Brasil de Fato SP - Especial Combustíveis

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pEtroLEiros anUnciam grEVE dE adVErtÊncia dE 72 horas contra poLÍtica dE prEÇos da EmprEsa PÁG 6 Especial Greve São Paulo, 28 de Maio, 2018 brasildefato.com.br

GESTÃO PEDRO PARENTE: O COMBUSTÍVEL DO CAOS Marcelo Camargo/Agência Brasil

prEÇo da gasoLina sUBiU mais dE 50% Em 11 mEsEs, aponta diEEsE PÁG 5

confira a taBELa da copa do mUndo 2018 PÁG 8

Caminhoneiros param o país para alertar sobre a inviabilidade das constantes altas no preço do diesel para a economia; Modelo de taxação vinculado ao câmbio do dólar é criticado também por outros setores da sociedade, como os petroleiros que planejam greve contra a política de preços dos combustíveis da Petrobras – que inclui gasolina e gás de cozinha. PAG 4.

rEfinarias do nordEstE E do sUL EstÃo na mira do dEsmontE PÁG 3


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Especial Greve dos Caminhoneiros - www.brasildefato.com.br

Artigo

Cadê o acordo que estava aqui? Por Gustavo Marsaioli* A greve dos caminhoneiros começou suspeita para alguns, claro, não pela legitimidade da pauta. Todos já notaram que a política de preços estabelecida pela atual gestão de Pedro Parente (PSDB) na Petrobras é lesiva ao povo. A suspeita não vem por falta de apoio aos trabalhadores caminhoneiros, pois, sabemos da profissão penosa e vital que exercem – são o sangue que corre nas “veias de asfalto” do país, levando tudo que o “corpo nacional” precisa. Alguns acusaram a greve de ser locaute (greve organizada por empresários, que é ilegal) por não haver repressão nos primeiros instantes e pelo fato do governo Temer e Pedro Parente, presidente da Petrobrás, cederem de forma relativamente rápida e sem contrapartidas nas negociações.

No entanto, na noite de quinta-feira (24), o anúncio de um suspeito acordo revela a real situação. Algumas associações dizem aceitar o acordo proposto, uma associação (ABCAM) e seus representantes aceitam apenas apresentar à categoria, não se comprometendo a encerrar a greve – acontece que a associação representa uma parte significativa dos caminhoneiros. Na sexta feira (25), os noticiários dão conta de que a greve não acabou, mostrando que a parte empresarial saiu da mobilização e os trabalhadores, de fato, não aceitaram o acordo. O governo responde com a ideia do exército na rua, autorizando o uso de força. O que está por trás de tudo isso é, mais uma vez, o interesse econômico dos grandes empresários e acionistas em detrimento do povo e dos trabalhadores. O objetivo é privatizar a Petrobrás e garantir lucro aos grandes acionistas, que atacam o povo em inúmeras frentes, vide a reforma trabalhista e as tentativas da reforma previdenciária. Tudo isso está sendo implantado após o impeachment liderado pelo tal do pato amarelo gigante. A população não pode se enganar, agora, com a campanha “chega de engolir sapo” da FIESP – mudou o animal, mas os donos da campanha e os interesses continuam os mesmos. Nós somos todos caminhoneiros. *coordenador da regional Campinas do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo

Expediente

w w w. b r a s i l d e f a t o . c o m . b r Editora-chefe: Claudia Rocha (MTB: 087848). Repórteres: Alessandra Campos e Norian Segatto Diretor de arte: Fernando Bertolo. Tiragem: 30 mil exemplares Contato: bdf.saopaulo@gmail.com Distribuição sem fins lucrativos


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ESPECIAL GREVE DOS CAMINHONEIROS - WWW.BRASILDEFATO.COM.BR

Direção da Petrobras anuncia venda de refinarias e amplia desmonte da empresa Impactos do modelo são sentidos pela população no aumento do preço dos combustíveis, desemprego e na falta de investimentos no setor de infraestrutura Norian Segatto

A direção da Petrobras, sob a gestão do presidente Pedro Parente, divulgou para o mercado, no mês de abril, o modelo de desmonte de quatro refinarias: Landulpho Alves (RLAM) na Bahia, Abreu e Lima (RNEST) em Pernambuco, Alberto Pasqualini (REFAP) no Rio Grande do Sul e Presidente Getúlio Vargas (REPAR) no Paraná. Além das refinarias, entram no pacote de desmonte dutos e terminais operados pela Transpetro e integrados às unidades.

