O Jornal Batista - 6

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 05/02/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 06 Domingo, 05.02.2017 R$ 3,20

Primeiro domingo de fevereiro: Dia da Aliança Batista Mundial Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Equipe da JMN comemora retorno do pastor Fernando Brandão

Turma de 1981 do Seminário do Sul promove reencontro após 35 anos

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Missões Mundiais

Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais lança Campanha 2017 na PIB de Irajá - RJ; não fique de fora !

Convenção Batista Mineira lança “Kit Homilético” para pastores

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reflexão

EDITORIAL

Conheça um pouco da Aliança Batista Mundial (BWA)

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

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este domingo, em todo o mundo, é celebrado o Dia da Aliança Batista Mundial (BWA). E na busca de prestar informações aos nossos leitores sobre a maior organização dos Batistas no mundo, dedicamos este editorial em apresentar alguns dados que consideramos importantes. A Aliança Batista Mundial, que se estende por todas as Nações, existe como expressão da unidade essencial do povo Batista no Senhor Jesus Cristo, para dar inspiração à comunhão e para fornecer canais para compartilhar preocupações e habilidades em testemunho e ministério. A Aliança reconhece a tradicional autonomia e interdepen-

dência das Igrejas Batistas e dos corpos membros. A Aliança Batista Mundial, que foi fundada em 1905, é uma associação de 235 Convenções em 122 países e territórios que compõem 40 milhões de membros em 177.000 Igrejas. Tem como objetivo e está comprometida com: • Promover a adoração, a comunhão e a unidade; • Cultivar a paixão pela missão e o evangelismo; • Responder às necessidades humanas através do alívio e do desenvolvimento sustentável da comunidade; • Defender os direitos humanos e a justiça; • Promover a reflexão teológica relevante. • Juntar esforços para impactar o mundo para Cristo.

A declaração de Missão da Aliança afirma: “Colocando em rede a família Batista para impactar o mundo por Cristo”, e a declaração de Visão: “A Aliança Batista Mundial é um movimento global de Batistas, compartilhando uma confissão comum de fé em Jesus Cristo, unidos pelo Amor de Deus para apoiar, encorajar e fortalecer um ao outro, enquanto proclamam e vivem o Evangelho de Jesus Cristo no poder do Espírito Santo, ante um mundo perdido e machucado”. A sede da Aliança fica na cidade de Washington, nos EUA, e tem como atual presidente o pastor Paul Msiza, da África do Sul; o secretário geral é o doutor Neville Callam, que, recentemente, esteve no

Brasil tratando da realização do Congresso 2020 da Aliança, que acontecerá nos dias 22 a 26 de julho de 2020, no Rio de Janeiro. O pastor Luiz Roberto Silvado é um dos vice-presidentes da Aliança e contamos com mais outros sete irmãos da Convenção Batista Brasileira, como membros do Conselho Geral e das diversas comissões da Aliança. A cada cinco anos, a Aliança Batista Mundial realiza um Congresso Batista Mundial, doravante denominado Celebração da Aliança Batista Mundial, que existe “Com o propósito de promover a comunhão, a inspiração, a informação, a edificação, o encorajamento, e o encaminhamento de assuntos administrativos”.


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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU

O “Aleluia” de Bach (Em memória de Élben Lenz César, fundador da Revista “Ultimato”) m Igrejas evangélicas, para muitos ministros e diretores de música, quando neles há a ambição de apresentar em solenidades e celebrações algo portentoso e impressionante em matéria de música, o recurso é executar, com maior número de coristas e instrumentistas, o célebre “Aleluia”. O próprio compositor, em 07 de maio de 1749, por causa da presença do príncipe de Gales, coligiu partes de obras mais recentes e acrescentou o “Aleluia”, para execução em um concerto beneficente do “Foundling” (dedicado à manutenção e educação de crianças expostas e abandonadas), tendo em vista a conclusão da edificação da capela desse hospital. Nessas ocasiões excepcionais, o público presente se lembra, logo aos primeiros acordes da extraordinária peça musical religiosa de Georg Friedrich Haendel (1685-1759), do antigo costume burguês de se levantar em sinal de respeito, imitando o gesto do rei Jorge II. Deve-se pesquisar se realmente o rei estava presente no concerto de 19 de março de 1743 para a primeira execução do oratório “Messias” em Londres; a última ocasião na qual o rei assistiu a uma das apresentações musicais de Haendel foi cerca de 1739; além disso, nenhum crítico musical fez referência ao compareci-

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mento do rei. Entretanto, desde 1758, os concertos em Londres mais sérios incluíam o “Aleluia” (ver: Donald Burrows, Handel: Messiah. Cambridge: University Press, 1991). O musicólogo Donald Burrows é um bem conceituado erudito, especializado na vida de Haendel e no oratório “Messias”; estudou profundamente a obra de 40 anos em Londres, quando Haendel teve contato com a capela real inglesa, durante os reinados de Ana Stuart, Jorge I e Jorge II (ver: Handel and the English Chapel Royal. Oxford: University Press, 2005). O maestro Christopher Hogwood (1941-2014) escreveu sobre a vida de Haendel na Inglaterra (1712-1759). (ver: Handel. London: Thames and Hudson, 1988). Às vezes, o público se esquece de que Haendel quis homenagear Jesus, o grande vitorioso sobre o pecado original. O libreto do oratório, planejado por Charles Jennens, trata das profecias concernentes ao Salvador e do curso dos eventos, desde a Paixão até o triunfo da Segunda Vinda. A vitória de Jesus é celebrada pelo coro no “Aleluia”: depois de uma curta fanfarra, sustentada pelos trompetes e timbales, segue-se a majestosa exclamação do coro. Jennens interpreta Jesus como Messias e afirma suas convicções sobre a ressurreição e a redenção, em uma época (meados do século 18) em que Anglicanos estavam em conflito teológico com os deístas e livre pensadores.

Se o ministro ou diretor de música quer evitar a mesmice e alargar o horizonte da cultura musical da congregação, então pode recorrer a compositores católicos e protestantes eruditos pouco conhecidos; podemos citar: Gregorio Allegri (moteto “Voce mea”), Joseph Boismortier (motetos “O sacrum convivium” e “O Rex gloriae”), Guillaume Bouzignac (moteto “Aleluia”), Giovanni-Battista Pergolese (moteto “In caelestibus regnis”), Alessandro Scarlatti (moteto “Audi, filia”, de 1720, que talvez tenha servido de modelo para Bach), Dietrich Buxtehude (cantata “Also hat Gott die Welt geliebet”), Henry Purcell (antema “O praise the Lord, all ye heathen”, de 1682), John Blow (antema “God spake sometime in visions”, de 1685) e Georg-Philipp Teleman (cantata “Jauchzet, ihr Christen, seid vergnugt”). Entre os compositores contemporâneos, podemos recomendar o “Aleluia” de Ralph Manuel, que rivaliza com o de Randall Thompson. Alguém poderá levantar uma dificuldade técnica: essas obras foram escritas nas línguas latina, alemã e inglesa; os coros das nossas Igrejas não estão preparados para essa tarefa. Sinceramente, cremos que haverá ministro ou diretor de música que conseguirá obviar aquele inconveniente. Algum ministro ou diretor preferirá, ao invés da música religiosa erudita, recorrer à

