Comércio em Ação - Ago/2016

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Uma publicação do Sindcomércio Vale do Aço Ano 5 - Setembro/Outubro de 2016

Bate-papo com

Jayder Conheça as histórias do empresário que fundou o Mercafrutas Esperança

Jayder Miranda, 65, chegou a ser metalúrgico e fazer parte da Aeronáutica antes de se tornar comerciante


Ricas entrevistas...

Vitória!

Trazemos nesta edição da Revista COMÉRCIO EM AÇÃO ricas reportagens com empresários de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. Destaque para a matéria de capa, que conta a história de Jayder Miranda, empresário que entrou para o ramo de hortifrútis no final da década de 70 e, desde então, tem enfrentado muitos desafios à frente de seu comércio. Nas páginas 12, 13 e 14, lojistas das três principais cidades do Vale do Aço demonstram que é possível vestir os pés com muita qualidade: veja como as lojas de calçados da região são surpreendentes. Nas páginas 16, 17 e 18, mais uma edição da nossa tradicional Homenagem ao Contabilista, uma realização do Sindcomércio, mas com o importantíssimo apoio da Caixa e da Usisaúde. A Homenagem voltou a ser abraçada pela categoria em um momento importante para se discutir os desafios e rumos da atividade. Vitória para o Sindcomércio! É o que você vai conferir nas páginas 4 e 5, que trazem um resumo de nossa luta a favor da flexibilização do Faixa Azul em Coronel Fabriciano. Brigávamos, desde outubro do ano passado, para que o sistema de estacionamento rotativo na cidade passasse por mudanças, de maneira a atender a vontade do empresariado local que – indignado com a forma como estava funcionando – nos acionou por inúmeras vezes. Através de muito diálogo, discussão e trabalho foi possível conseguir importantes mudanças no Faixa Azul. Nossa luta é diária e precisamos que você, comerciante varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço, nos procure, nos provoque, reclame e continue nos dando a direção para que suas empresas possam continuar fortes e movimentando a economia regional em busca do progresso. Muito obrigado! José Maria Facundes Presidente

• Jornalista responsável: Emmanuel Franco - 19427/MG

Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço TIMÓTEO

3849.4490

CORONEL FABRICIANO

3842.2040

• Planejamento e coordenação: Ricássia Perdigão e Tiago Barcelos • Fotos: Emmanuel Franco e Paulo S. de Oliveira

IPATINGA

3821.9020

• Revisão: Graça Castro

• Projeto Gráfico e Impressão: Gráfica Art Publish 31.3828-9020 • Tiragem: 7.000 exemplares


HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO 10/10 das 9h às 20h 11/10 das 9h às 20h

Filiado à Fecomércio MG


Comércio em Ação | Maio/Junho Setembro/Outubro de 2016 de 2016

Sindcomércio luta e consegue mudar Faixa Azul em Fabriciano www.sindcomerciova.com.br

Comerciantes reunidos na sede do Sindcomércio em uma das muitas vezes em que melhorias para o estacionamento rotativo foram discutidas

Sistema passa por ajustes para atender – pelo menos parcialmente – à vontade dos empresários da cidade O atual sistema de estacionamento rotativo no Centro de Coronel Fabriciano implantado em 26 de outubro de 2015, trouxe, durante quase nove meses, muitos transtornos ao empresário e à população do Vale do Aço. Acionado inúmeras vezes pelos lojistas do município, que estavam indignados com as diretrizes do chamado Faixa Azul, o Sindcomércio Vale do Aço brigou, lutou, buscou o diálogo e conseguiu ajustes para que o sistema passasse a atender – pelo menos parcialmente – à vontade dos comerciantes da cidade.