Na avaliação do coordenador do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo, Juliano Deptula, este é o maior ataque à Petrobras em seus mais de 60 anos de existência. “Ninguém tem dúvida de que se passar esse modelo no Nordeste e no Sul, a próxima etapa será o desmonte das refinarias de todo o país", afirma Deptula.

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A descoberta de petróleo na camada

Ninguém tem dúvida de que se passar esse modelo no Nordeste e no Sul, a próxima etapa será o desmonte das refinarias de todo o país" Informa Juliano Deptula.

Imagem extraída da apresentação pública da Petrobras mostra a proposta de venda do aglomerado de ativos no Nordeste

pré-sal, em 2008, posicionou o Brasil em um lugar de destaque, geopoliticamente, por se tratar de uma das maiores reservas do mundo encontradas nos últimos 50 anos, quantidade capaz colocar o país no seleto grupo dos grandes produtores e exportadores de petróleo. A perspectiva da Petrobras era chegar a produzir, em 2020, 4,2 milhões de barris por dia. Para garantir capacidade de refino e controle sobre a produção, o governo do ex-presidente Lula determinou a construção de cinco novas refinarias e a ampliação das que já existiam. Conjuntamente, houve alteração na lei do petróleo (do modelo de concessão para o de partilha), garantindo maior retorno para o Estado e controle da Petrobras sobre a extração do petróleo. Completando o conjunto de medidas, a política de conteúdo nacional foi fortalecida, gerando centenas de milhares de empregos. A indústria naval, por exemplo, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparo Naval (Sinaval), passou de 1.900 empregos no ano 2000 para 56.112 em 2010.

na contramÃo do dEsEnVoLVimEnto

Após o golpe contra a presidente Dilma, essa política foi sistematicamente posta de lado. O tucano Pedro Parente foi nomeado presidente da empresa por indicação política e influência de José Serra, que teve como primeiro projeto, enquanto senador, a proposta de retirada da Petrobras do posto de operadora única dos campos do pré-sal. O mesmo Serra que, em 2009, se comprometeu com executivos da estrangeira Chevron a derrubar a lei de partilha caso fosse eleito presidente, de acordo com revelações do Wikileaks.

só VantagEm

Imagem extraída da apresentação pública da Petrobras mostra a proposta de venda do aglomerado de ativos na região Sul

No documento enviado ao mercado financeiro, a administração da Petrobras não se inibe em informar o “ótimo negócio” que está proporcionando. Entre outras grandes vantagens, o anúncio destaca alguns pontos como: “grande e atraente mercado com crescimento estável da demanda; sistema de refino eficiente e competitivo; potencial significativo de melhoria operacional”. “Para evitar esse desmonte que trará perdas irrecuperáveis para o Brasil, a categoria petroleira deliberou a realização de uma greve nacional a partir de junho, queremos dialogar com a população sobre o problema do aumento do preço dos combustíveis e de como a privatização da Petrobras irá afetar todo o país”, informa Juliano Deptula. Para os investidores estrangeiros é mais uma vantajosa negociação feita em troca da soberania energética nacional, do desmonte da maior empresa da América Latina e do desemprego de milhares de trabalhadores.


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ESPECIAL GREVE DOS CAMINHONEIROS - WWW.BRASILDEFATO.COM.BR

Política de preços de combustíveis desestabiliza ordem do país Em uma semana de greve de caminhoneiros, falta de abastecimento prejudica diversos setores, assusta população e demonstra fragilidade do governo Temer na condução das negociações Por Claudia Rocha

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Tomaz Silva / Agência Brasil

Tomaz Silva / Agência Brasil

Com bloqueios em 596 pontos de estradas em 25 estados, segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal, os caminhoneiros alteraram a rotina do país e demonstraram a clara importância dos combustíveis para a manutenção da economia e do funcionamento da estrutura de diversos setores como transporte, segurança, saúde, educação. No sábado (26), 14 aeroportos ficaram sem combustível para reabastecer aviões. Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, dentre outras, operaram com 50% da frota de ônibus e houve até interrupção da coleta de lixo. A cúpula da Polícia Militar de São Paulo se pronunciou afirmando que as rondas das viaturas na cidade foram reduzidas para economizar gasolina. A situação nos hospitais também foi motivo de grande preocupação: não houve entrega de roupas esterilizadas para realização de procedimentos, soros, medicamentos, além de galões de oxigênio – o que fez com que a Confederação Nacional de Saúde informasse preocupação e declarasse a gravidade do desabastecimento. Aulas foram canceladas, prateleiras de supermercados ficaram vazias e foi implantado racionamento de itens por pessoa em muitos estabelecimentos do país, a cotação do quilo da batata na Ceagesp ficou em R$ 17,50. A instalação do caos se deu uma semana após a categoria dos caminhoneiros ficar de braços cruzados em protesto contra o preço praticado no diesel, que tem prejudicado os profissionais do setor por conta da instabilidade e pelos repentinos aumentos significativos na taxação do combustível. Para a professora doutora em Teoria Econômica da USP, Leda Paulani, a atual política de preços da estatal é negativa.

