Store 18, JAN./FEV./MAR.2016

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magazine

store DiretorA: FÁTIMA de SOUSA . Trimestral . Ano III . N.º 18 . Janeiro/Fevereiro/Março de 2016 . 8 euros

plataforma de distribuição e comércio moderno

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PADDY COSGRAVE, Fundador da Web Summit

Se as grandes empresas não inovam, o resultado é o fracasso 10

A distribuição quer crescer com o consumidor

O Nobel da Economia Paul Krugman é o convidado especial do VI Congresso da APED, dedicado ao papel da distribuição junto do consumidor. O especialista traz a Lisboa uma análise sobre as perspetivas de crescimento económico em Portugal e na Europa.

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O futuro do retalho passa pela proximidade?

A Jerónimo Martins e a Sonae há muito que reconheceram o potencial do chamado retalho de proximidade: o crescimento das insígnias Amanhecer e Meu Super é disso a prova.



TEMA DE CAPA

INTERNACIONALIZAÇÃO

ZIPPY SEM FRONTEIRAS A Zippy está apostada em conquistar novos mercados, nomeadamente em economias com uma forte dinâmica.

Conselho editorial Ana Isabel Trigo Morais Catarina Oliveira Fernandes Mafalda Azevedo Ricardo Domingos

SUSTENTABILIDADE

PELO AMBIENTE E PELO NEGÓCIO

Diretora Fátima de Sousa fs@storemagazine.pt

Equipa editorial Raquel Santos Sara Batista Sofia Dutra

Diretora-geral Sandra Silva T. 967 088 124 sandrasilva@newsengage.pt

Distribuição por assinatura

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PORTUGAL, SPAIN, TURKEY, SAUDI ARABIA, EGYPT, KAZAKHSTAN, DOMINICAN REPUBLIC, AZERBAIJAN, VENEZUELA, MOROCCO, LEBANON, QATAR, JORDAN, ARMENIA, ST.MAARTEN, GEORGIA, ECUADOR, IRAQ, TUNISIA

Um investimento contínuo em sustentabilidade é incontornável para o negócio, afirma o diretor de Ambiente e Segurança Alimentar da Jerónimo Martins, Fernando Frade, a propósito da associação aos Green Project Awards.

PADDY COSGRAVE Lisboa vai acolher por três anos a Web Summit, que ganhou já reputação de ser o maior encontro de startups do mundo. Em entrevista, o fundador do projeto, o irlandês Paddy Cosgrave, diz por que escolheu a capital portuguesa e como espera receber 80 mil pessoas na edição deste ano.

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NEGÓCIO

CRESCER COM A PAPELARIA

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A FNAC investir no segmento de papelaria, que responde já por 5% do negócio de produtos editoriais em Portugal.

ASSOCIATIVISMO

Preço: 32€ (4 edições) assinaturas@briefing.pt

EMPRESA

O OUTRO CONTINENTE

Tiragem média mensal: 2.500 ex. Depósito legal: 338451/12 N.º registo ERC: 126154

Impressão TYPIA - Grupo Monterreina Área Empresarial Andalucia 28320 Pinto Madrid - España

PUBLISHER

O Continente Negócios é a mais recente oferta da Sonae MC dirigida ao segmento empresarial, assente no conceito one-stop-shop.

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RENOVAÇÃO E INTERVENÇÃO A APED possui uma nova identidade gráfica e, pela primeira vez, uma assinatura – “Distribuímos valor”. Uma renovação que visa reforçar o posicionamento como associação ativa e interventiva.

RECURSOS HUMANOS

O VALOR DA CONCILIAÇÃO

UMA NOVA STORE

A primeira edição de 2016 da Store Magazine apresenta-se renovada graficamente. Uma atualização que vai ao encontro das tendências de design visando conferir uma maior modernidade e dinâmica à apresentação dos conteúdos. Trimestralmente, continuaremos a proporcionar informação sobre as insígnias da distribuição moderna em Portugal, mas procurando sempre incorporar uma visão global do setor. Com um olhar sobre os eventos, a inovação e as políticas.

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As políticas de conciliação trabalho-família contribuem para colaboradores mais satisfeitos e maior produtividade.

INOVAÇÃO

UM SOFTWARE LEAL Edifício Lisboa Oriente Av. Infante D. Henrique, 333 H | 37 1800-282 Lisboa T. 218 504 060 | F. 210 435 935

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Chama-se Loyty e é um software 100% português que promete o empowerment das vendas e o aumento da fidelização.

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TECNOLOGIA

ENTREGAS PELO AR

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Serão os drones os sistemas de entrega de produtos do futuro? Há gigantes do retalho e da logística que já os estão a testar.


GRANDE PLANO

Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit

“As empresas ou inovam ou falham” É considerado o encontro de startups mais relevante do mundo. Começou em 2010, numa pequena sala em Dublin com 400 participantes, e chega este ano a Lisboa, onde espera acolher 80 mil pessoas. Em entrevista, o mentor do projeto, Paddy Cosgrave, acredita que a conferência vai permitir à comunidade empreendedora nacional uma projeção sem precedentes. Ao nível da Uber, que ganhou dimensão precisamente na Web Summit. - 4 STORE 2016 -


Fátima dewww.storemagazine.pt Sousa, fs@briefing.pt

Store | Lisboa é conhecida pela luz e pelos pastéis de nata. O que sabia da cidade antes do movimento nas redes sociais apelando à realização da Web Summit em Portugal? Paddy Cosgrave | Sabia que muitas pessoas a consideravam a nova Berlim em matéria tecnológica, mas com melhor clima! Também tinha ouvido falar que há já algum tempo investidores de toda a Europa procuram Lisboa para capitalizar os seus empreendimentos, tendo em conta as baixas rendas e a existência de talento de IT a custos acessíveis.

Store | Qual é a sua ambição para a edição de 2016, para além de bater o recorde no número de participantes? PC | A nossa ambição para a Web Summit 2016 é proporcionar uma experiência extraordinária a todos os participantes. Queremos continuar a construir um evento em que os participantes possam esperar uma experiência de networking única e inesquecível. Estamos sempre a tentar aperfeiçoar os nossos algoritmos e software para melhorar essa experiência. Desenvolvemos a nossa própria aplicação, que temos usado nos últimos anos, e que tem incorporado um sistema de recomendações Store| Mas tinha a noção de que a ci- para ir ao encontro dos interesses dos dade se está a posicionar como uma participantes. Esperamos proporcionar uma experiência ainda melhor em incubadora de startups? PC | Claro que sim. Temos tido de- Lisboa. zenas de startups portuguesas nas várias edições da Web Summit e a Store | O que é que a Web Summit Codacy, uma startup portuguesa, oferece às startups? venceu a competição de 2014. Sem- PC | A Web Summit é o encontro de pre soube que Lisboa tinha um am- startups mais importante do mundo. biente vibrante em matéria de em- Basta dizer que em 2010 apenas três startups estiveram presentes e que em preendedorismo. 2015 foram mais de duas mil. Store | O que chamou a sua aten- Usamos o nosso dom para a engenhação e o fez focar-se em Lisboa ria de criatividade para oferecer valor às startups. Enquanto as empresas orcomo anfitriã da Web Summit? PC | Não é segredo que estávamos ganizadoras de conferências contratam a olhar para várias localizações na gestores de eventos, nós contratamos Europa em busca daquela que po- físicos com doutoramentos em áreas deria proporcionar o melhor su- como sistemas complexos e análise de porte para o crescimento futuro redes. Eles aplicam esse conhecimendo projeto, bem como proporcio- to à tarefa de criar e otimizar redes na nar a melhor experiência possível vida real. Afinal, uma conferência é aos participantes. Escolhemos Lis- uma rede, ainda que momentânea. boa devido às ótimas infraestruturas Eu acredito que oferecemos às da cidade, pela excelência dos lo- startups uma experiência de netcais [MEO Arena e FIL] e, claro, por working única devido a esta nossa ter uma próspera comunidade de abordagem, que é, aliás, a principal razão por que a Web Summit tem startups. tanto sucesso. Store | A Web Summit instala-se em Lisboa por três anos. Não é um compromisso arriscado tendo em conta que a primeira edição ainda “Temos tido dezenas de não aconteceu? PC | A cidade é perfeita. O espaço startups portuguesas que usávamos em Dublin era muito, muito pequeno. Não tinha sido nas várias edições da concebido para conferências da diWeb Summit e a Codacy, mensão da Web Summit. No caso de Lisboa, temos um espaço de ca- uma startup portuguesa, tegoria mundial servido por uma venceu a competição ótima rede de transportes e, além disso, muito próximo do aeroporto. de 2014” - 5 STORE 2016 -


GRANDE PLANO

#LXwebsummit16

Store | Em que medida é que a Web Summit funciona como intermediária entre startups e investidores? PC | Na conferência de 2015, realizaram-se cerca de 30 encontros entre startups e investidores. No total das edições já realizadas, as nossas Office Hours – uma série de reuniões pré-definidas entre os empreendedores e os investidores – reuniram 180 investidores de mais de 100 fundos de capital, resultando em 2.160 encontros. Store | Há, na história da Web Summit, estórias de sucesso? Isto é, de startups que se transformaram em negócios lucrativos? PC | Nos oito meses que se seguiram à edição de 2014, 40 startups conseguiram atrair quase mil milhões de dólares de investimento – 925 milhões, para ser exato. Haviam todas participado na conferência desse ano, nomeadamente nos encontros com investidores. A Uber conseguiu uma fatia substancial de financiamento na Web Summit de 2011: o negócio foi firmado num conhecido hotel de Dublin depois de Shervin Pishevar [atualmente, detentor da maioria do capital da Uber] e Travis Kalanick [cofundador da Uber] se terem encontrado nas Office Hours.

Store | Estamos mesmo a viver na era das startups? PC | Penso que é mais fácil do que nunca lançar uma empresa. Custa menos, há mais fundos disponíveis e estamos a viver numa era de disrupção. A própria Web Summit começou a sua existência numa sala de espera em Ranelagh. O primeiro evento foi pequeno, para apenas 400 participantes. Desde então, a conferência cresceu e tornou-se o encontro de startups mais relevante do planeta. Store | Diria que as startups desafiam as empresas já estabelecidas e de maiores dimensões, exortando-as a serem mais inovadoras? PC | Já há algum tempo que as startups tecnológicas têm vindo a perturbar os mercados mais tradicionais. Quando se é uma grande empresa e não se consegue adaptar ou inovar, o resultado é o fracasso. Store | E em matéria de liderança política, diria que está preparada para responder a esta nova era? PC | Encontrei nos políticos portugueses um grande apoio e encorajamento no que respeita à mudan- 6 STORE 2016 -

ça da Web Summit para Lisboa. O então vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, esteve comigo no palco da conferência de Dublin [novembro de 2015]. Há um compromisso real para tornar a Web Summit de 2016 o melhor encontro de startups a que o mundo já assistiu. Store | De que modo é que Portugal pode beneficiar de eventos como a Web Summit? PC | Esperamos ter 80 mil participantes na Web Summit 2016, o que constitui a oportunidade ideal para mostrar Lisboa e Portugal ao mundo tecnológico. Orgulha-nos o facto de nos termos tornado um pilar importante do ecossistema global de startups. Noventa por cento dos participantes vem do estrangeiro. Lisboa é uma grande cidade e Portugal tem uma comunidade de startups bem-sucedida que terá agora a oportunidade de se projetar internacionalmente. Store | Poderá ser uma oportunidade para atrair talentos que saíram do País devido à crise económica? PC | Certamente. Nós próprios temos atraído emigrantes de todo o


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com 25 dos nossos engenheiros para uma semana de contactos com a comunidade tecnológica local. Foi uma verdadeira maratona. Reunimo-nos e trabalhámos com programadores e empreendedores sem rival em qualquer parte do mundo. Não é surpresa para ninguém que o ecossistema tecnológico português está a descolar. Esta ideia foi reforçada pelo que vimos de startups como a Codacy na Web Summit do ano passado. Store | Se é verdade que e tecnologia está a mudar a face do mundo, também não é verdade que há um lado negro? PC | Não há forma de antecipar o futuro e o impacto que as novas tecnologias terão. É verdade que a tecnologia tem um lado negro, mas penso que os benefícios ultrapassam os riscos.

mundo para trabalhar connosco. Tudo começou há dois anos com um email de um jovem consultor de gestão que queria saber se estávamos a contratar, porque era irlandês mas estava em Londres e possuía uma experiência que não se encontrava na Irlanda. Enviou-nos o currículo. A minha resposta foi curta: “Lamento, mas estamos a contratar apenas para o escritório de Dublin”. Nunca mais pensei nisso até que, alguns dias depois, ele respondeu: “Isso é fantástico. Estou à procura de boas razões para voltar. Podemos falar?”. Essa conversa transformou-se na nossa primeira “repatriação”. Desde então já repatriámos irlandeses de São Francisco, de Nova Iorque, de Melbourne, de Berlim, de Pequim e de outras partes do mundo. Por isso, a resposta à sua pergunta é sim, as startups de sucesso podem contribuir para o regresso de talentos ao país de origem. Store | Com base nos seus contactos dos últimos meses, vê Portugal como um país de talento? PC | Estive recentemente em Lisboa

As 7 razões que convenceram Foi em agosto de 2015 que a candidatura de Lisboa a acolher a Web Summit 2106 deu os primeiros passos, através de um anúncio feito pelos então vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias. Rapidamente, a ideia extravasou a esfera oficial. Um movimento liderado pela publicação digital Ship reclamava o evento para a capital portuguesa. Com sete argumentos de peso: o fervilhante ambiente tecnológico da cidade; o facto de uma startup portuguesa ter vencido a competição da edição anterior, haver sol até em dezembro; o facto de Lisboa ser uma cidade acolhedora e internacional; a existência de “milhares” de hotéis para acomodar os participantes; a própria natureza da Web Summit, que quer criar tendências, não segui-las; e a existência de uma forte comunidade de startups. Nas primeiras três horas, o grupo criado no Facebook conseguiu 400 - 7 STORE 2016 -

aderentes. Depois, foi a escalada. Diz Paddy Cosgrave que recebeu milhares de emails e que, em cada 100 tweets, 95 alinhavam com a candidatura nacional. Um movimento de peso que poderá ter contribuído para que, na final, Lisboa vencesse a Amesterdão, a outra cidade na corrida. Acontece, pois, de 8 a 10 de novembro, assentando arraiais em dois palcos do Parque das Nações, o MEO Arena e a Feira Internacional de Lisboa. E assim será em 2017 e 2018, com a possibilidade de mais dois anos. O financiamento é do Turismo de Lisboa, do Turismo de Portugal e da AICEP, orçando em 1,3 milhões de euros para cobrir a logística e infraestruturas. Mas o retorno esperado é muito superior: 175 milhões de euros, pelas contas do ex-secretário de Estado Leonardo Mathias, a partir da extrapolação do volume de negócios gerado em 2014, na ordem dos 100 milhões de euros com 22 mil participantes.


