificado dentro dessa Geometria, é “Energia”. A Energia te transforma e se manifesta em cada movimento. C.N.: A Mecânica Corporal é um comunicador? J.D.: Quando começas a reconhecer por primeira vez, a tua mecânica corporal, começa a surgir essa comunicação com a nossa mente, se sente uma alteração emocional na expressão. Tem uma atracção irresistível o facto de comunicar com o corpo o que se não pode expressar com palavras e isto é porque começa a afectar o subconsciente da mente irracional, se começa a sentir o fluir do eu interior. Estamos “arranhando” ao de leve, a superfície deste incrível e vasto mapa que é o nosso corpo. É um reconhecimento progressivo de fora para o mais profundo do nosso íntimo ser, uma leitura progressiva que nos leva a inverter o processo, para comunicar de dentro para fora. C.N.: Quais são as chaves no Keysi? J.D.: Humildade e Perseverança. Como dizia António Machado: "Caminhante, não há caminho, faz-se caminho a andar… Pega na minha mão e vamos sair do sonho de vez em quando. Gozemos fora e dentro dele: fora, como uma brincadeira; dentro, procurando a verdade e descobrindo as nossas almas... Com a diferença de que isto, não é poesia!

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O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiais do exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik, realizaram um novo DVD básico que trata sobre as armas de fogo, a segurança e as técnicas de treino derivadas do Disparo Instintivo em Combate, o IPSC. O Disparo Instintivo em Combate - IPSC (Instinctive Point Shooting Combat) é um método de disparo baseado nas reacções instintivas e cinemáticas para disparar em distâncias curtas, em situações rápidas e dinâmicas. Uma disciplina de defesa pessoal para sobreviver numa situação de ameaça para a vida, onde fazem-se necessárias grande rapidez e precisão. Tem de se empunhar a pistola e disparar numa distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o manejo da arma (revólver e semiautomática); prática de tiro em seco e a segurança; o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e em movimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse e múltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador, com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro com pistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 e inclusivamente lança-granadas M-16.

REF.: • KAPAP7

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Somos uma equipa, a equipa KMRED! O nosso lema: “Entre ser ou parecer, escolhemos, aluno um dia, aluno sempre�



Juntamos conceitos de trabalho para evoluir a um interesse do conteĂşdo e acima de tudo pelo interesse dos que vĂŁo utilizar nossas Bases y PrincĂ­pios para se defenderem.



Para nós, o KRAV MAGA RED não é um negócio, é uma paixão, uma maneira de viver. Não somos uma nova federação, ou outra entidade qualquer, que procura fazer surf na onda “KRAV MAGA y na auto-defesa, só pensando nos lucros que poderia dar.



O nossa passo é AUTÊNTICO e o compartilhamos com todos aqueles que realmente têm aberto o espírito. Os nossos valores: “Respeito - Humildade - Coragem – Questionar“.



O grupo KRAV MAGA RED, que está em pleno desenvolvimento, continuará ao longo dos anos a se construir, questionando constantemente através de intercâmbios construtivos com todas as pessoas que agem no sentido dos praticantes, longe das guerras do “ego” e das organizações que rejeitam a abertura.



A nossa força reside na aprendizagem permanente das disciplinas de combate antigas e modernas, Lethwei, Boxe Birmano, Boxe Inglês, Muay Thai, Boxe Francês, Kick Boxing ou K1, são umas disciplinas de base que praticam e ensinam todos os Instrutores e futuros Instrutores do grupo KMRED (Kravmaga Recherche Evolution et Developpement) Kravmaga Procura, Evolução e Desenvolvimento.


RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Maestro José Domingos Cinturón Negro 3º Dan “Sandan” Fu-Shih Kenpo 1º Dan Kosho-Ryu Kenpo Representante de FEAM y la “International Fu-Shih Kenpo Portugal”. Entrenador de Lucha Libre, Musculación y Cultura. Física y Fitness – Preparador Físico, Socorrista de Emergencia Médica www.facebook.com/jose.domingos.37 <http://www.facebook.com/jose.domingos.37> jomanegos@gmail.com Tel: 00351 965713463.Dojo: XL GYM Avda. 25 de Abril nª 45, 1675 -185 Pontinha, Portugal ESCUELA DE ARTES MARCIALES KWANG GAE DO Felipe Alves Aniceto 2º Dan Tae Kwon Do Y Kick Boxing Representante Feam En Aragon Gimnasio Alfinden Tlf:649 601 709 Kwanggaedo@Gmail.Com Kwanggaedo.Wix.Com/Kwangaedo-Eam Facebook//Kwang Gae Do Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 7º DAN Instructor Internacional Policial, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vicepresidente Federación Andaluza de Tae-Kwon-Do ITF Representante FEAM e IPSA para GRANADA, ANDALUCÍA. Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono: 607832851opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Per Snilsberg: Consejero Personal, Patrocinador y Promotor FEAM, IPSA e International Fu-Shih Kenpo Association, IFSKA. c/ Løytnantsveien 8b, 7056 Ranheim - Norway. Tel: +47 930 09 006 – post@fiskeper.no Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-Fu Representante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega. Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) 90942428 Frodestrom1969@gmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760






Luta e temores (DECLARAÇÃO DA MISSÃO DA ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DE HWA RANG DO®) HWA RANG DO®: Um legado de Lealdade, Procura Incansável da Verdade, Reforçar a Vida, Serviço à Humanidade.




S

a Nim Tae Joon Lee, 8ºDan de Hwa Rang Do® (Presidente da Associação Mundial de Hwa Rang Do® e meu Grão Mestre), diz: "No Hwa Rang Do não se trata de lutar, se fores capaz de lidar com os teus medos, não necessitas lutar. Quando lutas, o não fazes realmente contra outra pessoa, mas sim contra os teus medos. O inimigo está dentro de ti mesmo, não está fora. Por isso, nós aprendemos a controlar o nosso inimigo interno, antes de participar em lutas reais". Quando realmente compreendemos estas palavras, podemos permanecer tranquilos, em paz e dar amor a todos. Quando enfrentamos os nossos medos e debilidades, somos conscientes de quem e do que somos, pelo que não necessitamos mentir-nos a nós mesmos. Por isso não temos medo de amar e abraçar o mundo. O conceito é fácil de entender e simples, mas muito difícil de seguir. Fazer desta ideia o princípio condutor da nossa vida, é o melhor que podemos fazer, mas também é a mudança más difícil que podemos pedir-nos a nós próprios. Acerca do autor: Instrutor Chefe do Hwa Rang Do®, Tenente Coronel da Polícia Militar Italiana (Carabinieri) e Engenheiro, Marco Mattiucci, é o Chefe das sucursais da Associação Mundial de Hwa Rang Do® na União Europeia, e um dos principais seguidores do Grão Mestre Taejoon Lee.





"No Hwa Rang Do não se trata de lutar, se fores capaz de lidar com os teus medos, não necessitas lutar. Quando lutas, o não fazes realmente contra outra pessoa, mas sim contra os teus medos. O inimigo está dentro de ti mesmo, não está fora. Por isso, nós aprendemos a controlar o nosso inimigo interno, antes de participar em lutas reais"



O "Programa de Controlo Táctico Kyusho" (KTCP), foi desenhado para controlar a escalada de conflitos mediante a pesquisa legal, médica, o aspecto táctico, provas de campo y coordenação. Este programa está especialmente destinado, ainda que não exclusivamente às Forças de Ordem Público, Segurança, Emergências, Guarda Costeira, Militares, Agências Governamentais, Escoltas y Segurança pessoal. Este módulo básico se constitui de um conjunto de 12 objectivos principais integrados en 4 módulos de controlo da escalada de força. Há numerosas estruturas débeis no corpo humano que podem ser utilizadas por um Agente para simplesmente obter o controlo de um indivíduo, mais eficientes que o uso convencional da força como nos indica o protocolo. Mais alem da etapa de ordem verbal, numa situação de escalada do conflito, são estes pontos (Vitais) do Kyusho onde o agente pode fazer uso dos sistemas internos de controlo físico, como os nervos, a estrutura dos tendões e os reflexos nervosos naturais do corpo. No requer de grande força ou de um complexo controlo da motricidade ou da vista ... tudo isso sujeito ao fracasso em estados de elevada adrenalina. Esta informação está dedicada aos valentes e resistentes membros das Agências de todo o mundo ... Obrigado pelo que fazeis!

