Comércio em Ação - Novembro e Dezembro 2015

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Uma publicação do Sindcomércio Vale do Aço Ano 5 - Novembro/Dezembro de 2015

Horário Especial de Natal Páginas 4 e 5


Natal para sair do

vermelho Alguns comerciantes do Vale do Aço começaram a “puxar” para frente de suas lojas, após o Dia das Crianças, os produtos que pretendem vender no Natal. As contratações temporárias atrasaram! Se antes eram feitas em outubro, até para facilitar o treinamento do colaborador, acabaram adiadas em 2015 para novembro. Fato é que o volume maior de vendas em dezembro exige que os empresários reforcem suas equipes. Nos entristece dizer que as vendas no Natal deste ano serão suficientes apenas para sair do vermelho. A propagada crise econômica – desnecessariamente disseminada pela imprensa em clima de “terror” –, deixou os consumidores temerosos e chegou ao comércio de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. Pressionados pelas duplicatas batendo à porta, os lojistas têm usado a criatividade para sobressair a este momento desfavorável: muitos sacrificam a margem de lucro abaixando os preços, mas fazendo as mercadorias girar. O comerciante deve ter em mente que é preciso sempre evoluir. Um estilo de loja que dava certo 10 anos atrás pode não ter o mesmo sucesso em 2015. É necessário aproveitar o surgimento do Facebook, do WhatsApp e das inúmeras outras mídias sociais, seja na divulgação de produtos ou mesmo na administração de seu negócio. Um “smart phone” em mãos pode funcionar como um escritório itinerante: em qualquer lugar é possível responder o e-mail de um representante, entrar em contato com um gerente e até fechar um negócio. As divulgações de seus produtos via mídias sociais têm custo bem menor, enquanto o alcance é amplo. Ressaltamos que é necessário usar a criatividade neste momento: muitos empresários promovem coquetéis em suas lojas e presenteiam os clientes com brindes ou kits, o que não só agrada o consumidor, mas cria uma relação de amizade. Às vezes o cliente pode ir à loja apenas para bater um papo, tomar um café! Isso também é muito importante para fidelizá-lo.

Boas vendas! José Maria Facundes Presidente

• Jornalista responsável: Emmanuel Franco - 19427/MG Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço TIMÓTEO

3849.4490

CORONEL FABRICIANO

3842.2040

IPATINGA

3821.9020

• Planejamento e coordenação: Ricássia Perdigão e Tiago Barcelos • Fotos: Emmanuel Franco e Paulo Sérgio de Oliveira

• Revisão: Graça Castro • Projeto Gráfico e Impressão: Gráfica Art Publish - 31.3828-9020 • Tiragem: 7.000 exemplares


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Sindicatos oficializam Usisaúde como o plano para o comércio A Fundação São Francisco Xavier (FSFX) e os sindicatos que representam as empresas e os empregados no comércio de Ipatinga assinaram, no último 24 de outubro, o contrato aglutinador que oficializa a Usisaúde como a Operadora de Planos de Saúde mais indicada para os comerciários da cidade. “Trata-se de um contrato coletivo empresarial firmado depois de uma longa negociação e que tem validade para os próximos quatro anos. Era uma antiga reivindicação dos empresários, que conhecem a lisura com a qual a Fundação São Francisco Xavier e a Usisaúde trabalham e consideravam importante oferecer aos empregados um plano de saúde de notória excelência na prestação de serviços”, explica José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio. Com a assinatura do contrato, os comerciantes e comerciários de Ipatinga passam a ter direito a um plano de saúde completo, acessível e alinhado às condições da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT). Os participantes do plano contarão com a proteção da negociação coletiva dos sindicatos que

representam as empresas e os empregados, o atendimento da Usisaúde – eleita pela Agência Nacional de Saúde a quarta melhor operadora do Estado de Minas Gerais –, além de toda a estrutura do Hospital Márcio Cunha (HMC) com três unidades e 530 leitos. O HMC está credenciado, por exemplo, para atendimentos de alta complexidade e prestação de serviços nas áreas de ambulatório, pronto-socorro, internação e serviços de diagnóstico. “O plano de saúde para o empregado no comércio do Vale do Aço tem contribuído muito para atrair e manter bons profissionais nas empresas, evitando também o ‘turnover’ (rotatividade de empregados), com a saída de nossos funcionários para outros setores”, completa José Maria Facundes. Dúvidas sobre o contrato firmado entre o Sindcomércio (Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços) Vale do Aço, o Seci (Sindicato dos Empregados no Comércio e Serviços de Ipatinga) e a Usisaúde podem ser esclarecidas através dos telefones 3821-9020, 3842-2040 e 3849-4490.