ASSOCIATIVISMO

Uma nova imagem para reforçar um posicionamento interveniente

Abrangente. Interventiva. Ativa. São estes os três valores que norteiam a nova imagem da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), apresentada pela diretora-geral, Ana Isabel Trigo Morais, a 16 de fevereiro, em conferência de imprensa. Uma imagem que se quer “mais simples, direta, inovadora e contemporânea”. O rebranding da imagem institucional inclui uma assinatura – “algo inédito na história” da associação, afirmou a diretora-geral. O novo claim – “Distribuímos valor” – pretende reafirmar o posicionamento da entidade e reforçar a presença junto do consumidor e das empresas do setor, “dando seguimento à alteração de estatutos e das políticas de afirmação da associação”. “Esta nova identidade corporativa da APED vem refletir o seu posicionamento: o nosso empenho diário tem por objetivo acrescentar valor às atividades do setor e, acima de tudo, prestar um serviço de excelência aos clientes e consumido-

explicou Ana Isabel Trigo Morais. Com origem na Associação Nacional de Supermercado, que representou na década de 80 o retalho alimentar, a APED nasce em 1994 e passa a representar tanto o setor alimentar como não alimentar. Segundo a diretora-geral, “a experiência no terreno e o acompanhamento das tendências de negócio” fez com que a associação passe agora res”, acrescentou a responsável. Da também a representar o comércio autoria da GBNT, a criatividade des- grossista e o comércio eletrónico, ta nova identidade gráfica, centrada “agregando um universo de mais de nos tons de azul e branco, teve por uma centena de empresas” e reprebase o percurso da APED e repre- sentando “11% do PIB nacional”. senta a “evolução da visão de mer- “Com novos desafios pela frente, cado ocorrida ao longo dos anos”, sentimos que esta era a altura de

“A opção cromática (azul) expressa sobriedade e vinca o posicionamento de uma marca nacional, atlântica”

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“Esta nova identidade corporativa da APED vem refletir o seu posicionamento: o nosso empenho diário tem por objetivo acrescentar valor às atividades do setor e, acima de tudo, prestar um serviço de excelência aos clientes e consumidores”

fortalecer a nossa identidade e personalidade enquanto marca e, depois de vários meses de trabalho, nasce esta nova imagem da APED agora mais simples, direta, inovadora e contemporânea”, adiantou. A nova imagem está a ser utilizada em todos os suportes da associação desde 16 de fevereiro. Como explicou à Store Magazine a project manager da GBNT, Susana Pessoa, “o processo de alteração da marca APED surge a partir da identificação de uma necessidade estratégica que pretende reforçar o posicionamento da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição junto dos consumidores, dos seus associados, dos parceiros – nacionais e internacionais – e do próprio mercado”. Assim, mais do que a renovação da imagem, diz, “este rebranding assenta na criação de um novo conceito de comunicação que pretende traduzir aqueles que são os valores e a essência da APED, aproximando-a dos diferentes agentes e dos diferentes públicos”.

Susana Pessoa reforça os três valores que se mantêm presentes no novo logotipo: abrangente, interventiva e ativa. “A APED tem uma estrutura sólida que tem vindo a ser reforçada pelo crescimento da associação”, nota. “O novo logótipo pretende acompanhar esta evolução, respondendo às necessidades de comunicação e enaltecendo o seu papel ativo junto dos consumidores, interventivo junto do mercado e dos seus associados e abrangente no tipo de serviços e de apoio que presta, contribuindo para o desenvolvimento do sector”. “A nova imagem assume linhas simples que se enquadram numa linguagem e num universo gráficos que permitem adaptar o tipo de comunicação a cada situação”, afirma. “O conceito assenta no envolvimento da APED com os seus públicos, representado pela ligação entre as palavras, e nos caminhos que percorre pelo sector, pelos associados e pelos consumidores. Esta representação gráfica subjacente ao novo logótipo - 9 STORE 2016 -

vem sublinhar a importância e a forte personalidade” da associação. “São alterações profundas face à imagem anterior que vêm potencializar uma imagem moderna, adaptada ao desenvolvimento e às novas exigências de comunicação”, adianta. “A opção cromática (azul) expressa sobriedade e vinca o posicionamento de uma marca nacional, atlântica. A designação Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição ganha novo destaque e a autenticidade gráfica sublinha o seu papel enquanto referência no sector”, entende. No que diz respeito à nova assinatura – “Distribuímos Valor” – a project manager considera que “sublinha a mais-valia da APED enquanto entidade especializada, sinónimo de confiança”. “Esta distribuição de valor é assim dirigida aos consumidores, aos associados e à evolução do mercado e da sociedade”. “A nova identidade APED surge agora mais vincada, mais ativa, mais interventiva e mais abrangente”, conclui.


instituticional

VI CONGRESSO APED

Crescer GROWING WITH com o THE CONSUMER consumidor MUSEU DO ORIENTE

3 e 4 de maio

2016

VI Congresso da APED sob o signo do consumidor O consumidor será a figura central do VI Congresso da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que decorre a 3 e 4 de maio, no Museu do Oriente, em Lisboa. E o título do evento demonstra isso mesmo: “Crescer com o consumidor”. A figura de destaque deste ano será o Prémio Nobel da Economia Paul Krugman, que fará uma análise sobre a economia portuguesa e europeia.

Na sua sexta edição, o congresso da APED irá manter a dupla vertente de analisar os problemas do setor do retalho e distribuição e os desafios da economia em Portugal e no mundo e do modo como podem ter influência no setor do retalho. Em discussão estarão temas como o big data – “uma ferramenta cada vez mais essencial pra chegar ao consumidor” – os modelos de negócio, as marcas da distribuição, a sustentabilidade, a ascensão de novas formas de pagamento e os novos perfis de consumidores. Novidade nesta edição do congresso é a análise da forma como o comércio e o turismo estão a mudar em Por- 10 STORE 2016 -

tugal e do papel do comércio no turismo nacional. “Não há turismo sem comércio”, referiu a diretora-geral da associação, Ana Isabel Trigo Morais, a 16 de fevereiro, em conferência de imprensa. “Queremos perceber como o setor do comércio e retalho vai contribuir para o turismo e para melhor servir o público que nos visita e para criar riqueza”, adiantou. Este debate vai contar com a intervenção do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, do vice-presidente da TAP, Luiz Mór, e do managing director da Global Blue Portugal, Renato Lira Leite. Do programa fazem ainda parte a abordagem da nova conjuntura do


Sofiawww.storemagazine.pt Dutra | sd@briefing.pt

“O consumidor está mais volátil” Store | Quais os objetivos da realização do VI Congresso da APED? Ana Isabel Trigo Morais | O Congresso da APED é já um marco na agenda nacional pela estrutura que apresenta. A edição deste ano vem, mais uma vez, trazer a debate os grandes temas da atualidade, quer ao nível das grandes questões macroeconómicas, quer ao nível da análise detalhada e cuidada dos desafios do setor do retalho e da distribuição. Pensar o presente e o futuro nesta dupla vertente é o grande objetivo deste evento. Store | Que expetativas tem da intervenção do Prémio Nobel Paul Krugman? AITM | Paul Krugman apresenta sempre análises precisas e diferentes sobre as questões económicas da atualidade. As suas intervenções são desafiantes e desencadeiam em seu torno uma série de tantas outras análises e questões. É o que esperamos desta sua participação no Congresso APED, para a qual nos trará uma análise sobre a Europa e Portugal e as perspetivas de crescimento, pois é também um Nobel que conhece bem o nosso país e os seus desafios.

petróleo e a resposta à questão: 2016, ano de crescimento? Este ano o convidado especial é o Prémio Nobel da Economia Paul Krugman, que fará uma análise da economia da Europa e de Portugal e das perspetivas de crescimento. Serão também oradores o estratega e perito em marketing Peter Fisk; o non-executive chairman board of directors na Winery Exchange Inc, Allan Noddle; o diretor da área de Retailer Insights na Nielsen, Jean-Jacques Vandenheede; o global head of TMT research da Deloitte UK, Paul Lee; e o Google global client partner, Pedro Pina; entre outros.

Store | Qual a importância da realização deste evento ao longo dos anos para a APED? Tem resultados práticos? AITM | A grande adesão a cada edição do congresso fala por si, revelando a importância deste evento. As dezenas de oradores que têm passado pelos congressos realizados anteriormente têm deixado importantes análises sobre o setor, abrindo caminho para definição de estratégias futuras. Temos tido sempre o cuidado de convidar participantes que apresentem, de facto, soluções de trabalho para que, quem assiste às suas intervenções, as possa colocar em prática. - 11 STORE 2016 -

Store | De que modo é que desenvolvimentos como a ascensão do mobile, a internet das coisas ou o big data estão a influir no retalho? AITM | As novas tecnologias estão a moldar o setor de uma forma totalmente diferente. Moldaram um novo perfil de consumidor, por um lado, e, por outro, vieram também moldar as novas estratégias de negócio capazes de responder de forma mais rápida e eficaz a este “novo” cliente. Graças às novas tecnologias, o setor tem atualmente ao seu dispor uma infinidade de ferramentas que permitem melhorias em toda a linha de produto e serviços até chegar ao consumidor. Mas os desafios não foram ainda todos superados e, por isso, as empresas têm de continuar atentas aos avanços tecnológicos. Store | Como é o consumidor português? AITM | Os últimos anos de grandes oscilações na economia refletiram-se no perfil de consumidor tornando-o mais volátil, por exigência de uma gestão orçamental ao pormenor. Mas o consumidor português não deixou de ser criterioso e informado, tendo aliás um perfil bastante sofisticado. São estas características de cliente que levam a que o setor seja constantemente desafiado a superar barreiras e apresentar sempre as melhores propostas de valor.


instituticional

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Valorizar a inovação como motor de crescimento Distinguir o que de melhor se faz no retalho em Portugal. É esse o objetivo da segunda edição do “Prémio Excelência – Inovação no Retalho”, promovido pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e que será entregue a 3 de maio. Os projetos voltam, este ano, a ser avaliados em três categorias: inovação de produto e de marca, inovação no serviço ao cliente e inovação e sustentabilidade. A diretora-geral da APED, Ana Isabel Trigo Morais, explicou à Store Magazine que o prémio foi lançado pela primeira vez em 2014 pela associação “no âmbito do seu papel de divulgação do sector enquanto agente de modernização, sofisticação e serviço aos consumidores”. Os objetivos: “reconhecer e premiar a inovação feita no sector do retalho em Portugal e dar visibilidade às empresas que a identificaram como oportunidade de crescimento e competitividade”. “O setor do retalho tem um foco muito claro: o consumidor”, sustenta. “Para o acompanhar e conseguir dar resposta às suas exigências é necessário ter esta capacidade de constante inovação. Aliás, o setor é uma referência nesta área”, entende. “Em Portugal, assistimos ao desenvolvimento pelas insígnias de produtos, serviços, projetos e práticas pioneiras e inovadoras e estas empresas são verdadeiros agentes de modernização ao serviço do cliente”. Os galardões são atribuídos em três categorias: inovação de produto e de marca, na qual são considerados pro-

dutos e marcas-própria disponíveis no mercado, que proporcionem valor, bem-estar e conveniência ao consumidor; inovação no serviço ao cliente, que distingue serviços e processos que visem maximizar a experiência de compra tanto em loja como online; e inovação e sustentabilidade, na qual são avaliados projetos ou iniciativas que contribuam para uma economia de baixo carbono e para a promoção do consumo sustentável. Até 31 de março, podem candidatar-se ao prémio as empresas do setor do retalho, associadas da APED e entidades parceiras dos associados, em candidatura conjunta. Cada candidato poderá submeter mais do que um projeto, a uma ou mais categorias, num máximo de dois projetos por categoria. “Serão aceites projetos apresentados na primeira edição desta iniciativa, desde que não tenham sido distinguidos com a atribuição de prémio ou menção honrosa”, diz. A atribuição dos galardões será decidida por um júri presidido pelo jornalista António José Teixeira e do qual fazem parte a diretora-geral da APED, - 12 STORE 2016 -

o fundador e presidente da Ivity Brand Corp, Carlos Coelho, o fundador e partner da Ipsos Apeme, Carlos Liz, o diretor executivo da GS1 Portugal, João de Castro Guimarães, e o diretor do Diário Económico, Raul Vaz. “Cabe a este grupo avaliar as candidaturas mediante critérios relacionados com a natureza e grau de inovação e com as mais-valias e resultados que apresentem quer para o consumidor quer para a própria empresa e entidades parceiras”, afirma Ana Isabel Trigo Morais. “A primeira edição desta iniciativa bienal revelou-se um verdadeiro sucesso com dezenas de projetos que evidenciaram o grande compromisso que o sector tem com a inovação e o desenvolvimento. Este ano esperamos, claro, que a adesão das empresas seja ainda maior”, refere. Os prémios serão entregues no dia 3 de maio, no final do primeiro dia do VI Congresso da APED, a decorrer no Museu do Oriente, em Lisboa. Para 2018 está já prevista a terceira edição da iniciativa.


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Sara Batista | sb@briefing.pt

Retalho de proximidade

o modelo de negócio do futuro?

São mais de 450 as mercearias que nasceram nos últimos anos sob iniciativa dos retalhistas Sonae, através da cadeia de retalho alimentar Meu Super, e Jerónimo Martins, pela mão do modelo de cooperação comercial entre o Recheio Cash&Carry e o Amanhecer. Assentes numa estratégia de proximidade, as insígnias têm a pretensão de assegurar a cobertura do território nacional sob o mesmo objetivo: ajudar a modernizar e apoiar os negócios de comércio tradicionais. - 13 STORE 2016 -


ESTRATÉGIA

O Recheio Cash&Carry lançou o projeto Amanhecer com o objetivo de apoiar o comércio tradicional, um segmento que constitui uma parte importante da sua base de clientes. A rede de lojas conta já com 250 mercearias, o que evidencia a elevada adesão dos comerciantes a este modelo, explica o diretor-geral, António Barracho.

