Revista Brasil Mata Viva 06

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mata viva

Valorizando vidas, preservando o planeta

Ano I Edição 6 | Maio 2010



Editorial Maria Tereza Umbelino de Souza Coordenação Técnica

Firmando parcerias É com satisfação que o Movimento Brasil Mata Viva anuncia a criação do mais novo núcleo, Teles Pires Mata Viva. O projeto foi oficializado incluindo 13 novos municípios matogrossense: Sinop, Cláudia, Itaúba, Colíder, Nova Canaã do Norte, Terra Nova do Norte, Nova Guarita, Nova Santa Helena, Marcelândia, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã do Norte e Novo Mundo. Outra novidade é o lançamento dos registros dos primeiros créditos Brasil Mata Viva do núcleo Xingu Mata Viva. O lançamento, realizado na sede da Bolsa de Transações Ativos Ambientais do Brasil (BTAAB), foi feito no dia 19 de abril e contou com a participação presidente da Markit Ambiental, Hellen Robinson. A partir deste mês, esses registros oficiliazados pela Markit serão disponibilizados pela plataforma World Energy Solutions (WES) ao mercado de transações. O comércio foi possível graças à parceria firmada entre a WES, uma empresa líder em gestão de energia e a BTAAB. As duas

empresas passam agora a transacionar os créditos Brasil Mata Viva. Os registros serão apresentados na maior feira de carbono do mundo, a CarbonExpo que ocorre em Colônia, na Alemanha, no final do mês de maio, onde representantes da equipe Brasil Mata Viva e da BTAAB participarão do evento. Outra parceria que merece destaque é com a Vale. Na Estação Conhecimento, projeto social da Fundação, o Movimento Brasil Mata Viva tem trabalhado no interior do Pará a questão econômica e ambiental, superando a postura original do projeto de medidas protetivas e estabelecendo uma postura ativa, como sugere a Metodologia. Assim, a companhia, que sempre investiu em projetos sócio-econômicos, muda sua filosofia ao inserir a sustentabilidade em sua missão e posicionar-se como companhia que busca contribuir para o meio ambiente e, principalmente, o desenvolvimento sustentável. A todos uma boa leitura!


Capa

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Créditos Ambientais Brasil Mata Viva estão no mercado Lançado o registro dos primeiros créditos do Núcleo Xingu Mata Viva.

Brasil Mata Viva Rua C-135, Qd. 560, Lt. 09 Jardim América - Goiânia - Goiás - Brasil +55 62 3087 9239 www.brasilmataviva.com.br

Produção ASCOPLAN ASSESSORIA E CONSULTORIA LTDA Coordenação Técnica Maria Tereza Umbelino de Souza

Goiás

Governo promove desenvolvimento sustentável

Coordenação Comercial Carlos Ayrton Alla Coordenação de Campo Benedito Umbelino de S. Neto

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Araguaia

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Fauna será monitorada

Jornalista responsável Polliana Ribeiro - 2017/GO Diagramação e tratamento de fotos Central de Idéias comunicação Projeto Gráfico Eudison Rubstany

Parceria

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World Energy e BTAAB fecham acordo

Expediente

Pré Impressão Digicor Fotolitos Impressão Grafopel gráfica e editora fone: (62) 3265-6600 Tiragem 5 mil exemplares

Carbon Expo

38 2010

Brasil Mata Viva participa de Feira na Alemanha

Periodicidade Mensal As opiniões emitidas nas entrevistas e artigos são de inteira responsabilidade de seus autores

Feira

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Parecis SuperAgro supera expectativas

índice 13 16 21

Artigo

29 31

Certificação

33 40

Audiência

42 45 47

Artigo

Veredas do Oeste Baiano

Artigo

A mamona produtora de óleo para biodiesel

Artigo

Integração Lavoura Pecuária Floresta

Parceria garante reconhecimento internacional

Reflorestamento

100 mil árvores são plantadas na ETE Goiânia

Oficializado Núcleo Teles Pires Mata Viva

Plano Safra 2010/2011 Produtores terão juros mais baixos

Cana queimada e o meio ambiente

Queimadas

Operação Cerrado Vivo 2010

XVII FICA

Araguaia entra em debate no Festival


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Governo

Diversas ações e projetos mostram a atuação do Governo de Goiás que promovem o desenvolvimento sustentável. No propósito de gerar o progresso sem comprometer o meio ambiente o Estado investe em programas ambientais que levam em consideração vocações territoriais, culturais e regionais

de Goiás

promove o desenvolvimento sustentável

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arantir o desenvolvimento sem comprometer o meio ambiente. Promover em Goiás a prática do desenvolvimento sustentável. Esta é a ideia que permeia as ações do Governo de Goiás no setor. Projetos, financiamentos e resultados são prova de que, enfim, o Estado adotou o caminho de orientação internacional de crescer preservando os recursos naturais para as gerações futuras. Para promover a sustentabilidade do desenvolvimento, o Governo de Goiás promove ações que levam em consideração vocações territo-

Os parques aquícolas de Serra da Mesa e de Cana Brava vão elevar em um terço a produção nacional de pescado, atingindo 96 mil toneladas de pescado por ano.

riais. Além de gerar novos instrumentos, programas já existentes, como o Quelônios do Araguaia e a Operação Piracema, receberam investimentos e incentivos e os resultados já podem ser sentidos. Para garantir o uso sustentável do bioma Cerrado, foi encabeçada por Goiás e aprovada, a Rede Pró Centro-Oeste para o Cerrado e o Pantanal. O governo federal investiu R$ 150 milhões com contrapartida de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. Desta forma a região parte para a criação da estrutura com investimentos em recursos humanos para garantir a

sustentabilidade no uso do Cerrado. Outra iniciativa que caminha no mesmo sentido é a proposta de criação de uma lei estadual para uso da água. Um encontro que reuniu representantes da Secretaria de Agricultura, Federação da Agricultura e da Superintendência Federal de Aquicultura e Pesca no mês de maio, elaborou uma minuta com a proposta. Este é o ponto de partida para criação da lei estadual para o uso das águas no domínio goiano e do Código de Aquicultura e Pesca. Parques aquícolas O governo goiano e o ministro


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Para garantir o uso sustentável do bioma Cerrado foi encabeçada por Goiás e aprovada, a Rede Pró CentroOeste para o Cerrado e o Pantanal.

Garantir a preservação das espécies e a pesca esportiva. Estes são os principais objetivos da Operação Piracema realizada pelo Governo todos os anos.

cultura. Cerca de 20 tanques serão instalados para facilitar o trabalho e ração distribuída aos produtores. da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolim, assinaram em Colinas do Sul, no dia 24 de fevereiro, uma ordem de serviço para a demarcação dos parques aquícolas de Serra da Mesa e Cana Brava, na bacia do Tocantins. Em seguida foi inaugurada a quarta unidade demonstrativa do Projeto Tanque Rede, situada na fazenda Santa Cruz, no lago Serra da Mesa. Os parques aquícolas de Serra da Mesa e de Cana Brava poderão elevar em um terço a produção nacional de pescado, devendo atingir cerca de 96 mil toneladas de pescado por ano. Mais de duas mil famílias vão ser diretamente beneficiadas pela atividade em Goiás. A nova unidade do Projeto Tanque Rede, na Fazenda Santa Cruz, tem 20 tanques rede e vai capacitar inicialmente 40 famílias para a produção de tilápia, bem como para as etapas de processamento e comercialização do pescado. Em um primeiro momento, a região deve produzir 80 mil toneladas de peixe por ano. A cessão dos lotes demarcados pelo Governo Federal no lago deve durar por 20 anos. A assistência técnica ficou a cargo dos técnicos da Secretaria da Agri-

Produção de alevinos No final do ano passado o Ibama aprovou e a Secretaria do Planejamento disponibilizou R$ 1,4 milhão para o projeto Isca Viva da Secretaria da Agricultura. Ele será desenvolvido dentro do projeto de irrigação de Luiz Alves e vai produzir alevinos (filhotes de peixes) típicos da Bacia do Araguaia. A produção de iscas vivas busca a preservação do estoque nativo ao dar suporte aos pescadores ribeirinhos locais. Parte desta produção também servirá pra o incentivo à implantação da piscicultura para engorda. Desta forma os canais de Luiz Alves passam a ter a dupla função de irrigação e produção de peixes aliada à conservação das espécies locais. A produção de alevinos terá início em setembro. A expectativa inicial é de produção de 500 toneladas de peixes na engorda e 1,5 milhão alevinos para a pesca esportiva e para a piscicultura. Projeto quelônios O projeto Quelônios tem 22 anos e neste período já devolveu para as águas do rio Araguaia cerca de 5 milhões de filhotes. No início fo-

ram visualizadas apenas 517 covas. Atualmente, apenas na região do Fuzil, são cerca de 5 mil covas. Ele surgiu de orientação do Ibama com vistas à proteção da tartaruga amazônica. Goiás é o único Estado da federação em que o projeto é desenvolvido pelo próprio governo. O projeto em Goiás conta com a participação de biólogos, estagiários de biologia e fiscais da Secretaria do Meio Ambiente. Durante a execução do projeto, a equipe da Secretaria faz a limpeza e o isolamento da área destinada para desova das tartarugas. O trânsito e o acampamento nas regiões ficam impedidos. Quando começa a postura dos ovos, os técnicos marcam as covas e acompanham a evolução do projeto. Ao final de 60 dias, estas marcações são retiradas e são conferidos quais ovos são viáveis. Operação piracema Garantir a preservação das espécies e a pesca esportiva. Estes são os principais objetivos da Operação Piracema realizada pelo Governo todos os anos. Graças ao nível de conscientização dos turistas e à eficiência da fiscalização, os resultados do monitoramento feito pela Secretaria do Meio Ambiente, nos rios goianos durante a piracema, foram considerados satisfatórios e

dentro da normalidade. A piracema é a época do ano em que os peixes se reproduzem. Durante a operação participam do trabalho de fiscalização equipes da Secretaria do Meio Ambiente, Batalhão Ambiental e do Ibama. No período da piracema fica proibida a pesca embarcada e só é permitida a pesca em barranco. È liberada a pesca de subsistência praticada por ribeirinhos e a pesca científica devidamente licenciada. Agroecologia Reduzir as emissões de gases do efeito estufa, recuperar pastagens degradadas e adotar a tecnologia Integração Lavoura, Pecuária e Floresta - ILPF. Essas são metas que o Ministério da Agricultura pretende levar adiante, com objetivo de garantir a produção, estimular a geração de renda, além de desenvolver

