Cinturao negro revista portugues 286 abril parte 1 2015

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“Um cavalheiro deve ser educado e nunca agressivo; próximo, mas nunca atrevido; matar, mas nunca humilhar; nenhum sinal de desonestidade poderá ser encontrado em sua morada; a sua alimentação nunca é pesada; até o menor dos erros é corrigido, mas sem acusação. Assim é a força de vontade”. Guichin Funakoshi. udo muda, nada permanece igual. Se a proposta inicial das Artes disciplinarias era a formação dos lutadores, dos guerreiros, com a finalidade de defender a si mesmos e aos seus. Não é isto o que fazem os polícias e os soldados nos nossos dias? Então… Por que continua havendo praticantes de Artes Marciais? As armas, por outro lado, se sofisticaram de tal maneira que as antigas artes de defesa e ataque ficaram, quando não completamente obsoletas (sempre há-de haver um momento final no corpo a corpo, no qual possam ser úteis), sim limitadas a ser um objecto de formação muito mais do carácter que do físico dos “militia”. A Polícia, por seu lado, deve enfrentar enormes limitações no uso da sua força, de tal maneira que as suas técnicas sofreram necessariamente uma adaptação tão peculiar, que quase nada têm a ver com as antigas formas de combate, criando-se de facto e em virtude de tudo isso, um subgénero específico dentro das mesmas. A meu modo de entender, restam apenas três razões para a prática das artes marciais: A saber: a primeira, a desportiva. É esta sem dúvida uma sublimação da violência inata nos humanos, para a tornar, primeiro como uma maneira de “aliviar” tensões, especialmente ligada à adolescência e à subida de hormonas que acompanha esse período, assim como para a nada desdenhável função de “tirar energias” da sobrealimentação de crianças (e não tão crianças) dos nossos dias, para depois, claro está, fazer delas um espectáculo, onde a adoração e o culto ao herói não passam desapercebidas, cumprindo assim, outra função social não menos útil, na sublimação da violência. A segunda, apontada nos parágrafos anteriores, está vinculada à formação do carácter e a disciplina necessárias nas forças de ordem e entre os militares. A terceira não é outra que a manutenção de tradições longamente praticadas e unidas a culturas antigas e que de passagem, permitem dar cabimento aos ritos tão necessários nas culturas modernas, onde a sua abolição, fruto das misturas da sociedade multicultural, unidas à visão pragmática e confortável do homem moderno, tem deixado órfãs várias gerações de jovens, de toda e qualquer referência e experiência esclarecedora, acerca do seu lugar na terra. Contra todo prognóstico, as Artes Marciais, um claro anacronismo,, persistem na sua prática e não só isso, como também crescem como a espuma, na povoação mais jovem das sociedades modernas. Quais as possibilidades tem um jovem de hoje, de formar adequadamente o seu carácter? Quais são os heróis a imitar?, Quais os modelos a seguir?

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“Quando a concentração impregna mente e corpo, o poder da respiração se torna um com o universo, estendendo-se suave e naturalmente até o limite absoluto, mas, ao mesmo tempo, a pessoa se faz cada vez mais auto-contida e independente”. Ueshiba Morihei.

A supressão do serviço militar obrigatório, a falta de disciplina nos colégios, uns pais atarefados, incapazes as mais das vezes de “educar”, inseridos também em um contexto social onde a ideia dos direitos está por cima dos deveres, e um contexto em geral permissivo e indolente, fazem o resto. Ao burro é conduzido com o pau e a cenoura…, mas hoje só há doces enjoativos e dados fora de horas... Como formar um carácter com estes ingredientes? Eu não defendo o castigo físico como receita generalizada, mas estamos chegando ao ridículo mais espantoso e à mais daninha sobreprotecção. Nos colégios, os pobres professores lutam, castrados e sem armas, numa batalha absurda, para encher só de dados as cabeças dos retonhos da nossa sociedade. A “autoritas” não existe, porque todo poder se mantém no extremo, com a ameaça de uma superioridade realista. Uma amiga professora de idiomas na Inglaterra, me contou como ao aproximar-se a um garoto de onze anos que estava fazendo sabotagem na sua aula, começou ele a gritar: “Tocou em mim, ele me tocou!”. E a professora concluiu: “Se tivesse chegado a faze-lo, poderia até acusarme de pederasta!”. As Artes marciais, em qualquer das suas vertentes, se tornaram nos nossos dias, um instrumento educativo sem preço nem sucedâneo. A superioridade do Mestre se mantém afinal, em sua habilidade efectiva, para se impor até fisicamente, em um meio onde a violência tem regras, mas não deixa de ser violência. O dojo, o Kwon, o ginásio, ou como queiram chama-lo, se transforma assim em um espaço simbólico e em certa maneira sagrado, embuído de umas leis próprias, que se sustentam em uma autoridade verdadeira e contrastável. Ostentar um poder tão elementar, ressoa facilmente entre os mas relutantes e rebeldes alunos, sejam eles elementares machos primários ou não, enquanto que a superioridade moral de um verdadeiro Mestre Marcial, lhe confere essa aura de modelo, necessária para que aqueles mais sensíveis e espertos, tenham um modelo a imitar. As Artes marciais são uma medicina extraordinária para estes e outros males que padece a nossa sociedade moderna; mal faríam aqueles que vivem disso (e nisso), em não considerar estes pontos suficientemente. Enquanto alguma coisa seja útil, continuará existindo e mesmo que a sua utilidade com o passar dos séculos tenha mudado, nada existe nem permanece sem cumprir função alguma. As Artes Marciais nos nossos dias são um presente maravilhoso para milhões de jovens, mas também um modo de vida para pessoas que encontramos nelas uma referência bela, edificante e digna, para caminhar por esta terra como um ser humano completo.


Alfredo Tucci ĂŠ Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com

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Defesa Pessoal SELF PRO KRAV Evolução Desenvolvido faz quinze anos pelo especialista internacional Jacques Levinet, cujas conquistas nas artes marciais e desportos de combate são conhecidos no mundo todo, o método de defesa pessoal do SELF PRO KRAV ou SPK, é um dos mais eficazes e realistas existentes. Dos vídeos e um livro vieram apoiar esta disciplina de defesa pessoal. Para além da simplicidade da sua aquisição e adaptação a todos os grupos de idade (homens, mulheres, crianças, forças de ordem), a força do SPK se encontra em sua evolução anual, com o finalidade de aderir-se aos padrões cambiantes da agressão nos nossos dias. Para o Capitão Levinet não se pode congelar um método para sempre, porque se faz dessa dela uma arte marcial e uma defesa pessoal obsoletas.



Defesa Pessoal Relembrando as origens do SPK O SELF PRO KRAV provem da experiência profissional de um capitão da Polícia e do conhecimento das técnicas de luta do Soke Jacques Levinet. De entre os muitos métodos de defesa pessoal por ele criados, o Mestre adaptou o seu método policial do "Real Operational System" ou ROS, com os seus diversos conhecimentos adquiridos de defesa pessoal, para assim fazer um método operativo que denominou SELF PRO KRAV. SPK significa: Self para Defesa Pessoal, Pro para profissionais e Krav para combatividade (em Hebraico). No entanto, SPK não é uma forma de Kravmaga, difere em muitos aspectos técnicos específicos e tem uma diferente maneira de agir no campo da defesa pessoal e do questionamento. O Capitão conservou o termo Krav sem aderir ao Kravmaga, pelo espírito combativo que prevalece nesta disciplina. A riqueza do SPK também vem de numerosos seminários, intercâmbios, formações e experiências, que o capitão adquiriu e transmitiu a unidades em todo o mundo (Israel, Estados Unidos, Austrália, Japão, América do Sul, Canada, Cuba, Japão , Rússia e por toda a Europa) e dos seus intercâmbios com muitos professores e especialistas como: Haim Gidon, Gaby Shai, Aaron Elbaze Jim Wagner, Darren Levine, Vincent Lyn, Taiji Kase, Keinosuke Enoeda, Hiroo Mochizuki, Shirai, Dominique Valera e muitos potros. O SPK inclui os seguintes 5 pontos primordiais : Instinto de sobrevivência – Treino acondicionado - Técnica operacional - Auto-defesa - Evolução Por outras palavras: vontade de sobreviver, meios para sobreviver, aprendizagem dos gestos naturais, respeito à lei e questionamento. O SPK é uma disciplina propriamente dita, reconhecida a nível internacional pelos maiores especialistas da Polícia e os mais altos mestres mundiais de artes marciais.

O novo SELF PRO KRAV ou SELF PRO KRAV EVOLUTION A evolução do SPK é imprescindível para a sua actualização frente às novas agressões. A evolução do SPK é actualmente essencial para se estar actualizado com a diferentes maneira de violência. Também vem de uma retro alimentação ou retorno permanente da experiência, que tem origem no fundador da disciplina. As novidades do SELF PRO KRAV EVOLUTION são: • Aquisição de defesas ambidestras. para fazer frente a qualquer eventualidade (frente a um canhoto, em qualquer posição, de pie, no chão, sentado, de joelhos, toma de reféns). • Defesas SPK contra vários atacantes. • Defesas SPK em ambiente confinado e fechado. • Defensas SPK para as forças de ordem. • Defesas SPK contra ataques não convencionais (armas e mãos nuas). • Defesas SPK com pouca luz ou na escuridão. • Defesas SPK com acessórios da vida quotidiana (chapéude-chuva, esferográfica, pasta, mala, chaves, cartões de crédito, telemóvel, sapatos, paletó, sobretudo, uma revista, etc.). • Adaptação do SPK para mulheres e crianças, posto que os ataques contra estes grupos não são como os ataques contra homens. Sem entrar em detalhes destas áreas a desenvolver, aqui têm alguns exemplos do novo SELF PRO KRAV ÉVOLUTION: • Trabalho de percussão, punhos e pés em movimento, sobre objectivos em movimento, complementado por um trabalho de percussão cotovelo - joelho, sobre escudo fixo. O SPK não é um desporto de combate, mas um mínimo de conhecimentos de percussão pés - punhos, é necessário.



• Poucas chaves de desarme de armas, porque é uma técnica demasiadamente perigosa, frente a facas e outros Push Daguer ou navalhas. Só as percussões são privilegiadas para desarmar de maneira rápida e segura. • Uso de armas reais contundentes (pau, bate de béisbol) para poder alcançar os graus superiores e pôr os candidatos numa situação realista. • Uso das armas de punho e de ombro com gás, com balas de fogueio e com bolas (com capacete) para os graus superiores, para compreender os desarmes. • As ameaças de armas de fogo se fazem com armas reais neutralizadas, com o dedo no gatilho, como fazem os assaltantes. • Uso de uma faca de alumínio para sentir o frio e o perigo da folha nas ameaças, tocando no corpo ou na garganta. • Aquisição de similitude de aprendizagem e de restituição, para evitar qualquer técnica reflexa e complicada, e manter só o reflexo da defesa. • Aprendizagem, à partir do 2ºDan, de defesas ambidestras, para assimilar o SPK frente a um canhoto ou a um destro, conforme seja a ocasião. Uma aquisição primária para instrutores que devem ser capazes de demonstrar e ensinar a um canhoto ou a um destro, para ter em consideração a todos os estudantes. • Aquisição desde o 2ºDan, de técnicas de defesa de uma terceira pessoa e de guarda-costas para capacitar os estudantes na protecção dos seres queridos ou de uma pessoa vulnerável em caso de agressão. • Defesas, desde o 5ºDan, com acessórios de todos os dias. Aprender a utilizar os objectos quotidianos para se defender, tais como chapéusde-chuva, bengala, esferográfica, mala de mão, carteira, chaves, telemóvel, cadeira, jaqueta, um pedaço de vidro, calçado, uma revista, etc.). É importante porque defender-se por qualquer meio é essencial.


Formação e afiliação do SELF PRO KRAV • Plano de estudos técnicos - Com a aquisição dos graus desde cinto amarelo a cinto preto e depois a Dan SPK (Dan de 1 a 10). O ”DAN SELF PRO KRAV” está reconhecido. O SPK se tornou uma marca registada no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). • O acesso ao nível superior exige, em todos os graus, uma prova técnica (a finalização de uma defesa com uma chave, para constatar os conhecimentos do candidato) e uma prova de combate (defesas rápidas sem acabar com chave, para a defesa na rua). • Os Dam SPK são entregues com a maior seriedade, por uma comissão internacional de graus, respeitando um determinado tempo entre os graus. Todos os exames se realizam perante uma




Defesa Pessoal audiência e um jurado conhecedor, para evitar qualquer comprazeria. • Programa de instrutor - Pela formação inicial e contínua, de instrutor, instrutor chefe e especialista em SPK. A Academia emite este diplomas de formação profissional, por seu registo como organização de formação no Ministério do Trabalho na França). • As provas do exame de instrutor constam de provas técnicas, escritas e pedagógicas. A Academia Jacques Levinet tem muito em consideração a habilidade dos candidatos e de maneira alguma entrega diplomas e certidões por conveniência, para não alterar a sua credibilidade. Se exige uma boa conduta moral aos instrutores SPK, que devem respeitar um “acordo de cavalheiros” e um código de deontologia. • Programa de afiliação – Os instrutores de diferentes escolas de defesa pessoal, artes marciais e desportos de combate, solicitam ser membros da Federação Internacional AJL, para o reconhecimento do seu sistema e eventualmente da sua categoria. Uma passarela de homologação está já em marcha para o SELF PRO KRAV, dada a documentação justificativa proporcionada. • Uma formação online – Existe, desde faz pouco, uma formação online para os instrutores e representantes da Federação de Jacques Levinet que ensinam em países afastados da França. Programas escritos, vídeos e correcções se fazem pela Internet e Skype, sob o controlo do especialista francês.

Ponto capital – A defesa pessoal • Os princípios do SPK – O Capitão Jacques Levinet, mediante a sua formação e o cumprimento da lei, evidencia em seu método de SELF PRO KRAV, o respeito absoluto à defesa pessoal. Não se trata só de conhecer a legislação, mas também de saber aplicá-la quando se utiliza o método de defesa. É importante proporcionar aos estudantes os meios legais para justificar suas acções de defesa. Saber demonstrar a legítima defesa perante a Justiça, não é fácil. por isto, os praticantes encontram no programa maneiras de serem ajudados. Alguns exemplos que mesmo como vítima, podem levar a serem presos. • Voltar uma faca contra um agressor, depois de o ter desarmado. • Responder com a pistola do agressor, depois de o ter desarmado. • Deixar sua marcas dos dedos no gatilho da arma do agressor durante um mal desarme, por exemplo de tipo chave. • Responder com o bate de béisbol do agressor, depois de o ter desarmado. • Utilizar um gesto de agressão em defesa, tipo cabeçada. • Responder com uma defesa aos genitais a uma agressão benigna, tipo agarre.


• Incrementar as defesas de percussão punho ou pé a um agressor desarmado e no chão, sob pena de agressividade e incumprimento da lei. • Responder em zonas vitais frente a uma agressão não vital contra a vida. *** Por outras palavras, ser vítima não justifica o uso de qualquer resposta. O SELF PRO KRAV avisa os seus praticantes e dá-lhes os meios legais para justificar-se. O fim não justifica os meios. Adaptação de SPK por cada país: • O SPK, ensinado em muitos países, tem em consideração a legislação do país para respeitá-la. Por essa razão o SPK evolui conforme os continentes. • Como resultado, certas defesas, proibidas na França ou na Europa, por exemplo, estão perfeitamente autorizadas em alguns países.