UM NOVO AMANHECER PARA O COMÉRCIO TRADICIONAL O projeto Amanhecer foi lançado, em fevereiro de 2011, com a primeira mercearia a ser inaugurada na Baixa de Lisboa. Hoje, a rede conta com 250 mercearias, com uma média de duas aberturas por semana nos últimos dois anos. “Não se trata de um regime de franchising, mas de uma parceria com os nossos clientes, a quem damos o apoio necessário à operação”, explica o diretor-geral do Recheio Cash & Carry, António Barracho. Estas 250 lojas encontram-se de norte a sul de Portugal, com uma preponderância grande ao nível de Lisboa, Porto, Setúbal, Coimbra e Aveiro, sendo que 15 estão localizadas na Madeira. Mas são os clientes que determinam a abertura de uma loja Amanhecer e, segundo o diretor-geral, o objetivo é apostar em clientes que sejam interessantes para o Recheio e que tenham perspetiva de futuro.“É um projeto que vai nascendo com os clientes e, portanto, são eles que nos vão dizendo onde

querem abrir”. A rede de lojas Amanhecer está disponível para proprietários de mercearias ou minimercados que necessitem de um apoio adicional para se afirmarem, no retalho alimentar. Para pertencer à rede, e como se trata de um negócio de proximidade, com um carácter muito familiar, as lojas têm de ter entre 100 a 400 m2. Além do investimento inicial na remodelação da loja, cabe aos proprietários das mercearias a compra de 70% das suas compras ao Recheio Cash & Carry. “A maioria dos nossos associados já eram clientes Recheio e, por isso, agora, para as suas mercearias Amanhecer, compram mais 20 ou 30% face ao que já compravam”. Com este apoio, o Amanhecer procura posicionar o comércio tradicional como uma mais-valia para as regiões onde as lojas estão inseridas. Para isso, há a preocupação de promover a proximidade, que segundo António Barracho, “passa muitas vezes pela amizade” entre a insígnia e os proprietários das - 14 STORE 2016 -

mercearias. “O objetivo final é que os nossos clientes perdurem no tempo e que sejam uma montra daquilo do que se vai fazendo de melhor ao nível do negócio de proximidade”. Para abrir uma loja Amanhecer, os interessados precisam enviar uma candidatura, disponível no site da insígnia, a qual será avaliada pela equipa de gestão do Amanhecer, que analisa se o negócio tem condições para evoluir, se o empresário é empreendedor e resiliente, e se há perspetivas de futuro no projeto. Neste modelo de cooperação comercial praticado na rede de lojas Amanhecer, o apoio do Recheio Cash & Carry aos clientes traduz-se a nível informático, sendo a insígnia responsável pelo investimento nessa área de atuação, transmitindo ainda o know-how adquirido ao longo de 43 anos de experiência com clientes no setor do retalho. Além disso, o Recheio Cash & Carry garante o apoio em todas as fases do processo, desde o desenvolvimento


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António Barracho, diretor-geral do Recheio

da imagem associada à marca Amanhecer, dentro e fora da loja, ao apoio ao nível do HACCP (Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos) e SHT (Segurança e Higiene no Trabalho). Mas, como explica António Barracho, apesar de Amanhecer ser uma marca do Recheio Cash & Carry, as mercearias são totalmente autónomas e as vendas dizem respeito apenas aos próprios parceiros, sendo que a insignia funciona como consultor. “Não interferimos na gestão do pricing, que é completamente autónoma, cada associado faz a sua gestão”. Os proprietários beneficiam ainda da marca Amanhecer, que é transversal a todas as categorias de produtos, com mais de 600 referências, com preços competitivos e qualidade certificada e que, segundo o diretor-geral, começa a ter notoriedade. “Estes comerciantes não tinham a possibilidade de ter uma marca própria competitiva, que fizesse a diferenciação para o resto da

distribuição moderna”. Neste sentido, ressalva António Barracho que as lojas Amanhecer não têm, necessariamente, que ter todos os produtos da marca; em vez disso, a insígnia promove um sortido específico para cada mercearia que tenha uma proposta de valor condizente com a área onde opera. “Se vamos colocar 600 referências em 400 m2, as coisas tornam-se extremamente difíceis. O que fazemos é uma gestão correta do sortido, dando inputs aos clientes sobre qual o melhor sortido”. Dentro desta perspetiva, o Amanhecer conta também com uma contínua partilha de informação por parte dos parceiros, que explicam a especificidade dos clientes das suas lojas. Além desta adaptação do sortido, o Amanhecer aposta em folhetos promocionais, distribuídos a nível nacional, que incluem o portefólio de artigos comuns a todas as lojas. “No futuro, talvez venha a ser feito por clusters, incluindo produtos regionais nos folhetos - 15 STORE 2016 -

dos clientes onde estamos a operar”. É na autonomia que o Recheio Cash & Carry dá aos aderentes do projeto que está a grande diferenciação deste modelo de negócio. Mas a insígnia apoia-se também nos “produtos de qualidade, com preços extremamente competitivos, e na proximidade entre a equipa do Recheio Cash & Carry e a do Amanhecer”. Ao seguir este caminho, e tendo em conta as dificuldades que o comércio tradicional tem atravessado, as mercearias que passaram a integrar a rede de lojas Amanhecer, cresceram 50% em volume de negócio. “Os nossos clientes cresceram, estão mais fortes, mais resilientes, percebem que estão num ambiente muito competitivo, e mesmo assim crescem, o que quer dizer que estão a fazer a aposta certa, e a nossa proposta de valor é boa”. Com 100 lojas abertas apenas no ano de 2015, o Amanhecer propõe-se, para 2016, consolidar a rede,, organizar as lojas e dar-lhes apoio no que toca à dinamização dos seus projetos. “Vamos olhar para a expansão, mas também para o acompanhamento dos aderentes, dando-lhes mais informação, porque é importante começarmos a dar outros inputs em termos de pricing e de sortido”. Isto porque, diz António Barracho é preciso que os parceiros percebam que o Recheio Cash & Carry não vende apenas produto, mas também dá valor acrescentado a toda a gestão do dia-a-dia.


STORE ESTRATÉGIA

Assegurar a cobertura do território nacional, com foco nas zonas habitacionais ou de grande fluxo pedonal, é o objetivo do Meu Super. Quem o diz é Fernando Silva, diretor-geral da cadeia de retalho alimentar de proximidade da Sonae MC, que se prepara para a abertura de mais 60 lojas num modelo de franquia que está a trabalhar a revitalização do comércio tradicional.

Apoiar a modernização do comércio tradicional Desde a abertura da primeira loja Meu Super, em maio de 2011, que o franchising alimentar da Sonae MC definiu que o plano de expansão da marca seria ambicioso, com o objetivo de assegurar uma cobertura completa do território nacional, com especial foco nas zonas urbanas. Seguindo esta ambição, a insígnia é já responsável pela criação de mais de 900 postos de trabalho e mais de 30 mil m2 de superfície de loja, estando presente em todo o continente e na Madeira. Depois da inauguração da primeira loja, e seguindo a estratégia inicialmente definida, em 2012 contabilizavam-se 24 lojas franquiadas, e em 2013, eram 70. Foi no final de agosto de 2014 que o franchising alimentar da Sonae MC abriu a 100.ª unidade, ano em que conquistou os 18 distritos de Portugal, ao duplicar a dimensão com a abertura de mais 70 lojas. A chegada à ilha da Madeira deu-se em novembro de 2014,

com a abertura de seis espaços, a que se juntaram mais quatro lojas em 2015. É nas zonas habitacionais ou de grande fluxo pedonal que a Sonae MC materializa a aposta num comércio de proximidade, respondendo assim às necessidades manifestadas por um cliente cada vez mais exigente que, além da variedade e da qualidade da oferta, valoriza cada vez mais a proximidade e a conveniência. Ao mesmo tempo, com a criação do Meu Super, a Sonae MC está a trabalhar na revitalização do comércio tradicional. Como explica o diretor-geral, Fernando Silva, o formato de franquia Meu Super está disponível tanto para empresários que pretendam abrir lojas de raiz, como para transformação ou upgrade de lojas já existentes e em funcionamento. Para abrir uma loja Meu Super, além de disponibilidade financeira, “o interessado deve ter espírito empreendedor e vontade de desen- 16 STORE 2016 -

volver um projeto em conjunto com o retalhista alimentar”. Um processo que a insígnia quis tornar mais célere com a criação de um formulário de registo online, no site do Meu Super. Neste modelo de franquia praticado na rede Meu Super, a Sonae MC garante o apoio em todas as fases do processo, desde a análise de viabilidade, à definição de layout, imagem e seleção de equipamento, até à seleção ou escolha da gama. Além disso, a insígnia garante ao franquiado formação contínua e o abastecimento assente num modelo logístico eficiente, em que os sistemas de informação são totalmente integrados nos processos da companhia. “Os parceiros da Sonae MC na rede Meu Super beneficiam de um conjunto alargado de vantagens que lhes confere competitividade no mercado nacional, sendo um caminho para a revitalização dos seus negócios ou desenvolvimento de novas atividades”, afirma o diretor-


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Fernando Silva, diretor-geral do Meu Super

-geral. Isto porque os franquiados beneficiam “da garantia de preços competitivos, de uma gama ampla e profunda de produtos de marca própria e de fornecedor adaptável a realidades distintas, da disponibilização de folhetos promocionais quinzenais e da utilização de sistemas informáticos idênticos aos das restantes lojas da Sonae”. A rede Meu Super oferece ainda outras vantagens aos franquiados, como a incorporação do Cartão Continente nas lojas e o acesso a formação contínua, que tem início antes da abertura da loja, com acompanhamento operacional através de uma equipa exclusivamente dedicada ao apoio de lojas, que propociona suporte em permanência. O investimento na formação de parceiros fornecido pela rede expandiu-se, em 2015, de forma a fortalecer a proposta de valor Meu Super, com oferta de formação nas áreas de legislação laboral, segurança alimentar e formação

na área de charcutaria e de frutas e legumes. Este é um caminho que é feito em conjunto, em que a Sonae promove o envolvimento do franquiado em todo o processo, de forma a se conseguir obter uma sustentabilidade da equação e, consequentemente, levar ao sucesso da loja. Com uma dimensão entre 100 e 400 m2 e uma imagem que pretende ser apelativa e cuidada, as lojas Meu Super procuram apresentar uma gama de produtos ajustada à dimensão das lojas, com uma aposta forte nos frescos e nos produtos nacionais, e onde cerca de 40% da oferta são marca Continente. “Os frescos são um fator determinante que leva os consumidores a visitar as lojas e, por isso, estão também na mira do Meu Super que pretende reforçar parcerias com produtores de referência nacional”, afirma. Neste formato, a marca incentiva o franquiado a ser o rosto da sua loja, para uma experiência de compra per- 17 STORE 2016 -

sonalizada. “É este formato de proximidade juntamente com um forte conhecimento dos seus clientes, que permite às lojas oferecer um serviço de qualidade e diferenciador”. Segundo o diretor-geral, a experiência do consumidor em loja é um dos eixos de atuação da rede de franquia, assim como o atendimento personalizado e o ajuste entre a variedade da oferta em função das necessidades dos clientes. Nesse sentido, as lojas Meu Super apostam em ser simples e práticas, com foco no serviço ao cliente e numa forte dinâmica promocional, “sempre com preços competitivos”. Para se diferenciar da concorrência, o Meu Super aposta na disponibilização de produtos de marca própria Continente, repetidamente Marca de Confiança dos portugueses desde 2003. Mas, também, a incorporação do cartão Continente nas lojas da rede materializa mais um fator de diferenciação pelas “inúmeras vantagens e descontos proporcionados aos clientes”. Tendo chegado às 200 lojas, em final de 2015, reforçando assim a presença em todo o território continental e ilhas, a Sonae pretende continuar a sua aposta no sistema de franquia Meu Super, expandido a rede de lojas de forma sustentada e criando relações estreitas com os parceiros de negócios de forma a potenciar a sua atividade, estando para isso prevista a abertura de mais 50/60 lojas.


internacionalização

Uma prioridade chamada internacionalização PORTUGAL, SPAIN, TURKEY, SAUDI ARABIA, EGYPT, KAZAKHSTAN, DOMINICAN REPUBLIC, AZERBAIJAN, VENEZUELA, MOROCCO, LEBANON, QATAR, JORDAN, ARMENIA, ST.MAARTEN, GEORGIA, ECUADOR, IRAQ, TUNISIA

PORTUGAL, SPAIN, TURKEY, SAUDI ARABIA, EGYPT, KAZAKHSTAN, DOMINICAN REPUBLIC, AZERBAIJAN, VENEZUELA, MOROCCO, LEBANON, QATAR, JORDAN, ARMENIA, ST.MAARTEN, GEORGIA, ECUADOR, IRAQ, TUNISIA

Levar a Zippy a cada vez mais famílias em todo o mundo é o grande objetivo da insígnia de moda infantil do grupo Sonae. Como? Através de uma estratégia que combina a presença da marca em mercados maduros com a entrada em economias com forte dinamismo económico. Quem o diz é a administradora da Sonae SR Joana Ribeiro da Silva. - 18 STORE 2016 -


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Com a internacionalização como eixo prioritário na estratégia de crescimento da Sonae, a expansão da atividade das insígnias do grupo para novos mercados é uma aposta que tem ganho consistência. No caso da Zippy, trata-se de um caminho iniciado em 2009, em Espanha, e que passa pela combinação da presença em mercados maduros com a entrada em economias com forte dinamismo económico. Ao seguir esta lógica, a insígnia já está presente em mais de 40 países através de lojas próprias, acordos de franchising e wholesale. Um resultado que faz com que seja, segundo a administradora da Sonae SR e da Zippy, Joana Ribeiro da Silva, a marca de retalho do grupo mais internacionalizada, com uma presença global e cerca de metade das suas receitas geradas no exterior. A Tunísia respondeu aos requisitos e, ao posicionar-se para o grupo Sonae como uma economia de forte potencial e dinamismo, materializou a estreia da Zippy naquele mercado do norte de África, com a abertura da primeira loja da marca em Tunes. “A entrada da Zippy na Tunísia enquadra-se na estratégia de internacionalização da Sonae, que procura aproveitar as vantagens competitivas das suas marcas a nível mundial, diversificando mercados e potenciando novas oportunidades de crescimento”. A insígnia de moda infantil alarga, assim, a cinco países a presença no continente africano, tendo já lojas em Moçambique, Marrocos, Egito e Líbia. “Esta expansão permite capitalizar a proposta de valor da Zippy, baseada em produtos de qualidade, com estilo e a preços atrativos, com capacidade para se adaptar a diferentes realidades, contextos e culturas”, afirma Joana Ribeiro da Silva. Uma aposta que se explica pelo objetivo de reforçar a presença em África, “um continente em crescente expansão”, e de disponibilizar os produtos da marca a cada vez mais famílias em todo o mundo. A estreia da insígnia de moda infantil da Sonae na Tunísia dá-se através do acordo de franchising celebrado com o parceiro Tunisia Fashion Kids, que contempla a abertura de mais quatro lojas no país até 2019. Um acordo que, segundo Joana Ribeiro da Silva, contribui para a afirmação como uma marca de referência na moda infantil, não só no norte de África, mas também a nível