“Fomos às ruas ouvir as reclamações, provocamos uma audiência pública na Câmara Municipal, nos reunimos por diversas ocasiões com os comerciantes em nossa sede, demos suporte a um abaixo-assinado, acionamos a imprensa e ainda chegamos a preparar uma petição a ser enviada ao Ministério Público. Do jeito que estava, o Faixa Azul continuaria a trazer muita dor de cabeça para o lojista. Ainda não está totalmente de acordo com o que o empresário quer, mas o Poder Executivo municipal mostrou boa vontade e realizou mudanças muito importantes”, avalia José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio. Durante uma reunião com a prefeita Rosângela Mendes no último 18 de julho, Facundes e o diretor administrativo do sindicato, Jair Zanela, listaram uma série de


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mudanças necessárias no Faixa Azul para que o estacionamento rotativo deixasse de ser uma afronta ao consumidor e passasse a ser viável. “Uma das principais reclamações dos lojistas era a advertência no valor de R$ 4. Se o consumidor parasse seu veículo e não encontrasse um agente do Faixa Azul, quando retornava havia no párabrisa uma notificação dizendo que era necessário o pagamento de R$ 4. Conseguimos abaixar esse valor para R$ 2”, comemora o presidente do Sindcomércio, para continuar: “Reivindicamos também alguma vantagem àquele consumidor que adquirisse o ticket de estacionamento com antecedência. Fomos atendidos e, agora, quem compra antecipadamente ganha uma bonificação de 50%.” Outra mudança importante no estacionamento rotativo de Fabriciano, aponta Facundes, foi o aumento do número de agentes do Faixa Azul nas ruas. “Antes era muito difícil achar os garotos da Guarda Mirim que vendem o ticket para o estacionamento. Hoje eles estão maior número nas ruas e, ao que parece, também foram

mais bem treinados”, observa. Uma das principais reivindicações dos lojistas acabou não atendida: o aumento do tempo de carência de 10 para 20 minutos sem o pagamento do estacionamento.

Projetos Por último, o presidente do Sindcomércio lamenta que tenha sido necessária uma briga para que o Faixa Azul fosse flexibilizado. “Se o comerciante tivesse sido ouvido da maneira correta desde o início, certamente todo esse desgaste havia sido evitado”, afirma, para acrescentar: “O papel do Sindcomércio é lutar pelos direitos do comerciante varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço. Conseguimos vencer a batalha contra o Faixa Azul e continuaremos agindo sempre quando formos acionados. Acreditamos que as prefeituras de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo precisam, urgentemente, criar projetos que venham beneficiar o comércio e serviços, que são os grandes geradores de emprego e renda em nossa região.”


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Dia das Crianças e Finados com supermercados abertos

Hortifrútis, varejões e demais lojas do setor também funcionarão nos dois feriados, em Ipatinga

A abertura de supermercados, açougues, casas de carne, mercearias e demais estabelecimentos do setor, em Ipatinga, está garantida no próximo 12 de outubro, Dia das Crianças, e também no feriado de Finados, 02 de novembro, ambos serão em dia de quarta-feira. O funcionamento acontece graças a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada no final de 2015. Na ocasião, o Sindcomércio Vale do Aço pleiteou à categoria profissional a abertura de todo o comércio não só em Ipatinga, como também em Coronel Fabriciano e Timóteo, mas não houve interesse do sindicato dos empregados. Para o setor supermercadista de Ipatinga, foram negociados sete feriados na oportunidade, sendo que houve revezamento e os empregados trabalharão no máximo em quatro datas. Todos os detalhes da CCT estão disponíveis em www.sindcomerciova.com.br.


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Epa supermercados inaugura unidade em Coronel Fabriciano Comércio em Ação | Setembro/Outubro de 2016

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Nova loja no Centro da cidade possui 2 mil metros quadrados de área de venda e quatro andares de estacionamento, além de 150 funcionários e 12 checkouts

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A nova unidade do Epa Plus Supermercados, em Coronel Fabriciano, abriu as portas para a população pontualmente às 11h do último 18 de agosto. A loja está situada no Centro da cidade, na Rua Dr. Querubino, no mesmo local onde funcionou até maio uma filial do Bretas. “Hoje nós estamos inaugurando uma sede ampla, robusta e abastecida com o que há de melhor. Temos um ‘mix’ variado de produtos e também focamos no principal, que é o preço bem baixo para que a população possa vir abastecer a sua ‘panela’ com tranquilidade”, comentou o diretor de marketing do Epa, Roberto Gosende.