Módulo SELF PRO KRAV POLÍCIA Pode haver várias maneiras de defender-se eficazmente, tanto sendo civil ou polícia. Só muda a finalidade, daí a razão da criação do módulo SELF PRO KRAV POLÍCIA. Eis aqui alguns aspectos da aprendizagem do SPK POLÍCIA:

• Uso das armas do equipamento para defender-se no cumprimento da lei. • Aquisição do trabalho com equipamento e protecção. • Algemar SPK POLICÍA a sós e em equipa, em todos os lugares. • Complementaridade de acções a mãos nuas e com armas. • Chaves operativas de neutralização a sós e em equipa. • Meios de condução operativa em caso de emergência. • Aquisição básica do método do Police Training ROS associado com o SPK. *** Por outras palavras, onde termina o SPK civil, começa o SPK polícia, com meios de coacção e coerção próprios do método ROS ou "Real Operational System" das forças de ordem. O SELF PRO KRAV POLÍCIA tem adquirido carta de natureza porque numerosas unidades da polícia e unidades especiais na França (como os ERIS) e em outros países (como o GAD na Argentina e os Spetsnaz na Rússia) se formaram com o SPK Polícia e com o ROS, com o capitão Jacques Levinet.


Defesa Pessoal




Defesa Pessoal Uma federação internacional reconhecida • O SELF PRO KRAV, a través da Federação Internacional de Defesa Pessoal e do Police Training AJL, está presente com cinquenta representações na França e no resto do mundo (Espanha, Áustria, Bulgária, Itália, Luxemburgo, Bélgica, Inglaterra, lhas Canárias , EE.UU., Equador, Argentina, Chile, Canadá, Ilha Maurício, o Caribe, Rússia, Sibéria, Austrália, Nova Zelanda, China, Sri Lanka, Vietname, Tunísia, Argélia). O organigrama oficial da AJL se constitui de DTN (Directores Técnicos Nacionais), DTR (Directores Técnicos Regionais) e DTD (Directores Técnicos Departamentais). • A AJL tem um número de registo do Ministério do Desporto na França e um número de registo no Ministério do Trabalho e muitos reconhecimentos institucionais no mundo. • A seriedade do SELF PRO KRAV também se pode ver a través das fardas idênticas dos praticantes na França e no mundo. As

únicas diferenças são a cor no logótipo do país e no cinto para enfatizar a identidade do país. • Por último, o curriculum vitae do fundador, o Capitão Jacques Levinet, diz do alto nível de credibilidade da sua federação AJL. Terminamos este artigo com um pouco de humildade dizendo que o SELF PRO KRAV não pretende ser o melhor método de defesa pessoal, mas sim um método muito interessante.


A Federação Internacional de Defesa Pessoal e de Police Training. Academia Jacques Levinet AJL Tel.: +33 (0) 467 075 044 E-Mail: contact@academielevinet.com Sitio Web: www.academielevinet.com Actores do vídeo Capitão Jacques Levinet Presidente AJL, título do Estado, cinturão negro 10ºDan Self Pro Krav, 10ºDan ROS Polícia, 10ºDan bastão de defesa, 10ºDan pau de defesa, 6ºDan de Karate FEKAMT, Monitor Boxe Francês. Pascal Tabaglio Instrutor, DTR AJL Midi Pyrenees, faixa preta 2ºDan Self Pro Krav, 2ºDan bengala de defesa, 2ºDan pau de defesa, 1ºDan ROS Polícia, 1 Dan Yoseikan Budo e Karate, Monitor de Boxe Francês.



Velhos e Novos Comecei a prática do WingTsun, ramal WingTsun Leung Ting, faz um pouco mais de 20 anos, sob a tutela de um dos mais importantes mestres do mundo, Sifu Víctor Gutiérrez Nestes mais de 20 anos, tenho escutado incessantemente a eterna discussão acerca da necessidade da evolução do estilo ou pelo contrário, a obrigatoriedade de manter intacto o sistema, tal como o ensinou o G.M. Yip Man. Se em alguma coisa teremos estar de acordo é que certamente estas duas posições jamais vão estar de acordo. De facto e na minha humilde opinião, estas duas “facções” da mesma família (não esqueçamos!) têm vivido ignorando-se uma à outra desde faz muitos anos, numa tentativa de fazer como que a outra par te não existisse…



esde faz não muito tempo, a tendência tem mudado para uma matéria ainda mais delicada: o confronto entre os defensores da tradição e os da modernidade. De novo, nos encontramos numa discussão completamente estéril e que não oferece a possibilidade de entendimento entre os grupos, devido em grande parte à fortaleza das posições dos mestres de uma e da outra opção. Devo reconhecer que no fundo, ambas opções têm argumentos firmes e válidos para a defesa de suas posições. Se escutamos um mestre “tradicionalista” nas suas razões acerca da necessidade de manter o estilo sem mudança alguma, “quase” que nos convence. Da mesma maneira, se escutarmos as razões de um defensor da necessidade de mudanças para adaptar o WingTsun aos tempos actuais e à mudança de “predadores”, se compreenderão, sem nenhum género de dúvidas, que os seus motivos não são à toa. Mas chegados a este ponto, poderíamos perguntar-nos: o que aconteceria se ambos têm partes da verdade, mas nenhum a tem totalmente? Acaso não seria esta, outra das questões que assinala o taoismo como principal influência filosófica do Wing Chun Kuen? De certeza que após este artigo, ambas as posições vão continuar sendo inflexíveis, mas se ao menos durante uns minutos, posso fazer pensar os defensores de uma e outra posição, já teremos conseguido alguma coisa. Para tentar compreender, devíamos em primeiro lugar escutar ambas partes e tentar, sem opiniões fechadas, compreender os motivos.

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“Se bem temos de considerar onde pomos o limite das evoluções, ou por outras palavras, onde o estilo deixa de se chamar WingTsun, para ser outra coisa?” De certeza que algum dos meus leitores desta coluna, pode perguntar-me: Mas qual é a sua posição? Por qual das opções se decanta? E a minha resposta, hoje seria: por ambas e por nenhuma! Para continuar dizendo que muito provavelmente, no ano que vem pensarei diferente…, ou não… A minha experiência me diz que as opiniões mudam com os anos, e a percepção das coisas, também. O que tento dizer é que de certeza, abraçando com força uma posição e nos aproximarmos a uma defesa fanática de uma posição (qualquer que esta seja) perdemos pelo menos a metade da verdade. Principalmente, este é o motivo pelo qual a minha opinião tem mudado muito nos últimos anos e devo reconhecer que o que mais me levou a enriquecer a minha visão sobre o estilo, é manter a mentalidade aberta e um espírito flexível, para tentar compreender ambas posições. Pessoalmente, durante muitos anos tenho sido um defensor da posição evolucionista do sistema. A influência do meu mestre tem sido crucial nisto. Para nós, o WingTsun é um sistema de Boxe Chinês, que deve procurar o máximo em qualquer sistema de Wu Shu: a vitória. Se consiga ou não (isso sempre dependerá de quem seja o inimigo que se tiver frente a nós), o objectivo da prática é procurar a vitória. Uma arte de guerra, como o Boxe Chinês, procura sempre a vitória. Nesta coluna de novo me refiro ao Xadrez. Este jogo, metade desporto metade arte de guerra, tem como objectivo VENCER. Não conheço nenhum jogador que jogue para perder ou simplesmente tente jogar movendo peças de um tabuleiro, pelo simples prazer de passar o tempo. Apesar de tudo, ganhando ou perdendo (de novo neste caso, a vitória sempre depende do nível do adversário que tivermos do outro lado do tabuleiro), nos sempre tentamos vencer. Para isso é necessário contemplar alguns elementos realmente importantes, se é isso o que queremos fazer. A mudança de cenários e das técnicas dos adversários, nos obrigam a uma mudança no método de treino, para tentar aproximar-nos a esse objectivo da vitória. Essa definição de objectivo marca um caminho. Finalmente, caminho e objectivo são causas da eficiência e da eficácia. Para isso, em ocasiões se prescinde de algumas coisas consideradas “pouco úteis” para um bem superior: a eficácia. Se bem a posição dos tradicionalistas é igual e totalmente respeitável, as correntes mais tradicionais afirmam que a sua obrigação é manter o legado do Grão Mestre Yip Man, pelo bem da própria arte. Eles entendem que quando se mantêm as coisas tal e como o Grão Mestre as ensinou aos seus alunos directos (ainda alguns são vivos) nunca se perderá a essência desta arte de combate. Também hei-de reconhecer que no fundo têm uma grande parte da razão. De não ter sido por alguns mestres extremamente tradicionais, certamente que alguns dos trabalhos técnicos, mas principalmente algumas das estratégias do estilo, não teriam chegado até nós. Durante muitos anos, perguntei a professores do ramal onde estudei, acerca de elementos tão importantes como os “Kuen Kuits” ou acerca da história do estilo e a resposta sempre era a mesma: “Isso não é importante”. Pois bem…, em primeiro lugar, gostaria de ser eu a decidir se uma coisa é ou não é importante; portanto, o que eu peço a um professor é que me ensine o sistema completo, no menor tempo possível. Em troca, eu prometo treinar diligentemente o resto da minha vida! O Wing Chun denominado “clássico”, é como uma nascente onde os evolucionistas têm bebido e à qual constantemente




devem de voltar para compreender algumas das coisas mais importantes do sentido da eficiência. Quero assinalar especialmente neste aspecto, a conservação de elementos tão importantes como os Kuen Kuits (Poemas dos conhecimentos que nos proporcionam as chaves estratégicas do estilo). Mas na minha opinião pessoal, a conservação da tradição é fundamental, por uma questão que vai além do aspecto técnico, táctico e até da ideia da procurar da vitória. Manter o CONHECIMENTO de uma geração antecedente e levá-lo a outra seguinte, é máxima obrigação de um praticante de artes marciais, mas muito em especial, é responsabilidade dos mestres do estilo. Imagino que muitos praticantes, que como eu tenham passado meia vida em busca da eficácia, não perceberão este conceito, mas actualmente, para mim e a minha associação, isto é absolutamente fundamental. Poderíamos nesta coluna apresentar argumentos de uma e outra parte, para manter uma ou outra posição, mas aconteceria uma coisa muito curiosa: quanto mais abraçamos uma posição, mais nos desapegamos do espírito deste estilo: flexibilidade e adaptabilidade. Que o estilo tenha mudado e evoluído o tempo todo, de maneira contínua, durante os quinhentos anos da sua existência, é inegável. Se vemos os alunos do G.M Yip Man da primeira época em Hong Kong e os da sua última época, existem diferenças siderais entre eles. Apesar de que há quem diga que não é exactamente assim, na realidade, a distância é tão grande que parecem estilos diferentes. Estamos falando de um período histórico muito curto (apenas vinte anos) que nos pode servir como exemplo, mas existem muitos mais. Após a Revolução Cultural do Proletariado, na China, nos meados do século passado, os praticantes das diferentes ramas se dispersaram por diferentes lugares do Sudeste Asiático. Se observarmos os praticantes do Vietname, Taiwan Fotshan, ou alguns das ramais que chegaram até a Austrália, constataremos que NÃO EXISTE um estilo único e invariável. Assim sendo, porquê não havia de ser possível realizar mudanças em busca da famosa eficácia? Se bem temos de considerar onde pomos o limite das evoluções, ou por outras palavras, onde o estilo



deixa de se chamar WingTsun, para ser outra coisa? Pois bem, na minha opinião, os princípios delimitam perfeitamente esta linha. Os quatro princípios básicos do WingTsun definem o próprio estilo até muito por cima das técnicas do mesmo. Se bem na actualidade, considero fundamentais elementos tão importantes como os conceitos estratégicos, as fontes, origem da potência elástica, a filosofia do estilo e alguns elementos do estilo, que acostumo denominar NÃO TANGÍVEIS. Talvez numa próxima coluna possamos falar acerca deles. Resumindo: na minha opinião, ambas opções, apesar de estarem enfrentadas constantemente numa dialéctica um tanto infantil, acerca do que é ou não é o autêntico WingTsun, acredito firmemente que ambas se necessitam como contrapeso e a modo de Yin e Yang. Ambas são opostas, ambas em frente uma da outra, mas ambas necessitam da existência da outra para reafirmar a sua natureza. Conhecemos a ideia da existência da luz pela ausência da mesma… e ao contrário. Os praticantes que como é o meu caso, andamos à procura da eficiência e da eficácia, obrigatoriamente temos de ir buscar recursos nos tradicionalistas do estilo, para não perdermos a natureza do mesmo. Por sua vez, os defensores da tradição sabem, em seu interior mais íntimo, que os evolucionistas são “eficazes” nas situações de combate e isso os obriga a não descuidar esse aspecto tão importante no WuShu. Assim sendo, como podem ver, ambos se necessitam. É aí onde o título da coluna deste mês nos situa: Novo ou velho?. Tradicional ou moderno? E porquê não no ponto médio? Porquê não beber de ambos mundos? Essa é a minha opção pessoal e a que tento aplicar na minha associação. Tenho a certeza que abraçar só uma delas, me levaria a perder as maravilhas da outra metade. Obrigado pela sua atenção









"Saúde", "espírito" e "combate". A pedra angular das nossas lições. Todas as nossas técnicas, formas e exercícios têm a ver com estas três palavras. É compreensível que por isso nos conheçam. Outras muitas escolas se dão a conhecer com estas palavras. Muitos mestres e grandes mestres afirmam que o seu estilo ou sistema responde ao que se espera destes critérios, mas, é realmente assim?

KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER – Saúde - Espírito - Combate


Supera os 100 anos de existência Chiu Kow (Hong Kong), pai e mestre do meu instrutor, Grão Mestre Dr. Chiu Chi Ling, nasceu em 1895 e faleceu em 1995, de morte natural. A sua esposa, Shiu Ying, também mestra de Hung Gar, chegou à idade de 98 anos. Sendo família em grau político, chegou também com boa saúde à velhice. Assim pois, não se pode dizer que haja uma relação genética entre ambos. Chiu Wai, um filho de Chiu Kow, também um magnífico mestre de Hung Gar, conta agora 85 anos e goza da melhor das saúdes. Mora no Canada. Graham, um dos seus alunos, passou a sua infância numa cadeira de rodas e actualmente, graças ao Hung Gar Kung Fu, não necessita dela. Tem 70 anos e também goza de boa saúde. Tim, um meu irmão do Kung Fu, esteve muitos anos doente e com a pressão alta. Actualmente, também vive livre de doenças e não necessita de medicamento nenhum. Resumindo: Muitos são as provas vivas do eficiente que é para a saúde e a boa conservação do organismo, praticar o nosso estilo. Chiu Chi Ling, Grão Mestre e Médico Aqueles que têm a sorte de contactar pessoalmente com o Grão Mestre, se admiram de que com seus mais de 72 anos, ele irradie tanta energia, vontade de fazer coisas e alegria de viver. Realiza longas viagens por todo o mundo e as penalidades inerentes, a pesar da sua idade, não são um problema para ele. Sifu Chiu é o exemplo vivo da energia vital que se pode adquirir com o nosso Hung Gar Kung Fu. O Grão Mestre não conhece as doenças. A sua pior experiência foi uma estadia num hospital, após de um acidente numa corrida de carros. Mas, o que acontece com outras artes marciais e sistemas? É difícil de responder. No entanto, a história dos diferentes sistemas pode ajudar. Tem de se indagar se: Eram seus mestres saudáveis? Viveram muitos anos? Eram conhecidos pela sua força vital? Como estão os mestres e grandes mestres actuais? Vivem de maneira saudável? Pode acontecer que nem tudo se corresponda com o que dizem os anúncios publicitários de algumas escolas e estilos? Cada um deve procurar conhecer estas respostas. Para finalizar, seguem-se comentários de alunos. Todos estes alunos estão aprendendo o nosso sistema desde faz pouco tempo e apesar disso, eles já explicam o seu grande sucesso. Veja por si mesmo:


"Antes de começar com o Hung Gar, pesava 106kg. O meu sentido do equilíbrio e a percepção do meu corpo estavam fortemente condicionados. Depois de ler o livro do Sifu, mudei paulatinamente a minha alimentação. A perda de peso começou a ser divertida, porque me fazia sentir bem física e mentalmente. É tão fácil! Apenas se trata de alimentar-se de uma maneira saudável e correcta. Após 7 meses, pesava ainda 81kg. Graças ao 5-3-1 e o Hungar, na Kung Fu Schule Martin Sewer conseguira. Por isso, querido Sifu, estou-lhe muito grato". Martin Chollet Aluno desde Outubro de 2013


"Os médicos me disseram que devido aos valores do meu sangue (entre outros o do colesterol) não poderia deixar de tomar remédios. Tomei comprimidos durante longos anos. Desde que treino na Kung Fu Schule Martin Sewer, os valores da sangue têm melhorado paulatinamente. Desde faz já um mês, vivo sem medicamentos e me sinto mais ágil. Os médicos dizem: "O que quer que seja que tiver feito, Sr. Schläpfer, continue a fazer!" Jörg Schläpfer, Chefe de aprendizes. Aluno desde Novembro de 2013


"Depois de um acidente de trânsito e várias operações, fiquei a coxear da perna esquerda durante muitos anos. O treino do Hung Gar não só reforçou meus músculos de novo e me deu a força mental que necessitava para voltar a andar erguido, normal e seguro. Uma realidade em que eu já não acreditava! Mas sim. Com as lições do meu Sifu, consegui! Muito obrigado!" Daniel Schabron, IT - Conselheiro de marketing. Aluno desde Maio de 2013

"Antes de praticar Kung Fu, padecia um deterioro do disco intervertebral. Só o facto de subir para um comboio me podia provocar tantas dores que me amargavam o resto do dia. Faz agora 13 meses que comecei o treinar Kung Fu Schule Martin Sewer e vivo livre de dores. Um sentimento impossível de pagar. Estou-lhe muito grato. Sifu!" Stephan Nyffenergger, Advogado. Aluno desde Dezembro de 2013






Weng Chun


“Desenvolvido pelos monges guerreiros do Templo Shaolin do Sul, como defesa contra os ataques de piratas e assaltantes, o Weng Chun depois foi praticado na clandestinidade pelos rebeldes dos Juncos Vermelhos”

Os 6 e 1/2 princípios do Wenig Chun para lutar Desenvolvido pelos monges guerreiros do Templo Shaolin do Sul, como defesa contra os ataques de piratas e assaltantes, o Weng Chun depois foi praticado na clandestinidade pelos rebeldes dos Juncos Vermelhos; posteriormente foi utilizado como defesa pessoal nas ruas de Fatshans (China) e Hong Kong. Graças à incansável busca do Grão Mestre Wai Yans foi resgatado e hoje em dia é ensinado pelo Grão Mestre Andreas Hoffmann e a sua equipa de professores, com o objectivo de que seja uma autodefesa e uma protecção para as pessoas que nos rodeiam, no caso de uma agressão brutal e também para competir em Full Contact (Sanda) e MMA. Seguidamente apresentamos os “6 e 1/2 princípios” do Wenig Chun para lutar. Para isso, é fundamental que qualquer dos princípios seja entendido tanto física como mentalmente. 1. O princípio Tai (desequilibrar): Quebrar a estabilidade do desequilibrando-o para cima.

adversário

2. O princípio Lan (bloquear): Bloquear o adversário e assim obter a possibilidade de aproveitar seu próprio potencial. 3. O princípio Dim (chocar): Chocar com o adversário e aprender a permanecer concentrado e confiado. 4. O princípio Kit (desviar): Desviar a estrutura do adversário e destrui-la; desta maneira, defender também a própria estrutura. 5. O princípio Got (cortar para baixo): Cortar para baixo a força do adversário durante sua tentativa de ataque. 6. O princípio Wun (girar): Aproveitar a força do adversário e assim desequilibrá-lo. Em caso que o adversário exerça pressão, se modifica o ângulo por meio de rotações.


Weng Chun

O 1/2 princípio Lau (fluir): Lau é a metade do Weng Chun Kung Fu: Sê como a água, que corre sempre e assim perturba o fluir do adversário.

Por quê um guerreiro necessita princípios? Os guerreiros do Weng Chun se aperceberam de que quem pratica uma arte marcial se pode perder em um dos muitos métodos, se a arte tem muitas técnicas mas carece de princípios. Numa situação de guerra ou de defesa pessoal, uma coisa assim não é útil, posto que numa situação real existe muita confusão, devido ao factor surpresa, medo e estresse. A solução radica em lutar ajudado por princípios, que podem funcionar como directrizes gerais durante a luta e que permitem ao guerreiro defender-se, graças às técnicas surgidas espontaneamente e desenvolvidas tendo como base os princípios. Com ajuda de determinados exercícios (Kiu Sao e Chi Sao), o aluno de Weng Chun aprende a reagir com uma acção instantânea a determinados estímulos visuais (quando a distância na luta é grande) e sensoriais (quando a distância na luta é curta). Durante o treino do Weng Chun se repetem inúmeras situações de luta e de defesa pessoal, tanto em condições

de relativo relaxamento como sob pressão, até que cada aluno tenha interiorizado os princípios e seja capaz de defender-se a si mesmo em uma luta e utilizá-los em um combate de competição de maneira espontânea e directa, sem ter que pensar.

Os 6 princípios do Weng Chun, em detalhe • O princípio Tai Uma vez que percebemos que a base de qualquer defesa e qualquer ataque está no nosso centro de equilíbrio, percebemos também por quê para desenvolver o Weng Chun se começa quebrando o equilíbrio do adversário e mantendo o nosso próprio equilíbrio. Aqui, o que está em foco é o canal da medula, que chamamos linha central. Quando, por exemplo, o ataque é com um swing, tem de ser recebido desequilibrando (Wun) e ao mesmo tempo puxando das costas ou da cabeça do adversário para cima (Tai).

O adversário vai cair ao chão, ou pelo menos vai perder seu equilíbrio e assim não será capaz de defender-se ou de tentar um novo ataque. • O princípio Lan No Weng Chun aprendemos a desenvolver uma forte pressão para a frente e a formar uma ponte entre nós e o adversário, para interceptar com todo o nosso corpo a sua força e com isso as suas possibilidades de continuar lutando. Tiramos o espaço ao adversário. Isso resulta particularmente fácil quando o adversário é interceptado justamente no momento do ataque. Parar os pontapés e as mãos que agarram são boas ferramentas para isto. Outro momento propício para encher o espaço vazio e interceptar o adversário é quando complementa seu ataque com um golpe, mas não acerta. Vai precisar de um momento para resgatar sua estrutura e pensar no


próximo passo a dar. Esse é exactamente o justo momento para entrar e interceptá-lo. Na luta corpo a corpo, por exemplo, é muito interessante que quando o atacante empurra o pulso para fora, pode ser interceptado com o cotovelo, usando o princípio de girar (Wun). Pressionando o adversário com o cotovelo, podemos utilizar as costas para interceptá-lo. Por vezes é possível usar também a pressão exercida por um adversário com sua mão, para interceptar a outra mão. O Lan é frustrante para o atacante, que tem a sensação de não poder continuar lutando e quando entra em pânico, fica ainda mais bloqueado. O Lan é uma boa estratégia contra um

atacante que usa principalmente o princípio Dim e precisa de muito espaço e tempo para seus batimentos e pontapés. • O princípio Dim O adversário é controlado principalmente através de um batimento; também existe a possibilidade de agarrar ou projectar. No Dim, a arma principal é um batimento. Quando se dá um forte golpe no adversário, ele fica muito impressionado e irritado; assim sendo, há um momento em que o atacante não tem certeza de querer continuar lutando e fica pensando como impedir o próximo batimento. Isso resulta numa demora das suas

acções e proporciona a possibilidade de lhe bater novamente e confundi-lo ainda mais ou até controlá-lo totalmente. No trabalho do corpo, o Dim é treinado até se chegar a poder marcar batimentos com o corpo inteiro, utilizando todo o corpo para esse fim. Cada parte do corpo pode chegar a ser uma arma. • O princípio Kit Leva-se o adversário a perder o equilíbrio fazendo-o desviar-se da direcção original do seu ataque. É desviado de tal maneira que não pode continuar usando a sua força contra a pessoa que tem na sua frente. A estrutura do adversário é quebrada desviando as suas extremidades ou


Weng Chun rompendo a estrutura superior ou inferior de seu corpo. Quando se consegue isto, o atacante não estará mais capacitado para atacar e assim se cria espaço e tempo para seu controlo total. • O princípio Got Com semi-círculos executados pelos braços, as pernas ou pelo corpo, se podem cortar para baixo os golpes ou ataques de luta do adversário. Existem pequenos movimentos de Got, por exemplo com os pulsos, ou movimentos de Got maiores com os cotovelos ou as costas. Assim, é possível cortar para baixo o batimento do adversário e ao mesmo tempo bater. Os movimentos principais são a punhalada com o dedo Weng Chun “Biu Chi”, ou o punho de regresso “Qua Choy". Quando se intercepta a sua força em um semi-círculo para baixo, o atacante perde a mesma, seu equilíbrio e também o estímulo para outros ataques. • O princípio Wun Neste caso utilizamos a força do adversário por meio de círculos e semi-círculos. Tomemos o mesmo exemplo do caso anterior Tai. Quando o adversário ataca com um swing, se absorve a sua força puxando e batendo ao mesmo tempo. Ambos lados das suas costas e o peito constituem um triângulo aberto. Se o atacante agora tenta acertar com um batimento para cima, podemos utilizar a sua força circulante em volta do triângulo aberto e empurrá-lo com força. Se ao mesmo tempo se leva o outro braço ao pescoço do adversário, faz-se uma projecção maravilhosa. Wun ajuda a descobrir a força e a energia batendo. Os golpes no Weng Chun são parecidos a um chicote, não são tão directos como os de um pau. Batimentos em gancho, de cotovelo e swings são as armas principais do princípio Wun.

• O princípio Lau Sê como a água que corre para o vale e seu fluir não pode ser parado por nenhuma pedra. Se o adversário ataca, dá-nos com seu ataque alguma coisa que podemos utilizar para controlá-lo. O Grão Mestre Wai Yan descrevia o Lau como esquiar. Quando se toca o chão, neste caso o atacante, usando a sua força, praticamente nos deslizamos dentro dele. Outro termo muito belo do Weng Chun é Fok Ku: significa neste contexto Montar o Tigre - utilizar a ferocidade do atacante para controlá-lo. Lau é o coração do Weng Chun, é o princípio mais importante. Diz-se, que 50% de todas as acções em Weng Chun consistem no princípio Lau. A forma Luk Dim Boon Kun

Forma da mão dos 6 e 1/2 princípios. Outro caminho para treinar formas O objectivo do Weng Chun é perceber e aprender como se podem utilizar sem esforço e espontaneamente os princípios necessários para controlar um atacante na luta. Por isso, o caminho para aprender as formas é aqui diferente de outros estilos de luta, mais orientados para as técnicas. De início deveria aprender-se a Luk Dim Boon Kuen, por que assim se gravam os princípios básicos no corpo e na mente. Partindo dessa base, podemos aprender todas as outras formas, as quais contêm combinações destes princípios. Também se percebem facilmente as aplicações destes princípios na luta.

Uma forma para todos os campos de aplicação na luta E interessante que em Weng Chun se aprende a mesma forma das mãos para seu uso com o boneco de madeira, com duplas



Weng Chun

facas, o pau comprido e como aplicação de luta. Assim, é possível aprender os princípios em diferentes campos de aplicação, até os ter interiorizados.

Passar a ser um guerreiro espiritual com os 6 e 1/2 princípios Tudo dá começo com Tai. É o forte desejo de nós os guerreiros Shaolin, de usarmos a nossa força e potência para salvar outros seres humanos, ser seu exemplo, darlhes força na sua luta pela vida e ajudá-los a sofrer menos e portanto, gozar mais da vida. Começamos por nós próprios. Ao despertar, devemos agradecer por ter nosso corpo e mente maravilhosos, e devemos pôr o elevado espírito Tai em tudo quanto fazemos e levá-lo a todo aquele que encontremos no nosso caminho. Depois de Tai passamos a Lan. Lan é a alegria e sabermos das infinitas possibilidades e o espaço que nos rodeia. Com a força do princípio Lan podemos bloquear sentimentos que perturbam, como inveja, ódio e medo, no momento em que nascem. Com Kit é possível perceber as relações e as interacções com amigos, com todos os seres e finalmente, com todo o universo. Esta sabedoria de ser um com o universo nos proporciona muita força e valentia. É a base para o princípio seguinte, Dim. Com Dim encontramos espontaneamente momentos e espaços justos para agir e aprendemos a perceber a força da tensão e a relaxação. Got nos ensina a cortar com sentimentos que interferem e as coisas que não podemos mudar, para nos orientarmos para as coisas que realmente podemos fazer. Uma vez entendido Wun, somos capazes de viver e agir sem esforço, sem perder energia nisso. Compreendemos que tudo, inclusivamente os nossos pensamentos, aparecem e brincam no espaço e depois vão-se embora. Saber isso dános paz interior e compreendemos a lei natural do círculo da vida. Com isso estamos prontos para Lan - ser um e fluir, sem lutar contra isso. Temos uma ideia de como é fluir e ser uma parte do todo, sendo um ser individual. O

resultado é um espírito alegre, pacífico, espontâneo e firme de guerreiro, que sente a Primavera Eterna (Weng Chun) em todo lado. Quando se tentam aplicar os 6 princípios à vida, na família Weng Chun de Andreas Hoffmann podem usar-se as “polainas brancas” do guerreiro espiritual.

A história dos 6 e 1/2 princípios do Wenig Chun O Weng Chun Kung Fu como exemplo clássico da arte marcial do Mosteiro Shaolin do Sul, é ensinado de uma maneira concebida com simplicidade. Weng Chun quer dizer “Primavera Eterna” e era o nome de uma sala de Filosofia do Templo Shaolin do Sul, sendo seu lema filosófico: “Permanecer sempre acordado, alerta e consciente”. Isto constitui a base da luta; significa que é preciso estar sempre presente, sem deixar-se influir por expectativas ou medos. A experiência directa da realidade e ver tudo com naturalidade e simplicidade eram as pretensões principais dos monges de Shaolin. Não acontecia assim com a filosofia de outros estilos marciais, os quais estavam ligados ao mundo mágico ou a sistemas de crenças. Como resultado desta filosofia de Shaolin, Weng Chun, utilizou no Weng Chun só as aplicações marciais que eram fáceis de usar directamente e que se podiam experimentar na luta real.