Durante a operação participam do trabalho de fiscalização equipes da Secretaria do Meio Ambiente, Batalhão Ambiental e do Ibama.

plantas resistentes às mudanças climáticas. Projeto experimental desenvolvido em Goiás vai ser modelo nacional. A Fazenda Santa Brígida, em Ipameri, é o projeto goiano que servirá de modelo a iniciativas simila-

res, a serem implantadas em nível nacional. Com isso, Goiás passa a integrar a política nacional do Governo Federal no que diz respeito ao manejo sustentável e ambientalmente responsável.


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Veredas do

Oeste Baiano

Reserva a ser confirmada pelo ICMBIO

GRAFOPEL

E Uarian Ferreira É advogado e superintendente da AMABRASIL (Associação Nacional para Defesa da Cidadania, Meio Ambiente e Democracia )

m 2002 foi criada a Reserva de Vida Silvestre-Veredas do Oeste Baiano, colhendo terras dos municípios de Cocos e Jaborandi. Por Decreto Presidencial, a criação desta RVS somente foi possível em razão da existência de proprietários e produtores da localidade preocupados com a preservação do bioma da região. Proprietários cujas terras sempre foram produtivas, incentivados e atraídos por política e recursos do Governo Federal – que, à época, estimulava ocupação e a expansão agrícola nos rincões desocupados e desabitados do país – para cultivar na localidade. Desde a sua criação até o presente momento não houve regulamentação da RVS-Veredas do Oeste Baiano, seja por meio de Plano de Manejo, seja por ações desapropriatórias das áreas inclusas na Reserva. Assim, a RVS existe apenas no papel, mas não de forma concreta, efetiva e devidamente demarcada. Em 2007 foi criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia


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É a oitiva pública que permite à Administração conhecer os interesses em conflito e levar ao conhecimento popular as normas relacionadas à Unidade de Conservação.

federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade primordial de cuidar das Unidades de Conservação constituídas pela União. Apesar da inexistência de regulamentação da RVS, entre os dias 06 e 27 de abril de 2010 inúmeros produtores e proprietários do Oeste Baiano e Goiás sofreram autuações infligidas pelos agentes do ICMbio, cumulando-se multas, embargos de áreas e embargos de produção (apreensão da colheita da safra/2010). Embargos de áreas que há anos são cultivadas regularmente pelos autuados. As autuações e embargos foram fundamentados nos arts. 60 e 72 da Lei nº. 9.605 de 1998, nos arts. 53 e 93 do Decreto nº. 6.514 de 2008, e no art. 2º da Resolução do CONAMA nº. 013 de 1990. Além de flagrantemente expropriativa, ofensiva ao princípio da razoabilidade, saltou aos olhos a ofensa à moralidade pela qual deveriam ser revestidos tais atos, porquanto realizados no meio da safra agrícola de 2010, quando todos estão envolvidos no trabalho da colheita. Atos desta natureza, com apreensão do produto em colheita, têm um efeito devastador no emocional

do cidadão produtor, na perspectiva do negócio, da propriedade, da sobrevivência familiar, do conjunto econômico e de serviços da comunidade local Enfim, insegurança total. A ação da autarquia, nesta hora e nesta oportunidade, quando o cidadão colhe o produto de um ano inteiro de trabalho, constitui ato de terror e o que é pior, ocultado no aparelho administrativo do Estado. Tudo o que a memória e a história pessoal de Chico Mendes repudiavam e condenavam: o uso da máquina estatal para reprimir e aterrorizar o cidadão. Ações “fiscalizadoras” e atos assim praticados atentam contra o Estado Democrático, contra os objetivos e os fundamentos da República (arts. 2º, II, II e IV; 3º, I, II e IV; 5º, II, XXII; e 170, II, III, IV, VI da CRFB/88). As autuações e os embargos de produtos e áreas de cultivos infligidos aos produtores pelo ICMBio no Alto do Jaborandi em razão da RVS são infundados, inapropriados, desarrazoados, ilegais e inconstitucionais, ofensivos a direitos líquidos e certos. Frise-se que no caso da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre do Oeste Baiano o devido processo legal de criação

não foi observado, posto não ter havido participação popular. A participação popular no procedimento de criação das unidades de conservação (arts. 5º e 22 da Lei nº. 9.985 de 2000) consiste em reuniões e consultas públicas, oitiva da população local e de outras partes interessadas, concretização do princípio democrático – o que significa exatamente o prestígio das bases, e não das cúpulas. É a oitiva pública que permite à Administração conhecer os interesses em conflito e levar ao conhecimento popular as normas relacionadas à Unidade de Conservação. O Decreto nº. 4.340 de 2002, que regulamenta a Lei nº. 9.985/00, ressalta a importância e o papel da consulta pública para a criação de uma Unidade de Conservação, tendo como finalidade principal subsidiar a definição da localização, da dimensão e dos limites mais adequados para a unidade. A obrigatoriedade de a Unidade possuir Plano de Manejo também está determinada nos referidos lei e decreto. O Plano de Manejo é documento técnico elaborado pelo órgão gestor da unidade, aprovado em portaria mediante o qual,

com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. E deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da criação da Unidade. A RVS-Veredas do Oeste Baiano não possui Plano de Manejo. Não houve consulta popular. O Decreto nº. 4.340/02, que regulamenta a Lei nº. 9.985/00, é taxativo quanto à importância e ao papel da consulta pública com a finalidade de subsidiar a definição da localização, da dimensão e dos limites mais adequados para a Unidade. É certo que o Poder Público pode decretar limitações administrativas provisórias ao exercício de atividades e empreendimentos efetiva ou potencialmente causadores de degradação ambiental para a realização de estudos com vistas à criação ou proteção de Unidade de Conservação, mas tudo deve ser feito dentro da legalidade,

em respeito aos princípios do Estado Democrático de Direito. Enganaram-se os agentes do ICMbio. Em audiência pública realizada na tarde do dia 18 de maio passado na Câmara de Vereadores de Jaborandi-BA para apresentação e adesão ao Programa Mata Viva, solicitada pela Associação dos Produtores do Alto Jaborandi, visível a concordância de todos (produtores, moradores, empresários, e comerciantes instalados no Alto e Baixo Jaborandi) com a existência da RVS. Visível, também, o descontentamento manifestado contra a ausência de oportunidade de participação e oitiva popular, ao menos, quanto ao Plano de Manejo, mormente quanto às regras que disciplinam ou limitam o uso das propriedades contidas na Unidade ou em sua Zona de Amortecimento. Todos querem a RVS, mas os excessos de agentes do ICMBio – com autuações de milhões de reais e apreensão de colheitas inteiras, aplicadas a quem há 12... 15... 18... 23 anos se encontra produzindo na região –

podem levar o Poder Judiciário a decidir até mesmo sobre a legalidade do Decreto Presidencial de criação da Reserva. Este é um risco que não convém. Se efetivamente é intenção do ICMBio confirmar a RVS – Veredas do Oeste Baiano no plano legal, deve agora, também, confirmá-la em audiência pública, dando a conhecer os limites efetivos da Reserva, a zona de amortecimento e o Plano de Manejo, tudo através de consulta e audição popular, com todas as oitivas. Não há dúvidas de que a Câmara de Vereadores de Jaboradi estará aberta e recepcionará e convocará a todos para que o ICMBio se apresente e a todos ouça, de forma democrática, cumprindo os dispositivos da Lei nº. 9.985/200 e de seu Decreto regulamentar nº. 4.340/02, na construção do Plano de Manejo da Unidade. Disso depende a sustentação do Decreto Presidencial da Reserva, editado no fiapo de poder da administração do Governo FHC, em 13 de dezembro de 2002.

Não há dúvidas de que a Câmara de Vereadores de Jaboradi estará aberta para que o ICMBio se apresente de forma democrática, cumprindo os dispositivos da Lei nº. 9.985/200 e de seu Decreto regulamentar nº. 4.340/02, na construção do Plano de Manejo da Unidade.