hinodia. Então, poderá consultar os seguintes hinários: “The Hymnal” (USA, 1982), “United Methodist Hymnal” (USA, 1989), “The Presbyterian Hymnal” (USA, 1990), “The Baptist Hymnal” (USA, 1991), “Church Hymnary” (Scotland, 2005) e “Catholic Book of Worship” (Australia, 2015). Nesta encruzilhada, para socorrer os ministros e diretores resta-nos sugerir que executem o “Aleluia” de uma cantata sacra de Johann Sebastian Bach (16851750). A cantata “Jauchzet Gott in allen Landen” (Jubilai a Deus em todas as terras – “Exult in God in every land” - BWV51) foi composta em 17 de setembro de 1730 para ser executada “in ogni tempo” (em qualquer tempo); é um texto de louvor e agradecimento. Foi classificada como “cantata” por causa dos modelos italianos. Aproveita o hino “Nun lob, mein Seel, den Herren”(Ó minha alma, agora louva o Senhor), de Johann Graumann, escrito em 1549; este hino encerra também a cantata “Wir danken dir, Gott” (Nós Te agradecemos, ó Deus – BWV-29), em1731 (ver: Christoph Wolff, J.S.Bach: The Learned Musician. New York: Norton, 2013). A execução da cantata requer uma soprano, um trompete e instrumentos de cordas. A parte da soprano é virtuosística; é uma brilhante peça de coloratura; o musicólogo Albert Schweit-

zer (1875-1965) aconselhou aos sopranos interessados na música de Bach a prática diária da ária. A parte do trompetista exige muita habilidade. As partes foram editadas por Matthias Wendt (Neue Bach Ausgabe, 1987) e por Belwin Mills. No encerramento da cantata, em forma de fuga, subitamente surge um inflamado “alegro”; a soprano desenvolve um “Aleluia” (do mesmo nível técnico e artístico do “Aleluia” de Haendel) que atinge o clímax da obra. Para o musicólogo Arnold Schering (1877-1941), “Há uma contínua sucessão de deliciosas surpresas”. Acessando na internet o site www.youtube.com/ watch?v=_OqiEmgnBpQ você constatará que, no meio profano, a cantata de Bach foi frequentemente interpretada pelas mais importantes cantoras (Agnes Giebel, Elizabeth Schwarzkopf, Barbara Hendriks, Elly Ameling, Edith Mathis, Lucia Popp, Helen Donath, Emma Kirkby) da cena lírica internacional no século 20. Não temos conhecimento da execução dessa cantata, nem do referido epílogo, no meio evangélico; alguma coisa está errada. Desde agora, devem ser procurados nas Igrejas os intérpretes capazes: sopranos e trompetistas com fôlego (Salmo 150, verso 6). Esperamos que os ministros e diretores de música nas solenidades e celebrações em suas Igrejas possam apresentar o “Aleluia” de Bach.


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Lições para nosso tempo Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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livro de Daniel tem ensinos preciosos para nossa vida espiritual; mas, não é assim reconhecido. Para começar, o nome Daniel significa: “Deus é juiz”. Apenas essa frase já serve para um alerta a respeito de cada pensamento, atitude, sentimento e objetivo do que fazemos. O nome do rei Jeoaquim é também sugestivo. Significa “Jeová estabeleceu”. Seu nome original era Eliaquim, mas o Faraó mudou para Jeoaquim. Quando o profeta Urias lhe fez oposição, foi assassinado. Quando Jeude leu palavras de repreensão, enviadas por Deus, ele cortou o rolo com um canivete, e lançou ao fogo. Jeoaquim foi um rei cruel. Jeremias previu sua morte horrenda; seu cadáver ficou pendurado na muralha. Um rei em Israel não podia escolher ser outra coisa senão uma bênção para o povo escolhido. Seu

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

caráter sempre repercutia em consequências boas ou más para com o povo, e isso acontece a nós, servos de Deus. Nossas atitudes sempre ferem ou abençoam os que nos rodeiam. Começamos a ver o significado do nome Daniel. Deus é mesmo um juiz. Através da capacidade de ouvir e falar, o homem é o único ser em quem Deus investe, para torná-lo um ser melhor, visando torná-lo Sua imagem e semelhança. Os animas são obras terminadas, o homem é uma oficina de Deus. Ele investe em nós, humanos, até o último minuto das nossas vidas. Nenhum mortal está livre da responsabilidade. Ah! Se os homens tivessem consciência disso. O primeiro capítulo do livro relata as ações de Nabucodonozor, rei da Babilônia, e dos quatro jovens levados para o exílio. Deus continua soberano na vida dos quatro jovens. Estavam servindo a Deus, não ao rei mundano. O homem é um ser de decisão. Ou Deus ou Satanás reina

sobre o homem. Gloriosa escolha dos quatro jovens, pois escolheram Deus como soberano em suas vidas. Anos depois Nabucodonozor tomou consciência disso. Tornado um animal do campo, ao ser restaurado, reconheceu a soberania de Deus. O segundo verso do livro menciona que o Senhor entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas mãos de Nabucodonozor, rei da Babilônia. O último verso do primeiro capítulo menciona que Daniel permaneceu até o primeiro ano do rei Ciro. Reinos e reis passaram, mas Daniel permaneceu, apesar de todas as armadilhas, perigos, e tentativas de acabar com ele. Que ensino; o Senhor é Soberano! O que acontece conosco, ou não acontece, está no Seu controle. Somos dEle. Lembra-nos o antigo hino: “Que segurança! Sou de Jesus! Eu já desfruto as bênçãos da luz. Sou por Jesus herdeiro de Deus; ele me leva à glória dos céus”. Louvado seja Deus como nosso Único e Verdadeiro Soberano.

Deus nos dá novas forças “Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” (Is 40.31)

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ossa vida diária, como testemunhas do Senhor, eventualmente nos cansa. Ora por razões externas, ora por razões da nossa vida interior. O Senhor, sabedor de nossa fragilidade, prometeu que sempre renovará as nossas energias, declarando através de Isaías: “Aos cansados Ele dá novas forças e enche de energia os fracos...Mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças” (Is 40.29-31). Somos como Elias. Mesmo após contemplar a derrocada dos sacerdotes de Baal, as

ameaças terríveis de Jezabel o levaram à depressão e à fuga. Ainda como Elias, somos surpreendidos pelo modo cuidadoso como o Senhor nos encontra, apesar do nosso esconderijo e do nosso medo. O Senhor conhece muito bem as experiências que nos abatem, além do mais, quase todos os Seus seguidores tiveram experiências de cansaço e de quase desistência. Por isso, Deus usa o livro de Isaías e nos ensina que aos cansados Ele dá novas forças e enche de energia os fracos. O cansaço é natural, quando olhamos pra nossas reservas fragilizadas. Todavia, deverá ser também natural para nós, no meio das fraquezas, colocar “Nossa confiança no Senhor”. Porque o Senhor nunca falhou e sempre conferiu novas forças aos Seus filhos.

Graças a Deus; louvado seja! D’Israel (Israel Pinto da Silva), membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, colaborador de OJB Quando o menino veio apressado, esbaforido, trazer a notícia Estava suado, com a mão no seu peito; estava cansado Mas muito feliz, realizado, todos perceberam A sua alegria no rosto estampada, quando falava, dizendo: Cheguei da Igreja onde meu pai foi batizado E confessado publicamente que meu Jesus Era o seu Senhor e seu Salvador! Ele confessou ser um pecador e pediu perdão Pelos seus pecados e que acreditava que Jesus tinha Ressuscitado no terceiro dia após Sua morte E que tinha voltado pro céu para ficar com seu Pai O nosso Deus, o Criador do céu e da terra O Onipresente; o Onipotente; o Onisciente Que amou o mundo de tal maneira Que deu Seu filho unigênito, para que todo aquele Que nele cresse não perecesse Mas que tivesse a vida eterna!