Depois da destruição do Templo Shaolin do Sul Depois da destruição do Templo Shaolin do Sul, que era o seu lar, os monges guerreiros do


Weng Chun que puderam fugir, desenvolveram muitos estilos baseados nos 6 princípios do Weng Chun. Os Juncos Vermelhos (onde viajavam nos mares da China companhias de Teatro e Ópera) foram bons lugares para os monges se ocultarem. Leung Yee Tei aprendeu a Luk Dim Boon Kwun (6 princípios na forma do pau comprido) de Wong Wah Bo e passou a ser conhecido como fundador histórico do Wing Chun. Também se encontram os 6 princípios Luk Dim Boon como parte da Ng Lung Bagua Kwun, no Hung Gar Kung Fu. Esta é uma das razões pela qual hoje em dia os estudiosos chamem Weng Chun ao criador do Wing Chun e o Hung Gar.

Weng Chun depois da segunda guerra mundial Depois da segunda guerra mundial, o Grão Mestre Wai Yan transformou um dos seus edifícios dedicados aos negócios na Waterloo Road, Yan Ma Tei, Kowloon, Hong Kong, na sede principal da família Weng Chun. Convidou

todos os Grandes Mestres vivos do Weng Chun a virem a este lugar, para trabalhar com eles para manterem o Weng Chun para a posterioridade e estudar a arte. Foi ajudado pelo Grão Mestre Tang Pick, o Grão Mestre Tam Kong, o Grão Mestre Lo Chin Woon e principalmente por seu amigo o Grão Mestre Chu Cheng Man. O Grão Mestre Wai Yan treinou e estudou com ele durante 20 anos, conforme ele mesmo informou. Os dois Grandes Mestres convidaram também Grandes Mestres de outros estilos e compartilharam com eles seus conhecimentos e pesquisas. Assim, ajudaram o Grão Mestre de Taimanti Chin Chuk Kai a desenvolver um boneco de madeira, e também ajudaram a Grão Mestre Yip Man com o Wing Chun.

O Weng Chun a caminho do Oeste O Grão Mestre Wai Yan aceitou o decidido jovem alemão Andreas Hoffman como aluno e ensinou-lhe todas as suas pesquisas e as do Grão Mestre Chu Chung Man.


Weng Chun


Também mandou Andreas Hoffman à China, para que aprendesse com os Grandes Mestres do Weng Chun, Pak Cheung e Pang Nam. De volta em Hong Kong, Andreas Hoffmann teve de demonstrar o que lá tinha aprendido; Wai Yan observou-o e adicionou suas pesquisas. Desde 1986 Andreas Hoffman recebeu aulas particulares do Grão Mestre Wai Yan, até chegar ao nível de Mestre e mais tarde a Grão Mestre. Foi o último aluno de Dai Duk Lan e o único aluno ocidental de Grão Mestre Wai Yan. Para destacar esta circunstância extraordinária do seu aluno, em 1995, em Hong Kong, o Grão Mestre Wai Yan entregou-lhe as credenciais de sucessor do Weng Chun, em presença de muitos mestres do Kung Fu de vários estilos e de mais de 70 alunos de todo o mundo. Hoje em dia, Andreas Hoffman dá aulas mundo afora, além de continuar as pesquisas de Dai Duk Lans com seus alunos também mestres. Juntos continuam a tradição de Dai Duk Lan e ajudam outros mestres e famílias do Kung Fu. Há muitos mestres de Wing Chun e professores que aprendem pessoalmente com o Grão Mestre Andreas Hoffman a desenvolver a sua arte marcial, e a fazer crescer seu próprio sistema, ou a participar em competições modernas, como as MMA.




Como na melhor tradição marcial chinesa que se preze, o sistema Choy Lay Fut Kung Fu também tem a sua própria história e as suas tradições, a sua gente e as suas aventuras, histórias de homens diferentes uns dos outros, com diferentes existências, mas com um objectivo comum. Efectivamente, todos aqueles formaram parte do sistema Choy Lay Fut, têm em comum uma autêntica capacidade para o combate, assim como uma tendência à revolta social e política do seu tempo.


Kung Fu


A sua história pode escrever-se de diferentes maneiras. Uma é a transmissão de conceitos, precisa e literal, das histórias técnicas e marciais de outros, frequentemente vazias e anacrónicas. Isto é o que sucede hoje nas Artes Marciais chinesas, se estudam centenas de formas (Tou Lu) e se luta com métodos e técnicas que não diferem em nada das que se empregam em qualquer outro sistema de combate moderno (vet o Full Contact, Jiu Jitsu, Sanda ou San Shou). A outra maneira é seguir o caminho traçado pelas gerações antecedentes e concentrar-se na experiência directa, específica e realista, sendo conscientes da evolução da nossa própria experiência e do sistema. Esta é a diferença entre o "Mestre" que tem perguntas e respostas, conhecimentos, lógica e experiência na trajectória de desenvolver um sistema, e o "Mestre Instrutor", que é um simples executor e portador da experiencia de outros, nos quais, as respostas nascem e morrem sem perguntas e onde os dogmas do sistema são o único caminho visível. Tam Sam (譚 三 ) nasceu no subúrbio Hoi Ping, em 1873, e cresceu em Toi Ting, uma povoação Cantonesa. De carácter forte e dotado de uma inteligência notável, o jovem Tam mostrou uma força de vontade inata de aprender artes marciais desde que era criança. Foi seu pai quem o introduziu no estudo do Kung Fu, sob a direcção de um famoso mestre de Hung Gar, de nome Chow Gum Biu. Tam Sam possuía um espírito combativo. Durante o seu curso de estudos em Hung Kuen Kung Fu, soube da fama que os praticantes da Hung Sing Gwoon de Fushan estavam estendendo gradualmente pela zona Guanzhou. Desejoso de pôr à provas as suas habilidades, em especial as do sistema Hung Sing Choy Lay Fut, resolveu passar pelo Hung Sing Gwoon para conhecer o Mestre Lui Tsan (雷 粲). Tam Sam entrou na escola e com arrogância, convidou o Mestre Tsan (雷 粲) e seus alunos para fazerem



um combate de treino com ele. Um aluno avançado do Mestre Lui, de nome Wong Sum, deu um passo em frente e aceitou o desafio. A luta começou e Tam Sam conseguiu bater nas costelas de Wong Sum, mas este, devido à técnica de combinação "Jo But Kwa Sow", conseguiu terminar o encontro com bastante rapidez. Mesmo ferido no corpo e em seu orgulho e sem poder continuar o encontro, Tam Sam estava obstinado em lutar contra o Mestre Lui Tsan. Tendo em consideração a avançada idade do Mestre, Tam Sam estava convencido de que não lhe seria difícil derrotar o velho Lui. Assim, pelo menos poderia redimir parcialmente o seu orgulho ferido. Mas mais uma vez, o jovem Tam pecou de arrogância excessiva e da sua má preparação. De facto, o encontro com o Mestre Lui durou uns poucos segundos e sem quase se aperceber, o jovem desafiante estava de novo no tapete… Mas desta vez, alguma coisa nele tinha mudado. Consciente da eficácia do sistema, Choy Li Fut pediu humildemente ao Mestre Lui que o aceitasse como aluno na sua escola. Lui Tsan, antigo discípulo do Mestre Jeong Yim 張 炎 (ou Cheung Hung Sing, 1824-1839) aceitou o jovem Tam Sam como seu aluno. Sob a direcção de Lui Tsan, Tam Sam continuou com sucesso a sua formação, até que o próprio Mestre Lui Tsan o promoveu a Instrutor da Escola Hung Sing Gwoon. A sua carreira como instrutor na Escola foi rápida e intensa; em poucos anos tinha o respeito não só de seus colegas (que o chamavam "Sam Sook"), como também de praticantes de outros sistemas que havia em Fushan. Tam Sam conservou a sua maneira de ser e o temperamento, mesmo durante o período de sua instrução. Nunca abaixou a cabeça, e ainda que se enfrentasse a fortes oposições, continuava a ser do género "directo". Um importante ponto de inflexão na trajectória da sua


Kung Fu "O Mestre pratica, os principiantes falam; o Mestre vive, os principiantes discutem; o Mestre saboreia a manhã e o entardecer, os principiantes se preocupam pelo amanhã e estão cansados ao entardecer...”


vida, foi um famoso episódio conhecido como "Kuen Da Sam Ngan," que se traduz como "O golpe que derrotou os três Ngan". Durante uma discussão com SiSook Ngan Yiu Ting (seu tio no Kung Fu) e alguns membros da sua família, Sam Tam chegou a lutar e a derrotar seus próprios Hing Dai (irmão do Kung Fu) em um encontro não muito amigável e o mais importante, não autorizado pelo mestre Lui Tsan. Lutar contra um “irmão” e mais ainda contra um familiar de mais idade, significava quebrar o código da ética e moral do Choy Lay Fut. O Mestre Lui Tsan soube do incidente e com grande dor no coração, não teve outra solução que despedi-lo da escola. Os códigos e normas devem respeitar-se, apesar de Tam ter tido toda a razão neste incidente. Assim, sem ter acabado ainda a sua formação sob a orientação do Mestre, Tam Sam teve de abandonar a escola. Durante um certo período de tempo, continuou aprendendo e treinando em segredo com alguns dos seus irmãos do Kung Fu, da Hung Sing Gwoon. Mas para ele, combater era a única maneira de conseguir evoluir seu nível pessoal e melhorar a sua bagagem técnica de Artes Marciais. E assim foi como começou uma longa série de sangrentas lutas contra lutadores de outros sistemas, que foram forjando sua reputação de combatente sólido e duro. a Sua experiência cresceu junto com a sua fama. Os seus combates se realizavam à porta fechada ou ao ar livre, mas em qualquer caso, se tratavam de verdadeiras batalhas, cujas façanhas eram contadas por toda a região. Tam Sam continuou sendo atencioso e respeitando seu antigo mestre e os seus colegas da Hung Sing Gwoon e assim, quando percebeu que a sua reputação estava começando a fazer sombra sobre o Mestre Lui Tsan e a Escola, resolveu ir-se embora de Fushan. Tam Sam fundou a sua própria escola em um templo denominado Di Mew, no Norte e deu-lhe o nome de Siu Hung Sing Kwoon Buk. Devido à sua habilidade no combate e à sua experiência, continuou criando novas técnicas e actualizando as antigas, superando o sistema original e


dando uma valiosíssima contribuição pessoal, especialmente na área do combate. Em Siu Buk, Tam Sam foi chamado com a alcunha "O punho insuperável do Norte", devido a ser invulnerável em combate. Com o tempo, os seus estudantes convenceram Tam Sam para fazer mais curto o nome da escola e modificá-lo para Buk Sing Choy Lee Fut, e com a ideia de estabelecer uma marca distintiva, com respeito aos outros dois ramais do mesmo sistema. Foi então quando, além do ramal Choy Lay Fut de King Mui e Fushan, nasceu o ramal Buck Sing. Durante os seus estudos, Tam Sam deu vida a um verdadeiro sistema dentro do sistema. Sua pesquisa se concentrou especialmente na área da técnica e nos princípios aplicáveis no combate. Poucas Tou Lu (formas) e muitos Kuen (técnicas e princípios): esta era e continua a ser a base do sistema Choy Lay Fut Pak Sing. Algumas das técnicas que o fizeram famoso no mundo marcial por sua efectividade em combate


são, por exemplo: Kwa - Chop e Lin Wan Chop Choy (ataque cíclico com punhos Leopardo). Tam Sam amava tanto o combate que contratou um biógrafo para que registasse os seus encontros. O livro devia intitular-se "O recorde de 100 combates vitoriosos", mas o autor faleceu em Hong Kong durante as primeiras fases da redacção e nunca foi completado. Em 1912 se formou a República Popular da China e nas décadas seguintes, promovidas pelo novo governo, foram criadas diversas associações de Artes Marciais Tradicionais, tanto no Norte como no Sul da China. O novo governo reconheceu as Artes Marciais Chinesas como um tesoiro nacional e promoveu publicamente sua difusão por todo o país. Foi um florescente período de intercâmbio entre os diversos sistemas e associações de Artes Marciais Tradicionais. O próprio governo organizava estes encontros, particularmente entre os estilos do Norte e do Sul. Um dos mais famosos "intercâmbios" de conhecimentos entre os sistemas de Norte e do Sul foi na cidade de Cantão. Ku Yu Jeong, famoso mestre do estilo Bak Siu Lam e conhecido por suas técnicas corporais e pela “Palma de Ferro, foi nomeado chefe da delegação do Norte, enquanto que no Sul, a distinção era para Tam Sam. A reputação de Tam Sam também era conhecida pelo Mestre Ku Yu Jeong, que o considerava um herói nacional e ao mesmo tempo, um irmão na Arte Marcial. Ku Yu Jeong queria conhecer Sam Tam e treinar com ele, mas Tam Sam tinha outras intenções e queria enfrentar-se a Ku Yu Jeong em combate. Depois de um famoso encontro dos dois "à porta fechada", do qual jamais ninguém soube o resultado final, ambos mestres chegaram a um acordo de respeito e intercâmbio mútuo, entre seus respectivos grupos de alunos. As duas escolas poderiam intercambiar livremente suas experiências, tanto de maneira directa como indirecta. Tam Sam era um homem honrado e directo, mas com uma forte personalidade e apesar de ter dado liberdade aos seus alunos para intercambiarem experiências com a Escola do Mestre Ku Yu Jeong, nunca quis compartilhar pessoalmente o seu sistema com ele, porque no fundo do seu coração, jamais aceitaria aprender nada do Kung Fu do Norte. Também foi membro do Conselho Nacional das Artes Marciais de Cantão. Durante a Segunda Guerra Mundial e a


Kung Fu


invasão japonesa, Tam Sam foi eleito chefe do campo de treino "Di Dao” (Grande Sabre). Faleceu em 1942, com 69 anos, de uma doença incurável. De entre os discípulos favoritos de Tam Sam estavam: MMAH Yan, Kong On, Leong Ji, Chan Nien Pak e Lee Chow. Seu filho Tam Fei Pang, teve um grande seguimento dos discípulos em Kowloon, Hong Kong. Tam Sam (譚 三) não só foi um grande lutador como também um homem culto e um excelente calígrafo. Passou a maior parte da sua vida trabalhando como empregado de escritório e homem de leis, em vários distritos de Guangzhou. Mas a sua reputação como lutador invicto, marcou notoriamente sua trajectória e a sua maneira de viver. Não gostava os esquemas nem de dogmas e sempre apoiou a experiência individual como o único e verdadeiro caminho para desenvolver as habilidades pessoais e a próprio bagagem técnica. Incentivava seus alunos a confrontarem seu nível técnico com o de outros praticantes. A sua experiência de vida e seus pensamentos criaram um sistema eficaz e directo na verdadeira prática marcial. De entre as suas mais famosas frases se encontram as seguintes: "Os braços devem ser como o vento que sopra sobre as velas, as pernas são como andar sobre as nuvens" "Gira em volta do teu adversário como um tigre que levanta a cabeça e bate como um dragão que afunda as suas garras" "O Mestre pratica, os principiantes falam; o Mestre vive, os principiantes discutem; o Mestre saboreia a manhã e o entardecer, os principiantes se preocupam pelo amanhã e estão cansados ao entardecer” “Onde houver palavras encontrarás um homem, onde encontrares coerência no silêncio, estará o teu Mestre"