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A mamona produtora de óleo para biodiesel

Q

Martha Santana do Nascimento Engenheira Agrônoma Mestre em Sistemas de Produção Doutora em Agricultura e Produção Vegetal

uestões ambientais que vêm se desenhando no cenário mundial têm aberto espaço para novas oportunidades econômicas relacionadas a geração de energia, muito comentada nos dias de hoje como bioenergia. Essa nova denominação tem ganhado espaço nas abordagens e discussões sobre sustentabilidade e preservação do meio ambiente por ter como preceitos ser renovável e limpa. Surge neste cenário o Biodiesel, em especial, o produzido a partir do óleo de mamona. O biodiesel de mamona representa nos dias atuais uma oportunidade tanto para pequenos, como grandes produtores, na diversificação de sua matriz produtiva com possibilidade de agregar outra fonte de renda à sua propriedade. Em se tratando de cultura de emergente importância econômica e social, a mamona, (Ricinus communis L.) é uma oleaginosa com inúmeras aplicações industriais. Originária provavelmente da Ásia e nordeste da África, aclimatou-se muito bem no Brasil onde hoje é encontrada desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Por se tratar de uma planta tolerante à seca e exigente em calor e luminosidade, está

disseminada por quase todo o Nordeste. Atualmente o óleo de mamona é empregado na indústria de plástico, siderurgia, saboaria, perfumaria, curtume, tintas e vernizes, além de ser excelente óleo lubrificante para motores de alta rotação e carburante de motores a diesel. A grande aplicabilidade do óleo da mamona em diversos setores da indústria deve-se principalmente às suas nobres características estruturais de molécula. Ao contrario de outros óleos vegetais, o óleo de mamona não perde a viscosidade em altas temperaturas nem tampouco se solidifica em baixas temperaturas, possuindo também excelente estabilidade à oxidação. Por queimar sem deixar resíduos, torna-se o óleo ideal para motores de alta rotação, como foguetes espaciais e sistemas de freios de automóveis. Contribui grandemente na redução de emissão de gases causadores de efeito estufa por não possuir enxofre, grande responsável por tornar tóxicas e cancerígenas as emissões que resultam da quei-

ma de combustíveis fósseis. O Brasil foi, durante décadas, o maior produtor mundial de bagas de mamona e, ainda, o maior exportador do seu óleo. Nos últimos anos a Índia e a China alcançaram posição de maior destaque na produção. As principais causas da queda no desempenho da produção brasileira podem ser atribuídas à utilização de terras de baixa fertilidade, falta de adoção de práticas mais racionais de preparo, adubação e correção de acidez do solo, falta de controle de pragas e doenças, semeaduras fora de época adequada e a não utilização de sementes selecionadas. No estado de São Paulo são desenvolvidos e cultivados híbridos de mamoneira, como os chamados híbrido Lyra e híbrido Savana. Essa melhoria genética tem por finalidade a busca por plantas de produção industrializável, com porte e altura apropriados a mecanização da área e da colheita, boa disponibilidade para tratos culturais tecnológicos, alta resposta à adubação nitrogenada, resistência a pragas e doenças, e também a pos-

sibilidade de se conseguir maiores produtividades com maior qualidade de bagas e maior produção de óleo. Em termos de produção, a cultura da mamona pode produzir uma média de 600Kg de baga por hectare de área plantada. No caso dos híbridos mencionados essa produtividade chega a mais de 1200Kg/ha, o que corresponde por sua vez a cerca de 560 litros de óleo nessa mesma área. Vale lembrar ainda que em cultivos comerciais é possível fazer a exploração da cultura em sistema de “plantio direto”, ou no caso específico, em semeadura direta. Com isso evidencia-se que a mamoneira pode ser uma alternativa rentável para pequenos e grandes produtores, sendo que para a expansão da cultura no País, torna-se fundamental o desenvolvimento e utilização de cultivares com alta produtividade, boa tolerância a doenças, boa adaptabilidade a diferentes condições de cultivo e, principalmente, uma arquitetura de planta adequada a métodos de cultivo modernos, sustentáveis e rentáveis.

A grande aplicabilidade do óleo da mamona em diversos setores da indústria deve-se às suas nobres características estruturais de molécula. Ao contrário de outros óleos vegetais ele não perde a viscosidade em altas temperaturas.


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U

ma das mais importantes espécies de peixe do Rio Araguaia, o bagre gigante Piraíba, passa a ser monitorado. O acompanhamento será feito por meio de rádio-transmissores implantados nos peixes, afim de se conhecer os hábitos ecológicos do maior predador do Rio Araguaia. A iniciativa foi tomada por membros do Projeto Araguaia, programa desenvolvido em uma parceria entre o Instituto Onça-pintada – IOP, o Instituto de Desenvolvovimento Econômico e Sócio-Ambiental – IDESA, a Earthwatch Institute e o IBAMA. Como o implante de rádios em Piraíba nunca havia sido realizado, foi necessário o ajuste de alguns protocolos de pesquisa antes da execução desta fase. Ao longo da pesquisa, cinco espé-

Fauna do

Rio Araguaia terá monitoramento de longo prazo O bagre gigante Piraíba, uma das mais importantes espécies de peixe do Rio Araguaia, passa a ser monitorado. A iniciativa foi tomada por membros do Projeto Araguaia, programa desenvolvido em uma parceria entre o Instituto Onça-pintada – IOP, o Instituto de Desenvolvovimento Econômico e Sócio-Ambiental – IDESA, a Earthwatch Institute e o IBAMA.

Até o momento, além da piraíba, onças pintadas, ariranhas e jacaréaçus já receberam os rádio-transmissores e vem sendo monitorados pelo projeto e seus parceiros.

cies de predadores e bioindicadores terão prioridades para serem monitoradas: a piraíba, o jacaré-açu, a ariranha, o boto e a onça-pintada. Até o momento, além da piraíba, onçaspintadas, ariranhas e jacaré-açus já receberam os rádio-transmissores e vem sendo monitorados pelo projeto e seus parceiros. Em parceria com o Centro RAN/ ICMBio, tartarugas da Amazônia também estão sendo monitoradas. A intenção é a de que todos os peixes do rio sejam monitorados. Para tanto, 20 regiões pré-estabelecidas ao longo de seus 2.000 km de rio serão amostradas anualmente. O objetivo dos idealizadores do Projeto Araguaia é de contribuir para implementação e manutenção de um corredor de biodiversidade entre as nascentes e a represa da hidrelétrica de Tucurui.

O superintendente do Ibama em Goiás, Ary Soares, considera ser de fundamental importância a participação do órgão no projeto. Para ele, as informações que serão geradas podem contribuir para a melhoria da legislação de proteção, bem como assegurar o manejo sustentável do rio e de outros ambientes. Esta etapa contou com o apoio da APA Meandros do Rio Araguaia e da iniciativa privada, através das empresas Tropical Imóveis, Mantecorp Monsanto e pousadas próximas ao trecho percorrido. Ao todo, 20 pessoas – entre pesquisadores e técnicos – colaboraram com o projeto. O diretor da Tropical Imóveis, Antônio Carlos, que participou diretamente desta etapa, acredita que a iniciativa privada “pode e deve” se envolver com estas iniciativas.


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Integração

Lavoura

PecuáriaFloresta

O Rodrigo Martinez Castro Eng. Agrônomo - N&S Agriconsult martinez@agriconsult.com.br

aumento populacional mundial e a crescente demanda mundial por alimentos exerce forte pressão sobre os preços desses produtos, em especial dos alimentos industrializados, podendo colocar em risco a economia mundial ou mesmo gerar uma crise de desabastecimento. Vê-se nesse cenário uma óbvia necessidade de aumento da oferta de produtos agropecuários, que por sua vez pode se dar por meio do crescimento da área cultivada e/ou do aumento da produtividade. A sociedade tem exercido seu papel de reguladora do consumo, e vem pressionado, com base nas noticias muitas vezes sensacionalistas atualmente veiculadas, para que o aumento da área cultivada não se dê através dos desmatamentos, especialmente em biomas considerados como essenciais a sobrevivência no planeta e a regulação do clima, como a Amazônia e o Cerrado brasileiro.

É fato que mais inteligente que ampliar as áreas de produção, é recuperar a capacidade produtiva das áreas antropizadas e degradadas e intensificar a produção nas áreas cultivadas. O Brasil possui cerca de 80 milhões de hectares de pastagens que apresentam algum grau de degradação, com baixa capacidade produtiva de forragens e conseqüentemente elevado índice de perda de solo e água. Estas áreas podem ser recuperadas com a adoção de tecnologias e métodos mais modernos de agricultura, como o plantio direto e a Integração Lavoura-PecuáriaFloresta (ILPF), sendo que essa consiste na implantação de diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite, agroenergia e outros, na mesma área, em plantio consorciado, seqüencial ou rotacionado. Aliando sistemas como os Plantio Direto com os de ILPF tem-se alternativas econômicas e sustentáveis para recuperar áreas de pastagens degradadas.


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Sistemas Agroflorestais - SAF´s Início

ANO 0

ANO 1

Arroz

Soja

Arroz

Soja

Arroz

Soja

Arroz

Soja

ANOS DE 3 A 9

ANO 2

Bovinos

Pastagem

Bovinos

Pastagem

Bovinos

Pastagem

Bovinos

Pastagem

3-4m Clone de Eucalipto

9 - 10 m

Combinação de cultivos agrícolas, arbóreos, pastagens e animais simultaneamente e/ou sequencialmente que permitem a máxima produção total.

