Comercio em Ação - Julho/Agosto de 2013

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REVISTA

Fabriciano: lojas precisarão de “Habite-se” para o alvará Jantar ao Contabilista: evento no Metropolitano repete sucesso

Uma publicação do Sindcomércio Vale do Aço Ano 3 • Julho/Agosto de 2013

Mais tempo para as compras Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal já têm horário especial definido


Nova 381 – Vamos mudar a história?

Depois de longa espera parece que finalmente será duplicada, mas depende de muitos detalhes e da participação do público em geral.

Revirando a história do Vale do Aço quando nos referimos à BR-381 podemos nos lembrar de um compêndio de fatos de acidentes e mortes. Com certeza nos lembraremos de algum amigo, conhecido ou parente cuja vida foi ceifada nesta rodovia de horror. Existe um déficit na reconstrução desta estrada de mais de trinta anos, obra prometida pelos governadores Aureliano Chaves, Tancredo Neves, Itamar Franco, Newton Cardoso, Eduardo Azeredo e Aécio Neves. Nenhum deles foi capaz de vencer os obstáculos da burocracia e da vontade política. Fato é que as promessas se perderam no tempo. Durante décadas esta rodovia é denominada e conhecida como ‘Rodovia da Morte’ – sinônimo de acidentes, medo e catástrofes. Atraso no desenvolvimento e perdas incalculáveis para empresas, empresários e cidadãos de todo Vale do aço. Nenhum governante ou político se empenhou o suficiente nas últimas décadas para tirar este sonho das fumaças de promessas políticas eleitoreiras. Que importância teria para eles (políticos) a duplicação da BR-381? Talvez nem na época que prometeram tivessem noção da importância para o Estado como via de distribuição de produtos e serviços, desenvolvimento de todos os municípios que de certa forma margeiam a estrada. Com certeza nunca sentiram os baques, buracos, curvas assassinas... Duvido muito que tenham transitado nela de automóvel ou ônibus! No entanto, depois de longa espera, parece que finalmente será duplicada, mas depende de muitos detalhes e da participação do público em geral. Por exemplo, para você caro leitor da Revista COMÉRCIO EM AÇÃO participar, é necessário o seu voto. Desta vez vamos fazer valer a força do povo, vamos mudar esta história de terror. Agora não é voto para a eleição, mas um voto participativo! Um voto na duplicação da BR-381, que somados ao meu e de milhares de outras pessoas que estão votando, conseguiremos este anseio, sonho, reclame e desejo de vermos a “Rodovia da Morte” ser transformada em “Rodovia da Vida e do Desenvolvimento”. Participe agora mesmo! Entre no site www.nova381.com.br, faça seu cadastro com seu CPF e diga ‘SIM’ para a duplicação. Este sonho também é seu! Boa Leitura! José Maria Facundes Presidente do Sindcomércio

Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço TIMÓTEO

CORONEL FABRICIANO

IPATINGA

3849.4490 3842.2040 3821.9020

• Jornalista responsável: Emmanuel Franco • Equipe de planejamento e coordenação: Camila Magalhães, Dário Barbeto, Ricássia Perdigão, Carlos Souto e Tiago Barcelos • Fotos: Emmanuel Franco • Colaborador: Paulo Sérgio de Oliveira

• Revisão: Graça Castro • Diagramação, Fotolito e Impressão: Gráfica Art Publish • Tiragem: 7.000 exemplares


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Dia dos Pais:

bom atendimento e mix de produtos são alguns dos diferenciais para os empresários O Dia dos Pais abre o calendário de datas comemorativas do segundo semestre. O segundo domingo do mês de agosto é o momento para os filhos prestarem suas homenagens aos pais. A época pode ser mais uma oportunidade para o comércio de bens, serviços e turismo, e para alcançar boas expectativas e atrair os clientes, os empresários utilizam estratégias diversificadas. Pode ser considerada como a quarta ou quinta melhor data para o varejo, ao lado do Dia das Crianças. Porém, não pode ser lembrada apenas pelos presentes, pois o Dia dos Pais, assim como o Dia das Mães, foi criado praticamente com a mesma

finalidade: fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida. A transformação do papel paterno, que deixou de ser apenas o provedor da família para se tornar mais presente no convívio com os filhos, faz o Dia dos Pais crescer em importância no calendário do varejo. Além disso, outro fator que pode impulsionar as vendas é o avanço feminino no mercado de trabalho. A percepção no varejo é que as mulheres passaram a ser responsáveis pelo pagamento da maior fatia das compras. Para aproveitar as oportunidades da data, o importante é refor-

Assim como em outras datas comemorativas, as ações de marketing são primordiais para aproveitar o apelo emotivo e concretizar as expectativas positivas.