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Possui uma das carreiras em Artes Marciais, mais brilhantes das últimas décadas. Desde uma pequena povoação mineira de Espanha e um derrubamento da mina que o teve preso durante nove dias soterrado, até os ecrãs do cinema como coreografo em múltiplos filmes e em séries da televisão, como Batman Beggins ou Missão impossível III. Mas o seu trabalho como especialista em lutas ou coreógrafo é só o resultado de seu revolucionário método de combate, o “Keysi”, método que ensina por todo o mundo, em seminários e abrindo novas escolas. Após dolorosa separação de seu antigo sócio, Justo voltou ao ataque situando seu trabalho e o seu ensino entre os melhores e mais originais do panorama Marcial actual. Este mês, com esta entrevista, ele começa uma série de artigos acerca do seu sistema de combate, conhecido oficialmente como “Keysi by Justo Dieguez”. Não percam! Ele tem muitíssimo a oferecer... Cinturão Negro: Fala-nos da tua história pessoal. Penso que seja uma das mais espectaculares que temos escutado! Justo Diéguez: Meu nome é Justo Diéguez e nasci numa pequena povoação mineira de nome Villa Nova do Rio e Minas, na província de Sevilla, mas foi em Aragão, numa povoação mineira chamada Utrillas, onde passei a maior parte da minha infância. Era um lugar muito especial e nele descobri a dureza e a realidade da vida. Desde muito pequeno assisti a situações brutais e logo percebi que se queria fazer alguma coisa na vida, precisava escapar dali. Com só 10 anos de idade, dei entrada em um colégio Salesiano, donde passei três anos. Após esse tempo voltei para casa e quando fiz 14 anos, comecei a trabalhar nas minas. C.N.: A tu experiência nas minas foi difícil? J.D.: A mina é um lugar muito difícil para uma criança, ali chegava gente de todo lado e de todos os países, isso era bom, mas também lá estavam convictos, para

trabalharem e cumprirem seu tempo de condenados, mas não todos, alguns destes homens viviam sem medo da recriminação. Este foi um período especialmente duro na minha vida e foi nas minas onde perdi muitos dos meus amigos. Passei seis longos anos neste ambiente extremo e violento, onde é muito difícil gostarmos de nós próprios. Foi quando estive

involucrado em um acidente mineiro. A mina abateu, deixando presos no túnel a maioria dos trabalhadores. Ainda me lembro do estremecedor rugido da terra a retorcer-se em seu interior. Foi suficiente, deixei as minas e me inscrevi nas forças especiais. Com a minha maneira de ser extremo, rapidamente me tornei um bom soldado, fazendo o melhor que


Keysi


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sabia fazer e ao mesmo tempo. aprendendo a superar-me como pessoa. Depois, tomei a decisão de abandonar as forças especiais. C.N.: Como começas nas Artes Marciais? J.D.: Todas essas experiências passadas nas minas, me vinham ensinado a procurar respostas a esse género de violência. Eu já sabia que a resposta não está na técnica, está no instinto e o meu seguinte passo foi aprender a usar o meu. Não foi o que diríamos fácil, mas foi sempre muito emocionante. Quando tinha alguma briga e me arrastavam para o chão, me dobrava como um feto e daí comecei a usar os meus braços e per nas como protecção, e os espaços entre os braços, como janelas de onde podia observar os movimentos de quem me batia e provocar o seu seguinte movimento. Nem sempre me saía bem, mas fui melhorando… Nesses encontros aprendi a usar as mãos como um macaco e agarrar-me às suas pernas, e a escalar procurando as suas costas e, porquê não, a usá-lo como um escudo. Criei muitas destas artimanhas, as quais hoje formam parte do ensino do Keysi. Entrei no mundo das Artes Marciais procurando essa filosofia que me ensinasse um caminho a seguir. Sempre procurando respostas, ao princípio foi interessante, mas não encontrei as respostas que procurava e depressa voltava para o motivo que me levará até lá. Levava muito tempo dedicado às Artes Marciais, havia pessoas que me seguiam e a quem realmente nada importava saber o que era o que ensinava, mas sim como ensinava. Resolvi transmitir a minha maneira de ver e compreender a rua. Me concentrei nas minhas experiências; tinha a minha resposta, que era muito simples. Tinha começado uma aventura sem

“Keysi é a minha experiência expressada nos movimentos, é a minha cultura espanhola, é o flamenco, é o toiro...”



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os vícios de uns conhecimentos técnicos desnecessários, ou desde a desvantagem de uma experiência carente de significado e de respostas. Assim sendo, tenho de dar a esta aventura, um tratamento didáctico, baseado na metodologia, partindo do mais simples, onde a técnica é apenas um veículo temporal e não uma finalidade. Segui o conselho do meu pai: “para subir uma montanha, primeiro tem de se dar um pequeno passo e depois outro e outro”, e assim, passo por passo, aprendi que há muitos caminhos para chegar ao cimo. Isto me ensinou que mesmo perdendo em muitas ocasiões a direcção, nem por isso tem de se perder o objectivo. C.N.: Gostaríamos que nos falasses do KFM. J.D.: KFM significa Keysi Fighting Method. O método de combate Keysi nasce em mim e sou eu quem o cria.

Devido à minha maneira de me expressar nas artes marciais, comecei a chamar a atenção e certas pessoas começaram a interessar-se pelo que faço; uns viram isso como alguma coisa revolucionária, moderna e modelo de vida baseado no crescimento do ser humano, com uma filosofia de vida sustentada nos valores do ser humano. Outros, como um puro e duro negócio e esta foi a minha experiência com os meus sócios, durante o tempo que durou a empresa KFM... É irónico, mas por acreditar nas pessoas e não pôr em um papel quem é quem na empresa, agora eu não posso usar a abreviatura do meu nome KFM; tudo tem consequências, mas aceito e renasci com a minha alcunha Keysi by Justo Diéguez. Nunca deixei ninguém interferir na minha criação, porque são os meus pensamientos e minha maneira de expressar e perceber a rua. Isto não quer dizer que não



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“O método de combate Keysi nasce em mim e sou eu quem o cria. É devido à minha maneira de expressar as artes marciais que começo a chamar a atenção e certas pessoas começam a interessar-se pelo que faço”


Keysi tenha havido pessoas perto de mmim, colaboradores, sócios (que confundem ou manipulam “co-fundador de uma empresa” com o “co-fundador de um Método”). Também há alunos destacados que pus até por cima de mim, aos quais dei credibilidade e poder frente ao mundo, que têm tido o privilégio de eu ter compartilhado com eles os meus pensamientos, o privilégio de participar no ensaio e nos erros de levar à prática um sistema, o privilégio de estar presentes e formar parte da sua evolução.

C.N.: A traição de um aluno é um assunto tão velho como as Artes Marciais… O que falhou? J.D.: Talvez uma confiança excessiva e a minha maneira tão aberta de entender a igualdade do ser humano... Sinto pena porque nunca chegarão a compreender que o Keysi é a minha expressão em constante evolução e que eu queria dar o melhor de mim, não podia carregar com uma coisa em que não acredito. Seria enganar-me a mim próprio e isso é coisa que nunca farei!...


Entrevista

Confiar plenamente em alguém, acreditar no amigo e na família, darlhes o privilégio e sentir orgulho de os ter não como alunos mas como meus companheiros de viagem nesta aventura que eu tinha começado quando era criança. creditava em meus amigos e desejava ensinar-lhes tudo, queria que a transmissão fosse correcta, dei-lhes o privilégio de considerá-los meus colaboradores. Foram muitas horas falando com eles do “meu Bebé” Keysi, do código Ético e seus valores! É triste ver pessoas que entram na nossa vida, gostamos delas, damoslhes tudo o que temos e quando eles têm ocasião, nos roubam tudo quanto podem. Tentam suplantar a minha identidade, narram as minhas histórias fazendo-as suas… Mas nem tudo é mau e tenho de agradecer do coração a essas pessoas, o facto de terem saído da minha vida. Tenho avaliado esta experiência como uma “Master Class” na minha vida. Agora sou livre, estou limpo de influências; o método Keysi by Justo Diéguez começou a crescer com mais força que nunca. Continuo fazendo amigos e criando uma grande família Keysi. Essas pessoas que agora já não estão comigo, sabem que cada vez que tratem de explicar essas técnicas, que eles dizem pertencerlhes, e tenham de mentir contando como as criaram, contando partes da minha história como se tratandose da vida delas, cada vez que os aplaudirem em um seminário e recebam esses aplausos, elas sabem que nem sequer tocaram ao de leve a superfície do método Keysi e que por muito que tentarem, não passarão da superfície, porque continuam a ser uma cópia vazia e sem raízes. Quando se vejam no espelho, esse espelho inquisidor que nos revela de uma maneira directa a nossa mais profunda identidade, nesse momento, a sós com a verdade, sem máscaras por meio, por muito que repetirem e repetirem suas mentiras até eles mesmos as acreditarem,


Keysi “Desejar seres quem queres ser, não começa com a ideia de quem queres ser nem com a esperança de o ser… Começa desde a convicção de que já o és!”


Entrevista

nunca poderão enganar a sua consciência. Sabem que os aplausos que recebem estão dedicados a mim, ao criador do método Keysi e que as sua palavras e justificações, a cada dia me fazem mais grande. Keysi é a minha experiência expressada em movimentos, é a minha cultura espanhola, é o flamenco, é o toiro e acima de tudo é a paixão por fazer uma coisa que nasce dentro de mim e na qual acredito. C.N.: Qual o motivo de todas as tuas técnicas terem o Pensador? J.D.: É certo! No Keysi by Justo Diéguez, todas as técnicas começam com o Pensador. Isto no tem nada que ver com a posição das mãos, nem que estamos muito tempo pensando. O Pensador tem a ver com conhecer tu corpo de uma maneira diferente, desde o interior, um lugar onde só se pode entrar com o pensamiento e olhar desde essa perspectiva. O Pensamento é o espírito que pode chegar até a parte mais profunda do corpo e é o corpo a parte exterior do Pensamiento. Corpo e Pensamiento não são diferentes entidades, são só uma e por isto, todas as técnicas em Keysi levam o Pensador. C.N.: Um pensamento… J.D.: Desejar seres quem queres ser, não começa com a ideia de quem queres ser nem com a esperança de o ser… Começa na convicção de que já és!








Todo sistema tem limites e quando se necessita passar de um sistema para outro, devemos de aprender outra Arte e isto é o que o Kapap tenta evitar. Isso é o Kapap, combate cara a cara, uma ponte entre sistemas. O seu fundador deixou-nes uma frase cujo conceito empregam outros estilos de artes marciais tradicionais: “Não portes uma arma, sê tu mesmo a arma”. Se a tua mente, o teu espírito e o corpo são a arma, tu serás uma arma que será também efectiva quando portares uma arma. Este DVD da “Avi Nardia Academy”, trata da conexão entre a “velha escola” de Artes Marciais e o moderno CQB (Close Quarters Battle). A experiência como comandante nas IDF (Forças de Defesa de Israel) e oficial treinador da principal unidade anti-terrorista israelita, ensinaram a Nardia que cultivar a mente e o espírito do guerreiro deve considerar-se prioritário ao simples treino do corpo. Entre outros, estudaremos a segurança com armas, os convincentes paralelismos entre o Iaido e a adequada manipulação de uma arma de fogo. As armas de fogo são a última hipótese em armamento individual, mas não escapam à eterna sabedoria e à lógica da velha escola. Exercícios de treino adaptados do BJJ, exercícios de desarme e o acondicionamento inteligente do corpo mediante exercícios, com explicações sobre os benefícios e as precauções. Um DVD educativo, inspirador e revelador, recomendado aos praticantes de todos os estilos, antigos e modernos.


REF.: • KAPAP8








Artes Marciais


Mestres do Mundo

“Un mutador treina para lutar… um guerreiro treina para VIVER” Os Guerreiros não lutam por odiarem quem têm em frente deles, mas porque amam os que estão por detrás deles” A ética e a moral, fazem de ti um guerreiro

Nos nossos dias, nos enfrentamos a uma nova era nas Artes Marciais, com tendências muito preocupantes em círculos das MMA – “gladiadores” modernos que exigem o sabor do sangue de seus oponentes. Como Mestres de Artes Marciais, necessitamos fazer frente a esta tendência e tratar com isso todos os dias, com um propósito. Temos que discutir e explicar aos nossos alunos quais são as diferenças entre ser um "lutador" e ser um "guerreiro". Muitas vezes um “guerreiro” pode ser um grande "lutador", mas por vezes podem não estar capacitados e lutar cada segundo da sua vida, ou pessoas que têm de lidar com uma vida que pode ser um calvário pelo trabalho do dia-a-dia, por ter de enfrentar-se contra o câncer e não tratar-se de uma luta com um oponente.

Texto: Avi Nardia & Tim Boehlert Fotos: © Brian Wilder

Lutador ou Guerreiro?


Artes Marciais “É importante perceber que um soldado pode ser um bom lutador, mas isso não o faz um bom guerreiro”


Mestres do Mundo guerreiro é alguém que tem estado em estado de guerra - para proteger e defender a sua família, a sua vida, sua casa, sua sociedade, a sua "nação". Com a guerra, como com muitas coisas relativas aos conflitos, há diferentes leis, códigos de ética e moral que um guerreiro adopta e defende. Um “lutador” pode ser um grande pugilista, mas ele ou ela não necessariamente abraça ou faz suas estas mesmas leis e códigos de ética e/ou moral. A modo de exemplo, um terrorista pode 'lutar' bem, mas não se adere à mesma ética que as pessoas mais civilizada. Um preso pode ser um grande lutador, mas não há regras "normais" na prisão, quando se combate. É por isto que não me gosto de escutar que nas Artes Marciais “não há regras".

O

Se bem é certo que na rua não há regras, mesmo na rua tem de se ter um código de ética e aderir-se a um conjunto de normas da moral, posto que não aspiramos a matar. A misericórdia é uma qualidade de um verdadeiro guerreiro! Ensino Budo e sim, sei lutar, mas esse não é a questão. A questão é não lutar e evitar a luta, porque isso é verdadeiramente a auto-defensa. Na guerra, o confronto é a luta, mas tratamos de evitar isso na própria defesa. Nos esforçamos por 'proteger' o estilo, não por intimidar. Sabemos que os soldados podem ser guerreiros, mas talvez alguns são só combatentes Seguem eles as leis, ou um código ético ou moral? Os membros das SS eram grandes soldados, mas cometeram crimes imorais contra a humanidade. Os soldados japoneses cometeram atrocidades em Nanking, China, em


Artes Marciais

1937, donde violaram, torturaram e assassinaram mais de 3.000 civis e soldados chineses. Este comportamento não é aceite no Budo. É importante compreender que um soldado pode ser um bom lutador, mas isso não faz dele um bom guerreiro. Hoje vemos muitos "guerreiros" - lutadores sim, com um bom sentido da ética ou da moral. Não são guerreiros, ainda que possam apresentarse como tal a olhos dos outros, mas acima de tudo, perante seus próprios olhos. Os mercenários também são bons lutadores, mas não são guerreiros. Eles também não seguem nenhuma lei, nenhum código ético, nem normas. Na Academia Nardia Avi, através do Kapap tratamos de ensinar aos nossos estudantes a serem guerreiros, porque é

mais importante ser um guerreiro que ser um lutador. Quando era mais jovem e o meu ego exagerado, pensei em ser um bom lutador, mas conforme fui crescendo e desenvolvendo melhor o espírito e a mente, percebi que não se tratava apenas de ter um melhor corpo; pude ver a importância de ser um guerreiro em vez de ser um lutador. Faz alguns anos, venho desenvolvendo a faca do Kapap junto com Fox Knives, na Itália. A minha faca foi desenhada pensando nos guerreiros e não nos lutadores. A minha faca está desenhada principalmente para salvar a vida e não para a tirar. Há muitos sistemas, diria que demais, que utilizam a faca como ferramenta de matar, em vez de mostrar a maneira em que pode ser uma ferramenta para conservar a vida. A faca Avi Nardia Kapap foi desenvolvida a partir de muitas ideias - provenientes da minha história pessoal. Meu pai era pára-quedista de combate - a cor de fundo nas suas asas era vermelha (em vez do azul), o que significa que realmente entrou em combate. Isto é raro, pois apesar da maioria dos páraquedistas treinarem para isso, realmente não entram em combate desta maneira. Eu cresci entre os primeiros pára-


Mestres do Mundo

Lutador ou Guerreiro?