Arroz

Madeira

Soja

Carne

No sistema integrado, inicia-se o cultivo da espécie florestal, exótica ou não, com espaçamento ampliado nas entrelinhas das plantas, espaço esse que será utilizado para a implantação de uma cultura de interesse comercial da região (soja ou milho), nas entrelinhas por dois a três anos. No quarto ano implanta-se uma cultura forrageira, como a de Brachiaria por exemplo, consorciada com uma outra cultura de rotação, como o sorgo. Após as colheitas dos grãos, entra-se com a utilização da área para pastejo, como o pasto já formado nas entrelinhas da floresta cultivada, permitindo a implantação da atividade de pecuária e a sua explora-

ção até o corte da madeira, quando então o sistema deverá estar completando 9 anos aproximadamente. A expectativa dessa integração é que as receitas geradas das lavouras e da pecuária paguem as despesas de implantação da floresta. Ao final de um cliclo completo de nove anos o produtor terá então sua receita final proveniente da venda da madeira. Utilizando-se um exemplo obtido em experimentos com integração Eucalipto, Arroz, Soja, Milho e Brachiaria, a venda final da madeira de corte foi capaz de proporcionar uma renda líquida de aproximadamente R$ 30 mil/ha ao longo de 9 a 10 anos, o que repre-

sentou cerca de R$3 mil reais por hectare-ano, isso sem considerar-se as receitas adicionais que poderiam ser geradas pelo mesmo sistema se aproveitarmos do mesmo para composição de uma área de produção de créditos de carbono. Dado que o processo de integração Lavoura-Pecuária-Floresta é uma técnica que preconiza não só a intensificação da produtividade, como também o resgate de áreas degradadas e grande produção de biomassa verde nas áreas, tem-se que a mesma é uma importante alternativa também na composição de matrizes de produção que visam a busca de ganhos por retenção de créditos de carbono, já que a pratica recupera a área degradada, aumenta a taxa de uso do solo, preserva o sistema soloágua-planta, e ainda fixa carbono de floresta por um período mínimo de 9 a 10 anos. Essa receita adicional pode simplesmente aumentar a liquidez de rendimentos desse processo em cerca de 30 a 45%. Também existem outra vantagens na adoção do ILPF. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), criou um programa de incentivo para a utilização do sistema integrado de lavoura, pecuária e florestas, o chamdo Programa ILPF. A idéia desse programa é reduzir as emissões de carbono do país, em acordo com as novas metas assinaladas pelo governo, e tem como mote uma linha de crédito específica no Plano Safra 2009/10 para financiar a implantação da ILPF, utilizando recursos de bancos de fomento da ordem de R$ 1,5 bilhão para o plano de safra citado. Cada produtor pode financiar até R$ 400 mil para implantar a ILPF, ou ainda receber mais 15% desse valor se tiver Reserva Legal Averbada. As taxas de juros são de 5,75% ao ano, para projetos em áreas degradadas e de 6,75% ao ano para outras situações, podendo ser pago em até 5 anos, sendo que com 2 anos de carência.

Créditos Ambientais

Brasil Mata Viva estão disponíveis no mercado Presidente da Markit Ambiental, Hellen Robinson esteve em Goiânia para apresentação dos registros dos Créditos Brasil Mata Viva

O

A Presidente da Markit Ambiental, Hellen Robinson esteve na sede da Bolsa de Transações Ativos Ambientais do Brasil, BTAAB, no dia 19 de abril com o objetivo de apresentar o lançamento dos registros dos primeiros créditos Brasil Mata Viva do núcleo Xingu Mata Viva. Nesta reunião de lançamento estiveram presentes proprietários das áreas rurais integrantes ao núcleo Xingu assim como proprietários rurais de outros núcleos. Estavam presentes o superintendente Ibama em Goiás, Ary Soares Santos, os representantes da Unesp/Fepaf, Julio de Mesquita filho e Rodrigo Martinez. Representando a N&S, empresa que atende ao Brasil Mata Viva, Dr. Vinícios Martins e Martha Santana do Nascimento, além do vice presidente Edson, da Associação São Lourenço Mata Viva. A BTAAB é a empresa responsável pela comercialização dos créditos Brasil Mata Viva, a Markit atua como registradora e a Word Energy Solutions é a age como a plataforma de transação. Ao adquirirem os créditos Brasil Mata Viva, as empresas estarão patrocinando o desenvolvimento sustentável das comuni-


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Produtores e empresários assistem atentos às explicações da coordenadora do Movimento

Julio Migotto, Onício Rezende e George Wilson de Paula na sede da BTAAB

Maria Tereza Umbelino e Hellen Robinson, presidente da Markit Internacional

Odair Rezende, Júlio Rotteli Filho e representantes prestigiaram o lançamento do registro dos primeiros créditos

Onício Rezende, Carlos Ayrton Alla, George Wilson, Julio Migotto, e Benedito Umbelino

Rodrigo Martinez, da Fepaf, Maria Tereza Umbelino, Vinícius e Carlos Ayrton Alla

Coordenadora do Movimento Brasil Mata Viva, Maria Tereza Umbelino, lança oficialmente o registro dos primeiros créditos Brasil Mata Viva do núcleo Xingu Mata Viva

dades rurais beneficiando assim, a vida em todo o planeta. Essas mesmas empresas passam a propiciar as condições de cessar o desmatamento que, consequentemente, é um grande vilão da emissão de GEE e da destruição da biodiversidade que equilibra a vida no planeta. Simultaneamente é promovida a produção de alimentos de forma segura e sustentável. Os recursos gerados pela compra dos créditos BMV são destinados diretamente ao produtor que de forma assistida pelo programa, investe na utilização de novas tecnologias de uso da terra e na implantação de novas agroindustrias. Desta forma estará viabilizada a troca da exploração produtiva da área a ser preservada pela renda dos novos empreendimentos. O

fato vai gerar nova dinâmica econômica na região e na utilização de melhores tecnologias que intensificam a produção em uma menor área.

Investimento Ao investir nos créditos Brasil Mata Viva, a empresa terá junto créditos de carbono pelo mercado voluntário e créditos ambientais por se tratar de preservação da biodiversidade. Se estiverem no segmento da cadeia de alimentos, estarão promovendo a produção com procedência e segurança certificada, qualificando assim a cadeia de fornecimento. A validação cientifica do processo Brasil Mata Viva é feita pela Unesp/ Fepaf/N&S. O registro dos créditos por meio da Markit e disponibilizados ao mercado pela plataforma da

WES, garantindo assim a segurança, a transparência e a visibilidade necessária à empresa e ao mercado. Os créditos de florestas podem ser verificados por todos de forma facilitada por um mecanismo de fácil acesso – via WEB e a segurança é obtida pela qualidade do processo de monitoramento assegurado pela Fepaf. Apos o lançamento dos registros pela Markit estes são disponibilizados pela plataforma da WES e estarão disponíveis ao mercado para transação a partir de maio. Os registros serão apresentados na maior Feira de Carbono do Mundo, a CARBON EXPO que ocorre em Colônia na Alemanha, no final do mês de maio, onde representantes da equipe Brasil Mata Viva e da BTAAB participarão do evento.


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World Energy

e BTAAB

fecham parceria

A parceria representa uma vitória para a Word Energy no mercado voluntário de carbono e mostra o crescimento da preferência mundial pela World Green Exchange, um dos maiores mercados de carbono no mundo

A World Energy Solutions é selecionada pelo Mercado Ambiental Brasileiro para negociar milhares de novos créditos de carbono. A BTAAB dispõe 15 milhões de créditos de carbono a venda no World Green Exchange, 50 milhões ainda em desenvolvimento

A

World Energy Solutions, Inc., uma empresa de serviços líder em gestão de energia, acaba de fechar um acordo de dois anos exclusivo com a Bolsa de Transação de Ativos Ambientais do Brasil, a BTAAB. As duas empresas passam agora a transacionar os créditos Brasil Mata Viva, um programa brasileiro de biodiversidade e redução de carbono que vende milhões de créditos de carbono na World Green Exchange®.

Os créditos, gerados pela preservação e restauração das florestas brasileiras, são certificados pelo padrão BMV (Brasil Mata Viva), registrados com a Markit Environmental Registry, e imediatamente colocados a venda na World Green Exchange. A parceria representa uma vitória para a Word Energy no mercado voluntário de carbono e mostra o crescimento da preferência mundial pela World Green Exchange, um dos maiores mercados de carbono no mundo. Inicialmente, a BTAAB disponibilizou

As empresas estabeleceram uma parceria em 2009 para criar sistemas de circuito fechado que agilizam o acompanhamento e negociação de commodities ambientais, uma visão em andamento para a BTAAB.

15 milhões de créditos para o sistema, com planos de vender em torno de 50 milhões em projetos ainda em desenvolvimento. O envolvimento da BTAAB ainda ressalta sinergias em curso entre a World Energy e a Markit Environmental Registry. As empresas estabeleceram uma parceria em 2009 para criar sistemas de circuito fechado que agilizam o acompanhamento e negociação de commodities ambientais, uma visão em andamento para a BTAAB.