Contrato foi assinado pelos representantes do Sindcomércio Vale do Aço e do Seci com a Fundação São Francisco Xavier

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Tempo a mais será suficiente para que a população possa ir às ruas fazer suas compras com tranquilidade

Comércio do Vale do Aço define Horário Especial Lojas abrirão até mais tarde em seis dias nas semanas que antecedem o Natal

O comércio do Vale do Aço funcionará em Horário Especial nas semanas que antecedem o Natal. Conforme definido entre os sindicatos que representam os empresários e os empregados, as lojas ficarão abertas das 9h às 20h nos próximos dias 17 e 18 (quinta e sexta-feira), das 9h às 18h no sábado (19), e das 9h às 21h nos dias 21, 22 e 23 (segunda, terça e quarta-feira). Em 24 de dezembro, quintafeira, o funcionamento será até as 18h em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. No sábado (26), todo o comércio do Vale do Aço funcionará normalmente.


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“Moramos em uma região metropolitana e foi muito importante termos conseguido um horário unificado nas três principais cidades da região, o que vai facilitar as divulgações e deixar de confundir o consumidor. Ainda entendemos que as 13 horas a mais trabalhadas serão tempo suficiente para que a população possa ir às ruas fazer suas compras com tranquilidade”, comenta o representante patronal, José Maria Facundes, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço. O horário de Natal ampliado se deu após a assinatura, na tarde de sete de dezembro, das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) negociadas entre o Sindcomércio e os sindicatos laborais. A maioria das horas trabalhadas a mais será compensada no Carnaval 2016. As CCTs não abrangem supermercados e estabelecimentos do setor, lojas de materiais de construção, autopeças e similares, casas de noivas, de doce e de materiais para festas, que funcionarão normalmente. O dirigente patronal reforça que o sábado (19), quando as lojas irão até as 18h, será um dia importante para

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que consumidores de outras cidades do colar metropolitano regional visitem o comércio de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. Também de acordo com José Maria Facundes, o comércio regional está muito bem preparado para o Natal. “Empresários não só investiram na compra de produtos novos, como também decoraram muito bem suas vitrines e fizeram contratações. O que a gente tem visto são lojistas abaixando os preços das mercadorias, de maneira a diminuir um pouco a margem de lucro, mas fazer o estoque girar”, revela o dirigente patronal.

Segurança e adaptação de horários Por último, o presidente do Sindcomércio informou que, em trabalho conjunto com os sindicatos dos empregados, foram enviados ofícios à Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, empresas de ônibus e prefeituras pedindo mais segurança, adaptação de horários e demais providências nos dias em que haverá horário especial. A CCTs com todas as diretrizes das negociações entre o Sindcomércio e os sindicatos laborais estão disponíveis em www.sindcomerciova.com.br.


PÚBLICA

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QUEM TEM O MELHOR PLANO MERECE O MELHOR HOSPITAL

Usisaúde, o plano do Hospital Márcio Cunha.

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A Usisaúde possui ampla rede credenciada e atendimento nacional, além de carência zero para consultas e exames. O Hospital Márcio Cunha conta com 530 leitos, distribuídos em duas modernas unidades, além de uma terceira voltada exclusivamente para tratamento de pacientes com câncer. É o primeiro hospital do Brasil Acreditado com excelência pela ONA, em 2003, e integra o seleto grupo de seis hospitais do país certificados internacionalmente com a DIAS/NIAHO, em 2014. É o único na região com Unidades de Terapia Intensiva para bebês e crianças. Além de Centro Obstétrico humanizado, é referência no estado.

O Hospital Márcio Cunha é o hospital da Usisaúde. Moderno, com padrão de excelência em atendimento hospitalar e referência em tratamentos de alta complexidade. Porque o melhor plano exige o melhor hospital.

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Medidas para alavancar as

vendas no Natal Em tempos difíceis para a economia do país, o setor comercial vê, a cada mês, o volume de suas vendas sofrer retrações. Alguns dos fatores com influência negativa no comércio são: inflação, desemprego, rendimento em queda e taxa de juros nas alturas. Tudo isso impacta o bolso do consumidor e reflete diretamente no segmento mais sensível à conjuntura: o varejo. Medidas referentes ao seu empreendimento podem ser realizadas de forma a contrabalancear esse cenário. Com a chegada do Natal, a data mais importante para o varejo, cabe ao gestor realizar ações para alavancar as vendas e proporcionar fôlego ao seu negócio. Mas quais ações são efetivas? Antes de tudo, é preciso realizar uma leitura do cenário em que o estabelecimento está inserido. Conhecer bem a realidade da região, da concorrência e das expectativas dos seus clientes ou potenciais consumidores são ações de suma importância para o sucesso de quaisquer medidas adotadas. Saber gerir os custos é o básico. Os empresários devem buscar medidas que mantenham o equilíbrio de suas contas como a gestão de estoques, que permite a renovação do mix de produtos e otimização no volume de pedidos, além da realização de promoções, que sempre são atrativas aos clientes. Com consumidores cada vez mais criteriosos, investir no atendimento e no marketing são fatores diferenciais que podem garantir o sucesso neste Natal. Investir na identidade visual da loja e em novas modalidades de atuação ampliam as possibilidades de se atingir um resultado favorável. A grande questão é, além de ter em mãos o diagnóstico sobre a realidade da sua empresa, o empresário precisa estar aberto à adoção de medidas que proporcionem destaque ao seu negócio. Medidas assim, em tempos de crise, podem garantir um bom Natal para todo o comércio.

