O Jornal Batista - 3

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 15/01/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 03 Domingo, 15.01.2017 R$ 3,20

Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Ex-presidiárias convertidas falam do Amor de Jesus em presídios

Coral da PIB de Passos - MG leva alegria e esperança aos pacientes do Hospital do Câncer

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

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“Conta as bênçãos, conta quantas são!”

lá, querido leitor de OJB! Estamos juntos em mais uma edição para compartilharmos e nos alegrarmos ao saber o que os nossos irmãos da denominação Batista têm realizado ao redor do Brasil. São histórias de superação e amor à obra. Entre elas, destacaremos algumas: A realidade nos presídios brasileiros não é das melhores. Rebeliões, brigas entre os presidiários e até mesmo mortes. Mas, graças ao trabalho de Mônica Felícia, missionária da JMN no sistema prisional de Minas Gerais, essa história começou a ganhar um novo rumo. Ex-presidiárias aceitaram a

mensagem do Evangelho, tiveram suas vidas transformadas e, hoje, anunciam a Palavra de Deus para outros detentos através das equipes de visitação. Nossos irmãos da Primeira Igreja Batista em Passos - MG fizeram a diferença na vida das pessoas que diariamente passam pelos corredores do Hospital Regional do Câncer e da Santa Casa de Misericórdia de Passos. Integrantes do Coral da Igreja apresentaram algumas músicas do musical de Natal “Eu creio”, e levaram o Amor de Deus em forma de canção para funcionários, parentes e familiares. E tem estreia nesta edição de OJB. O pastor Remy

Damasceno, coordenador do Departamento de Ação Social da CBB, falará sobre os 20 anos do documento de responsabilidade social da CBB. A série será publicada durante todo o ano de 2017. Ore. Mobilize. Oferte. Vá. Você pode contribuir, de alguma maneira, para a expansão do Evangelho ao redor do mundo. A JMM acaba de lançar a Campanha para o ano de 2017, que foi intitulada como “Leve Esperança até que Ele venha”, com base em Mateus 28.19-20. Ainda há cerca de 3.800 povos não alcançados e, por isso, precisamos fazer mais. Levar esperança até que Ele venha

é um convite e um despertar ao povo Batista. Conte para nós o que de melhor tem acontecido em sua Igreja. Aniversários de ministérios, eventos realizados pela Igreja, evangelismos. Ficaremos felizes em saber o que Deus tem realizado através dos irmãos. Os textos podem ser enviados para editor@batistas.com ou decom@batistas.com, e devem conter até 3.500 caracteres com espaço e as fotos (até quatro fotos) devem conter legenda e estar em boa resolução. A matéria deve conter também a identificação do autor (nome, cargo e Igreja onde é membro). Que Deus abençoe a sua vida!


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“Jesus não é tão importante assim” Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva, RJ

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oi isso que uma amiguinha da época da faculdade disse para mim, ao devolver um livro que falava sobre Jesus. Não me recordo bem das palavras, mas o sentido era esse: “Jesus não é tão importante assim”. Para piorar, ela era cristã. Dá para imaginar um cristão que não entende a importância incomparável de Jesus? Há cristãos que ficam até ofendidos quando ensinamos o Jesus descrito na Bíblia, é mole? Aliás, esse é o problema: não dão o devido valor à Bíblia, a Palavra de Deus, não a estudam e, com isso, dão mais valor a outros personagens bíblicos do que a Cristo. Vamos ver o valor do Jesus ensinado na Bíblia? 1. Jesus é o Filho de Deus. “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Mt 3.17) 2. Jesus é Deus. “No princípio era o Verbo (Jesus), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). “Eu e o Pai somos um.” (Jo 10.30)

3. Jesus era homem sem pecado “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um (Jesus) que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hb 4.15)

do de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem 4. Jesus é o enviado de não crê já está condenado, porquanto não crê no nome Deus. “E o Verbo (Jesus) se fez do unigênito Filho de Deus.” carne, e habitou entre nós, (Jo 3.16-18) e vimos a sua glória, como 8. Jesus é o Vencedor da a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” morte. “E o que vivo e fui morto, (Jo 1.14) mas eis aqui estou vivo para 5. Jesus tem todo o poder. todo o sempre. Amém. E te“E, chegando-se Jesus, fa- nho as chaves da morte e do lou-lhes, dizendo: É me dado inferno.” (Ap 1.18) todo o poder no céu e na terra.” (Mt 28.18) 9. Jesus é o Senhor (dono, proprietário). “Saiba, pois, com certeza 6. Jesus é o Cordeiro de toda a casa de Israel que a Deus. “No dia seguinte João viu esse Jesus, a quem vós crucia Jesus, que vinha para ele, ficastes, Deus o fez Senhor e e disse: Eis o Cordeiro de Cristo.” (At 2.36) Deus, que tira o pecado do mundo.” (Jo 1.29) 10. Jesus é Juiz. “E também o Pai a ninguém 7. Jesus é o Salvador. julga, mas deu ao Filho (Je“E dará à luz um filho e sus) todo o juízo.” (Jo 5.22) chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo 11. Jesus é de todos os podos seus pecados” (Mt 1.21). vos e raças. “Porque Deus amou o mun“Por que D eus a m ou o

mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16)

um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (I Tm 2.5)

17. Jesus é o único caminho para Deus. “Disse-lhe Jesus: Eu sou 12. Jesus é o Pão da Vida. o caminho, e a verdade e a “E Jesus lhes disse: Eu sou vida; ninguém vem ao Pai, o pão da vida; aquele que senão por mim.” (Jo 14.6) vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá 18. Sem Jesus não podesede.” (Jo 6.35) mos nada. “Eu (Jesus) sou a videira, 13. Jesus é a Luz do mun- vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito do. “Falou-lhes, pois, Jesus ou- fruto; porque sem mim nada tra vez, dizendo: Eu sou a luz podeis fazer.” (Jo 15.5) do mundo; quem me segue Bem, depois de todos esses não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8.12) textos bíblicos, você consegue encontrar alguém com 14. Jesus é o Bom Pastor. mais importância que Jesus? “Eu sou o bom Pastor; o Além destes textos, existem bom Pastor dá a sua vida pe- muitos outros. Pegue a Bíblia e você verá que no Antigo las ovelhas.” (Jo 10.11) Testamento é prometido o 15. Jesus é nosso Advo- Salvador: Jesus. No Novo Testamento, encontramos o gado. “MEUS filhinhos, estas coi- nascimento de Jesus, a prosas vos escrevo, para que messa de que Ele salvaria o não pequeis; e, se alguém Seu povo, Seu ministério, pecar, temos um Advogado Sua morte e a promessa de para com o Pai, Jesus Cristo, que Ele vai voltar para levar Sua Igreja. Minha amiguinha o justo.” (I Jo 2.1) estava errada, tadinha! Jesus é 16. Jesus é o único Media- Único, Incomparável e nunca dor entre Deus e os homens. haverá outro como Ele. Deus “Porque há um só Deus, e te abençoe!

Acima das nuvens tem um Deus Rogério Araújo (Rofa), jornalista, escritor, colaborador de OJB

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vida mais parece um céu, não porque é sem nuvens, sem problemas; pelo contrário, tudo muda de uma hora para outra sem nada avisar.

Às vezes está tudo claro e parece tudo bem. Às vezes está bem nublado, com nuvens negras de tanta dificuldade. Um estado tão fechado que nada se vê, muito menos um sol, uma solução, um alívio, uma alegria, uma saída. Isso tudo acontece com cada um que apenas observa o que está à sua frente sem

lembrar do oculto, sobrenatural, divino. Acima dessas nuvens possui alguém poderoso para mudar de verdade a aparente realidade. Deus está acima de tudo isso fazendo com que carregadas nuvens sejam dissipadas e que o sol, que está sempre acima das nuvens, apareça e tome conta do am-

biente até então dominado pela tenebrosa escuridão que amedronta e desanima. Os que teimam em não acreditar no poderoso Deus, que tem o controle do mundo em suas mãos, sofrem ainda mais por não sentirem Sua presença e apoio ao seu lado, ao rejeitá-lO. Ao olhar para o céu da

próxima vez, contemple a beleza da criação do Senhor e coloque em sua mente que nenhum problema é maior que o Deus que tudo pode. Basta apenas crer nisso que o céu de nuvens escuras e nublado passará a ser um lindo céu com raios de sol invadindo o seu viver. Basta ter fé!


