"P$ 1,00 um possível" | SP Estampa 2011

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P$ 1,00

um possĂ­vel



P$ 1,00

um possível

Subversão da noção de “um real”, tanto no sentido monetário, quanto da realidade



Participantes Ana Lucia GuimarĂŁes Anna Dorsa Branca de Oliveira Bruno Ferreira Fernanda Morais Isabela Sanches Luciana Ohira Marilu Beer Maruzia Dultra Olavo Costa Pedro Perez Sergio Bonilha Virginia de Medeiros

Grupo de Pesquisa PoĂŠtica da Multiplicidade http://www.eca.usp.br/poeticadamultiplicidade



descrição Imagens produzidas pelos artistas participantes foram fixadas em moedas de R$1,00 (um real) e reunidas num suporte móvel. Essas moedas/obras foram trocadas por objetos pertencentes aos visitantes.


“Qual o valor do valor?� proposta conceitual


“Qual o valor do valor?” proposta conceitual Troque um real por um possível. Através da suspensão do senso comum encontrado nas relações de troca e da inversão dos papéis entre vendedor e comprador, moeda e mercadoria, produtor e consumidor, os sentidos de valor, produtividade e meios são retorcidos, para que um processo de transvaloração seja instalado. Ser ou não ser, não é a questão, mas qual o valor do valor.


relações limítrofes


obra de arte

moeda pagante

valor artĂ­stico comĂŠrcio artista visitante


linhas de forรงa


Subversão da relação obra de arte/moeda pagante/valor artístico Subversão da relação comercial entre artista/visitante da exposição Perda da equivalência de valor entre moeda/obra de arte/objeto pessoal


Subversão da relação obra de arte – moeda pagante – valor artístico Enquanto na economia “comum” todas as moedas de R$1,00 possuem o mesmo valor (o de um real), no trabalho aqui proposto, cada “moeda-obra” apresenta uma imagem distinta das outras, constituindo-se, portanto, numa singularidade da exposição. O valor atribuído a cada uma delas vai variar de acordo com o juízo de cada visitante. Esse julgamento poderá repercutir no “arremate” da obra pelo visitante, caso a valoração atribuída por ele à obra corresponda a um objeto pessoal.


Subversão da relação comercial entre artista – visitante da exposição A obra como moeda e a moeda como obra rompem o eixo de comercialização tradicional estabelecido entre artista expositor (que vende sua obra) e visitante da exposição (que compra a obra de arte com seu dinheiro). Neste trabalho, ao trocar a obra por um objeto pessoal do outro, o artista está se desfazendo também de uma moeda comercial no valor de um real (R$1,00).


Perda da equivalência de valor entre moeda – obra de arte – objeto pessoal O valor monetário de um real (R$1,00) perde a referência pré-estabelecida, pois a obra da qual a moeda agora faz parte pode valer muito mais (ou muito menos). Paralelamente, o mesmo acontece com o objeto do visitante que é trocado pela “moeda-obra”: ele pode não corresponder, financeiramente, ao valor pelo qual foi negociado na exposição.




conceitos envolvidos


Multiplicidade Toma-se como Multiplicidade o conceito de variação infinita, aquilo que se desdobra a partir de uma matriz, mas que não é igual a ela, isto é, uma matriz cuja cópia é menos sua reprodução que a afirmação de sua diferença. Neste sentido, toda imagem é uma cópia emancipada do original. Então, a originalidade de cada cópia não é remetida à unicidade matricial e sim ao resto dos exemplares. Assim, a noção de original encontra-se problematizada nas estruturas operacionais de reprodução. No contexto da arte, qualquer imagem produzida através de processos criativos, tanto em meios analógicos quanto digitais, é uma operação poética.


Moeda Mola propulsora da economia, talvez a moeda seja a virtualização (artificial) mais propagada até então. Se por um lado ela simboliza o capital, por outro, materializa-o. Através do metal, a moeda econômica tem registrado seu valor, parâmetro este da ordem da abstração, mas que, igualmente, possui um correspondente na matéria. Assim, o objeto “moeda” faz referência a um valor monetário – que não é exclusivo a cada uma em específico, mas sim à categoria valorativa a que pertence (como por exemplo R$1,00). Isto quer dizer que moedas do mesmo valor correspondem a determinado montante financeiro; e, como objeto copiado, entre elas existe uma aproximação também formal. No entanto, apesar dessas moedas serem constituídas da mesma substância e possuírem o mesmo formato circular e as mesmas grafias, cada unidade é singular, de acordo com o princípio da multiplicidade.