Guilherme Almeida Economista da Fecomércio MG


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A 3ª expansão do

Shopping Vale do Aço R$ 200 milhões investidos transformaram o centro de compras no 2º maior do estado com nada menos que oito lojas âncoras 10

Mais amplo shopping do Leste de Minas e 2º maior do estado, o Shopping Vale do Aço inaugurou sua 3ª expansão no último 23 de setembro. O centro de compras ganhou nada menos que cinco novas lojas âncoras, duas mega lojas e mais outras 140 lojas. Foram mais de R$ 200 milhões investidos nos dois últimos anos, consolidando o centro de compras como um dos mais completos e ousados empreendimentos de Minas Gerais.

O Shopping Vale do Aço gera, atualmente, 3 mil empregos diretos e indiretos


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O Shopping Vale do Aço gera atualmente 3 mil empregos diretos e indiretos. No total são oito lojas âncoras: C & A, Casas Bahia, Consul, Dadalto, Marisa, Lojas Americanas, Renner e Riachuello. O público mineiro agora pode usufruir de um shopping com dois andares e três acessos por escada rolante, elevadores, estacionamento coberto e Praça de Alimentação ampliada. Com o slogan “Muito mais Shopping para o Leste Mineiro. Muito mais completo para você.”, o centro de compras ainda conta com salão de beleza, casa lotérica e bancos, além de um centro cultural completo e atuante. Durante as obras da 3ª expansão, mais de 60 empresas foram envolvidas com a participação, no pico da obra, de mais de 2.500 trabalhadores. “Dois anos atrás, quando se iniciou a expansão do Shopping Vale do Aço, o Sindcomércio não tinha dúvidas de que se tratava de um projeto arrojado, moderno e ambicioso. Com o fim das obras, atestamos que o leste mineiro está, de fato, contemplado com o shopping que merece, pois agora temos um centro de compras com ampla e moderna estrutura, formado por lojas diversificadas e com qualidade ímpar”, comemora José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio. Fundado em 1998, o Shopping Vale do Aço ainda vai inaugurar muitas outras lojas até 2016. Há espaços disponíveis para empresários interessados, que podem abrir negociação com a área comercial. A expansão contempla, também, a construção de um prédio de 20 andares de uso misto – comercial e hotelaria –, para uma nova fase de obras que já está em planejamento.

QUADRO COMPARATIVO ANTES E DEPOIS DA EXPANSÃO Área total do terreno Área total construída ABL - Área bruta locável Vagas no estacionamento Lojas satélite Estabelecimento da área de alimentação e lazer Âncoras Megalojas Empregos diretos Média mensal de fluxo pessoas Fluxo de automóveis/ mês

Anterior 70 mil m2 30.500 m2 10.500 m2 1.150 112 16 6 2 1.500 560 mil pessoas 160.000

Expansão 70 mil m2 80.000 m2 35.500 m2 1.800 (60% cobertas) 240 36 / 1.100 lugares sentados 9 8 3.000 800 mil pessoas 325.000

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A base, inclusive, já está pronta. “Faço das palavras da direção do shopping as nossas: é necessário agradecer aos novos lojistas e empreendedores, que com coragem e visão de futuro acreditaram no empreendimento. Ganha o comércio, a

população e toda a cidade. Ipatinga sedia um shopping equiparado ao das grandes capitais, que atrairá consumidores não só do colar metropolitano do Vale do Aço, mas de toda Minas Gerais”, conclui Facundes.


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Breno Vieira reclama da concorrência desleal das feiras informais 12

Mercado de carros usados destaca-se no Vale do Aço Seja em Ipatinga, Fabriciano ou Timóteo, setor tem agências comprometidas em atender bem o cliente, oferecendo veículos com boa procedência ou dispensando a atenção necessária no chamado “pós-venda”

Pujante e diversificado, o mercado de carros usados no Vale do Aço tem se mostrado cada dia mais atraente aos consumidores que estão em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, mas também àqueles compradores residentes em todo o colar metropolitano do Vale do Aço. Por aqui é possível encontrar agências comprometidas em atender bem o cliente, seja vendendo um carro com boa procedência ou dispensando a atenção necessária no chamado “pósvenda”, dando todas as garantias que o cliente espera. Prova disto são as três entrevistas a seguir com empresários que atuam no segmento nos principais municípios da região, que mostraram o quão desafiador tem sido se manter em um setor que também sofre com o mercado informal.