Colocar 200 milhões de pessoas na dependência de dois ou três preços que não são determinados pela nossa economia, mas internacionalmente, é sim uma irresponsabilidade” pondera Leda Paulani.

Tânia Rêgo / Agência Brasil

“Colocar 200 milhões de pessoas na dependência de dois ou três preços que não são determinados pela nossa economia, mas internacionalmente, é sim uma irresponsabilidade”, pondera Leda Paulani.

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Inicialmente a reivindicação prioritária do movimento era a política de preços do combustível, mas com o destaque da atuação, outros itens foram sendo revelados na pauta. A negociação com o governo na quinta-feira (24) foi bastante tumultuada, oito associações assinaram o termo, porém a Associação Brasileira dos Caminhoneiros, Abcam, deixou a reunião e se recusou a negociar. De acordo com José da Fonseca Lopes, que está à frente da entidade, a Abcam representa mais de 700 mil caminhoneiros, em 60 sindicatos e sete federações. A proposta de acordo anunciada pelo presidente Michel Temer (MDB) ofereceu 12 pontos, em troca da suspensão da greve, dentre eles: eliminação da Cide, imposto que faz parte da composição do preço do combustível, desconto de 10% no valor do óleo diesel nos próximos 30 dias; e reajustes, agora mensais, de preços com compensação da União para a Petrobras. Um ponto que chamou bastante a atenção foi a não reoneração da folha de pagamento das empresas do setor de transporte rodoviário de cargas. O governo afirma ter convicção de que houve locaute (greve que não conta com a participação somente dos trabalhadores, mas sim de empresários, o que é considerado ilegal). No sábado (26), a Polícia Federal declarou ter 37 inquéritos abertos para investigação de empresários do setor. Foi anunciada a aplicação de multa para as transportado-


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ras no valor de R$ 100 mil reais por hora parada. Na tentativa de pressionar a desobstrução das rodovias, Temer editou um decreto que autoriza a atuação do Exército para Garantia da Lei e da Ordem (GLO), acionando as Forças de Segurança Federais para eliminar os focos de protestos e as Forças Armadas para conduzir caminhões particulares para tentar normalizar, especialmente, os serviços de atendimento básico da população.

da EstaBiLidadE À fLUtUaÇÃo do dóLar

Antes de 2016, o preço do combustível era guiado pelo custo de operação, da produção até a chegada aos postos e tinha relação com políticas econômicas mais gerais do governo. Com a chegada de Pedro Parente (PSDB) na direção da companhia, o preço passou a ser ditado pela variação da cotação do petróleo no mercado internacional, que é em dólar. Em artigo publicado no blog Jornal GGN, Willian Nozaki, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política, afirma: “O Brasil tem reservas e produção de petróleo em nível suficiente para que pudéssemos aproveitar a elevação internacional do preço do barril de óleo cru de forma positiva. Entretanto, a nova política de preços praticada pela Petrobras tem repassado diariamente as flutuações no preço internacional do petróleo para o posto de combustíveis e o consumidor final”. A movimentação na direção da privatização do setor é criticada também pela professora de Teoria Econômica da USP, Leda Paulani. “A Petrobras é uma joia, o mundo inteiro quer a Petrobras, aí o governo brasileiro dá de bandeja para o primeiro que aparecer”, opina a economista. Em comunicado assinado conjuntamente, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo destacaram, dentre outros pontos, o aumento do preço do gás de cozinha que chegou a quase 68% e mais de um milhão de domicílios brasileiros voltaram a utilizar lenha ou carvão. “Não podemos aceitar que o lucro dos acionistas internacionais esteja acima dos interesses do povo brasileiro. Não podemos aceitar que essa política de preços que penaliza a população mais pobre seja mantida. Não podemos aceitar que Pedro Parente continue a frente da Petrobras”, diz a nota.