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BolsadeTransaçãodeAtivosAmbientaisdoBrasil

Por programas apoiados pelos governos do estado de Goiás e do Mato Grosso, a Bolsa de Transações de Ativos Ambientais do Brasil (BTAAB) é a empresa que comercializa créditos de programas como o Brasil Mata Viva, de proteção de biodiversidade e redução de carbono. Ajuda fazendeiros locais a reduzir as emissões de carbono e proteger a biodiversidade, através de técnicas sustentáveis de

“Nós queremos trabalhar com a World Energy devido à sua liderança no mercado mundial de carbono, sua grande quantidade de compradores de qualidade e suas relações com as indústrias de referência, incluindo a Markit, com quem temos almejado uma grande iniciativa de mercado para os estados brasileiros em que atuamos,” disse Maria Tereza Umbelino de Souza, da BTAAB. Segundo Maria Tereza, com a World Green Exchange é garantido o alcance global e o foco na qualidade. “Essa é a chave para avançar em nossa missão de proteger as florestas brasileiras melhorando as condições econômicas para as comunidades rurais”.

manejo da terra. A BTAAB utiliza o padrão ambiental, BMV (Brasil Mata Viva), constituído pelo REDD, e projetos de biodiversidade e de biodiesel como modelo para um mercado potencial brasileiro. Estes projetos geram certificados BMV de crédito ambiental que a BTAAB vende em nome dos participantes do projeto, direcionando os rendimentos de volta à eles.

Para a vice presidente do Mercado Ambiental da World Energy, Kenneth Ivanic, o Brasil está rapidamente se tornando um epicentro do compromisso ambiental de liderança, garantindo a oportunidade de desempenhar um papel estratégico na realização de um mercado de commodities ambientais emergentes. “Estamos confiantes de que, trabalhando em estreita colaboração com a BTAAB e a Markit, não iremos criar apenas um mercado vital que beneficia projetos nos estados de Mato Grosso, Bahia e Goiás, mas que também serve como um modelo para futuros mercados aqui no Brasil e no mundo”, afirmou.

A World Energy Solutions, Inc. é um empresa de serviços, líder em gestão de energia, que aplica uma combinação segura de pessoas, processos e tecnologia para ajudar os clientes a gerir a energia como um ativo estratégico. Até a data, a Companhia tem transacionado mais de US $ 20 bilhões em energia resposta à demanda de commodities ambientais em nome do seu Governo,

A World Green Exchange® é um mercado aberto, rico em informações, que permite que compradores e vendedores de commodities de carbono transacionem com confiança. Trabalhando com os melhores padrões, registros, consultores, empreendedores e bancos, a World Green Exchange simplifica o processo de contratação ao evidenciar a transparência, qualidade, a escolha e valor. Mais de 200 milhões de commodities verdes, medindo CERs, VERs, RECs, e compensações e subsídios RGGI Alberta, foram transacionadas no Green World Exchange, fazendo dele um dos maiores mercados de carbono primário no mundo.

Comercial & Industrial, e os Utility clientes, criando mais de US $ 1 bilhão em valor para eles. A World Energy líder também no crescente mercado mundial de carbono, onde a World Green Exchange apóia a inovadora Iniciativa Regional de Gases de Efeito Estufa do programa cap-and-trade (coberturae-troca) para emissões de CO2. Para mais informações, viste www.worldenergy.com.

Parceria garante certificação de produtos

agropecuários

F

azendeiros utilizando de maneira indiscriminada os recursos naturais de florestas nativas para expandir os seus negócios, trabalhadores rurais explorados durante a colheita da safra, degradação generalizada do meio ambiente, adulteração do produto depois de industrializado, falta de padronização e uniformidade são

alguns dos fatores que pesam negativamente e dificultam a comercialização dos produtos agrícolas e pecuários nacionais. A falta de atenção às questões sócio-ambientais, pode se converter em futuras barreiras não-tarifárias aos países produtores, como o Brasil, que é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, cujo melhor caminho para resolver tais questões é

A falta de atenção às questões sócioambientais, pode se converter em futuras barreiras não-tarifárias aos países produtores, como o Brasil, que é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar.

Acordo entre IMEI – Brasil Mata Viva e N & S Agriconsult vai beneficiar produtores rurais que buscam certificação


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a certificação internacional. Para ajudar a diferenciar os produtores que respeitam as questões sócio-ambientais, dos produtores que degradam o meio-ambiente, foi firmada recentemente uma importante parceria que pode beneficiar diretamente os agricultores de todo o País. O objetivo é auxiliar esses agricultores na obtenção de certificações sócioambientais reconhecidas internacionalmente. Os selos de padronização internacionais são normas protocolares que visam a conformidade com as regras de mercado internacional. O processo é feito de maneira isenta, de forma com que cada parceiro tenha um papel definido e não interfira nas demais fases. Essas regras são normatizadas de maneira única e reguladas de forma geral pelos membros do IAF (Fórum Internacional de Acreditadores). Cada país membro tem sua representação do mesmo. No caso do Brasil, a representação no IAF é feita pelo INMETRO. As parceiras entre a N & S Agriconsult, empresa de consultoria agroambiental, e a IMEI Consultoria, estão construindo, paralelamente ao processo de padronização da Metodologia Brasil Mata Viva, o selo de Certificação Internacional para empresas e propriedades agrícolas produtoras de Carbono. A N & S Agriconsult, já signatária de padrões internacionais de acreditação em segurança e qualidade alimentar e de produtos agrícolas, vai desenvolver uma padronização de trabalho sustentável. Nesse sentido, serão atreladas as premissas de boas técnicas agrícolas e pecuárias de produção, respeito e adequação ambiental e de adicionalidades sócio-econômicas. Isso fará com que as empresas certificadas por esse processo possam ter seus produtos e suas práticas de produção aceitas em mais de 140 países, facilitando inclusive os processos de comercialização dessas propriedades nesses países. Tais empresas estarão capacitadas ainda para receberem as auditorias dos organismos certificado-

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res internacionais, passando a agir em conformidade com estes. A Triplo A - Standards, empresa brasileira e multinacional, na qual se espelharão as regras do Selo Brasil Mata Viva, possui 16 normas voltadas para as cadeias produtivas nacionais, como as do etanol e açúcar, carne bovina, suínos, aves, peixes, leite, soja, mel, milho, frutas, sucos e hortaliças, entre outros produtos. Seus programas de qualidade foram considerados, pelos principais organismos certificadores internacionais, como os mais completos e abrangentes do mundo, tendo recebidos prêmios inclusive do Banco Mundial. Será com base nessa mesma solidez que o Selo Brasil Mata Viva surgirá. Segundo o diretor-executivo da Triplo A – Normas para América Latina, Wilson Tomanik, a certificação acaba com qualquer dúvida sobre a forma como o produto será fabricado nas propriedades e indústrias certificadas. Os programas de qualidade regulamentam e fiscalizam todo o pro-

cesso produtivo, da fazenda à gôndola do supermercado. Ainda segundo Tomanik, as questões trabalhistas, de saúde e segurança do trabalho, remuneração, gestão ambiental, uso e reuso de água, defensivos agrícolas, desmatamento e reflorestamento, técnicas de manejo, transporte, aspectos físico-químicos do produto final, entre vários outros aspectos, são fiscalizadas constantemente e devem respeitar todas as legislações do país produtor e demais itens de controle. O diretor da N&S Agriconsult, Vinício Martins do Nascimento, explica que com a certificação Triplo A - Standards, casos como o de exploração do trabalhador rural, desmatamento irregular, entre outros aspectos, deixarão de ocorrer. “É uma segurança para o comprador, que passará a exigir que os seus fornecedores sejam certificados e assim terão garantias efetivas da legalidade no processo produtivo e também da padronização, uniformidade e qualidade do produto final”, avalia.

100 mil

árvores plantadas na ETE Goiânia

A empresa A N&S Agriconsult, empresa com mais de 10 anos de experiência no segmento agrícola e pecuário, espera que sejam oferecidas diversas rodadas de qualificação, pensando ainda na gestão e controle de projetos ambientais, agropecuários e ligados aos mecanismos de desenvolvimento limpo-MDL. Dessa forma será viável a inclusão em diversos padrões de normas in-

ternacionais, como as já citadas anteriormente. A empresa conta com uma equipe de engenheiros agrônomos, civis, veterinários, geólogos, químicos e outros profissionais associados e tem como principal gestor, o Doutor Vinício Martins do Nascimento, professor titular pela UNESP, com pós-doutorado pelo Centro de Ciências Medioambientales de Madrid, na Espanha.

Programa de reflorestamento da Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia – ETE conta com 96 mil espécies de árvores nativas do Cerrado e um viveiro no qual são produzidas mudas para as unidades da Saneago.

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programa de reflorestamento da Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia – ETE conta com 96 mil espécies de árvores nativas do bioma Cerrado. Entre as principais espécies destacam-se o angico, xixá, ipê amarelo, ipê branco, jatobá,

paineira rosa, quaresmeira, pequi, ipê rosa e caroba. Com a recuperação da mata ciliar e o plantio na área anteriormente conhecida por sua intensa degradação, os animais voltaram a frequentar a região, sendo vistos exemplares de pacas, tatus, capivaras, patos selvagens; grande número de


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Oficializado o Núcleo

Teles Pires Mata Viva

No viveiro da ETE, que faz parte do programa de reflorestamento, são produzidas mudas para doação e para atender as unidades da Saneago.

pássaros como curicacas, bemte-vis, quero-queros, tucanos e garças, além de répteis como jacarés, cobras e jabutis. No viveiro da ETE, que faz parte do programa de reflorestamento, são produzidas mudas para doação e para atender as unidades da Saneago. A iniciativa tem como objetivos a preservação da água, reflorestamento das áreas degradadas, recuperação de matas ciliares e ainda a sensibilização da comunidade para a importância e preservação dos recursos naturais. As pessoas que visitam a Esta-

ção participam de palestras sobre o Cerrado; atividades como oficinas motivacionais, para a valorização da fauna e da flora; músicas; filmes e apresentações teatrais; além de receberem orientações sobre o preparo de compostagem orgânica, utilizada na adubação de plantas caseiras.

