Edição 58 do Brasil de Fato MG

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3 CIDADES

Rogério Sarmento

Ciclovias sem segurança

Reprodução

Valorizando o nosso Norte

Vias para bicicletas são poucas e recebem baixo investimento na capital. Ciclistas se organizam para apontar problemas e soluções

Minas Gerais

13 CULTURA

A cultura do Norte de Minas tem um museu próprio, em Montes Claros. Local também receberá exposições de artistas regionais 02 a 08 de outubro de 2014 • edição 58 • brasildefato.com.br/mg • distribuição gratuita

6 MINAS

5 MINAS

Choque de dívidas Segundo doutor em economia, o Choque de Gestão do governo PSDB em Minas é uma estratégia de marketing. Quem assumir o governo em 2015 enfrentará um Estado quebrado e uma dívida de R$80 bilhões

3 CIDADES

Cemig adianta dinheiro para acionistas Reprodução

Sind-UTE/MG

Falta de estrutura prejudica estudantes Estabelecimento ao lado de posto de gasolina abriga escola de Uberaba. Faltam espaços adequados para biblioteca, cantina e recreio. Segundo diretor, nova escola deve ser inaugurada em setembro de 2015

11 BRASIL

Reprodução

Previsões para as eleições Dilma tem 40% das intenções de voto e agora Marina disputa uma vaga com Aécio Neves no segundo turno

Repasse de R$ 604 milhões acontece três meses adiantado, na última semana antes das eleições. Enquanto isso, falta investimento na qualidade do serviço e conta de luz aumenta em 2015


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OPINIÃO

Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

editorial | Minas Gerais

de renda. Dilma e o PT sabem que o aprofundamento das mudanças de­ pende da alteração da correlação de forças para viabilizar reformas estru­ turais. Entretanto, a convergência de um cenário de aprofundamento da cri­ se econômica internacional com a expectativa expressada em junho de 2013 da necessidade de aprofunda­ mento das conquis­tas sociais invia­ biliza a aplicação de qualquer um destes compromissos programáticos sem o acirramento dos conflitos de classe. Ou seja, a retomada do clássico programa neoliberal frustraria a ex­ pectativa de aprofundamento das mudanças manifestadas em junho de 2013, lançando o país numa cri­ se polí­tica. Já o compromisso da pre­ sidenta Dilma de responder às mani­ festações aprofun­dando as mudan­ ças acirraria a cru­zada conservado­

Derrotar o neoliberalismo em Minas Ao longo das 58 edições do Brasil de Fato MG o posicionamento deste jornal sempre foi muito cla­ ro: o neoliberalismo não interessa ao povo mineiro e precisa ser der­ rotado como projeto político para o estado. Minas Gerais vive há pelo me­ nos 12 anos sob governos clara­ mente neoliberais, que nunca es­ tiveram orientados para atender aos interesses do povo. As gestões do PSDB no governo estadual sem­ pre visaram a atender aos interes­ ses de uma pequena parcela da po­ pulação, formada por empresários, banqueiros e latifundiários. Os ne­ oliberais governam para os ricos. O neoliberalismo entende que o papel do Estado é intervir o míni­ mo possível na vida da população, deixando a cargo do setor empre­ sarial a gestão dos setores estraté­ gicos da sociedade, como a econo­ mia, a educação, a saúde e o trans­ porte.

O projeto neoliberal pode ser derrotado nas urnas, simbolizando o fim de um ciclo que não deixará nada de positivo. Um passo importante para construção futura de um projeto popular para Minas Assim, é culpa do neoliberalis­ mo o fato de, em Minas, não se in­ vestir o mínimo constitucional em saúde e educação; e que esses ser­ viços públicos sejam de péssima qualidade, com trabalhadores que recebem baixos salários e com con­ dições de trabalho cada vez piores. O neoliberalismo é responsável pelo fato de que em Minas as prin­ cipais empresas públicas (como a Cemig e a Copasa) tenham sido gradativamente passadas para as mãos privadas, com prejuízos para seus trabalhadores e consumido­ res, que recebem serviços cada vez

mais caros e de pior qualidade. O neoliberalismo é responsável pelo fato de que a economia mi­ neira, após 12 anos, siga baseada em setores atrasados, exportadores de matérias-primas para o exterior, como o agronegócio e a mineração. Setores que destroem o meio am­ biente e trazem prejuízos para as comunidades locais em que se in­ serem. O neoliberalismo é responsável pelo fato de que em Minas se pa­ gue a conta de luz mais cara do pa­ ís. Os impostos estaduais aqui pe­ sam muito nos bolsos dos pobres, e são leves para os bolsos dos ricos. Também é marca do neolibera­ lismo o cenário de censura que se vive no estado. Para esconder tudo de ruim que o governo estadual fez, foi preciso controlar com mão de ferro a mídia mineira. Os jornais, as rádios e TVs daqui são, através das verbas publicitárias, controlados. No domingo, dia 5 de outubro, o projeto neoliberal pode ser derro­ tado nas urnas, simbolizando o fim de um ciclo que não deixará na­ da de positivo para Minas Gerais. É um passo importante que preci­ sa ser dado, no sentido de garan­ tir a construção futura de um pro­ jeto popular para Minas, em que a vida e o ser humano sejam a prioridade.

editorial | Brasil

Eleições e os cenários da luta pela Constituinte As eleições seguiram marcadas pe­ la au­sência de debate sobre o proje­ to po­lítico que queremos para o Bra­ sil. Is­ to não significa que, no caso das elei­ções presidenciais, não tenha ocor­ rido debate programático sufi­ ciente para diferenciar as candidatu­ ras. Os interesses de classe das for­ ças neoliberais e imperialistas hege­ monizam o conteúdo programático das candidaturas Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Isto fica de­ monstrado nos compromissos que estas duas candidaturas assumiram com o capital financeiro e os grandes bancos privados. A maior parte das forças popula­ res, assim como parte considerá­ vel das forças sociais neodesenvolvi­ mentistas vinculadas ao capital pro­ dutivo, estão alinhadas com a ree­ leição da presidenta Dilma Rousse­ ff (PT) e cobram pela manu­tenção e aprofundamento das con­quistas dos últimos 12 anos, atra­vés do cresci­ mento econômico e da distribuição

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora também com edições regionais, em SP, no Rio e em MG. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.

O atrasado sis­tema político tende a se transformar na questão nacional na medida em que o imaginário po­ pular perceber que o atual sistema é um obstáculo para as mu­danças

ra contra seu gover­no. Ao que tudo indica, uma derrota eleitoral das for­ ças neoli­berais na disputa pelo go­ verno fede­ral poderá ser compensa­ da pelo au­mento do peso das forças conserva­doras no Congresso Nacio­ nal. Ora, é justamente o atrasado sis­ tema político brasileiro, permeado pela influência do poder econômico, que pode permitir o encastelamen­ to das forças neoliberais no Congres­ so Nacional e sua aliança com a im­ prensa conservadora. A tendência é que a luta de classes se manifeste numa profunda crise po­lítica. A ba­ se dessa crise é o carco­mido sistema político. A contradição do sistema políti­ co tende a se transformar na questão nacional. Isto ocorrerá na medida em que aumentar no imaginário po­pular a percepção de que a organi­zação do atual sistema político é um obstáculo para aprofundar as mu­danças.

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Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

CIDADES

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Falta de ciclovias adequadas é obstáculo para uso da bicicleta em BH MOBILIZAÇÃO De acordo com professor, só a pressão pode gerar mudanças Wallace Oliveira Os ciclistas estão em to­ do lugar. A pesquisa ori­ gem e destino 2012 aponta que cerca de 26 mil deslo­ camentos diários são feitos com bicicleta na capital. Po­ rém, a falta de vias de des­ locamento seguro impede que a prática se torne uma opção de transporte a toda a população. Dados da BHTRANS in­ dicam que, nos últimos três anos, a Prefeitura de Belo Horizonte construiu 66,76 km de ciclovias, como par­ te do programa Pedala BH. Formulado a partir de 2005, o programa tem como meta chegar aos 380 km em 2020. No entanto, usuários recla­ mam que a malha cicloviá­ ria ainda anda muito longe de ser suficiente. Em 2008, o pesquisador Carlos Alexandre Silva co­ meçou a ir à faculdade pe­

dalando. Para ele, faltam ci­ clovias nos principais corre­ dores da cidade, o que leva as bicicletas a dividirem es­ paço com automóveis. Além disso, ele aponta problemas de comunicação e desconti­ nuidade entre as rotas. “Elas ligam nada a lugar nenhum. Eu saio do bairro São João Batista para a UFMG. O tre­ cho que pego não tem ciclo­ via. Tenho que ir entre os carros na Antônio Carlos e usar rotas alternativas para não pegar a Pedro I”, exem­ plifica. Outro problema é a pre­ cariedade das instalações. Segundo Thaís, Junqueira, da Associação dos Ciclis­ tas Urbanos de BH, muitas ciclovias não contam com manutenção. Também há dificuldades com a invasão de automóveis. Em 2012, a Associação dos Ciclistas Urbanos de BH publicou um relatório sobre as ciclo­

vias da cidade. Como prin­ cipais debilidades, o docu­ mento apontou a ausência de sinalizações adequadas, buracos, rachaduras e buei­ ros desprotegidos, blocos de concreto e outros obstá­ culos, falta de calçadas pa­ ra pedestres, levando-os a ocuparem as faixas dos ci­ clistas, além da invasão por automóveis. Carro na ciclovia Segundo o professor An­ dré Schetino, o exemplo mais característico é a ciclo­ via da rua Fernandes Touri­ nho, na Savassi: “É perigoso, porque o carro, para esta­ cionar, tem que passar pela ciclovia.” Para ele, o centro da questão é a lógica que or­ ganiza as relações no trânsi­ to. “Trata-se de uma educa­ ção para o trânsito pautada nos carros”. Ele acredita que a resposta do poder público a esses problemas tem sido

