O Jornal Batista 30

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 23/07/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 30 Domingo, 23.07.2017 R$ 3,20

ANEB investe em unificação para fortalecer os Colégios Batistas O Colégio Batista do Recife - PE sediou, nos dias 07 e 08 de julho, o Encontro Anual dos Diretores, realizado pela Associação Nacional das Escolas Batistas (ANEB). O evento contou com a participação de mais de dez escolas, com um grupo de gestores de diferentes locais do Brasil. A programação ofereceu, gratuitamente, palestras, debates e momentos de muita interação entre os gestores. Página 09

Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Alunos da Cristolândia Rio “O Evangelho chega à participam da reforma do terra das Alagoas”; saiba Seminário do Sul mais sobre esse livro Página 07

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Coluna Arte e Cultura

Coluna Observatório Batista

Conheça a jovem Stella Alves, orgulho para os Batistas, orgulho para o Brasil!

A Coluna desta edição publica o texto: “Igrejas cheias de pessoas vazias?!”

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reflexão

EDITORIAL

O desafio de ser melhor a cada dia

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

“Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem, feito à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).

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cada dia, mais e mais, as organizações estão sob pressão para apresentarem mais qualidade naquilo a que se propõem, ou seja, vivemos um tempo em que o mundo é caracterizado por uma intensa competitividade. Cada vez mais, as instituições são desafiadas pelos mais rigorosos padrões de qualidade para produtos e serviços. É sempre bom lembrar que as organizações são feitas de pessoas e para atender pessoas, ainda que tenha uma marca, um registro, sempre haverá pessoas “fazendo acontecer”. Isso significa que para uma instituição ser excelente depende de pessoas que fazem acontecer esta exigência de excelência. Essa atitude é

consequência do momento comportamental das organizações e são frutos dos programas de qualidade total e de excelência iniciados nos anos 50 e que ganharam forte impulso nos últimos anos do final do século passado. Quando analisamos este momento, à Luz da Palavra de Deus, observamos que, há muito tempo, o apóstolo Paulo já falava da necessidade de ser melhor a cada dia. É interessante que quando lançaram as bases destes programas, o apóstolo Paulo há muito já havia escrito o texto de Efésios, que é o mais completo e objetivo resumo dos programas de excelência em todos os seus aspectos. A expressão introdutória do versículo 13 de Efésios 4, diz: “Até que todos…” e efetiva a necessidade de uma constância no propósito de alcançar o mais elevado padrão de excelência, ou seja, buscar uma profunda interação, que se traduza pela unidade dos princípios bíblicos, dos valo-

res espirituais e morais. Se formos capazes de entender o imperativo de que “todos” precisam ser alcançados, preparados, atualizados, e manter essa constância, então, estaremos na busca da excelência, que não é algo que se instala automaticamente, que se estabeleça ou que se imponha de cima para baixo, mas um processo contínuo de aperfeiçoamento, de construção gradativa, conquistada com o tempo. O aperfeiçoamento contínuo é outra responsabilidade que o texto define através da expressão “pleno conhecimento”, que não se limita a, simplesmente, alcançar a todos, mas também em conquistar, dia a dia, uma compreensão plena, que possa ser traduzida em eficiência. Ainda que, no primeiro instante, a tarefa que realizamos possa parecer completa, sempre haverá a necessidade de evolução. “Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu

serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12). O comprometimento com os resultados é outro aspecto fundamental na busca por excelência. Ainda faz-se necessário um profundo comprometimento com os resultados, “Até que todos cheguemos”. Reconhecer o valor e importância do resultado a ser alcançado permite a visualização de oportunidades diversificadas de crescimento e desperta o interesse em ampliar os horizontes. Quando alcançarmos um profundo comprometimento com os resultados estaremos na caminhada da busca da excelência. As potencialidades desenvolvidas, sistemática e harmoniosamente, refletem em crescimento e em desenvolvimento pleno na direção ao alvo estabelecido, “A perfeita medida da estatura da plenitude de Cristo”, em busca da excelência. SOS


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

A alegria do Senhor é a nossa força diária

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ivemos em uma sociedade triste, que habita em um universo maravilhoso. Há um contraste entre a natureza que nos acolhe e os semblantes tristes das pessoas. Até mesmo os programas humorísticos, que tentam transmitir alegria, são tristes. Os palhaços são tristes, as piadas que contam são tristes, as crianças são tristes e desconhecem a alegria de serem crianças. As famílias, oprimidas pela necessidade de sobrevivência, esqueceram a alegria da comunhão. O estar juntos à mesa e os saraus cederam lugar ao individualismo. As pessoas se alimentam em silêncio com os olhos grudados nos celulares e

fisionomias tristes. Até mesmo a “solidão do velho”, diz o poeta, é triste. Devia ser alegre pela bênção da longevidade. A mídia só transmite notícias tristes; são pessoas fugindo das guerras assassinas, crianças abandonadas; gente, sem nome, sucumbindo no mar em buscar da liberdade. É o quadro triste de todos os dias. O medo do terrorismo gera tristeza. Não há alegria em alguém que sente prazer em ceifar vidas inocentes e desconhecidas. Caso houvesse alegria no coração do terrorista, do homicida, do traficante, do dependente químico, que dorme na calçada fria, as reações seriam diferentes. Onde há alegria não há

choro, luto, sofrimento. A tristeza é fruto do pecado, da ausência de Deus no coração humano. A Bíblia traz mensagens de alegria ao coração triste. Seus convites são permeados de alegria verdadeira: a alegria da salvação. “Com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12.3). Fontes inesgotáveis que eliminam a tristeza gerada pelo pecado. Ao anunciar aos pastores o nascimento de Jesus, os anjos cantaram: “Eis que vos trago novas de grande alegria, nasceu o Salvador!” (Lc 2.10). Alegria que perdura no coração de todos aqueles que foram abençoados com a graça da salvação. A cada momento que um pecador se arrepende, Jesus

diz: “Há alegria diante dos Anjos de Deus” (Lc 15.10). Os céus vivem em contínua alegria, pois são muitos os que, convencidos pelo Espírito Santo, se rendem a Jesus a cada dia. Uma das partes do saboroso fruto do Espírito Santo é a alegria, que está no céu e no coração do novo salvo. Alegria do próprio Espírito a colher o resultado de Sua ação no coração triste. Fomos criados para vivermos alegres. Toda natureza ao nosso redor é um perene convite à alegria. O cantar dos pássaros ao amanhecer revela-nos a alegria da natureza ao realizar o seu culto doméstico matinal. É a alegria da comunhão cristã, o sermos um em Cristo. A

alegria gerada pela amizade dos que nos suportam e nos amam. Há razões sobejas em Provérbios 17.22, “O coração alegre serve de bom remédio”. “O coração alegre dá beleza ao rosto” (Pv 15.13). “Por isso, o coração alegre tem um banquete continuo” (Pv 15.15). A alegria oferece o melhor salão de beleza aos seus usuários. Sem preço e hora marcada é possível usufruir o seu produto e ser feliz. “Jogue a tristeza fora” e passe a usar os produtos da verdadeira alegria. Alegre-se em Cristo. Sua vida deve ser a cada momento uma inesgotável fonte de alegria. Pois, a alegria do Senhor é a nossa força.

O poder do perdão Silvio Alexandre de Paula, bacharel em Teologia, membro da Igreja Batista Monte Moriá - Volta Redonda - RJ “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso pai celestial vos perdoará a vós” (Mt 6.14).