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Minha cruz e meu Jesus

O crente vigiado Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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maioria de nós percebe que o inimigo das nossas almas não dá tréguas. Em Romanos 7, o próprio apóstolo Paulo confessa que ele não tem sossego; está sempre sendo tentado. O apóstolo Pedro afirma que ele está bramando como um leão, buscando a quem possa tragar. Pedro usa, inclusive, uma linguagem bem dramática, creio que ele tem como objetivo dar um susto em seus leitores. Um antigo hino (como tenho saudades daquelas letras!), dizia: “Bem de manhã, embora o céu sereno, pareça um dia calmo anunciar”. Essa letra também nos

avisa: “Pareça um dia calmo anunciar”. A mensagem do apóstolo Pedro nos dá a ideia de que o crente é vigiado por Satanás. É uma busca incessante da melhor oportunidade para atacar. Isso nos adverte que há uma estratégia. E se há uma estratégia do inimigo também, deve haver, da nossa parte, uma estratégia para combatê-la. E qual é a estratégia? Bem, além da oração e da Palavra, há também a estratégia da vigilância, e sempre dizer “não” às tentações. Quanto mais o crente diz “não”, menos o inimigo tenta; quanto mais o crente diz “sim”, mais ele tenta. Quem nos ensina isso? O apóstolo Tiago: “Resistam ao diabo e ele fugirá de vocês” (Tg 4.7).

“E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.” (Mt Se resistindo ele foge, não 10.38) resistindo ele avança; eis a ara ser cristão, tetática! Quando digo “não” à nho que dar a Jesus tentação, fortaleço a minha meu eu verdadeiro, resistência à próxima invesautêntico. A carreira tida. É como ensinam os especialistas dos Alcoólicos do cristão é a de assimilar, Anônimos: “A luta é trago constantemente, o Espírito a trago. A cada trago que de Cristo, até chegar à estaeu digo “não”, facilita dizer tura do Varão perfeito, nosso Senhor Jesus Cristo. “E quem “não” ao próximo”. Bem, é capaz que eu tenha não toma a sua cruz e não assustado algum dos meus segue após mim não é digno leitores, mas, não se assuste! de mim” (Mateus 10:38). Paulo foi profundamente Jesus, ao despedir-se dos apóstolos afirmou: “Eu estarei claro, ao descrever seu prósempre com vocês, até o fim prio jugo: “Pois eu sei que dos tempos” (Mt 28.20). E es- aquilo que é bom não vive tejam certos, ele estará bem em mim, isto é, na minha mais próximo que Satanás, natureza humana. Porque, tem mais poder que Satanás, mesmo tendo dentro de mim e, acima de tudo, em vez de a vontade de fazer o bem, nos odiar, nos ama. Haverá eu não consigo fazê-lo” (Rm proteção mais bem armada 7.18). Pelas revelações da Bíblia e do Espírito de Cristo do que essa?

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no seu coração, Paulo entendeu que tinha de entregar seu jugo pessoal ao controle do Espírito de Cristo. Daí seu grito de libertação: “Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte? Que Deus seja louvado, pois Ele fará isso por meio do nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 7.24-35). Eu sou minha cruz. Minha cruz é o meu eu interior, que me castiga e me desfigura. É gente como eu, que sofre por causa dos próprios pecados e limitações, que Jesus Cristo quer transformar. Mas Ele somente pode nos dar a saúde espiritual se nós O aceitarmos, como Salvador e como Senhor soberano. A cruz de Jesus nos liberta da cruz que carregamos. “Quem me livrará deste corpo de morte? Que Deus seja louvado, pois Ele fará isso por meio do nosso Senhor Jesus Cristo”.

Estabelecendo objetivos espirituais Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “Ensina-me Senhor, o caminho, e andarei na verdade; dispõe-me o ração para só temer o nome.” (Sl 86.11)

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teu tua coteu

iante de tantos e necessários objetivos estabelecidos por nós neste mundo, precisamos separar um tempo para refletirmos que também somos seres espirituais e, por isso, precisamos criar objetivos es-

pirituais para nosso viver neste mundo. Não podemos nos esquecer de que, dentre toda a criação, somos os únicos seres dotados de espírito, ou seja, capacitados para crer e relacionar-se com o Criador. O primeiro passo para isso é rompermos com o pecado. Isso acontece a partir do momento em que passamos a considerar a prática desse como uma anomalia, passando a combatê-lo diariamente, através do arrependimento e da confissão a Deus.

De substituir atos pecaminosos, por ações que agradem a Deus. De deixar nossa servidão ao pecado e nos tornarmos servos de Deus. “Replicou-lhes Jesus: em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado” (João 8.34). Permitir que Jesus, o Único capaz de efetuar essa nossa libertação, o faça. “Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36). Como segundo objetivo, devemos nos determinar em cumprir os requisitos essen-

ciais para seguirmos Jesus. Seguir Jesus é andar de forma coerente com os princípios estabelecidos por Ele para seus seguidores e servos, sabendo que tais princípios são conflitantes com nossas naturais tendências humanas. “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? “Nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos nem bêbados, nem maldizentes, Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas

fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo” (I Co 6.9-11). O terceiro objetivo a ser estabelecido é mudar a prioridade dos nossos alvos. Em nosso estado natural temos prioritariamente alvos de natureza terrena. Se almejamos nossa cidadania celeste, temos que inverter esses valores, priorizando alvos espirituais. “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Cl 3.2). Que o Senhor nos abençoe para essa difícil, mas necessária decisão.


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DIFICULDADES BÍBLICAS

Ebenézer Soares Ferreira

Diretor-geral do Seminário Teológico Batista de Niterói – RJ

E OUTROS ASSUNTOS

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As funções dos anjos maus

s demônios exercem poder na ordem cósmica. O título “Archhon tees exoysias toy aeros”, que ocorre em Efésios 2.2 e 6.17, é atestado eloquente de que os demônios têm poder na ordem cósmica. Jesus chamou o Diabo de “O príncipe deste mundo” (João 12.31; 14.30; 16.11). Paulo ainda denomina as potências do mal de “Kosmokratores toy skotoys toytoy”, “Principados e poderios, (...) príncipes deste mundo de trevas” (Ef 6.12). Ao apresentar-se a Jesus na tentação, o demônio declara que os reinos deste mundo lhe foram entregues (Lucas 4.6). O Diabo exerce a função de acusador, “kateegoor”, como ocorre em Apocalipse 12.10. Os anjos maus tentam os homens. Tentar é “peirazein”, que significa provar, examinar. Deus tenta o homem para o provar. O Diabo, porém, que é agente do “peirazen” pro-

cura induzir ao pecado. Há, portanto, uma grande diferença no uso da palavra, quando empregada em relação a Deus e quando empregada em relação ao Diabo. Impedem o bem-estar temporal e espiritual do homem - As Sagradas Escrituras registram que eles exercem certo controle sobre os fenômenos da natureza. Relâmpagos, redemoinhos e enfermidades são usados por eles com o fito de atingir algum propósito. Ao patriarca Jó, Satanás “Feriu Jó com feridas malignas, da sola dos pés até o alto da cabeça (Jó 2.7; cf. Jó 1.12; 19.19). O mais comum é procurarem submeterem as almas à tentação. Quando cedem, há a possessão física ou espiritual. A ruína não está longe. Lucas esclarece que Jesus curou uma mulher que era possessa de “Um espírito que lhe causava uma de enfermidade já havia dezoito anos” (Lc 13.11). Ela estava como que em uma prisão.