Um novo mercado europeu no horizonte Store Magazine | Qual o desempenho da marca em Portugal? E qual o mercado com melhores resultados? Joana Ribeiro da Silva | A Zippy tem realizado uma estratégia de crescimento assinalável desde o seu lançamento, em 2004, sendo hoje uma marca de topo na moda infantil em Portugal, mas também a nível internacional. Em termos individuais, Portugal continua a ser o mais relevante, pese embora cerca de metade das nossas receitas já serem geradas no exterior. Store Magazine | Estão previstas novas aberturas? Quais os mercados prioritários? JRS | A aposta na internacionalização tem-se revelado num grande sucesso nas diversas regiões onde estamos presentes e, como tal, estamos naturalmente atentos ao mercado e a eventuais oportunidades que possam surgir. Atualmente estamos a trabalhar num novo mercado europeu para o franchising e a analisar novas oportunidades um pouco por todo o mundo, das Américas à Ásia, passando por África e pela Europa.

das por insígnia, mas por áreas de negócio. A Sonae SR, unidade onde está integrada a Zippy, registou vendas de 1.294 milhões de euros em 2015, tendo a atividade internacional crescido 5,1%. O nosso objetivo é continuar a desenvolver a marca e expandir a nossa presença internacional, criando valor para os clientes, para os parceiros e para a marca. Para isso, estamos a apostar num novo modelo de loja, Store Magazine | Quais os resulta- que reforça a ligação entre pais e dos obtidos em 2015? E quais os ob- filhos, bem como na inovação e desenvolvimento de produtos disjetivos para 2016 JRS | Na Sonae não reportamos ven- tintivos.

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internacionalização

Tecnologia para melhorar a experiência de compra

O mês de fevereiro ficou marcado pela inauguração da nova loja de Lisboa da Zippy. Situada no Centro Comercial Colombo, envolveu um investimento de cerca de 600 mil euros naquele que é mais um exemplo do novo conceito de espaço da marca: um espaço que privilegia a tecnologia e a interatividade, de modo a melhorar a expe-

global, conciliando a presença em mercados ocidentais e maduros com países que apresentam forte dinamismo económico. O objetivo de conquistar a posição de referência na moda infantil a nível global também explica a aposta no continente asiático, onde a Sonae alargou a atividade internacional com a abertura das duas primeiras lojas Zippy nas Filipinas. A entrada neste mercado decorre igualmente de um acordo de franchising, celebrado com a empresa Trimark Holdings e que prevê a abertura de cerca de duas dezenas de lojas no país nos próximos cinco anos. Para chegar a novos mercados, a insígnia de moda infantil do grupo Sonae privilegia formatos capital light, como é o caso de parcerias, franchising e wholesale. Quanto ao formato de loja, diz Joana Ribeiro da Silva, varia de mercado para mercado, embora a Zippy opte por espaços capazes de incorporar o novo conceito de loja da marca, que aposta na introdução de novas tecnologias para uma maior interação e proximidade com os clientes, com o objetivo de melhorar a experiência de compra. Foi o que aconteceu na nova loja localizada em Tunes, que ocupa uma área de cerca de 85 m2 no centro comercial Tunísia Mall e disponibiliza uma gama de produto que abrange vestuário, calçado e acessórios para

riência de compra para pais e filhos. Com 300 m2 e 13 colaboradores, segue o modelo já aplicado nas lojas de Setúbal, Aveiro, Porto, Sintra e Vila Real e que, de acordo com a Sonae SR, tem registado um desempenho superior ao nível das vendas. Assim, a nova loja no Colombo possui uma nova organização de espaços, que assegura melhores fluxos de circulação e uma melhor segmentação, além de apresentar uma exposição de artigos mais apelativa. No que toca à incorporação da tecnologia, inclui ecrãs que potenciam a comunicação com os clientes, além de um playground digital para as crianças.

bebé e criança, incorporando o novo conceito de loja da marca. Já as primeiras lojas da Zippy nas Filipinas, localizadas nos centros comerciais Glorietta e North Edsa, na cidade de Manila, têm uma área média de 100 m2 e disponibilizam a mesma gama de produtos. Além do formato, tanto de negócio como de loja, que varia consoante a região, a Zippy também desenvolve produtos e coleções específicas para alguns mercados. E como está presente tanto em países do hemisfério norte como do hemisfério sul, há ainda a necessidade de trabalhar ciclos de coleções diferentes. “Para uma marca global, é crucial a capacidade de ir ao encontro e satisfazer as necessidades dos seus clientes, seja qual for a geografia ou cultura”, afirma. Com esta convicção em mente, a adaptação da abordagem da marca aos mercados em que está presente é, também, uma preocupação, com a gestora a salientar a capacidade de diferenciação. “A nossa oferta combina produtos de qualidade para crianças dos 0 aos 14 anos, com design a preços atrativos, que disponibilizamos em lojas acolhedoras que favorecem a experiência de compra e apoiadas num serviço de excelência”. A capacidade de estar ao lado de todas as famílias, em Portugal e no estrangeiro, adaptando-se à realidade de cada - 20 STORE 2016 -

país, é – segundo a administradora da Sonae SR e da Zippy – uma mais-valia, reconhecida pelos clientes e parceiros. Para captar o interesse de franchisados no mercado internacional, segue uma estratégia de promoção internacional, que inclui a presença nas principais feiras mundiais do setor bem como a análise de mercados e oportunidades. Contudo, adianta Joana Ribeiro da Silva que a Zippy tem merecido o interesse crescente de parceiros que pretendem desenvolver o seu negócio através da marca. “Temos diversos casos de empresas e empreendedores que conheceram a marca nas suas viagens pelo mundo e que e nos contactam com o objetivo de disponibilizar os nossos produtos”. A este demonstrado interesse, junta-se o trabalho desenvolvido por uma equipa específica para o mercado internacional, que ajuda no estreitamento de relações com os parceiros, o que é “fundamental em modelos capital light”. Neste processo de expansão, o franchising representa um peso importante, embora o wholesale tenha vindo a ganhar importância. “Quando analisamos oportunidades de expansão para um mercado, analisamos as diferentes possibilidades de modelos de negócio e escolhemos aquela que nos parece ser mais geradora de valor para todas as partes envolvidas”.


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SUSTENTABILIDADE

Jerónimo Martins

investe no desenvolvimento sustentável Promover a investigação e os projetos que contribuem para o desenvolvimento sustentável é o objetivo da Jerónimo Martins, ao associar-se à iniciativa Green Project Awards, que promove o empreendedorismo e a economia verde. Conceitos também partilhados no grupo, como afirma o diretor Corporativo de Ambiente e Segurança Alimentar, Fernando Frade, que acredita que um investimento contínuo em inovação é incontornável para a sustentabilidade do negócio.

“Detergentes Verdes – Biosurfactantes a partir de resíduos lenhocelulósicos” foi o projeto vencedor do Prémio Jerónimo Martins/GPA – Investigação e Desenvolvimento Sustentável, uma distinção que atribui uma bolsa monetária no valor 20.000 euros. Um prémio que foi criado na 8.ª edição do Green Project Awards, resultado da parceria com o grupo Jerónimo Martins para a categoria de Investigação e Desenvolvimento Sustentável. Explica o diretor Corporativo de Ambiente e Segurança Alimentar do grupo, Fernando Frade, que, quando se associou ao concurso, a Jerónimo Martins quis ser mais que

um simples patrocinador, isto porque acredita que “só espíritos criativos conseguem contribuir para o desenvolvimento de um negócios a médio e longo prazo”. O objetivo da iniciativa é o de promover a investigação e o desenvolvimento de produtos, serviços, projetos ou processos que tenham como finalidade contribuir para o desenvolvimento sustentável. Dirigido ao mercado nacional, podem candidatar-se empresas, universidades, centros de investigação, ONG e entidades sem fins lucrativos. “Estamos completamente abertos a que quem esteja a fazer investigação e desenvol- 22 STORE 2016 -

vimento em produto, em processo ou em sistemas e que esteja relacionado com sustentabilidade, seja na área ambiental ou nas outras áreas, se possam candidatar ao prémio”. O importante é que os produtos não tenham sido já comercializados e nem tenham sido alvo de outros prémios monetários. Com o Prémio Jerónimo Martins/ GPA – Investigação e Desenvolvimento Sustentável, o grupo pretende fomentar a curiosidade intelectual, a investigação e o desenvolvimento, distinguindo quem tem ideias interessantes a nível nacional dentro destas áreas. Uma distinção que atribui uma bolsa


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Todos os premiados nesta 18.ª edição dos Green Project Awards

Os autores do projeto “ Tetra Solar: Energy for all”, da CENIMAT, distinguido com menção honrosa

Fernando Frade, diretor Corporativo de Ambiente e Segurança Alimentar da Jerónimo Martins

Javier Goyeneque, presidente da Ecoalf

Legenda

João Wengorovius Meneses, secretário de Estado da Juventude e do Desporto

Jorge Seguro, secretário de Estado da Energia - 23 STORE 2016 -


SUSTENTABILIDADE monetária no valor de 20.000 euros ao projeto vencedor, valor esse que, ressalva o diretor do grupo, não é dado de uma só vez. O regulamento prevê que o prémio seja dividido em três tranches: a primeira é entregue logo após a comunicação do prémio, e os dois montantes seguintes, de 7.500 euros cada, dependem do desenvolvimento do projeto. Ou seja, o vencedor do prémio tem que comunicar à Jerónimo Martins como o projeto está a ser desenvolvido, quais os objetivos atingidos, de forma a garantir que o valor é utilizado para apoiar a investigação. Além do prémio monetário, o vencedor, bem como os outros participantes, beneficiam da visibilidade que já tem o Green Project Awards, e que poderá ajudar ao desenvolvimento de networkings ou pontes com empresas e investidores interessados em apoiar o desenvolvimento do projeto. Ques-

tionado sobre a possibilidade de a Jerónimo Martins apoiar projetos além do vencedor, Fernando Frade afirma que há essa hipótese, embora dependa do tipo de projeto. “Não me admiraria, apesar de não ser nenhuma promessa, que este projeto, um pouco mais desenvolvido, possa ser olhado um dia mais tarde por um fabricante de detergentes, e que se faça alguma sinergia, mas esse não é o fim”. Além disso ressalva, a Jerónimo Martins não está apenas a suportar ideias aderentes ao negócio do grupo, por isso pode não haver nenhum interesse no desenvolvimento do projeto. Nestes casos, o grupo limita-se a apoiar o crescimento destas ideias, que se podem tornar produtos ou serviços que acrescentem valor à sociedade. Trata-se, assim, “de uma forma de premiar quem tem ideias, mas também o desenvolvimento de cultura

científica que é necessária no país”. Isto porque o grupo acredita que “é incontornável para a sustentabilidade do negócio um investimento contínuo em inovação”, e ainda que “a curiosidade intelectual e a insatisfação permanente são fundamentais para o reforço da resiliência dos negócios para a prosperidade socioeconómica”. E porque o grupo Jerónimo Martins tem consciência de que a continuidade de uma empresa faz-se “cuidando do ambiente, das pessoas e das comunidades envolventes”, há muitas outras iniciativas promovidas através da política de sustentabilidade ambiental. São exemplo disso o projeto dos oleões, implementado em 2009 nas lojas Pingo Doce, mas também o “Let’s go green”, que tenta incentivar os colaboradores do edifício-sede, por exemplo, a subir as escadas, mas que controla também o consumo de papel, eletricidade, e resíduos que saem do edifício da Jerónimo Martins. “Quando a logística decide por si limitar a velocidade dos camiões a 100 Km/h, está a proteger os colaboradores, bem como a limitar o consumo de gasóleo em vários milhares de litros”. E esta é uma política que a Jerónimo Martins promove além-fronteiras, estando por isso a pensar apoiar projetos de biodiversidade na Colômbia, onde detém a insígnia Ara, pelo problema de tráfico de espécies e desflorestação que atinge este mercado. O mesmo acontecerá na Polónia, com a Biedronka, onde o grupo está a avançar com iniciativas que seguem o replicar dos implementados em Portugal.