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poder do perdão é ilimitado. Como servos de Jesus somos desafiados por Ele a perdoar aqueles que erram conosco e nos magoam. Pode parecer simples, mas todo aquele que já lutou con-

tra a dor e a angustia sabe que é preciso uma força excessiva para perdoar, de coração; para deixar de lado a dor e liberar o perdão a quem nos ofendeu. Do mesmo modo, o perdão pode libertar da escravidão e da culpa aquele que nos ofendeu, e até mudar o rumo da sua história. “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21). O perdão envolve atitudes e ações. Se você foi alguém que acabou de ser afrontado por algo, tente responder com atos de benignidade. Se for o caso, diga a essa pessoa que gostaria de restaurar seu rela-

cionamento com ela. Estenda a mão, você descobrirá que atos corretos levam a sentimentos adequados. Jesus nos dá uma surpreendente advertência sobre o perdão. Se recusarmos perdoar ao próximo, Deus também se recusará a nos perdoar. Quando não perdoarmos aos outros, negamos nossa condição de pecadores que precisam do perdão de Deus. “Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32). Essa é a lei do per-

dão que Cristo nos ensinou. Ela também pode ser vista na oração do Senhor: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Deus tem nos perdoado, não porque perdoamos ao próximo, mas, principalmente, por causa da Sua imensa misericórdia. Entretanto, quando começamos a entendê-la, desejamos ser como o Senhor. É fácil pedir perdão a Deus, mas é difícil concedê-lo aos outros. Sempre que pedimos que Deus perdoe os nossos pecados, devemos perguntar a nós mesmos: “Será que eu

tenho perdoado aqueles que me tem magoado?”. “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e ai te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresente a tua oferta” (Mt 5.23-24). Nós fomos chamados para perdoar os outros como Cristo nos perdoou, “Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro, assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vos também” (Cl.3.13).


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

A virtude chamada compaixão Rubin Slobodticov, pastor da Primeira Igreja Batista em Lençóis Paulista - SP

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er compassivo equivale a ter compaixão pelo próximo. Compassiva é a pessoa que se compadece, que demonstra compaixão, que até toma parte dos sofrimentos de pessoas anônimas. Toda pessoa que se compadece, se condói e se afeta sentimentalmente pelos infortúnios do alheio é compassivo, tem compaixão. É possível que muitas pessoas compartilhem dos sofrimentos alheios a ponto de praticar obras que os minimizem. Organizações sociais exercem esse ofício. Entretanto, as melhores obras de compaixão devem ser operadas pela pessoa humana, tal como o exemplo de Jesus, mesmo que possuísse sua “escola apostólica”.

Ao desembarcar do mar com seus discípulos, Jesus viu uma multidão e sentiu pena deles, isto é, compadeceu-se dela porque as pessoas andavam como ovelhas sem pastor. Jesus foi compassivo (Marcos 6.34), e passou a instruir seus seguidores a matar a fome daquela gente. A multidão esperava que Jesus tivesse uma saída plausível para o sofrimento dela. Jesus teve um comportamento emotivo positivo importante, porque enquanto via a multidão, Ele tentava compreendê-la sem desprezá-la. E, uma vez diagnosticada a maior necessidade primária, pôs-se a orientar seus seguidores a dar-lhes de comer - essa era a necessidade primária. Ser compassivo ou ter compaixão independe da empatia porque essa nem sempre combina com aquela. Compadecido, Jesus fez brotar o desejo de

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Cidadão romano ou cidadão do Reino? praticar ações que aliviassem o sofrimento da multidão. A compaixão tem como marca ações que buscam ajudar as pessoas pelas quais nos compadecemos. A Igreja de Jesus reúne condições para ver multidões famintas de inúmeras necessidades, e independente de participação direta ou indireta com a organização religiosa, como dignas de compaixão. A sociedade está recheada de crianças sem família, adolescentes, jovens, adultos e famílias desregradas pelo avanço das permissividades nocivas propagadas pela imprensa em muitos os escalões. Que possamos nos compadecer, a ponto de querer, na prática, ajudar pessoas carentes, independente do credo, em cumprimento desta lição em família, a compaixão, o compadecimento. E, para tanto, que Deus nos ajude.

“De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus” (II Co 5.20).

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omos cidadãos do mundo ou cidadãos do Reino? Nossa submissão jurídica é às autoridades do mundo ou, em última análise, ao Cristo, que veio estabelecer na Terra o Reino do Seu Pai? O Senhor encarregou um cidadão romano, nascido em Tarso, da tarefa nada fácil de nos revelar Sua vontade, relativa à nossa “dupla” cidadania. “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (II Co 5.20). Começamos como cidadãos deste mundo, como uma das implicações jurídicas do

nosso nascimento físico. Por causa disso, o próprio Jesus, quando indagado, afirmou, claramente: “Daí a César o que é de César e daí a Deus o que pertence a Deus” (Mt 22.21). Em outras palavras, cada discípulo de Cristo, por causa da sua natureza humana, é biblicamente ordenado a obedecer às leis e às autoridades do seu país de origem. Nosso problema de cidadania adquire urgência e importância quando as autoridades humanas procuram ser maiores do que a autoridade divina: o poder e a soberania de Deus devem ser obedecidos como absolutos, “Assim na Terra, como acontece nos céus”. O preço não importa. Porque aceitamos o senhorio inquestionável do Rei dos reis, nosso preço a pagar pode ser perseguição, injustiça, ou martírio, mas nossa vitória final já foi conquistada pelo Senhor Jesus Cristo (I Coríntios 15.57).

O Jornal Batista, celeiro de missionários! D’Israel (Israel P. Silva), membro da Quarta Igreja Batista do RJ, colaborador de OJB Quando abro com ansiedade A correspondência do meu dia a dia O meu rosto brilha de felicidade Quando a alegria enche o meu peito E se vai embora minha nostalgia Ah! Se nos faltasse O Jornal Batista A nossa conquista: a nossa vitória Desvaneceria a felicidade Porque não estaria em todos lugares Nas nossas Igrejas; e em nossos lares Não alcançaria mais rapidamente Os corações carentes e necessitados Do Amor de Cristo; Sua salvação Se estancaria nas águas do rio Do evangelismo do Senhor Jesus E não iluminaria como poderia Se impediria de ficar trazendo Os seus matizes espirituais Não combateria bem contra Satanás Não liquidaria o seu poderio; e não nos traria O seu bom caminho e a sua paz!

II Terceiro domingo de julho do nosso calendário Comemoramos sua existência; sua atuação Que com muita garra e com persistência Muita consciência; responsabilidade Mostramos ao mundo que felicidade Só terá aquele que confessar todos seus pecados a Cristo E logo, depressa, rogar o Seu perdão Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor Mostrando ao mundo que nosso Deus existe Que nos mandou o Seu filho para nos mostrar Que fora de Cristo não há salvação! Que é seu archote e seu mensageiro Uma chama viva pelo dia inteiro Do evangelismo: da salvação da alma Do homem perdido, que está caído Tão esmorecido já na sua fé E que O Jornal Batista é grande celeiro de missionários Que seguem a Cristo com dedicação Na sua missão na face da terra De levar a ele a libertação Mostrando pra ele a porta do céu E como viver uma vida feliz Onde Cristo é seu guia e protetor!