No seu discurso de resposta a Cornélio, o apóstolo Pedro sublinhou: “(...) A Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os “oprimidos do Diabo”, porque Deus era com ele (At 10.38). Paulo reconhece que o “espinho na carne” era um “Mensageiro de Satanás para me e atormentar, para que eu não me tornasse arrogante” (II Co 12.7). Escrevendo aos tessalonicenses, apresenta como motivo de sua não ida a eles, como pretendia: “Satanás nos impediu” (I Ts 2.18). Na Ceia, diz o evangelista João que, após Judas comer o pedaço de pão, “Satanás entrou nele” (Jo 13.27). Lucas diz que Ananias mentiu porque Satanás lhe encheu o coração “Para que mentisse ao Espírito Santo” (At 5.3). E Paulo diz que Satanás é o espírito que agora “Age nos filhos da desobediência” (Ef 2.2.).

Opõem-se a Deus - O termo “Satã” significa adversário. É, portanto, oponente primariamente de Deus e, secundariamente, dos homens. Ele aparece entre os crentes para derrubá-los. Tenta-os, mesmo quando se apresentam a Deus. Procura intrometer-se como adversário sagaz (Jó 1.6). O profeta Zacarias descreve muito bem essa missão do Diabo, como adversário: “Ele me mostrou o sumo sacerdote Josué diante do anjo do Senhor, e Satanás estava ao seu lado direito, para se opor a ele. Mas o anjo do Senhor disse a Satanás: Que o Senhor te repreenda, Satanás! Que o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda! Este homem não é um tição tirado do fogo?” (Zc 3.1-2). Explicando a parábola do joio e do trigo, Jesus assim se refere à planta daninha colocada entre o trigo: “(…) O joio são os filhos do Maligno; o inimigo que o semeou é o Diabo (...)” (Mt 13.38,39).

O apóstolo Pedro adverte os crentes: “O Diabo, vosso “adversário”, anda em derredor, rugindo como leão que procura a quem possa devorar” (I Pe 5.8). No Apocalipse, ele é chamado de “O acusador de nossos irmãos já foi expulso; ele, que dia e noite os acusava diante de Deus” (Ap 12.10). Executam os planos de Deus que em Sua eterna sabedoria, usa os anjos maus para Seus propósitos também. Quando quer punir os maus, os iníquos, permite que Satanás realize o seu querer. Quando quer punir os bons, também pode utilizar-se deles, como nos casos de Alexandre, o latoeiro, e Himeneu, que foram entregues a Satanás, “Para que aprendam a não blasfemar” (I Tm 1.20). Paulo recomenda aos coríntios que entreguem o imoral a Satanás, “Para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus” (I Co 5.5).


6 vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

Provérbios 22.6: Promessa ou princípio?

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m dia desses, um pastor ligou para mim pedindo para que eu lesse uma reportagem de uma tragédia acontecida em uma das capitais do Brasil. Um rapaz tinha praticado atos de barbárie contra uma jovem. Os relatos eram terríveis, de violência gratuita. O pai era um crente piedoso, de uma grande Igreja Batista do Brasil. Na reportagem, o pai, ao saber do que o filho fez, além de chorar, disse: “eu não criei o meu filho para isso”. Há alguns anos realizei um trabalho com famílias em uma Igreja. No final da programação, o pastor compartilhou comigo sua dor. Um dos seus filhos estava preso por participar de um assalto.

Ele me disse: “pastor Gilson, criei esse menino na igreja”. Outra história: Um casal consagrado, que abençoa tantas pessoas, confidenciou a mim que um dos seus filhos está totalmente descrente de Deus, de Jesus e da Bíblia. Que dor quando ouço ou leio histórias assim. Muitos, no lugar de uma palavra de apoio a esses pais, tem palavras de mais culpa, peso e tristeza. Um dos pais me perguntou: “mas pastor Gilson, a Bíblia não diz que instruindo o menino em que deve andar, até quando envelhecer, não se desviará dele?”. Respondi que sim, mas com muito cuidado na interpretação do mesmo.

A ideia do famoso versículo bíblico é que, os pais criando seus filhos nos caminhos de Deus, haverá uma grande probabilidade destes filhos andarem nos caminhos trilhados pelo próprio Deus. Lurt Bruner e Steve Stroope num livro muito interessante cujo o titulo é “A fé começa em casa”, chama de princípio da probabilidade. Isto é, haverá uma grande probabilidade das crianças, que aprenderam sobre a fé cristã seguirem os caminhos trilhados por Deus para suas vidas. Agora, preste a atenção! Esta probabilidade aumentará, consideravelmente, se os ensinos transmitidos pelos pais forem testificados pela vida dos mesmos praticados

no cotidiano da vivência familiar. Se por exemplo, um pai ensina sobre o valor da honestidade e vivência a honestidade de forma que o filho veja que há uma harmonia entre o que se ensina e o que se vive, esta probabilidade crescerá. Crescerá mais ainda, se a criança for educada em uma Igreja onde se veja os verdadeiros ensinos de Jesus praticados e vividos pelos crentes. Aumentará, ainda mais, se os pais dobrarem os joelhos em oração intercessória pelos filhos. Se, por exemplo, criarem uma cultura familiar marcada pelo diálogo e amizade sincera entre pais e filhos. A probabilidade aumentará se os pais conversarem com os filhos sobre os acontecimentos

do mundo, das decisões éticas da vida, em um nível de respeito, amor e compreensão, tendo, é claro, a Palavra de Deus como princípios. Provérbios 22.6, como lembra os autores citados, não é uma promessa, mas um princípio para basearmos nossas ações educativas junto aos nossos filhos. Provérbios 22.6 não dá garantias, mas esperança para os pais que criam seus filhos para que, quando adultos, sejam bênçãos nas mãos de Deus, fiéis em Cristo e envolvidos na igreja. Pr. Gilson Bifano é palestrante e escritor na área de casais e famílias. Coach para casais, pais e famílias. gilsonbifano@ ministeriooikos.org.br

Lar doce lar Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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uem tem um lar deseja sempre voltar logo para casa, para celebrar a unidade familiar. Nada é mais gostoso do que voltar após um dia de trabalho ou estudo para o aconchego do nosso lar. Saímos de casa para nossas atividades pensando na hora de voltar para o “lar, doce lar”, que tem que ser doce, feliz, alegre, acolhedor, ser um lugar de paz e amor.

Lar é construído com relacionamentos de amor. Nosso lar deve ser nosso ninho de afeto e cuidado, onde esses elementos não podem faltar de maneira nenhuma. Quando estamos fora de casa, o único desejo que temos é o voltar para o nosso aconchego, para nos relacionarmos com nossos queridos (as). Nosso lar deve ser nosso abrigo, aonde sentimos e investimos nas relações de amor, onde somos amados e amamos de forma incondicional.

É no lar que nossa autoestima é forjada, nossa saúde física e emocional são nutridas. É no lar que somos forjados para lidarmos com essa sociedade injusta e desumana, que aprendemos como lidar com as pressões sem ceder nossos valores, como lidar com as tentações de forma bíblica, como lidar com as injúrias desse mundo. É no lar que aprendemos que nosso valor nada tem a ver com a roupa, com a marca do celular e do tênis que usamos, aprendemos que nosso valor nada tem a ver

com a escola onde estudamos ou a lanchonete que frequentamos, mas o que vale mesmo é que somos amados por Deus e por nossos familiares. É no lar que aprendemos que as coisas mais importantes da vida não estão à venda. É no lar que aprendemos a valorizar afeto e amor, em vez de sucesso e grana. É no lar que aprendemos que a gentileza abre todas as portas e que a educação nunca sai de moda. É no lar que aprendemos a servir as pessoas queridas que Deus coloca

ao nosso redor, na convivência cotidiana. É no lar que aprendemos a respeitar os mais velhos, as hierarquias como expressão do nosso temor a Deus. É no lar que aprendemos que nosso sucesso na vida está relacionado ao nosso zelo pelo princípio bíblico “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Êx 20.12). Invista em seu lar e goze da paz do Senhor sobre sua família!