Fernando Frade, da JM, César Fonseca, vencedor, e José Mendes, secretário de. Estado Adjunto Ambiente

José Mendes, secretário de Estado Adjunto e do Ambiente - 24 STORE 2016 -


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A importância de apoiar o empreendedorismo Store Magazine | O que motivou a participação no Green Projects Awards? César Fonseca | O projeto levado a concurso teve anteriormente uma base de investigação e desenvolvimento com vários indicadores, incluindo artigos científicos e patentes. Com a demonstração a nível laboratorial do conceito que engloba o processo de produção de detergentes a partir de resíduos lenhocelulósicos, pensámos que o Green Project Awards Portugal’15, especificamente na categoria Investigação e Desenvolvimento Sustentável, seria o canal apropriado para divulgar o projeto e catapultá-lo para outro nível, tendo em conta o tema e a visibilidade, credibilidade e prestígio do concurso, que agrega num mesmo painel a GCI, a maior organização ambiental portuguesa (Quercus) e um dos maiores grupos empresariais portugueses (o Grupo Jerónimo Martins). Store Magazine | Como nasce o interesse de desenvolver detergentes a partir de resíduos vegetais? CF | Este projeto nasce com o interesse de desenvolver novos biocombustíveis para a aviação a partir de resíduos lenhocelulósicos (agrícolas, florestais, urbanos). A ideia tem origem numa parceria entre mim (na altura no LNEG) e o Prof. Frederico Ferreira (do IST), ideia essa explorada no Doutoramento em Bioengenharia de Nuno Faria, no âmbito do programa doutoral MIT-Portugal, tendo depois continuidade num projeto financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), no qual eu fui o investigador responsável. O estudo iniciou-se com o objetivo de converter açúcares lenho celulósicos em biocombustíveis, mas acabou por se verificar que os glicolípidos produzidos por uma levedura diferente da utilizada na produção de pão, vinho, cerveja ou etanol combustível, eram também

Store Magazine | Quais os próximos passos deste projeto? CF | Temos como objetivos continuar a desenvolver a tecnologia e transportar este processo, que já está patenteado, para um contexto de mercado, o que requer investimento para aumento de escala e para formulação e certificação do produto de acordo com a aplicação. Estamos também em contacto com algumas empresas (nacionais e internacionais) de forma a codesenvolver a tecnologia numa vertente industrial e/ou licenciar a mesma e assim chegar ao mercado mais rapidamente. No seguimento do prémio Investigação e Desenvolvimento Sustentável, já fomos contactados por potenciais novos parceiros. Store Magazine | Qual a importância de empresas como a Jerónimo Martins desenvolverem iniciativas que promovam o empreendedorismo? muito interessantes. As propriedades CF | Consideramos muito relevante surfatantes das moléculas produzidas a participação de empresas como a permitem a sua utilização diretamen- Jerónimo Martins numa iniciativa te em detergentes, entre outras aplica- como esta, que promove o empreenções. dedorismo para um desenvolvimento sustentável, juntando-se ao Store Magazine | Que retorno espera maior grupo ambiental português, obter a nível profissional? a Quercus, e à GCI. Com um papel CF | O reconhecimento obtido por um determinante na distribuição em prémio com elevada visibilidade e cre- Portugal, a Jerónimo Martins podibilidade permite retorno a diferentes derá ainda contribuir ativamente níveis: divulgação junto da sociedade no desenvolvimento das ideias até quanto à importância da Investigação à comercialização para, no futuro, e Desenvolvimento para o futuro e da colocar nas prateleiras dos seus superceção do contributo específico des- permercados produtos mais amigos te projeto para um desenvolvimento do ambiente. A empresa consegue sustentável; poderá ser um fator im- também a sensibilização da sociedaportante na captação de mais finan- de para a necessidade de caminharciamento para o desenvolvimento da mos para um desenvolvimento sustecnologia até à sua comercialização; tentável, nomeadamente realçando a oportunidade de estabelecer parce- a importância de uma transição rias com empresas permite alargar a de produtos derivados de recursos rede de contactos para mais facilmente não-renováveis, como o petróleo, transferir tecnologia desenvolvida no para bioprodutos, mais amigos do seio das instituições de ensino supe- ambiente, no que se espera vir a ser rior, investigação e desenvolvimento. o tempo da bioeconomia. - 25 STORE 2016 -


EFICIÊNCIA

Sustentabilidade in house A rede de pontos de recolha de resíduos de madeira na América do Norte, criada pela Sonae Indústria, venceu a 2.ª edição do Prémio de Sustentabilidade das Empresas Sonae. Incentivar a implementação de programas, projetos e medidas para reforçar o desenvolvimento sustentável dos negócios, distinguindo as melhores iniciativas que conciliam as vertentes económica, ambiental, social e envolvimento com os stakeholders, é o propósito do Prémio de Sustentabilidade das Empresas Sonae. Trata-se de uma iniciativa que abrange a Sonae e as suas várias áreas de negócio, bem como a Sonae Capital e a Sonae Indústria. E foi precisamente do universo da Sonae Indústria que saiu o vencedor da segunda edição do prémio

– o projeto Rewood, desenvolvido pela Tafisa Canadá e que consistiu na criação de uma rede de pontos de recolha e reciclagem de resíduos de madeira. Foram ainda atribuídas cinco menções honrosas a projetos desenvolvidos na Sonae MC, na Sonae Sierra, na Sonae SR e na Sonae Centro de Serviços. Estes projetos foram selecionados de entre as três dezenas de candidaturas recebidas, as quais foram avaliadas por um júri composto pelos membros do Fórum da Sustentabilidade das Empresas Sonae, promotor da iniciativa. A qualidade dos projetos foi uma das caracterís- 26 STORE 2016 -

ticas distintivas desta edição, conforme sublinhou o Chief Corporate Center Officer do grupo Sonae, Luís Filipe Reis: “A segunda edição do prémio distinguiu-se pela qualidade dos projetos apresentados a concurso, demonstrando a forte preocupação das empresas Sonae em contribuírem para um mundo mais sustentável. Os projetos permitiram-nos melhorar a nossa pegada ecológica ao mesmo tempo que reforçaram a nossa eficiência e proporcionaram importantes poupanças que contribuem para o reforço das nossas posições competitivas”.


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REWOOD

Este foi o projeto que se sagrou grande vencedor da 2.ª edição do prémio de sustentabilidade. A rede de pontos de recolha e reciclagem de resíduos de madeira criada no Canadá e nos Estados Unidos permitiu reciclar 665 mil toneladas, equivalentes a 10 milhões de árvores, incorporando os resíduos no fabrico de painéis de madeira. A funcionar desde 2011, a rede abrange 41 centros, tendo criado 445 postos de trabalho e possibilitando o abastecimento constante e renovável de resíduos de madeira sem interrupção, correspondente a poupanças anuais de 7 milhões de euros nos custos de matérias-primas.

EQUIPA WORTEN EQUIPA

Esta iniciativa da Worten de recolha de equipamentos elétricos usados permitiu, desde 2009, recolher 30 mil toneladas de resíduos, encaminhados para centros de recuperação e reciclagem. Enquadrado na política de responsabilidade corporativa da insígnua, já levou à oferta de mais de 17 mil equipamentos novos a mais de 1.700 instituições de todo o país, beneficiando 410 mil pessoas, num investimento que supera os 1,5 milhões de euros.

DIVE PROJECT

O ponto de partida para o Dive Project, distinguido com menção honrosa, foi a preocupação da Sonae Sierra com o consumo de água nos centros comerciais que gere, quer numa ótica de redução da pegada ecológica, quer de eficiência das operações. Nesse contexto, desenvolveu um modelo que permite estimar consumos e avaliar possíveis medidas a implementar, reforçando a eficiência dos investimentos realizados.

PARTILHA LOGÍSTICA

A Sonae MC criou dois centros de serviços para paletes e caixas CHEP e IFCO, que permitem o seu tratamento e reencaminhamento nos próprios entrepostos logísticos, evitando a deslocação para as unidades dos parceiros. O projeto, distinguido com menção honrosa, permitiu reduzir em 145 mil quilómetros a distância percorrida, com poupanças significativas ao nível de combustíveis e emissões, bem como reforçar a taxa de reutilização de paletes e caixas. Adicionalmente, conduziu à criação de 18 novos postos de trabalho.

AUTOSSUFICIÊNCIA

TOUCHLESS

Todos os anos, as unidades de retalho da Sonae recebem mais de 3 milhões de faturas de fornecedores, que necessitam de ser devidamente tratadas. Para aumentar a eficiência no processo, e depois de ter fomentado a adesão à fatura eletrónica, a empresa implementou um sistema de automação para o arquivamento das faturas, transformando o processo de paper less em touchless. Este projeto permitiu reduzir o tempo e custo de tratamento da informação, aumentou a eficiência e o controlo ao disponibilizar informação para os negócios ainda mais rapidamente, facilitou o processo de pagamento e melhorou a relação com os fornecedores. Hoje, na compra de bens pelas áreas de retalho da Sonae, 98% das situações já tem por base a fatura eletrónica e em 88% dos casos já não existe sequer manuseamento da fatura. Além das poupanças financeiras e de ganhos de eficiência, a nível ambiental, o projeto oferece poupanças anuais 2.700 árvores, 10 milhões de litros de água e 59 toneladas de CO2, fruto da redução do consumo de 97 toneladas de papel. - 27 STORE 2016 -

O centro comercial Plaza Sul, localizado em São Paulo, Brasil, estabeleceu como objetivo alcançar a autossuficiência em recursos hídricos, reduzindo os seus impactos ambientais e tornando-se independente do abastecimento público. Para alcançar esse objetivo, foi introduzida uma estação de tratamento e reutilização de águas, reforçada a capacidade de armazenamento de água e efetuado um novo furo, entre outras iniciativas. Fruto deste trabalho de gestão integrada dos recursos hídricos, 50% da água é agora reutilizada, o consumo de água potável diminuiu 36% e a poupança em custos de água ascendeu a 25%, tendo sido alcançado o objetivo pretendido. Resultados que mereceram uma menção honrosa no prémio de sustentabilidade das empresas Sonae.


negócio

Papelaria conquista espaço no negócio de produtos editoriais O segmento de papelaria responde já por 5% do negócio de produtos editoriais da FNAC em Portugal. A adesão dos clientes tem sido crescente, com estes produtos a assumirem o estatuto de um plus no cabaz de compra. O objetivo é evoluir para proporcionar uma experiência completa a quem visita as lojas.

A decisão de investir no segmento de papelaria foi tomada a nível global pela FNAC, mas “fez todo o sentido” ser introduzida na estratégia da insígnia para Portugal. Quem o afirma é Lúcia Felizardo, gestora comercial desta área de negócio. No fundo, trata-se de uma evolução da oferta da FNAC, que, desde o início, trabalhou a valência de stationary. Produtos como agendas, cadernos, blocos, marcadores sempre estiveram presentes nas lojas, mas associados à livraria. E sempre foram – adianta a mesma responsável – uma área de negócio com bastante procura e interesse dos clientes. Daí que alargar a outras categorias de produtos, canetas e outros acessórios de papelaria, tenha acontecido como um desenvolvimento natural. Esta é uma proposta que se diferencia da do retalho especializado e até da das grandes superfícies pois, sublinha Lúcia Felizardo, vai ao encontro do cliente FNAC, distanciando-se da oferta massificada de material de escritório: - 28 STORE 2016 -

“A seleção é pensada para os apaixonados por livros, pelo papel e pelas artes, que aqui encontram os artigos de utilidade para o dia-a-dia, mas também um presente especial, uma caneta trendy ou artigos para desenvolver e explorar a sua criatividade. Tentamos abranger várias linhas dentro do sector, mantendo sempre os padrões de qualidade e atualidade que definem a FNAC”. O conceito subjacente é, por isso mesmo, uma “oferta para oferecer e oferecer-se”. “Neste sentido procuramos artigos tendência que marcam um estilo de vida, pelo design, pelos padrões, texturas e materiais. Procuramos também cada vez mais oferecer produtos exclusivos e interessa-nos apoiar e divulgar criadores e ilustradores nacionais”, sublinha a gestora. Os consumidores têm acolhido favoravelmente esta estratégia. Diz Lúcia Felizardo que a adesão é crescente, seguindo a tendência de mercado. A compra acontece mais em loja, assumindo um carácter de espontaneidade.


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E que, nesta gama de produtos, tocar, cheiras, experimentar são essenciais e o impulso determinante na hora de decidir a compra. Mas o negócio online está também com “crescimentos muito interessantes”. Interessante é também o termo escolhido quando se trata de avaliar os resultados de negócio: sendo um produto de impulso, beneficia do tráfego de todas as outras áreas de negócio e é um plus no cabaz médio dos clientes. De tal forma que a papelaria já pesa 5% no volume de negócio dos produtos editoriais da FNAC. Presente em todas as lojas, ainda que as dimensões da seção e a sua localização variem, adaptando-se à especificidade do cliente local, o segmento de papelaria é uma aposta da insígnia, passando a estratégia por alargar a oferta, quer em termos de produtos, quer em serviço. Assim, a proposta de valor será enriquecida com iniciativas como ateliês temáticos e workshops.

Convite à criatividade nacional

A FNAC lançou recentemente uma linha exclusiva de cadernos, tendo convidado designers e ilustradores portugueses a trabalhar em conjunto com gráficas e empresas de encadernação nacional com vista à conceção de uma coleção totalmente made in Portugal. A insígnia inspirou-se no mote “Tudo começa com uma folha em branco” para desafiar à recriação do caderno como objeto de culto. Cada edição, mensal, é limitada a - 29 STORE 2016 -

500 exemplares. O primeiro caderno resultou de uma parceria com a Alfamarama, o segundo envolveu criatividade da designer Maria João Arnaut e produção das Papelarias Emílio Braga e o terceiro contou com a colaboração dos Cadernos Serrote. A designer Ana Seixas e o Alfaiate do Livro juntaram-se para criar o quarto caderno. André Letria e Yara Kono são os criadores mais recentes deste projeto.


EMPRESA

Clientes empresariais tinham necessidade de uma one-stop-shop Continente Negócios é a mais recente aposta da Sonae MC dirigida ao segmento empresarial. Apresentada como inovadora, por proporcionar às empresas a centralização das compras num único parceiro, assenta numa plataforma digital e no conceito de one-stop-shop. “Tínhamos as condições essenciais para ser muito competitivos neste segmento de negócio”. É assim que o diretor de Comércio Internacional da Sonae MC, João Cília, justifica a criação do Continente Negócios, a mais recente aposta do grupo dirigida a clientes empresariais E que condições são essas? A existência da gama de produtos necessária para desenvolver o conceito de one-stop-shop, a garantia de preços “muito competitivos” e “a confiança da marca Continente”. “Depois de cumpridas estas premissas, começámos por desenvolver uma proposta de valor atrativa para este segmento de negócio, baseada numa largura de gama incomparável, a preços muito competitivos. Para além disso, trabalhámos

em todos os processos de back-office, incluindo logística e sistemas, de forma a garantir um serviço de topo aos nossos clientes”, precisa João Cília. Subjacente a esta aposta está, naturalmente, a identificação de uma necessidade de mercado, neste caso, a necessidade de as empresas terem um único parceiro para comprar todo o material

“Percebemos que muitas empresas têm dificuldade em gerir diferentes fornecedores e obter um preço competitivo para tudo o que são os seus consumíveis” - 30 STORE 2016 -

de suporte ao negócio: “Detetámos esta oportunidade no contacto com os nossos fornecedores e outras empresas parceiras. Percebemos que muitas empresas têm dificuldade em gerir diferentes fornecedores e obter um preço competitivo para tudo o que são os seus consumíveis, nomeadamente, todo o material de escritório, seja ao nível do economato, tecnologia, mobiliário, limpeza e produtos alimentares”. Com esta abordagem, o Continente propõe-se reforçar um segmento de negócio que – afirma João Cília – tem já algum peso, na medida em que algumas empresas asseguram as suas necessidades nas lojas físicas e online da insígnia. Contudo, no cômputo do mercado, a quota é “ainda reduzida”.