E disse mais; Eu venho como estou; usa-me! Salve a minha alma, ela é Tua; É teu o meu coração! E aquele menino ficava gritando e dando só aleluias Deus seja louvado: bendito seja o Seu nome! Porque o seu pai tinha blasfemado contra Deus Inconsequentemente, porque, infelizmente, Ele não gostava que lhe falassem de Cristo Porque expulsava os crentes da sua casa e dizia Que não adiantava tentar convencê-lo que veio para salvá-lo Para tirá-lo das trevas em que se encontrava a sua alma. II Quem tinha ouvido tão grata notícia Acharam que era uma grande graça; grande livramento Pra sua família que não mais suportava o sofrimento De ter em casa aquele homem tão violento Que não gostava da santa Palavra de Deus Que estava contida na Bíblia Sagrada E que tinha uma passagem que nos alertava, dizendo:

“Se o Filho vos libertar, realmente estareis livres!” E outra: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” Que, com certeza, aquela agonia logo passaria E transformaria aquele ambiente que precisava De um pai presente, com sua mente iluminada Esclarecida, com discernimento do que estava contido Naquelas palavras de libertação. III E aquele menino que havia chegado esbaforido, ali repetia: Vai entrar no céu como eu queria, que grata surpresa Com o povo de Deus; com a Igreja de Cristo Ele é agora um filho de Deus; de novo nascido Nova criatura; pois teve a sua alma lavada No Sangue de Cristo; e sua vida foi separada Para servi-lo na sua missão na face da terra... Nasceu novamente porque realmente as suas correntes Foram quebradas e Satanás mais uma vez foi vencido E, por isso, agora comemoraremos a nossa vitória! Deus seja louvado; graças a Deus!


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Pastorear Vilmar Paulichen, pastor, colaborador de OJB “Novamente Jesus disse: ‘Simão, filho de João, você me ama?’. Ele respondeu: ‘Sim, Senhor, Tu sabes que te amo’. Ele respondeu: ‘Pastoreie as minhas ovelhas.’” (Jo 21.16)

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ssa foi a segunda vez que Pedro ouvia a mesma pergunta de Jesus Cristo. A insistência do Mestre tinha motivo. A intenção não era rebaixar Pedro. Jesus não queria prejudicar, reprovar, nem humilhar seu discípulo, porque este havia falhado na hora da provação. O objetivo não era humilhar;

o objetivo era entristecer Pedro para que se arrependesse e se santificasse (II Cr 7.9-10). Pedro estava sendo preparado para pastorear. Sem arrependimento e santificação, Pedro nunca poderia pastorear a Igreja de Cristo. Esse é o problema de muitos pastores: não se arrependem. Agem como se fossem perfeitos e não examinam a si mesmos. O orgulho lhes impede de pastorear. Quem pastoreia tem que se arrepender por amor a Deus. O arrependimento é condição fundamental do pastoreio. Pedro tinha que confessar que amava a Deus acima de tudo, principalmente acima do medo (Jo 18.25).

A natureza pecadora atrapalha amar a Deus acima de tudo. Muitos não conseguem amar a Deus por causa do medo, vaidade, orgulho, cobiça, dúvida, culpa, ou algum outro ídolo no coração. Existe algo que impede você de amar a Deus? A resposta de Pedro foi objetiva: “Sim, Senhor...”, disse ele. Nada prejudica tanto o pastoreio do que a falta de convicção, ou seja, dizer “talvez”. Dizer “talvez” é como ir à guerra vestido de covardia (Mateus 5.37). Pastorear sem convicção é tão deprimente quanto começar uma obra, sem saber se vai terminar (Lucas 14.28-30).

Depois de reafirmar o seu amor a Cristo, Pedro fez uma confissão impressionante e de caráter muito pessoal: “Tu sabes..”, disse ele. Essa é a certeza que todos sempre deveriam ter consigo, ou seja, que “Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus” (Hb 4.13). Deus sabe tudo e sonda cada coração. Então, a decisão correta é pastorear de acordo como Deus quer, ou seja, não por obrigação, mas de livre vontade. Não por ganância, mas com o desejo de servir e nunca como dominador, mas como exemplo para o rebanho do Senhor (1 Pedro 5.2-3). Porque Deus faz tantas advertências aos que pas-

toreiam? A razão é que as “ovelhas” são pertencem a Jesus Cristo. Como Ele mesmo disse: “Pastoreie as minhas ovelhas”. A Bíblia dá muitos exemplos de pessoas que tentaram “roubar” o que é do Senhor (III João 1.9-10). Ora, sabendo que os pastores terão um juízo mais severo (Tiago 3.1), qual será o destino dos falsos pastores? É maravilhoso pastorear o rebanho de Cristo, com sinceridade de coração e agindo de acordo como Deus ensina na Bíblia. É gratificante e realizador ver a salvação de quem estava perdido e foi achado. É maravilhoso ver os filhos (a) de Deus vivendo a Verdade na Igreja, guiados pelo Espírito Santo.

viajar, escrever, bordar, etc., mostrando que a ocupação, criação, produção, ver resultados, é que dão alegria, ânimo e prazer de viver. Esta grande faixa da população marcha, não em uma estrada sem fim e sem sentido, mas para a larga porteira aberta de uma fazenda de colheitas. Nesse espaço de movimento e construção continuam a existir não apenas os frutos, mas a semente, o plantar, a alegria dos brotos e todos os prazeres, dores e sofrimentos do ceifar, como em qualquer etapa da vida. A positivação da identidade do idoso significa, por um lado, reconhecer o que há de importante e específico nessa etapa da vida para desfrutá-lo; por outro, compreender, do ponto de vista desse grupo social, os sofrimentos, as doenças e as limitações com toda a carga pessoal e

familiar que tais situações acarretam, embora nunca tratando tais acontecimentos dolorosos e tristes como sinônimos de velhice. Moisés, Arão e, possivelmente, Hur, estavam em seus 80 anos. Moisés subiu ao topo da montanha com o cajado de Deus, intercedendo pelo povo, mas seus braços se cansaram durante a longa batalha. Arão e Hur sustentaram seus braços, enquanto o muito idoso Moisés orava, e Josué conseguiu vitória. As Igrejas precisam despertar para a porta aberta que é o trabalho com idosos. Propôr uma nova pedagogia para os idosos é abrir-lhes novos espaços. O enfoque precisa estar orientado para atender às destrezas, habilidades e atividades próprias da velhice, bem como propiciar tarefas que facilitem a expressão da criatividade, autoconfiança e independência.

Pastorear idosos, um sublime propósito Samuel Rodrigues de Souza, gerontólogo pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, pastor de idosos “Aumentarás a minha grandeza, e de novo me consolarás.” (Sl 71.21)

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século XXI será comandado pelos novos velhos. Será normal para pessoas de 50 anos voltarem a estudar; para as de 60, se apaixonarem; e para as de 80, se reinventarem por meio de novas carreiras. A tendência é uma mudança até mesmo dos parâmetros. Assim, a meia idade seria dos 40 aos 60 anos, a maturidade tardia entre 60 e 80 e a velhice propriamente dita só chegaria depois dos 89 anos. Isso seria uma grande revolução da longevidade e do envelhecimento.