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Deus amigo Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

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ste é o meu Deus, inclusivo, acolhedor, parceiro, bondoso, misericordioso. Um Deus pai, salvador, perdoador, protetor, que nos dá a segunda chance. Um Deus que é excelente, perfeito. Deus que é meu amigo e cuida da minha vida como um pastor cuida das suas ovelhas. Deus me guia como piloto automático guia um avião em segurança. Deus é um ser alegre e de profundo amor. Em Deus encontramos aquilo que precisamos; nEle há esperança! As portas que estão fechadas, Ele pode abri-las. O nome de Deus é conhecido,

admirado, louvado por todo aquele que nEle crê. O nosso Deus faz promessas que se cumprem. O nosso Deus é sensível em nossos corações. O nosso Deus é um general que venceu batalhas e continua vencendo, afim de torna o seu povo vitorioso. No livro dos Juízes, vemos 12 juízes de Deus que lutaram contra os sírios, moabitas, filisteus, cananeus, midianitas e amonitas, e foram vitoriosos, pois Deus estava com eles. Deus abraça você, mesmo impuro, e te justifica. Deus te usa, capacita, revela, encoraja. Dá ânimo, carrega no colo, dá responsabilidades, concede bênçãos. Deus é infalível! Muitas vezes, não compreendemos o Seu agir,

os Seus planos, mas não ficamos incrédulos por causa disso. Sabemos que Ele é maravilhoso e Sua graça é o viés da nossa caminhada na Terra. O nosso Deus Amigo, também é Criador. Onde as coisas estão cinzentas, Ele colore. Ele acalma as ondas, como cantamos. Cessa a tempestade, como louvamos. O nosso Deus pode ser achado, basta que O busquemos. E mesmo se não O buscarmos, Ele vem ao nosso encontro, pois nos ama. Deus amigo, que acredita em nós, que não olha o nosso passado, que não nos castiga. Seu olhar é de misericórdia. Diante de uma batalha, é natural “temermos”. Mas, com Ele, podemos derrubar os gigantes

que se levantam. Foi o que fez Davi: em nome do “Senhor dos Exércitos”, ganhou uma guerra. Podemos descansar no Poder de Deus, descansar nos eternos braços do Senhor. Irmos em paz, confiantes de que do céu virá a nossa provisão. Que consolação, tem o meu e o seu coração? Descansando no Poder de Deus somos animados! Quem anda com Deus tem tudo para ter intimidade com Ele: confessar os pecados e obter o perdão, falar dos erros e achar sabedoria, iluminação, coerência, sentido. Quem anda com Deus vive e morre com Ele. O apóstolo Paulo disse que “Quer vivamos ou morramos, nós somos do Senhor!” (Rm 14.8).

Paulo instruiu o povo de Roma que a nossa vida foi dada por Deus para vivermos como Seus discípulos, Seus seguidores. Deus amigo, que não nos empresta, mas nos dá. Deus amigo, que faz os milagres quando são da Sua vontade. O nosso Deus é “Castelo Forte”, como disse Martinho Lutero. Ele é Onipotente, Onipresente e Onisciente. Ele é Refúgio, socorro bem presente na tribulação, como escreveu o salmista. “O nosso Deus é amigo, é o dono da chuva, do sol e do ar. É o Senhor da alegria, da dor, do chorar. Ele é o dono dos montes, do céu e do mar. É Senhor das crianças, das preces, dos hinos, Ele é meu e também teu Senhor!”.

sal, independentemente de merecermos ou não. Mesmo em nossos constantes pecados, Ele nos ama, apesar de abominar nossas atitudes iníquas. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós anda pecadores” (Rm 5.8). Nisso está a amizade de Jesus.

que o pecado imputou sobre sua alma. Jesus é o amigo que deu a Sua vida para que esse propósito fosse cumprido. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor de seus amigos” (Jo 15.13).

interesse pessoal. Na amizade de Jesus, não há, de nenhuma maneira, esse sentido. Ele não exige nada de nós por ser nosso amigo. Ele quer somente que aceitemos Sua amizade, para então cumprir Sua missão de nos salvar. “Tal como o filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). Independentemente de qualquer merecimento pessoal, Ele é teu amigo, e quer te salvar. Creia nisso, permita-O.

O amigo incondicional

Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mais há amigo mais chegado que um irmão” (Pv 18.24).

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zade excede a intimidade de um irmão. Esse amigo, obviamente, não pertence ao mundo humano, ele é inteiramente espiritual, é Jesus, o amigo incondicional, ou seja, o amigo que não estabelece condições para ser amigo. Vejamos o que caracteriza a amizade de Jesus por todos, sem exceção, sem condições:

texto nos fala que nas muitas amizades que podemos ter neste mundo há reais pos1) - Sua amizade se funsibilidades delas nos trazerem decepções e até perdas. damenta no Amor de Deus: Fala-nos também de um tipo O Amor de Deus por nós se de amigo em que a ami- manifesta de forma univer-

2) - Sua amizade está sob um Propósito de Deus: O Senhor tem um propósito definido e inalterável de salvar o homem da condenação

3) - Sua amizade é desprovida de interesses pessoais: Pela nossa natureza pecadora, é natural que em nossas amizades seculares quase sempre tenha, de algum modo, um sentido de


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Amigo vampiro ou amigo formiga?

Rogério Araújo (Rofa), colaborador de OJB

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eus, em Sua infinita bondade, criou aqui na Terra alguém que não é nosso familiar, mas pode ser até mais chegado que eles: os amigos. Dia 20 de julho é o Dia da Amizade. Uma data que podemos parar e pensar em

quem são os nossos amigos nesta vida. Confúcio disse, certa vez, que: “Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade, e, na desgraça, a qualidade”. Existem diversos tipos de amigos no mundo, mas podemos destacar aqui dois que englobam, de forma geral, alguns deles:

- “Amigo vampiro”, que é aquele que suga sua amizade de tal forma que apenas quer tudo para ele: que o ouça, que dê conselhos, que o abrace e que o console, mas na hora de fazer o mesmo por você, não faz. Suga o “sangue de sua amizade” até o fim, sem doar-se para você também como amigo. - “Amigo formiga”, é aquele que está sempre ativo e

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se importando com você. E, assim com as formigas fazem, carregam no colo seu amigo, se necessário for, ao notar que está cansado da vida. Anima e não deixa nada para trás, mostrando-se um verdadeiro amigo, para todas as horas. E então? Quais dos dois é melhor e um verdadeiro amigo? Quem suga tudo de você, egoísta, que não se im-

porta com o que te acontece ou quem está sempre ativo e percebendo o quanto necessita dele em certas ocasiões? Como diz uma frase do poeta Mário Quintana: “Há dois espécies de chatos: os chatos, propriamente ditos, e os amigos, que são os nossos chatos prediletos”. Seja amigo e tenha amigos. Faz muito bem, em ambos os casos!


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missões nacionais

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Alunos da Cristolândia Rio participam da reforma do Seminário do Sul

O

s alunos da Cristolândia do Rio de Janeiro estão participando, como voluntários, das obras de reforma do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB). A reforma, que começou no dia 10 de julho de 2017, deve durar até a metade de agosto, e tem o objetivo de melhorar a infraestrutura dos prédios para os alunos e colaboradores. Igrejas e parceiros estão investindo recursos para viabilizar a revitalização. Durante uma visita técnica ao assumir a gestão do Seminário, o pastor Fernando Brandão, que agora é também diretor do Seminário, junto a sua equipe, notaram a precariedade da infraestrutura dos prédios e decidiram

se comprometer em mudar a situação das dependências do Seminário do Sul. As obras acontecem no Prédio 18, onde funciona a administração e grande parte das aulas, e no Prédio 28, onde estão as dependências vinculadas ao Curso de Música. A reforma pretende melhorar pontos considerados críticos: como o sistema elétrico, o encanamento e o telhado, além de instalar um sistema de refrigeração e pintar as paredes dos prédios. Um grupo de alunos da Cristolândia Rio está realizando a pintura de paredes e auxiliando a equipe técnica em outros serviços. O pastor Fernando Brandão comentou, com alegria, a participação dos alunos e afirmou que eles serão recompensados.