Artes Marciais Mediante a minha história pessoal, a minha forma de vida e os meus princípios, assim como um estudo profundo da espada e a faca de luta, de tudo isso desenvolvi ideias acerca de como construir uma faca ideal.

quedistas das Forças de Defesa de Israel, absorvendo a sua cultura, a sua história e as suas imagens dos velhos tempos. Uma imagem que nunca esqueci (ver adjunta), é a do pelotão de treino com faca de combate, da década de 1950, quando KAPAP (Krav Panim O Panim - combate Corpo a Corpo) era o sistema de combate corpo a corpo utilizado pelo exército de Israel. Conforme desenvolvíamos o Kapap e começávamos a introduzi-lo em todo o mundo para os civis, uma imagem continuava aparecendo repetidas vezes no meu pensamento, como o motivo para desenvolver o KAPAP. A imagem é a do meu pai, que adaptei ao meu logo-tipo, assim mantenho a memória e a tradição do meu pai. Esta sombra da faca tem sido constante desde criança. Lembro-me que o meu pai utilizava a faca ao ar livre e em interiores, como um faca de alta resistência. Me alistei no exército em 1980 e fui enviado à guerra em 1982. Servi numa zona de guerra durante dois anos e a faca era uma ferramenta no meu colete militar. Quando saí do Exército, dei-o como presente a um amigo, um tenente coronel. Finalmente, viajei ao Japão para estudar Artes Marciais Japonesas durante quase 8 anos e recebi o meu 6ºDan em esgrima japonesa e o meu 7ºDan em Aiki Jutsu Kenpo.

Tenho estudado muitas Artes Marciais diferentes, mas sempre me vejo a mim próprio como um mestre do combate e do manejo da espada. O meu ensino em esgrima é para dar e manter a vida. Quando comecei a ensinar Combate, me apercebi de que muitos ensinavam a matar com um faca e que explicavam o uso da faca de uma maneira errada. Se pode matar com uma pedra, mas como eu vejo isto, a faca é a ferramenta mais importante para o ser humano. A utilizamos a cada dia, para a nossa sobrevivência. Mediante a minha história pessoal, a minha forma de vida e os meus princípios, assim como um estudo profundo da espada e a faca de luta, de tudo isso desenvolvi ideias acerca de como construir uma faca ideal. Baseando-me na origem da faca - que me foi revelada por meu pai - e as minhas experiências como treinador olímpico de esgrima e como mestre de faca de combate, assim como


Mestres do Mundo


Artes Marciais da esgrima japonesa, comecei a desenhar este faca, que seria a base para o que ensinamos em KAPAP e denominamos "só único", onde os estudantes entram no bosque, levando só um faca para sobreviver. A faca deveria estar desenhada de maneira a não ser só eficaz como arma como também devia abranger as capacidades para permitir a alguém construir o seu próprio refúgio, procurar comida e água, acender fogo e cobrir todas as necessidades para sobreviver. A ideia é que com a minha faca de combate, não só se pode matar como também se podem salvar vidas e sobreviver. Esta é a ideia principal desta faca - dar a vida, não tirar a vida! Um dia, um homem viajava na selva e se encontrou com um macaco. Cumprimentou o macaco e ficou surpreendido quando o macaco respondeu à saudação com um "Olá amigo!" O homem não sabia que os macacos falassem e perguntou ao macaco a este respeito. O macaco disse: "Sim, podemos falar, só que ocultamos isso". Então o homem disse: "Os seres humanos dizemos que os macacos e os seres humanos são da mesma família". O macaco se sentia muito feliz de ter encontrado um "novo" parente e não deixava de gritar e exclamar: "A minha família, a minha família!" De repente, saindo do nada, um leão atacou os dois e o macaco puxou do homem para cima de uma árvore e subiu até o cimo, a um lugar mais seguro. O leão disse: "Atira o humano que eu o vou comer só a ele e a ti te deixo livre". O macaco respondeu: "De nenhuma das maneiras, ele é da minha família." Durante a longa noite, o homem finalmente cansou de esperar que o leão faminto fosse embora e pediu ao macaco que vigiasse enquanto dormia e disse que quando o macaco fosse dormir, ele vigilaria. Enquanto o homem dormia, o leão de novo pediu ao macaco que atirasse com o homem e que o deixaria ir livre. Mas o macaco de novo respondeu: "Não. Somos família". Quando o homem acordou, disse ao macaco que adormecesse e que ele vigiava. O macaco foi a dormir e o leão disse ao homem: "Atirame o macaco para eu comer e tu ficarás em liberdade!" O homem não pensou duas vezes e atirou o macaco ao leão, mas o macaco acordou rapidamente e antes de que o leão pudesse alcançalo com suas garras, saltou de novo para a árvore e subiu até onde o homem estava sentado e seguro. Isto foi realmente vergonhoso para o homem. Ambos sabiam o que acontecera, mas não falaram nisso. Finalmente, o leão adormeceu e o macaco disse ao homem: "Vamos agora!" e ambos foram juntos e em segurança o caminho todo até à beira da selva e ali se despediram. Quando o homem começou a afastar-se, o macaco chamou por ele e disse: "Posso te pedir um favor?" "Com certeza!" - disse o homem, feliz de que o macaco ainda o considerasse amigo, apesar do que o homem tinha podido fazer ao macaco. O macaco disse: "Poderias fazer o favor não dizeres a ninguém que somos família?" No passado, fui apunhalado pelas costas por "amigos" e outras pessoas cobiçosas, que estavam muito dispostas a vender a minha amizade por quase nada de dinheiro e resolvi simplesmente dizer: "Por favor, não digas que somos família”. Tenho construído a minha própria família, chamada Academia Avi Nardia, onde como guerreiros, os alunos seguem os seus corações e mantêm os seus valores e a sua moral! Esta é a minha família. É uma família de guerreiros!

“Tenho estudado muitas Artes Marciais diferentes, mas sempre me vejo a mim próprio como um mestre do combate e do manejo da espada”

“Tenho construido a minha própria família, chamada Academia Avi Nardia, onde como guerreiros, os alunos seguem os seus corações e mantêm os seus valores e a sua moral! Esta é a minha família. É uma família de guerreiros!”

“Sabemos que os soldados podem ser guerreiros, mas talvez alguns são só combatentes Por acaso seguem as leis ou um código ético ou moral?”


Mestres do Mundo





O "Programa de Controlo Táctico Kyusho" (KTCP), foi desenhado para controlar a escalada de conflitos mediante a pesquisa legal, médica, o aspecto táctico, provas de campo y coordenação. Este programa está especialmente destinado, ainda que não exclusivamente às Forças de Ordem Público, Segurança, Emergências, Guarda Costeira, Militares, Agências Governamentais, Escoltas y Segurança pessoal. Este módulo básico se constitui de um conjunto de 12 objectivos principais integrados en 4 módulos de controlo da escalada de força. Há numerosas estruturas débeis no corpo humano que podem ser utilizadas por um Agente para simplesmente obter o controlo de um indivíduo, mais eficientes que o uso convencional da força como nos indica o protocolo. Mais alem da etapa de ordem verbal, numa situação de escalada do conflito, são estes pontos (Vitais) do Kyusho onde o agente pode fazer uso dos sistemas internos de controlo físico, como os nervos, a estrutura dos tendões e os reflexos nervosos naturais do corpo. No requer de grande força ou de um complexo controlo da motricidade ou da vista ... tudo isso sujeito ao fracasso em estados de elevada adrenalina. Esta informação está dedicada aos valentes e resistentes membros das Agências de todo o mundo ... Obrigado pelo que fazeis!

REF.: • KYUSHO 22

Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.




National Technical Director BELGIUM Black belt 5th Dan Aikijutsu Mail - galway-8@hotmail.com Tel. - +32.494.773.812

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National Technical Director QATAR Instructor Black belt 5th Dan Karate CN. 4th Dan Aikido Mail - karimdizaj@gmail.com Website - http://www.karimdizaj.com

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Nat Instruc 1er Da M Web

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ional Technical Director SPAIN ctor Black belt 4th Dan Kempo an Self Pro Krav and Police ROS Mail - dbuisanwolf@gmail.com bsite - http://www.davidbuisan.es

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Regional Technical Director CATALUĂ‘A (SPAIN) - Instructor Black belt 6th Dan Karate CN. 4th Dan Full Contact Mail - rpulgarins@gmail.com Tel. +34.938.662.173

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Regional Technical Director LOS ANGELES (USA) - Instructor CN. 1th Dan Kravmaga and Self Pro Krav Mail: Sidisafitness@yahoo.com Web: http://www.academielevinet.com

Regional Technical Director ANTILLES - Assistant Self Pro Krav Mail - splashfwi@gmail.com Tel. 06.90.56.90.24

National Technical Director LUXEMBOURG Instructor Black belt 1er Dan Self Pro Krav CN. 1er Dan Cane Defense Mail - galway-8@hotmail.com Website - http://www.selfdefense.lu

Regional Technical Director ADRAR ALGERIE Assistant Self Pro Krav Mail reflexologue.bien.etre@gmail.com Tel. +213 7 81 31 15 95



Hwa Rang Do速 Go Too Gi (Agarres)



Hwa Rang Do® Go Yong Too Gi (Agarres) (DECLARAÇÃO DA MISSÃO DA ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DO HWA RANG DO®) HWA RANG DO®: Um legado de LEALDADE, de PROCURA incansável da verdade, de Fortalecimento de vidas, de Serviço à humanidade. O Hwa Rang Do® Go Too Gi é uma das aplicações desportivas do Hwa Rang Do®. É para todos, também para os principiantes (mas as posições para eles são limitadas) se podem fazer derribamentos, varrimentos, agarres comuns e estrangulamentos. O combate é sem interrupção, se ganham pontos e se autorizam submetimentos no solo ou em pé. Mais detalhes em próximos artigos. As sequências das imagens mostram algumas aplicações práticas. Acerca do Autor: Instrutor Chefe de Hwa Rang Do®, o Tenente Coronel da polícia militar italiana (Carabinieri) e Engenheiro Marco Mattiucci, é também o chefe do ramal italiano da Associação Mundial de Hwa Rang Do® e um dos principais discípulos do Grão Mestre Taejoon Lee.


Hwa Rang Do速 Knife Self Defense





Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dos Shizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexões genuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante o abismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva. O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem do mistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente o autor. Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminho do guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, que podem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qual contemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, de contundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar e não comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo. Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidade de seu conteúdo. Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e de manipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoas inteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram o oculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.



Muitas coisas mudaram a partir do dia 11 de Setembro e desde já, uma delas é o conceito da segurança nos aviões. As normas de actuação perante um sequestro deixam de ser "colaborar com os sequestradores". Cada um dos passageiros é agora um potencial soldado nesta guerra e deve ser formado para cuidar de si m e s m o e a j u d a r o s o u t r o s . J i m Wa g n e r, especialista que é já bem conhecido dos nossos leitores, pensou nesta questão desde muitos ângulos. Se quiseres saber quais são as tuas possibilidades e como reagir frente a um atentado contra a tua vida, não percas este magnífico artigo.

D

urante a década de 70, os terroristas árabes tinham o firme propósito de atacar e destruir Israel. Como não o conseguiam por meio da guerra, decidiram recorrer ao terrorismo. Mas depressa perceberam que a possibilidade de sequestrar um avião israelita era muito remota. As fortes medidas de segurança dos israelitas, faziam dos seus aviões "alvos difíceis" e eram considerados os aviões mais seguros do mundo livre. Então os terroristas decidiram dirigir os seus ataques contra "alvos fáceis", como aviões Americanos e Europeus. As décadas de 70 e 80 foram anos de sequestros de aviões. No passado, quando os terroristas sequestravam um avião, obrigavam-no a aterrar num país amigo, apresentavam as sua exigências (por exemplo, a liberação de companheiros) e, quando tinham conseguido a suficiente cobertura por parte dos meios de comunicação, libertavam os passageiros. Até então, nenhum terrorista tinha pensado em chocar um avião contra um edifício. A 11 de Setembro do 2001, aparece um novo método terrorista. Como acontecia anteriormente, o objectivo dos terroristas era Israel, mas as suas medidas de segurança eram muito altas, portanto escolheram um alvo fácil: um avião de passageiros americano. Só que desta vez não haveria nenhum tipo de negociação nem de liberação de reféns. Aparecia uma nova e terrível forma de terrorismo – o avião suicida. Não só resultou como o acto de terrorismo mais horrível da história, causando mais de 6.000 mortes, como também foi a história de artes marciais mais dramática do novo milénio. Qual foi a razão dos ataques? A 8 de Outubro de 2001, durante os bombardeios de Americanos e Britânicos sobre os campos terroristas no Afeganistão, o líder de Al-Qaeda, Osama bin Laden, emitiu um comunicado pela televisão, no qual dizia que os ataques terroristas de 11 de Setembro eram o resultado do apoio dos Estados Unidos a Israel.

Luta aérea com facas No dia 11 de Setembro de 2001, quatro aviões de passageiros de linhas comerciais americanas, foram sequestrados por terroristas árabes armados com facas e "cutters". O primeiro avião, voo nº 11 da American

Auto-defesa nos Ceus

“A questão é: Se da próxima vez que sequestrarem um avião acontecer que seja o teu, achas que estás melhor preparado que os terroristas? Sabes como defender-te?”


Auto-defesa


Airlines, chocava contra a torre Norte do World Trade Center, de Nova York. Dezoito minutos mais tarde, um segundo avião, o voo nº 175 da United Airlines, era dirigido para bater contra a torre Sul. A seguir, acontecia o acto de terrorismo mais audaz de todos: o departamento central da defesa militar americana, o Pentágono (situado nos arredores de Washington D.C.) foi parcialmente destruído pelo voo nº 77 da American Airlines. O quarto avião sequestrado, o voo nº 93 da United Airlines, não alcançou o seu objectivo. Segundo vozes autorizadas do serviço de Inteligência dos Estados Unidos, este avião provavelmente dirigia-se à Casa Branca (residência do Presidente) ou então ao Capitólio (sede do governo dos Estados Unidos) que está situado na mesma rua. Neste caso, os terroristas não foram bem sucedidos porque uns passageiros resolveram contra-atacar,enfrentaram-nos. Uma semana após o ataque, o Presidente George W. Bush dirigia-se ao Congresso dos Estados Unidos qualificando o passageiro Todd Beamer como um herói. Beamer, a bordo do voo 93, telefonou para a sua mulher durante o sequestro e ela contou-lhe os incidentes de Nova York e Washington D.C. Nesse momento Todd Beamer percebeu que os aguardava o mesmo destino. Disse então à sua mulher que ele, junto com outros passageiros, iam tentar tomar o controle do avião. Os outros passageiros (gente como Tom Burnett, Jeremy Glick e Mark Bringham) telefonaram para as suas famílias servindo-se dos seus telemóveis e disseram a mesma coisa – que iam tentar recuperar o controle do avião.