çar o ambiente e a experiência de compras, por meio da combinação de estoques, interação de equipes, canais de comunicação e preços. Há de se levar em consideração a predisposição do consumidor em optar por presentes condizentes com o orçamento. Os filhos não deixarão de presentear, mesmo que seja com produtos de menor valor. A percepção é de otimismo, ratificado pelo baixo desemprego, aumento da formalização e renda do trabalho e acesso facilitado ao crédito, inclusive com juros menores que anos anteriores. Porém, a inflação e o endividamento continuam preocupando os consumidores e os empresários. Nesse contexto, a tendência é de cautela, com clientes mais seletivos e exigentes na hora de adquirir o presente para o pai. Os empresários precisam utilizar algumas estratégias de vendas. Assim como em outras datas comemorativas, as ações de marketing são primordiais para aproveitar o apelo emotivo e concretizar as expectativas positivas. Entre as ações planejadas para estimular as vendas, a diversificação do mix de produtos, as promoções, as vitrines elaboradas, o bom atendimento por meio da capacitação da equipe de trabalho e o preço justo são fundamentais para potencializar os negócios. A competição acentua-se nesse período, portanto, o diferencial é estar preparado para atender o consumidor, que, por sua vez, está atento às opções de produtos, preços, condições de pagamento e possíveis benefícios. A criatividade e a inovação podem ser diferenciais para agradar aos consumidores e aos pais. Gabriel de Andrade Ivo Economista da Fecomércio MG


Comércio na Av. 28 de Abril, em Ipatinga

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Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal já têm horário ampliado Consumidores terão mais tempo para as compras O Comércio do Vale do Aço funcionará em horário especial nos dias que antecedem o Dia dos Pais, o Dia das Crianças e o Natal. Após intensas rodadas de negociações, o Sindcomércio e os sindicatos que representam os empregados em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo firmaram as Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) definindo que o expediente será ampliado nas três datas, sendo que os funcionários terão direito às devidas compensações. As CCTs foram assinadas em junho. Como acontece tradicionalmen-

te, o Dia dos Pais será celebrado no segundo domingo do mês de agosto, dia 11. Na sexta-feira (9), as lojas vão funcionar até mais tarde, das 9h às 20h, assim como no sábado (10), quando o horário será das 9h às 17h. Na véspera do Dia das Crianças, dias 10 e 11 de outubro, quinta e sexta-feira, respectivamente, o Comércio vai abrir às 9h e fechar às 20h.

Natal Já no Natal o funcionamento das lojas será estendido em oito dias. De 16 a 20 de dezembro, segunda à sex-

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ta-feira, o expediente do Comércio será das 9h às 20h. No dia 21, sábado, as lojas funcionam das 9h às 18h, enquanto na segunda-feira (23), abrem das 9h às 21h – com exceção de Coronel Fabriciano e Timóteo, onde os estabelecimentos fecharão uma hora mais cedo. No dia 24, terça-feira, ficou negociado que o Comércio funcionará das 9h às 18h.

Diretrizes Em Ipatinga, Fabriciano e Timóteo, nos dias em que houver prorrogação da jornada de trabalho, os empregados terão duas horas de intervalo para repouso e refeição, com exceção dos sábados e do dia 24 de dezembro, quando o intervalo será de uma hora. Para as compensações das horas extras trabalhadas, os comerciários de Ipatinga serão igualmente divididos em turmas A e B. A primeira parte folgará nos dias 26 de dezembro e 5 de março (Quarta-feira de Cinzas). Nos dois dias o comércio funcionará das 13h às 19h. Já a turma B folga nos próximos dias 16 e 17 de agosto. As duas turmas não trabalharão nos dias 2, 3 e 4 de março (Carnaval). Em Coronel Fabriciano e Timóteo, o sistema de compensações funcionará de maneira diferente. Não há divisão de turmas A e B, sendo que todos os comerciários trabalharão das 14h às 18h no próximo 26 de dezembro. Os empregados folgarão integralmente em 2 de janeiro, 3 e 4 de março de 2014. Ainda trabalharão em meio expediente no dia 5 de março, das 14h às 18h. A CCTs, que estão disponíveis em www.sindcomerciova.com.br, não abrangem supermercados, açougues, casas de carne, mercearias, varejões, hortifrutis, sacolões, lojas de materiais de construção, autopeças e similares, casas de noivas, de doces e materiais para a festa.

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HORÁRIO DO COMÉRCIO

DIA DOS PAIS

Ipatinga, Fabriciano e Timóteo HORÁRIO DATAS 09/08/2013 (6ª feira)

9h às 20h

10/08/2013 (Sábado)

9h às 17h

HORÁRIO DO COMÉRCIO

DIA DAS CRIANÇAS Ipatinga, Fabriciano e Timóteo HORÁRIO DATAS 10/10/2013 (5ª feira)

9h às 20h

11/10/2013 (6ª feira)

9h às 20h

HORÁRIO DO COMÉRCIO

NATAL

Ipatinga, Fabriciano e Timóteo HORÁRIO DATAS às 20h 16 à 20/12/2013 (2ª à 6ª) 9h 9h às 18h 21/12/2013 (Sábado) 9h às 21h* 23/12/2013 (2ª feira) 9h às 18h 24/12/2013 (3ª feira) *Em Fabriciano e Timóteo as lojas fecharão às 20h.