O diretor de marketing Roberto Gosende e o presidente do Sindcomércio, José Maria Facundes


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Gosende confidenciou ao presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço, José Maria Facundes, que a primeira unidade do Epa na região entra em funcionamento com 12 checkouts, 2 mil metros quadrados de área de venda, quatro andares de estacionamento e 150 funcionários. “Tratase de uma equipe bem treinada para poder atender bem. E a ideia é essa: trazer para cá a marca do Epa para que ela se consolide e assim as pessoas reconheçam o nosso trabalho para termos a oportunidade de expandir”, afirma o diretor. Também de acordo com Gosende, o Epa vai abrir, em breve, novas lojas no Vale do Aço. “Iremos trabalhar muito para até dezembro, se Deus quiser, também termos uma loja em Ipatinga e, no ano que vem, inaugurar mais unidade na região”, revelou, para acrescentar: “Hoje são 97 supermercados Epa em Minas Gerais e mais 19 sedes no Espírito Santo.”

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Concorrência Para o presidente do Sindcomércio, além de gerar emprego e renda, a nova unidade do Epa será importante para acirrar a concorrência no setor. “Todos saem ganhando, pois cada vez mais nossa região tem se consolidado como referência quando o assunto é o varejo supermercadista. Tradicionalmente já recebemos clientes das cidades que compõem o colar metropolitano do Vale do Aço. O Epa é mais atração para esse público que está atrás de preço baixo e qualidade”, analisa José Maria Facundes.

Nova unidade abriu as portas às 11h do dia 18 de agosto


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Vestindo os pés com muita qualidade 12

Atentas às novidades da moda, lojas de calçados no Vale do Aço se destacam pela busca incessante por beleza e conforto Mais do que mexer com a imaginação das pessoas – sobretudo das mulheres –, sapatos, sandálias, chinelos, tênis, botas e outros calçados vestem e protegem os pés de infinitas maneiras. Muitas são as dúvidas na hora de adquiri-los... Se o mais resistente, o mais bonito ou mais confortável! Certo é que as lojas do setor no Vale do Aço oferecem produtos de muita qualidade. Empresários do segmento não estão só antenados às novidades da moda, mas preocupam-se em vender algo que deixará o cliente satisfeito acima de tudo. Prova disto são as três entrevistas a seguir. Confira!


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A comerciante Wiviane Figueiredo é proprietária da Pé no Chão, que há 12 anos está situada na Rua Angélica, no Centro de Coronel Fabriciano. A loja, cujo carro-chefe são os calçados infantis, tem exclusividade no município na venda de marcas como Menina Rio e Contramão. “Trabalho com uma linha diferenciada de produtos voltada para mães, pais e filhos”, resume, informando que assumiu a Pé no Chão há seis anos. De acordo com a lojista, há um ápice de vendas em datas comemorativas como Natal e Dia das Crianças, embora o movimento seja sempre intenso. “Buscamos ter novidades na loja o ano inteiro, pois o mercado está em constante crescimento. O pezinho da criança cresce e os pais têm a necessidade de comprar. Então nos esforçamos para ter o que o cliente procura”, garante. Também conforme Wiviane, lojas de calçados devem e precisam estar atualizadas. “Recebo os representantes e sempre faço viagens em busca de novidades. Recentemente fui a uma feira em Balneário Camboriú para me inteirar melhor do mercado, antecipando a moda. É muito importante saber tendências, quais cores e modelos estarão em evidência e as pessoas vão querer usar”, explica Wiviane, informando que as fábricas de calçados estão mais concentradas em São Paulo e na região Sul. Na loja Pé no Chão ainda é possível encontrar ótimas marcas de tênis, calçados sociais e para festa, sapatos femininos para casamento, bolsas e muitos outros acessórios. “Temos um grande ‘mix’ de produtos, escolhido com muito critério”, finaliza a empresária.