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Breno Martins Vieira é proprietário da Automobili Multimarcas, na Av. Carlos Chagas, no Bairro Cidade Nobre, em Ipatinga, loja que está no mercado desde novembro de 2006 priorizando, sobretudo, a venda de veículos seminovos com até quatro anos de uso. Questionado sobre a sazonalidade do setor, o empresário comenta: “Temos altos e baixos! Geralmente se vende mais carro na 2ª quinzena do mês. Mas a grande dificuldade que temos encontrado é achar bons veículos para comprar.” Criar relacionamento com as concessionárias autorizadas é muito importante, conforme explica o comerciante: “Muitas pessoas usam seus carros usados na troca por um zero. E é aí que nós entramos, pois as concessionárias repassam esses usados para a gente revender. Hoje o mercado do carro zero caiu muito, uma vez que adquirir um automóvel novo está muito difícil. Se em 2014 custava em média R$ 30, 32 mil, agora não sai por menos de R$ 37 mil. Daí a dificuldade de encontrarmos bons veículos para comprar, pois as pessoas estão ficando mais tempo com seus carros.”

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Quem busca comprar um seminovo, frisa Breno Vieira, está em busca de carros anos 2014 e 2015 com até 10 mil quilômetros rodados. “São os que mais vendem, uma vez que já desvalorizaram e ainda estão na garantia”, reforça. Atualmente algumas das pessoas que querem adquirir um carro usado, conforme explica o proprietário da Automobili, tem esbarrado em dificuldades na hora de financiá-lo. “Os bancos têm dificultado muito a aprovação de crédito”, diz, acrescentando que se o cliente tiver um bom valor para dar de entrada, a venda fica mais fácil. Segundo Breno hoje são cerca de 130 lojas que revendem veículos usados no Vale do Aço. Porém, também de acordo com ele, não é a concorrência do comércio devidamente estabelecido que tem freado as vendas. “Temos uma feira de usados no estacionamento do estádio Ipatingão que atrapalha muito a gente. Aqui eu pago impostos, nota fiscal de entrada e de saída dos carros, além dos gastos com despachante e outros tributos, o que não acontece lá no estacionamento do Ipatingão. Se o nosso setor fosse mais unido, 13 Helinho dá dicas para quem quer adquirir um veículo seminovo


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César Leal observa que atualmente há uma demanda maior por carros com dois ou até três anos de uso 14

conseguiríamos acabar com essa feira, pois se trata de uma concorrência completamente desleal”, reclama o empresário, garantindo que desde que abriu o negócio tem procurado atuar com lisura. “Não trabalho com carros de leilão, batidos ou clonados, que é o que mais se vê em feiras como a do Ipatingão. Na minha loja só vendo automóveis com boa procedência e dou todas as garantias necessárias.”

Timóteo Já o empresário Hélio Guilherme Vaz de Melo montou a Helinho Automóveis há 15 anos. A empresa hoje está situada na Rua 128, no Bairro Santa Maria, em Timóteo. Perguntado sobre o porquê do encarecimento dos carros novos, ele observa que o Governo Federal não mais oferece a isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), além dos opcionais que se tornaram obrigatórios e oneraram as montadoras. “Não existe mais o desconto do IPI, que chegava a 8%, e o carro voltou ao preço ‘normal’ com os acréscimos provenientes da inflação. Sem contar que os automóveis zero km de hoje só podem sair de fábrica com airbag e freios ABS. Outro fator é que ninguém quer carro básico mais! Só completo... com ar condicionado, direção hi-

dráulica, vidros e travas elétricos. Então tudo isso acaba encarecendo o automóvel”, explica. Helinho dá dicas para quem quer adquirir um veículo seminovo: “É importante saber se o carro é batido ou de leilão, pois nestes casos as seguradoras não fazem seguro. Procure comprar de quem tem credibilidade e, sempre antes de fechar o negócio, leve o veículo a oficinas mecânicas e de lanternagem para que os profissionais de sua confiança deem o aval. É muito comum no Vale do Aço a venda de carros oriundos de leilão. Pessoas de má-fé buscam esses veículos em Belo Horizonte e São Paulo para vender por aqui. Na minha loja eu tenho um programa no qual pago R$ 35 por consulta para verificar a procedência dos veículos. Não compro e nem revendo nenhum que não seja de boa procedência”, detalha o comerciante. Helinho explica que o carro oriundo de leilão pode ter sido batido de várias formas, seja de frente, na lateral ou até capotado. Ainda pode ter sido roubado e recuperado pela seguradora, ou mesmo apreendido por alguma instituição financeira. “Não existe segurança ao se comprar um carro de leilão. Às vezes não alinha. Às vezes dá um vazamento. Pode entrar água e ter uma parte oxidada mais rápido”, ressalta o lojista, que tam-