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Sindcomércio só negociou após pesquisa com 465 comerciantes Nada menos que 465 empresários instalados no Comércio de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo foram entrevistados pelo Sindcomércio Vale do Aço no mês de abril. O objetivo foi conhecer a vontade dos comerciantes para cinco datas comemorativas: Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal. Através de um amplo questionário foi possível saber quando e em quais horários os empresários desejavam abrir suas lojas em expediente ampliado e,

ainda, qual o melhor momento para seus empregados compensarem as horas extras. E foi com esses dados em mãos que os representantes do Sindcomércio foram para a mesa de negociação com os dirigentes dos sindicatos laborais das três principais cidades da região, definindo o horário de funcionamento das lojas para as principais datas comemorativas do ano (Veja na Página 5). “A pesquisa que realizamos

com os 465 lojistas é inédita no interior de Minas. Os dados colhidos por nós foram de fundamental importância para que pudéssemos ir amparados para as negociações, de maneira a atendermos integralmente o anseio do comerciante. Vale ressaltar que não entrevistamos funcionários, vendedores ou gerentes, uma vez que tivemos o cuidado de fazer as perguntas diretamente ao empresário”, afirma José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio. Datas como o Natal, o Dia das Mães e o Dia dos Namorados movimentam, praticamente, todos os segmentos do comércio varejista. “A renda em elevação, a queda nos juros e as deJosé Maria Facundes, presidente do Sindcomércio Vale do Aço

Lojas movimentadas em Coronel Fabriciano


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Consumidores no Centro de Timóteo

sonerações tributárias são fatores positivos que deixarão os lojistas do Vale do Aço otimistas para o 2º semestre”, diz José Maria Facundes, que aconselha: “Assim mesmo, o comerciante não pode deixar de buscar ações para potencializar as oportunidades de negócios geradas pelas datas comemorativas.”

A pesquisa A “Pesquisa de Opinião do Comércio Varejista – Datas Comemorativas 2013” foi “quantitativa e baseada em amostra do tipo probabilística”. Foi abordado o grau de impacto das datas comemorativas em cada comércio, sendo que o Natal movimenta 89% das lojas. As três principais datas comemorativas do Comércio ainda são, em ordem, o Natal, o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. “Os investimentos têm que ser direcionados ao bom atendimento, preço, prazo e facilidade de acesso ao crédito, como formas de estimular e atrair os consumidores aos estabelecimentos”, sugere Facundes. Foram feitas perguntas como: “Dentre os dias que antecedem o Dia dos Pais, quais acha que necessitarão de horário diferenciado ou estendido?”; “Em sua opinião, quais os melhores horários de funcionamento para estes dias?”.

O objetivo foi conhecer a vontade dos comerciantes para cinco datas comemorativas: Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal


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Local: Ipatinga Data: 26 a 30 de agosto, de 19h às 22h. Público-alvo: empresários, gerentes, vendedores e todos aqueles que trabalham com o Comércio. Realização do Sindcomércio em parceria com o Sebrae.

Local: Ipatinga Data: 17 de julho, de 19h às 22h. Público-alvo: aberto a todos que queiram desenvolver seu currículo profissional (Acima de 18 anos) Realização do Sindcomércio em parceria com a Humanizar Gestão de RH.

OUTRAS INFORMAÇÕES: 31.3842.2040 - 3821.9020 - 3849.4490 contato@sindcomerciova.com.br


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CORONEL FABRICIANO Av. Magalhães Pinto, 33, Centro 3842-2040

TIMÓTEO Av. Almir de Souza Ameno, 75 Sala 207. Funcionários 3849-4490


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Centro comercial de Timóteo: estabelecimentos comerciais que ainda não renovaram seus alvarás de 2013 estão sendo visitados

Prefeitura recadastra empresas

A não renovação dos alvarás pode gerar multa, esclarece Secretaria Municipal da Fazenda A Prefeitura de Timóteo está convocando as empresas para a atualização de seus dados cadastrais junto ao município. A iniciativa será necessária para a renovação do alvará de funcionamento a partir do ano que vem em atendimento à legislação estadual, que exige laudo criterioso do Corpo de Bombeiros para a liberação do funcionamento das empresas. A Administração Municipal informa que a exigência do estado existe desde 2008, quando a Prefeitura passou a cobrar a documentação das novas empresas. As empresas já existentes, no entanto, tinham a renovação automática de seus alvarás, o que não será mais feito, segundo o

Departamento de Receitas, da Secretaria Municipal da Fazenda.

Vistorias A diretora do Departamento de Receitas, Ívia Marcelli, ressalta que

Quanto mais cedo as empresas renovarem seus laudos, menos problemas terão para tirar o alvará do ano que vem.

os laudos dos Bombeiros têm validade de cinco anos, mas após esse período, os estabelecimentos têm que renovar as vistorias. “Esses laudos são necessários para que os estabelecimentos possam funcionar”, lembrou Ívia. Ela esclareceu que a não renovação dos alvarás pode gerar multa e até o fechamento das empresas. Embora a atualização seja obrigatória somente para 2014, a renovação é sugerida para este ano a fim de se evitar filas quando forem exigidas. “Quanto mais cedo as empresas renovarem seus laudos junto aos bombeiros e seus cadastros na Prefeitura, menos problemas terão


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para tirar o alvará do ano que vem”, finalizou.

Documentação As empresas deverão apresentar a seguinte documentação: Contrato Social e alterações, CNPJ e Inscrição Estadual e documento fornecido pelo Corpo de Bombeiros (Declaração de Isenção do Auto de Vistoria, Certificado de Funcionamento ou Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). O prazo para a renovação cadastral vai até dia 28 de fevereiro de 2014. Esclarecimentos acerca da documentação do Corpo de Bombeiros no site: http://www.bombeiros. mg.gov.br/regularize-a-sua-edificaao.html ou no Departamento de Receitas, pelos telefones 3847-4739 e 3847-4727.