“É lindo ver homens que antes estavam escravizados pelas drogas e à margem da sociedade sendo úteis e trabalhando felizes para abençoar outras pessoas. Quero honrar essas vidas, fazendo com que eles tenham um espaço na galeria de homenageados. Meu desejo é ver eles estudando no Seminário do Sul!”, disse o pastor Fernando. Para esta obra de fé, o Seminário convida Igrejas e irmãos para serem um “Parceiro da Colina”, orando, sendo um voluntário ou contribuindo financeiramente com doações por depósito ou transferência bancária para a conta do Seminário do Sul: Banco Bradesco, Agência 1434, C/C: 888-5, CNPJ: 33.909.037/0001-96. Os

doadores terão seus nomes mencionados em uma galeria de homenageados. Para marcar este novo tempo do Seminário do Sul e trazer orgulho aos alunos desta Instituição histórica, foi lançada a Campanha #SouSemináriodoSul, que promove um resgate da memória do Seminário e

mostra o desejo de avançar ainda mais na formação com excelência de líderes cristãos. Além da recuperação do patrimônio, as obras de revitalização vão ajudar também em todos os outros objetivos: recuperação da credibilidade, equilíbrio financeiro e entrada/fidelização de alunos.

Nos 110 anos do Seminário precisamos de 110 Igrejas/ doadores, sendo: 4 doando $10.000 = R$ 40.000 5 doando $8.000 = R$ 40.000 6 doando $5.000 = R$ 35.000 15 doando $3.000 = R$ 45.000 30 doando $2.000 = R$ 60.000 50 doando $1.000 = R$ 50.000 Total R$265.000 necessários para estas reformas e obras de revitalização. Participe!


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notícias do brasil batista

“O Evangelho chega à terra das Alagoas”: livro é lançado na Primeira Igreja Evangélica Batista de Maceió (PIEB) Marcos Monte, membro da Igreja Batista Betel, em Maceió - AL

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chuva que caía insistentemente na noite de 06 de julho na capital alagoana não ofuscou o brilhantismo do lançamento do livro “O Evangelho chega à terra das Alagoas”, escrito pela professora Jovesi de Almeida Costa. O templo da Primeira Igreja Evangélica Batista de Maceió (PIEB) recebeu um expressivo número de pessoas que foram prestigiar o acontecimento. Membros, convidados e interessados em conhecer a história da primeira igreja evangélica organizada em Alagoas marcaram presença na programação. O evento foi dirigido pela professora Elenilza Calheiros, tendo o pastor Tércio Ribeiro de Souza, titular da Igreja, como pregador da noite. Em uma bela reflexão, lembrou a trajetória da comunidade e destacou o amor da membresia e de seus dirigentes, durante a existência da Igreja.

Capa do livro

mente, em quatro partes, o início, desenvolvimento e os dias atuais da comunidade. A primeira parte leva o leitor a conhecer da pré-reforma ao Evangelho no Brasil, as tentativas da evangelização na Colônia e no Império e a chegada dos primeiros Batistas em Santa Bárbara d’Oeste - SP. Como o Evangelho chegou em Alagoas, através dos Batistas, é enfatizado na segunda parte. Destaca-se também o alagoano Antônio Teixeira de Albuquerque, ex-padre O livro O compêndio de 408 pá- que, convertido, após perginas descreve, minuciosa- correr o sudeste, volta à sua

Da esquerda para a direita: professora Jovesi Almeida, pastor Tércio Ribeiro e professora Elenilza Calheiros

terra, para organizar a PIEB de Maceió. A trajetória da comunidade com seus pastores, a expansão da denominação com as Igrejas organizadas e o atual trabalho evangelístico são destacados na terceira parte, enquanto a quarta seção enfatiza as organizações denominacionais e a educação religiosa. Fac símiles e fotos ilustram as últimas páginas do livro, destacando os estatutos que a Igreja possuiu, publicados em 1906 e 1944, o hino do centenário de autoria de Emmanuel Mendonça Pinto

e as imagens daqueles que decisivamente contribuíram para o desenvolvimento da Instituição. A autora Jovesi de Almeida Costa nasceu em um lar cristão, na cidade de Atalaia, interior de Alagoas. Seus pais, João Vicente de Almeida e Maria Araújo de Almeida, foram crentes consagrados que enfrentaram toda sorte de perseguição por amor ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo, mas que, com seus testemunhos, firmaram-se na Rocha e viram seus descen-

dentes prosseguirem, levando a Preciosa Semente adiante. É membro da Primeira Igreja Evangélica Batista de Maceió há mais de 40 anos, onde atua como professora da Escola Bíblica Dominical (EBD) e na organização Mulher Cristã em Missão (MCM). Jovesi é graduada em Geografia pela Universidade Federal de Alagoas, onde foi professora por 25 anos na disciplina Especialização em Análise Ambiental. É mestra em Geociências pela Universidade Federal da Bahia e especializada em Geografia pela Universidade de Brasília. Em seu currículo também consta Interpretação de Imagens de Satélite pela Universidade do Estado de São Paulo. Lecionou Geo-história no Centro Universitário CESMAC, em Maceió. A autora, por quase cinco anos de pesquisa, debruçou-se sobre atas da Igreja e livros de histórias evangélicos, coletando informações e entrevistando diversas pessoas que vivenciaram a comunidade. Um esforço premiado com a publicação deste livro. Os interessados em adquirir um exemplar, devem ligar para (82) 9-9983-5447 ou 3221-0370.

Associação dos Batistas da Ilha do Governador - RJ realiza Assembleia e elege nova diretoria Davi Nogueira, pastor, diretor Administrativo da Associação das Igrejas Batistas da Ilha do Governador-RJ

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o dia 15 de Julho de 2017, os Batistas da Ilha do Governador - RJ se reuniram em Assembleia. Foi um momento muito especial, quando tratamos de assuntos administrativos e celebramos um lindo culto em louvor ao nosso Deus. O grupo “Lords”, composto por senhores Batistas, nos brindaram com lindas canções. Foi uma festa espiritual!

Na oportunidade, também foi eleita e empossada a nova diretoria. O diretor Executivo da Convenção Batista Carioca (CBC) esteve presente. Com amor, fé, sa-

bedoria e humildade, vamos trabalhar para o crescimento do Evangelho em nossa localidade, para o fortalecimento do trabalho Batista, e assistência aos carentes.

Os Batistas da Ilha estão com a visão de ganharem a Ilha do Governador para Jesus, não só através de evangelismo, mas também de treinamento de lideran-

ça e ação social. A Ilha do Governador é um bairro que vai completar 450 anos e hoje temos 16 Igrejas Batistas no local. Orem por nós!


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ANEB investe em unificação para fortalecer os Colégios Batistas Fotos: Yone Dantas

Yone Dantas

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Colégio Batista do Recife - PE sediou, nos dias 07 e 08 de julho, o Encontro Anual dos Diretores, realizado pela Associação Nacional das Escolas Batistas (ANEB). O evento contou com a participação de mais de dez escolas, com um grupo de gestores de diferentes locais do Brasil. A programação ofereceu, gratuitamente, palestras, debates e momentos de muita interação entre os gestores. Para o Pastor Gilson Batista, que é diretor do Colégio Batista de Guarulhos, em São Paulo, e que participou pela primeira vez do encontro, o evento é uma oportunidade ímpar para discutir as dificuldades e fortalecer as metas traçadas para as Instituições Confessionais de Ensino. “Foi muito bom participar de um evento no qual se discute os mesmos problemas. As palestras foram excelentes, e os debates esclarecedores. Me sinto mais preparado para enfrentar problemas futuros, situações que ainda não vivenciamos lá na Escola. O fortalecimento do lado espiritual

da instituição foi magnífico”, o educando. Já a professora Adriana Dutra trabalhou o destaca Gilson. tema “Desafios da Inclusão”, que abordou de maneira objeProgramação A programação contou com tiva a nova legislação e como temas como: “Gestão Escolar as escolas podem se preparar no Século XXI”, que discutiu para atender aos requisitos sobre os novos rumos da Edu- dos órgãos fiscalizadores de cação no Brasil e destacou a educação. Com o tema “Novo Ensino evolução da neurociência no processo de aprendizagem. O Médio”, o professor e doutor palestrante, professor Valseni Gézio Duarte falou acerca Braga, que é presidente da dos impactos sobre as escolas ANEB, abordou com bastante e como se adequar ao novo propriedade os novos modelos modelo de ensino no País. de gestão e a necessidade das Durante o ciclo de palestras, Escolas se unirem para se for- houve debates abertos para que os participantes pudessem talecerem cada vez mais. O tema “Metanoia: Educa- fazer suas análises e consição para além da sala de aula”, derações sobre os assuntos proferido pelo pastor Rubens abordados. A participação Cordeiro, destacou o papel ativa dos gestores trouxe uma do professor nos processos de rica contribuição aos tópicos aprendizagem e da sensibili- expostos, e todos puderam indade do educador para com teragir sobre suas dificuldades.