Escola funciona de forma improvisada em prédio comercial UBERABA Alunos precisam conviver com cheiro de gasolina e perigo de rodovia Há pelo menos três anos, cerca de 550 alunos dos en­ sinos fundamental e médio precisam passar por uma rodovia perigosa e convi­ ver com o cheiro forte de gasolina para poder estu­ dar. A escola estadual Fran­ cisco Cândido Xavier fun­ ciona de forma improvisa­ da em cima de um conjun­ to de lojas, como pet shops, lotéricas e conveniência. A poucos metros, fica um posto de gasolina que aten­ de tanto os carros como ca­ minhões que trafegam pela rodovia BR-262. “Imagina a meninada debruçada em cima da pi­ lastra.. Além disso, o mau cheiro da gasolina é muito grande. Os caminhões che­ gam pra por gasolina, tem gente que mexe com os alu­ nos e eles sofrem com isso,

os professores também re­ clamam”, relata a coordena­ dora do Sindicato dos Tra­ balhadores da Educação de Uberaba, Maria Helena Ga­ briel. Ela conta que, antes, as aulas de educação físi­ ca eram feitas no pátio do prédio, convivendo com os clientes dos estabelecimen­ tos. Agora, foi alugada uma quadra perto da escola. O recreio é feito em área de varanda do segundo andar. Falta ainda sala de professo­ res, cantina adequada e es­ paço para biblioteca. “Acredito que não tem risco. Só falta estrutura mesmo. Risco a gente tem em todo lugar, só de atra­ vessar a rua”, diz o diretor Sebastião de Mello. Ele ex­ plica que uma outra esco­ la para receber os alunos já

Reprodução

Sind-UTE/MG

550 alunos estudam na escola

está em construção, desde agosto. O prazo legal para a obra é 360 dias, ou seja, de­ ve ficar pronta em setembro de 2015. “É uma região da cidade que cresceu demais e não foi oferecida estrutura educacional para as crian­ ças que moram aqui”, pon­ tua Sebastião.

Programa Pedala BH tem como meta chegar aos 380 km de ciclovia em 2020

insuficiente. A saída estaria, então, na mobilização: “As mudanças têm acontecido pela pressão de grupos or­ ganizados”, declara. Seria o caso, por exemplo, do programa Pedala BH. Inicialmente, teve uma exe­ cução lenta e suscitou mui­ tas críticas por parte dos ci­ clistas. No final de 2012, foi criado um grupo de discus­

são e trabalho, o GT Peda­ la BH, aberto à participação dos cidadãos. Isto teria pro­ porcionado uma melhoria do programa: “Com as reu­ niões e a consulta aos ciclis­ tas, o projeto tem andado um pouco mais. As ciclovias que aparecem agora já têm uma qualidade melhor, se­ guindo as normas”, conclui.

PERGUNTA DA SEMANA No dia 05 de outubro, brasileiros vão às urnas votar nos candidatos que escolheram como seu represen­ tante para o Parlamento e Executivo. Tenha sido difícil ou não, a escolha foi feita e, caso o candidato seja elei­ to, cabe agora ao cidadão acompanhar o seu trabalho e cobrar as promessas e lisura no governo. O Brasil de Fato MG pergunta:

Como você vai acompanhar os trabalhos de seu candidato durante o mandato, caso seja eleito?

É complicado acompanhar o que ele faz no cotidiano. Não temos tempo para correr atrás, ver o que está sendo feito, no que ele está investindo. Mas se eu tivesse oportunidade gostaria de acompanhar, pra ver se as propostas que ele fez estão sendo implantadas. Cássio Henrique Lamego, 35, estagiário

Vou acompanhar pela televisão, pelos jornais, pelo rádio. Já acompanhei outros candidatos e acho importante. Temos que ver o que eles estão fazendo por nós, que apostamos nosso voto neles. Kenya Mara da Costa, 32, cozinheira


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CIDADES

Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

Charanga feminista contra o machismo REVOLTA Estudantes criticam músicas com apologia à violência contra a mulher Reprodução

Na última semana, componentes da bateria da Engenharia da UFMG cantaram músicas com te­ or machista em um bar na região sul de Belo Hori­ zonte. As letras continham frases que tratavam o es­ tupro e a violência con­ tra as mulheres como coi­ sas naturais. Por exemplo, umas das músicas possuía

Pimenta será processado por crime eleitoral ELEIÇÕES Funcionários do Estado e da Cemig receberam campanha através de e-mails do governo O Sindicato dos Eletrici­ tários (Sindieletro-MG) en­ trará com ação no Ministé­ rio Público Eleitoral contra a coligação de Pimenta da Vei­ ga (PSDB), por crime eleito­ ral. Trabalhadores do gover­ no estadual e da Cemig rece­ beram em seus e-mails ins­ titucionais dois textos, que os convocavam a votar e re­ alizar campanha para Pi­ menta. De acordo com o ar­ tigo 300 do Código Eleitoral, é proibido coagir funcioná­ rios públicos a votar ou não em determinado candidato ou partido. O primeiro e-mail foi en­ viado em 16 de setembro, chamando os servidores a participarem de uma reu­ nião de campanha de Pi­ menta da Veiga. “Como é de conhecimento de sua chefia imediata, aguarda­ mos sua presença”, dizia o Publicidade

um trecho que dizia “não é estupro, é sexo surpre­ sa”. Muitas estudantes se revoltaram e utilizaram as redes sociais para denun­ ciar o caso. A repercussão foi nacional. Como forma de protes­ to, a Charanga Feminista, como é denominada a ba­ teria da Faculdade de Fi­ losofia e Ciências Huma­ nas (FAFICH) da UFMG, compôs uma música e re­

alizou um ensaio público no campus. Em ritmo de funk, as estudantes afir­ maram que “charanga não é isso / não dá pra acredi­ tar / isso é cultura do es­ tupro e contra isso eu vou lutar”. “Passamos o recado de que não cabe machis­ mo nas letras das charan­ gas e muito menos na uni­ versidade”, afirma Larissa Costa, estudante de jorna­ lismo. (Da redação)

Professores agredidos por apoiadores de deputado SUL DE MINAS Panfleto que divulga ações dos candidatos é motivo de reação violenta Dois professores foram agredidos no centro de Cam­ po Belo (Sul de Minas) em 28 de setembro. Vauvenargues Lopes e Marília Garcia entre­ gavam panfletos que mos­ tram os deputados que apro­ varam medidas de desvalo­ rização dos professores de escolas estaduais. Eles foram abordados por apoiadores e pelo deputado Duarte Be­ chir (PSD). “Ele disse que eu não tinha direito de me ma­ nifestar ali e começou a to­ mar nosso material de forma violenta” conta Vauvenar­

gues. Além disso, apoiadores do candidato diziam: “vocês não vão sair vivos daqui”. Alguns dias antes, o tam­ bém professor Ezequiel Gê­ neses de Resende afirma que recebeu uma ligação de Car­ los Bechir, irmão de Duarte Bechir. Ezequiel relata que o objetivo da ligação de Car­ los era coibir a manifestação e que ele utilizou de pressão emocional. Ambos os casos foram registrados em bole­ tim de ocorrência na delega­ cia local. (Rafaella Dotta)

Candidato relata tortura da Polícia Civil e-mail. Uma semana depois, em 24 de setembro, foi a vez de 8 mil funcionários da Ce­ mig receberem a propagan­ da eleitoral. O texto era assi­

nado por Pimenta da Veiga e defendia a atual administra­ ção da empresa, enquanto tecia críticas a Dilma Rous­ seff e ao PT. (Da redação)

César Vieira, candida­ to a deputado estadual pelo PROS, denuncia ter sofrido violência policial na madru­ gada do dia 26 de setembro, em Viçosa, na Zona da Mata César relata que voltava de uma viagem com mais du­ as pessoas quando foi abor­ dado por três carros da Polí­ cia Civil, não identificados. Eles foram acusados de fa­ zer parte de uma quadrilha que destruiria materiais de campanha. César nega qualquer en­ volvimento nesse tipo de

prática e diz que os três fo­ ram vítimas de tortura físi­ ca e psicológica por mais de cinco horas. “Nos rende­ ram com armas de grosso calibre, nos ameaçaram de morte e não nos deram di­ reito de defesa”, afirma. Para César, o caso é uma prova de perseguição políti­ ca, pois ele é o único candi­ dato da coligação de oposi­ ção na região. O caso foi de­ nunciado na Ouvidoria de Polícia, na Corregedoria e no Ministério Público. (Da redação)