A Gerontologia fornece bases teóricas para a construção positiva da velhice objetivando que a vida tardia seja vivida com o máximo de autonomia e independência. Autonomia é a possibilidade do idoso tomar as suas próprias decisões sobre as questões de sua vida, dizendo respeito ao exercício do autogoverno. É ser responsável por si mesmo e ter a privacidade respeitada. Já o conceito de independência tem relação com a capacidade funcional, é poder realizar nosso autocuidado e administrar nosso dia a dia sem ajuda. No templo de Jerusalém, Maria e José, que levaram Jesus para oferecê-lO ao Senhor, encontraram o velho Simeão, que há longo tempo esperava o Messias, “E lhe fora revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Se-

nhor” (Lc 2.26). “Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. E era viúva, de quase 84 anos. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. Falou a respeito do menino a todos que esperavam a redenção de Jerusalém” (Lc 2.36a-38). Simeão e Ana tiveram sua vida prolongada para que pudessem presenciar o cumprimento das promessas de redenção da humanidade, com a chegada do Filho de Deus. Eles viveram ao redor de um propósito maior. Fernandes (1997), incentiva idosos a fazerem atividades variadas em sua vida ativa, para que assim possam ter possibilidades de opções, ao entrarem para a aposentadoria, para que voltem a conjugar e praticar uma infinidade de verbos: amar, passear, criar, visitar, estudar,


6 vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

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uem nunca ouviu um pregador ou palestrante para pais lembrar o famoso verso bíblico que está em Deuteronômio 6.7? Não custa recordar o texto bíblico tão lembrado aos pais. Diz o texto: “Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Dt 6.7). Até aí nada de mais, pois é sempre muito bom lembrar desta ordem de Deus dirigida aos pais judeus, mas também aos pais cristãos de todas as épocas. A grande

reflexão

Como aplicar e praticar Deuteronômio 6.7?

questão é que, muitas vezes, não paramos para pensar como colocar em prática os princípios contidos em tantos versículos bíblicos. Ler a Bíblia e não aplicar na nossa vida diária, especialmente na família, os versículos bíblicos que aprendemos, é como ler um livro de Shakespeare. Será apenas um livro gostoso de ler, mas sem proporcionar vida, ganhos eternos para o leitor e sua família. Então, como colocar em prática a expressão que diz, por exemplo, “converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho?”. Com certeza é não ficar enchendo a cabeça dos

filhos com textos e mais textos bíblicos. Nem falando a toda hora sobre Igreja. Uma das maneiras de aplicar este texto é aproveitando os acontecimentos do dia, as brincadeiras e, de uma forma sábia, passar os ensinamentos que Deus quer que os pais transmitam aos seus filhos. Lembro-me de um período de férias que estava em uma fazenda com minha família, no interior de Minas Gerais. A lua estava na fase quarto minguante, mas a noite estava sem nenhuma nuvem. Como no interior não temos a luminosidade da cidade, o céu estava lindo, cheio de estrelas. Minha filha, Susanne, era bem pe-

quenininha. Então, peguei-a no colo e fomos passear sob aquela noite estrelada. Podíamos ver, inclusive, as estrelas cadentes. Então, dizia para ela como Deus fez o sol, a lua, estrela. Fui lembrando da passagem que narra a criação do mundo e que está em Gênesis 1. Claro que foi de uma forma bem lúdica. Eu não sei se ela lembra deste fato, mas, com certeza, a mensagem ficou no inconsciente. Podemos aplicar este versículo quando brincamos com nossos filhos. Um pai que está ensi nando seu filho a andar de bicicleta, pode, no final do dia, rememorar a experiência e dizer mais ou menos

assim: “E aí, filho, foi legal hoje aprender a andar de bicicleta, não foi? Você se lembra que todas as vezes que você pensava que iria cair, eu estava atrás e segurei você? Lembra? Sabe, filho, assim é Deus, o nosso Pai. Quando Ele percebe que a gente vai cair, passando por dificuldades, Ele vem e segura a gente por trás”. Percebeu? Não é na hora, mas um tempo, ou até mesmo, dias depois. Existem inúmeras maneiras de aplicar este versículo bíblico no cotidiano da relação pais e filhos. Basta pedir a Deus a sabedoria e estar atento aos momentos que Deus proporciona para que isso aconteça.

nos comportarmos em sociedade, em uma lógica do que é educação e disciplina educativa. Especialmente na fase infantil, a mera comunicação verbal, o castigo moderado e aplicado com objetivo, é da máxima importância ao educando. Disciplina é o método coerente de impor as restrições com base nos valores éticos da família e da sociedade. Se o método for aplicado no sistema de restrições rígidas sem explicações, vai desenvolver uma atitude de onipotência, resultando no desvio do equilíbrio tornando essa pessoa neurótica que imagina ter uma liberdade total e absoluta, criando para si um mundo fora da realidade. A disciplina é o método pelo qual aprendemos a direção fundamental entre o que posso e o que desejo, dentro de um senso racional, na trajetória da própria vida. Primeiro aprendemos a controlar os impulsos e paixões, canalizando as energias para a realização do bem comum. Disciplina significa oferecer aos seres humanos um comportamento com opções e

alternativas de obediência e educação, que vai produzir um comportamento produtivo e desejável, ou um tipo de revolta conformista e apático. Esse sistema flexível coerente reúne as probabilidades de produzir carácteres verdadeiramente sadios e equilibrados. Disciplina é o simplificar os padrões de comportamentos funcionais. Willian James disse: “O desenvolvimento ou a aquisição de bons hábitos simplifica a vida”. Pascal dizia: “Uma segunda natureza poda facilitar a vida, se nós nos habituarmos a proceder corretamente”. Se tivemos um sistema disciplinador do nosso comportamento, não precisamos pensar sobre as decisões e éticas no nosso viver cotidiano. Paulo ensina que a verdade em amor é um ato desejando o aperfeiçoamento para o educando. Sem amor, a disciplina é um incentivo à prepotência e a incapacidade de cumprir os objetivos da família. Para a Igreja e sociedade, o educador deve disciplinar sempre nos padrões bíblicos.

Os sinais Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

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s sinais de declínio da família são evidentes ao nosso redor, inúmeros fatos confirmam o prognóstico amargo da família moderna. Estamos assistindo de camarote a morte da célula fundamental da civilização. O livro “Pais sábios, filhos brilhantes”, de John Macarthur, pág. 14, descreve a decadência da sociedade moderna; os valores que agora são abraçados, como um todo, estão gravemente fora da sintonia com as ordens divinas. Ele fala do massacre de crianças antes de nascer (aborto autorizado) e fala da condenação mais leve para quem sacrifica animais em relação àqueles que cometem crime a uma pessoa. Vivemos em uma sociedade que não crê que o homem foi criado por Deus como Sua imagem e semelhança; dão mais valor a um gato do que a uma pessoa em formação. A maioria das famílias hoje pensa na formação dos filhos,

fazendo tudo com uma visão materialista, esquecendo que Deus colocou em nossas mãos a tarefa de desenvolver plena e, harmoniosamente, a personalidade dos nossos filhos (livro “Problemas da família moderna”, de Merval Rosa, pág. 148). A natureza da família, como instituição divina, está sendo transformada em um simples contrato social, legalizado pela lei do país em que o indivíduo vive. Deus dotou o homem de responsabilidade para dominar sobre tudo que Ele criou e mandou que multiplicasse em priore a família. Como era a concepção antes do pecado não sabemos, depois do pecado somos nascidos em pecado (Salmo 51; 127). Feliz é o homem que enche a sua aljava; Davi disse: “Em pecado fui concebido”. A maioria dos pais modernos esquecem que também são educadores, podemos dizer que os problemas nas relações entre pais e filhos são, basicamente, de ordem de educação e disciplina. A sociedade moderna tem a tendência assustadora e

o futuro é um enigma, sem qualquer padrão moral que sirva de fundamento para discernir o certo e o errado. Se pensarmos no ambiente que vivem as famílias, o sistema de interrelacionamento baseado no respeito e dignidade dos componentes, quais as normas e princípios que regulamentam o tratamento mútuo? O que chamamos de disciplina? Temos hoje muitos pais indisciplinados e emocionalmente imaturos. Ter uma família é um tanto relativo, embora não seja a regra. Dentro de uma lógica, os filhos precisam de modelo, se tiverem pais indisciplinados, facilmente teremos outra família indisciplinada. A função educativa no mundo moderno é mais alarmante do que a falta de disciplina. Na verdade, esta confusão moral indica o desmoronamento da família, do lar e da sociedade. O lar é que lança as bases fundamentais do caráter e da personalidade de cada ser humano, no lar, no trabalho na escola e na sociedade. É em casa que aprendemos a