Novos desafios Com mais de cinco décadas trabalhando em prol da Educação Cristã de qualidade, a ANEB esboça novas estratégias para unificar os Colégios Batistas espalhados por todo o Brasil. De acordo com o diretor Executivo da ANEB, professor Mário Castelani, a instituição tem muito a oferecer aos colegas diretores. “Estamos buscando fortalecer os colégios e a própria ANEB; esperamos que os diretores possam perceber isso e venham se juntar a nós. São momentos importantes com troca de experiências, com pessoas altamente capacitadas. Discutir os novos rumos da educação cristã adequando ao momento atual é sempre oportuno e gratificante”, avalia Castelani. Segundo o presidente da

ANEB, Valseni Braga, a Associação pretende se aproximar mais das Escolas, melhorando a comunicação entre as instituições. “Queremos fomentar fóruns de discussão, a fim de fortalecer as Escolas Batistas do Brasil. Entendemos que o grande problema está na gestão, por isso, vamos apoiar as escolas Batistas brasileiras por meio de capacitação e palestras, através de congressos, consultorias e visitas técnicas”, ressalta Valseni. O próximo Encontro de Diretores já foi marcado, acontecerá nos dias 06 e 07 de julho de 2018, no Colégio Batista em Brasília - DF. Se você deseja que sua Escola faça parte da ANEB, basta clicar neste link http://aneb.com.br/ associe-sua-escola/, preencher, enviar o formulário e aguardar o contato da Associação.

Primeira Igreja Batista em Delmiro Gouveia - AL sedia Congresso de Louvor Sementes da Adoração

Jefter Rodrigues, ministro de eventos da Primeira Igreja Batista em Delmiro Gouveia - AL

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os dias 15 e 16 de julho aconteceu a segunda edição do Congresso de Louvor Sementes da Adoração. O

evento foi realizado na sede da Primeira Igreja Batista em Delmiro Gouveia - AL, e contou com a participação dos ministros de música Wilton Petrus (Maceió - AL) e Bianca Quintanilha (São Gonçalo - RJ). O orador oficial das duas noites foi o ministro Zeca Quintanilha, da cidade de São Gonçalo - RJ.

O tema escolhido para a segunda edição foi “Resgatando a essência da adoração” e nos trouxe à memória os reais princípios da adoração. O orador ressaltou que “Devemos voltar à essência, mas sendo movidos pela Voz de Deus”. Os louvores ali entoados levaram as pessoas pre-

sentes a um quebrantamento. Na organização da programação estiveram o pastor Sandro Nogueira Lemos, o ministro de eventos, Jefter Rodrigues, e vários irmãos das comissões que contribuíram de forma direta e indireta para a realização deste evento. Dias que ficarão marcados na

história da cidade de Delmiro Gouveia - AL, onde vidas foram transformadas pela Palavra e, ao final, 26 pessoas foram ganhas para Cristo, rendendo-se aos Seus pés e reconhecendo-O como Único e suficiente Salvador. Ao nosso Deus, toda honra, glória e louvor para sempre, Amém!


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notícias do brasil batista

Stella Alves, orgulho dos Batistas, orgulho do Brasil!

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tella é uma jovem apaixonada pelo Reino de Deus e em ajudar as pessoas, em primeiro lugar! RM - Fale mais sobre você. Stella - Nascida em Santa Bárbara d’Oeste, fui educada em escola pública toda vida e agora faço faculdade de Arquitetura e Urbanismo; estou no quarto ano na Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), no campus em Santa Bárbara d’Oeste. Sou cristã de berço e meus pais sempre me instruíram no caminho do Senhor. Sou membro da Igreja Batista Memorial de Santa Bárbara d’Oeste - SP. RM - Como foi o seu início no esporte? Stella - Eu amo a arte e tudo o que ela me proporciona. Tenho talento e dom

para desenhar e pintar, desde sempre (risos). Já quanto ao esporte, desde sempre fui muito travessa e sempre hiperativa, mas não tenho talento no esporte, contudo, sempre fui muito esforçada e dedicada para aprender, e acabei me apaixonando pelo ping-pong, ou melhor dizendo, tênis de mesa (risos). Minha paixão pelo esporte é desde sempre, como disse. Comecei a treinar aos 12 anos e parei aos 16 anos para estudar, mas acabei voltando em 2016, com 20 anos, para brincar, mas sempre fui muito competitiva e não consegui levar só na brincadeira, então tracei objetivos que me fizessem ganhar algo além de saúde no tênis de mesa.

e conseguir uma bolsa de estudos jogando tênis de mesa, em qualquer ligar do mundo. Além disso, quero poder ensinar o que sei para outros, nem tanto o esporte, mas sobre disciplina, compromisso e, principalmente, sobre o Amor de Deus.

RM - Você já esteve em algum campo missionário? Stella - Tive três experiências missionárias no Haiti. Em 2014 ajudei na área de esportes na comunidade Cristo Rei, em Porto Príncipe, por cinco dias. Depois, nessa mesma viagem, fomos para Les Cayes, área mais afastada da Capital, e eu ajudei, na mesma área, em outra comunidade. Em 2015 voltei para ajudar RM - Qual é o seu objetivo em Bon Repôs. Auxiliei a área de construção e refordo momento? Stella - Meu principal ob- ma no orfanato Manco Tree; jetivo é ganhar o Paulista fiz uma cozinha. Fui com

o Conexão e pela Junta de Missões Mundiais, mas nessa reforma só eu estava. E em 2016 voltei para continuar ajudando, construindo e reformando o orfanato Manco Tree. Nessa viagem fui eu e mais duas amigas, Luana Paulichen e Ana Paula Vedoato. Arrecadamos R$ 52 mil durante um ano. Levamos 10 mil dólares para ajudar o orfanato, e o restante usamos para o nosso sustento; ficamos 12 dias no Haiti. RM - Qual o segredo do seu sucesso? Stella - Ah, posso dizer que é Deus quem honra o trabalho quando feito com amor, dedicação, foco e, principalmente, quando a gente O honra em nosso dia a dia, nos mínimos detalhes. Se Deus colocou algo em suas mãos para fazer, faça da melhor maneira possível, in-

clusive, estude, nunca deixe de estudar! A Stella é um bom exemplo de jovens talentosos que temos em nosso Brasil. Precisamos orar por ela, para que Deus a abençoe grandemente em sua carreira esportiva. Não vou ficar surpreso se ela chegar logo à Seleção Brasileira, talento ela tem de sobra! Jovens como a Stella mostram o Amor de Deus em qualquer momento e em qualquer lugar. Oremos todos para que os nossos artistas e atletas tenham mais oportunidades para brilhar e promover o Reino de Deus através dos seus dons e talentos. Aguardo pela sua estória! Escreva para: Arte e Cultura CBB. Roberto Maranhão. marapuppet@hotmail.com