MINAS

Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

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Cemig repassa R$ 604 milhões a acionistas na véspera das eleições CONTRADITÓRIO Sindicato e movimento questionam aumento da conta de luz e falta de recurso para melhorias Reprodução

Thaíne Belissa tarifas mais caras do país. “A Cemig pediu à Ane­ Os acionistas da Com­ el quase 30% de reajuste panhia Energética de Mi­ da tarifa, então sua prio­ nas Gerais (Cemig) vão ridade é remeter lucro entrar no fim de semana aos acionistas. A popula­ das eleições com mais di­ ção precisa se dar conta nheiro no bolso. A garan­ de que, apesar de ser uma tia veio por meio do repas­ empresa do governo, a Ce­ se, um pouco mais adian­ mig não atende aos usuá­ tado este ano, da segunda rios como deveria”, afirma. parcela dos dividendos ex­ Também da coordena­ traordinários, no valor de R$604 milhões. Represen­ “Eles querem garantir tantes do Movimento dos Atingidos por Barragens a parte dos acionistas, (MAB) e do Sindicato dos principalmente Eletricitários de Minas Ge­ daquelas empresas rais (Sindieletro-MG) de­ nunciam a nova partilha que financiam de lucros, enquanto a po­ a campanha do pulação é obrigada a pa­ gar mais caro pela conta governo”, de luz. Para Gilberto Cervinski, ção nacional do MAB, Jo­ da coordenação nacional celi Andrioli questiona o do MAB, apesar de ser le­ período escolhido pela gal, o repasse dos dividen­ empresa para fazer o se­ dos nessas condições de gundo repasse dos divi­ lucro excessivo é questio­ dendos. De acordo com nável, principalmente pe­ ele, esse procedimento lo fato de a Cemig ser uma normalmente acontece no empresa pública e ter res­ fim do ano e, desta vez, foi ponsabilidade social com adiantado para 30 de se­ a população. Ele denuncia tembro, cinco dias antes que, se por um lado a com­ das eleições. “Eles que­ panhia reparte os ganhos rem garantir a parte dos com os acionistas, por ou­ acionistas, principalmen­ tro ela tenta explorar ao te daquelas empresas que máximo o bolso do consu­ financiam a campanha do midor, que paga uma das governo”, diz.

Cemig pediu quase 30% de reajuste da tarifa à Aneel

Ele também desta­ ca que, ao invés de entre­ gar quantias tão altas aos acionistas, a empresa de­ veria cumprir seu papel social com os atingidos pelas construções de hi­ drelétricas. Segundo ele, um estudo realizado em Minas Gerais comprovou que há um padrão de vio­ lação de direitos humanos na construção de hidrelé­ tricas. “Há vários lugares onde

a empresa deveria cons­ truir escolas para as co­ munidades atingidas, mas não inicia as obras. Além disso, as populações vi­ vem com problemas, co­ mo dificuldade de acesso à água e infertilidade das terras”, destaca. O coordenador geral do Sindieletro-MG, Jairo No­ gueira Filho, explica que esses R$ 604 milhões fa­ zem parte do montante de mais de R$ 3,3 bilhões que

está sendo repassado aos acionistas em 2014. Ele destaca que, nos últimos cinco anos, a empresa en­ tregou, em forma de di­ videndos, quase 100% do seu lucro. “O que nos dei­ xa espantados é que a Ce­ mig continua com a velha política de repasse de lu­ cro. Não fica nada para in­ vestir na melhoria de re­ de, nos trabalhadores e na discussão da redução tari­ fária”, reforça.

Copam aprova licença para mineração

PEC 69 não foi votada por falta de quórum

DIAMANTINA Maioria dos conselheiros ficou calada e deixou passar a licença para o projeto

Professores da Lei 100 continuam sem solução

Após 11 horas de reunião do Conselho Estadual de Po­ lítica Ambiental (Copam) em Diamantina (Alto Jequi­ tinhonha), a licença de ope­ ração para dar início ao pro­ jeto Minas-Rio, da britânica Anglo American, foi libera­ da. Apesar disso, várias con­ dicionantes que se arras­ tam desde a licença prévia não foram cumpridas, justi­ ficando os quatro votos con­ tra, entre eles o do Ministério

Público Estadual. Dos quase 20 conselhei­ ros, a maioria sequer se pro­ nunciou, já que, para votar em favor da liberação da li­ cença, não era necessária qualquer justificativa. Mas os conselheiros que votaram contra tiveram que justifi­ car a sua opção, e citaram a mortandade de animais pe­ la contaminação dos rios e o desabastecimento de água para as famílias atingidas.

O maior projeto de mine­ ração em instalação em Mi­ nas Gerais foi então aprova­ do por conselheiros que não falam, sob a supervisão do secretário de Meio de Am­ biente de Minas Gerais, Al­ ceu Torres, e da diretoria da Anglo American. Com uma licença ambiental para in­ glês ver, o silêncio autorizou a empresa a continuar a po­ luir. (Justiça Global)

Foi realizada na terça-fei­ ra (30) a primeira discussão em plenário sobre a Propos­ ta de Emenda à Constituição (PEC) 69/14, que dispõe so­ bre a efetivação de quase 100 mil professores admitidos sem concurso público pe­ la Lei Complementar 100, de 2007, considerada inconsti­ tucional pelo STF. Em sessão conturbada, a proposta não chegou a ser votada, por não comparecimento de grande parte da base do governo.

O deputado Rogério Cor­ reia (PT), que esteve na reu­ nião, afirmou que a PEC 69 foi formulada com caráter eleitoreiro, já que a nova lei não anularia o veto à anterior. Cerca de mil servidores da educação atingidos pela Lei 100 acompanharam a sessão e pressionaram pela aprova­ ção da nova medida. Pela fal­ ta de quórum, a votação não foi concluída e os servidores não concursados continuam em situação indefinida.


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MINAS

Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

Choque de gestão: dívida de R$ 80 bilhões e Estado quebrado FINANÇAS Economista explica como governo maquiou os números para esconder falência Thaíne Belissa para mascarar números não favoráveis. Uma dívida de quase “Os governos começa­ R$ 80 bilhões e uma co­ ram a usá-la principal­ leção de déficits históri­ mente depois da Lei de cos. Quem mora em Minas Responsabilidade Fiscal Gerais e está acostuma­ para não sofrerem puni­ do a ler apenas boas no­ ções. Eles fazem isso es­ tícias sobre o governo es­ condendo gastos, jogan­ tadual nem pode imagi­ do despesas em outras ru­ nar que esses números ne­ bricas, lançando no orça­ gativos são de seu Estado. mento receitas não recor­ Mas uma análise detalha­ rentes, ou seja, que não da dos dados da Secretaria vão ocorrer todo ano”, diz. da Fazenda feita pelo dou­ Em Minas Gerais, ele afir­ tor em economia e profes­ O Estado nunca sor da Escola de Gover­ no da Assembleia Legis­ deixou de ser lativa de Minas Gerais Fa­ deficitário e o brício Augusto de Olivei­ ra aponta que, ao contrá­ Choque de Gestão rio do que dizem as propa­ foi muito mais uma gandas sobre o Choque de Gestão, Minas Gerais está peça de marketing do em maus lençóis em sua que uma estratégia situação financeira. O economista, que eficiente também foi professor da UFMG e da Fundação João ma que a prática acontece Pinheiro, estudou a dívida desde 2003, no início da mineira e escreveu diver­ gestão de Aécio Neves. De sos artigos sobre o assun­ acordo com o economista, to, além do livro “Dívida o governo adotou o con­ Pública do Estado de Mi­ ceito de resultado orça­ nas Gerais: A Renegocia­ mentário em suas contas, ção Necessária”. Para ele, o o que permitiu a maquia­ que acontece é um exem­ gem dos números. plo da prática da Conta­ “Na avaliação de finan­ bilidade Criativa, técnica ça pública esse conceito usada por empresas públi­ não tem significado e foi cas e privadas, desde 1970, usado só para vender boa

Em 2013, Minas Gerais teve déficits em todos os conceitos Orçamentário

{

Nominal

R$ 948 milhões

{

R$ 8,9 bilhões

Primário

{

R$ 86 milhões

A dívida consolidada líquida saltou de R$70,4 bilhões em 2012 para R$79,7 bilhões em 2013, um crescimento de 13%

imagem. A questão é que ele inclui na conta a con­ tratação de crédito, o que não é receita, mas um re­ curso para o pagamento de uma dívida. Além dis­ so, ele não inclui os ju­ ros e amortização da dí­ vida com a União”, expli­ ca. Segundo o professor, o conceito adequado pa­ ra a avaliação das contas no Estado é o de resultado nominal, que inclui os ju­ ros da dívida pública. Peça de marketing O economista afirma que, apesar de o gover­ no ter divulgado que esta­ va resolvendo o problema da dívida, a verdade é que o estado nunca deixou de ser deficitário e o Cho­ que de Gestão foi muito mais uma peça de marke­ ting do que uma estratégia eficiente. “Em Minas Ge­ rais todo mundo tem me­ do de falar, seja impren­ sa ou consultores. Pare­ ce que estamos no paraí­ so, mas isso é uma ilusão. O governo fala muito em saúde e em educação, mas sempre foi devedor dessas áreas”, frisa. Baseado em dados da Secretaria da Fazenda do Estado de Minas Gerais, o economista destaca que,

Reprodução

Para economista, governo usa “contabilidade criativa” para mascarar os números

no ano passado, o Esta­ do teve déficits em todos os conceitos: orçamentá­ rio, nominal e primário. Ele chama a atenção para o déficit primário, de R$86 milhões, que não aconte­ cia desde 1999. De acordo com o professor, esse nú­ mero é preocupante, pois significa que o governo não está sendo capaz nem de pagar seus gastos bási­ cos. “Além de não dispor de recursos para pagar um centavo dos encargos da

dívida, o governo ainda se vê obrigado a recorrer a novos empréstimos para honrar suas despesas pri­ márias”, afirma. Ele tam­ bém destaca o déficit no­ minal, de R$8,9 bilhões, que compromete 20% da receita líquida do Esta­ do. Diante desse desequi­ líbrio orçamentário, a dí­ vida consolidada líquida só aumenta, tendo salta­ do de R$70,4 bilhões em 2012 para R$79,7 bilhões no ano passado.