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bém vê a concorrência de outras lojas como saudável aquelas pessoas que não são estabelecidas comercialpara o setor. “Não atrapalha em nada! Acaba, na vermente e trabalham fazendo pequenos negócios, ou seja, dade, é atraindo mais gente para nossas lojas. Quem vendendo carros na informalidade. “O consumidor ao trabalha direito e certo, consegue sobressair”, diz, pensar em comprar um automóvel deve procurar uma informando que é comum receber clientes de cidades agência que já esteja estabelecida há muito tempo. Se como Pingo D’água, Bom Jesus do Galho e Dionísio. amanhã aparecer qualquer problema em relação a este O proprietário da Helinho Automóveis conta que veículo, ele terá a quem recorrer, o que não acontece trabalha com todos os carros, embora prefira aqueles quando se compra de uma pessoa autônoma”, aconseque custam entre R$ 20 e R$ 35 mil. “É o meu carrolha o empresário. chefe. O segredo é limpar e deixar o carro bem arruCésar lembra que veículos oriundos de leilão ainda mado, no ponto de vender. Ao longo dos anos o que não podem ser financiados. “Os carros que vendo são vai mudando são os automóveis, e não a gente. 20 todos rigorosamente selecionados. Procuro trabalhar anos atrás os carros não tinham nada, sequer ar ou com automóveis mais novos, geralmente com até 10 direção hidráulica. Hoje a tendência é trabalhar com os anos de uso, mas às vezes acabo adquirindo alguns carros mais completos. Anos atrás se vendia muito Fiat veículos mais velhos em trocas”, diz, para comentar Uno. Hoje já não vende sobre a concorrência: mais. O pessoal quer é “A partir do momento Gol, Palio e outros carque você tem lojas do Para quem está no ros mais confortáveis mesmo setor próximas com Renault, Citröen ou da sua, tudo fica mais mercado de seminovo, Peugeot”, conclui. fácil. O consumidor dio que a gente tem ficilmente compra de observado é uma demanda Coronel Fabriciano primeira e sempre pesO empresário José quisa, olhando em vámaior por aqueles carros César Leal é proprietário rias lojas. Quem tiver com dois ou até três da Diautos Multimarcas, o melhor carro, conseanos de uso, com baixa localizada na Av. Tanguirá fazer a venda.” credo Neves, no Bairro Indagado sobre quilometragem. Todos os Santos, em Coo que mudou desde ronel Fabriciano. Ex-ge1995, quando montou rente de concessionária a agência, o empresáautorizada, ele montou a loja em 1995. “O mercado rio diz que a relação comerciante-consumidor ficou automobilístico, tanto o de novos quanto o de seminomenos intimista. “Antigamente as pessoas falavam: vos, tem as suas sazonalidades, mas é muito atrelado ‘Vou comprar meu carro lá no César’. Hoje a vena situação socioeconômica do país. Quando o mercado da é mais impessoal, voltada mais para o produto está favorável, com juros e taxas mais competitivas, o do que para o atendimento”, diz, informando que há volume de vendas tende aumentar”, analisa. ótimos vendedores na Diautos e que, cada vez mais, César lembra que há um crescimento gradativo do procura participar menos das negociações. “Quando setor nos finais de ano em função de 13º salário invêm a mim, os clientes querem comprar mais barato jetado na economia. “Para quem está no mercado de (risos). Esse tipo de cliente tem diminuído bastante”, seminovo o que a gente tem observado é uma demanressalta. da maior por aqueles carros com dois ou até três anos Por último, César cita que veículos Renault, Peude uso, com baixa quilometragem. Esse mercado está geot e Citroen, têm cada vez mais ganhado espaço ligeiramente aquecido, uma vez que os preços dos nono mercado. “São carros de excelente qualidade, com vos estão muito altos”, reforça o empresário, corroboum custo-benefício muito bom. Ainda assim existe rando as falas dos lojistas Breno e Hélio. certa restrição com relação a essas marcas, por causa O dono da Diautos também chama a atenção para de peças de reposição e manutenção”, finaliza.

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Oferecer o melhor para a vida de seus clientes é a principal marca da Usisaúde, a operadora líder em clientes no Vale do Aço e a quarta maior de Minas Gerais. Planos completos e o melhor atendimento médico-hospitalar, odontológico e transporte aeromédico que a sua empresa merece.