Plantio

de mudas

Os coordenadores do viveiro da ETE prestam esclarecimentos sobre a forma correta de se plantar uma árvore. A dica principal é plantar sempre a espécie que com-

põe a vegetação natural do local para a reconstituição da cobertura. O controle de formigas e cupins é fundamental, sendo necessário um trabalho constante da área até quatro anos após o plantio. Para o bom desenvolvimento da planta é necessário uma muda de boa qualidade, além de cuidados especiais, que vão do seu plantio até a constante manutenção no campo. Por isso, na hora de reflorestar, deve ser dada preferência às matas ciliares, reservas legais, topos de morros, encostas e áreas com pedras.

P

or iniciativa dos deputados Mauro Davi e Riva, foi realizada a primeira audiência pública do núcleo Teles Pires Mata Viva. Promovida pela Assembleia Legislativa do Mato Grosso no GTG Portas Abertas, em Colíder - MT, a audiência oficializou o Projeto do Brasil Mata Viva para os 13 municípios envolvidos: Sinop, Cláudia, Itaúba, Colíder, Nova Canaã do Norte, Terra Nova do Norte, Nova Guarita, Nova Santa Helena, Marcelândia, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã do Norte e Novo Mundo.

Aberta pela coordenadora do Núcleo Ambiental da Assembleia Legislativa, Margareth Pozzobon, representando o Deputado Riva, a audiência foi conduzida pelo entusiasta do projeto, o deputado Dilceu Dal Bosco (DEM) e encerrada pelo deputado estadual Pedro Satélite (PPS). A mesa foi composta pelo prefeito de Colíder, Celso Banazeski e pelo presidente da Câmara de Vereadores, Luiz Salgueiro, presidente da Associação Teles Pires Mata Viva, Antônio Fischer, a coordenadora do Movimento Brasil Mata Viva, Maria Tereza Umbelino de Souza, o representante da Fepaf/Unesp,

Audiência pública realizada em abril, na cidade de Colíder – MT, oficializou a criação do Núcleo Teles Pires Mata Viva. O projeto vai chegar a treze municípios do estado do Mato Grosso


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Produtores rurais, empresários e autoridades regionais assistiram a um vídeo e a explicação da sistemática do programa BMV pela coordenadora, Maria Tereza.

Rodrigo Martinez, a vice-prefeita de Itaúba, Rosana Massaro Rebussi e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colíder, José Pernambuco. Produtores rurais, empresários e autoridades regionais assistiram a um vídeo e a explicação da sistemática do programa BMV pela coordenadora, Maria Tereza. “Pelo BMV, as árvores excedentes ou que estão dentro do que é exigido por lei (Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente) passam a ter valor econômico pelos serviços ambientais que prestam ao meio ambiente”, observou Maria Tereza. Ela explica que o recurso advém da transação em bolsa do título ambiental embasado no levantamento do estoque de carbono da propriedade, estando a árvore onde estiver. Do recurso, uma porcentagem é destinada aos parceiros do BMV e, do montante restante, 50% é repassado diretamente para o produtor para recuperar o que precisa para se adequar ambientalmente através da lei ambiental. Outro possível destino é o incremento de tecnologia nas áreas abertas, visando a maior rentabilidade econômica possível da parte aberta. Os outros 50%, seguem para fomentar uma matriz produtiva sustentável. A criação da matriz, segundo Maria Tereza, garante que o recurso destinado isoladamente para cada propriedade não se perca dentro da inviabilidade econômica e logística ou da má gestão do proprietário rural pelo fato de estar sozinho no sistema. Com a matriz, o produtor rural passa a ser uma entidade com maior poder de barganha na compra de insumos agrícolas e maquinários. Tem também maior poder de venda pela certificação do processo do seu produto e ainda a implantação das unidades fabris que vierem a ser necessárias para o beneficiamento ou para tornar o sistema integrado e sustentável. “Além de tudo isto, ainda há a divisão do lucro da matriz aos associados na mesma proporção do valor por ele repassado”, analisa. Maria Tereza explica ainda que o Brasil Mata Viva é uma articulação de empresas e instituições que, além de viabilizar a busca do recurso, auxilia na concepção da matriz produtiva,

certificando as cadeias de produtos e, juntamente com a associação, auxilia a gestão do núcleo. São parceiros do programa, o IBAMA/MMA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Instituto de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental (IDESA), IMEI Consultoria e Treinamentos Empresariais, Markit Financial Information Services, MidiaGEO Tecnologia, Bolsa de Títulos de Ativos Ambientais do Brasil (BTAAB), Governo do Estado de Mato Grosso, o Governo do Estado de Goiás, entre outros. “Esta metodologia é uma das quatro mundiais existente como padrão de pagamento de serviços ambientais, que são a VSC (Bolsa de Chicago), a CDM (resultado do protocolo de Quioto, CCB Standart (CCBS), administrado pelo Climate, Community & Biodiversity Alliance (CCBA) e o Brasil Mata Viva (BMV)”, ressalta Maria Tereza.

Agregando

Projeto tem participação de empresas como a Premix Suplementos Minerais, o Grupo JBS, Yoorin Fertilizantes, Grupo Fockink, cooperativas de Terra Nova – Coopernova e a de Colíder – e Comacol.

valor

O palestrante, doutorando Rodrigo Martinez e representante da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF) da Universidade do Estado de São Paulo (UNESP), relatou que a instituição vai validar o processo do título ambiental à propriedade, assim como os produtos (commodities) oriundos do núcleo, agregando valor e viabilizando o comércio com países que adotam o IAF (INTERNATIONAL ACCREDITATION FORUM, INC). “Isto agregará valor às commodities e terá aceitação em mais de 150 países”, relatou Rodrigo. O presidente da Associação Teles Pires Mata Viva, Antônio Fischer, reconhece a importância dos Pagamentos dos Serviços Ambientais para a região e mais ainda, da criação da matriz produtiva. Segundo ele, o processo vai aquecer a economia da região como um todo, especialmente devido a participação de empresas como a Premix Suplementos Minerais, o Grupo JBS, Yoorin Fertilizantes, Grupo Fockink, ainda a cooperativas de Terra Nova – Coopernova e a de Colíder - Comacol. Depois das adesões, os próximos passos são o inventário florístico e o levantamento do estoque de carbono de cada propriedade, feitos pela empresa parceira MidiaGEO Tecnologia.


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substituir o anuncio na grรกfica


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A

comitiva Brasil Mata Viva participa nos dias 26, 27 e 28 de maio, na cidade de Colônia, na Alemanha da sétima edição da Carbon Expo. Organizado pelo World Bank, International Emissions Trading Association (IETA) e Koelnmesse, o evento promove o encontro dos mercados que demandam e o que oferecem os créditos de carbono.

Carbon Expo 2010 Comitiva Brasil Mata Viva segue para a cidade de Colônia, na Alemanha, onde participa da Carbon Expo 2010. O evento está em sua sétima edição e objetiva o encontro dos mercados que demandam e o que oferecem os créditos de carbono.

A Carbon Expo contará com expositores no local da feira, conferências e muitas oportunidades para que o público do mercado de carbono possa alargar o seu leque de conhecimentos e negócios.

Especialistas se reúnem para trocar informações e se atualizar sobre os projetos mais recentes de CO2 e no desenvolvimento do clima. A participação do Movimento tem como objetivo a divulgação aos investidores do novo Padrão Brasil Mata Viva com foco na transparência e sustentabilidade no próprio projeto. A Bolsa de Transação de Ativos Ambientais do Brasil, a BTAAB é destaque como o fornecedor do

mês, pela postagem de 15 milhões de toneladas de crédito de carbono, disponível para os investidores da World Energy Solutions. A Carbon Expo contará com expositores no local da feira, conferências e muitas oportunidades para que o público do mercado de carbono possa alargar o seu leque de conhecimentos e negócios. São esperados 240 expositores de 68 países.


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rodutores vão ser premiados com juros mais baixos e crédito por boas práticas ambientais. Foco do Plano Safra 2010/11, o tema está entre os objetivos do Governo Federal para estimular o plantio e a comercialização da colheita, levando em conta a preservação ambiental. A proposta já foi debatida e colocada em prática em Goiás por meio da Secretaria de Agricultura – Seagro, que desde o ano passado participa de projeto de tecnologias rurais voltadas ao aumento da produção aliada à manutenção do bioma Cerrado. Nos planos do Governo Federal estão atrativos adicionais, além da facilidade de crédito. Além das facilidades de crédito, estão previstos o financiamento de estoques de etanol, construção de armazéns nas fazendas, além de possível solução ao endividamento do setor rural, por meio de ação direta do Tesouro Nacional. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, prepara o que chama de “metas ousadas” para programas de integração lavoura-pecuáriaflorestas, o chamado ILPF.

Produtores terão

juros mais baixos Ministro anuncia incentivos a produtores que preservam o meio ambiente. Foco do Plano Safra 2010/2011, o tema está entre os objetivos do Governo Federal para estibular o plantio e a comercialização da colheita.