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digital

O conceito de one-stop-shop “não é facilmente replicável, pois está assente no alargado portefólio de negócios da Sonae, que cobre insígnias especializadas como, por exemplo, o Continente em alimentação, mobiliário e limpeza, a Worten em tecnologia e a Well’s na saúde”

INVESTIMENTO “O investimento em back-office foi muito relevante, mesmo para a dimensão da Sonae MC. Sabendo que o serviço é um fator chave para este segmento, desenvolvemos um novo sistema para gestão e processamento das encomendas. Para além disso, revimos os nossos processos de logística para se adaptarem ao cliente empresarial. Neste momento, temos um armazém e um serviço de transporte inteiramente dedicado aos clientes empresariais, tendo a possibilidade de trabalhar produtos à unidade”. Isto num mercado avaliado em mil milhões de euros, considerando apenas as categorias englobadas na oferta do Continente Negócios, ou seja, papel e economato, mobiliário de escritório, tecnologia, alimentação, saúde e limpeza. Na Sonae MC acredita-se que a nova proposta de valor “permitirá conquistar uma quota de mercado relevante em todo o segmento de empresas”, sejam empresários em nome individual, micro ou grandes empresas. Na Sonae MC acredita-se igualmente que o Continente Negócios constitui uma “proposta de valor única”, que

permite às pequenas empresas beneficiar do conceito de one-stop-shop, encontrando na loja online ”todos os produtos que precisam, a preços competitivos e com inúmeras vantagens, como descontos por volume ou um serviço exclusivo, que permite entregas gratuitas e a possibilidade de novos métodos de pagamento, como a transferência bancária”. As médias e grandes empresas terão ainda acesso a um atendimento personalizado de “uma equipa totalmente dedicada às suas necessidades, preços fixos negociados caso a caso e uma conta corrente que facilita a gestão da sua tesouraria”. A oferta do Continente Negócios dirige-se, pois, a empresas de todas as dimensões, sendo o serviço adaptado às necessidades específicas do cliente. Para já com enfoque nas necessidades dos escritórios e lojas, mas com planos para abranger a hotelaria e a restauração tendo como ponto de partida a gama atual do Continente, quer no que respeita a produtos alimentares, quer de decoração e de utilitários de cozinha. Sempre tendo o preço como fator de competitividade: “É assim com o Continente e, naturalmente, o Continente Negócios segue a mesma linha. Sabemos que o preço é o fator chave para os clientes empresariais e, por isso, estamos convictos de que esta aposta será bem-sucedida”, afiança o - 31 STORE 2016 -

“Cada vez mais as empresas portuguesas apresentam um elevado nível de sofisticação. Aliás, com a necessidade de competir num mercado global, as empresas precisam essencialmente de se focar no core do seu negócio e minimizar a sua base de custos. Nesse sentido, a existência de uma plataforma online dedicada facilita o processo de compra das empresas e a existência de um gestor de conta dedicado permite ainda dar uma resposta mais rápida às suas necessidades. Com o Continente Negócios acreditamos que proporcionamos às empresas mais tempo para se dedicarem aquilo que é mais relevante: o seu negócio”.

A nova proposta de valor “permitirá conquistar uma quota de mercado relevante em todo o segmento de empresas”, sejam empresários em nome individual, micro ou grandes empresas

diretor de Comércio Internacional. E no que à competitividade respeita, João Cília não tem dúvidas de que o Continente Negócios se diferencia da oferta já existente para o segmento empresarial. Diz mesmo que o conceito de one-stop-shop “não é facilmente replicável, pois está assente no alargado portefólio de negócios da Sonae, que cobre insígnias especializadas como, por exemplo, o Continente em alimentação, mobiliário e limpeza, a Worten em tecnologia e a Well’s na saúde”. Soma a estas valências o facto de o Continente ser uma empresa portuguesa que “conhece bem as necessidades do tecido empresarial português”. “Sabemos qual é a melhor forma de servir estes clientes”, remata.


recursos humanos

Conciliação trabalho - família

motor de crecimento das empresas Bem-estar e satisfação profissional dos colaboradores. Estas são as principais premissas e, simultaneamente, consequências da adoção de políticas de conciliação trabalho - família nas insígnias de retalho e distribuição. É essa a visão do AKI, do El Corte Inglés e do Lidl.

A adoção de políticas de conciliação trabalho-família, por parte das empresas de retalho e distribuição, é encarada como uma ação favorável não só para os colaboradores que delas beneficiam, como também para as entidades empregadoras. Assim é em insígnias como o AKI, El Corte Inglés e Lidl porque, afiança a diretora de Recursos Humanos da primeira, Sandra Barranquinho, essas medidas contribuem para o “bem-estar dos colaboradores e o serviço que, graças a isso, é prestado ao cliente”. “Uma pessoa só pode dar o melhor de si se estiver ‘bem consigo própria’ nas dimensões pessoal e profissional”, acrescenta. Para Joana Ascenção Alves, responsável do departamento de pessoal do El Corte Inglés, as políticas de conciliação funcionam - 32 STORE 2016 -

como motor de desenvolvimento das empresas: “A prossecução destas políticas tende a refletir-se numa diminuição do absentismo, já que conduz ao bem-estar e satisfação profissional dos colaboradores, fatores decisivos para a produtividade”, comenta. Ainda que seja possível evidenciar vantagens, os horários extensos podem constituir um desafio à adoção daquelas práticas, encaradas, porém, como prioritárias na estratégia de recursos humanos, afirma Sandra Barranquinho. A própria produtividade dos negócios é influenciada, uma vez que, se os colaboradores estão “equilibrados e motivados”, o resultado será um “bom ambiente de trabalho e maior produtividade”, comenta fonte do departamento de comunicação do Lidl.


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Todavia, a responsável do departamento de pessoal do El Corte Inglés alerta que a questão das políticas de conciliação entre o trabalho e a família é “controversa” no âmbito legislativo, onde, diz, não existe equilíbrio. “A lei prevê a possibilidade de os trabalhadores solicitarem às empresas horários fixos e não flexíveis e a CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego), ao intervir neste processo, alheia-se completamente das necessidades específicas das empresas dando pareceres – homogéneos – favoráveis aos trabalhadores e vinculativos para a empresa”, explica Joana Ascenção Alves sem deixar de frisar que “não pode ser só exigido às empresas fazer as devidas reavaliações, ajustes e adaptações na organização laboral. É necessário um forte papel do Estado neste equilíbrio”.

Também o gabinete de comunicação do Lidl confirma a importância das políticas de conciliação trabalho-família na distribuição. Na insígnia, todos os funcionários são encarados como o principal património: “As empresas têm um papel importante em promover medidas que respondam adequadamente às necessidades e expectativas dos nossos colaboradores, sem perder competitividade e capacidade de inovação”. Acrescenta Joana Ascenção Alves que outra vantagem é a maior igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e, simultaneamente, o facto de potenciar um maior envolvimento entre os trabalhadores e a companhia. A nível concorrencial, comporta uma mais-valia no mercado de trabalho, por permitir às marcas da distribuição a atração e retenção dos melhores trabalhadores.

No AKI a estabilidade é estratégica

“Uma empresa que é estável no seu ‘coração’ – os colaboradores – será com certeza melhor na sua razão de ser: serviço ao cliente”. Palavras de Sandra Barranquinho, diretora de Recursos Humanos do AKI, departamento que tem precisamente entre os seus focos o estudo de medidas que possam contribuir para a

harmonia entre o trabalho e a família. Porém, comenta que, apesar de já estarem ativas algumas práticas, “ainda há muito a fazer” nesta área. Sobre a fatia do orçamento dirigido a estas medidas, afirma que não é possível quantificar com exatidão, dado que muitas delas “não têm um custo direto e efetivo”, mas estima que possa ser - 33 STORE 2016 -

avaliada em dezenas de milhares de euros. Destaca, entre essas medidas, os horários de trabalho nas lojas, sempre construídos com o feedback dos colaboradores e com três meses de antecedência, existindo espaço para adaptações. É igualmente privilegiada a proximidade dos colaboradores em termos de loja/casa: “Procuramos que tal seja uma realidade, sobretudo fora dos grandes centros urbanos onde acabamos por ter o maior número das nossas lojas”, sustenta Sandra Barranquinho. Para os profissionais que trabalham na sede do AKI existem outras políticas, tais como a parceria com uma creche próxima e adaptada aos horários “exigentes” do setor e um “cheque bebé” de 50 euros atribuído a cada colaborador que tem um novo filho. A diretora de Recursos Humanos ressalva ainda a ação do Clube da Proximidade, dirigido a todos os funcionários das lojas e sede, que consiste numa plataforma com parcerias, vantagens e descontos maioritariamente direcionados para o lazer em família.


recursos humanos

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O El Corte Inglés investe no diálogo

O foco da unidade de Recursos Humanos do El Corte Inglés tem sido a promoção do diálogo e instituição de um programa de apoio ao colaborador. A premissa é analisar as suas necessidades, em conjunto com o visado, e posteriormente adaptá-las às necessidades da empresa. Assim – e sendo o diálogo a base na definição e implementação de práticas de conciliação na insígnia – o principal investimento nesta área passa por ter recursos humanos disponíveis para

falar com os colaboradores e analisar caso a caso cada situação, procurando soluções cada vez mais criativas e construtivas na forma de organizar o trabalho e recorrer a um maior volume de contratação para substituir os tempos de trabalho quando os funcionários optam pelo part-time. Explica Joana Ascenção Alves, responsável de Recursos Humanos da insígnia, que a passagem para o horário reduzido é, atualmente, a principal medida de equilíbrio, a par da majoração no ven-

cimento ou mudanças de área “que possam implicar para os colaboradores uma maior facilidade na conciliação da vida profissional com a familiar”. “Nos últimos dois anos os pedidos de flexibilidade de horário têm aumentado significativamente”, destaca. São vários os trabalhadores abrangidos pelas políticas de conciliação do El Corte Inglés, tanto em Lisboa, como em Vila Nova de Gaia. Deste conjunto, há apenas um homem a beneficiar delas, “o que revela, em termos sociais, que ainda é sobre a mulher que recaem a maior parte das responsabilidades familiares”, argumenta Joana Ascenção Alves. Com o intuito de alargar o leque de opções aos trabalhadores, a equipa de Recursos Humanos do El Corte Inglés pretende desenvolver parcerias com instituições que possam ser úteis no apoio aos colaboradores, nomeadamente parcerias com creches situadas junto às instalações da empresa.

No Lidl, acredita-se que todos saem a ganhar No Lidl domina a premissa de que todos ganham com a adoção de políticas de conciliação trabalho-família: o colaborador sentir-se-á melhor e a companhia beneficiará por ter consigo um funcionário mais motivado. Os 3800 trabalhadores nacionais que vestem a camisola da insígnia alemã estão abrangidos, ainda que as medidas sejam ajustadas consoante as necessidades, antiguidade na empresa e requisitos de cada função. Atualmente é permitido a todos os trabalhadores gozar de licença de maternidade e paternidade, licença sabática que pode ir até aos três meses consoante os anos de trabalho na empresa, faltas para assistência a filhos e ainda a planificação de horários com antecedência, com o intuito de conciliá-los com a família, refere o gabinete de

comunicação, sem revelar o investimento total realizado nestas medidas. O Lidl aposta ainda no projeto de formação “Desafio Chefe de Loja”, que, a par de potenciar o desenvolvimento de todos os chefes de loja e possibilitar a sua progressão, aposta num modelo de gestão que irá contribuir para o equilíbrio entre o lado profissional e o lado familiar. A insígnia investe igualmente em iniciativas internas, tais como o Dia da Família e até convites aos colaboradores para participarem em eventos promovidos pela marca com a família. Sobre a adoção de novas medidas, fonte do departamento de comunicação explica que são realizados regularmente inquéritos de satisfação junto dos colaboradores para identificar necessidades. Uma das detetadas foi a vontade de melhorar a comunicação interna, pelo que o Lidl está a desenvolver um - 34 STORE 2016 -

“portal do colaborador”, em fase de roll-out, e planeia futuras iniciativas na área da saúde com o intuito de “fomentar o bem-estar na loja e em casa”.


www.storemagazine.pt Inovação

Raquel Santos | rs@briefing.pt

O empowerment das vendas e sistemas de fidelização O mercado procurava uma solução que permitisse criar campanhas promocionais, analisar o seu retorno e, simultaneamente, evoluir os sistemas de fidelização dos retalhistas. É nesta premissa que assenta o Loyty, software 100% português que pretende ser o “melhor amigo” dos CEO e marketeers das empresas de retalho, ambicionando ainda ser a marca nacional de referência no âmbito da fidelização.