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Fiscais notificam estabelecimentos por falta do alvará de 2013 A Prefeitura informa que está visitando os estabelecimentos comerciais da cidade que ainda não renovaram seus alvarás de funcionamento de 2013. Os estabelecimentos estão sendo notificados pelos fiscais do Departamento de Receitas com vistas à renovação de suas licenças. Segundo o Departamento de Receitas, os fiscais já entregam as guias com as taxas devidas para a renovação. Os estabelecimentos são, primeiramente, notificados sobre a necessidade de renovação. Caso não regularizem os pagamentos e a renovação do alvará, ficam sujeitos a multas e, em último caso, a fechamento.

Refis Junto com as guias do alvará, os ficais estão alertando os estabelecimentos que estão inscritos na dívida ativa municipal. A própria guia traz a informação se a empresa está em débito com a receita municipal e convida os empresários a procurar a Prefeitura para renegociarem suas dívidas. A Prefeitura informa aos interessados que o programa de Regularização Fiscal (Refis) teve prazo prorrogado até o dia 16 de agosto. O Refis oferece descontos nos juros e multa que vão até 90% e parcelamento em até 24 meses para o pagamento dos débitos. Informações pelos telefones 3847-4739 e 3847-4727.

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Facebook torna-se aliado do Comércio Site tem ajudado empresários a alavancar vendas e expor seus produtos para milhares de pessoas Rede social de maior popularidade na Internet, o Facebook se tornou uma das mais úteis ferramentas de divulgação utilizada por comerciantes em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. Explorado por grande parte dos lojistas da região, sobretudo os varejistas, o site tem ajudado empresários a alavancar vendas e expor seus produtos para milhares de pessoas. Poucas lojas ainda não possuem uma “Fanpage” no site. Quem ainda não a criou, deve fazê-lo o quanto antes, afirmam especialistas. Proprietários da loja Audácia,

localizada na Rua Ponte Nova, no Centro de Ipatinga, Arianny Beverllin e Abílio Maurício são exemplos de como o lojista pode aproveitar a rede social para atrair clientes. “Sou empresária há seis anos e utilizo o Facebook há quatro. Nossa página é atualizada praticamente todos os dias: publicamos fotos das novas coleções ou de roupas em promoção. Sempre temos produtos diferentes para postar de maneira a chamar a atenção dos nossos clientes cativos, e também daqueles que ainda não conhecem a loja”, conta Arianny,

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Ao lado da funcionária Stefanny (à esquerda), Arianny Beverllin e Abílio Maurício são exemplos de como o lojista pode aproveitar a rede social para atrair clientes


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lembrando que a Audácia é especializada em moda feminina e está instalada há quatro anos no Centro. Antes, a loja funcionava no Bairro Caçula. A comerciante relata que chega a atender pedidos de fora do Brasil. “Temos clientes nos Estados Unidos e na Itália que compram nossas roupas através do Facebook. Também já vendemos para pessoas em outros estados, como Mato Grosso do Sul e Maranhão, além de outras cidades aqui em Minas Gerais. A gente não envia pelo Correio, mas entrega a familiares. Isso tem dado muito certo”, explica, informando o endereço da loja na rede social: www.facebook. com/audaciaroupas.

Divulgação Arianny está no comércio há 16 anos, pois antes de se tornar empre-

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sária, trabalhou como vendedora. Ela explica melhor como acontece a divulgação via rede social: “Tiramos fotos dos manequins com as roupas e publicamos no Facebook. Também colocamos imagens da minha sobrinha, que é modelo e tem sido fotografada com nossas coleções.” Além de fotos da modelo e dos manequins, também são usadas imagens dos sites oficiais das marcas vendidas na Audácia, bem como de artistas usando os modelos. A proprietária da loja revela que tem buscado utilizar tudo que a rede social oferece. “Temos explorado ao

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máximo as ferramentas do Facebook, como convites e eventos, sobretudo nas semanas que antecedem as datas comemorativas. Fico o dia inteiro no bate-papo atendendo clientes, que perguntam preços, tamanhos e modelos, por exemplo”, diz Arianny, para acrescentar. “É comum eu postar a foto de alguma roupa pela manhã e, já à tarde, alguma cliente vir comprar.”

Agito! Martha Gaudereto é dona da loja “Agito!”, situada na Rua 15 de Novembro, no Centro de Timóteo,

Martha Gaudereto (blusa listrada) e a equipe da Loja “Agito!”, em Timóteo: é comum clientes fazerem perguntas pelo bate-papo do Facebook pedindo informações sobre os produtos disponíveis


