Não é você sou eu Ela bate o portão e abre a sombrinha Dois cães fuçam rango no meio-fio Rápido ela atravessa a rua molhada O ar da noite aos poucos se secando em blues automático uma nostalgia Carros passam derrapam buzinam Seu gosto ainda na boca se dissipa na velha fome sempre incompleta Ela parece feliz dobrando a esquina E os cães brigam por um hot-dog frio