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missões nacionais

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Varginha - MG Equipe da JMN comemora é impactada retorno do pastor com Caravana Fernando Brandão para Missionária de Igreja as atividades de 2017

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Junta de Missões Nacionais presenciou com alegria o retorno do diretor

executivo, pastor Fernando Brandão, nesta segunda-feira (23). Juntamente a sua esposa Márcia Brandão e seu filho

Guilherme, o pastor Fernando foi recepcionado por todos os funcionários da JMN e pôde caminhar pela primeira vez nas novas instalações da Junta. “O que tem de mais bonito nesse prédio são as pessoas. E o que tem de mais bonito nas pessoas que trabalham nesse prédio é a paixão por Jesus, pela obra dEle e o amor pelas pessoas que estão lá fora, perecendo e necessitando da Graça de Deus”, declarou o pastor Fernando, após conhecer o novo prédio da JMN. Durante o dia, aconteceu a primeira reunião do ano do Colegiado Gestor da JMN, quando foram traçadas diversas ações para o ano de 2017. “A motivação maior é Ele (Jesus) e Ele está presente aqui, está presente com nossos missionários. Ele é o líder da missão”, completou o pastor. Continuemos em oração pela vida do pastor Fernando, de sua família e de toda a obra missionária no Brasil. Assim, podemos continuar avançando em conquistar nossa Pátria para Cristo.

do Espírito Santo

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cidade de Varginha - MG recebeu de 13 a 21 de janeiro uma Caravana Missionária com irmãos da Igreja Batista Central de Nova Brasília - ES. Juntos aos missionários da JMN, Luzinaldo e Graça, que já atuam na região, eles promoveram diversas ações sociais e evangelísticas para a comunidade. Foram dez dias de intenso trabalho no bairro Pinheiro. Na programação, o grupo realizou caminhadas de oração, visitações, ação de capacitação profissional, ação social, semana de férias para crianças, aulas de violão,

PGMs, jogos infantis e a caminhada “Escolho Viver”. Um culto de gratidão marcou o encerramento da Caravana, com a entrega dos certificados dos cursos de capacitação e o testemunho da caminhada Escolho Viver, que impactou muitos moradores. Damos glórias a Deus pelo reconhecimento da comunidade de Varginha de que o trabalho feito pelos missionários na região tem sido abençoador e tem transformado vidas. Seguimos em oração pelos pastores e missionários que atuam no Sul de Minas.


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Turma 1981: O reencontro depois de 35 anos

Irmã Ana Lúcia Schmidt, pastor Erno Schmidt, pastor Gerson Moreira, pastor Gilson Bifano, pastor José Carlos Rios Maia e pastor Sócrates Oliveira

José Carlos Rios Maia, pastor, membro da Primeira Igreja Batista em Jacarepaguá - RJ

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as últimas semanas de aula do ano de 1981, o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil realizava na capela um culto de despedida dos formandos. Lembro-me de assistir a colegas cantando uma canção que dizia: “Bênçãos e prazer eu tenho em você amigo meu, com você eu ri, chorei, brinquei, orei, amigo meu, e minha vida assim se enriqueceu. Sempre apreciei a natureza ao meu redor, mas o melhor dos dons que Deus me deu é você amigo meu sincero e bom; e agora sei que bênção você é amigo meu.” Impossível não se emocionar, pois não era apenas uma despedida de final de um curso qualquer. Era a conclusão de um ciclo de formação que além dos momentos em sala de aula, havia a convivência de quatro anos de internato, a sobrevivência com a alimentação do refeitório e cantina do Celso, as horas de biblioteca, as aulas das 16 horas e os campeonatos de futebol. As mais diversas situações da vida de um colega foram enriquecidas com as do outro. Ao término da cerimônia de formatura, na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, após recebermos os cumprimentos de familiares e convidados, passamos a uma troca de abraços difícil entre os formandos. A cada abraço, olhando para o rosto do amigo e pensando, “Quando será que nos vere-

mos outra vez?”. Para muitos, aquele foi o último abraço e partiu cada um para a sua trajetória individual, no cumprimento do ministério que o Senhor designou. Os anos sucederam-se; uma, duas, três décadas e meia e os 51 formandos estão espalhados pelo Brasil e exterior. Nas Convenções Nacionais e Estaduais, raros e escassos reencontros de alguns desses colegas. Através dos meios de comunicação da CBB, algumas notícias eram recebidas com alegria: colegas atuando em Missões Nacionais e Mundiais, atuando no Ensino Teológico, colegas exercendo liderança

Participaram do almoço e visita a sede da CBB em 10 de janeiro de 2017: pastor Erno Schmidt, pastor Gerson Moreira, pastor Gilson Bifano e pastor José Carlos Rios Maia

em Convenção Estadual, o Ministério Oikos se consolidando na orientação às famílias, o presidente da turma eleito presidente da CBB. Mas, cada notícia trazia junto uma ponta de saudade do amigo distante, e a ausência de notícia de outros, então ficava a pergunta: Por onde andam meus amigos? Foi com esta inquietação e saudade que resolvemos fazer uso dos recursos da tecnologia para reagrupar os colegas de turma 35 anos depois, criando o grupo de WhatsApp “STBSB – Turma 1981”. A partir de poucos, trocamos números de celulares, cada um buscando em

suas agendas os números dos colegas que tinha disponível. Cada novo membro do grupo dando valiosa contribuição, repassando o número de celular dos colegas ainda não localizados. Em aproximadamente 60 dias conseguimos reunir quase 80% dos formandos de 81. O resultado do reencontro foi excepcional. Veja uma mensagem postada pelo pastor Rubinson de Souza: “Tenho dito que uma das melhores coisas que Deus me deu em 2016, foi, através dá tecnologia, voltar no tempo reencontrando essa turma maravilhosa (1981), e reviver nossa história que parece sonho, po-

rém, é nossa realidade. Muito feliz e até emocionado por Deus ter me permitido estar inserido neste grupo”. E no dia 10 de janeiro de 2017, alguns colegas estiveram presentes no encontro no Centro Batista, onde fica localizado o Seminário do Sul. Entre eles, o pastor Erno Schmidt, a irmã Ana Lúcia Schmidt, o pastor Gerson Moreira, pastor Gilson Bifano e pastor José Carlos Rios Maia. Agora, o próximo passo, será sair do virtual e promovermos um reencontro real de toda a turma durante a 97ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira em Belém.