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Wiviane Figueiredo é proprietária da loja Pé no Chão

Ipatinga De uma tradicional família de comerciantes, Geralda Alves Pereira é proprietária da G & G Calçados, que está localizada há 16 anos na Av. 28 de Abril, no Centro de Ipatinga. A loja é uma referência em calçados esportivos, oferecendo, por exemplo, as melhores chuteiras Nike, Dray, Penalty e Umbro. “Também temos uma variedade grande de calçados infantis e femininos de marcas tradicionais como Grendene, Rider, Ferracini, Rafarillo, Fasolo e Piccadilly”, informa. Geralda revela que fará, neste segundo semestre, uma grande reforma na G & G calçados. “Vamos estruturar um espaço bem completo, com uma vitrine bonita e mostruários amplos. Tudo que fazemos é pensando no

Geralda Alves Pereira, da G & G Calçados, loja que está há 16 anos na Av. 28 de Abril

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cliente, seja em uma exposição perfeita de produtos ou contratando mais funcionários em vésperas de datas especiais para que o atendimento não perca a nossa qualidade”, comenta. Funcionários e proprietários de lojas de calçados devem conhecer muito bem o que há no estoque, conforme explica Geralda: “O cliente chega à loja e não será interessante se ele apenas visualizar o sapato na vitrine. Ele precisa tê-lo em mão, senti-lo. Se o que procura não estiver em exposição, poderá estar no estoque. Então é necessário ouvi-lo com calma para saber o que exatamente quer”, explica. Por último, a proprietária da G & G calçados afirma que as novidades em vésperas de datas comemorativas são muito importantes para garantir boas vendas. “Também trabalho muito com promoções e preços diferenciados: divido em até seis vezes e dou descontos que podem chegar 20% na compra à vista”, completa.

Timóteo 14

Já as irmãs Thaís e Fabiany Duarte gerenciam a loja Stillus Calçados, fundada pelo pai, Edmilson, e que há 10 anos funciona na Rua 31 de Março, no Centro de Timóteo. Porém, a família tem uma tradição de 30 anos no segmento de calçados no município. “Nosso pai ainda fundou a Cinderela Calçados, a Sapeka e a Passarela, além de outras lojas”, diz Thaís, para acrescentar sobre o “carro-chefe” da Stillus: “Vendemos de tudo um pouco, de calçados infantis a saltos mais grossos. Mas nosso foco são as sandálias e os sapatos.” Calçados mais confortáveis, ortopédicos e atuais à moda também estão em alta na loja sob a gerência das irmãs. “Orientamos nossas vendedoras a ter um cuidado muito especial na hora de atender o cliente, buscando

Empresários do segmento não estão só antenados às novidades da moda, mas preocupam-se em vender algo que deixará o cliente satisfeito.

Thaís e Fabiany gerenciam, em Timóteo, a loja Stillus fundada pelo pai

um diálogo para saber o que exatamente ele procura. Queremos que as pessoas se sintam confortáveis quando estiverem na Stillus, que tenham uma recepção muito agradável”, afirma Thaís. Também de acordo com ela, o movimento é mais intenso na loja na véspera do Dia das Mães e no Natal. Fabiany é a responsável pelas compras e acompanha, sobretudo via Internet, quais são as últimas tendências. “Nossas páginas no Facebook e Instagram estão sempre atualizadas com os novos produtos que chegam. Uma das peculiaridades de lojas de calçados é atender a todos os públicos, de faixas etárias e classes diferentes. Temos que estar sempre atentas”, comenta Fabiany. Ainda conforme Thaís, a loja tem diminuído a margem de lucro dos calçados para fazer girar as mercadorias. “Cada vez mais temos ótimos preços e formas de pagamento variadas, como cartão de crédito parcelado e crediário. Então oferecemos uma grande variedade de calçados a preços promocionais”, conclui.