Ataque ao Funpemg O economista afirma que a situação financeira do Estado ficou tão crítica que ele acabou sem caixa e precisou lançar um pa­ cote de ajuste fiscal, em agosto de 2013. Mas, se­ gundo o professor, como as pequenas intervenções não resolveram o proble­ ma imediato do gover­ no, ele arriscou uma ma­ nobra maior, extinguindo o Fundo de Previdência do Estado de Minas Ge­ rais (Funpemg) e lançan­ do mão dos quase R$4 bi­ lhões arrecadados pelos servidores.

Aprovadas em tem­ po recorde e de manei­ ra eticamente condená­ vel, as Leis Complemen­ tares 128 e 131, de 2013, não só garantiram o fim do Funpemg, como a transfe­ rência de todo seu dinhei­ ro para o Fundo Financei­ ro da Previdência (Fun­ fip). Para o diretor jurídi­ co do Sindicato dos Servi­ dores da Justiça de 2ª Ins­ tância de Minas Gerais (Sinjus-MG), Wagner de Jesus Ferreira, a manobra foi uma atitude desespera­ da do governo para cobrir seu rombo financeiro.

“Diferente do Funpemg, no Fumpip não há repre­ sentantes dos trabalha­ dos e tudo fica no contro­ le do Estado. Na prática, o governo se apropriou dos recursos do fundo, levan­ do tudo para cobrir os dé­ ficits de seu caixa”, afirma. Ele explica que, justamen­ te por não ter controle, o Funpip foi alvo de des­ vios históricos, chegando a uma dívida de R$10 bi­ lhões. Agora, os servido­ res temem que o ataque à previdência prossiga, ameaçando suas aposen­ tadorias.


ELEIÇÕES

Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

Empresas “ficha-suja”

Bombou na rede

SISTEMA POLITICO Das dez empresas que mais doaram dinheiro para campanhas, sete estão envolvidas em escândalos Rafaella Dotta Você já se perguntou so­ bre quem paga as campa­ nhas eleitorais? Em 2006, um estudo feito pelo nor­ te-americano David Sa­ muels, mostrou que as eleições brasileiras são as mais caras do mundo. Em 2010, segundo dados do Tribunal Superior Eleito­ ral (TSE), os gastos de pri­ meiro e segundo turno to­ talizaram R$ 3,23 bilhões, com doações vindas prin­ cipalmente de empresas. “Todas as previsões são que os gastos das campa­ nhas em 2014 serão bem maiores do que em 2010”, afirma Jose Antonio Moro­ ni, colegiado de gestão do Instituto de Estudos So­ cioeconômicos (INESC). Esse fato, na opinião do pesquisador, tem duas ex­ plicações: as campanhas vêm ficando mais caras e a fiscalização das contas tem se mostrado mais ri­ gorosa, fazendo aumentar o valor declarado oficial­ mente. Em um sistema que “se autoalimenta”, segun­ do Moroni, “o cidadão é um mero detalhe”. As em­ presas que mais contri­ buem com as campanhas são as que têm mais ne­ gócios com os governos e,

# JoaquimBarbosaSemÉtica e #SemOAB Reprodução

portanto, precisam eleger quem facilite os acordos. “Isso cria um círculo da­ noso para a democracia, para a gestão pública e o processo eleitoral”, afirma. Corruptoras Das dez empresas que mais doaram dinheiro pa­ ra campanhas, sete estão envolvidas em escânda­ los de corrupção. É o caso do Grupo Camargo Cor­ rêa, que teve seus dire­ tores presos sob a acusa­ ção de lavagem de dinhei­ ro e repasse de verba ilí­ cita a políticos, em 2011, em operação realizada pe­ la Polícia Federal. A acu­ sação foi, posteriormen­ te, extinta pelo Tribunal de Justiça, que alegou fal­ ta de provas. As outras seis empresas estão relaciona­ das a casos de mensalões, ao cartel do metrô de São Paulo, lavagem de dóla­ res e superfaturamento de obras em diversos estados do Brasil. Na tentativa de dimi­ nuir a corrupção empresa­ rial,foi aprovada em janei­ ro deste ano a Lei 12.846, que tem como objetivo punir empresas que reali­ zam fraudes ou corrupção de administradores públi­ cos. As multas vão de R$ 6 mil a R$ 6 milhões, in­

Moroni: lei que pune empresas é um avanço

cluindo a possibilidade da reparação integral aos co­ fres públicos. Como parte da punição, a empresa te­ rá seu nome veiculado em meios de comunicação e será inscrita no Cadastro Nacional de Empresas Pu­ nidas (Cnep). De acordo com o cien­ tista político Jose Antonio Moroni, a Lei ainda é re­

cente para mostrar resul­ tados concretos, mas re­ presenta uma medida ur­ gente e positiva. “No Bra­ sil não tinha uma lei pa­ ra punir a pessoa jurídica. No máximo chegava à pu­ nição de uma pessoa físi­ ca, e não do CNPJ. Por isso, nunca se conseguiu a pu­ nição dos chamados cor­ ruptores”, explica.

Campanhas para governo estadual Segundo dados da segun­ da prestação de contas do TSE, divulgada há um mês, as propagandas para gover­ nadores em Minas Gerais custarão R$ 19 milhões. Os candidatos com maior fi­ nanciamento, também os que possuem maiores in­ tenções de votos, são: Pi­ menta da Veiga (PSDB) com R$ 12 milhões, e Fernando

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Pimentel (PT) com R$ 5 mi­ lhões. Após o segundo turno es­ tá programada a terceira parcela de prestação de con­ tas ao TSE, válida para todos os cargos em eleição. A ex­ pectativa é que estes núme­ ros aumentem e, em alguns casos, chegam a triplicar.

GUIA DO ELEITOR CIDADÃO

Foram muitos os compartilhamentos da notícia de que o ex-pre­ sidente do Supremo Tribunal Federal, Joa­ quim Barbosa teve seu registro de advogado negado pela seccional da Ordem dos Advoga­ dos do Brasil, do Distri­ to Federal, que alegou que ele feriu a ética pro­ fissional quando exer­ ceu a magistratura. Bar­ bosa ofendeu advoga­ dos e retirou a força do STF usando seguranças da casa – fato inédito na história do Judiciário. Isso você não viu na “grande” mídia...

Mas graças a cen­ tenas de milhares de compartilhamentos e à cobertura de blogs e páginas progressistas, a notícia se espalhou. Mi­ lhares de pessoas en­ tregarão o resultado do Plebiscito ao Congres­ so, Presidência e Supre­ mo nos dias 14 e 15 de outubro. #MarinaSemHulk

Chegou o dia da eleição! Quando?

O que levar?

O primeiro turno das eleições será no dia 5 de outubro, das 8h às 17h. Caso ocorra, o segundo turno será no dia 26 de outubro, das 8h às 17h.

O título de eleitor e um documento de identificação com foto. Caso a pessoa não leve o título de eleitor, há a possibilidade de votar apenas com o documento de identificação. Na cabine de votação é proibido portar celular, máquina fotográfica, ou qualquer outro aparelho que possa comprometer o sigilo do voto.

Onde? O eleitor deve votar na zona e seção eleitoral em que está cadastrado. Caso tenha dúvida de seu local de votação, ligue para o disque-eleitor, no 148, ou acesse o site do TRE-MG, no endereço www.tre-mg.jus.br. Quem não estiver na cidade onde vota é só ir em qualquer local de votação para fazer a justificativa. Quem não se justificar no dia tem 60 dias para fazê-lo.

Ordem da votação São cinco votos na seguinte ordem: 1) deputado estadual, com cinco dígitos 2) deputado federal, com quatro dígitos,3) senador, com três dígitos,4) governador, com dois dígitos e 5) presidente, também com dois dígitos.

O ator norte-ameri­ cano Mark Ruffalo, fa­ moso pelo papel de Hulk na série de filmes Vingadores, retirou seu apoio à candidatura de Marina Silva após to­ mar “conhecimento” de que a ex-senadora é contra o casamento gay.