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e também usa o Facebook como ferramenta de divulgação de seu negócio. “Há dois anos estamos no ‘Face’... A nossa página é atualizada diariamente, às vezes para postar nossas roupas e coleções ou também para comentar e curtir a publicação dos amigos e clientes”, afirma a comerciante. Assim como outros lojistas fazem, Martha publica fotos das peças nos manequins e também utiliza imagens feitas pelas marcas com as quais trabalha. “Usamos as postagens dos nossos fornecedores e fotos tiradas dentro da loja. O desempenho melhorou depois que começamos a usar o Facebook, uma vez que conquistamos novos e diferentes clientes”, comenta. Além da rede social, a empresária informa que também envia e-mails para os clientes avisando sobre eventos e promoções da loja. “Ainda estamos engatinhando, mas esperamos, em breve, agilizar mais nossos contatos online”, ressalta Martha. A “Agito!” ainda possui um site muito bem estruturado. Martha acrescenta que é comum clientes fazerem perguntas pelo bate-papo do Facebook pedindo informações sobre os produtos disponíveis. “Sempre querem saber os tamanhos e preços”, diz, para complementar: “A ‘Agito’ está no mercado há 21 anos. Portanto há também a demanda de clientes que se mudam da região e ainda querem ser atendidos por nós, uma vez que já conhecemos o gosto e estilo de cada um”. A comerciante lembra que no interior as lojas são mais diversificadas. “Trabalhamos com as marcas Cantão, Maria Filó, Farm, Redley, Ogochi e tantas outras. Nas gran-

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Fotos das novas coleções ou de roupas em promoção são divulgadas com ajuda de modelos des cidades normalmente é uma loja para cada marca. Já a ‘Agito’ têm um ‘mix’ de produtos muito extenso, pois atendemos desde adolescentes até a melhor idade, tanto masculino quanto feminino. Isto traz conforto e praticidade aos clientes que estão cada vez mais sem tempo”, avalia, para finalizar com o endereço da loja no Facebook: www.facebook.com/agito. homememulher.

Facebook Ter um perfil no Facebook é de caráter pessoal. Isso significa que empresas que o possuem estão infringindo os termos de serviço da rede social, podendo este perfil ser penalizado e removido pelo próprio Facebook. Além disso, os perfis no Facebook possuem um limite de até 5 mil amigos. Imagine se você conseguir atingir um bom número de amigos e da noite pro dia ter esse perfil removido? Então a lição neste caso é: se você quer que sua empresa faça parte do Facebook, não comece jamais por um perfil. No entanto, há uma maneira correta de presença corporativa dentro do Facebook. Comece por uma Fanpage, que existem exatamente para as empresas, negócios locais ou algum tipo de empreendimento, além de possuir muitas vantagens que um perfil não possui.


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Cursos

Palestras

Treinamentos

Recrutamento

Workshops

e Seleção

Atento com as constantes mudanças fiscais e tributárias, o Sindcomércio Vale do Aço tem qualificado empresários, empregados do comércio e contabilistas, propiciando oportunidades para as pessoas enriquecerem seus currículos e se atualizarem no mercado.


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Em Fabriciano, lojas precisarão de “Habite-se” para conseguir alvará Documento atesta se imóvel foi construído conforme as exigências estabelecidas pela prefeitura para a aprovação de projetos Em vigor desde 4 abril de 2013, o decreto 4.485 institui os procedimentos para a concessão de Alvará de Localização e Funcionamento em toda e qualquer organização que exerça atividades econômicas em imóveis situados em Coronel Fabriciano. No inciso 4º do Artigo 18, o Poder Executivo municipal decide que “fica estabelecido, e cientificado através do ‘Termo de Ciência e Ajuste’, a todos os contribuintes que já possuem Alvará de Localização e Funcionamento, e que, atualmente, estejam funcionando em imóvel que não possui ‘Habite-se’, deverão regularizar a situação do imóvel até

a renovação do respectivo Alvará de 2015, sob pena de não obter sua renovação e sofrer as devidas sanções por realizar suas atividades sem autorização”, o que tem provocado muitas discussões. A certidão do “Habite-se” é um documento que atesta que o imóvel foi construído conforme as exigências (legislação local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovação de projetos. Delegado do Conselho Regional de Contabilidade (CRC) de Coronel Fabriciano e Timóteo, Geraldo Eugênio de Oliveira, o “Ladico”, pondera que, antes de se exigir o “Habite-se”, é necessária uma análi-

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Estima-se que 90% do Comércio de Coronel Fabriciano funcione sem o “Habite-se”

Geraldo Eugênio de Oliveira, o “Ladico”, Delegado do Conselho Regional de Contabilidade


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se mais aprofundada. “Fomos pegos de surpresa com as novas exigências, uma vez que Coronel Fabriciano é uma cidade que precisa muito do Comércio. Posso afirmar, sem dúvidas, que 90% das lojas da cidade não tem ‘Habite-se’. Existem muitos imóveis antigos em nosso município e o prazo que foi dado para que todos se regularizem não é suficiente”, analisa Geraldo Eugênio. Para atividades econômicas de “baixo grau de risco”, será emitido pela prefeitura o Alvará de Funcionamento Provisório – com validade de 90 dias –, que permitirá o início da operação do estabelecimento imediatamente após o registro. “O conselho que a gente dá para empreendedores que vão abrir um novo negócio é procurar um imóvel que já tem o ‘Habite-se’, pois assim será possível conseguir o alvará para o ano todo. Quem já está estabelecido em um imóvel sem ‘Habite-se’ deve procurar regularização o mais breve possível”, orienta o delegado do CRC.