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Evento para contadores discute os

desafios

e rumos da

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Com presença maciça da classe, “Homenagem ao Contabilista” promovida pelo Sindcomércio repete sucesso em sua 8ª edição

Profissionais de contabilidade do Vale do Aço compareceram em peso à 8ª edição da “Homenagem ao Contabilista” na noite do último 14 de junho, no hotel Metropolitano, em Coronel Fabriciano. Em uma iniciativa do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço com o patrocínio da Caixa e da Usisaúde, o evento foi uma oportunidade para a categoria refletir sobre os novos rumos da atividade e também discutir quais serão os próximos desafios.

Evento, que contou com palestra, jantar e sorteio de brindes, voltou a reunir um grande público


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O consultor empresarial Jô Gouvea foi o palestrante da noite. Segundo ele, cada vez mais os contabilistas têm tido o trabalho valorizado pelas empresas. “Se você está em uma festa ou em qualquer outro lugar e comenta que trabalha como contador, tem sempre alguém para fazer uma consulta”, diz, para continuar: “Muitas microempresas surgem diariamente e algumas delas, por falta de uma consultoria contábil, acabam fechando em pouco tempo, quase sempre nos três primeiros anos.” Ainda de acordo com o palestrante, é o contador quem vai esclarecer ao empresário a importância do capital de giro e também apontar a direção para o crescimento de sua empresa. “O profissional de contabilidade deixou de ser um mero guarda-livros há muito tempo. Trata-se da primeira profissão autônoma reconhecida no país, sendo atualmente um consultor de soluções contábeis tanto para pequenas como para grandes empresas”, reforça Gouvea.

Capital de giro Gerente de atendimento de Pessoa Jurídica em Ipatinga, Leandro Subtil informou que atualmente são sete agências da Caixa no Vale do Aço, além de unidades da Caixa Aqui e casas lotéricas espalhadas por toda a região. “Homenagear os contabilistas é muito importante para nós, pois são profissionais que lidam diretamente com boa parte dos nossos clientes e podem levar informações preciosas a eles”, afirma. Subtil garante: “Hoje a Caixa é um banco no qual nossos parceiros conseguem obter crédito para capital de giro em condições abaixo das aplicadas no mercado. É importante que o empresário tenha esta informação.” Ainda conforme o gerente, recentemente a Caixa conquistou a 2ª colocação de maior banco do Brasil e, ainda, recebeu – pelo terceiro ano consecutivo – um importante selo como melhor gestora de fundos de investimento no país.

Leandro Subtil lembrou que diariamente os profissionais de contabilidade levam informações preciosas aos clientes da Caixa

Plano de saúde para contabilistas Representando a Usisaúde, Alinne Kelle Soares lembrou que desde 2015 existe a parceria com o Sindcomércio na oferta de um plano de saúde adequado à Convenção Coletiva de Trabalho dos funcionários no comércio varejista do Vale do Aço. “Aproveitamos a oportunidade para estender as condições que são hoje oferecidas aos comerciários também aos escritórios de contabilidade do Vale

Alinne Soares revelou que a Usisaúde estendeu as condições do plano de saúde do comércio aos contadores do Vale do Aço

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do Aço. Isso significa atendimento de qualidade da Usisaúde a preços e condições especiais, numa rede ampla no Vale do Aço, incluindo o Hospital Márcio Cunha, que hoje é uma referência”, revelou Alinne Soares.

Agradecimento

O contador Geraldo Eugênio de Oliveira, o “Ladico”, ladeado pelas funcionárias Natalia Thaís Menezes e Elimar Alvarenga

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Adair José e Reginaldo Gomes também prestigiaram a Homenagem ao Contabilista

Por sua vez, o presidente do Sindcomércio Vale do Aço, José Maria Facundes, disse que ter a Caixa e o Usisaúde como parceiros da Homenagem ao Contabilista mostra que o evento está consolidado e atingindo a sua finalidade. “Gostaríamos de agradecer a presença maciça dos profissionais de contabilidade ao nosso encontro. Acreditamos que também foi um momento de confraternização para que a classe pudesse trocar ideias e adquirir ‘know how’ para seus escritórios”, comemora o dirigente sindical. Além da palestra de Jô Gouvea, a Homenagem ao Contabilista ainda teve jantar e sorteio de brindes, com destaque para três notebooks para contabilidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. Sebrae e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG) também apoiaram o evento.