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OPINIÃO

Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

Foto da semana

PARTICIPE Viu alguma coisa legal? Algum absurdo? Quer divulgar? Mande sua foto para redacaomg@brasildefato.com.br.

Acompanhando Lidyane Ponciano

Na edição 30... Empreendimento co­ loca quilombo em risco em BH ...E agora

No último sábado (27), a Central Única de Trabalhadores (CUT/MG), sindicatos e movimentos sociais se reuniram em ato de solidariedade ao Sindicato Único dos Trabalhadores (Sind-UTE/MG), para protestar contra a tentativa de suspensão da campanha publicitária da entidade sobre a educação em Minas Gerais. Os manifestantes se concentraram na Praça da Liberdade e marcharam até a Praça Sete vestindo mordaças. Durante toda a atividade, também foram distribuídos panfletos com o documento “Quem fala a verdade não merece castigo”, assinado por mais de cem entidades.

Jovina Gomes Pereira

Iuri Moreira

Acordem

1° de outubro: dia internacional da pessoa idosa

Mais uma vez o povo vai às urnas. Acordem os que dormem, juntem-se àqueles que não se deixam levar por discursos eleitoreiros e mentirosos. Estamos lutan­ do por movimento de recuperação da nossa dignidade, e o nosso voto é uma poderosa arma. Como se não bas­ tasse o abuso que exercem da hipnose no povão, estes chegam ao extremo de usar o nome do maior e líder de justiça, mestre em sabedoria, justiça e amor, que foi Je­ sus, tentando ludibriar consciências. Que vergonha!!! O senhor Aécio Neves, candidato à Presidência, que fala que é o “bão”, com discurso que iria investir no ci­ dadão e não na máquina pública, passou a responsabi­ lidade do Estado para o setor privado, o qual só visa os lucros, deixando no abandono o cidadão. Deixando de investir a verba de 12% da receita, deixou-nos uma dívi­ da de R$ 4,3 bilhões com a saúde. Quanto à candidata Marina, do PSB, esta entrou de gaiata no navio e quer mudar a rota de um Brasil que vem dando certo. Lula pegou um Brasil naufragando e segurou o leme, conduzindo-o por águas onde agora o pobre, o negro, o discriminado, o nordestino que comiam cactos e raízes passaram a comer, a sonhar, a trabalhar, frequentar fa­ culdade e ter energia elétrica no seu barraco. Veio Dilma enfrentando os ataques e adversidades, conseguindo manter o barco, apesar de muitos contra­ tempos. Alegam agora que Dilma trouxe médicos de Cuba. Estes vieram para atender aos desventurados, a quem os médicos filhinhos de papai não querem enfrentar. A mim não importa que os médicos venham até de ou­ tro planeta. O que não pode mais é o povo pagar pelos que se formam, mas não cumprem o juramento médico. Acordem e pensem. Jovina Gomes Pereira é aposentada da Saúde do Es­ tado de Minas Gerais

Desde a aprovação do Estatuto do Idoso, 1° de outu­ bro é dedicado a comemorar o seu dia. Comemorar não seria a palavra certa. Após o Estatuto do Idoso, muita coisa começou a mudar, mas ainda não é o que espera­ mos para nossa sociedade, que esta envelhecendo ca­ da vez mais. A falta de políticas públicas para as pessoas idosas é uma realidade, mas o que ainda nos deixa cada vez mais perplexos é a falta de respeito e educação com essa po­ pulação. O preconceito ainda é muito grande, mesmo com todos direitos que conseguiram adquirir com mui­ ta luta e sacrifício, pois o idoso não é ouvido pela so­ ciedade. A partir do momento em que deixa de contri­ buir com uma sociedade capitalista que só visa o lucro, o idoso é descartado, deixado de lado. Neste dia, é importante refletir e lembrar daquelas pessoas que tanto contribuíram para a construção da nossa sociedade, e hoje são muitas vezes esquecidos dentro da própria casa, mesmo por familiares. O mesmo idoso que, em muitos casos, mantém com a pouca apo­ sentadoria toda a família. Para muitos não há o que co­ memorar, e sim fazermos uma reflexão: Por onde trilha o nosso envelhecimento? Somos uma sociedade preparada para envelhecer? Como lidar com esta situação que é uma realidade e vem crescendo a ca­ da dia? A expectativa de vida aumentou e muito, e com ela, a população idosa. Em Minas são aproximadamente 13% da população, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2025 o Brasil deve ter aproximadamen­ te 32 milhões de pessoas idosas. Precisamos nos anteci­ par, e com medidas preventivas e políticas voltadas para o envelhecimento, que é uma realidade em nosso país. Iuri Moreira é presidente do Conselho Municipal do Idoso de Belo Horizonte e da Pastoral da Pessoa Idosa.

As famílias do Qui­ lombo Mangabeiras, na região Norte da capital, receberão tratamento diferenciado e terão di­ reitos garantidos duran­ te processo de licencia­ mento ambiental para o projeto de urbaniza­ ção “Operação Urbana do Isidoro”. A assinatu­ ra de um Termo de Ajus­ tamento de Conduta en­ tre as partes interessa­ das e mediado pelo Mi­ nistério Público Federal oficializou o acordo, que prevê uma série de me­ didas compensatórias às famílias. Na edição 6... Greve dos bancários não tem previsão para acabar ...E agora Desde a tarde de ter­ ça-feira (30), bancários de todo o país iniciaram greve por tempo inde­ terminado. Em BH, eles realizaram protestos em frente aos bancos Bra­ desco e Caixa Econômi­ ca Federal nos primei­ ros dias. A categoria rei­ vindica reajuste salarial, melhorias das condi­ ções de trabalho e Par­ ticipação nos Lucros e Resultados (PLR). A pre­ sidente do Sindicato dos Bancários, Eliana Bra­ sil, denuncia que metas diárias e assédio moral têm adoecido trabalha­ dores.


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OPINIテグ

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BRASIL

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Mentor do estupro coletivo de Queimadas é condenado a 108 anos de prisão VIOLÊNCIA Cidade da Paraíba ficou chocada com o crime, que aconteceu em 2012 Reprodução

Após 19 horas de julga­ mento, Eduardo dos Santos Pereira, tido como o men­ tor do estupro coletivo em Queimadas (PB), que resul­ tou na morte de duas mu­ lheres, foi condenado a 106 anos de prisão. Santos Pereira foi con­ siderado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores, por­ te ilegal de arma e por cinco estupros. Soma-se a isso a pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de le­ são corporal de um dos jo­ vens envolvidos no crime, o que aumenta sua pena para 108 anos. Relembre o caso

O fato aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2012, quando as duas garotas e outras três foram convi­ dadas a participar da festa

de aniversário do irmão de Eduardo, Luciano dos San­ tos. No meio da festa, ho­ mens mascarados invadi­ ram e anunciaram o estu­ pro coletivo. Michele Do­ mingos foi assassinada a ti­ ros ao lado da igreja da ci­ dade. Isabela Monteiro foi encontrada morta em uma estrada vicinal. A polícia desconfiou, pois, logo depois que os ir­ mãos denunciaram o crime, estavam circulando pela ci­ dade normalmente. Eduar­ do Santos Pereira, aponta­ do como mentor, foi preso no velório de Isabela. De­ pois dele, a polícia prendeu todos os envolvidos: três adolescentes e sete adultos; entre eles, o aniversariante. O que mais chocou a cidade de Queimadas é que todos eram vizinhos, amigos e al­ guns deles parentes. Segun­ do a polícia, tudo foi pla­ nejado com pelo menos 15 dias de antecedência.

Levy Fidelix é processado por homofobia Três representações contra o candidato à Pre­ sidência da República, Le­ vy Fidelix (PRTB), foram protocoladas na terça-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fidelix é acusado de homofobia du­ rante debate entre os pre­ sidenciáveis. Defensores dos direitos LGBT acusam o candidato de ter incita­ do o ódio contra homosse­ xuais ao explicar por que é contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. A primeira represen­ tação foi ajuizada pela Co­ missão Nacional da Diver­ sidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A organização re­ quer que parte do tempo de propaganda eleitoral gratuita a que o candidato tem direito seja destinado para que entidades de de­ fesa da comunidade LGBT

se manifestem sobre as de­ clarações. A OAB também pede a cassação do regis­ tro de sua candidatura. Outra representação foi apresentada, em conjun­ to, pela também candidata à Presidência da Repúbli­ ca, Luciana Genro, e pelo deputado federal candida­ to a mais um mandato, Je­ an Wyllis, ambos do PSOL. A terceira foi ajuizada pelo PSTU. As representações serão julgadas pelo minis­ tro Herman Benjamim. No debate eleitoral entre os presidenciáveis apre­ sentado pela TV Record no último domingo (28), Le­ vy Fidelix disse que o cres­ cimento dos casamentos gays pode reduzir o tama­ nho da população brasilei­ ra e sugeriu que homosse­ xuais precisam de “ajuda psicológica”. (Da redação)

Os dez homens envolvidos no crime eram próximos das vítimas

Em greve desde a terça-fei­ ra (30), os bancários promo­ vem um ato na quinta-feira (2) contra a autonomia do Ban­ co Central, em frente à sede da instituição em Brasília (DF) e em várias capitais. “Essa inde­ pendência significa entregar a condução da política macro­ econômica do país ao merca­ do financeiro, roubando essa atribuição constitucional dos governos democraticamente eleitos pela população”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT,. A proposta de enfraqueci­ mento dos bancos públicos também preocupa o Comando Nacional dos Bancários. Eles lembram o papel de central importância que essas institui­ ções tiveram na crise de 2008 quando aumentaram a oferta de crédito de 36% para 51% en­ quanto as instituições privadas diminuíram o volume.