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missões mundiais

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Evangelho avança em meio à perseguição Au Sam Mun – Missionário da JMM na Ásia

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onto a história de uma jovem que, devido ao preconceito em seu país, era considerada fora dos padrões de beleza física. Ela tinha muitos problemas devido às questões sociais daquele sistema de governo; era completamente sozinha. Uma menina muito estudiosa que saiu da plantação de arroz e veio estudar na cidade grande. Levava uma vida muito triste, até que dentro de um de seus livros ela encontrou uma citação do livro de Provérbios. A jovem ficou encantada com o que leu e decidiu ir atrás daquele livro ainda desconhecido, que tinha aquela citação. Após ter ido a várias bibliotecas, ela encontrou uma Bíblia velha, largada em um depósito de

uma biblioteca. Ao começar a ler o livro de Provérbios, ficou maravilhada e não queria mais parar até que leu toda a Bíblia. Foi então que decidiu se converter a Cristo. Quando conheci esta jovem, ela já tinha três anos de conversão. Ela havia perdido a mãe, estava muito fragilizada e sem apoio pastoral. Eu e minha esposa, a missionária Aì Si Taì, começamos a discipulá-la, ensinando-lhe a Bíblia todos os dias, orando, amadurecendo espiritualmente. Ela tinha o desejo de voltar a sua vila, no interior. Mas aqui na Ásia, todos os lugares são muito populosos. Só esta vila tem 150 mil pessoas. Certo dia, após muito orar, finalmente essa jovem conseguiu realizar seu sonho, retornando à vila com uma munição: a Palavra de Deus. Foi uma longa viagem. Dias de trem, ônibus e uma grande caminhada a pé. E

quando a moça começou a subir para a vila, a primeira pessoa que ela encontrou é um senhor tocando um instrumento típico da região. Na mesma hora, ela pregou para aquele senhor, e ele se convertou. Repleta de alegria e cheia do Espírito Santo de Deus, ela continuou sua jornada. Chegando à vila, ela se

encontrou com um grupo de jovens que conheceu em sua adolescência. Em poucas horas de conversa, estes também se converteram. Finalmente em sua casa, ela começou a falar de Cristo aos seus familiares, nenhum acreditava em Deus. Ela pregou para o seu pai, que era um adorador dos ancestrais, um adorador dos mortos. E

o pai também se converteu. Assim tem sido a caminhada desta jovem, falando de Cristo junto ao seu povo, compartilhando o que aprendeu lendo a Bíblia e em nossos encontros de discipulado. Outras pessoas como esta jovem também têm ouvido de Cristo em várias partes do mundo através dos nossos missionários. Tudo isso porque você, aqui no Brasil, ora, oferta e mobiliza para que nós possamos seguir até eles com a Palavra de Deus. A Igreja sofredora precisa das nossas orações. Este sonho que eles têm de falar de Jesus a todas as pessoas não pode morrer. Nós temos a liberdade de anunciar o Evangelho. Precisamos também sustentar a Igreja sofredora com nossas orações e ofertas. Se você deseja se envolver mais com a Igreja sofredora, saiba como acessando www.nun.org.br.

Joelhos dobrados pela Coreia do Norte Coordenação regional JMM para a Ásia

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ste ano, Missões Mundiais apoiou a realização da série de conferências Coreia do Norte: Urgente, sobre as agruras vividas pela Igreja sofredora neste, que é o país mais fechado do mundo, e os desafios de evangelização para o cenário de uma eventual reunificação na Península Coreana. Os eventos, realizados no Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo e João Pessoa, foram uma realização da Foster Mission, Cornerstone Ministries, Korea Reconciliation Initiative & Network (KRIN). Eles contaram com a participação de três irmãos em Cristo norte-coreanos. Nós cremos em um iminente colapso do sistema coreano e oramos para que isso aconteça. Estamos nos preparando para a abertura

sob as estratégias da KRIN. Em uma dessas conferências, uma refugiada fez o seguinte relato ao final da visita ao Brasil: “Eu nunca fui abraçada por minha mãe enquanto eu estava na Coreia. Nunca a ouvi falar ‘Eu te amo’. Não que eu não tenha tido mãe, mas por causa do ambiente opressor, as mães não podiam mencionar a palavra ‘amor’. Enquanto estava no Brasil, compartilhei meu testemunho de como Deus me permitiu sair da Coreia e como tudo isso foi difícil. Mais de mil pessoas me aplaudiram em pé para me fortalecer e encorajar. Foi realmente um momento confortante de Deus para minha vida. Depois, as pessoas vinham e me abraçavam uma por uma. Alguns esperaram em uma longa fila por mais de 40 minutos para segurar minhas mãos e me abraçar. Enquanto me abraçavam,

Ore pela Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo, inclusive ao Evangelho

minhas lágrimas fluíam, e eu me sentia amada. Nunca recebi tanto amor de estranhos durante toda minha vida”. O governo norte-coreano exerce controle rigoroso sobre a população, e as pessoas locais estão entregando umas as outras para ganhar a confiança das autoridades locais. Muitos estão debaixo

de muita opressão e, por isso, têm muito medo de serem entregues às autoridades. Precisamos orar para que eles sejam protegidos e esse medo acabe. Eles já têm muitas dificuldades para obter comida e mantimentos para suas necessidades básicas diárias. Por favor, ore para que ninguém seja preso por nada na Coreia do Nor-

te. Ore para que eles tenham a oportunidade de ouvir a mensagem do Evangelho. A Coreia do Norte é o país mais fechado e restrito ao Evangelho na atualidade. Então, Deus deu a Cornerstone Ministries uma boa estratégia de espalhar a Palavra pela nação asiática. Eles aproveitam o vento do fim de abril a julho, que começa a soprar em direção ao território norte-coreano, para enviar balões de ar com parte da Bíblia impressa neles. Oramos para que a Palavra chegue rapidamente e com segurança aos moradores e irmãos da Igreja sofredora na Coreia do Norte, para que encham o país com a Palavra. Oramos para que o Senhor dirija o clima e a direção do vento e que o Espírito Santo mova os corações dos norte-coreanos, levando-lhes entendimento sobre o Reino de Deus.


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o jornal batista – domingo, 23/07/17


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ponto de vista

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Tombou mais um herói Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

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Jornal Batista do dia 11/06/2017 trouxe, na primeira página, a transferência de mais um herói, um querido pastor, amigo e irmão em Cristo. Logo após a minha conversão, tive o privilegio de conhecer o pastor Araújo, como o chamávamos intimamente quando nos encontrávamos nas convenções e nos acampamentos de missões. Por ocasião de seu tempo como secretário de missões, eu o convidei para um trabalho evangelístico em Americana, onde houve mais de 50 decisões. Quero guardar na lembrança sua postura como pastor, pregador, amigo e como irmão, responsabilidade que foi colocada sobre seus ombros, e que ele recebeu e desenvolveu com amor a Jesus Cristo, o seu Senhor. Rendemos, no segundo domingo de junho, homenagens à aqueles que, como pastor Araújo, desprenderam-se das coisas materiais para o espiritual, como fizeram os demais que conheço e os tenho em estima. Quero expressar o meu pensamento, entre pastor e Igreja, e também entre pastor e membros, de forma geral. Será que todas as homenagens que se faz ao pastor, como elogios, é real de ambas as partes? Ou será que muitos estão “tapando o sol com peneira”?