E se tivesses sido tu? Se alguma coisa aprendemos da História é que os terroristas costumam repetir os actos de terror que obtiveram êxito. Os recentes ataques nos Estados Unidos conseguiram o efeito desejado: demonstraram que


Auto-defesa


os edifícios são vulneráveis a voos suicidas e que as pessoas inocentes são um alvo fácil. Travaram a economia e provocaram medo (que rapidamente se transformou em ira). Portanto, é inevitável a sua repetição. A questão é: Se da próxima vez que sequestrarem um avião acontecer que seja o teu, achas que estás melhor preparado que os terroristas? Sabes como defender-te? Como membro de um grupo das forças especiais de elite dos Estados Unidos e treinador da polícia e das forças armadas na preparação de equipas antiterroristas a nível mundial, não posso divulgar técnicas antiterroristas secretas, mas posso, sim, dar conselhos práticos baseados na minha experiência, acerca do que fazer numa semelhante situação, como praticantes de artes marciais. Poderão utilizá-los no caso improvável de lhes acontecer o que aconteceu com as pessoas do Voo 93.


Auto-defesa O ponto de vista policial e militar O tipo de luta que fazem os grupos de operações especiais da polícia e militares dentro de um avião, chama-se assalto tubular. Este termo refere-se a qualquer assalto lineal e também se usa no caso de autocarros e comboios. Por outras palavras, movimento e acção desenvolvidos num estreito corredor. Lutar nestas condições requer um treino especial. Antes de começar a explicar as diversas técnicas de luta usadas no interior de um avião, devem recordar que a luta tem três fases: 1. Pre-conflito, 2. Conflito, 3. Pós-conflito. No caso da maioria das Artes Marciais, o treino visa o conflito propriamente dito (os socos e pontapés), mas não contempla o pre-conflito (preparativos antes do conflito) nem o que fazer imediatamente depois (pós-conflito). É muito importante cobrir estas três fases durante o treino para o combate no interior de aviões.

O lugar de treino O lugar ideal de treino é no interior de um avião de passageiros, mas a não ser que formem parte de um grupo policial ou militar de elite, especializado em Operações em Aviões, isto não será possível. No entanto, podem montar um vosso próprio "avião" como lugar de treino.


Baseado na Realidade

No ano passado, quando estive no Brasil treinando o grupo GEPA das Forças Especiais da Aviação, o que fizemos foi situar num hangar umas cadeiras e desenhar a silhueta de um avião com giz. Podem fazer a mesma coisa para praticar as vossas técnicas e poder sentir as limitações espaciais do lugar. Claro está que os meus alunos brasileiros praticaram depois as suas técnicas a bordo de um avião da Varig Brasil Airlines, mas já sabiam o que fazer a bordo do avião antes de embarcar, com base no nosso simples modelo para treinar. Se quiserem uma maior precisão, podem construir uma pequena secção de avião, com paredes feitas de tábuas e plásticos (para poder ser facilmente montada e desmontada). Também podem situar uns carrinhos e pedir a alguns amigos que desempenhem o papel de passageiros.

Material para o treino Os sequestradores dos voos 11, 175, 77 e 93 estavam armados com facas e "cutters", mas tenham em consideração que noutras ocasiões também têm sido utilizadas armas de fogo. Como praticantes de Artes Marciais, nós já treinamos com facas e pistolas de treino (réplicas em borracha, madeira ou plástico). Estas armas são ideais para aprender como poder vencer os sequestradores. Para tornar o vosso treino mais realista (chamado pela polícia americana Treino Baseado na Realidade) todos os participantes devem vestir a roupa com que lutariam realmente. Os "terroristas" devem vestir a roupa normal de andar na rua, além da roupa protectora, e as "vítimas" devem usar a roupa de viajem. Quanto mais realista for o equipamento de treino, maior sensação de realidade terá o treino.

Antes do sequestro Em situações reais, assim como durante o treino, sempre devem anticipar-se aos

Auto-defesa nos Ceus


Auto-defesa


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possíveis problemas e estar preparados para eles. Eis aqui várias sugestões de preparativos pre-conflito: 1. Pedir um assento perto da porta. Tanto no caso de pedir o assento via Internet como no balcão das linhas aéreas, tentem sempre pedir um assento situado perto da porta e sobre a asa, a não ser que estejam viajando em 1ª classe. Esta não é só a zona mais resistente no caso de o avião cair, como também que a asa está situada a meio do "tubo". Se os problemas surgem tanto pela parte da frente como pela parte traseira do aparelho, poderão reagir com maior rapidez.

2. Escolham sempre um assento de corredor. Não nos interessa nada estar sentados junto de uma janela ou entre duas pessoas. Em caso de emergência, é melhor não ter que passar por cima de alguém. Escolham sempre um assento de corredor para poder levantar-se ou escapar rapidamente. 3. Levem convosco umas algemas. As algemas em metal não estão autorizadas num avião de passageiros, mas podem levar algum sistema alternativo de restrição, para o caso de ter "prender" alguém (cordões de sapatos, fita adesiva larga, etc.). 4. Observem os passageiros com aspecto suspeito. Sem serem notados,

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sempre observem para ver se há alguém suspeito. Não pensem que o próximo ataque será necessariamente de terroristas árabes. Os terroristas podem ser de qualquer sexo, raça ou procedência. Devem procurar-se pautas de comportamentos estranhos: pessoas que estão nervosas, assustadas, zangadas ou muito concentradas. Procurem gente que esteja fazendo sinais a outros passageiros. 5. Vistam roupa apta para a luta. Vistam um tipo de roupa que seja apropriada para o caso de ter que lutar, tal como roupas soltas, calças compridas e um bom par de sapatos para dar pontapés e poder correr .



Durante o sequestro Se alguma vez forem vítimas de um sequestro, não há nenhuma garantia de poder sobreviver. Os sequestradores podem ser da "velha escola" e tentar negociar, ou podem ser da "nova escola" e resolver esmagar o avião contra um edifício, com toda a gente lá dentro. Não existe nenhuma maneira de conhecer as intenções dos terroristas, posto que as "regras" mudaram a partir do dia 11 de Setembro. Se resolverem lutar a bordo de um avião, a seguir facilito uma série de tácticas e técnicas que podem ajudar a salvar a vossa vida e a dos outros. 1. Armem uma armadilha aos terroristas. Quando um criminal ou um terrorista se levantar do assento para tomar o controle do avião, começará por ser ruidoso e violento para intimidar os passageiros e a tripulação. Com esta táctica os terroristas esperam tomar o controle do avião o antes possível, por meio do medo. Quando já tiverem controlado o avião será mais difícil que os passageiros ou a tripulação apresentem resistência ou contra-ataquem. Nas operações militares ensina-se aos soldados que devem atacar o atacante no caso de lhes armarem uma emboscada, em vez de ficar na "zona de perigo" onde o atacante tem todas as vantagens. Isto põe os atacantes à defensiva, para poder parar a emboscada. 2. Tomem o comando. Todos os polícias dos Estados Unidos aprendem o que quer dizer a "presença de mando". Significa que poderão controlar a situação com o vosso aspecto (de confiança), autoridade verbal (mandatos taxativos aos outros passageiros, dando ordens de que vos ajudem) e entrega (segurança na vossa missão, o que influirá no resto das pessoas para que vos sigam). 3. Pontapés lineais. Os assentos dos aviões são mais altos que uma cadeira normal e os corredores entre as filas de assentos são estreitos (aproximadamente a largura entre os antebraços de um adulto médio). Portanto, tereis que limitar-vos a pontapés frontais e golpes com o joelho. Não poderão ser pontapés laterais ou em rotação. A vossa meta deveria ser um pontapé frontal bem colocado ou uma joelhada na zona pélvica. Este ponto é o centro de gravidade (COG) da pessoa e um golpe forte parará ou fará cair a maioria das pessoas. Não devem dar joelhadas excessivamente altas ou pontapés fracos. 4. Simplicidade. Usem apenas socos simples e duros e fortes cotoveladas. Se resolverem usar técnicas de mão aberta, devem dirigi-las às zonas vitais (olhos, garganta e pescoço). 5. Usem algum tipo de escudo. Nos voos 11, 175, 77 e 93 os sequestradores iam armados com facas e "cutters". Apesar de a partir de 11 de Setembro ter aumentado a segurança nos aeroportos, ainda é possível que alguém esconda utensílios pontiagudos ou afiados num avião (tais como facas de plástico duro) que não podem ser detectados no detector de metais. A única maneira de ter a certeza de que ninguém entra com armas num avião, seria proibir qualquer artigo, proporcionar a todos os passageiros um "roupão", por exemplo, para verificar a fundo toda a roupa e, seguidamente, faze-los passar por um scanner Backscatter (é uma máquina que pode ver através da roupa de uma pessoa e que dá umas imagens muito claras). Portanto, como verão, poderá acontecer que os sequestradores tenham facas. Quando disso se aperceberem, precisarão de um escudo para vossa protecção, por exemplo, um casaco enrolado em volta do braço, uma maleta, um saco, ou até uma revista enrolada. Um escudo proteger-vos-á contra picadas e cortes. 6. Armas improvisadas. Com isto não quero dizer, nem muito menos, que levem armas para o avião (posto que é proibido), mas devem pensar em algum artigo que possam usar como arma, em caso de sequestro. A mim ocorrem-me várias "armas improvisadas", tais como um cinto com um fecho metálico largo (arma flexível), uma esferográfica ou uma caneta de metal (arma punçante), uma bota de campo ou um telemóvel (arma impactante), uma lata de Coca-Cola sem abrir (para lançar), um punhado de açucar, de sal, de pimenta (arma de distracção), etc. As linhas aéreas poderão evitar que subam facas ou instrumentos afiados nos seus aviões, mas não podem tirar-vos tudo – especialmente o vosso espírito guerreiro. Como costumam dizer os instrutores de Marines de Combate Corpo a Corpo – "uma mente, qualquer arma". 7. Utilizem o meio onde estão. As áreas de livre acesso, num avião são bastante limitadas, ainda em aviões grandes como o Boeing 747. A vossa área de combate será muito pequena, como um corredor, perto dos lavabos, ou ao lado de uma saída de emergência. Portanto, devem treinar em áreas estreitas para saber quais as técnicas que

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funcionam e quais não. Também devem aprender a usar o vosso meio para poder ter alguma vantagem táctica: agarrar-se aos assentos para manter o equilíbrio, bater a cabeça do terrorista contra o sítio de arrumação de bagagens que está por cima dos assentos, ou empurrar o terrorista entre os assentos e tentar imobiliza-lo aí. Como anteriormente disse, a única maneira de saber quais são todas as vossas opções dentro de um avião, é criar o vosso próprio "avião" usando as mesmas medidas. 8. Prender. Não devem cometer o erro de pensar que todos os sequestros futuros serão como os de 11 de Setembro. Pode acontecer enfrentar-se um grupo de sequestradores ou um só suspeito mentalmente transtor nado. Se conseguirem imobilizar um sequestrador, o que fazer com ele? Uma das áreas de conflito que menos tomam em consideração os praticantes de Artes Marciais, é a fase pós-conflito. Apesar de já não existir um perigo iminente, há outros factores que é preciso considerar, tais como prendê-los. Irão ficar sentados em cima deles durante o resto da viagem ou contam com algum tipo de artigo que possa ser usado para os segurar? Pessoalmente, eu levo comigo umas algemas de nylon (usadas hoje por muitos grupos antiterroristas) sempre que viajo de avião. Mas também podem usar-se cordões de sapatos, fita adesiva, um cinto, tiras de uma camisa, etc. O importante é incluir técnicas de prisão e controle nos vossos treinos, da mesmo maneira que praticam luta no chão ou treino com armas. 9. Levem convosco uma bolsa especial para emergências. Quando viajo num avião de passageiros sempre levo comigo uma bolsa pequena que guardo debaixo do assento na minha frente, desta maneira posso pendurá-la a tiracolo e levá-la facilmente se dela precisar numa situação de emergência (bem porque o avião possa cair ou devido a uma luta). Dentro da minha pequena bolsa levo os seguintes artigos: um botequim, uma lanterna, água, comida (barras de proteínas), um apito, umas algemas flexíveis e qualquer coisa que possa usar como arma (sem comentários). Também meto uns papéis, para disfarçar. 10. Tácticas de grupo. Se viajarem com alguém, é uma boa ideia ter preparado um plano de acção, definindo as responsabilidades de cada um no caso de acontecer um sequestro. Tacticamente é muito melhor preparar-se com antecipação que, de repente, ter de pensar nalguma coisa quando surgir o conflito. Combinem um código de palavras (por exemplo, "Está bem, sou teu prisioneiro" indicaria ao vosso parceiro que comece a lutar em 5 segundos). Estabelecer também uns sinais com a mão e o tipo de técnicas que vão a utilizar em diferentes situações. Falem destas coisas em voz baixa, não vá acontecer estarem sentados ao lado de um terrorista que, certamente, seria melhor que os não escutasse.

Treino duro: luta fácil Desde o dia 11 de Setembro tenho escutado muitos praticantes de Artes Marciais dizer: "Se acontecesse comigo, lutaria. Ninguém me vai estatelar contra um edifício se p u d e r evitá-lo". C o m o praticante de Artes Marciais é bom ter esta atitude, mas, sabem realmente o que estarão enfrentando? Quando chegar o momento de cumprir o que se disse, será suficiente o vosso treino em Artes Marciais para poder estar preparados para uma luta real? Não só fisicamente como também

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Auto-defesa psiquicamente? Afinal, 90% do combate é coisa mental. Alguma vez tiveram de lutar pela vossa vida? Sabem o que é sentir como sobe a adrenalina pelo corpo, ter "visão de túnel" e depender só da própria destreza? O segredo para estar numa boa condição física para o combate, é treinar mais que o inimigo. No caso dos sequestros nos Estados Unidos, os inimigos (os terroristas) estavam plenamente dedicados aos seus treinos. O sequestrador chamado Jarrah é um bom exemplo disso. Ziad Samir Jarrah, o terrorista que pilotou o voo 93 da United Airlines, estudou antes da sua "missão" técnicas de luta com faca e outras Artes Marciais. O seu instrutor americano Bert Rodríguez (dono dos ginásios US-1 Fitness Centres)

comentou que Jarrah era educado, trabalhador e um bom estudante. Também esteve em campos de treino terroristas no Afeganistão, provavelmente perto de Kandahar, Khowst ou Jalalabad. Certamente, Jarrah demonstrou que estava disposto a lutar até à morte. Portanto, quando estiverem praticando as vossas técnicas, pensem que talvez algum dia tenham de utilizá-las contra alguém como Jarrah.

Nada de vitórias para os terroristas Três dias depois de os quatro aviões terem sido estatelados, eu estava pronto para voar outra vez. Infelizmente, o meu voo ao Canadá foi cancelado porque o gover no dos Estados Unidos (a Administração Federal de Aviação) por motivos de segurança não permitia a entrada de voos vindos de outros países. Duas semanas mais tarde voei à Europa para treinar pessoalmente a Polícia Metropolitana de Londres. Depois voei a Madrid para preparar as fotografias deste artigo. Considerando o

sucedido, alguns dos meus amigos e familiares preocuparamse comigo. Pelo contrário, a mim não me preocupava voar. Não ia permitir que os terroristas cumprissem os seus objectivos, fazendo-me viver com medo. Apesar de o dia 11 de Setembro ter sido terrível, as possibilidades de chegar a encontrar-se cara a cara com um terrorista são estatisticamente baixas. É mais provável ser ferido por um raio que ser feridos ou mortos por um terrorista. Por outro lado, não podemos enganar-nos e fingir ser imunes a crimes ou acções de terrorismo. Dei-vos algumas ideias sobre como treinar para o caso de ter problemas num avião, agora são vocês que devem leválas à prática. Tenham cuidado.