Nascido em Coromandel, Lindolfo Fernandes é Auditor Fiscal da Receita Estadual. Foi presidente do Sindifisco/MG por quatro mandatos e desmistificou o “Choque de Gestão” do governo estadual. Propostas:

COLIGAÇÃO MINAS PARA TODOS - PT, PROS, PMDB, PRB CNPJ CANDIDATO: 20.576.430.0001-63 VALOR: R$750,00 TIRAGEM: 200.000 UNIDADES

Revista Fórum

Bancários contra autonomia do Banco Central

Redução da tarifa de energia Justiça tributária Defesa de movimentos sociais e sindicais Aplicação do mínimo constitucional para saúde e educação

Fis calovo do p


BRASIL

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Eleições: o Brasil decide seu futuro DECISÃO Influenciada pelos recuos de Marina, rejeição ao PSDB e apreço pelos avanços sociais dos últimos anos, população vai às urnas Reprodução

Pedro Rafael Vilela De Brasília

Mais de 142 milhões de pessoas estão aptas a votar no domingo (5). Os 26 es­ tados e o Distrito Federal vão eleger deputados es­ taduais e federais, senado­ res e governadores. A cor­ rida eleitoral mais impor­ tante, claro, é a de presi­ dente da República. As úl­ timas pesquisas divulga­ das antes do primeiro tur­ no dão a dianteira para a candidata à reeleição Dil­ ma Rousseff (PT), com 40% das intenções de voto. Ma­ rina Silva (PSB), com 25%, e Aécio Neves (PSDB), com 20%, aparecem na sequên­ cia. A possibilidade de vi­ tória de Dilma no primei­ ro turno nunca esteve tão próxima. Quando se ana­ lisam apenas os votos vá­ lidos (excluindo brancos e nulos), a petista apare­ ce com 45% dos votos. Para liquidar a fatura já no do­ mingo, ela teria que cres­ cer mais 5%, superando a soma dos votos de todos os seus adversários. Há ain­ da um percentual de qua­ se 10% que se declaram indecisos ou não respon­ deram às enquetes eleito­ rais, o que dá margem tan­ to para uma virada de Aé­

cio contra Marina, quanto para confirmação de Dil­ ma no primeiro turno. Recuos de Marina

O cientista político e professor Valdir Pucci acredita que a queda acen­ tuada de Marina, de qua­ se dez pontos percentu­ ais nas pesquisas, se deve principalmente aos recuos e incertezas geradas pela própria candidata. “Exis­ te um sentimento de mu­ dança na sociedade que é real, e a Marina tentou ex­ pressar isso como nova po­ lítica. Mas, como não man­ teve firmeza em suas pro­ postas, parte do eleitora­

do questionou o potencial e a qualidade de mudança oferecida por ela”, analisa. O principal recuo de Marina foi a mudança das políticas de inclusão da população LGBT em seu programa. Em menos de 24 horas, a candidata retirou proposta favorável ao ca­ samento igualitário entre pessoas do mesmo sexo. Marina também foi acu­ sada pelo PSDB de plagiar em seu programa de gover­ no trechos do Plano de Di­ reitos Humanos do gover­ no de Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2001). O desgaste, aliado à pouca estrutura de cam­

panha nos estados, po­ de comprometer a chega­ da de Marina Silva ao se­ gundo turno. “Quem vai enfrentar a Dilma passou a ser uma incógnita”, co­ menta Valdir Pucci. Antes contrária a algumas alian­ ças de seu partido, como em São Paulo, Marina te­ ve de correr atrás. A cam­ panha mandou imprimir mais de 70 milhões de san­ tinhos com as fotos de Ma­ rina e Geraldo Alckmin (PSDB), para distribuir nos próximos dias. As regiões Sudeste e Sul foram os lo­ cais onde a candidata mais perdeu preferência do elei­ torado.

Avanços sociais e rejeição tucana

Dilma Rousseff, que che­ gou a vislumbrar uma gran­ de derrota eleitoral, surfa de volta na onda do favoritis­ mo. A aprovação de seu go­ verno chega perto dos 40%, melhor patamar desde o ano passado. Além disso, no enfrentamento eleitoral com seus concorrentes, Dil­ ma conseguiu demonstrar como as políticas sociais do seu governo e de Lula (20032010) conseguiram dimi­ nuir a miséria e melhorar as condições de vida da clas­ se trabalhadora. Os progra­ mas de Aécio Neves e Mari­ na Silva retomam o mode­ lo neoliberal na economia, com corte de gastos e arro­ cho salarial, fatos bastan­ te explorados pela campa­ nha petista e que ajudaram a desconstruir as candidatu­ ras adversárias. A campanha no primei­ ro turno também confirmou uma tendência que deve se aprofundar nos próximos anos: a rejeição da gran­ de maioria da população ao PSDB. Se for confirmada a passagem de Marina ao se­ gundo turno no lugar de Aé­ cio, o partido tenderá a ser uma força apenas regional, com prestígio em dois ou três estados, encerrando um ciclo na história política bra­ sileira das últimas décadas.

Aborto ilegal mata 200 mil mulheres por ano Reprodução

Organizações que lutam pelos direitos das mulhe­ res pedem legalização do aborto para evitar a mor­ te de 200 mil mulheres no Brasil todos os anos. Ato em Brasília, nesta quin­ ta-feira (2), quer mostrar que nos países desenvolvi­ dos que adotaram essa po­ lítica reduziram drastica­ mente o número de abor­ tos. Segundo o Ministé­ rio da Saúde Pública uru­ guaio, nenhuma mulher morreu por passar por um aborto desde a legalização da prática, em 2012. “Além disso, precisa­

do para uma mulher con­ seguir cirurgia de laquea­ dura ou a implantação de um DIU (Dispositivo Intra -Uterino), como forma de evitar gravidez indesejada.

Não é uma questão de ser contra ou a favor do abor­ to, porque ninguém é a fa­ vor do aborto em si. É uma questão de encarar uma realidade de saúde públi­

FAZ DE CONTAX mos de políticas públicas de educação familiar. No Brasil, é muito complica­

ESTAMOS EM

ca, de forma responsável e sem fundamentalismos re­ ligiosos”, afirma Fernanda Saboia, assessora do Cen­ tro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea).

GREVE

SERVIÇOS QUE PODEM SER PARALISADOS: BRADESCO, CIELO, NET, OI, GLOBO, VIVO, SANTANDER


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CULTURA

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AGENDA DO FIM DE SEMANA

Segunda a quinta-feira

UBERLÂNDIA

BELO HORIZONTE

Cineclube Cultura exibe os filmes grandes clássicos do cinema alemão, francês, irlandês, entre outros. Sábado (4) e domingo (5), às 20h, na Sala Roberto Rezende – Oficina Cultural, Pça. Clarimundo Carneiro, 204, Bairro Fundinho.

Evento BH Instrumental reúne os músicos da banda Festa Brasileira, projeto mais recente do saxofonista e flautista Mauro Senise. Sábado (4), às 19h30, na Praça Floriano Peixoto, Santa Efigênia.

BELO HORIZONTE Apresentação do movimento Black Soul. Sábado (4), das 14h às 20h, na Rua Santa Catarina esquina com Av. Amazonas, Santo Agostinho.

CNPJ Candidato: 20.576.288/0001-54 - CNPJ Jornal: 05.522.565/0001-52 - Valor: R$2.000,00 - Tiragem: 1

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BELO HORIZONTE

MONTES CLAROS

Exposição “Abstratas Reflexões” exibe fotografias da artista Cecília Alvarenga, que registra informações e acontecimentos do cotidiano. De 8 de outubro a 1º de novembro. Segunda a sexta-feira, de 9h às 18h e sábado, de 9h às 12h, na Maison Escola e Galeria de Arte, Rua Antônio Aleixo, 235, Lourdes.

Adelmo faz a diferença!

Tradicional Festa de Nossa Senhora Aparecida apresenta shows e barraquinhas para os visitantes da cidade. De 3 a 12 de outubro, na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, Renascença.