Preço da gasolina subiu mais de 50% em 11 meses, aponta Dieese Inconstância no valor de combustíveis é marca de governos neoliberais no Brasil Por Alessandra Campos

Desde que a nova política de preços foi adotada por Pedro Parente (PSBD), presidente da Petrobras, em julho do ano passado, o valor da gasolina aumentou 130 vezes e o do diesel, 124, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os reajustes ocorrem quase diariamente e se baseiam na variação da cotação do petróleo no mercado internacional, que segue o câmbio do dólar. A atual política da Petrobras tornou inviáveis as atividades do setor de transporte e trouxe ameaça de caos nacional com a greve dos caminhoneiros e o desabastecimento de combustíveis e diversos produtos em todo o país. O preço da gasolina aumentou 130 vezes e o diesel sofreu 124 reajustes, desde julho do ano passado, aponta levantamento do Diesse. Importação estimulada O desmonte do parque de refino também está em curso desde o ano passado. Além de Parente ter implantado a nova política de reajuste de preços dos combustíveis, determinou a redução de carga nas refinarias, que passaram a operar, em média, com 70% da

capacidade. A tática foi manter as unidades de refino ociosas e aumentar as importações de combustíveis, favorecendo o mercado estrangeiro. Para suprir a demanda interna, o governo passou a importar cerca de 25% a mais de derivados do petróleo, beneficiando principalmente os Estados Unidos, de quem o Brasil é hoje o maior importador de óleo diesel. Para Juliane Furno, doutoranda em Desenvolvimento Econômico na Unicamp, se a iniciativa privada assumir o refino e o controle do transporte de derivados, o governo brasileiro perderá a possibilidade de controlar o preço do combustível nas bombas dos postos. “Com o refino nas mãos das empresas privadas findam-se as possibilidades de garantir desenvolvimento nacional e preços baixos aos consumidores, já que a lógica deixa de ser o bem-estar social e passa a ser a do mercado”, explica. O litro da gasolina que é comercializada nas refinarias subiu 51,16% e o do diesel teve alta de 35%, na comparação com julho do ano passado, quando a nova política de preços entrou em vigor, conforme estudos do Dieese. Só na semana de 14 a 19 de maio, a

Entre 1995 e 2002, o preço do combustível sofreu reajustes de 350%, uma média de 44% ao ano. De 2003 a 2015, o reajuste foi de 45%, quase 4% ao ano, segundo a Federação Única dos Petroleiros.

presidência da Petrobras reajustou cinco vezes consecutivas os valores dos combustíveis nas refinarias e o litro da gasolina comum chegou a ser vendido a R$ 5,26, segundo dados oficiais da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A gasolina no Brasil é apontada hoje como a segunda mais cara entre os 15 principais países produtores de petróleo no planeta, de acordo com ranking da consultoria Air-Inc, que consolida estatísticas globais de custo de vida e mobilidade – só perde para o combustível vendido na Noruega. Nos anos 90, no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, a gasolina brasileira chegou a ser cotada entre as 20 mais caras do mundo. Entre 1995 e 2002, o preço do combustível sofreu reajustes de 350%, uma média de 44% ao ano. De 2003 a 2015, o reajuste foi de 45%, quase 4% ao ano, segundo a Federação Única dos Petroleiros. Até 2003, os preços eram reajustados mensalmente pela Petrobras. Nos governos Lula, a empresa passou a exercer uma política de preços que levava em consideração os mercados externo e interno, o que resultava na preservação dos interesses nacionais e as necessidades da população.

Valter Campanato/ Agência Brasil

Ministros do governo Temer em anúncio dos resultados do acordo com os caminhoneiros no Planalto


6 ENTREVISTA

ESPECIAL GREVE DOS CAMINHONEIROS - WWW.BRASILDEFATO.COM.BR

Petroleiros anunciam greve de advertência de 72 horas a partir de quarta-feira Norian Segatto

Por Claudia Rocha

Em pronunciamento feito na noite de sábado (26) pelo coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, a categoria anunciou que vai pressionar pela redução dos preços dos combustíveis: gasolina, diesel e gás de cozinha. O Brasil de Fato SP conversou com o diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, Alexandre Castilho, sobre o movimento: Brasil de Fato SP: A categoria petroleira está mobilizada para uma greve em breve, qual é a pauta de reivindicações? Alexandre Castilho: Os petroleiros aprovaram, em assembleia, a greve. Estamos agora na fase de discutir com a categoria qual o modelo, a tática que será utilizada, e também nos preparamos para definir uma data. Nós queremos que a Petrobras baixe os preços dos derivados de petróleo: gasolina, diesel, o gás de cozinha, esse é um ponto. Baixando os preços, a consequência disso é que vai acabar não ocorrendo mais a importação dos derivados. Hoje, no mercado nacional, cerca de 20% a 30% já está sendo abastecido com produtos importados, em paralelo caiu a carga de produção das refinarias, na média as refinarias estão operando com 70% da sua carga de