No domingo, os elogios, as homenagens e, na segunda-feira, não será o pastor o “cardápio do almoço”? E o almoço do pastor, não será aqueles irmãos que depositaram no gazofilácio o seu gordo cheque, acompanhado de elogios, para garantir o apoio do pastor, em relação ao comportamento da sua vivência? O pastor cuida da noiva. Ele terá que entregá-la sem mácula, rusgas, de forma santa, gloriosa e irrepreensível, como uma esposa ataviada para o seu marido. Porém, aqueles que se dão à prostituição e adultérios, Deus o julgará (Apocalipse 21.2-9; Efésios 5.27). Essa responsabilidade deve ser dos dois lados. Nestes 53 anos de vida cristã já presenciei muita coisa por onde passei como membro, como presidente de organização, presidente de Igreja, evangelista e servo. Já presenciei discussões em Assembleias e retiro de pastores. Conheço uma Igreja que no dia do aniversario da esposa do pastor enviou uma caixa cheia de baratas. Jesus enviou os seus discípulos e servos como ovelhas no meio de lobos. Você já viu uma matilha de lobos devorar uma presa, indefesa como uma ovelha? Quando um cão está apanhando e chega mais um, a briga se generaliza, e não se sabe quem apanha ou bate. Você já viu isso em uma congregação quando o assunto é o

pastor? Quando ele assume o pastorado, via de regra, é oferecido à esposa um vaso de flores. Com o passar do tempo, as flores tornam-se espinhos, a obediência, como fala Hebreus 13.17, passa a ser com golpes de artes marciais e ofensas verbais, pelo fato de que não houve o velar das almas. Ao perguntar a um pastor sobre uma sua ovelha, a resposta foi com raiva e ironia moral. Por isso eu, como bom mineiro, fico com um pé atrás, para suportar os golpes, que possa vir da Igreja ou do pastor. Certa vez, na cidade de Chicago, a população mandou erigir uma estátua, que representasse o espírito da cidade. A obra de arte levou três anos de planejamento e construção. Foi contratado o escultor mais famoso da atualidade: Pablo Picasso. A natureza da obra foi segredo. Uma multidão compareceu à praça no dia da apresentação. Ao retirar o pano que cobria, surgiu uma esquelética armação metálica, que ninguém conseguia decifrar o que representava. Um dos presentes, disse: parece com uma vaca mostrando a língua para a cidade irreverentemente. (Tópicos do Momento, nº 11, página 36, doutor Henry Bast, 1974, Editora Vida). Não seria mais ou menos isso que está acontecendo com a Igreja de Jesus Cristo? Não estamos conseguindo decifrar o que representa a

Igreja, pois temos uma estrutura que mais se parece com Babel, nada se parece com àquela idealizada pelo Divino Mestre. Observe as placas: Lágrima de Cristo, Pedra Dura, Divina Glória, quando são questionados, eles dizem: “Placa não salva”, é uma grande verdade. Membros que vivem do jeito que acham que está certo, pastores que se intitulam donos daquele rebanho e, outros, que se parecem com um ex que não sabe de nada. Muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Quando Pedro é chamado atenção pela última vez, ele dá uma resposta bastante litúrgica: “Senhor, Tu sabes de todas as coisas, sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.17). João 15.16, diz: “Não escolhestes vós a mim, mas eu escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto que permaneça”. Nomeados para apascentar o rebanho, quando chamou, disse: “Segue-m e” . Nã o é para ir na frente, mas tem aqueles que gostam de aparecer! Contudo, com as mudanças dos assentos da língua, Jesus disse que nos amássemos uns aos outros. Retirando o assento, muitos interpretam, literalmente, que nós nos amassemos uns aos outros. O primeiro dom que o Evangelho nos apresenta, com a justificação, é a paz com Deus, por meio de Jesus

Cristo, nosso Senhor (Romanos 5.1). Após terminar a explanação sobre a fé, ele mostra que Deus atende a necessidade do ser humano. Por essa razão, o Evangelho é o Poder de Deus para salvação de todo aquele que nEle crê. Apresenta três aspectos: 1) - temos a paz com Deus, embora estando com inimizade para com Ele; 2) - Nos gloriamos na esperança, que é Cristo em vós, esperança da glória; 3) - Temos uma esperança que não nos confunde e que não nos decepciona. O simples mencionar esses dons, nos traz o que Isaías nos diz: “Buscai-o enquanto se pode achar, enquanto está perto” (Is 55.16). “Porque o Reino de Deus não é comida e nem bebida, mas é paz, Justiça, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). “De maneira que seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso, como está escrito, para que sejas justificado em suas palavras e venças quando fores julgado” (Rm 3.4). Quando estava nas fileiras do Exército, e um soldado errava o passo, o capitão Ribeiro gritava para aquele que estava atrás: “Chute o tornozelo dele”, e isso era um prazer. Deus não tem prazer em ver um líder ensinando errado, e vai cobrar. Davi disse: “Dura coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). O escritor de Hebreus diz que “Deus é um fogo consumidor” (Hb 12.29).


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ponto de vista

Amigos de verdade

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á dizia o poeta: “Amigos são como as estrelas: mesmo que estejam distantes, brilham em nossos corações”. Como é importante ter amigos! São pessoas especiais que nos dizem não o que queremos ouvir, mas o que precisamos ouvir. Outro poeta dizia: “Amigo, palavra fácil de pronunciar, mas muito difícil de se encontrar”. Realmente, há uma dificuldade imensa em fazer e ter amigos. As pessoas buscam ‘amizades que as beneficiem, que são descartáveis’. Há uma especialidade em usar pessoas para se beneficiarem. A sociedade é egoísta, interesseira e espartana; só pensa em si, busca seus interesses

e amputa, alija os que não lhes apetece, não servem aos seus interesses. É muito difícil fazer amigos porque vivemos em uma sociedade adâmica, voltada para o ter, para o consumismo e para o ‘deus do entretenimento’ ou do prazer em si. São muitos os obstáculos para se construir amizades autênticas. Há muitos comprometimentos não essenciais que se tornam grandes obstáculos para se granjear amigos. Não temos mais ‘tempo’. Estamos muitos ocupados com tantos afazeres que conversar, rir e chorar com pessoas não são prioridades. As amizades estão se tornando cada vez mais superficiais, despidas

de sinceridade e da autenticidade de Jesus. Há esperança para se fazer amizades sinceras, leais. Jesus é o nosso modelo de amigo a toda a prova. Ele declarou: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar a sua vida pelos amigos. Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando” (João 15.13-14). Seguindo e servindo a Cristo, nesta caminhada, podemos encontrar amigos da verdade e de verdade. Há amigos mais chegados que irmãos. Eles são raridades e preciosidades em nossa peregrinação neste mundo. Os amigos são conhecidos quando passamos por crises das mais variadas, angús-

tias e até depressão. Nos momentos mais difíceis da vida, os amigos se aproximam para serem suportes para nos ajudarem a vencer. Os amigos comem o pão seco conosco. Estão com a gente nas tempestades da vida. Eles se arriscam por nós como fizeram Aquila e Priscila, um casal especial na vida do apóstolo Paulo. O testemunho do apóstolo é o seguinte: “Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as Igrejas dos gentios” (Rm 16.3-4). Temos também o caso conhecido de Jônatas e Davi, que

eram muito amigos. Quando Jônatas morreu, seu filho Mefibosete foi adotado por Davi e, em seu palácio, foi tratado como filho. Sejamos amigos de verdade, que estão prontos a socorrerem nos momentos mais difíceis da vida. Aprendamos a ser amigos como Jesus, o nosso modelo de amigo a toda prova. Oremos e caminhemos com os nossos amigos. Sejamos sempre amorosos e sinceros. Que não tenhamos nada a esconder. Que haja plena confiança nos nossos relacionamentos amistosos. Sejamos servidores dos amigos, sim, amigos do peito, crucificados, mortos e ressurretos com Cristo.