UBERLÂNDIA

Saúde Pública de qualidade

Educação: cidadania e desenvolvimento A g r i c u l t u r a Fa m i l i a r e A g r o e c o l o g i a

Pa r t i c i p a ç ã o p o p u l a r e a p o i o aos movimentos sociais Pa r c e i r o d o s m u n i c í p i o s Ética e transparência COLIGAÇÃO MINAS PRA VOCÊ - PT

1º Pião de Arte – Mostra de Teatro e Dança para Crianças e Jovens é uma iniciativa cultural independente de grupos artísticos locais, ligados ao teatro e à dança. A atividade propõe a difusão e circulação do trabalho dos grupos, voltado ao público infantojuvenil. Até 4 de outubro. Para conferir a programação completa acesse www.paginacultural.com.br. BELO HORIZONTE

/deputadoadelmo

1350

www.adelmo1350.com.br

@deputadoadelmo

Show da cantora Zélia Duncan, pelo projeto “Mesa Brasil Musical”. Terça (7), às 21h, no Sesc Palladium, Avenida Augusto de Lima, 420. Um ingresso equivale a 1 kg de alimento não perecível.


Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

História e cultura do Norte de Minas tem seu próprio museu MEMÓRIA Casarão do século XIX vai abrigar exposição permanente e outras atrações

Desde a última terçafeira (30), Minas Gerais conta com um espaço de­ dicado à história e cultu­ ra do Norte, o Museu Re­ gional do Norte de Minas. O local funcionará na rua Coronel Celestino n° 75, no Casarão da antiga Fafil, no centro de Montes Cla­ ros. A exposição permanen­ te tem a proposta de apre­ sentar o Norte de Minas a partir de quatro eixos: os aspectos naturais, a ocu­ pação do território, a evo­ lução urbana e o eixo “Sa­ beres, Fazeres e Celebra­ ções: expressões de um povo”, que apresenta o pa­

trimônio imaterial da re­ gião, como as festas e fo­

lias. O Casarão da Fafil, em

PIMENTEL É O PREFERIDO EM TODAS AS REGIÕES.

FERNANDO PIMENTEL

27%

PIMENTA DA VEIGA

Votos válidos da pesquisa Vox Populi encomendada pelo PT, realizada entre 27 e 29 de setembro com 2400 entrevistados. A margem de erro: 2%. Nível de confiança: 95%. Registro no TRE: 00163/2014.

Coligação Minas pra Você: PT, PMDB, PCdoB, PROS, PRB / CNPJ Campanha: 20.609.045/0001-75 / valor: R$ R$ 30.950,25

As pesquisas confirmam o que todos em Minas Gerais já sabem:

62%

estilo colonial datado de 1889, foi reformado em 2009 e recebeu outros ajustes ao longo dos anos. O acervo do museu está instalado no primeiro pi­ so, e o andar superior deve receber artistas regionais e nacionais em exposições temporárias, selecionadas por meio de editais. O museu é de responsa­ bilidade da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), e viabiliza­ do pela Lei 8.313/91 (Lei Rouanet), que possibilitou a parceria financeira com o Grupo Rima. O local irá funcionar de terça a sextafeira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. A entrada é gratuita.

Inscrições para oficinas do FETO até dia 6

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#ficaadica Biblioteca oferece vasto acervo para deficientes visuais em BH Leco de Souza

Reprodução

Maíra Gomes

CULTURA

O prazo para se inscre­ ver nas oficinas do Festival Estudantil de Teatro (FE­ TO), que acontece em Be­ lo Horizonte entre os dias 16 e 24 de outubro, termi­ na no próximo dia 6. Se­ rão sete atividades volta­ das a um público diver­ so - crianças, adolescen­ tes, professores, atores, es­ tudantes de teatro, músi­ cos e dançarinos. Para os pequenos de 9 a 12 anos, uma alternativa é a oficina “Sabe, também crio histó­ rias. Posso contar para vo­ cê?”, que instiga à prática da sensibilização por meio de jogos teatrais, narração de histórias e momentos de reflexão. Todas as oficinas têm início no dia 13 de outu­ bro. As atividades são gra­ tuitas ou ofertadas a pre­ ços populares, e serão re­ alizadas na Funarte MG e no Espaço Aberto Pierrot Lunar. Vagas limitadas. Acesse o site www.fe­ tobh.art.br/2014 para ins­ crições e mais informa­ ções.

A Biblioteca Pública Es­ tadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte, oferece um amplo serviço para de­ ficientes visuais, concen­ trados no Setor de Braile. São quase 3 mil livros em braile, que se somam ao acervo de 1200 áudio-li­ vros e dezenas de filmes com áudio-descrição. O local ainda disponi­ biliza o serviço de agen­ ciamento de “ledores” vo­ luntários, para que os de­ ficientes visuais tenham acesso aos materiais que ainda não estão em modo adaptado. A biblioteca faz o trabalho de “casar” as fi­ chas de voluntários com os pedidos dos usuários, sugerindo contato entre ambos, que marcam en­ contros e grupos de estu­ do no local. Funcionários da biblio­ teca explicam que a maior demanda é por estudan­ tes de cursinhos pré-ves­ tibulares e pré-concursos, além de universitários. Os voluntários podem ainda se disponibilizar para au­ xiliar os deficientes com o uso do computador, se­ ja para pesquisa, digitação ou outros serviços. Para agendar horário com um ledor, participar de um dos grupos de estu­ do ou ter acesso ao acer­ vo do setor, basta compa­ recer pessoalmente à bi­ blioteca e fazer uma car­ teirinha. Documentos ne­ cessários: RG, CPF e com­ provante de residência. Taxa única de R$ 3. Inte­ ressados em se voluntariar podem entrar em contato com a Biblioteca pelo tele­ fone (31) 3269.1166.


14 VARIEDADES

Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

Vida e obra: presidentes são tema de minisséries na TV

No próximo domingo, mais de 142 milhões brasileiros vão comparecer as seções eleitorais para exercer um de nossos deveres mais importantes como cidadãos: o voto. Vamos escolher nossos representantes estaduais e federais para os próximos quatro anos. Uma

responsabilidade e tanto! Alguns de nossos presidentes tiveram suas vidas retratadas pela teledramaturgia. Na minissérie “Agosto” (1993), foram exibidos a vida política e o suicídio trágico de Getúlio Vargas.

Novela

Getúlio é um presidente imortalizado. Ficou quase 20 anos no poder (de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954). De 1937 a 1945, ele instaurou o Estado Novo, um governo ditatorial em que perseguiu quem era contrário às suas ideias, sobretudo os comunistas. Ao mesmo tempo, Getúlio instituiu a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), importante instrumento de amparo aos direitos do trabalhador. Também investiu em infraestrutura, criando hidrelétricas, mineradoras e siderúrgicas hoje já privatizadas. Após ser destituído do poder em 1945 por um golpe de Estado, o presidente foi eleito democraticamente em 1950. Neste mandato, criou a Petrobras. Pressionado pela imprensa e pelos militares, Vargas se sui-

Amiga da Saúde

cidou em agosto de 1954 com um tiro no peito no Palácio do Catete (RJ). Na sua carta testamento escreveu: “Deixo a vida para entrar para a história”. A vida de Juscelino Kubitscheck foi contada na minissérie “JK”, exibida em 2006. Sua infância na cidade de Diamantina (MG), sua juventude como estudante de medicina, sua vida pública como prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas e presidente da república e o acidente de carro que o matou em 1976 fazem parte do roteiro da trama. Juscelino foi presidente entre 1956 a 1961 e ficou famoso pela proposição do Plano de Metas, que pregava a ideia de “50 anos em 5”. O foco do Plano eram as obras de infraestrutura e incentivo à industrialização. Grandes monta-

doras automobilísticas se instalaram no Brasil nesse período. Mas sua grande obra foi a construção da capital do país: Brasília, inspirada no projeto arquitetônico da Pampulha, uma das mais importantes obras que fez como prefeito de BH. No domingo, quando estiver fazendo sua escolha, além de considerar as propostas e ideias de cada candidato, pense bem qual deles seria digno de virar tema de minissérie, daquelas de dar orgulho da história! Vote consciente e até semana que vem! Um abraço, Joaquim Vela

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Amiga da Saúde, sou professora e tenho sofrido porque falo muito. Minha garganta chega a doer. O que devo fazer? Maria da Penha, 35 anos. Cara Maria, você e todos os profissionais que utilizam a voz para trabalhar devem ter alguns cuidados especiais para manter a saúde vocal. É importante fazer um aquecimento da voz antes de iniciar falas muito prolongadas, tomar água com frequência para manter as cordas vocais bem hidratadas e comer maçã, que tem ação adstringente e ajuda na limpeza das cordas. O mel é um ótimo alia-

do, pois ajuda a proteger das infecções. Evite cigarro, leite e seus derivados, café e chocolate, pois eles contribuem com o aparecimento de muco na garganta, além do pigarro. Mudanças bruscas de temperatura também podem fazer mal. Faça exames periódicos, pois com o tempo podem aparecer calos nas cordas vocais, que precisam ser tratados.

COLIGAÇÃO MINAS PARA TODOS (PT, Pros, PMDB e PRB) / CNPJ: 20.576.597/0001-24

Deputado Estadual

PT

ROGERIO CORREIA SEMPRE NA LUTA! EDUCAÇÃO SERVIÇOS PÚBLICOS

Tenho uma filha adolescente que é diabética. Já é uma luta pra ela seguir as orientações médicas e agora ela cismou que vai colocar um piercing. Será possível?