produção, há unidades em que está 50% da produção. A ideia é que elas voltem a trabalhar em plena carga, assim como acontecia no passado, o que significa uma garantia de emprego das pessoas que trabalham nessas unidades. O último ponto é contra o desmonte do sistema Petrobras e a privatização. Com relação à gestão Parente, o que mudou? Você comentou sobre o modelo que favorece importações, houve uma mudança de uma gestão para a outra. O que isso influência no preço dos combustíveis? Na gestão passada, nos governos Lula e Dilma, a Petrobras praticava um modelo de negócios onde ela definia um preço médio do valor do barril do petróleo, ela fazia uma projeção de uma década dos preços de mercado e, assim, define, assume o preço médio, com isso monta sua planilha de custos, e pratica um preço de combustível vendido no mercado nacional. Independente da conjuntura no Oriente Médio, quando o preço do barril de petróleo disparava, por exemplo, no mercado nacional permanecia estável porque a Petrobras atuava numa ótica de uma média de preço de mercado. Então, ela absorvia os impactos das grandes elevações internacionais, que são motivadas principalmente por guerras. A estatal

Em preparação para movimento que será realizado por tempo indeterminado, trabalhadores da Petrobras querem mudança na política de preços dos combustíveis praticada pela companhia

A atual política de preços do Pedro Parente é uma sabotagem ao sistema Petrobras"

Petrobras funcionava como um amortecedor dos impactos na alteração de preços por motivos externos. Com o golpe de estado no Brasil, a Petrobras foi puxada a praticar preços internacionais independente do nosso custo de produção nacional. Mesmo tendo pré-sal, as refinarias no Brasil, e condições de distribuição no mercado nacional, mesmo não tendo alteração nenhuma no custo de produção, a Petrobras eleva seus preços de venda nas refinarias por estar seguindo uma política de acompanhamento dos preços internacionais. Então não existe uma justificativa interna, do mercado nacional, para que se alterem os preços dos combustíveis. Essa alteração se dá por vontade política do governo federal direcionando as ações do Pedro Parente. A consequência disso é a facilidade de produtos importados pelo fato da própria Petrobras subir seus preços, então ela perde mercado a cada dia por praticar os preços internacionais. O sistema de refino da Petrobras vai perdendo importância no mercado nacional. “A atual política do Pedro Parente é uma sabotagem do sistema Petrobras”. E quem acaba se beneficiando com isso? Porque, se a população fica refém desse aumento de preços e a Petrobras não funciona mais como um amortecedor, alguém está ganhando...

Sim, é o sistema financeiro e as multinacionais estrangeiras, as refinarias nos Estados Unidos estão lucrando e vendendo muito combustível para o Brasil. Como estamos vivendo nestes dias certo caos instalado, como vocês pensam em colocar a pauta de vocês para a sociedade em meio a essa conjuntura da greve dos caminhoneiros? Nós estamos debatendo. Primeiro, que o pleito de queda dos preços dos combustíveis coincide parcialmente com a nossa pauta, nós queremos a redução do valor de todos os derivados, não apenas do diesel. Queremos que essa ação dos petroleiros ajude a resolver o problema na sua raiz. E que seja a partir da redução de preços nas refinarias, ou seja, fazer com que a Petrobras volte a funcionar como uma estatal que funcione como amortecedor da economia do país na questão dos derivados. Hoje, a Petrobras pesar de ser uma estatal, já está atuando como se fosse privada. Na realidade, nem no lucro próprio ela está pensando porque aumentar tanto assim a importação e diminuir a carga de produção leva a Petrobras a ter prejuízo, mesmo com preços mais altos sendo praticados. O que vai garantir a saúde financeira da empresa é a redução de preços no mercado para garantir o consumo a partir da Petrobras e trabalharmos com alta carga de produção.


DIVIRTA-SE 7

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RECEITA

SOPA DE BETERRABA Friozinho e sopa é uma parceria clássica e deliciosa para você se nutrir e ficar aquecido (a) ao mesmo tempo. Que tal uma receita colorida para você comer com os olhos antes de forrar o estômago?