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Departamento de Ação Social da CBB

Juventude & Sociedade Jean Carlo, pastor das Juventudes da Pib do Grajaú – RJ, líder da Agência Juventude & Sociedade

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onhamos com uma Juventude completamente conectada com as verdades e os valores do Evangelho de Jesus Cristo, que seja protagonista na instalação do Reino de Deus nas cidades. A agência Juventude & Sociedade segue esse ministério com a proposta de desenvolver um método de apoio aos ministérios de Adolescentes, Jovens e Jovens Casados para a Igreja local, através de formação, capacitação, despertamento e estímulo dos líderes. Perceber, no âmbito da Igreja local, potencialidades, vocações e caminhos que conectem o jovem cristão ao jovem da comunidade em que a Igreja está inserida, transmitindo, influenciando e compartilhando o Amor de

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Cristo através das artes, dos projetos missionais/sociais, dos eventos e, sobretudo, da prática relacional. Ainda queremos com o projeto oferecer aos líderes treinados subsídios para uma leitura sócio-histórica do movimento de juventude nas Igrejas, como também compreender os motivos que pelos quais os jovens desconectaram-se do seu papel protagonista no Reino (I João 2. 14b). “A própria ideia de liberdade - que, mais do que uma ambição, se tornou uma

constante e indispensável exigência contemporânea – alimenta as inquietações pós modernas, diferentemente das inquietações de outra, que nasciam do demasiado desejo de controle e ordem.” (Rev. Brás. Educ. nº.18, Rio de Janeiro. Sept/Dec. 2001). Passamos por uma grave crise de conexão dessa faixa etária com a Igreja de maneira geral. Isso é óbvio. É essa mesma, em primeira mão, a questão a ser considerada na atividade de reflexão e formação do líder para o jovem

deste tempo. O que desconecta o jovem da Missão? Onde e como reconectar esse jovem? Quais as inquietações do jovem para este tempo? Transformações na formação, hábitos e características dos pais neste tempo. Meio ambiente, sociabilidade, socialização e (re) socialização, sustentabilidade, redes sociais e práticas relacionais, estabilidade!?! Buscaremos construir pontes entre o ministério com Juventude e as demandas dessa geração. Passamos por uma transição de realidade e, definitivamente, a maneira coma as Juventudes se organizam e se expressam mudou. Não é possível desconsiderar a presença marcante e recente das tecnologias e da virtualidade na forma como, por exemplo, as pessoas se relacionam. Nossa maneira de relacionamento pessoal segue rapidamente para o formato de relacionamentos

em redes, nas “redes sociais”. Esse fenômeno é irreversível. Outra questão fundamental é o tema da sustentabilidade, tão anunciado em uma sociedade dos descartáveis. Uma contraposição, um paradoxo, quase uma incoerência. As juventudes estão ligadas nisso. São atraídas para isso. Daí a necessidade de formarmos e reciclarmos lideranças para as juventudes sensíveis a essas alterações. Estão nas cidades e chegam em nossas Igrejas. Nosso viés de reflexão e devoção aponta links que facilitam a comunicação entre Igreja, Juventude & Sociedade, atentos que estamos ao fenômeno de evasão de nossos jovens dos templos. Nós acreditamos que “A Igreja Local é a última esperança do mundo” (Hybbels, BILL) e as juventudes são a força de ação para a transformação e alteração de realidades que vem da anunciação do nome poderoso de Jesus.

Missão Filadélfia, mais um projeto parceiro da CBP

ostaria de apresentar aos Batistas paranaenses mais um projeto que a Convenção Batista Paranaense (CBP) tem como parceiro. Para saber mais sobre esta iniciativa entre em contato com a Ação Social da CBP. Desde 2004, a Igreja Batista Filadélfia, em Sertanópolis-PR, desenvolve um trabalho social nas áreas de Educação, Saúde e Assistência Social com crianças de 0 a 6 anos em situação de vulnerabilidade social e com adultos a partir de 18 anos, com problemas relacionados à dependência química. A Igreja, sob a liderança do pastor Antonio Roberto Marques de Souza, inspirado pelo Espírito Santo, idealizou e implantou a Missão Filadélfia, entidade mantenedora do Centro de Educação Infantil Filadélfia (CEIFIL) e Centro Terapêutico Filadélfia (CETEFIL).

Pastor Antonio Roberto Marques Chá das Avós - Lúcia Amélia de Souza com a avó Mira

História de Jonas e o grande peixe

O CEIFIL atende atualmente cerca de 140 crianças que, diariamente, recebem carinho, alimentação, educação e, principalmente, evangelização e amor. O Centro de Educação conta com vários profissionais capacitados que garantem educação de qualidade com princípios cristãos. Durante o ano, o CEIFIL aborda diversos temas da Bíblia como parte da educação formal das crianças. Para Lúcia Amélia

Zanfrilli Marques de Souza, diretora do Centro de Educação, trabalhar com crianças a faz lembrar-se da Palavra de Deus em Provérbios 22.6: “Educa a criança no caminho em que ela deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. Já o CETEFIL - Centro Terapêutico Filadélfia, busca trabalhar com os jovens e também com pais de famílias que se perderam do caminho e entraram no mundo das drogas.

Atualmente, são 25 pessoas Você também pode contrisão atendidas diariamente. buir com esse Projeto: O CETEFIL fornece alimenCEIFIL – SICREDI – 748 tação, acompanhamento esAgência 0718 piritual, atendimento psicoC/C 85.975-3 lógico, acomodações para dormir, reaproximação com CETEFIL as famílias e a reinserção SICREDI – 748, social. Agência 0718 A Missão Filadélfia foi criaC/c: 87.657-7, da unicamente pela fé de As duas contas estão em tiuma “igrejinha” local de Sertanópolis e hoje atende toda tularidade de Missão Filadélfia a região de Londrina. - CNPJ:06.122.131/0001-28


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missões mundiais

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Missões Mundiais lança Campanha 2017 na PIB de Irajá -RJ Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

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eve esperança até que Ele venha. Este é o tema de Missões Mundiais para 2017 e que você terá a chance de conhecer melhor no grande culto de lançamento da Campanha marcado para o dia 07 de fevereiro, a partir das 19h30, na Primeira Igreja Batista de Irajá RJ, do pastor João Emílio, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A entrada é gratuita. A programação contará com as participações do autor da música oficial, “Até que Ele venha”, Alexandre Magnani, e do diretor executivo de Missões Mundiais, pastor João Marcos Barreto Soares. Sugerimos que Igrejas de outras regiões reúnam-se para acompanhar a transmissão ao vivo no www. youtube.com/canaljmm. Apresentaremos os desafios missionários para este ano, mostrando as várias possibilidades que todos têm de participar com orações, ofertas, mobilização e vocação. “Uma Campanha missionária é sempre a melhor oportunidade para anunciar os desafios de Missões Mundiais às Igrejas. Missões Mundiais precisa convencer as pessoas e as Igrejas sobre a necessidade de algo que outras pessoas têm. Precisamos relembrá-las de seu compromisso com Cristo”, comenta o pastor João Marcos. A programação do culto contempla ainda participações de missionários, mobilizadores e de grupos de teatro e coreografia. Uma noite que promete ser inesquecível e marcar a história das nossas campanhas missionárias. “Uma campanha missionária não é uma ação de marketing. O que Missões Mundiais está fazendo é uma ação espiritual, usando ferramentas e pessoas.