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• Alto índice de satisfação dos clientes, demonstrado através do menor índice de reclamações na ANS • Eleita pela ANS a quarta melhor operadora de planos de saúde de MG. • Atendimento médico-hospitalar, odontológico e transporte aeromédico • Rede ampla e qualificada • Atendimento nacional nas urgências e emergências • Logística de atendimento ao cliente • Atendimento 24 horas, 7 dias por semana – Ligação gratuita através do 0800 283 0040 • Unidades de atendimento ao clientes em Ipatinga, Timóteo e Belo Horizonte. • Processo de autorização de procedimentos ágil e sem burocracias • Programas de Promoção da Saúde • Planos completos • Condições Especiais para o Comércio • Hospital Márcio Cunha: ampla infraestrutura, com quatro unidades de atendimento • 530 leitos de internação, sendo 30 de UTI Adulto • Referência em Alta Complexidade em áreas como: Cardiovascular, Endovascular, Terapia Intensiva, Neurocirurgia, Oncologia,Terapia Renal Substitutiva e Transplantes Renais • Pronto-Socorro: um dos maiores do estado, com atendimento dividido por setores, entre adultos e crianças e pela gravidade dos casos, agilizando o atendimento • Equipamentos de ponta e com tecnologia aplicada em Exames de Diagnósticos • Maternidade com alojamento conjunto, permitindo o contato integral entre mãe e recém-nascido • Única com suporte de UTI Neonatal e Pediátrica


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Supermercados e lojas do setor abertos em 7 feriados Estabelecimentos do segmento, em Ipatinga, funcionarão em seis datas em 2016

Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada no final da tarde do último 29 de outubro, em Ipatinga, garantiu a abertura de supermercados, açougues, casas de carne, mercearias e demais estabelecimentos do setor em sete feriados entre novembro de 2015 e o mesmo mês de 2016. Já no dia de Finados, as lojas do segmento ficaram autorizadas a funcionar das 8h às 18h. O Sindcomércio (Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços) Vale do Aço pleiteou à categoria profissional abertura de todo o comércio, mas não houve interesse dos empregados. 17

A abertura convencionada pelos sindicatos dá a opção ao consumidor de fazer compras em dias mais tranquilos


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A lei 11.603, de dezembro de 2007, rege que só é permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal. “Mais do que nunca precisávamos dar ao comerciante a possibilidade de abrir as portas no máximo de datas possíveis. Mas infelizmente temos uma legislação que atrela a funcionamento das lojas em feriados à concessão dos sindicatos que representam os funcionários. Ou seja, caso assim entendam, os representantes dos comerciários possuem a prerrogativa de sequer abrir negociação para a abertura das lojas. É uma escolha deles”, explica José Maria Facundes, presidente da entidade patronal. Além de Finados, supermercados e estabelecimentos do segmento em Ipatinga funcionarão em 2016 nos seguintes feriados: 21 e 29 de abril (quinta-fera e sexta-feira), dia de Tiradentes e aniversário da cidade, respectivamente; 26 de maio (quinta-feira), Corpus Christi; sete de setembro (quarta-feira), Independência do Brasil; 12 de outubro (quartafeira), dia de Nossa Senhora Aparecida; e dois de novembro (quarta-feira), Finados. Haverá turnos de revezamento e os empregados trabalharão no máximo em quatro das sete datas. “Ressaltamos que o funcionamento é opcional. Se de acordo com a sua clientela o empresário entender que não é economicamente interessante abrir as portas, assim poderá fazê-lo”, lembra Facundes.

Coronel Fabriciano e Timóteo O presidente do Sindcomércio revela que a proposta de abertura de todo o comércio feita aos empregados de Ipatinga, também foi entregue nas mãos do sindicato laboral que representa os comerciários em Timóteo e Coronel Fabriciano com praticamente as mesmas diretrizes. “Ainda não obtivemos resposta em relação a Timóteo e Fabriciano, mas estamos esperançosos. Acreditamos que o sindicato profissional será mais flexível e abrirá as negociações”, finaliza o presidente da entidade patronal.

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Feriados

em que o segmento abrirá 21 e 29 de abril (quinta-feira e sexta-feira), dia de Tiradentes e aniversário da cidade, respectivamente; 26 de maio (quinta-feira), Corpus Christi; 7 de setembro (quarta-feira), Independência do Brasil; 12 de outubro (quarta-feira), dia de Nossa Senhora Aparecida; 2 de novembro (quarta-feira), Finados.


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Com mais de 60 anos de história, a loja fundada por Jaime Gaspar está em constante expansão e permanece referência quando o assunto são produtos de utilidades domésticas e presentes O município de Timóteo sequer era emancipado quando o jovem Jaime Gaspar, ainda com 19 anos, decidiu erguer a primeira unidade da loja “A Preferida” em uma área pertencente à antiga empresa Acesita (atual Aperam South America). Passaram-se mais de seis décadas e a empresa, hoje sob a direção de um dos quatro filhos do fundador, Ricardo Magalhães Gaspar, está em constante expansão e consolidou-se como referência quando o assunto é produtos de utilidades domésticas e presentes. Com unidades nas três principais cidades do Vale do Aço, A Preferida faz parte de um seleto grupo de lojas que ajudou a tornar pujante o comércio da região. Para saber um pouco mais dessa história, a reportagem da Revista COMÉRCIO EM AÇÃO foi à matriz da loja, em Coronel Fabriciano. Confira a seguir em mais um “Bate-papo com o empresário”.