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missões nacionais

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Ex-presidiárias convertidas falam do Amor de Jesus em presídios

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ossa missionária Mônica Felícia, atuante no sistema prisional de Minas Gerais, tem visto de perto o poder transformador do Evangelho. Após ouvirem a Mensagem de Cristo, se converterem e cumprirem suas sentenças, três ex-presidiárias passaram a fazer parte das equipes de visitação aos presídios. Elas estão integradas à Igreja e agora anunciam aos presos a verdadeira liberdade em Cristo Jesus. “Louvado seja Deus, que nos permite servi-lo nas pri-

sões, nos prostíbulos, nas ruas e em todos os lugares. Bendito seja o Senhor, que nos permite ver os frutos: vidas transformadas”, agradeceu a missionária. Uma das ex-presidiárias que participa dos grupos de visitação já está cursando Teologia na Faculdade Batista Mineira e ainda é voluntária na Casa Alma Livre, Projeto que acolhe ex-presidiárias com filhos. Para a missionária e todos os colaboradores, é uma alegria em ver essas mulheres envolvidas na obra. Outros frutos a destacar são

Cristolândia MG celebra 4 anos de resultados

as mulheres atendidas na Casa Alma Livre e seus filhos, onde está havendo um grande avanço no encaminhamento delas ao mercado de trabalho. Por um período de nove meses, elas e os filhos ficam acolhidas na Casa Alma Livre, então chega o momento de serem encaminhadas para suas novas residências, alugadas e pagas por elas, com o fruto do trabalho lícito. Vê-las trabalhando, cuidando dos filhos e depositando no Senhor a esperança é emocionante e motivo de Ex-presidiárias convertidas falam do Amor de Jesus em presídios agradecimento a Deus.

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Casamentos

5472 Atendimentos

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896

Continuam na obra como Radicais e Voluntários

ANOS

45

Foram reinseridos no mercado de trabalho

Ingressaram voluntariamente no Programa de Tratamento

231

49

Foram batizados e se tornaram membros de Igrejas Batistas

Retornaram ao convívio familiar

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casal missionário pastor Otilio Moraes de Castro e Tânia Lúcia Dias de Castro finalizou o quarto ano de atividades da Cristolândia Minas Gerais dando glórias a Deus pelos resultados surpreendentes da obra no estado. Em um balanço do trabalho ao longo desses anos, nossos missionários relataram em números o que as orações e investimentos dos parceiros têm alcançado.


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notícias do brasil batista

COBAPA realiza encontro com as lideranças da Regional Baixo Amazonas Assessoria de Comunicação COBAPA

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Convenção Batista do Pará (COBAPA), representada por seu diretor executivo, pastor Ruy Gonçalves Ferreira, realizou na manhã do dia 02 de dezembro de 2016, um café de confraternização na Regional Baixo Amazonas, em um momento especial com as lideranças Batistas da região. Destacamos a presença da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil-Seção Paraense, representada pelo seu presidente, pastor Helcias Gui-

lherme Almeida Coelho, e pelo executivo da OPBB/ PA, pastor Francinaldo de Jesus P. Viegas. Contamos também com a presença da irmã Cristina Ferreira, esposa

do pastor Ruy Gonçalves, e demais esposas dos pastores presentes. Na ocasião, foram entregues livros e Bíblias aos mesmos, a fim de contribuir ainda mais no ministério.

Agradecemos ao missionário coordenador no Baixo Amazonas, pastor Helino Cecilio, e equipe, por preparar e receber a todos neste evento.

A COBAPA e OPBB-PA, estão juntas para a gló ria de Deus. Juntos somos mais fortes em Cristo. Juntos somos mais de Cristo no Pará.

Coral da PIB de Passos - MG leva alegria e esperança aos pacientes do Hospital do Câncer

FOTOS: Assessoria de imprensa PIB

Assessoria de imprensa PIB

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ntegrantes da Primeira Igreja Batista de Passos MG fizeram a diferença na vida de centenas de pessoas que transitam diariamente pelos corredores do Hospital Regional do Câncer e Santa Casa de Misericórdia de Passos. Durante aproximadamente quatro horas, mais de 30 integrantes do Coral da Igreja entoaram músicas que foram apresentadas no musical “Eu Creio”, apresentado entre os dias 03, 04 e 05 de dezembro de 2016 na sede da Igreja. Como acontece todos os anos no musical, além de levar uma mensagem de fé e esperança, o Coral procura homenagear alguma entidade da cidade que presta um serviço relevante à população, e neste ano, o grande homenageado foi o Hospital Regional do Câncer - referência no tratamento desta doença via SUS para dezenas de municípios da região. “Nosso objetivo foi falar do Amor de Deus para estas pessoas, tanto funcionários como pacientes e familiares que vivenciam de perto a dor desta doença terrível, o câncer”, contou Gilberto

Furtado, pastor da Primeira Igreja Batista de Passos. “Centenas de pessoas assistiram ao musical que preparamos com muito carinho na sede da Igreja, entre os dias 03 e 05 de dezembro. E como muitos pacientes e funcionários não tiveram condições de se deslocarem até a Igreja, conseguimos deslocar grande parte do Coral até o hospital”, contou a regente do coral Neuza Franklin Furtado.

A apresentação começou às 12h, e a medida que o Coral entoava cânticos, ao final o pastor Gilberto levava uma mensagem de reflexão, e convidava a todos para falarem com Deus. “Foi emocionante, lindo demais, fomos convidados a cantar em todas as alas do HRC e ainda fomos chamados para cantar nos corredores da Santa Casa”, concluiu Neuza Furtado. Na terça-feira, dia 20 de dezembro de 2016, o Coral

da PIB também foi convidado e se apresentou na solenidade de inauguração da reforma da Estação Cultura de Passos, agora revitalizada e novamente aberta ao público para visitação, onde estão arquivados documentos e fotos que contam a origem da cidade de Passos. Os ensaios para a apresentação do musical “Eu Creio” tiveram início em agosto deste ano e envolveu mais de 100 pessoas entre cantores, músicos, dançarinas,

sonoplastas, cinegrafistas, fotógrafos, todos membros da Igreja, que trabalharam voluntariamente na construção e apresentação do musical. A Primeira Igreja Batista de Passos (PIB) está localizada na Avenida Arlindo Figueiredo, 700 - próximo à rodoviária - e tem cultos às quartas-feiras e domingos a partir das 19h30, além da Escola Bíblica Dominical (EBD) aos domingos a partir das 10h.


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PIB em Saracuruna - RJ dá posse ao seu novo pastor Marcos Luis Lopes Marcos Luis Lopes, pastor da Primeira Igreja Batista em Saracuruna - Duque de Caxias - RJ

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Primeira Igreja Batista em Saracuruna, em Duque de Caxias - RJ, deu posse ao seu novo pastor, Marcos Luis Lopes, na noite de 31 de dezembro de 2016. Pastor Marcos Luis Lopes é o atual 2º vice-presidente da Convenção Batista Fluminense e obreiro que tem colaborado com a obra Batista brasileira em diversas organizações e funções. Casado com Ione Silva Lopes e pai de Luiz Henrique Silva Lopes e de Marcus Vinícius Silva Lopes, assume o ministério desta operosa Igreja no ano de seu Jubileu de Vinho - 70 anos - que será celebrado com cultos a Deus até 25 de maio de 2017, quando atingirá esta efeméride. Fruto de trabalho evangelístico de expansão em terras caxienses, depois de

ter obreiros que por curto espaço de tempo ajudaram nos primórdios da caminhada desta grei, a PIB em Saracuruna foi pastoreada pelo saudoso pastor Pedro Heitor de Farias por 30 anos, sendo sucedido pelo pastor Amós da Silva Pedro, que pastoreou a Igreja por sete anos, vindo em seguida o pastor Clademir Faria, por 26 anos. Ao completar 70 anos, a

Igreja está focada no tema “Vivendo a Alegria do Senhor e Frutificando para um novo tempo”, que está balizado no texto bíblico de Amós 9.14-15: “O meu Israel será liberto para reedificar as cidades outrora destruídas, para habitar nelas, onde plantarão vinhas e beberão do fruto desta vide e formarão pomares que produzam muitos frutos para si e para outros, pois

doravante eu os estabeleci nesta terra e não mais serão retirados dela, pois ali serão enraizados em mim, que sou eu o Senhor teu Deus” (Am 9.14-15), certa que uma vez “Transformados pelo Poder do Reino de Deus”, estaremos preparados para “Anunciar o Reino com o Poder de Deus”, e causar uma revolução espiritual em todo o bairro de Saracuruna, indo buscar

vidas que ainda estão presas ao lamaçal do pecado e trazendo-as pelo poder do Evangelho do Reino de Deus, para a maravilhosa Luz de Cristo. Na nossa página do Facebook (https://www.facebook.com/pibdesaracuruna/) você encontrará convites para vir celebrar conosco esta grande festividade, pois “Até aqui nos ajudou o Senhor”.