O consultor empresarial Jô Gouvea foi o palestrante da noite


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Carisma e presença diária no comércio 20

Aos 65 anos, mais de três décadas após ter iniciado no segmento de hortifrútis, Jayder Miranda esbanja simpatia no atendimento aos seus fiéis clientes do Mercafrutas Esperança

Jayder Pereira de Miranda, de 65 anos, é um daqueles comerciantes cheios de histórias pra contar. Pouca gente sabe, mas o proprietário do tradicional Mercafrutas Esperança chegou a fazer parte do Ministério da Aeronáutica e foi metalúrgico na Usiminas antes de encontrar sua real aptidão e fundar o estabelecimento que hoje é uma das principais referências da região no setor de hortifrútis. Jayder recebeu a reportagem da Revista COMÉRCIO EM AÇÃO em um dos balcões de seu comércio, que está situado na Rua Crisântemo , no Bairro Esperança, em Ipatinga. Ao lado da esposa, Aparecida Anunciada, o empresário concedeu uma tranquila e divertida entrevista, demonstrando todo o carisma que foi fundamental para a fidelização de centenas de seus clientes ao longo de quase 37 anos. Confira a seguir as muitas histórias do comerciante que, vítima de um assalto em 1996, carrega até hoje uma bala alojada na cabeça.


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COMÉRCIO EM AÇÃO – Quando surgiu a ideia de entrar para o comércio? JAYDER MIRANDA – Me desliguei da Usiminas em 1979 e no ano seguinte abri uma “portinha”, um pequeno negócio na Av. Simon Bolívar, no Bairro Cidade Nobre, em uma garagem ao lado de onde atualmente funciona a drogaria São José. Na ocasião, comprei um mercado pequenininho para trabalhar com meu irmão, Juscelino. Uma época na qual vendíamos legumes e verduras em caixas de madeira. O nome Mercafrutas foi dado pelo próprio dono deste imóvel. Com o passar dos anos fomos crescendo e surgiu a necessidade de mudarmos e também ampliarmos nossas instalações. Só na Av. Simon Bolívar funcionamos em três pontos diferentes, sempre aumentando a loja. Já em 1994 nos estabelecemos em definitivo no Bairro Esperança, ocasião na qual me separei do meu irmão e assumi os negócios com a minha esposa, Aparecida. Então foi quando começou, de fato, o Mercafrutas Esperança, que há 22 anos está no mesmo ponto. No início tudo foi muito difícil... Minha família era nova e chegou uma hora que minha esposa teve que parar de lecionar para me ajudar na administração dos negócios. Graças a Deus, hoje temos um comércio que é muito respeitado pela população. C.A. – Mas quando o Sr. começou, de fato, a construir a sua história no Vale do Aço? J.M. – Sou natural de Inhapim e vim para Ipatinga em 1974. Um ano depois ingressei na Usiminas, onde atuei como mecânico de manutenção geral. Antes, ainda havia trabalhado na Aeronáutica, em Brasília, de 1971 até 1974. Exercia a função de bombeiro e fazia, por exemplo, a segurança nas pistas de pouso durante a chegada de autoridades. Foi uma experiência muito bacana... Tinha apenas 19 anos e até hoje guardo boas recordações desta época. C.A. –Falando sobre o Mercafrutas Esperança, qual pode ser considerado o carro-chefe da empresa atualmente? J.M. – São as frutas, as verduras e os legumes. É o que sempre chamou mais atenção no nosso comércio, pois temos um cuidado muito especial na escolha... Faço questão de ir pessoalmente comprá-las, seja em Caratinga ou Belo Horizonte. Quando começamos, os supermercados sequer tinham hortifrútis. Hoje, a concorrência aumentou e a nossa qualidade foi mantida. Então sempre busquei comprar coisas novas e ter variedade, o que faz com que o Mercafrutas Esperança ainda conquiste clientes em todo o Vale do Aço. Meu irmão Juscelino voltou a trabalhar comigo e fazemos entregas em bairros como Bom Jardim,