Videos


Kihon waza (técnicas básicas) es la parte más importante del entrenamiento de cualquier Arte Marcial. En este DVD el Maestro Sueyoshi Akeshi nos muestra diversas formas de entrenamiento de Kihon con Bokken, Katana y mano vacía. En este trabajo, se explica en mayor detalle cada técnica, para que el practicante tenga una idea más clara de cada movimiento y del modo en que el cuerpo debe corresponder al trabajo de cada Kihon. Todas las técnicas tienen como base común la ausencia de Kime (fuerza) para que el cuerpo pueda desarrollarse de acuerdo a la técnica de Battojutsu, y si bien puede parecer extraño a primera vista, todo el cuerpo debe estar relajado para conseguir una capacidad de respuesta rápida y precisa. Todas las técnicas básicas se realizan a velocidad real y son posteriormente explicadas para que el practicante pueda alcanzar un nivel adecuado. La ausencia de peso en los pies, la relajación del cuerpo, el dejar caer el centro de gravedad, son detalles muy importantes que el Maestro recalca con el fin de lograr un buen nivel técnico, y una relación directa entre la técnica base y la aplicación real.

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Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.

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A ARMA DOS ALFAIATES VIETNAMITAS Os orientais têm sido, desde tempos imemoriais, os reis em elevar o quotidiano à categoria de divino. Da simples preparação de um chá fazem uma Arte; da caligrafia a mesma coisa. E o que dizer do tiro com o arco! Consequentemente, não é de estranhar que as Artes tradicionais sejam uma inesgotável reserva de surpresas, como a que hoje apresentamos nestas páginas, pela mão de um conhecido Mestre internacional de Artes Marciais Vietnamitas, Patrick Levet. Entretanto, nesta ocasião e devido ao filme "Kung Fu Zão", a Arte em questão poderá ser familiar a muitos dos nossos leitores, posto que um dos seus protagonistas, o simpático actor e professor Chiu Chi Ling, realizou no filme uma soberba interpretação de um alfaiate chinês. Vietname é a jóia, a grande desconhecida do Oriente, em muitos aspectos. Somente devido ao trabalho de uns poucos como Patrick, e à recente abertura comercial ao Ocidente, é que este distanciamento começou, lentamente, a ser superado. As Artes Vietnamitas têm a força e a autenticidade que só a pobreza proporciona. Nelas, ainda hoje em dia, tudo é força de vontade e esforço do que é autêntico; uma autenticidade que se transmite perfeitamente quando vemos um vídeo sobre a matéria, gravado no próprio Vietname, que nos preparou o Mestre Levet, juntamente com o Grão-Mestre Van Vang, e que hoje apresentamos através desta r epor tagem, não só para gozo de praticantes do Vovinam, como também para todo e qualquer artista marcial interessado na sua história e mistérios.


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Artes Tradicionais ma noite de Verão, no Século XVII, no Sul da península indochinesa, uma carroça puxada por um velho cavalo circula tranquilamente por um caminho campestre, entre duas grandes povoações. Após ter passado o maior arrozal da região, um bosque aparece no horizonte. A carroça aproxima-se lentamente desta pequena selva. O condutor do veículo é um alfaiate. Passa a sua vida de povoação em povoação, pondo o seu talento ao serviço das pessoas da alta sociedade agrícola, dos governantes das povoações e dos grandes proprietários de terras, que têm possibilidades de comprar roupas similares às da corte. Este alfaiate é muito astuto, pois faz com que os seus clientes acreditem que as roupas por ele confeccionadas são umas cópias das roupas usadas na corte do rei, mas cuida meticulosamente de não fazer realmente cópias, porque, por decreto real, gente do povo não tem o direito de se vestir como os nobres. Este alfaiate ganha bem a vida, não é extremamente rico mas vive muito melhor do que os seus compatriotas que trabalham a terra. Já é quase de noite quando a sua carroça penetra no bosque. Não tem nem sequer tempo de acender a sua lanterna quando um potente grito quebra o da noite. silêncio Simultaneamente, umas silhuetas que parecem animais selvagens,

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surgem atrás de uns arbustos. Numa fracção de segundo, o alfaiate percebe que não são animais mas sim bandidos. Um dos assaltantes segura nas rédeas do cavalo da carroça e os outros dois, armados com sabres, aproximamse do alfaiate. As folhas afiadas brilham à luz da lua em quarto crescente, numa noite cada vez mais escura. O alfaiate não está armado, por lei está proibido de portar um sabre. As suas tesouras estão sempre cuidadosamente guardadas na sua bagagem e só leva à mão a sua régua de madeira. Comprida, de 6 a 8 "tác" (de 60 a 80cm), por 5cm de largura e uma grossura de mais ou menos 1cm, esta régua é o segundo instrumento mais importante do ganhapão do alfaiate. Efectivamente, se as tesouras lhe servem para cortar o tecido, a régua é para ele muito necessária, para medir e fraccionar o tecido para os seus clientes, e ali é onde ele obtém o seu maior benefício. Não a pode estragar, de forma alguma!

Mas para uma situação excepcional, uma solução excepcional. Alguns alfaiates vietnamitas desenvolveram umas técnicas para se defenderem contra os bandidos e os gatunos, utilizando simplesmente a sua régua de madeira. Esta lenda de transmissão oral diz que o nosso alfaiate salvou a vida, mas para isso teve que se desfazer dos seus oponentes sem deixar de respeitar um princípio fundamental para as técnicas da régua: jamais interceptar a arma do adversário com a régua Moc Ban. Todos os bloqueios são dirigidos para a mão, o pulso ou o começo do antebraço do atacante. A base das defesas com a régua Moc Ban é que um atacante que tem as mãos partidas, ou um pulso fracturado, não pode manter uma arma e por conseguinte está fora de combate. Existem 12 técnicas básicas da régua Moc Ban, também chamada "Cay Thuoc". No Vietname, são ensinadas a partir do 2º Dang e exigidas para o exame do 3º Dang sob a sua forma de aplicação 2 a 2, contra ataque de sabre; alguns anos mais tarde, são exigidas para o exame do 4º Dang na sua forma de Quyen (Moc Ban Quyen Phap)


Artes Tradicionais A maneira de segurar no instrumento é radicalmente diferente da do pau comprido, pois nenhuma força é exercida com as mãos sobre o Moc Ban. Só se mantém a régua de madeira com uma suave pressão dos dedos, os quais não apertam. Muito frequentemente, a mão fica quase aberta. Existem duas guardas básicas: uma com a régua ao alto, protegendo a cabeça e simbolizando um telhado, e a outra

com a régua para baixo, apontando para o adversário, um pouco como um sabre. As técnicas básicas de Moc Ban dividem-se em função do tipo ou do ângulo de ataque: os batimentos directos (ataque à cabeça de cima para baixo ou os batimentos de estocada frontal); os ataques em rotação (em diagonal à cabeça ou ao


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corpo, horizontal à cabeça ou ao corpo); e os cortes circulares de nível baixo (ataque às pernas ou aos pés).

As esquivas Contra os ataques de sabre, é evidente que as esquivas são muito mais apropriadas que os simples bloqueios, especialmente se a arma utilizada for mais frágil do que o sabre, sendo por isso que as esquivas têm um lugar importante nas técnicas de Moc Ban. Não obstante, por si só as esquivas não eliminam o perigo, só permitem evitá-lo ou desviá-lo. É por esta razão que são sempre combinadas com

batimentos directos à zona do pulso do atacante. Esta combinação esquivas/batimentos ao pulso é por vezes demasiado eficaz: durante as sessões de treino, estes batimentos da régua aos pulsos revelam-se muito dolorosos, mesmo quando realizados controladamente. Para paliar este problema durante os treinos, numerosos mestres e professores bloqueiam a arma do atacante em vez de bater no pulso ou no antebraço. Infelizmente, com os anos de prática, alguns acabam por se habituar aos bloqueios sobre a arma do adversário a tal ponto que é frequente, inclusivamente no Vietname, encontrar mestres ou professores que ignoram completamente o princípio do bloqueio ao pulso. As esquivas do Moc Ban são, na sua maioria, uns deslocamentos a 90 graus da linha de ataque do oponente, mas existem também esquivas com um movimento em rotação do corpo, deslocando-se de lado. Depois, há também um tipo de esquiva muito interessante, a qual consiste em evitar o ataque como se fosse um soco em rotação, ao mesmo tempo que se entra na distância do adversário,


Artes Tradicionais para lhe aplicar um batimento ao fígado, com a ponta inferior do Moc Ban. Aqui também a eficácia é tal, que esta técnica não pode ser efectuada correctamente durante o treino. Como resultado, os praticantes transformam o batimento com a ponta da régua num simples soco, enquanto se mantém o Moc Ban na mão que bate.

Os contra-ataques O princípio do Cuong Nhu Phoi Trien (a harmonia entre o duro e o mole) aplica-se também nos contra-ataques, para respeitar a fragilidade do Moc Ban: para não estragar os cantos do instrumento, as partes que serão utilizadas para bater serão, na maior parte das vezes, os ângulos superiores, quer dizer a "cabeça" ou a "cauda" do Moc Ban.


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No seguimento do princípio das duas polaridades opostas, se tínhamos as mãos relaxadas durante as esquivas, durante os contra-ataques apertaremos o Moc Ban com bastante força na mão que se encontra perto do atacante, a fim de tornar os batimentos mais contundentes. No que diz respeito à outra mão, a que se encontra mais afastada do adversário, esta serve para nos guiar e controlar o Moc Ban. Deve-se sempre considerar as duas extremidades do Moc Ban como partes integrais do punho. Para materializar mais facilmente o conceito de "golpe de régua" durante o contra-ataque, tem-se que pensar em bater num soco martelo (Dam Bua) ou um soco de revés (Dam Bat Nguoc). Para fechar o ciclo das aplicações do Cuong Nhu Phoi Trien, as partes do corpo que recebem os contra-ataques também são escolhidas pela sua fragilidade ou pela sua sensibilidade. Serão sempre alvos como as fontes, o fígado, as costelas flutuantes, a nuca, o plexo solar, a garganta ou as axilas.

Os varrimentos A versatilidade das técnicas do Moc Ban é muito interessante. Não se trata apenas de utilizá-lo como uma arma de batimento, mas também como um gancho muito eficaz para as projecções e os varrimentos. Para isso, formamos uma espécie de "V" com o nosso antebraço e a extremidade do Moc Ban. Neste "V" estará interceptado o pescoço do adversário. Depois, há várias possibilidades de técnicas, como varrer a perna de apoio do adversário ou de prender essa perna enquanto empurramos o pescoço do atacante.

Os movimentos em rotação Para compreender os fundamentos técnicos do Moc Ban, deve-se ter em consideração que estas técnicas foram inventadas para a defesa contra vários adversários ao mesmo tempo. Por conseguinte, é muito importante poder impedir que estes adversários "enfoquem" a sua presa com precisão. Quando alguém se defende contra vários agressores, é muito melhor não ficar num só lugar para esperar as pancadas, como nos filmes, antes sim deve-se mudar constantemente de ângulo, ao mesmo tempo que sempre se tem à vista o conjunto dos adversários. É por isso que os deslocamentos e as mudanças de ângulos são frequentes nas técnicas de Moc Ban. O praticante deve evitar os ataques com as esquivas e contra-atacar mantendose com a maior mobilidade possível. Desta maneira, sempre em movimento, ele é menos vulnerável. As rotações de alguns contra-ataques também servem para utilizar a própria força do adversário para facilitar a nossa defesa. Efectivamente, como é o caso para numerosas artes marciais fundadas para pessoas de constituição física fraca, as técnicas de Moc Ban levam à prática o princípio de absorção da força do adversário. A diferença fundamental entre as artes marciais denominadas "suaves" e o Moc Ban vem da aplicação do princípio Cuong Nhu Phoi Trien de um ponto de vista típico do Vovinam: ao mesmo tempo que uma técnica suave (esquiva) é utilizada, uma técnica dura é também aplicada (batimento violento de régua no pulso).

Uma arma simples, mas eficaz Combinando simplicidade e eficácia, flexibilidade e dureza, linhas circulares de defesas e contra-ataques directos, o Moc Ban é uma arma fantástica e ao mesmo tempo continua a ser uma simples e pequena tábua de madeira.




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A Zen Nihon Toyama-Ryu Iai-Do Renmei (ZNTIR) o organismo que pretende manter viva esta tradição e as formas originais, mediante um sistema que integra corpo, mente e espírito de uma maneira realista e eficaz. Este DVD foi criado pela insistência de praticantes da Filial espanhola da Zen Nihon Toyama-Ryu Iaido Renmei (ZNTIR - Spain Branch), para dar a conhecer a todos os interessados um estilo de combate com una espada real, criado no passado Século XX, mas com raízes nas antigas técnicas guerreiras do Japão feudal. Nele encontrarão a estrutura básica da metodologia que se aplica no estilo, desde os exercícios codificados de aquecimento e preparação, passando pelos exercícios de corte, as guardas, os kata da escola, o trabalho com parceiro e a iniciação, até a pedra angular em que se baseia o Toyama-Ryu, o Tameshigiri ou exercícios de corte sobre um alvo realista. Esperamos que o conhecimento da existência de um estilo como é o Toyama-Ryu Batto-Jutsu, seja um incentivo para conhecer uma forma tradicional, que por sua vez é muito diferente das actuais disciplinas de combate, o que poderá ser atraente para aqueles que desejam ir más longe nas suas práticas marciais. Para os interessados na espada japonesa e os iniciados, este DVD será de utilidade como apoio para na sua aprendizagem e como consulta.

REF.: • TOYAMA1

Todos os DVD's produzidos por BudoInternational são realizados em suporteDVD-5, formato MPEG-2 multiplexado(nunca VCD, DivX, o similares) e aimpressão das capas segue as maisrestritas exigências de qualidade (tipo depapel e impressão). Também, nenhum dosnossos produtos é comercializado atravésde webs de leilões online. Se este DVD não cumpre estas exigências e/o a capa ea serigrafia não coincidem com a que aquimostramos, trata-se de uma cópia pirata.



O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiais do exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik, realizaram um novo DVD básico que trata sobre as armas de fogo, a segurança e as técnicas de treino derivadas do Disparo Instintivo em Combate, o IPSC. O Disparo Instintivo em Combate - IPSC (Instinctive Point Shooting Combat) é um método de disparo baseado nas reacções instintivas e cinemáticas para disparar em distâncias curtas, em situações rápidas e dinâmicas. Uma disciplina de defesa pessoal para sobreviver numa situação de ameaça para a vida, onde fazem-se necessárias grande rapidez e precisão. Tem de se empunhar a pistola e disparar numa distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o manejo da arma (revólver e semiautomática); prática de tiro em seco e a segurança; o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e em movimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse e múltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador, com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro com pistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 e inclusivamente lança-granadas M-16.

REF.: • KAPAP7

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