O Governo Federal pretende diminuir as taxas de juros e reduzir o prêmio de seguro para quem adotar tecnologias mais sustentáveis

Experiência

goiana

Em Goiás, a experiência colhe os primeiros frutos e foi adotada no ano passado na Fazenda Santa Brígida, em Ipameri. Plantio direto na palha e produção de alimentos orgânicos fazem parte das ações do Governo Federal para a próxima safra. “Vamos mostrar mais claramente os caminhos ao produtor em programas específicos”, disse o ministro, em entrevista ao jornal Valor Econômico. Secretário da Agricultura, Leonardo Veloso, acompanha de perto o lançamento do Plano Safra. Ele defende projetos de ILPF, manutenção do bioma Cerrado e apoio ao produtor. O anúncio do Plano em maio obedece determinação do Governo Federal, que pretende antecipar as ações e possibilitar melhores condições de juros e seguro aos produtores rurais. Para a próxima safra (2010/11), o Governo Federal pretende diminuir as taxas de juros e reduzir o prêmio de seguro para quem adotar tecnologias mais sustentáveis, como o plantio direto na palha. Além disso, quer avançar em políticas de incentivo à plantação de lavouras que sejam compatíveis com a atividade dos pecuaristas e a recuperação de pastagens.


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Cana queimada e

meio ambiente: o que é o efeito de smog fotoquímico

Dr. Rildo Santana do Nascimento Eng. Agrônomo especialista em Produção de Açúcar e Álcool

O

Dr. Rodrigo Martinez Castro Eng. Agrônomo especialista em Adequação Ambiental

aquecimento global vem sendo considerado o principal problema ambiental da atualidade. O acúmulo excessivo de gases do efeito estufa (GEEs) na atmosfera, devido a atividades antrópicas, é o fator gerador da mudança climática no planeta, segundo a mesma corrente de pensamento. O uso de combustíveis fósseis e a mudança

de uso da terra concentram em si os principais fatores de emissão antrópica de GEEs, dos quais o presente em maior quantidade na atmosfera é o dióxido de carbono (CO2), sendo ainda o gás tomado como referência no assunto. Alguns estudiosos demonstraram que cerca de 40% dos resíduos agrícolas produzidos nos países em desenvolvimento são

As etapas iniciais do ciclo produtivo da cana-deaçúcar envolvem: o preparo do solo, o plantio das mudas e os tratos para prevenção contra pragas, além da fertirrigação. Após o processo de maturação a cana passa pelo processo de colheita.

queimados no campo, sendo que até meados da década de noventa o setor sucroalcooleiro era responsável pela produção de 11% dos resíduos agrícolas mundiais, os quais liberam substancial quantidade de CO2 e outros GEEs para a atmosfera, quando queimados. Segundo Lima (1999) a canade-açúcar é responsável por cerca de 98% das emissões de gases provenientes da queima de resíduos agrícolas no Brasil. As etapas iniciais do ciclo produtivo da cana-de-açúcar envolvem: o preparo do solo, o plantio das mudas e os tratos para prevenção contra pragas, além da fertirrigação. Após o processo de maturação a cana passa pelo processo de colheita. Essa fase envolve as etapas de limpeza (eliminação de pontas e folhas), corte e carregamento. Os três tipos de colheita mais difundidos no Brasil são: (1) semi-mecanizada, ou seja, limpeza do canavial com queima, corte manual e carregamento mecanizado, feito por gruas carregadoras; (2) mecanizada com colheita de cana queimada, ou seja, limpeza com queima, e corte e carregamento mecanizados, feitos por colheitadeiras de cana picada; e (3) mecanizada com colheita de cana crua, ou seja, corte, limpe-

za e carregamento mecanizados, feitos por colheitadeiras de cana picada, sendo a colheita de cana queimada o processo ainda em maior utilização no Brasil. Sabe-se que a queima précolheita do canavial libera grande quantidade de CO2 para a atmosfera, além de outros GEEs e também material particulado (“carvãozinho”). Apesar de haver um entendimento na comunidade científica de que a cultura da cana-de-açúcar absorve durante o seu ciclo todo o CO2 liberado durante a queima pré-colheita do ciclo anterior, além do CO2, durante a queima são liberados outros GEEs como N2O, NOx durante a fase de combustão com chama, e CO e CH4 durante a queima com predomínio de fumaça. Assim a queima pré-colheita da cana-deaçúcar é reconhecida como um importante problema ambiental, sendo inclusive legalmente regulamentada e com previsão de eliminação desse processo. Segundo pesquisas realizadas pelo INPE no final da década de oitenta, averiguou-se naquela situação que a queima da palhada emitia gases que podiam facilmente se combinar no ambiente e reagir fotoquimicamente na atmosfera, transformando-se principalmente numa variação do gás

de ozônio, ou seja, o chamado “Smog Fotoquímico”. O smog fotoquímico é a reação de hidrocarbonetos não poluentes com gases presentes na atmosfera (O3, NO e NO2), tendo o ozônio como sua principal componente tóxica resultante. Estima-se que o efeito dessas combinações de gases na atmosfera sejam cerca de quinze vezes superior aos potenciais efeitos causados pela emissão da mesma quantidade de gases oriundos do CO2 apenas. Diferentemente das combinações de gases formadas pelas emissões das grandes cidades e atividades industriais (que são fortemente baseados em compostos de enxofre), os compostos fotoquímicos tóxicos formados pela queima da palhada da cana (e/ou da queima de qualquer material de origem vegetal, como a queimada de florestas ou de restos vegetais ou biomassa), são compostos potencialmente muito mais danosos, já que eles tem características predominantemente oxidantes. Essas características criam um ambiente favorável na atmosfera para reações de oxidação de compostos (consumindo oxigênio disponível) e também levando ao aumento de ácidos e nitratos


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orgânicos, que por sua vez contribuem em ainda mais elevado grau aos fenômenos de impacto ambiental negativo, como as chuvas ácidas (que deslocam-se junto as massas de ar por centenas de quilômetros) e a eutrofização de lagos e rios. Ao se infiltrar nos solos, os ácidos presentes na água de chuva reagem com diversas substâncias, liberando íons metálicos tóxicos como Al3+, Pb2+, Cd2+, os quais podem ser introduzidos na cadeia alimentar, quando afloram e são ingeridos por animais ou mesmo utilizado pelas plantas daquela região. Nesse cenário a preservação das florestas e dos biomas florestais agem positivamente na mitigação e na prevenção de vários dos processos nocivos citados, pois a preservação diretamente evita a queimada da biomassa daquela área, protegem as camadas do solo da incidência direta de chuvas, evitando a erosão e também do contato direto com compostos tóxicos das chuvas, protegendo os mananciais de água e a flora baixeira da floresta. As árvores ainda estocam CO2, reduzindo a disponibilidade desse gás nas reações fotoquímicas de ligação dos compostos, que além de equilibrar a energia total do bioma, tem importante efeito na regulação da umidade do ar, que por sua vez interfere diretamente no regime de chuvas. No caso da cultura da cana vêem-se problemas com a viabilidade de projetos da mesma em consórcio, como no caso do sistema de integração lavourapecuária-floresta, sendo que a necessidade de mecanização da cultura da cana impediria ou dificultaria grandemente a integração da mesma num sistema florestal ou mesmo o rotacionado. Historicamente essa cultura está

QUEIMADAS | 45

associada a exploração econômica das propriedades, objetivando a máxima produtividade e rentabilidade por área, dado ainda o valor de exportação dos seus produtos derivados, o que faz com que dificulte-se a viabilidade econômica de consórcios. Com as atuais necessidades de mecanismos limpos de desenvolvimento e da inclusão da sustentabilidade dos processos agrícolas na mesa de discussão, fica muito claro o importante papel do sistema de colheita mecanizada da cana-de-açúcar, que por sua vez tende a reter maior quantidade de palha na área, incorporando matéria orgânica e estocando carbono no solo, e, que preconiza ainda a não queimada das áreas a serem colhidas, já que os equipamentos estão devidamente adequados a situação da original natural da cultura no ponto de colheita. Em contrapartida, falando-se mais fortemente da sustentabilidade do processo, o lado socialmente ajustado da questão é colocado em cheque, já que a cada equipamento de colheita colocado em trabalho no campo, cerca de 80 empregados do corte de cana são substituídos. Sabe-se

que as condições de trabalho na colheita de cana não são as mais adequadas, porém tem-se automaticamente uma questão social em debate, que é o rearranjo desses trabalhadores no organograma da empresa sucroalcooleira. Os desafios envolvendo sustentabilidade e questões diretamente ambientais são imensos e merecem muita atenção. O sistema de produção e utilização do etanol, apesar de visto como extremamente limpo, ainda envolve questões importantes a serem revistas e posicionadas na nova economia mundial, a economia verde e sustentável. Países produtores precisam estabelecer seus novos paradigmas com relação ao mecanismo agrícola e industrial de produção de açúcar e álcool. O Brasil, como o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo precisa posicionar seus produtores e empresários do meio em relação ao mercado mundial, trazendo os Estados e Municípios também para a mesa de negociações, sendo que esses “players” devem o quanto antes estabelecer suas formas e regras de negociação para a nova economia, antes que ela imponha-se a eles.

O Brasil, como o maior produtor de canade-açúcar do mundo precisa posicionar seus produtores e empresários do meio em relação ao mercado mundial, trazendo os Estados e Municípios também para a mesa de negociações.