Virtual/ Atual – Possível/ Real A virtualidade deve ser pensada em oposição à atualidade, pois diz respeito ao vir a ser, enquanto o atual é. O virtual, portanto, se realiza como atual; ele é potência em estado latente. Seguindo esta linha, encontra-se o possível em relação ao real. Aquilo que está guardado na possibilidade – o possível – remete-se a um referente da realidade que pode existir. O real, por sua vez, é a constante atualização da potência. Traçado este panorama conceitual, a moeda pode ser compreendida em duas dimensões: a virtual (em seu valor de vir a ser riqueza) e a real (o objeto que concretamente representa esse valor). Já a imagem abarca o possível e o real: através do imaginário, a criação imagética agencia aspectos e/ ou objetos possíveis com a realidade.



moedas/obra



instalação Exposição DeStampa


instalação Exposição DeStampa DeStampa é uma referência à “estampa” – reprodução seriado do mesmo, que em nosso caso, ao contrário, é a diferença a única coisa que se repete. Neste sentido, apresentamos a singularidade dos processos artísticos que se utilizam de técnicas de gravação e impressão. DeStampa é também “destampar” a memória, abrir as gavetas para dar visibilidade ao acervo do Atelier Paulista, valorizando sua história e servindo de contraponto ao esquema da novidade constante e dos prazos mínimos de validade. Nessa aventura, queremos manifestar mais uma vez a ideia de que em arte não progresso, não há o envelhecimento da obra, há a permanência da proposta estética poética que permite sempre novas leituras, de acordo com o espírito do tempo.



Artistas convidados da Exposição DeStampa Ana Lucia Guimarães Anna Dorsa Branca de Oliveira Bruno Ferreira Constança Lucas Fernanda Morais Fernando Saiki Guto Lacaz Heloisa Etelvina Isabela Sanches Luciana Ohira Marilu Beer Maruzia Dultra Olavo Costa Pedro Perez Sergio Bonilha Virginia de Medeiros

Grupo de Pesquisa Poética da Multiplicidade http://www.eca.usp.br/poeticadamultiplicidade



Atelier Paulista no SP Estampa 2011 Gravura – Poética da Multiplicidade gravação e impressão com processos criativos em meios analógicos e digitais





registros


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Exposição DeStampa – SP Estampa 2011


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Exposição DeStampa – SP Estampa 2011


Exposição DeStampa – SP Estampa 2011


Mesa-redonda Gravura e Desdobramentos Depoimento: Livro de Artista, com Mรกrio Ramiro (artista e professor)


Mesa-redonda Gravura e Desdobramentos Depoimento: Livro de Artista, com Mรกrio Ramiro (artista e professor)


Mesa-redonda Gravura e Desdobramentos Palestra: Gravura e Outras Coisas, com Guto Lacaz (artista)


Mesa-redonda Gravura e Desdobramentos Palestra: Gravura e Outras Coisas, com Guto Lacaz (artista)


Mesa-redonda Gravura e Desdobramentos Palestra: Gravura e Outras Coisas, com Guto Lacaz (artista)


Mesa-redonda Gravura e Desdobramentos Palestra: Gravura e Outras Coisas, com Guto Lacaz (artista)


Mesa-redonda Gravura e Desdobramentos Palestra: Gravura e Outras Coisas, com Guto Lacaz (artista)


Oficina Xilogravura 50% Japonesa – o tempo, a madeira e tinta a base d’água, com Fernando Saiki (artista)


Oficina Xilogravura 50% Japonesa – o tempo, a madeira e tinta a base d’água, com Fernando Saiki (artista)


Oficina Xilogravura 50% Japonesa – o tempo, a madeira e tinta a base d’água, com Fernando Saiki (artista)


Oficina Xilogravura 50% Japonesa – o tempo, a madeira e tinta a base d’água, com Fernando Saiki (artista)


Oficina Xilogravura 50% Japonesa – o tempo, a madeira e tinta a base d’água, com Fernando Saiki (artista)


Oficina Xilogravura 50% Japonesa – o tempo, a madeira e tinta a base d’água, com Fernando Saiki (artista)


Oficina Fotogravura ‘low cost’ – transferência e fixação de imagem digital em matriz de metal, com Sergio Bonilha (artista)


Oficina Fotogravura ‘low cost’ – transferência e fixação de imagem digital em matriz de metal, com Sergio Bonilha (artista)


Oficina Fotogravura ‘low cost’ – transferência e fixação de imagem digital em matriz de metal, com Sergio Bonilha (artista)


Oficina Fotogravura ‘low cost’ – transferência e fixação de imagem digital em matriz de metal, com Sergio Bonilha (artista)


Oficina Fotogravura ‘low cost’ – transferência e fixação de imagem digital em matriz de metal, com Sergio Bonilha (artista)


Oficina Fotogravura ‘low cost’ – transferência e fixação de imagem digital em matriz de metal, com Sergio Bonilha (artista)


Oficina Fotogravura ‘low cost’ – transferência e fixação de imagem digital em matriz de metal, com Sergio Bonilha (artista)


registro audiovisual on line http://www.ustream.tv/channel/sp-estampa1



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