Ricardo dirige as lojas A Preferida e o Hotel Gaspar, fundados pelo pai


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COMÉRCIO EM AÇÃO – A Preferida é, há muitos anos, referência em utilidades domésticas e presentes no Vale do Aço, mas quando foi fundada a primeira unidade da loja? RICARDO GASPAR – Meu pai, Jaime Gaspar, nasceu em 26 de abril de 1933, em Ubá (Zona da Mata). Ele perdeu o pai aos sete anos e aos 11 mudou-se com sua mãe para Nova Era, indo morar e trabalhar com o cunhado Antônio Xavier. Aos16 anos foi emancipado, podendo assim abrir seu próprio negócio, o bar Natal, que funcionou por pouco tempo. Logo voltou a trabalhar com seu cunhado, desta vez abrindo e gerenciando a Casa Xavier, em Coronel Fabriciano, filial de uma grande loja de tecidos de Nova Era. A fez prosperar por algum tempo, mas em 1952 decidiu montar a própria loja, dando início à saga das lojas A Preferida. Nossa primeira unidade foi montada em Timóteo e funcionava no entorno de um rinque (pista para patinação) que pertencia à antiga companhia Acesita, que na época funcionava onde hoje está situada a Praça 1º de Maio. Surgia neste local um conglomerado de lojas como A Preferida, a Casa Lage, a Casa Guerra, a Casa Vieira e a Casa Melo, fundadas e dirigidas por desbravadores, já que naquele tempo tudo pertencia à Acesita e girava em torno da empresa. Com muita luta, trabalho árduo e sacrifícios, meu pai fez a loja crescer. Em 1957 conheceu e enamorou-se pela minha mãe, Maria Inês Magalhães Gaspar, que estudava em Belo Horizonte e só aparecia por aqui nas férias. Casaramse em 1961 e tiveram quatro filhos: Lucy, psicanalista, Luciane, empresária em Ipatinga, Renato, odontólogo, e eu. Ainda no início da década de 60, meu pai cons-

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truiu a loja de Fabriciano, inaugurada em 1966, unidade que depois se tornaria a nossa matriz. Nesta época o ‘mix’ de produtos de A Preferida era muito eclético: vendíamos desde bicicletas e peças a sapatos, malas, armas e munições, material de pesca, parafusos, como também éramos distribuidores das tintas Coral e das lâmpadas Philips, além das utilidades domésticas. No início da década de 70, já formada uma amizade dos empreendedores do rinque, meu pai conseguiu através do diretor industrial da Acesita, seu amigo, comprar uma área para que, em sociedade com seus companheiros, construíssem o primeiro Centro Comercial de Timóteo. Juntas estavam as maiores lojas da cidade: Casa Guerra, A Preferida, Loja Bragança, livraria Tabajara, Casa Lage e Casa Melo. Mais tarde a Casa Guerra foi substituída pelo Bar do Ari e Farmácia Central. Já em 1976, meu pai inaugurou o Hotel Gaspar, construído por cima de nossa loja em Fabriciano e, em1979, promoveu a expansão da loja de Timóteo, dobrando seu tamanho. Foi então que a loja começou-se a se especializar em um segmento, mas ainda contava com brinquedos, flores e guarda-chuvas. Porém com o passar do tempo foram surgindo novas lojas, cada uma foi se especializando, e A Preferida se firmou como referência em utilidades domésticas e presentes no Vale do Aço, contando hoje com mais de quinze mil itens. Em 1985 voltei de Belo Horizonte, onde cursava o 2º grau, para iniciar a faculdade de Administração e Ciências Contábeis pela Puc (Pontifícia Universidade Católica) de Fabriciano, iniciando também a minha jornada na loja junto com meu pai. Começando como vendedor, caixa, gerente

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de Timóteo e auxiliar administrativo em Fabriciano, fui aprendendo o ofício. Em 1994 inauguramos mais uma loja em Ipatinga e, em 2005, iniciamos a construção do nosso prédio-sede, na Av. João Valentim Pascoal. Contudo preferimos alugá-lo e permanecer no imóvel da Rua Belo Horizonte, onde a loja funciona até hoje. A unidade de Fabriciano é a nossa matriz e também nosso depósito central. Em Timóteo temos dois andares e, em Ipatinga, um espaço de mais de 300 metros quadrados. Atualmente eu dirijo as lojas e o hotel, cuidando dos interesses de minha família, que é sócia nos empreendimentos iniciados por nosso pai.