Missionários mobilizadores e a equipe da sede também estarão presentes servindo àqueles que desejam envolvimento com missões

Pastor João Marcos B. Soares e Alípio Coutinho, diretor executivo e coordenador de Promoção e Mobilização da JMM, respectivamente

Carla Barros e William Freitas (Colômbia) são alguns dos nossos missionários que estarão na PIB de Irajá

Haverá espaço para o público tirar dúvidas sobre a obra missionária. Chegue cedo e aproveite ao máximo

Esperamos que a vida espiritual dos alcançados por esta Campanha descarregue avisos de que precisamos alcançar o mundo para Cristo”, explica o diretor executivo. Missões Mundiais faz ecoar nas Igrejas uma ordem de Cristo: fazer discípulos em todas as nações. E este culto será apenas uma amostra do que as Igrejas de todo o Brasil precisam fazer para envolver seus membros com a causa missionária. Àqueles que não puderem estar presentes na PIB de Irajá neste dia, sugerimos que conversem com seu pastor e organizem uma sessão especial na Igreja para acompanhar a transmissão ao vivo pelo www. youtube.com/canaljmm. Se não puder ser na Igreja,

que seja em casa ou durante a reunião de pequenos grupos ou células. O importante é estar atento ao que Deus está fazendo no mundo por meio de todos que participam de Missões Mundiais. Além da transmissão ao vivo, será possível acompanhar momentos do culto em nossas mídias digitais. Serviço Local: Primeira Igreja Batista de Irajá - Rua Toropasso, 47, Irajá - Rio de Janeiro-RJ Dia e hora: 07 de fevereiro, a partir das 19h30 | Entrada gratuita Contatos: jmm@jmm. org.br | (21) 2122-1901 (cidades com DDD 21) | 0800 709 1900 (demais localidades) | www.misso- Alexandre Magnani estará presente pra cantar a música “Até que esmundiais.com.br Ele Venha”


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notícias do brasil batista

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Convenção Batista Mineira lança “Kit Homilético” para pastores

m 2017, os pastores das Igrejas Batistas do estado de Minas Gerais poderão contar com mais uma ferramenta para auxiliá-los em seus ministérios. Todos os pastores do estado receberão gratuitamente o “Kit Homilético”, composto por um DVD com mensagens para as 52 semanas do ano, todas com ilustrações que ajudam na didática do culto. Trata-se de um material riquíssimo, produzido por uma equipe de pastores de todos os cantos do estado. São estudiosos da teologia e doutrina Batista, que, a convite da Convenção Batista Mineira (CBM), dispuseram-se a elaborar uma série de sermões, para que todas as Igrejas possam caminhar em unidade, no mesmo tom e com o mesmo zelo doutrinário. A ideia para este projeto surgiu no coração do pastor Marcio Santos, diretor executivo da Convenção Batista Mineira, no ano de 2016. Ao analisar o tamanho do estado de Minas Gerais, que hoje é o quarto maior estado brasileiro, e também do contato com os pastores e líderes das Igrejas mineiras, ele viu a necessidade dos Batistas se unirem e terem uma mesma linguagem e um mesmo pensamento homilético. “Ao todo, hoje somos 1153 Igrejas e Congregações, espalhadas por toda parte. A frente destes trabalhos, contamos com uma equipe de mais de mil pastores e líderes. A ideia do projeto é permitir que o conhecimento seja compartilhado de norte a sul, de leste a oeste. Nossa intenção não é engessar o pastor, de forma que ele não tenha liberdade de conduzir seu púlpito, mas sim, oferecer a ele mais uma ferramenta na nobre missão de pregar o Evangelho aos salvos e também aos não alcançados”, pondera. Para desenvolver este projeto, o tema anual da Convenção Batista Brasileira,

que este ano é “Anunciando o Reino com o Poder de Deus”, foi subdividido, com uma ênfase específica para cada mês do ano. “Eu achei essa ideia maravilhosa, porque cada pastor vai receber um kit, onde ele terá mensagens para todo o ano, para cada domingo do ano, e não apenas o texto, mas também um modelo de power point. Mesmo que ele não queira pregar exatamente o sermão que vai receber, ele vai ter ali uma ideia, um suporte, uma referência, e todos nós, no estado, seguiremos na mesma direção. Eu acho que isso será muito importante para nós”, comenta o pastor Sebastião Arsênio, da Igreja Batista Esplanada, em Governador Valadares, que participou da elaboração dos sermões e de todo alinhamento homilético. A iniciativa está alinhada com os objetivos da diretoria da Convenção Batista Mineira, de disponibilizar material sólido e consistente para que os líderes das Igrejas e Congregações possam ter fontes seguras de pesquisa e consulta. “É um alinhamento com uma visão homileticamente correta. Entendemos que esse projeto pode abençoar, porque ele é didaticamente

trabalhado para que não só o pregador tenha condições de estabelecer um vínculo maior com o texto, mas para

facilitar, inclusive, para o próprio ouvinte”, comenta o pastor Marcelo Petrucci, da Primeira Igreja Batista em Mantena, e que também faz parte da equipe de elaboração, organização e revisão do “Kit Homilético”. O projeto também vem atender uma demanda por “identidade” denominacional, que é a busca pela unidade entre os Batistas Mineiros, em um tempo em que diversas denominações estão perdendo seu foco e sua essência. “Não posso deixar de agradecer a Convenção Batista Mineira e também a todos os irmãos envolvidos neste projeto. Qualquer Igreja Batista em Minas Gerais que você chegar em 2017, todos vão estar falando a mesma coisa. É algo que no passado eu já comentei, que é a busca por “identidade denominacional”. Espero que nossos

colegas pastores entendam esta visão e estejam apoiando. Com certeza, aqui na Primeira Igreja Batista em Manhuaçu, nós estaremos juntos neste alinhamento homilético para 2017”, comemorou o pastor Marcio Melo. O “Kit Homilético” é mais um apoio que a Convenção Batista Mineira oferece aos líderes pastorais das Igrejas e Congregações do estado. Além dele, outras ações como a “Academia de Estudos Pastorais”, que em 2017 completa três anos de existência, e também a “Convalidação para pastores e líderes”, realizada pela Convenção Batista Mineira em parceria com a Faculdade Batista de Minas Gerais, são realidades de projetos bem-sucedidos, que têm, de forma gratuita, abençoado pastores e líderes em todo o estado.

Convite especial Jubileu de Ordenação Ministerial

Pastor Francisco Nicodemos Sanches

A Quarta Igreja Batista em Pádua convida para o culto de gratidão pelo Jubileu de Ouro de ordenação ao ministério do seu obreiro, pastor Francisco Nicodemos Sanches. Data: 04 de março de 2017. Horário: 19 horas e 30 minutos. Local: Templo da Quarta Igreja Batista em Pádua. Endereço: Estrada Pádua X Monte Alegre, km 02 – bairro Divinéia – S. Antônio de Pádua – RJ.


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ponto de vista

Força crescente dos evangélicos Celso Aloisio Santos Barbosa, membro do Conselho Editorial de OJB

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ivemos novos tempos no nosso Brasil. A presença nas tribunas diretivas das nossas casas de senadores e deputados, no País, que acolhem vozes evangélicas, de norte a sul, é uma realidade de que não podemos omitir a nossa participação, como membros de nossas Igrejas Evangélicas. A fala dos nossos irmãos de fé nas querelas da Nação, para nós que conhecemos o “jeitão” de falar dos evangélicos, não nos é desconhecida, quando acompanhamos os discursos dos nossos homens públicos, que estão inseridos nossos irmãos evangélicos, de norte a sul do nosso querido Brasil. É necessário que os acom-

panhemos, que por eles intercedamos junto a Deus, para que os ampare, os estime e os assegure condições para continuar testemunhando de sua fé e do Evangelho de Cristo, em meio a tantos que não conhecem a “Fé uma vez do conhecimento e experiência dos santos”. O pleito eleitoral no Brasil, deste 2016, nos deu a alegria de identificar irmãos na fé que se pronunciaram, no mundo político brasileiro, em tom bem evangélico, testemunhando das cousas de Deus. Não podemos omitir o pronunciamento do jornal paulista Folha de São Paulo, ao registrar sobre o prefeito eleito no Rio de Janeiro, que venceu com mais de um milhão e votos, ao colocar em manchete a declaração: “Vitória de bispo marca força crescente dos