Ingredientes: 1500 gramas de beterraba (sem casca e picadas); 1 cebola média (picada); 1 dente de alho (socado ou processado); 1 colher (de sopa) de azeite; 1 litro de água; 2 colheres (de sopa) de suco de limão; 1 caldo de legumes;

Áries Você deve ficar perto das pessoas que considera certas com afinidades compatíveis com as suas. Seja flexível no seu relacionamento conjugal, a semana vai exigir muita concentração no trabalho.

Touro Pode ser uma semana em que você terá que fazer uma difícil escolha para o seu futuro. Não arraste situações chatas no seu relacionamento, se entregue mais ao seu trabalho e cuidado com os gastos financeiros.

Gêmeos Essa é uma semana de cautela. No plano afetivo, seja direto no que tem que dizer, não fuja de compromissos. Esse é o momento de agarrar seu futuro profissional. Não descuide da alimentação.

1/2 colher (de sopa) de amido de milho; Sal e pimenta do reino a gosto.

Modo de preparo:

Ponha em uma panela o azeite, a cebola e o alho; Refogue por em média 5 minutos, ou até obter coloração transparente; Adicione a beterraba, o suco de limão, o caldo de legumes e a água, deixe cozinhar por 15 minutos ou até começar a ferver; Transfira o conteúdo para o liquidificador e processe até obter consistência homogênea; Retorne com a sopa para a panela e acrescente o amido de milho já dissolvido, mexa; Deixe cozinhar por mais 2 minutos, ou até obter consistência mais grossa; Tempere da forma desejada; Sirva quente.

Câncer Cuidado com o plano profissional, que parece estar beirando o caos, pode ser responsabilizado por problemas antigos. Cuidado com o orgulho no relacionamento afetivo. No quesito material, tenha os pés no chão.

Leão No plano afetivo, os problemas previsíveis devem desaparecer, uma conexão antiga pode renascer. Tente descansar um pouco mais. Deve receber uma proposta de emprego em breve, não responda de imediato, reflita.

Virgem Cuidado com os pensamentos muito negativos. Não cobre afeto das outras pessoas. No plano profissional, mesmo desanimado, você deve seguir persistindo, objetivos antigos podem ser atingidos inesperadamente agora.

Libra Boa semana para os librianos. Você está com forte poder de liderar, tomar decisões com planejamento, a saúde financeira deve melhorar. No plano afetivo, seja mais sincero com o parceiro.

Escorpião Os nativos de escorpião devem ter paciência nesta semana. Projetos profissionais podem ser prejudicados por fatores externos, mas nada definitivo. As relações pessoais mais antigas são as mais protegidas agora.

Sagitário Independente dos problemas com que irá se deparar, essa é uma semana em que estará seguro e tranqüilo. O plano profissional reserva importantes vitórias, não cruze os braços para problemas pequenos.

Capricórnio Você deve ter cuidado com a precipitação, amadureça as ideias, antes de querer colocá-las em prática. Cuide mais da sua saúde, deve ter cuidado com influências negativas no campo profissional.

Aquário Evite falta de confiança no plano afetivo. No plano profissional, o começo da semana pode ser mais conturbado, porém a sua criatividade estará em alta. Gaste seu tempo livre se divertindo.

Peixes No plano profissional, este é o momento em que receberá uma oportunidade positiva, arrisque. Para o setor sentimental, a semana reserva o retorno de algumas atitudes do passado: positivas ou negativas.


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TABELA DA COPA 2018

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou projeto que define regras para a eleição indireta, pelo Congresso, em caso de vacância do cargo de presidente e vice nos dois últimos anos de mandato. Atualmente, a Constituição prevê que ocorra novo pleito em 30 dias. Se não houver recurso, o texto segue para Câmara.

CONTA DE LUZ MAIS CARA A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que no mês de junho haverá aumento na cobrança da energia, a justificativa é a escassez de geração. Será acionada a bandeira tarifária vermelha nível 2, o mais elevado das taxas adicionais.

MAIS MULHERES NA POLÍTCIA O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, criado no ano passado, deve ser utilizado em candidaturas femininas, assim como o horário eleitoral na cadeia de rádio e televisão. A decisão já começa a valer nas eleições deste ano.

GOOGLE E FACEBOOK DENUNCIADOS A Regulação Geral de Proteção de Dados (GDPR) é uma nova lei da União Europeia que visa dar mais segurança aos usuários na coleta e armazenamento de dados pessoais. Os gigantes Google e Facebook foram denunciados por forçar publicidade dirigida para o acesso às plataformas. Se a denúncia for aceita, as empresas devem ser multadas.

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