AGRICULTURA FAMILIAR

Juanilza Flores, 49 anos, empregada doméstica Querida Juanilza, é sabido que as pessoas com diabetes têm mais dificuldade de cicatrização de feridas e correm maior risco de infecção. Por isso, seria bom evitar o piercing. Entretanto, caso esse seja um desejo forte da sua filha, é preciso tomar alguns cuidados. Primeiro, só fazer o procedimento se a glicose estiver bem controlada, pois isso diminui os riscos. Depois, deve-se ter excesso de

MOVIMENTOS SOCIAIS

cuidado com a limpeza antes e depois do procedimento. Será muito importante escolher um local com profissionais sérios, que utilizem material esterilizado. Por fim, o piercing também precisa ser de bom material, como aço cirúrgico, que tem menos chance de provocar alergias. Peça para ela conversar sobre isso com o médico que a acompanha para que não corra riscos.

Mande sua dúvida: amigadasaude@brasildefato.com.br Aqui você pode perguntar o que quiser para a nossa Amiga da Saúde

Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf. Vice: Michel Temer


Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

na geral

Na última semana, a As­ sociação Nacional dos Ár­ bitros de Futebol anunciou a possibilidade de paralisa­ ção do Campeonato Brasi­ leiro, em protesto contra o desrespeito aos árbitros. Para a entidade, as cons­ tantes críticas de jogado­ res, técnicos e dirigentes são uma tentativa de trans­ ferir à arbitragem a respon­ sabilidade pelo mau fute­ bol apresentado na com­ petição.

É grande o número de bombas que estouram no futebol brasileiro nos últi­ mos anos. As promíscuas relações entre a CBF, os car­ tolas de clubes e o Supremo Tribunal de Justiça Despor­ tiva (STJD) estão vindo à to­ na a cada dia. A bomba da vez é a indústria que se for­ mou com a venda de de­ núncias de jogadores irre­ gulares por empresários e advogados que, ao estuda­ rem regulamentos e súmu­ las de jogos, vendem estas informações aos clubes in­ teressados por valores que chegam a R$ 120 mil. A prá­ tica mostra como é podre a estrutura do futebol brasi­ leiro e também como é ne­ cessária a força popular pa­ ra a reestruturação deste es­ porte que tanto nos dá ale­ grias.

O Brasil é hexa!

A juventude e o esporte

A seleção feminina de futebol conquistou, no último domingo (28), no Equador, o título da Copa América. A equipe apro­ veitou a vantagem do em­ pate, ficou no 0 a 0 com a Colômbia e faturou o tro­ féu pela sexta vez em se­ te edições realizadas. Os próximos desafios das me­ ninas do Brasil são os Jo­ gos Pan-Americanos e o Mundial de Futebol, que acontecerão em 2015, no Canadá.

A Unicef realizou estu­ do avaliando as condições de crianças e adolescen­ tes no esporte. A pesquisa concluiu que parte signi­ ficativa da juventude bra­ sileira que pratica ativida­ des esportivas está expos­ ta a situações de vulnera­ bilidade social e violação de direitos, como a vio­ lência física e psicológica, a ausência escolar e a pri­ vação do contato familiar. O estudo também apon­ ta que família, agentes e olheiros ignoram o mar­ co legal de proteção dos direitos de jovens atletas, muitas vezes visto “como obstáculo a uma carrei­ ra vitoriosa”. Entre as solu­ ções propostas, estão a di­ vulgação dos direitos des­ ses atletas e a fiscalização dos abusos contra jovens esportistas.

???

Você Sabia

Menos de 1% dos jovens aspirantes a jogadores de futebol são admitidos nas peneiras dos principais clubes profissionais, segundo estimativa citada em relatório da Unicef, de abril de 2014. Este dado desmente a crença, muito difundida no Brasil, de que o futebol profissional é uma via de ascensão social fácil para os jovens brasileiros.

Pratique esportes

Ginástica

Onde: Betim, Belo Hori­ zonte e Contagem Informações:sadacruzeiro. com.br Contato: Betim – (31) 3592-1181; BH – (31) 3291-2647; Contagem– (31) 3362-6184.

Quando: sábados, das 9 às 10h, e quartas-feiras, das 8 às 9h. Onde: Parque Américo Renné Giannetti. Afon­ so Pena, 1377, Centro. Belo Horizonte. Informações:portalpbh. pbh.gov.br Contato: (31)3277-5225.

As escolinhas de vôlei do Sada Cruzeiro oferecem aulas gratuitas a centenas de crianças e jovens da re­ gião metropolitana, em parcerias com o Sesi Betim e a Prefeitura de Contagem.

Lian Gong é uma prática corporal criada pelo orto­ pedista Zhuang Yuan Ming, voltada para trabalhadores incorporados à indústria chinesa nos anos 70, visan­ do a prevenir e tratar dores no corpo.

Ciclismo

Quando: domingo (5), às 9h. Onde: ciclovia da Avenida dos Andradas, próximo ao Boulevard Shopping. Belo Horizonte. Local:Praça da Estação. Be­ lo Horizonte Informações:bikeanjobh. wordpress.com/pedal-dos -roia/ Contato:bikeanjobh@ gmail.com “Rôia” é o apelido carinho­ so de quem está aprenden­ do a pedalar. O Pedal dos Rôia junta o pessoal do Bike Anjo e os ciclistas iniciantes para dar um rolé pela cida­ de. É necessário levar bici­ cleta.

O jornal Brasil de Fato não se responsabiliza por eventuais mudanças na programação. Recomendamos aos interessados que entrem em contato com os organizadores das atividades para confirmar data, horário e local.

PRESIDENTA

VICE MICHEL TEMER

CONTRATANTE: 20.576.840/0001-04 PADRE JOAO VALOR: R$ 900,00

Voleibol

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COLIGAÇÃO MINAS PRA VOCÊ PT, PCdoB, PMDB, PRB e Pros

Greve de árbitros

A podridão do futebol brasileiro

15

ESPORTE

Sempre na luta dos servidores públicos, em especial dos servidores da educação, do TJMG e dos movimentos sociais.


16 ESPORTES OPINIÃO Atlético

Tropeirão voador Bruno Cantini

Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014

OPINIÃO Cruzeiro

Adeus, Jadir! Marcelo Oliveira

Rogério Hilário Quatro vitórias, muitos gols e emoção. Quem pode resistir? Ainda mais com o resgate de Tardelli e a recu­ peração de Guilherme. Fal­ ta apenas a ressurreição dos atacantes. O Galo tem como desafios a Copa do Brasil e manter o desempenho no Brasileiro. Os confrontos com o Corin­ thians, pelas quartas-de-fi­ nal, me parecem mais preo­ cupantes. É preciso cautela, pois o regulamento é traiço­ eiro com o peso do gol sofri­ do em casa. No Brasileiro, alcançar o quarto lugar foi uma faça­ nha e tanto. Porém, é neces­ sário manter bons desem­ penhos fora do Independên­ cia. Ainda mais se for conso­ lidada a ameaça de perda de mandos de campo, por cau­ sa da estupidez de alguns tor­ cedores e das falhas na segu­ rança. Onde já se viu foguetes e sinalizadores entrarem no estádio? Já estão atirando até sanduíche no gramado. Da­ qui a pouco, um gaiato vai jo­ gar marmitex com tropeirão.

Wallace Oliveira A China Azul se despe­ de de um ilustre cruzeiren­ se. Na terça-feira (30), faleceu o músico Jadir Ambrósio, aos 91 anos. Ele é lembrado pe­ la autoria do hino oficial do Cruzeiro, composto em 1965, ano de inauguração do Mi­ neirão e formação da mais importante equipe da histó­ ria do clube. O legado de Jadir Ambró­ sio vai além do hino do Cru­ zeiro. De sua pena saíram outras belas composições, como o xote “Buraco de tatu”, gravado por Luiz Gonzaga, e o bolero “Quero voltar”, can­ tado por Lapa e Lapinha. Com seu modo simples de se expressar, Jadir declarou, certa vez, que não se achava digno de escrever o hino do Cruzeiro, tamanha a impor­ tância da tarefa. Acabou por criar um dos cânticos mais autênticos dos estádios do futebol brasileiro, prevendo a trajetória do Cruzeiro a par­ tir de então: “na realidade, é um grande campeão”.

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OPINIÃO América

Mestre Giva Bráulio Siffert De volta ao América pela quarta vez, o técnico Giva­ nildo Oliveira, 66 anos, pa­ rece em poucos dias ter re­ tomado a confiança do ti­ me, que voltou a ganhar e jogar com vontade. Qual­ quer situação será desa­ fiante para o “Mestre Gi­ va”: se o time recuperar os pontos injustamente reti­ rados, lutará para subir pa­ ra a Série A; se não recupe­

rá-los, terá uma dificílima luta contra o rebaixamento. O “Rei do Acesso” já su­ biu de divisão seis vezes, duas delas com o Améri­ ca: para a Série A em 1997 e para a Série B em 2009. Po­ rém, em mais de 30 anos como treinador, Givanildo nunca ficou mais de dois anos seguidos em um mes­ mo clube. Só nos últimos dez anos, passou por 21 ti­ mes, quase todos das divi­ sões inferiores. Tomara que no América ele demonstre que ainda é capaz de reco­ locar um time na elite do futebol brasileiro.

15 de outubro ,


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