evangélicos”. “A eleição do bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus é um marco de força política e social crescente dos evangélicos). Com discurso assumidamente conservador, ele conseguiu ressonância em seguimentos mais amplos do que a base tradicional de eleitores que se opõem a temas como casamento entre homossexuais, uso de drogas e aborto”. (Folha de São Paulo, 31 out 2016, pág. 4, primeira seção). Mantendo sua posição elogiosa, o jornal de São Paulo registra título na página 5 da mesma seção, assim: “Bispo licenciado se elege prefeito do Rio. Com apoio dos candidatos derrotados no primeiro turno, obtém 59,37% dos votos”. E o jornal continua citando o vencedor: “Peço a Deus que essa modesta e acidentada

vida pública possa deixar para todos os cariocas esse ensinamento, de que sempre chega a nossa vez, quando a gente não desiste. Peço a Deus que nesses quatro anos de governo possamos ter a esperança dos que lutam e a fé dos que nunca desistem”, disse após a divulgação de sua vitória. Reforça o texto que divulga a notícia: “Os dados do TSE mostram que a vitória foi em toda a zona oeste...” Ainda, o jornal de São Paulo, em outra página de sua edição de 31 de outubro, conclui em sua “análise’’: “A eleição no Rio marca ascensão de pastores evangélicos na política brasileira: a eleição do candidato em análise é um marco na ascensão dos pastores evangélicos na política brasileira. Sua vitória deve abrir uma nova trincheira para atuação”.

Finalmente, eis uma declaração do candidato vitorioso, que considero profética e histórica: “Os evangélicos ainda vão eleger um presidente da República que vai trabalhar por nós e nossas Igrejas”. Concluindo este pequeno texto, redigido às pressas e sob natural emoção, tenho informar que conheci pessoalmente o candidato vitorioso ora comentado, ao assistir a culto solene na Catedral Presbiteriana do Rio e Janeiro, quando o vi e o ouvi cantar hino evangélico do púlpito daquele belo e majestoso Santuário. Foi-me emocionante agora revê-lo vencedor deste grande pleito, no meu Rio de Janeiro. Creio e sempre cri na “Força crescente dos Evangélicos”, de cuja Igreja e obra participo desde minha adolescência - 1949 - até agora!

Força da corrupção no Brasil

Natanael Cruz, pastor, colaborador de OJB “Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança.” (Sl 33.12)

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esde seu descobrimento, o Brasil tem sido vítima da corrupção. O ideal dos colonizadores era mais explorar do que investir no seu crescimento

pátrio. O interesse em tirar proveito em tudo tem sido notório no curso da sua história. Atualmente, a corrupção no Brasil tem sido endêmica e sistemática. Existem pessoas que estão explorando o Brasil em vez de servi-lo com fidelidade e patriotismo. O País passa crises por força da corrupção. Temos um clima favorável, um solo fértil, a maior reserva florestal do mundo; somos ricos

em recursos naturais. Com tudo isso, a economia do Brasil está indo pelo ralo da corrupção. Mudam-se os ministros, governantes, prendem-se uns, soltam outros, mas a natureza humana corrupta continua. Eles não querem obedecer a Deus, porque sabem que Deus abomina a natureza corrupta e seus efeitos deletérios. No decurso de cem dias, foram afastados de seus cargos:

a presidente da República, o presidente da Câmara e o presidente do Senado. Quando homens corruptos e corruptores sobem ao poder o povo geme, a sociedade padece e a pátria sofre. Existem partidos políticos que em vez de facilitar o crescimento na saúde, na educação, economia e na agricultura, têm motivado a corrupção. Temos muitos evangélicos políticos no Brasil, os quais devem se

posicionar contra a corrupção. Na Bíblia temos: José, Neemias e Daniel, exemplificando que é possível ser político com integridade sem se corromper. A força da corrupção no Brasil, que se agiganta a cada dia, poderá ser vencida se Deus exercer o domínio dos corações de cada brasileiro, e assim poderemos dizer, “Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmo 33:12).


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Anunciando o Reino com o Poder de Cristo Marinaldo Lima, pastor, colaborador de OJB

Corrupção espiritual

Anunciando o Reino com o Poder de Cristo Na certeza de que cumprimos a missão Usando a armadura do nosso Deus Na fé, na Palavra e na oração. Ciosos no trabalho do Senhor Indo ao mundo, colocando em ação A ordem de Cristo para proclamar Neste grande país, à nossa Nação; Do norte ao sul, de leste a oeste O Seu Evangelho, para salvação. O Evangelho do Senhor Jesus

Rogério Araújo (Rofa), jornalista, escritor, colaborador de OJB

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nosso Brasil parece mergulhado em um mar de corrupção onde todos os políticos estão envolvidos pelas delações da operação Lava Jato e uns que posam de “bons moços” são iguais ou piores que os pegos antes com os casos de desvios. Onde vamos parar com tudo isso? O que devemos fazer como cristãos? Orar sempre é até mesmo uma obrigação e necessidade. E, ao refletir, será que existe também na vida dos cristãos, uma corrupção espiritual? Segundo nosso “tio Google”, a corrupção é uma “Modificação, adulteração das características originais de algo”. Não seria exata-

mente isso que, como a corrupção na política, fazemos na vida espiritual quando “adulteramos ou deturpamos” os mandamentos bíblicos e queremos dar um jeitinho para que os erros não sejam pecados? Falamos dos milionários roubos na economia, mas não lembramos de algumas atitudes poucos louváveis: um troco a mais entregue por engano que vai prejudicar quem nos deu; cola em uma prova porque não se estudou direito para ter as notas necessárias; uma fila que é burlada para ser atendido mais rapidamente; dentre outras. O que citei acima são ações que podemos fazer contra nosso próximo, mas e quanto à corrupção para com o nosso Deus? Errar, pedir perdão e errar de novo no mesmo erro; cometer

pecado em algo que se sabe muito bem que é pecado, mas, mesmo assim e, conscientemente, é feito; colocar bens materiais no lugar de Deus como deuses; dar o dízimo somente quando e quanto quer ou sobrar algum dinheiro e não ser as primícias da separação logo quando “puder ajuntar” (I Co 16.2); negligenciar a comunhão com Deus e não orar nem ler a Bíblia, achando que sabe tudo e não precisa por ser um “super-cristão”. Em I Pedro 3.12, diz “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e seus ouvidos estão atentos às suas orações, entretanto, a face do Senhor volta-se contra os que praticam o mal”. Será que muitas vezes nos esquecemos que Deus tudo sabe e tudo vê? Vamos combater todas essas atitudes corruptas no dia a dia!

Reis dos reis, Senhor, Salvador E o Cordeiro de Deus, é fonte de luz. Isso mesmo, este é o Poder de Deus. Não há outro meio de salvação; O Filho de Deus conquistou-a na cruz. Cumprindo a missão que Ele nos deu Ordenando a vitória sobre o pecado Mostraremos a obra do Santo Espírito: O plano de Deus em nós realizado. Pensando naqueles que estão perdidos, Orando por todos que em trevas estão Demos testemunho do que Cristo fez Em nossas vidas, nos transformando; Realizando a obra da redenção. Digamos a tempo e fora de tempo: Eterna vida só em Jesus terão. Cristo está voltando e o tempo urge; Retornemos hoje ao primeiro amor. Inimigos vários nós enfrentaremos; Sairemos à batalha com fé e fervor. Traremos os molhos da nossa vitória Obtida com o poder do nosso Senhor.



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