Orquestra Câmara Áudio, da IBBC, comemora 13 anos

Bruna Santos, jornalista

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o dia 11 de dezembro de 2016, nos cultos das 17h30 e 19h30, a Orquestra de Câmara Áudio, da Igreja Batista em Braz Cubas (IBBC) comemorou 13 anos de atividades. E, para celebrar a data, foi realizado um culto especial com a participação de todos os irmãos que compõe o grupo. O culto foi iniciado com a entrada de todos os participantes e do ministro de Música responsável pela Orquestra, Ocimar Cassio Correa. Com a participação da Igreja e de alguns solistas, como a irmã Rosemary Kohler e Maria do Carmo, a orquestra executou músicas instrumentais de louvor e gratidão a Deus. “O Ocimar e eu ficamos muito emocionados, pois o auge do culto foi a homenagem que

fizeram para nós. Foi emocio- com a música Raridade. Foi nante. O maestro Misael, que outra surpresa”, relata Juliana também é um grande amigo Correa, esposa do ministro. Além disso, Ocimar Correa nosso, conduziu a orquestra

Filho, o Ocimarzinho, filho do casal que está em Viena em função de estudos, enviou um vídeo tocando a mú-

sica “Deus somente Deus” e com algumas mensagens para a orquestra e para sua família.


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eus amados leitores da nossa Coluna de Arte e Cultura, quero aproveitar esta edição para agradecer a vocês por terem acompanhado o testemunho de vários artistas Batistas da nossa querida Convenção Batista Brasileira (CBB). Aqui passaram irmãos amados, que não se envergonham de viver as suas paixões no campo artístico. Todos gratos a Deus por ter nos presenteado com dons e talentos (I Coríntios 12.4-6).

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Arte e Cultura em busca de novos artistas Se por um acaso você perdeu algumas entrevistas artísticas, aconselho aos amados a procurar no acervo digital do nosso O Jornal Batista, que se encontra à sua disposição no nosso Portal Batista. Não deixe de aproveitar a oportunidade de conhecer os nossos artistas, que são irmãos amados que, certamente, abrilhantarão os programas especiais em vossas Igrejas, Congregações ou qualquer ocasião onde desejam proclamar o Amor de Deus de uma forma artística.

Também são artistas cristãos, que precisam da sua cobertura de oração. Todos nós precisamos tomar cuidado com o orgulho, inimigo número um de qualquer artista. Precisamos orar por mais pastoreio dos ditos “famosos gospel”. Não se pode negar que o talento é algo que apaixona multidões, abre portas, mas que a integridade do artista é algo vital, principalmente para o artista cristão. Precisamos lembrar de onde viemos e do nosso primeiro amor.

Quero compartilhar com todos algo recente que aconteceu comigo. Uma das primeiras apresentações deste ano me deu a oportunidade de fazer algo que muito me alegrou. Tive a felicidade de aplicar uma forma de atrair as crianças da comunidade de Santo Amaro, nos Lençóis Maranhenses, e convidá-las para participar do culto no dia seguinte. Um carro de som corria pela cidade, enquanto eu anunciava com o meu cachorro (Boneco)

Doglas, do lado de fora da janela. Foi uma alegria só! No culto, à noite, tivemos a Igreja lotada. Foi uma noite de salvação, reconciliação e dedicação missionária. Hoje, depois de 35 anos de ministério, poderia recomeçar tudo novamente. Faça um bom uso dos seus dons e talentos, para a Glória de Deus, em 2017. Conte a sua história para nós! Arte e Cultura CBB. marapuppet@hotmail.com WhatsApp 11 940807808z


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Há esperança para o mundo aflito

Kit da Campanha 2017 já seguiu às igrejas da CBB

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

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ano de 2016 nos apresentou vários motivos para lamentações e questionamentos. Vimos o aumento do número de refugiados, a guerra na Síria, atentados terroristas, crise econômica, e muitas outras tragédias que fariam qualquer um desistir deste mundo. Mas nós não somos dos que retrocedem. Nossa esperança está em Cristo. É esta esperança que desejamos continuar levando ao mundo. Com a Campanha “Leve Esperança até que Ele venha”, queremos envolver ainda mais as Igrejas com a obra missionária, mostrando que, mesmo em meio a várias tragédias, muitas vitórias também têm sido conquistadas. O texto de Mateus 28.1920 - “Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” - é conhecido como a Grande Comissão e foi escolhido pelo diretor executivo de Missões Mundiais, pastor João Marcos Barreto Soares, para ser a divisa do nosso tema da Campanha deste ano. “Precisamos entender que é nosso papel nos deslocar até os povos não alcançados com a mensagem do Evangelho. É nosso papel fazer dis-

Pastor João Marcos Barreto Soares convoca Igrejas a levar esperança até que Ele venha

acompanhá-los em nosso site www.missoesmundiais. com.br e nossas mídias sociais. Um desses desafios diz respeito ao drama dos refugiados no mundo. Hoje temos missionários trabalhando junto a refugiados, principalmente no Oriente Médio. Conseguimos chegar ao povo yazidi, que vive em parte da Síria, do Iraque e da Turquia. Eles são rotulados de adoradores do diabo, mas nós queremos mudar esta situação e temos levado o amor de Cristo a eles. Capacitamos Igrejas brasileiras a receber e evangelizar refugiados que chegam ao nosso país, a maioria muçulmanos. Temos a preocupação de resgatar a infância de centenas de meninos e meninas que vivem em campos de refugiados, oferecendo-lhes acesso à educação, esporte e lazer, isto é, atividades que os farão crescer em graça e sabedoria diante de Deus. Frequentemente temos enviado voluntários da área de saúde para atender a estas pessoas que fugiram do seu próprio país, principalmente devido a guerras, em busca de esperança. Ore com a gente para que estas ações sejam efetivas e levem esperança aos refugiados. E se você ainda não faz parte do PIM (Programa de Intercessão Missionária), envie um e-mail Ore para a gente e cadastre-se: Sempre no segundo do- pim@jmm.org.br. mingo de março, convocaVá mos os cristãos a orar neste “Mas agora Deus colocou que é o Dia de Oração por Missões Mundiais. Muitos os membros no corpo, cada são os desafios, e você pode um deles como quis. E, se cípulos em todas as Nações, porque Jesus está conosco. Hoje, ainda existem cerca de 3.800 povos não alcançados, e nós precisamos fazer isso acontecer. Está na hora de fazer o esforço final, porque a volta de Cristo está próxima. Precisamos nos esforçar para cumprir a ordem que Ele nos deu. Precisamos fazer isso até que Ele venha”, disse o pastor João Marcos. Diante desta reflexão, escolhemos relembrar a Igreja sobre a importância do cumprimento contínuo da missão. Nosso privilégio como cristãos, missionários e agência missionária só terminará quando Cristo voltar. Ainda precisamos ir até milhares de pessoas que nunca ouviram falar de Jesus e fazer delas discípulos de Cristo. Levar esperança até que Ele venha é um convite e um despertar: voltemos nossos olhos e ouvidos para o que o Mestre e Salvador nos ordenou. Todos nós fazemos parte desta missão com nossas orações, ofertas, mobilização e disponibilidade em seguir aos campos, seja como missionário ou como voluntário. Somos vocacionados e, como tais, devemos usar nossos dons e talentos para o avanço do Reino de Deus aqui na Terra. Faremos isso até que Ele venha e leve sua amada Igreja.

todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo” (I Co 12.1820). Cientes deste perfil de Igreja, de que vários membros são necessários para o “funcionamento” ideal do corpo, é que oferecemos várias oportunidades de serviço no Reino de Deus. Seja por curto, médio ou longo prazo, certamente todos se encaixarão em uma de nossas modalidades para levar esperança ao mundo até a volta de Cristo. Escreva para crh@ jmm.org.br e saiba como seguir ao campo como missionário efetivo, temporário ou como voluntário. Oferte Missões Mundiais sabe que pode contar com as mais de 10 mil Igrejas da Convenção Batista Brasileira e de tantos outros parceiros da obra missionária transcultural para levar esperança às nações até a volta de Cristo. E um dos meios que viabilizam esta obra são as ofertas, mais especificamente as recolhidas durante o Dia Especial. Estas ofertas podem ser enviadas à JMM durante todo o ano, mas o repasse imediato dela por parte da Igreja é fundamental para que possamos negociar a melhor aquisição da moeda estrangeira que será utilizada no sustento dos campos missionários e tantas outras ações. Enviamos boletos do Dia Especial junto ao kit da Campanha. Caso sua Igreja necessite de mais boletos, deverá entrar em contato com a nossa Cen-

tral de Atendimento pelo e-mail centraldeatendimento@ jmm.org.br, pelos telefones 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800709-1900 (demais localidades). Quem preferir, é só entrar em contato via WhatsApp: 98216-7960, 98884-5414, 98055-1818 ou 98368-9999, todos com DDD 21. Para mais informações, escreva para pam@jmm.org.br. Mobilize Você pode motivar outras pessoas a fazer parte de Missões Mundiais, mostrando-lhes o que temos feito graças a Deus e ao envolvimento de milhares de cristãos comprometidos com esta obra. Uma destas grandes ações é o Projeto Bíblias para os Povos. São 6.912 idiomas em todo o mundo, segundo o compêndio Ethnologue, considerado o maior inventário de línguas do planeta, editado desde 1951. De acordo com os organizadores da enciclopédia, o total de línguas no planeta pode ser até maior. Promova Missões Mundiais na sua Igreja, em sua casa, no seu trabalho, na escola. Onde quer que esteja, reúna pessoas dispostas a levar esperança até que Ele venha. As Igrejas da Convenção Batista Brasileira já começaram a receber o kit da nossa Campanha com materiais para esta grande mobilização. Você também pode ter acesso aos materiais deste kit. Confira em www. missoesmundiais.com.br/ campanha.


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CBSM realiza Encontro de Promotores e Vocacionados Fonte: Site da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense

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sse grande evento missionário aconteceu nos dias 14 e 15 de novembro de 2016, nas dependências do Acampamento Renascer, em Campo Grande - MS. A organização e toda programação foi realizada pela Associação Centro, Junta de Missões Mundiais, Junta de Missões Nacionais e pela Coordenadoria de Missões Estaduais da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense. A primeira noite, dia 14, foi aberta pela missionária Márcia Carrilho (JMM), momento especial onde ela falou da sua gratidão a Deus pelo evento e a presença de todos. Nesse mesmo momento, ela apresentou os irmãos diretamente ligados a organização e programação, pastor José Roberto Estival (ACIBAMS), pastor Valdinei Martines Soares (CBSM) e a missionária Fabiola Molulo

(JMN). O pregador da noite foi o pastor Leno Franco, que deu seu testemunho e encorajou os presentes através da oração a entender o projeto missionário que Deus tem para cada um. Após o culto, os participantes do encontro puderam ter uma experiência especial na Trilha Missionária, onde os irmãos puderam ver através de dramatizações a realidade vivida pelos povos indígenas e refugiados. No dia 15, após o café da manhã, a programação continuou a todo vapor, com especial foco no período da tarde, foram ministradas quatro oficinas no sistema de rodízio, todos puderam ouvir sobre: violência sexual (Viviane Vaz), suicídio (Capelão Reis), teste de dons espirituais (Márcia Carrilho) e vocacionados (Fabiola Molulo). No período da noite, já no encerramento, os irmãos se vestiram com roupas típicas de vários países. Após o

Participantes do evento, que foi realizado no Acampamento Renascer, em Campo Grande - MS

jantar houve uma confraternização onde danças e músicas de diversos países foram apresentadas. O culto

de encerramento teve no louvor o irmão Jariston Lima e o pregador foi o pastor Djalma Albuquerque, que

Jubilação após 53 anos de pastorado Fonte: Jornal O Escudeiro Batista

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cidade de Itaguaí, no Rio de Janeiro, recebeu uma marca inesquecível. Ali, na Associação Verdes Mares, um pastor acaba de encerrar sua carreira ministerial após 53 anos de dedicação. Deixa agora um legado de contribuição e a certeza de que ele combateu o bom combate e guardou a fé. Aos 77 anos, pastor Jonas Vieira Lima comemora o final de um ciclo em sua vida, sabendo que há ainda muito a ser feito como servo de Deus. Foi pastor em dez Igrejas e, nos últimos três anos de pastorado, es-

teve à frente da Igreja Batista em Brisamar, em Itaguaí. Em 26 de novembro, pastor Jonas Lima “passou o cajado” para Marcos Antônio de Souza, agora novo pastor da Igreja. O culto de jubilação do pastor Jonas Vieira ocorreu no dia 10 de dezembro de 2016 na Primeira Igreja Batista de Itaguaí, tendo pastor Amilton Vargas, diretor executivo da Convenção Batista Fluminense (CBF), como pregador. Na programação musical, já confirmaram presença o Coral Excelsior, da PIB de Itaguaí, o Grupo Renovação, da PIB de Brisamar, e a irmã Veronica Ribeiro, da Igreja Batista El Shaday, em Mangaratiba. E para

tornar a celebração ainda mais significativa, pastor Jonas Lima cantará com a esposa Rosemary, com quem está casado há 31 anos. O jubilado tem três filhos e quatro netos. Pastor Jonas Lima nasceu em berço cristão em Marechal Hermes, na cidade do Rio de Janeiro. Perdeu o pai aos três meses de idade e foi criado pela mãe, mulher dedicada a Deus. Aos 17 anos, sentiu a chamada para o ministério pastoral e decidiu cursar Teologia no Seminário Batista do Sul do Brasil. Também formado em Filosofia, é professor na Faculdade Teológica Evangélica - Extensão Itaguaí, onde leciona Teologia Sistemática. Pastor Jonas Vieira Lima

compartilhou suas experiências e a importância de se ouvir a Deus em todo tempo.

Foto: Virgínia Martin


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Pastor Rawlinson Rangel recebe prêmio Pablo Neruda de Direitos Humanos

Pastor Rawlinson e a vereadora Noemia Rocha

Agência de Comunicação da Igreja Batista Bacacheri - PR

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Câmara Municipal de Curitiba realizou sessões solenes para a entrega do prêmio Pablo Neruda de Direitos Humanos. Instituído pela Lei Municipal 11.258/2004, é concedido a cada dois anos a pessoas ou entidades não governamentais que tenham sido destaque em seu trabalho em prol da liberdade ideológica, de credo religioso, opinião, democracia e/ou pela justiça social. Entre as pessoas premiadas, estava o pastor Rawlinson Rangel Porto Pereira, da Igreja Batista do Bacacheri - PR. Indicado pela

vereadora Noémia Rocha, pastor Rawlinson acredita que a oportunidade, além de ser um Rreconhecimento do trabalho de vários anos, é também uma forma de mostrar que a Igreja de Jesus não está omissa e nem alheia aos Direitos Humanos, e às questões da vida e da liberdade”. Formado em Administração Pública pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e em Teologia pela Faculdade Teológica Batista do Paraná e pós-graduando em Ciência Política pelo Instituto Dom Bosco, pastor Rawlinson Rangel é um dos pregadores da ideia de que, segundo a Bíblia, assegurar os Direitos Humanos é de responsabilidade tanto do

Márcia Rangel, esposa do pastor Rawlinson (ao lado), Noemia Rocha e Valter Campagnolo

Estado quanto da Igreja. Tem dirigido seminários, palestras e cursos sobre Cosmovisão Bíblica e Política ao redor do país e em outras nações, enfocando o modelo bíblico de construção da sociedade. A vereadora Noemia Rocha, responsável pela indicação, teve seu primeiro contato com o trabalho executado pelo pastor através da mensagem “O Coração Cidadão do Cristão”*, por ocasião das comemorações oficias do aniversário da cidade de Curitiba, e ficou impactada pelo conteúdo da cosmovisão bíblica e as questões políticas. A partir dai, passou a acompanhar mais o trabalho do pastor e decidiu dar reconhecimento ao seu trabalho.