Reunião Geraldo Eugênio lembra que reuniu uma comitiva formada por representantes do Sindcomércio Vale do Aço, do Sindicato dos Contabilistas do Vale do Aço (Sincovale) e do Conselho Regional de Contabilidade (CRC) para ir até o vice-prefeito de Fabriciano, Bruno Torres, e discutir as nuances referentes ao decreto 4.485. “Formamos esse grupo e fomos até a prefeitura para verificar o que exatamente o decreto está exigindo. Reforçamos que é o Comércio que mantém a economia da cidade e não pode ser prejudicado”, afirma. O delegado do CRC ressalta que a maioria dos estabelecimentos comerciais, sobretudo os que ficam nos bairros, é de obras que não têm projetos assinados por um arquiteto ou engenheiro civil. “Antigamente era comum ver alguém comprar um lote, construir um prédio, montar um apartamento em cima e um ponto comercial embaixo. Agora, essa pessoa vai ter que procurar um arquiteto e registrar sua obra na prefeitura para pedir o ‘Habite-se’. Os gastos serão muitos e a prefeitura vai ter problemas se todos resolverem ir de uma vez com as plantas de seus imóveis até a Secretaria de Obras”, conclui Geraldo Eugênio. O decreto 4.485 está disponível no site www. fabriciano.mg.gov.br.

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Prefeitura esclarece como o comerciante deve proceder Com o objetivo de esclarecer algumas questões referentes ao decreto 4.485, a Revista COMÉRCIO EM AÇÃO entrou em contato com Aline Duarte, Gerente de Controle Urbano da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano de Coronel Fabriciano. COMÉRCIO EM AÇÃO - O que o comerciante já estabelecido em um imóvel que não possui “Habite-se” deve fazer para regularizar a sua situação e não enfrentar problemas na hora que for retirar o Alvará de Localização e Funcionamento? Aline Duarte - O proprietário deverá contratar um responsável técnico (arquiteto ou engenheiro habilitado pelo CAU ou CREA) para regularizar a situação da edificação no município, através do processo de Levantamento Arquitetônico e, se necessário, deverá fazer as devidas adequações no imóvel às exigências legais. C.A. - Como devem proceder aqueles que querem montar um negócio e alugaram um imóvel sem “Habite-se”? A.D. - Todos os comerciantes que pretendem exercer atividades de alto grau de risco deverão verificar a situação do imóvel antes da locação, uma vez que a liberação do Alvará de Localização e Funcionamento está condicionada a regularização do imóvel no município. C.A. - Como diferenciar atividades econômicas de baixo grau de risco e de alto grau de risco? A.D. - Compõe o Decreto Nº 4485/2013 o Anexo II que estabelece as atividades de baixo grau de risco e, o Anexo III, que lista as atividades de alto grau de risco. Lembrando que excluem das atividades de baixo grau de risco aquelas desenvolvidas em estabelecimentos com área igual ou superior a 200 metros quadrados ou com mais de dois pavimentos. C.A. - O lojista que não buscar regularização, ficar sem “Habite-se” e, consequentemente, sem alvará, está sujeito a quais penalidades? A.D. - O comerciante que exercer qualquer atividade irregular estará sujeito a multa, embargo da atividade e, por fim, a interdição do estabelecimento.


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Sucesso

repetido

"Sair do escritrio"  o desafio do profissional de contabilidade. Promovido pelo Sindcomrcio, jantar em homenagem  classe foi mais uma vez muito concorrido Mais de 200 profissionais de contabilidade, autoridades e comerciantes prestigiaram o Jantar em Homenagem ao Contabilista no mês de maio, no Hotel Metropolitano, em Coronel Fabriciano. O evento, que é uma realização do Sindcomércio, chegou à 5ª edição em 2013. “Mais uma vez o jantar foi um sucesso, sendo abraçado em massa pela categoria. É assim que notamos a importância de continuarmos promovendo ações para fortalecer a ‘relação empresário-contador’. Podemos dizer, com tranquilidade, que atingimos nosso objetivo, que foi o de promover um grande encontro de contadores para que a classe fique unida e atualizada’”, comemorou José Maria Facundes, presidente da entidade patronal. O ponto alto do encontro foi a palestra de Roberto Dias Duarte, que é autor de cinco livros, professor em cursos de pós-graduação e administrador de empresas com MBA. Ele abordou o tema “A Era da Gestão Tributária Colaborativa”, ressaltando a importância de os contabilistas estarem cada vez mais atentos com informações fiscais e tributárias.

“Hoje a gente vive em um gigantesco ‘Facebook Tributário’, no qual as empresas são obrigadas a divulgar informações de compras, vendas, estoques, receitas, pagamentos e apurações tributárias. E isso tudo é colocado para o Fisco através do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital)”, explicou o palestrante, para complementar: “Os profissio-

“Hoje a gente vive em um gigantesco ‘Facebook Tributário’”, afirmou Roberto Dias Duarte

Renato Nério Paviône, presidente do Sindicato dos Contabilistas do Vale do Aço


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nais de contabilidade, por sua vez, fazem esse processamento para as empresas e precisam receber essas informações com muita precisão e velocidade.” Roberto Dias Duarte destacou que “empresas e contabilistas precisam se unir e trabalhar de forma mais coerente e concisa”. “As organizações contábeis estão passando por uma grande transformação. Elas precisam se preparar através de planejamento e melhorias tecnológicas, além de buscar capacitação profissional para os novos desafios que têm aparecido. Por isso é fundamental que as empresas participem de eventos como o Jantar em Homenagem ao Contabilista”, afirma.