Ser reconhecida como a marca de referência no mercado nacional de fidelização, criar campanhas promocionais, analisar o seu retorno e, simultaneamente, evoluir os sistemas dos retalhistas. Assim se apresenta a Loyty, uma spin-off da EISA (Estudo e Implementação de Sistemas Automáticos), empresa especializada no desenvolvimento e comercialização de soluções de gestão para pequenos, médios e grandes retalhistas, museus e administração pública. Criada em 2014 por Alfredo Costa Neto, o principal objetivo foi colmatar uma falha no mercado: a existência de uma ferramenta que gerisse campanhas promocionais em lojas, analisasse o retorno dessas mesmas campanhas e as tornasse mais eficazes, traçando o perfil de compra do cliente. - 35 STORE 2016 -

Assim nasceu um software de fidelização multicanal, também ele denominado Loyty, que permite interagir em tempo real com o cliente, em lojas físicas, de e-commerce e aplicações mobile, disponibilizando ao utilizador uma visão totalmente integrada do perfil de compra de cada consumidor. Com a análise desses dados, explica Alfredo Costa Neto, o retalhista poderá desenvolver campanhas personalizadas, oferecer benefícios direcionados e definir métricas de negócio, que apoiarão a monitorização e conduzirão ao empowerment da força de vendas. E, a par do perfil do consumidor, destaca como vantagens o aumento da satisfação do cliente, ao fornecer ao utilizador ferramentas que proporcionam um atendimento mais personalizado; o


inovação

o retalhista poderá desenvolver campanhas personalizadas, oferecer benefícios direcionados e definir métricas de negócio, que apoiarão a monitorização e conduzirão ao empowerment da força de vendas

impulso das vendas, por via de uma comunicação mais assertiva com os consumidores; a identificação dos clientes mais rentáveis com base no perfil de compras e do CLTV (Customer Life Time Value); e ainda a melhoria da análise de campanhas feitas, identificando o retorno do investimento e a taxa de conversão efetivas, isto é, saber, dentro do grupo de pessoas que receberam a mensagem da marca, qual o número de consumidores que efetivamente adquiriu o produto comunicado. De acordo com os dados apresentados por Alfredo Costa Neto, esta solução tecnológica, dependendo do mercado e do investimento feito pela insígnia, pode potenciar os lucros dos retalhistas, em média, em mais de 5%. Deste modo, o utilizador poderá optar por um de três planos de subscrição do Loyty. O Small direciona-se a pequenas empresas, com cerca de quatro

lojas ou 10 mil clientes fidelizados, que procuram um sistema estandardizado com cartão de cliente, através do qual possam comunicar ofertas direcionadas por email, SMS e no ponto de venda, tendo acesso a dashboards e relatórios de vendas e fidelização. O Medium direciona-se a empresas de média dimensão que têm até 15 pontos de venda ou 100 mil clientes fidelizados, e que procuram segmentar a base de dados dos clientes, gerir pedidos, criar eventos e conceber campanhas promocionais direcionadas e automatizadas. O Enterprise, por sua vez, direciona-se a empresas de maior dimensão com um número superior e crescente de clientes e/ou unidades, e que procuram desenvolvimento por medida e uma equipa da Loyty que os apoie na implementação e gestão parcial ou integral do processo. No fundo, “o Loyty quer ser o parcei-

Seaside: um caso de sucesso Com mais de 25 anos de experiência no setor do calçado, a Seaside vende por ano, para sete países, 4 milhões de unidades, empregando 500 colaboradores e gerindo mais de 80 lojas, distribuídas por espaços de rua, centros comerciais e megastores. Ao integrar o Loyty, a insígnia portuguesa de calçado tinha como principais objetivos aumentar o número de clientes, a proximidade, comunicação e interação com o consumidor, a frequência de visitas às lojas e o valor médio de compra por clientes. Metas que foram atingidas em três meses, segundo os dados disponibilizados pela Loyty. Com

o software de fidelização, a Seaside conseguiu mais 110 mil cartões, todas as lojas são aderentes do cartão de cliente, foram realizadas cerca de

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300 mil interações digitais com eles, que por sua vez, conduziram a um aumento do valor médio de compras em 37%.


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O futuro do Loyty Mais parcerias estratégicas, novos clientes B2C (business to consumer) e B2B (business to business) e lançamento de um novo protótipo. Estas são as metas para 2016, delineadas pelo fundador e diretor da Loyty, Alfredo Costa Neto.

O objetivo é analisar o comportamento do cliente nas lojas físicas e em tempo real

ro estratégico que apoia os clientes a crescer, crescendo com eles, garantir a eficácia do serviço, criando parcerias-chave com empresas já estabelecidas na área de softwares de gestão e comunicações, e ainda criar uma rede de afiliação com empresas de consultoria e agências de comunicação de norte a sul do país, potenciando os pontos de entrada de novos clientes”, afirma o fundador acerca da estratégia de negócio adotada pela empresa. Prova des-

Store | Que metas esperam atingir em 2016? Alfredo Costa Neto | Em 2016 temos como objetivos continuar a apoiar os nossos clientes a crescer, seja a nível de rentabilização do projeto de fidelização seja na abertura de novas lojas físicas. Em termos de expansão de mercado, pretendemos angariar novos clientes no mercado B2C e B2B, bem como garantir a criação de parcerias estratégicas de negócio, com várias empresas de consultoria e de funcionalidades. Encontramo-nos, neste momento, a testar um novo comunicação nacionais. protótipo: uma extensão do Loyty Store | E quanto à internacionaliza- que se pretende lançar no primeiro semestre de 2016 e que assenta em ção? Está nos planos da empresa? ACN | A Loyty tem como objetivo a princípios de instore conversion. O curto-prazo aumentar o número de objetivo é analisar o comportamenclientes nacionais que tenham na to do cliente nas lojas físicas e em sua estratégia a componente de in- tempo real, captando o número de ternacionalização, e numa segunda entradas e não entradas nas lojas (de fase, trabalhar continuamente para pessoas que passam perto da porta), desenvolver um processo de interna- mapeando as suas posições e deslocações dentro da loja e calculando a cionalização mais estratégico. taxa de conversão efetiva, ou seja, enStore | Pondera acrescentar novas tre os clientes que entraram quantos compraram. Para isto, o cliente terá funcionalidades ao Loyty? ACN | O sucesso do Loyty depen- de ser portador de um smartphone derá dessa mesma capacidade de com acesso à internet e as lojas deadaptação às evoluções do merca- verão ter dispositivos próprios que do tecnológico e criação de novas interagem com os mesmos.

sa vontade em ser o parceiro estratégico número 1 é a adaptação do Loyty à rápida evolução tecnológica com a possibilidade de fidelizar clientes no smartphone. “Vivemos numa era em que o ‘cliente-mobile’ pesquisa informação de produto desde que entra na loja, compara preços entre os diferentes retalhistas, fotografa os produtos e ‘leva-os consigo’ para os partilhar mais tarde, com os amigos (muitas vezes até com referência à marca, em redes so- 37 STORE 2016 -

ciais)”, justifica Alfredo Costa Neto. Em 2015, a Loyty fechou negócio com várias insígnias do mercado nacional, como a Opticalia, que selecionou a empresa natural da Parede (Cascais) para implementar o cartão de fidelização, e apoiou alguns clientes na expansão do negócio em mercados internacionais, nomeadamente os projetos de cartão cliente da Mo e Zippy, em Moçambique, e do Espaço Casa, em Espanha.


tecnologia

Drones o futuro do retalho? DHL, Amazon e Walmart são insígnias que começam já a testar drones para entrega de encomendas. E ainda que se verifiquem vantagens como a rapidez e comodidade, colocam-se questões de segurança e até de invasão de privacidade que dividem opiniões sobre a inclusão ou não destes veículos nos processos de distribuição e logística. A introdução dos drones no mundo do retalho e distribuição está a tornar-se uma realidade, devido à intervenção de empresas como a DHL, a Amazon e o Walmart. Entre as principais vantagens, estão a rapidez no transporte de pequenos objetos – a Amazon compromete-se a entregas até 2,3 quilos em menos de meia hora após a realização da encomenda – e a comodidade para o clien-

te, que poderá receber as compras em casa ou outro ponto de recolha à escolha. No planeamento e construção de novas lojas, os retalhistas poderiam utilizar drones para selecionar terrenos, planear o design dos edifícios, analisar os padrões de tráfego, obter mapas mais precisos e monitorizar todos os aspetos de desenvolvimento da obra. O fundador, presidente e consultor - 38 STORE 2016 -

de Prevenção de Perdas da Retail Partners, Joe LaRocca, defende que os departamentos de segurança das cadeias de retalho beneficiariam do uso de drones para vigilância de parques de estacionamento e do interior das unidades de retalho, transmitindo vídeos em tempo real para um centro de controlo. Outra opção seria a análise de comportamentos dos clientes em espaço de loja. Po-


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Distribuição de medicamentos na Alemanha

rém, esta última levantaria questões de invasão de privacidade e poderá até dificultar a aceitação dos aparelhos por parte dos consumidores. Foi com a missão de analisar a capacidade dos consumidores para aceitar a utilização de drones que a norte-americana Walker Sands Communications elaborou o relatório “Future of Retail Study 2015”. Quando questionados sobre quando pensariam fazer a primeira encomenda entregue por um drone, 34% espera fazê-lo daqui a 5 ou mais anos, 30% afirma que o fará nos próximos 5 anos, 22% nos próximos 2 anos e 14% estima que será no próximo ano. Sobre o pagamento de uma taxa extra para este tipo de entregas, 32% estaria disposto a pagar mais de 20 dólares, 29% pagaria até 5 dólares, 23% não pagaria um custo acrescido, 14% pagaria entre 11 e 20 dólares e 2% ofereceria entre 6 e dólares a mais. Por fim, quanto ao tipo de produto, livros (74%), roupas (73%) e itens para

Em 2013, a DHL lançou o primeiro projeto de entregas via drones na Europa: o Parcel, pensado para colmatar as necessidades de envio de medicamentos, entre a Alemanha e a ilha de Juist, quando estão indisponíveis alternativas como ferries e aviões. Para assegurar a segurança dos medicamentos, foi criada uma caixa leve, resistente à água e condições atmosféricas adversas, transportada por um aparelho que batizaram de parcelcopter. Uma vez aterrado na ilha de Juist, um colaborador da DHL recolhe os medicamentos e distribuí-os. O drone percorre diariamente 12 quilómetros. Os voos são completamente auto- 39 STORE 2016 -

matizados, ou seja, não é necessária a intervenção de um piloto em qualquer fase, nem mesmo na descolagem e aterragem. No entanto, por razões de segurança exigidas pelas autoridades responsáveis, o voo é monitorizado por uma estação em Norddeich, de modo a que o controlo manual possa ser ativado em tempo real, caso seja detetada uma avaria ou situação de emergência. A estação em terra também mantém o contacto constante com os controladores de tráfego aéreo. A uma altitude de 50 metros, o parcelcopter pode voar a 18 metros por segundo, dependendo da velocidade do vento.


STORE tecnologia

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Entregar encomendas em menos de 30 minutos

O Amazon Prime Air é um serviço que utilizará drones para entregar encomendas com peso até 2,3 quilos – o que corresponde a 86% dos itens – meia hora após estas terem sido efetuadas. Os drones Prime Air voarão a menos de 121.92 metros, pesam menos de 24,9 quilos e possuem sensores que lhes permitem desviar dos obstáculos, bem como um elevado grau de automatização para que consigam operar em distâncias iguais ou superiores a 16 quilómetros. Os centros de desenvolvimento de drones da Amazon estão localizados nos Estados Unidos, Reino Uni-

do e Israel. Para os responsáveis, o espaço aéreo tornar-se-á mais seguro se os drones circularem num espaço aéreo que não interfira com o tráfego de aviões. Jeff Bezos, CEO da Amazon, destacou, numa entrevista ao programa “60 Minutes” da CBS, que o serviço só estará disponível daqui a cinco anos. E acrescenta que “um dia os veículos Prime Air serão tão comuns como os camiões de entregas que percorrem as estradas”. A frota Prime Air não será lançada até todas as operações de segurança estarem testadas e aprovadas, certificou o CEO da Amazon.

animais (54%) foram os mais referidos pelos inquiridos, mencionando-se ainda as ferramentas (45%), itens desportivos (44%), artigos para o lar (44%), eletrónica de consumo (32%) e bens de luxo (15%). A baixa percentagem de consumidores dispostos a receber bens de luxo via drone reflete um dos principais desafios apontados pelos especialistas na adoção destes veículos de transporte: a segurança. O consultor de segurança Chris McGoey, membro da norte-americana Retail Special Agents Association, salienta que os criminosos poderiam aceder aos drones para vigiar casas e lojas e posteriormente, assaltá-las. Ou, até mesmo, piratear o acesso para alterar as rotas pré-definidas no aparelho. E porque os drones podem ser interpretados por muitos consumidores como tecnologia de espionagem, Joe LaRocca defende que, tal como outras tecnologias, é requerida educação, consciencialização e tempo para integrá-los na esfera do retalho. Além da aceitação (ou habituação) por parte dos consumidores, as autoridades de controlo de tráfego aéreo de cada país constituem igualmente um obstáculo à normalização dos drones. Isto porque é necessário requerer autorizações para voar, bem como estabelecer protocolos com essas autoridades para estabelecer um espaço aéreo exclusivo para o voo de drones, que não interfira com o restante tráfego.

Uma parceria com o maior fabricante da China A insígnia norte-americana Walmart pediu permissão à Administração Federal de Aviação para testar drones, produzidos pela chinesa DJI, atualmente a maior fabricante de drones no continente asiático. A ideia é entregar as compras dos clientes em pontos de recolha por estes autorizados, como parques de estacionamento das lojas ou nas respetivas casas. A Walmart pretende ainda utilizar os drones para observar edifícios, - 40 STORE 2016 -

armazéns e centros de distribuição, bem como utilizá-los como câmaras de vigilância em lojas e parques de estacionamento. Dan Toporek, porta-voz da empresa, comentou que o uso de drones representa um esforço para tornar a cadeia de retalho mais eficiente: “Testa-se por uma razão: aprender, evoluir e perceber quais as aproximações mais atrativas para os consumidores e eficientes para o negócio”.


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Uma temporada para despertar os sentidos Há mais de uma década que o Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa se dedica a inventar razões para espreitar o mundo e argumentos para partilhar cada pedaço de conhecimento nele contido. É assim que Susana Santos, diretora de Relações Externas da insígnia, introduz as propostas para a primeira temporada de 2016. Propostas que visam, como nas demais temporadas, despertar os sentidos e as emoções – “Ouvir a música, ver a arte, perceber o que nos rodeia e cultivar este interesse como um ato de amor”.

o âmbito em números 18.238

pessoas assistiram aos cursos e conferências

Este livro que escrevi Nesta primeira temporada de 2016, o Âmbito Cultural quis ir para além das sessões de lançamento de livros, desafiando autores a apresentarem as suas próprias obras, partilhando com o público a sua criação e inspiração e até o que mudariam ou mudaram depois da primeira edição. Não será necessariamente o último livro escrito, mas sim o livro da sua eleição. Assim, Clara Ferreira Alves vai falar sobre “Pai nosso”, Gonça-

lo Cadilhe sobre “O Mundo é fácil” e José Manuel Saraiva sobre “Rosa Brava”, enquanto Mário Zambujal revisitará “Crónica dos bons malandros” e Carlos Querido regressará a “Príncipe Perfeito”. Francisco José Viegas viajará até “Longe de Manaus”, José Navarro de Andrade evocará “Derradeiro suspiro fatal” e Rita Ferro mergulhará não num, mas em dois títulos – “Veneza pode esperar” e “Só se morre uma vez”.

Temas inesgotáveis No que toca às conferências, desdobram-se em dois grandes temas. O primeiro “Pensar Portugal”, com o contributo de Tiago Moreira de Sá, que abordará a “Política externa portuguesa”, tema sobre o qual escreveu, e de José Santana Pereira, autor de “Política e Entretenimento”. Mas também de José Milhazes, que partilhará a sua visão sobre “Rússia e Europa: uma parte do todo”, e de Henrique Raposo, que dará a conhecer o “Alentejo Prometido”. O outro grande tema é protagonizado pela médica e especialista em psiquiatria de infância e adolescência Margarida Crujo, à volta de questões como as perturbações depressivas das crianças, os medos, fobias e outras perturbações da ansiedade.