Nas palavras do pastor Rawlinson, “A Bíblia, além de ser a nossa regra de fé e conduta pessoal, é também, fundamentalmente, o manual do Senhor para a construção de sociedades justas, pacíficas, felizes e prósperas”. Partindo deste conceito, uma série de conceitos sociais e políticos, pré-estabelecidos como verdades, são confrontados pela Palavra de Deus. Conceitos como Democracia, seu surgimento e sua história segundo a Bíblia; o modelo de organização social alicerçado biblicamente nas quatro Instituições Primárias; a execução da justiça e não simplesmente o cumprimento da lei; e o valor sociopolí-

tico dos Dez Mandamentos, por exemplo, são apresentados como respostas milenares aos problemas e conflitos vividos pelas nossas cidades neste tempo. Por fim, diz o pastor Rawlinson, “A Cosmovisão Bíblica busca interpretar nossa realidade à luz dos valores e princípios bíblicos, a fim de vivermos, como sociedade, conforme os padrões divinos que moldaram o nosso mundo e que trouxeram à luz os valores de igualdade, justiça e liberdade, ao longo da história”. * Disponível em: http:// www.ibb.org.br/midia/ cultos-gravados/item/56020032016-ma

União Missionária de Homens Batistas realiza II Congresso da CONBASMA Fonte: Site da Convenção Batista Sul-Maranhense

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União Missionária de Homens Batistas realizou entre os dias 25 a 27 de novembro de 2016 a segunda edição do Congresso de Homens da Convenção Batista Sul-Maranhense (CONBASMA) na Primeira Igreja Batista de Estreito - MA. Os preletores foram: pastor Gilvan Barbosa, da Primeira Momento de louvor e adoração Igreja Batista de Teresina, Nova diretoria tomou posse no Congresso pastor Oswaldo Theodoro, da Igreja Batista Porta For- Elismarques Almeida, de Na ocasião, foi empossada de 2017, com o irmão Obe- Batista de Imperatriz, para a mosa, e também o pastor Imperatriz-MA. a nova diretoria para o ano de Costa, da Primeira Igreja presidência da organização.


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ponto de vista

Departamento de Ação Social da CBB

Série: Filosofia de responsabiidade social da CBB

20 anos do documento: filosofia de responsabilidade social da CBB

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á 20 anos, em 1997, na Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) em Salvador, era aprovada a Filosofia de Ação Social da CBB e revisada no ano de 2013, em Aracaju, quando passou a ser denominada de Filosofia de Responsabilidade Social da CBB (disponível em: http://www.batistas. com/portal-antigo/images/ acao_social/FILOSOFIA%20 DE%20RESPONSABILIDADE%20SOCIAL%20DA%20 CBB%20-%20012013.pdf). Dada sua importância e em comemoração à data histórica, faremos uma série de artigos sobre seu conteúdo. Iniciaremos reportando ao documento que lhe serve como base: a Filosofia da CBB (disponível em http:// www.batistas.com/institucional/nossa-filosofia). A Filosofia da CBB foi aprovada na Assembleia de Aracajú, em 1994, e pretende fundamentar todo o trabalho denominacional. Por ter essa

pretensão, foi “Constituída a partir da Declaração Doutrinária”, aprovada em 1985. Como era para ser, os documentos Batistas encontram-se hierarquicamente interligados: a Declaração Doutrinária, mais importante, depois, a Filosofia da CBB e, por fim, a Filosofia de Responsabilidade Social da CBB. No item 4.5 da Filosofia da CBB encontra-se o que constitui a ação social cristã, ao afirmar que ela “Expressa e busca cumprir os propósitos do Reino de Deus na sociedade, com o objetivo de propiciar condições para a plena realização da pessoa em relação a si mesma, ao próximo, à natureza e a Deus”. Ou seja, não há nenhum aspecto do fazer humano que esteja distante do interesse de Deus. A Igreja é conclamada a agir na proclamação de Jesus como verdade de Deus e na expansão dos valores evangélicos na sociedade. O documento ressalta que essa compreensão advém dos

claros ensinos bíblicos que assentam no amor o modo como Deus se relaciona com sua criação e como o cristão deve fundamentar o seu modo de pensar, sentir e agir no mundo. O desdobramento evidente do amor levará o cristão a proclamar Jesus, bem como a agir para amenizar desigualdades, socorrer sofridos e desfazer as estruturas da injustiça. Nesse particular, a Filosofia da CBB define expressamente como um de seus objetivos, “Transformar a sociedade e suas estruturas”. Afinal, sem mudança nas estruturas a perpetuação da injustiça será inevitável. Outro objetivo envolve o desenvolvimento de uma consciência de responsabilidade social entre os cristãos, Igrejas e estrutura denominacional. Quais as possibilidades de mudança das estruturas de perpetuação da injustiça, apontadas pelo documento? Eis os caminhos apresentados: “1. Força da proclamação do Evangelho e do tes-

temunho; 2. Influência junto às instituições existentes que atuam nas áreas de repercussão social; 3. Participação nas reformas das estruturas necessárias à evolução social, moral, educacional e econômica da população; 4. Atuação nas causas profundas que determinam a existência de injustiças e sofrimentos na vida dos brasileiros; 5. Influência junto aos poderes públicos, em especial o legislativo, com o objetivo de criar leis e instituições necessárias à consecução dos objetivos do bem-estar social e da justiça; 6. Utilização dos meios de comunicação em geral para opinar sobre questões significativas relativas à ação social, buscando assim influir na opinião pública, tornando conhecido o pensamento dos Batistas.” A Filosofia da CBB ensina que como povo cristão precisamos: “1. Identificar e tratar as circunstâncias que impedem o homem de alcançar padrões econômicos e sociais compatíveis com a sua digni-

dade; 2. Colher elementos e elaborar dados referentes a problemas ou disfunções que estejam a exigir reformas das estruturas e sistemas sociais e 3. Criar condições para a participação consciente de indivíduos, grupos, comunidades e populações nas mudanças que se revelarem necessárias”. Como Batistas, afirmamos nosso compromisso de buscar evidenciar o Amor de Deus, proclamando a verdade da salvação, realizando atos de misericórdia para minorar o sofrimento e opondo-se contra todas as estruturas injustas em nossa sociedade. Cabe perguntar: estamos sendo fiéis? Buscamos proclamar a verdade da salvação? Realizamos atos de misericórdia aos sofridos do mundo? Nos opomos com clareza às injustas estruturas perpetuadoras da pobreza em nossa sociedade? Como nos ensinou Tiago, “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”.