Cientista Classificado como “cientista da informação”, o profissional de contabilidade será cada vez mais requisitado, conforme analisa o palestrante: “Temos oito milhões de empreendedores no Brasil, legalmente constituídos, e outros 27 milhões ainda por se legalizar. Mais da metade da população brasileira quer empreender, ser dona do seu próprio negócio. Não existe empresa sem contabilidade, nem contabilidade sem empresa.

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Até o tráfico de drogas tem ‘contador’, como uma empresa não teria? Quem quer boa gestão e navegar nesse mar tributário e fiscal com segurança, precisa de uma bússola e informações para saber aonde vai. É a contabilidade que vai cumprir esse papel.” O palestrante ainda reforçou a importância de se entender “a organização contábil com uma empresa que também precisa de gestão e inovação”

Representante da classe Renato Nério Paviône, presidente do Sindicato dos Contabilistas do Vale do Aço (Sincovale), lembrou que o Jantar em Homenagem ao Contabilista já se tornou tradicional. “Vemos o Sindicato do Comércio sempre apoiando o profissional da contabilidade e causando essa integração, que é boa para o profissional e para o empresariado”, disse. Questionado sobre os erros cometidos pela categoria, Paviône comentou que o contabilista não pode se ater somente ao escritório e documentos. “É notório que o mundo está se tornando virtual, sendo que isto tem atingido diretamente as contabilidades e os empresários”,

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lembra, para concluir: “É necessária a busca incessante pela profissionalização, cursos e treinamentos. A gente tem que sair da inércia, uma vez que aquele esquema de trabalhar somente dentro dos escritórios, de não ter um conhecimento do negócio do cliente e das movimentações, não dá mais certo. Sair de dentro dos nossos escritórios e alcançar os clientes tem sido o maior desafio.”

Jantar A homenagem ao Contabilista foi uma iniciativa do Sindcomércio com apoio da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (FecomércioMG) e do Sebrae. Teve o patrocínio da gráfica Artpublish, do Garcia Supermercados e da Cooperativa Consul. Além da palestra e do jantar, ainda foram sorteados brindes durante o encontro.

O encontro no Hotel Metropolitano foi prestigiado em peso pelos contabilistas do Vale do Aço


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Comércio pioneiro e diversificado Em funcionamento há mais de 40 anos, a Casa do Sapateiro tornou-se uma das lojas mais tradicionais do Vale do Aço No Vale do Aço é difícil encontrar alguém que nunca comprou na Casa do Sapateiro. A tradicional loja, hoje com sedes em Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo, foi fundada em 1971 pelo empresário Raimundo Estevam Ferreira, o “Nô”, de 66 anos. Referência no segmento varejista, se tornou um dos estabelecimentos comerciais mais diversificados da região. É comum ouvir a seguinte resposta pelas ruas: “Eu não vendo, mas na Casa do Sapateiro tem”. “Nô”, um dos pioneiros no comércio do Vale do Aço, é o entrevistado do mês da seção “Bate-papo com o comerciante”. Sem interromper a corrida rotina da loja, ele recebeu a reportagem da Revista COMÉRCIO EM AÇÃO para uma tranquila e extensa entrevista. Enquanto dava trocos, recebia contas e observava atentamente a movimentação de clientes, em Fabriciano, o comerciante revelou – entre outras coisas – que por muito pouco não se tornou um metalúrgico. Confira a seguir!

Oriundo de Dom Silvério, Raimundo Estevam veio para Ipatinga em 1965 para tentar trabalhar na Usiminas


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COMÉRCIO EM AÇÃO – O sucesso da Casa do Sapateiro é notório e mostra como o Sr. conseguiu gerenciar bem a loja durante todos esses anos, passando por vários planos econômicos e crises. Há muito tempo a loja está consolidada é uma referência comercial, mas como foi o início da carreira como lojista? RAIMUNDO ESTEVAM - Sou natural de Dom Silvério, na Zona da Mata, e vim para Ipatinga em 1965 para tentar fichar na Usiminas, que era uma empresa muito valorizada e a “menina dos olhos” de todo mundo naquela época. Fiz dois testes para começar a trabalhar na siderúrgica, mas não passei. A alternativa que tive foi a de ir para o Comércio. Trabalhei em um posto de gasolina e em uma casa de móveis até arranjar o meu terceiro emprego em uma loja do mesmo ramo que atuo hoje, que é a venda de “plástico” e variedades. Então fiquei uns tempos lá até o dono fechar a casa, que funcionava aqui no Centro de Fabriciano. Ele não tinha dinheiro para acertar comigo e me deu os fundos da loja, o resto do estoque. Comecei a vender o que sobrou fazendo entregas de bicicleta, houve uma ótima aceitação e passei a comprar em outras casas de Caratinga para revender aos sapateiros do Vale do Aço. Fazia tudo no imóvel onde eu morava, anotava os pedidos e comprava cada vez mais materiais. Os meses foram passando e resolvi fundar a Casa do Sapateiro em 1971, na Avenida 28 de abril, em Ipatinga. No início era uma barraca de taboa, um pouco mal arrumada e eu vendia muitas botinas e sapatos. Ipatinga estava crescendo e havia muita dificuldade, falta de saneamento, ruas não asfaltadas... Tudo era muito bagunçado. O Centro era quase todo de barracos de taboa e não havia ca-