REF.: • KYUSHO 22

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Texte : Shifu Bruno Tombolato Shi Xing Jing, Shi Xing Jing, 32 Geração do Templo Shaolin de Songshan. Fotografia: Victor Casado


Cerimónia do Bai shi - Discipulado em Shaolin Como todos os anos, no fim do mês de Julho, começava mais uma vez o meu treino na China, em Shaolin. Mas esse ano no havia de ser como outros, seria o mais importante na minha carr eira no mundo das ar tes mar ciais chinesas e mais precisamente nas Artes de Shaolin. Tal como já disse em outros artigos e entrevistas, conheci o meu Mestre Shi De Yang em 2010, quando passeava pelo recinto do Templo Shaolin, acompanhado por outro Mestre, com o propósito de fotografar o Mosteiro. A partir daquele momento, eu soube que o destino me levara até lá, nesse preciso dia e hora em que as nossas vidas se cruzaram, o que actualmente está mais que confirmado. Tinha e devia de ser assim! Cinco anos depois, teria a honra de me tornar seu discípulo, receber o nome de Shi Xing Jing 释行净 e passar oficialmente a formar parte da 32ª geração e da linhagem mais tradicional do Templo Shaolin.


digo isto porque, sem dúvida alguma, o Kung fu S hao lin pas s o u po r uma eno rme transformação nos últimos 30 anos e tem sido levado para a espectacularidade, mais que para as suas verdadeiras raízes. Um famoso provérbio diz: “Punhos como flores, pontapés como bordados”, e é claro que o bonito vende mais que o rude e forte. O Mestre Shi De Yang pertence à linhagem de Nanyuan ou Porta Sul do Mosteiro Shaolin. Devemos dizer aqui, que antigamente, o Templo Shaolin estava divido em quatro famílias, todas elas com diferentes funções dentro do templo. A Porta Sul (da qual hoje só resta um muro e uma pagoda) sempre se caracterizou por desenvolver o Gong fu, a Medicina e o Budismo, os muito bem denominados três tesoiros de Shaolin. Daqui vem a sua importância e como é importante pertencer a esta linhagem. Para compreender a genealogia e a tradição dos grupos familiares patriarcais do Templo Shaolin, vou fazer menção da sua história e surgimento.

E

A herança de Shaolin A herança do Kung Fu Shaolin é restritamente passada através da transmissão Mestre - Discípulo. Esta relação amo s t ra fundament alment e, o s is t ema de famílias patriarcais tradicionais do templo de Shaolin. O sistema patriarcal de Shaolin se estabeleceu no Século XIII, quando o Mestre Fuyu, líder da seita Caodong, dirigia o Templo. Foi o Mestre Fuyu quem estabeleceu e constituiu o sistema de grupos familiares patriarcais. A adopção deste sistema teve um impacto de grande alcance no Templo Shaolin. O Mestre Fuyu estabeleceu o sistema de nomenclatura, que já conta com 70 gerações. A lista é como segue: Fu, Hui, Zhi, Zi, Jue, Liao, Ben, Yuan, Ke, Wu, Zhou, Hong, Pu, Guang, Zong, Dao, Qing, Tong Xuan, Zu, Qing, Jing, Zhen Ru, Hai, Zhan, Ji, Chun, Zhen, Do, De, Xing, Yong, Yan, Heng, Miao, Ti, Chang Jian, Gu, Xin, Lang, Zhao, Tú, Shen, Xing, Ming, Jian, Chong, Zuo, Zhong, Zheng-Shan Xi, Chan, Jin, Que, Yuan, Ji, Du, Xue, Ting, Wei, Dao, Shi, Yin, Ru, Gui, Xuan, e Lu.




O sistema de nomes, que é um "verso de 70-palavras" em Chinês, tem feito do Templo Shaolin uma grande família. Na actualidade, os monges do Templo Shaolin ainda continuam o sistema do Mestre Fuyu, do Século XIII, para dar os nomes. Em quase 800 anos, já houve mais de 30 gerações. Os representantes das gerações actuais têm os nomes de "Su", "De", "Xing", "Yong", "Yan" e "Heng".