Música Batista para Igrejas Batistas - (Parte II) Joaquim Júnior, membro da Igreja Memorial Batista de Brasília - DF

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onsiderando como “Música Batista” aquela presente nos hinários oficiais Batistas, Cantor Cristão e HCC, e aquela que esteja de acordo com o que cremos, é urgente a necessidade de resgate da “Música Batista” nas Igrejas Batistas e, para isso, sugerimos o resgate da Hinódia Batista, da Música Coral e dos valores Batistas de culto. Resgate da música coral Para além dos benefícios fisiológicos para a saúde do

corpo e da mente, o canto coral propicia nas Igrejas uma maior comunhão no ajuntamento dos coristas e incentiva o trabalho comunitário. Além disso, aprimora a adoração a Deus com um louvor de maior riqueza musical, explorando técnicas consolidadas pela história, como as que surgiram na Idade Média (por ex., o contraponto) e no período Barroco (com a consolidação da harmonia), que exaltam a grandeza e a majestade de Deus e contribuem para a propagação de Sua mensagem. Diversas são as referências de corais na Bíblia (I Crônicas 15.16-22; Lucas 2.13-

Testemunho que um dos especialistas em técnica 14; Apocalipse 4,5,7,11.16grandes momentos musicais vocal; 18,14.1-3, dentre outras). Mas o Canto Coral, que era • Promoção de Encontros experimentados no âmbito ou Cultos com participa- da Convenção Batista do um marca Batista, tem se ção dos Coros Batistas já Planalto Central aconteceu perdido. A valorização da na Cruzada Sammy Tippit existentes nas Igrejas; música gospel tem priorizado o individualismo e as es- • Formação de coros no (há mais de 10 anos), quando âmbito das Convenções formamos um grande coro, trelas gospel (dentro até das Estaduais e das Associa- com aproximadamente 500 equipes de louvor), em vez ções, a fim de promover vozes, que se apresentou no de valorizar a expressão da uma maior união entre Ginásio Nilson Nelson. Cada coletividade em um louvor as Igrejas e de ajudar as Igreja ensaiou o repertório com o foco em Deus. Igrejas menores que tem definido. Depois tivemos enSugestões de incentivo dificuldade na área coral; saios reunindo as Igrejas no à formação de corais nas • Incentivo a que Minis- contexto de cada Associação. Igrejas: tros de Música (ou estu- Por fim, tivemos um ensaio • Distribuição de materiais dantes da área) apoiem geral, com todas as Igrejas e e partituras que possibiIgrejas menores em seus a marcante apresentação do litem o resgate da música cultos e na realização de Grande Coro. coral; Na última parte deste artioficinas e treinamentos • Promoção de treinamento básicos da comunidade go, refletiremos sobre valores e cursos de reciclagem Batistas de culto. local. para regentes, pianistas e


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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

Igrejas cheias de pessoas vazias?!

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em se tornado mais frequente as observações de líderes que tem descoberto que há Igrejas cheias de pessoas vazias. Isso nos causa um certo impacto, pois leva em conta que a vivência cristã não estaria cimentada no sadio Evangelho. Ao viajar pelo país, também tenho notado a mesma situação em diversos lugares. Claro que aqui utilizo o termo “Igreja” para me referir ao espaço que conhecemos como templo, mas podemos também nos referir a Igreja como instituição em si (claro que Jesus não morreu pelo espaço e pelos objetos que estão neste espaço). Mas tenho também observado que, embora muitas Igrejas estejam cheias, inúmeras pessoas ali parecem continuar vazias de sentido no viver. Em vez de entregarem não só a alma para Jesus, ainda não lhe entregaram tudo o que têm, negando-se

a si mesmas, conforme Lucas 9.23. Antes, estão buscando um Deus de avental, pronto a servi-las com todas as benesses celestiais e, principalmente, materiais. São pessoas que não estão dispostas a buscar o arrependimento, o perdão, o abandono de uma vida egoísta e consumista dos bens e riquezas, que foram mal nos negócios, no emprego, que não souberam planejar sua vida e recursos e agora estão na pior. Então, buscam o “Deus-panaceia”, o “Deus-resolve-tudo”, tipo um “Deus-consertador”, uma espécie de “clínico geral” e garçom. Muitos líderes e Igrejas são oportunistas, pois o mundo, estando cheio de pessoas com esse perfil, fornece os clientes potenciais para rechear o caixa da Igreja e seus bolsos. Por meio da pregação de um Evangelho antropocêntrico, despido da verdade bíbli-

ca, transformam Deus em mercadoria de bom preço. Estão dispostos a pôr Deus para trabalhar por eles a um custo inicialmente baixo, mas, se feito um balanço, o custo será proibitivo, não apenas financeiro, mas também quanto ao que de mais importante existe na vida - a perda de seu significado. Recebi um e-mail de uma pessoa que frequentava uma Igreja assim e estava desiludida, pois já havia gasto tudo o que tinha e nada conseguiu de solução para sua vida. Caiu no conto do “vigário”, desculpem-me, no conto do “pastor”! Mas também é possível notar que há muitas Igrejas cheias, com muitas atividades e ocupações, mas as pessoas ali permanecem vazias. Trabalham tanto para a Obra de Deus que se esquecem do Deus da obra. O Cristianismo foi reduzido a mero entretenimento e atividades eclesiásticas do-

minicais ao ponto de que o dia do descanso tenha sido transformado em dia do cansaço. Em vez de celebração e adoração, o domingo virou dia de agitação, e o Deus da obra foi trocado pela própria obra. Em vez de ser produtora de trabalho na Igreja e Reino de Deus, a vida foi trocada pelo ativismo, deixando de dar sentido para a pessoa. Enfim, a realidade é que as pessoas estão vazias não porque estejam desempregadas, com saldo devedor, com enfermidades, com a perda de um ente querido. Estão vazias porque o espaço vazio dentro de suas vidas é do tamanho exato de Deus. O vazio é a perda de sentido na vida, de objetivo em viver, e se tornou uma rotina sem razão. O sentimento que possuem na sexta-feira, às 20h, é de euforia, trocado por angústia e depressão com a musiquinha do Fantástico no domingo à mesma hora,

COMUNICADO SOBRE MUDANÇA DO NOME DA IGREJA Informamos que a partir de 28 de maio deste ano a Igreja Batista do Cajuru, passou a se chamar SEGUNDA IGREJA BATISTA DE CURITIBA. O endereço e os telefones permanecem os mesmos: Rua José Rissato, Nº 93, Capão da Imbuia, Curitiba/PR. CEP 82800-250, telefones: 41-3267.2937 e 41-99835.4994. O e-mail mudou para secretaria@sibcuritiba.org.br, bem como o site para www.sibcuritiba.org.br. No amor de Cristo. Valdo Fonseca de Oliveira Pastor presidente

SEGUNDA

IGREJA BATISTA DE CURITIBA

como alguém me disse outro dia. Isso não é vida! Jesus disse “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10). Não é porque você entregou a sua vida a Jesus, trabalha na Igreja, é dizimista, que conquistou a imunidade a vírus, bactérias, morte, perda de emprego, etc. Como nova criatura, você vive, não mais você, mas Cristo vive em você (Gálatas 2.20), ele é quem vai dar significado à sua vida. A visão de mundo agora é outra, os bens são meros acessórios, muitos deles dispensáveis. Você vai buscar um estilo simples de viver, por isso é possível dizer: “Em tudo dai graças” (I Ts 5.18). Uma vida grata é uma vida cheia de sentido, que vai produzir envolvimento no trabalho de Deus e em Seu reino, mas não o inverso. Deus considera pessoas cheias de vida, não de bens, títulos, cargos ou ativismo. A escolha é sua.



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