Goiás está na lista de emergência ambiental. São 14 estados nessa situação. Por isso, a Operação Cerrado Vivo 2010 foi antecipada e tem como foco o trabalho preventivo. Os bombeiros pretendem conscientizar a população a respeito dos riscos das queimadas.

Operação Cerrado

Vivo 2010

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este ano, Goiás passou a fazer parte da lista de estados em situação de emergência ambiental, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Uma portaria publicada pelo Ministério do Meio Ambiente no Diário Oficial da União em abril relacionou 14 estados onde as queimadas serão mais frequentes a partir de maio, quando o tempo fica mais seco e se intensificam os focos de calor. A inclusão de Goiás na lista objetiva reforçar o combate a esses focos. O Corpo de Bombeiros esteve presente em diversas reuni-

ões no Ministério para traçar ações contra as queimadas. Estão em situação de emergência ambiental, além de Goiás, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. Entre os meses de maio e novembro não é apenas a população goiana que sofre com a baixa umidade do ar. A vegetação e os animais também enfrentam um período de muitas queimadas. No período chuvoso, a alta umidade do ar forma uma camada natural que protege a vegetação e na época da seca essa


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XII FICA | 47

proteção acaba. O foco da Operação Cerrado Vivo 2010 é, mais uma vez, o trabalho preventivo. O Corpo de Bombeiros alerta que é preciso conscientizar a população goiana do risco de provocar queimadas.

Queimadas Em menor escala do que no passado ainda se pratica a queimada para a preparação do solo em função de atividades agrícolas e pecuárias, como plantios ou formação de pastagens. O Corpo de Bombeiros lembra que uma queimada pode desencadear tragédias, de forma que é preciso desestimular essa prática com o maior rigor, recorrendo-se, quando for possível, a formas duras de punição. A Corporação pretende estreitar ainda mais a relação com os produtores rurais, em especial no interior de Goiás, realizando palestras sobre os riscos da prática. As queimadas também levam riscos às rodovias, pois as labaredas ou fumaça penetram nas pistas. A imprudências, como o lançamento de tocos de cigarro junto às rodovias, também têm de ser banidas em definitivo porque continuam provocando incêndios. Equipes do Corpo de Bombeiros em todo o Estado, em parceria com as policias Rodoviárias Federal e Estadual, estão prontas para orientar a realização de aceiros e queimadas controladas nas margens das rodovias e nos parques ambientais para evitar a ocorrência dos grandes incêndios. Nas próximas semanas, os bombeiros vão realizar oficinas de Confecção de Abafadores. Os equipamentos produzidos serão empregados pelas Unidades Operacionais do Corpo de Bombeiros Militar no combate aos incêndios em vegetação nos diversos parques e áreas de Proteção Ambiental do Estado. Os abafadores servirão para reforçar operacionalmente os quartéis da corporação, por se se tratar de uma ferramenta essencial para o combate direto às chamas, além de proporcionar economia aos cofres públicos.

O foco da Operação Cerrado Vivo 2010 é, mais uma vez, o trabalho preventivo. O Corpo de Bombeiros alerta que é preciso conscientizar a população goiana do risco de provocar queimadas.

Em Goiás, 18 municípios fazem parte do Vale do Araguaia. Um sinal claro da preocupação com o bioma é a participação inédita dos representantes desses municípios no XII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Fica.

Araguaia em debate no

XII FICA

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ela primeira vez em doze anos, a preservação do Vale do Araguaia entra na pauta do XII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o FICA, que acontece na Cidade


48 | XII FICA de Goiás, de 8 a 13 de junho. A informação é do pesquisador da UFG, Laerte Ferreira, também consultor do Festival. O Araguaia se destaca por ser o único grande rio do mundo que não sofreu intervenção direta do homem na forma de construção de barragens. Mas o rio sofre inúmeras ameaças, inclusive a da implantação de uma hidrovia. Segundo Laerte, a maior preocupação no momento não é a intervenção humana no rio, mas em seu entorno. A ameaça está em suas margens, no Cerrado. “O Vale do Araguaia tem passado por profundas transformações ao longo dos últimos 40 anos, principalmente em função da agropecuária. As estimativas são de que aproximadamente 43% de toda a bacia do Araguaia já foram transformados em pastos e lavouras”, afirma o pesquisador da UFG. Ele acrescenta que os desmatamentos causam a produção de sedimentos que alteram o leito e a vazão do rio, afetando a biodiversidade do bioma. Pesquisa recente realizada pela UFG constatou que grande parte de áreas de preservação permanente ao longo do Rio Araguaia foi imensamente desmatada, principalmente no segmento do Alto e Médio Araguaia, na Serra do Caiapó, na divisa entre Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, até Conceição do Araguaia. A situação é grave e preocupa não apenas pesquisadores, mas autoridades públicas e a população da região. Em Goiás 18 municípios fazem parte do Vale do Araguaia. Um sinal claro da preocupação com o bioma é a participação inédita dos representantes desses municípios no XII Fica. Presidente da Agência Goiana de Cultura – Agepel e responsável pelo debate sobre o Vale do Araguaia no Festival, Linda Monteiro articula a criação de um Fórum de Desenvolvimento Sustentável da região. A ideia é possibilitar a troca de experiências entre gestores públicos e a busca de soluções comuns para os problemas ambientais que podem destruir um dos rios mais piscosos do mundo.

FEIRA | 49

Parecis Super Agro

supera as expectativas

Em Goiás, 18 municípios fazem parte do Vale do Araguaia. Um sinal claro da preocupação com o bioma é a participação inédita dos representantes desses municípios no XII Fica.

Aproximadamente 4.500 pessoas visitaram a Feira nos quatro dias do evento

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Vitrine tecnológica regional, assim foi definida a 3ª Parecis SuperAgro - Feira Tecnológica de Negócios do Parecis, realizada entre os dias 19 a 22 de abril de 2010 em Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso. Para o presidente do Sindicato Rural, Odenir Ortolan, a terceira edição revolucionou o modo

de pensar da sociedade sobre a produção agrícola. Abrangendo todos os públicos, a Feira reuniu mais de trezentos expositores que acreditaram no potencial da Parecis SuperAgro e juntos levaram o nome de Campo Novo do Parecis, para todo o Brasil via televisão (Canal do Boi – Leilão SuperAgro, que em negociações superou um milhões de reais e do Canal


50 | FEIRA Rural –Rural Eventos, com mais de duas horas de transmissão ao vivo para todo o Brasil). A visibilidade da agricultura da região do “Chapadão do Parecis” ultrapassou todas as fronteiras e se projetou a nível nacional de uma forma dinâmica e muito transparente, afinal a Feira não se ateve somente em apresentar as novidades e possibilidades de aumentar a produção e os lucros. A preocupação com o andamento do setor agrícola, foi levada a sério e norteou boa parte das palestras (Circuito Aprosoja ) e simpósios (Oleaginosas e Crédito de Carbono). O produtor rural teve a oportunidade de acesso a novas tecnologias e o esclarececimento de dúvidas com os mais renomados palestrantes do Brasil, que estiveram em Campo Novo do Parecis discutindo e apresentando aonde estão as oportunidades e como chegar até elas.

Destaques O primeiro simpósio matogrossense sobre “Sequestro de Carbono e Possibilidades de Crédito de Carbono e Pagamento por Serviços Ambientais”, foi um destes destaques. Coordenado por conhecedores na área, como a presidente do Movimento Brasil Mata Viva e diretora do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Sócio-Ambiental - Idesa, Maria Tereza Umbelino. O engenheiro agrônomo e doutorando do Departamento de Agronomia da Unesp, Rodrigo Martinez Castro, o

ENTREVISTA | 51

Equipe BMV comandou o primeiro simpósio matogrossense sobre Sequestro de Carbono, possibilidades de Crédito e Pagamentos por Serviços Ambientais.

vice diretor da Aprosoja, Ricardo Arioli Silva e o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do MAPA, Márcio Antônio Portocarrero O sucesso da Feira não se ateve somente aos palestrantes, o grande público (aproximadamente 4.500 pessoas), que participou ativamente nos quatro dias da Parecis SuperAgro, visitando e interagindo com as novidades apresentadas na Feira. Finalizando os trabalhos da edição de 2010, Odenir Ortolan, presidente do Sindicato Rural, motivado pelo sucesso do evento que este ano teve como norte a preservação ambiental, agradeceu todos os parceiros

(Banco do Brasil, SENAR, AMPA, IMA-MT, Fundação- MT e Famato), por terem ajudado a realizar a 3ª Parecis SuperAgro, e transforma-lá em um grande evento. “Não posso deixar de agradecer os parceiros que desde a primeira edição acreditaram no evento, e ajudaram o Sindicato Rural a realizar a Feira Tecnológica de Negócios do Parecis”, pontuou Ortolan, ressaltando que cada empresa participante tem seu mérito individualizado pelo Sindicato Rural. “Se não fossem as mais de trezentas empresas, a SuperAgro não seria tão perfeita como foi este ano”, explicou Odenir, já antecipando algumas novidades para a 4ª edição da Parecis SuperAgro entre elas, Odenir destacou o turismo rural que deverá ser mais uma das áreas a ser exploradas na Feira em 2011.

Aproximadamente 4.500 pessoas participaram ativamente nos quatro dias da Parecis SuperAgro, visitando e interagindo com as novidades apresentadas na Feira


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