A cerimónia de Baishi Na tradição das artes marciais chinesas, a cerimónia de Baishi (que quer dizer honrar, venerar o Mestre) é de grande importância, posto que representa o compromisso mútuo entre Mestre e discípulo. Para chegar a ser aceite como discípulo, tem de se percorrer um longo caminho e demonstrar um compromisso com a arte que se praticar e com o Mestre. Antigamente, quando o discípulo era aceite como tal, devia ir viver com o Mestre e ajudá-lo em seus afazeres do dia-a-dia, desta maneira surgia uma relação pai – filho / Mestre dis cípulo . P o r s eu lado , o Mes t re o educav a, v es t ia e alimentava. Hoje, esta tradição só se pode ver em alguns poucos lugares da China. A cerimónia de Baishi faz parte da tradição do Templo Shaolin e das artes marciais chinesas, onde mediante a mesma se estabelece um vínculo entre Mestre e discípulo que é para toda a vida. O discípulo se compromete ética e moralmente a continuar o legado de seu Mestre, cumprindo os princípios fundamentais do Wu (moral nas artes marciais). Assim também, o aluno deverá realizar (no caso de Shaolin) os 3 refúgios budistas que são, refúgio em Buda, a Shanga e o Dharma e os 5 preceitos ou votos, que são: não mentir, não roubar, não matar, não consumir substâncias que alterem a consciência e não cometer adultério. Todo este processo é necessário para poder ser sújiādìzǐ 俗家弟子 ou discípulo secular do Templo Shaolin. O dia 14 de Agosto de 2015, foi o primeiro dia do mês do calendário lunar chinês, portanto, um dia auspicioso para a cerimónia de Baishi. Os dias preliminares, junto com seu sobrinho Shi Xing Pei, um dos discípulos mais chegados e chefe de treinadores da escola do Grão Mestre Shi De Yang, estivemos organizando tudo para a cerimónia. A primeira coisa que fizemos foi comprar frutas, seis quilos de seis tipos diferentes de frutas. Depois, compramos seis quilos de vários tipos de pão, tipicamente chines es . O número 6 é um do s número s importantes na tradição chinesa, posto que representa a fluidez, o não tropeçar. Finalizada a compra das frutas, encarregamos as flores com uma lenda em Chinês que fazia referência a que a relação Mestre/Discípulo durasse toda a vida. Nesta lenda o meu nome estava escrito em Chinês. Havia muita expectativa por esse dia, não só pela minha parte, obviamente, como também por parte dos discípulos e alunos do Mestre Shi De Yang e pelos meus também. Pelo contrário, eu permanecia tranquilo e expectante; um dos meus sonhos seria feito realidade em questão de horas… Quando começou a cerimónia, me situei no centro, de cara para o altar, e o Grão Mestre Shi De Yang se sentou em um dos lados. Todos os alunos e discípulos estavam formados em duas fileiras laterais, com as mãos juntas diante do peito; isto forma parte da tradição Shaolin. O meu Mestre me perguntou quantos anos fazia que nos conhecíamos, ao que eu respondi



que fazia cinco anos que nos tínhamos conhecido, em 2010, no pátio principal do Templo Shaolin. O Mestre Shi De Yang então disse: Passou muito tempo e estou muito contente e satisfeito de nos termos juntado hoje, aqui! E foi assim que começou a cerimónia. Poderíamos dizer que a cerimónia se dividiu em duas partes, na primeira, como discípulo de Shaolin e na segunda, como discípulo de Buda. Na primeira parte me comprometi a seguir o código de conduta de Shaolin, baseado no Wude, a moral nas artes marciais, e na segunda parte aceitei o meu novo caminho como discípulo de Buda. Para isto faz-se necessário termos assumido os 3 refúgios ou a tripla jóia e os 5 preceitos básicos: sem es tes , n ão s e po deria con s iderar al g uém como oficialmente budista. Cada vez que o Mestre Shi De Yang fazia menção de um dos preceitos, eu devia responder se

aceitaiva, com o novo nome que se me tinha sido dado. Isto simboliza ter renunciado ao meu antigo nome e nascer como discípulo de Buda e de Shaolin. O nome se divide em 3 partes: Shi: faz referência á linhagem de Buda, todos os monges em Shaolin possuem este nome. Xing: faz referência à geração, neste caso a 32ª; o Grão Mestre Shi De Yang é da 31ª geração. Jing: é o nome que nos dá o nosso Mestre, após anos de nos conhecer. Jing quer dizer puro/limpo. Uma nova etapa tinha começado. Mais compromissos e obrigações minhas, para com o meu Mestre e Shaolin, mas também comigo mesmo. Hoje tenho a responsabilidade de ser discípulo, a responsabilidade de representar uma geração e a responsabilidade de transmitir fielmente o legado do meu Mestre, por todo lado onde eu for!


Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.




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