52

concertos

1.323

lançamentos de livros e discos

102.231

169

cursos e oficinas

1.045

escritores e investigadores convidados

219

conferências

participantes nas ações de âmbito cultural

Vontade de saber Os cursos voltam a ocupar lugar de destaque na temporada cultural do El Corte Inglés. A oferta temática é variada, propondo, nomeadamente, uma incursão pela história do cinema com o realizador António-Pedro Vasconcelos, uma aprendizagem de escrita criativa com o autor e jornalista José Couto Nogueira, uma viagem à história do pensamento com o professor José Carlos Pereira ou à história da Europa com o historiador Lourenço Pereira Coutinho. O comunicador Joaquim Letria dá a conhecer figuras ímpares de - 41 STORE 2016 -

um tempo singular, o olisipógrafo José Sarmento de Matos convida a visitar a história de Lisboa e o antropólogo José Manuel Anes propõe um percurso pelas ideias religiosas. A história da ciência em Portugal é desvendada pelo físico Carlos Fiolhais e a história da alimentação pelas professoras Inês de Ornellas e Castro e Isabel Drummond Braga. Há ainda espaço para a egiptologia, com o especialista Luís Manuel de Araújo, para a etiqueta social com Paula Bobone e para a poesia portuguesa com o bibliófilo Isaque Ferreira, entre uma mão cheia de cursos.


estante

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TENDÊNCIAS destaques PENSAR COMO BILL GATES Daniel Smith

A SORTE NÃO ACONTECE POR ACASO

Este livro reúne a filosofia de vida e a excelência profissional de um dos maiores génios das tecnologias da informação, Bill Gates. O autor dá a conhecer o percurso do empreendedor que fundou a Microsoft e mudou a forma como o mundo vê a informática. O objetivo é estimular os leitores a descobrirem a sua verdadeira vocação. Editora: Vogais

Nuno Fontes

Quer mesmo fazer acontecer a “sorte” de que precisa para alcançar o sucesso que ambiciona? Ou está confortável, à espera de que ela apareça por magia na sua vida? A partir desta dicotomia, esta obra propõe-se proporcionar a inspiração e energia necessárias para lutar pelo sucesso. Editora: Topbooks

14,99€

15,99€

TUDO PODE MUDAR – CAPITALISMO VS. CHINA Naomi Klein

Este livro vem confirmar algumas conclusões da 21.ª Cimeira do Clima, COP21, que decorreu em dezembro de 2015, em Paris. Os representantes de 195 países disseram “sim” a um novo tratado internacional, que envolverá todas as nações num esforço coletivo para tentar conter a subida da temperatura do planeta. Editora: Editorial Presença

A ARTE DO PENSAMENTO CRIATIVO

24,90€

Rod Junkins

O autor estudou os casos de pensadores criativos dos mundos da literatura, música, arquitetura, pintura, tecnologia e outros, através da História, para mostrar que é possível aprender com os seus exemplos e melhorar as nossas vidas pessoais e profissionais. Editora: Temas e Debates

CHOQUE CLIMÁTICO Gernot Wagner e Martin L. Weitzman

Se tivesse 10% de hipóteses de ter um acidente de automóvel fatal, não tomaria as precauções necessárias para que tal não acontecesse? Se as suas finanças tivessem 10% de hipóteses de sofrer uma perda severa, não reavaliaria as suas contas? Então, se sabemos que o mundo está a aquecer e que existem 10% de hipóteses de isso provocar uma catástrofe, por que motivo não são imediatamente alteradas as leis ambientais? Este é o ponto de partida de uma obra que visa fazer repensar uma das questões mais atuais. Editora: Bertrand Editora

18,80€

17,70€

EU SOU O MEU MAIOR PROJETO

Maria da Glória Ribeiro

A autora, especialista em gestão de carreiras, propõe-se ajudar os leitores a construir uma carreira de sucesso, a partir da identificação de algumas premissas, a saber: O que me motiva e distingue? Qual a estratégia a seguir e como tirar partido das minhas maiores forças e fraquezas? Qual a minha vantagem competitiva? E qual é, afinal, o objetivo da minha carreira? Editora: Manuscrito 13,90€

A MAIORIA DESERDADA Charles Derber

Esta obra é um contributo para o debate em torno de “O Capital no Século XXI”, de Thomas Piketty, a propósito de temas como as desigualdades, mas também sobre classe, capitalismo e justiça social. Inspirando-se nesta obra, o autor debate 14 “questões capitais”, com novas perspetivas sobre as políticas de castas e classes, a Grande Recessão, o declínio do Sonho Americano e o movimento Occupy Wall Street. Editora: Temas e Debates

18,80€ - 42 STORE 2016 -


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Jerónimo Martins e Sonae entre os 250 maiores retalhistas do mundo Os grupos Jerónimo Martins (JM) e Sonae voltaram a constar no ranking da consultora Deloitte que agrupa os 250 maiores retalhistas do mundo, ocupando, respetivamente, a 59.ª e a 157.ª posições. A JM sobe assim três lugares face à edição de 2015 do “2016 Global Powers of Retailing”. Em 2014, registou 16,856 mil milhões de dólares em receitas de retalho, 435 milhões em lucro líquido e um retorno de 12,2% entre 2009 e 2014. Já a Sonae, com insígnias em 17 países, desce duas posições relativamente ao ano passado. No total, obteve 6,315 mil milhões de dólares em receitas de retalho, 193 milhões em lucros e um retorno de 1,7% entre 2009 e 2014. O pódio dos maiores retalhistas do mundo é ocupado pelos grupos Walmart, Costco e Kroger. No top 10 constam ainda a Schwarz, Tesco, Carrefour, Aldi, Metro Group, Home Depot e Walgreen.

Movimento Mais para Todos angaria mais de um milhão de euros

OBRIGADO! 1.075.000,00€ Prémio de literatura infantil com 3.ª edição

O Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce vai distinguir, pelo 3.º ano consecutivo, o autor e o ilustrador de uma obra com 25 mil euros cada. O Pingo Doce pretende premiar obras originais, de autores ainda sem livros publicados, que fomentem nas crianças o gosto pela leitura. O texto e o trabalho de ilustração vencedores serão reunidos e publicados num livro que será lançado nas mais de 400 lojas da marca, em novembro. Lançado com o apoio técnico da Alêtheia Editores, este prémio procura incentivar a criatividade literária e artística e estimular a emergência de novos talentos nas áreas da literatura infantil e do design gráfico e ilustração. As candidaturas na categoria de texto estão abertas até 22 de abril.

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A iniciativa solidária do Lidl “Movimento Mais para Todos” recolheu 1,075 milhões de euros para financiar projetos de instituições particulares de solidariedade social, atingindo um “valor recorde”, anunciaram os promotores da campanha. A campanha de angariação de fundos, destinados ao financiamento de projetos de Instituições Particulares de Solidariedade Social, decorreu de 1 a 24 de dezembro nas 241 lojas Lidl do país, Por cada compra, a marca doou dez cêntimos, num total de 728 mil euros, aos quais se juntaram os donativos monetários das marcas parceiras. As marcas que participaram foram: Água de Luso, Bom Petisco, Carmim, Cigala, Coca-Cola, Colgate, Compal Essencial, Corine de Farme, Danone, Delta, Donuts, Evax, Fairy, Garnier, Lays, M&M´s, Milaneza, Nivea, Pantene, Pedigree, Pedras, Pepsi, Persil, Sensodyne, Sovena, Vanish e Yoggi.


ATUALIDADE

IKEA e Lidl sobem salário mínimo para 600 euros O Lidl, em dezembro, e a IKEA, em janeiro, aumentaram o salário mínimo dos seus trabalhadores para 600 euros brutos mensais, um valor superior ao mínimo nacional. “Os nossos recursos humanos são o nosso maior capital e queremos que saibam que podem contar com a empresa. Este ano celebramos 20 anos em Portugal, estamos a consolidar o nosso crescimento e o sucesso alcançado é fruto das nossas extraordinárias equipas. Contamos com elas para construir o futuro”, afirma, a propósito, o CEO do Lidl Portugal, Afroditi Pampa. “Para nós, na IKEA, o desenvolvimento do negócio só faz sentido a par do desenvolvimento das nossas pessoas. Os resultados que temos vindo a conquistar não são apenas consequência do conceito IKEA e da fantástica aceitação dos portugueses ao modelo de negócio da nossa empresa. São, acima de tudo, fruto do excelente trabalho dos nossos 1.500 colaboradores”, diz, por sua vez, o retail manager da IKEA Portugal, Christiane Thomas.

Inovação da Sonae Indústria vence Chairman’s Award O Chairman’s Award, prémio que reconhece uma inovação entre as centenas de projetos desenvolvidos nas empresas Sonae, foi entregue ao sistema de melhoria de densidade de painéis de madeira, desenvolvido na Sonae Indústria. O software de definição de preços da Worten e o novo sistema de transporte de gelo da Sonae MC foram distinguidos com menções honrosas, no âmbito desta iniciativa promovida pelo Fórum de Inovação das Empresas Sonae. Os projetos finalistas, selecionados entre dezenas de candidaturas, “traduzem a aposta na inovação pelas empresas Sonae, que investiram cerca de 100 milhões de euros em investigação, desenvolvimento e inovação durante o último exercício”, afirma o grupo em comunicado.

Leroy Merlin distinguida por excelência no trabalho A Leroy Merlin foi distinguida com o primeiro lugar do Prémio Excelência no Trabalho 2015, na categoria de grandes empresas com mais de 1.000 colaboradores, no âmbito de um estudo levado a cabo pela Heidrick Struggles, em parceria com a Human Resources Portugal e o INDEG-IUL. Este prémio resulta de um estudo de clima organizacional e desenvolvimento do capital humano, mediante análise do “estado da arte” das práticas de recursos humanos em Portugal, e distingue as entidades que mais investem e apostam na área. - 44 STORE 2016 -

Em Portugal desde 2003, a Leroy Merlin atua com base nos três eixos fundamentais do seu ADN: a “partilha do ter, com uma política forte de distribuição dos resultados por todos os colaboradores e a possibilidade de investimento em ações ADEO; a partilha do poder, em que cada colaborador é responsável por uma área e deve geri-la com autonomia e responsabilidade; e a partilha do saber, que coloca a informação e a formação dos colaboradores num patamar privilegiado para lhes permitir que se desenvolvam pessoal e profissionalmente”.


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Pingo Doce inaugura 400.ª loja O Pingo Doce inaugurou, em janeiro, a 400.ª loja, em Sátão, no distrito de Viseu, criando cerca de 40 novos postos de trabalho. É a 14.ª em regime de gestão de terceiros, modelo adotado pela insígnia em 2013. Construída de raiz, com uma área de venda de 1.000 metros quadrados, a loja inclui uma zona de cafetaria e um parque de estacionamento com 104 lugares. Explica a empresa, em comunicado, que a nova loja visa reforçar a presença da marca na região norte do país, onde detém já mais de 150 espaços comerciais, “apostando em localizações de proximidade e conveniência”. A equipa desta loja recebeu mais de 1.300 horas de formação em áreas como procedimentos e operação de loja, segurança e higiene no trabalho, higiene e segurança alimentar, manipulação de produtos frescos e serviço ao cliente.

Auchan lança programa para jovens talentos Auchan Graduate Program é o novo programa de talentos da Auchan Retail International, que dá oportunidade a 35 jovens, colaboradores ou recém-licenciados, provenientes de nove países (Portugal, França, Espanha, Itália, Hungria, Polónia, Rússia, China e Taiwan), de integrar esta iniciativa internacional que visa a criação de futuros quadros dirigentes. Durante quatro anos, os candidatos beneficiam de um programa de formação detalhado, do acompanhamento de mentores, de uma experiência de seis meses no estrangeiro e de cargos de responsabilidade na empresa no seu país de origem.

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Goodis está em 10 países A Goodis, marca de acessórios para smartphones, tablets e computadores portáteis da Sonae, cujo processo de internacionalização começou no último ano, já está disponível em dez países, através de retalhistas e distribuidores locais. Além de Portugal e Espanha, onde disponibiliza os seus produtos nas lojas Worten, a Goodis está presente na Grécia, Marrocos, El Salvador, Israel, Índia, Timor-Leste, Roménia, Mongólia, Guatemala e, mais recentemente, na Amazon França. Em 2015, a Sonae SR, área de retalho especializado da Sonae que integra a marca Goodis, registou vendas de 1.294 milhões de euros, tendo a atividade internacional crescido 5,1 por cento, fruto dos novos formatos de loja, do desenvolvimento do omnicanal e da aposta na internacionalização das várias marcas e insígnias através de formatos capital light, nos quais se incluem as parcerias, o franchising e a exportação/wholesale.

Jumbo lança site de responsabilidade social

O Jumbo lançou uma plataforma digital especialmente focada em sustentabilidade e comércio responsável, aborda temáticas como a preservação do ambiente, incentivo à poupança, não desperdício, produção nacional e apoio às comunidades locais. Além disso, o site apresenta uma seleção semanal de produtos biológicos, ecológicos e de origem nacional, destaca os produtores de Portugal que respeitam as boas práticas ambientais para garantir a frescura dos alimentos, e partilha testemunhos de colaboradores Jumbo e figuras de relevo, com dicas práticas de sustentabilidade que os consumidores podem aplicar no dia-a-dia. De acordo com o Jumbo, através do website são igualmente conhecidas a estratégia e iniciativa da insígnia adotadas no âmbito da responsabilidade social.

Combate ao desperdício alimentar distingue Jerónimo Martins O grupo Jerónimo Martins foi distinguido internacionalmente pelo combate ao desperdício alimentar em Portugal com um “Ruban d’Honneur” na categoria de “Award for Environmental and Corporate Sustainability”, no âmbito dos European Business Awards 2015/2016. No âmbito do projeto “Combate ao Desperdício Alimentar em Todas as Frentes”, o grupo integrou vegetais não-normalizados, que eram anteriormente deixados nos campos, nos seus produtos processados. Foram incorporadas mais de 3.400 toneladas nos dois últimos anos, no âmbito da área de negócio de “meal solutions” do Pingo Doce. O grupo tem, ainda, uma “prática consistente” de doação, a instituições de solidariedade social em Portugal, de produtos alimentares que, encontrando-se perto do fim da validade ou que não possam ser comercializados, cumprem todos os critérios de segurança alimentar. Em 2014 e 2015, este apoio representou cerca de 17.500 toneladas de géneros alimentares equivalentes a um valor superior a 29 milhões de euros. - 46 STORE 2016 -


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