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sas erguidas. Foi uma época muito difícil, mas com o passar dos anos a prefeitura começou a arrecadar impostos e tudo foi melhorando com a criação de escolas e outras instituições. A minha loja evoluiu até eu poder construir uma sede de alvenaria. Anos depois me casei, mas acabei me divorciando da minha primeira mulher após 10 anos que estávamos juntos. Foi quando montei a Casa de Sapateiro também aqui em Fabriciano, em 1989, na Rua Duque de Caxias. Já mudei a loja de lugar, mas estou no mesmo ponto depois de 1996. Depois também montei a loja de Timóteo, que funciona na Rua 1º de Novembro, no Centro, atrás do supermercado Bretas. C.A. – Os filhos do Sr. também enveredaram para o Comércio? R.E. - Tenho cinco filhos e administro as lojas com a ajuda de três deles. O mais velho fica na Casa do Sapateiro de Timóteo. Dois trabalham

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aqui comigo, na sede de Coronel Fabriciano. Minha filha mais adulta não quis ser lojista e tornou-se promotora de Justiça lá em Tarumirim. Minha outra filha ainda é uma criança, tem 12 anos e, por enquanto, está só estudando. Não sei se ela vai optar por trabalhar no comércio e, se tiver aptidão, pode ser que dê certo como lojista. É melhor que defina rápido, pois o comércio é bom, mas dá uma dor de cabeça... Tudo é muito trabalhoso e, muitas vezes, ficamos “escravos do serviço”. C.A. – E como o Sr. avalia o atual momento econômico vivido no Vale do Aço? R.E. - Muita coisa mudou desde que eu me tornei um comerciante há mais de 40 anos. Infelizmente hoje está tudo mais difícil e há muita concorrência, às vezes desleal. Antigamente quase não havia lojas do mesmo segmento do meu... Hoje existem muitas espalhadas na rua e

A Casa do Sapateiro está na Rua Duque de Caxias desde 1996


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ainda há a venda pela Internet. Tudo ficou mais difícil para o comerciante com o aumento da competitividade. Anos atrás o meu negócio era de produtos voltados para sapateiros, mas hoje eu vendo mais é “plástico”, espuma, para capotaria, forração de móvel, lonas, barracas, artigos de esporte, além de outras miudezas. É necessário diversificar para sobreviver, pois atuar em um único segmento fica difícil. Isso tudo faz com que a gente trabalhe com o comércio mais enxuto, pois é necessário se desdobrar: eu atendo viajantes, volto trocos e não posso ter um escritório, com uma secretária, pois tenho que manter os custos baixos. Para ser um lojista vencedor é necessário trabalho e mais trabalho. Não há outra saída e a família também tem que ajudar. Não sou um jovem mais e o auxílio dos filhos é crucial para que as coisas continuem andando de acordo, para que eu possa ter tranquilidade para trabalhar. Hoje no Comércio você tem que enxugar os gastos o máximo que puder, em quase todos os setores. Quem quer mordomia não consegue dar conta das despesas. C.A. – O Sr. ainda viaja para outras cidades para comprar produtos e renovar o estoque? R.E. - Faço quase tudo pelo computador e também recebo a visita de viajantes (fornecedores). Tenho notado que está havendo falta de mercadoria em vários setores. Antes você fazia um pedido e havia rapidez na entrega, o que não tem acontecido. Acho que isso é reflexo da falta de funcionários capacitados. O que eu percebo é que há muito serviço e vagas de emprego, mas não existem pessoas qualificadas. Às vezes se tem a matéria prima, mas não há no mercado alguém para a produção, um profissional especializado

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O comerciante com os filhos Diego e Raimundo, que ajudam na administração da Casa do Sapateiro em Coronel Fabriciano Fora da loja, “Nô” gosta de jogar futebol com os amigos e pescar: em 2004 fisgou uma Pirarara de quase 40 quilos no Rio Xingu, no Pará

em máquinas, por exemplo. Hoje é a própria indústria que tem que pegar o trabalhador e treiná-lo para que ele possa se desenvolver profissionalmente. C.A. – Ser lojista é um grande desafio, mas também existem muitas vantagens. O Sr. concorda? R.E. - Comerciante tem dinheiro todo dia, mesmo que não seja dele e que esteja devendo a outras pessoas (Risos). Sempre ter dinheiro em mãos é uma grande vantagem, mas normalmente o lojista não sabe quanto vai vender ou lucrar. Temos mais o pé no chão que as outras pessoas e não somos como o trabalhador normal, que sabe o quanto vai ganhar e o tanto que pode gastar. Mês que vem eu posso vender menos que vendi esse mês... Nunca se sabe. O comércio é bom, mas é necessário ter muito controle sobre tudo. Não ser muito otimista pode ajudar, pois achar sempre que ama-

nhã vai ser melhor do que hoje é perigoso. C.A. – É possível perceber que o Sr. é um comerciante tranquilo e realizado, que alcançou muitas conquistas e é feliz com a profissão. R.E. - Com certeza! Foi muito bom não ter entrado na Usiminas e optado por atuar no Comércio. Aprendi muito com meus clientes e com as outras pessoas com as quais convivo. Foram alguns tropeços que me fizeram crescer profissionalmente e como pessoa. Pude criar meus filhos e estudá-los. Foram muitas realizações ao longo de todos esses anos...


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