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O comerciante, no final da década de 80, com a esposa Aparecida e os filhos Ludmila e Leonardo

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Jayder e sua equipe comemorando os 30 anos de Mercafrutas Esperança

Bom Retiro, Caravelas e Bairro das Águas. O nosso “sacolão” a R$ 1,49 o quilo, com a qualidade que oferecemos, acaba atraindo consumidores de todos os lugares. E foi trabalhando assim que nos tornamos referência quando o assunto é preço e qualidade. Prova disto é que pelo menos 70% dos restaurantes da cidade compram com a gente, por essa qualidade de frutas, legumes e verduras, além da rapidez nas entregas. Apesar da concorrência, a gente continua com o pulso forte e vai vencendo. Não pode abaixar a guarda! C.A. – O Sr. é casado com Aparecida, com quem teve dois filhos... J.M – Exato! Minha filha, Ludmila Costa Miranda, de 33 anos, formou-se em Administração e começou a ingressar conosco aqui no Mercafrutas recentemente... Sua ajuda está sendo muito importante para manter o sucesso dos negócios. Já meu outro filho, Leonardo, que se estivesse


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vivo teria 36 anos, infelizmente faleceu em um acidente de carro em 2001, em Iapu. Jayder dá uma pausa na entrevista para conversar com um de seus clientes fiéis, morador do Bairro Ideal, que faz compras no Mercafrutas desde o início no Bairro Cidade Nobre. Em seguida, o empresário apontou no interior da loja pelo menos outras cinco pessoas que compram em seu comércio há mais de 20 anos. Também há dois funcionários que estão desde 1994 no Mercafrutas Esperança: Rosimeira e Márcio Pereira.

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C.A. – Mesmo após 36 anos de loja, o Sr. continua trabalhando normalmente? J.M – Sim! Negocio diretamente com os fornecedores e faço questão de continuar trabalhando, pois assim me mantenho saudável, apesar de já ter sido baleado durante um assalto em 1996. Aconteceu quando já tínhamos fechado as portas e um funcionário resolveu reabri-las bem rápido para atender um cliente que havia chamado. Dois homens entraram, anunciaram o assalto e eu reagi. Fui baleado no rosto, abaixo do meu olho esquerdo. Não atingiu ossos do crânio e nenhum local que viesse a dar compliA atual fachada do Mercafrutas Esperança e o início das obras (no detalhe), em meados de 1994

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cações, mas a bala, um projétil calibre 32, está alojada na minha cabeça até hoje, na parte de trás, em cima da nuca. Graças a Deus não foi nada grave, pois recebi alta de um dia para o outro. Hoje penso diferente e jamais reagiria a um assalto. C.A. – Qual a avaliação que o Sr. faz do comércio desde quando iniciou, lá em 1980, até os dias de hoje? Muita coisa mudou? J.M. – Hoje em dia são necessários mais investimentos em segurança, seja na instalação de câmeras ou na contratação de vigias dentro da loja. Ainda assim há muito furto, o que no nosso segmento é comum. Sempre tem alguém levando sem pagar um biscoito ou uma bebida, por exemplo. Mas posso dizer que estar na loja todos os dias foi muito importante para que desse tudo certo. Deus me deu um carisma para lidar com os clientes e estou sempre brincando com as pessoas que vêm ao Mercafrutas Esperança. Gosto de bater um papo, dar um abraço... Fico o dia todo na loja e o cliente gosta de ver o dono. Chegam aqui e perguntam: ‘O que está acontecendo com o Sr. Jayder que eu ainda não o vi aqui hoje?’. E esse corpo-a-corpo fez toda a diferença nestas quase quatro décadas de comércio!


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