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C.A. – Se manter no mercado após tantos anos e crises econômicas deve ter sido desafiador para a família Gaspar. R.G. – A primeira coisa que meu pai nos ensinou foi ter respeito pelos funcionários que trabalham conosco. Somos parceiros. Uma família! Uma de nossas principais funcionárias, Veralúcia Donato da Silva, tem nada menos que 37 anos de casa. Todo nosso staff (gerente das lojas) está com a gente há pelo menos 15, 20 anos, e fizeram carreira em nossas lojas. Nosso turnover (rotatividade de empregados) é muito pequeno e trabalhamos com pessoas que conhecem bem a loja e seus produtos, sabem como é o nosso jeito de traba-

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lhar sempre com a atenção voltada para nossos clientes, uma vez que pensamos neles o tempo inteiro, e toda ação que promovemos é com o objetivo de dar o melhor atendimento, trazendo o melhor produto com o menor preço. Costumo dizer que quem consegue sobreviver no comércio no Brasil está capacitado a trabalhar em qualquer lugar do mundo... De 1982 até agora nós já passamos por tudo, desde Sarney e Collor, com a hiperinflação e confisco, a Itamar e Fernando Henrique com a conversão da moeda e, ainda, a era Lula, em uma época na qual todo mundo achou que o país poderia crescer de maneira desordenada sem consequência nenhuma. Agora com a Dilma há essa crise violenta de credibilidade que impacta a todos fazendo com que o Real se desvalorize 30% apenas no primeiro semestre de 2015, além da inflação e do desemprego que voltam a nos assombrar, principalmente em nossa região que é extremamente dependente de nossas siderúrgicas e mineradoras, setores fortemente afetados. Estamos acostumados a superar momentos como esses, mas o maior problema de todos é essa presença maciça do governo, que não nos deixa trabalhar, mudando todos os dias as regras do jogo, impondo cada vez mais essa excessiva carga de impostos para tentar ajustar seus erros na administração do bem público. Nunca é demais lembrar que no Brasil trabalhamos quatro meses durante o ano A atual Preferida na Rua Pedro Nolasco, no Centro de Fabriciano


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só para pagar impostos. Entretanto, estamos em um ano atípico, em que todos estão passando por recessão, mas – com muita responsabilidade – não deixamos de investir em A Preferida e temos tido bons resultados. Não dá pra ficar estagnado, pensando em crise. Temos que inovar e trabalhar por um futuro melhor. C.A. – Como é se readaptar ao mercado atuando com uma loja fundada 60 anos atrás? R.G. – Durante todo esse tempo sempre buscamos inovar e acompanhar o mercado. Primeiro meu pai esteve à frente dos negócios... Depois continuei o trabalho dele na procura pelos melhores parceiros e fornecedores, acompanhando todas as novidades do setor e buscando os lançamentos nas feiras pelo Brasil. A título de exemplo, na House & Gift Fair (maior evento profissional de produtos para casa da América Latina) em março fechamos acordos com alguns dos nossos principais fornecedores que nos permitiram lançar promoções em junho com a Brinox (marca de utensílios para cozinha) e, em julho, com a Tramontina, nos possibilitando reduzir nossos preços em até 20%. Agora em agosto, promovemos o “Bazar dos Cristais”, trazendo cristais checos da Bohemia 40% mais baratos. Então é necessário estarmos sempre movimentando e trabalhando em novidades para nossos clientes. Não dá pra ter as mesmas condições e estrutura de 10 anos atrás, uma vez que tudo evolui muito rápido. Surgem novas ferramentas a cada dia. As redes sociais são um bom exemplo do que estou falando... O Facebook e o Whatsapp podem e devem ser usados para agregar valor ao nosso negócio, uma vez que são ferramentas muito ágeis de comunicação entre funcionários, as lo-

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jas e os consumidores. Antigamente utilizavase o telefone, o telex e depois fax como maneira de se comunicar com seus fornecedores. Hoje basta apenas um smartphone para ter um escritório em suas mãos, permitindo que você acompanhe e participe de todas as decisões de sua empresa, recebendo e enviando e-mails, monitorando as mídias sociais e participando pelo Whatsapp das comunicações entre suas lojas. C.A. – Fale um pouco do seu pai que, segundo relatos de comerciantes mais antigos, era um empresário muito dedicado, além de querido por toda comunidade. R.G. – Meu pai sempre foi muito comprometido com tudo o que fazia... Um excelente empresário e exímio comerciante. Primava pelo atendimento e, sempre que podia, fazia questão de se juntar à equipe da loja e atender pessoalmente os clientes. Como um dos desbravadores de nossa região, era muito comprometido com as questões sociais. Participou do Lions Clube de Fabriciano desde sua fundação, sendo presidente e ajudando a fundar outros clubes. Participou também da Funcelfa (Fundação Comunitária Fabricianense) junto com Dom Lélis Lara e foi um dos que idealizaram e construíram a Cidade do Menor. Foi vítima de um câncer e faleceu em novembro de 2009. Foi a pessoa mais correta e justa que conheci... Tenho orgulho de presenciar quem trabalhou ou conviveu com meu pai falar dele com muito carinho e admiração. Estou na empresa há 30 anos, me formei em Administração e Ciências Contábeis, mas o que aprendi de mais importante e trago enraizado comigo foi a sua maneira reta e honesta de ver a vida e os negócios.

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