Graças a Deus; louvado seja! E disse mais; Eu venho como estou; usa-me! Salve a minha alma...Ela é tua; É teu o meu coração! Quando o menino veio apressado, esbaforido, trazer a notícia E aquele menino ficava gritando e dando só aleluias Deus seja louvado: bendito seja o Seu nome! Estava suado, com a mão no seu peito; estava cansado Porque o seu pai tinha blasfemado contra Deus Mas muito feliz, realizado, todos perceberam A sua alegria no rosto estampada, quando falava, dizendo: Inconsequentemente, porque, infelizmente, Ele não gostava que lhe falassem de Cristo Cheguei da Igreja onde meu pai foi batizado Porque expulsava os crentes da sua casa e dizia E confessado publicamente que meu Jesus Que não adiantava tentar convencê-lo que veio para salvá-lo Era o seu Senhor e seu Salvador! Para tirá-lo das trevas em que se encontrava a sua alma... Ele confessou ser um pecador e pediu perdão Pelos seus pecados e que acreditava que Jesus tinha II Ressuscitado no terceiro dia após Sua morte Quem tinha ouvido tão grata notícia E que tinha voltado pro céu para ficar com seu Pai Acharam que era uma grande graça; grande livramento O nosso Deus, o Criador do céu e da terra Pra sua família que não mais suportava o sofrimento O Onipresente; o Onipotente; o Onisciente De ter em casa aquele homem tão violento Que amou o mundo de tal maneira Que não gostava da santa Palavra de Deus Que deu Seu filho unigênito, para que todo aquele Que estava contida na Bíblia Sagrada Que nele cresse não perecesse E que tinha uma passagem que nos alertava, dizendo: Mas que tivesse a vida eterna! D’Israel (Israel Pinto da Silva), membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, colaborador de o JB


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ponto de vista

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Essa tal autonomia... Uma reação ao artigo do pastor Lourenço Stelio Rega

Alonso S. Gonçalves, pastor um dos principais anseios de da Igreja Batista Central em um autor, algumas questões chamam atenção no texto Pariquera-Açu - SP de Rega: - O autor fundamenta a autonomia da Igreja local e sua autonomia da Igreja local a relação com a de- partir do Novo Testamento nominação. Vez e para isso dá inúmeras reou outra o assunto surge ferências, principalmente no nos meios de comunicação livro de Atos dos Apóstolos; - Chama atenção para a tada denominação, especialmente em O Jornal Batista. refa cooperativa, presente na Essa relação, defendida pela realidade das Igrejas primitimaioria, se dá a partir da co- vas neotestamentárias, sendo operação denominacional. uma necessidade premente Há quem não goste muito para a continuação de prodessa “tal autonomia” e pro- jetos comuns às Igrejas hoje; - Procura dissuadir da ideia pague uma espécie de “intervenção” denominacional de que “autonomia” é sinôna Igreja local quando julga nimo de “independência”. necessária, com ou sem con- Para isso, lembra do trabalho sentimento. Como o sistema de Edgar Morin como um Batista se fundamenta em dos principais teóricos da alguns princípios, isso não Teoria da Complexidade. seria possível, mesmo com Trazendo o filósofo francês, manobras estatutárias, dan- o autor quer dar balizamento do uma impressão de que filosófico ao que está proa denominação dispõe de pondo, ou seja, dizendo que certos mecanismos de inge- no atual contexto, o isolamento traz malefícios e não rência na Igreja local. Bom, dessa vez o pastor benefícios ao todo. A partir disso, o autor traz a Lourenço Stelio Rega (doutor em Ciência da Religião pela figura da Convenção, dando PUC-SP e diretor-geral da a entender que não se trata Faculdade Teológica Batista apenas da Convenção Batista de São Paulo), na sua Coluna Brasileira (nível nacional), semanal neste veículo, traz o mas também da Convenção assunto quanto a autonomia Estadual (nível regional), da Igreja local e sua inter- quanto a relação autonomia dependência (11.12.2016 - e interdependência (lê-se Estudos sobre a Igreja (15): a autonomia da Igreja local Igreja como comunidade au- e interdependência com a tônoma e interdependente). Convenção). Com isso, o autor expliÉ sempre bom tocar nesse assunto, principalmente porque cita: “A Convenção é a sohá uma necessidade de se lução que as nossas Igrejas compreender os fundamen- Batistas têm para a realizatos da tradição Batista quanto ção das nossas aspirações ao seu modo de subsistência. comunitárias”. Será mesmo? Com o intuito de ampliar o Se pensarmos no aspecto debate, porque esse deve ser missionário nas esferas mun-

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dial e nacional, isso pode se configurar uma realidade, uma vez que a atividade missionária no contexto Batista tem um forte apelo. Mas quando o autor traz “aspirações comunitárias” ele não pode estar falando apenas no aspecto da Igreja local, uma vez que a Convenção não se projeta para dentro dos muros de uma Igreja local, mas sim para além dos seus muros. Se for assim, essa afirmação de que ela (a Convenção) é a “Realização das nossas aspirações comunitárias” não se sustenta. É sabido que há Igrejas com uma autonomia financeira e logística que realizam trabalhos voltados para o seu contexto imediato (bairro, cidade e estado e, até mesmo, países) que, em nada, dependem de recursos da Convenção. O contrário é perceptível: são essas Igrejas que, cooperantes, sendo que algumas não são, sustentam projetos denominacionais financeiramente. Além disso, não é novidade alguma, que a administração das convenções, como também da CBB, enfrenta dificuldades financeiras por, entre outros fatores, má gestão e decisões equivocadas em conselhos e reuniões deliberativas que formam um painel de discussões sem objetivos claros e previamente definidos. O autor não menciona, em relação as Igrejas do Novo Testamento, de que a cooperação acontecia entre Igrejas. Portanto, não havia um controle exercido por algum centro homogêneo como quer ser as instituições. Não

por acaso que as Igrejas neotestamentárias enfrentaram conflitos quanto a gerência eclesiástica. Por essa razão, os Batistas não dispõem de um órgão centralizador hierárquico que detém o poder de decisão monocrático. Infelizmente, a Convenção insiste em ser “Igreja”, não sendo. Ela se constitui em uma Organização para-eclesiástica. A rigor, ela não deveria possuir nem mesmo uma Declaração Doutrinária, mesmo com o discurso de que expressa a “vontade” da maioria dos Batistas brasileiros. Como bem frisa o autor, “Não podemos aplicar à Convenção e a toda sua estrutura, princípios eclesiológicos que, por sua própria origem e natureza, só podem ser aplicados à Igreja local”. Mas, na prática, não é isso que se verifica. Ela funciona como uma “Grande Igreja” que detém o controle do discurso correto seja ele doutrinário, moral ou político, entendendo que cabe a ela (a Convenção) decidir quem fica e quem sai. Mesmo a Filosofia da CBB dizendo qual é a sua real finalidade, ou seja, a “Convenção Batista Brasileira resulta da reflexão que os Batistas brasileiros fazem sobre os princípios bíblicos que sustentam a existência, a natureza e os objetivos da Convenção, como entidade que: (a) Promove o inter-relacionamento fraterno e cooperativo das Igrejas a ela associadas; (b) Apoia o fortalecimento e a multiplicação das Igrejas; (c) Se interessa pelo progresso e crescimento espiritual e

social dos membros das Igrejas; (d) Respeita a autonomia das Igrejas cooperantes; (e) Administra zelosamente as entidades e instituições que cria, às quais atribui a execução de seus objetivos, programas e determinações; (f) Obedece aos padrões bíblicos de relacionamento com a sociedade, o Estado e outras Igrejas”. Essas deveriam ser suas razões exclusivas. É importante salientar de que a Declaração Doutrinária não está elencada na abertura do texto-base da “Filosofia da CBB”. O autor, que vem se especializando em “Planejamento Estratégico” em relação à Convenção, aliás, tema que trabalha desde a década de 1990, é enfático em afirmar que “Os princípios que temos que aplicar a esta estrutura, portanto, localizam-se no campo da gestão estratégica e não no campo eclesiológico, mesmo porque os Batistas não têm uma hierarquia eclesiástica”. Seria salutar se isso fosse comprobatório! Se a Convenção quer ser a mobilização das Igrejas com estratégias definidas, ela não pode insistir em ser “Igreja”. Se o alcance da Convenção não chega ao “campo eclesiológico”, a sua função não contempla a pretensão de “fiscalizar” e “punir” Igrejas que não estejam dentro da sua idealização de “Igreja”, cabendo outros fóruns e espaço para isso, sempre tendo a reflexão bíblica e os Princípios Batistas como mecanismo legitimador de diálogo e cooperação.



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