REVISTA BPC N1

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DEZEMBRO DE 2011


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A Revista BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL, é uma publicação que vem de encontro às necessidades prementes de uma classe que anda esquecida e tem sido bombardeada por seguimento assemelhado de ordem pública, sem merecer. A Organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras através de sua Divisão Social e de Cooperação vem com isso suprir uma necessidade que é real para toda a classe profissional de Bombeiros Civis. Esta publicação tem a intenção de não só levar ao Bombeiro Civil, mas para qualquer outro profissional da emergência informações que possam introduzir ao currículo do leitor uma bagagem dinâmica de conhecimentos. Estaremos chegando a bombeiros de todo o planeta de maneira totalmente gratuita e on-line, revista essa que poderá ser baixada diretamente em nosso blog a cada dois meses. Queremos convidar a todos os interessados em participar de nossas publicações, enviando elogios e criticas construtivas, idéias para pauta e muito mais. Essa é apenas nossa edição de lançamento, esperamos servir de instrumento do conhecimento continuado do profissional de emergência, principalmente do BOMBEIRO CIVIL.

Obrigado a todos os leitores e à aqueles que tornaram esta publicação possível. Divisão Social e de Cooperação: BUSF-BRASIL

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Editoração Eletrônica: Bolívar Fundão Filho Presidente BUSF-BRASIL: Bolívar Fundão Filho Diretora Social e de Cooperação da BUSF -BRASIL: Carleci de Souza Silva Diretor de Imprensa da BUSF-BRASIL: André Aparecido Arruda Contatos: busfbrasil@r7.com Logomarca REVISTA BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL Bolívar Filho Blog REVISTA BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL www.revistabpc.blogspot.com Contato Comercial: bolivarfilho@yahoo.com.br Mande sua sugestão para: busfbrasil@r7.com Fale Conosco: 55—11-2374-9844—Fixo 55-11-6688-0899—Oi 55-11-8913-5616—Claro 55-11-6065-7856—Tim 55-11-6847-9181—Vivo Edição: OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2011






Fundada em 2008 pelo atual presidente Gilcélio Gonçalves Sarmento, a ANDRAE,

Associação Nordestina de Resgate e Administração de Emergências é uma Organização Não Governamental composta de socorristas e guardavidas voluntários, seu trabalho está voltado ao Atendimento PréHospitalar, Palestras Educativas e na promoção CE campanhas de cunho exclusivamente social e ambiental, como: ANDRAE contra a fome, ANDRAE contra pedofilia, ANDRAE contra violência doméstica, ANDRAE contra drogas, entre outras. A instituição, que tem como objetivo contribuir de forma social com a comunidade nordestina, presta diferentes serviços relevantes a socieda-

de, transportando vítimas e necessitados em ambulâncias, educando o jovem, e incentivando o esporte e o lazer, profissionalizando nas áreas de salvamento, desenvolve a cultura, promove a doação de cestas básicas e executa trabalhos sociais de maneira geral, resgatando a dignidade o respeito e a convivência familiar e comunitária, além de colaborar para o desenvolvimento educacional e psicológico de pessoas de comunidades carentes. A instituição é composta por Enfermeiros, Bombeiros Civis, Radiologistas, Acadêmicos de Enfermagem, Acadêmicos de Biomedicina, Acadêmicos de Radiologia e cidadãos de di-

Solidariedade é o principal objetivo da Instituição e seus voluntários


versos seguimentos sociais que têm interesse pela área de pronto atendimento emergencial e sejam antes de tudo preocupadas com o desenvolvimento de uma sociedade justa para todos. O DIFERENCIAL A ANDRAE oferece aos seus membros treinamento gratuito de Atendimento Pré-Hospitalar, Salvamento em Altura, Atendimento PréHospitalar Tático, Salvamento Aquático, Salvamento Terrestre dentre outros, procurando capacitar seus voluntários de maneira a darem uma resposta adequada às diversas situações em que são colocados a prova. Na verdade a instituição funciona como uma grande família, onde seus membros mutuamente se apóiam, e são incentivados a estudar e aprimorar seus conhecimentos, cada vez mais. Para receber os treinamentos na ANDRAE, o interessado deve, antes de tudo, passar por um teste de até três meses, onde o candidato deverá demonstrar auto controle, determinação, interesse pelo trabalho voluntário e, acima de tudo, vontade de aprender. A entidade ainda promove campanhas para arrecadação de fundos para manter seus projetos, através de camisas que são vendidas. Muitos desses fundos são investidos em cursos gratuitos para as populações carentes. Os trabalhos realizados pela ANDRAE as populações carentes são totalmente voluntários.

TEMPO DE EXISTÊNCIA Hoje a instituição já com 3 anos de existência, possui um quadro de 25 membros atuantes. Seu início se deu na praia de Manaíra, em João Pessoa – PB, com o treinamento de pessoas que não tinham condições financeiras de arcar com as despesas de um curso de Primeiros Socorros. As aulas eram ministradas todas as quintas feiras das 19:00 às 22:00 horas e aos sábados das 17:00 às 22:00 horas. Naquela época eram arrecadadas doações e com o dinheiro foram compradas camisas para serem vendidas, gerando meios para que a instituição pagasse a documentação exigida para a implementação do projeto. Os resultados destes esforços se apresentaram de maneira positiva, tanto no que diz respeito aos treinamentos, quanto ao trabalho social que passou a ser executado pela entidade. RECONHECIMENTO: Atualmente e reconhecida pela população a ANDRAE realiza vários eventos no nordeste brasileiro, além Preparados para qualquer situação...


de promover campanhas solidárias, seus membros são capacitados e ministrarem com propriedade palestras em universidades e faculdades, organizações privadas e públicas e prestarem serviços de interesse social em qualquer parte não só do nordeste como também do Brasil. O trabalho desenvolvido pela ANDRAE é tão importante para a região nordeste que vários artistas, cantores e autoridades apoiaram suas atividades, como Kiko, músico da Banda Roupa Nova, Bel do Chiclete com Banana, Paulinho do Roupa Nova, dentre muitos outros. Seu presidente Gilcélio Gonçalves Sarmento é hoje “Delegado Estadual para a Paraíba” da Organização Bom-

beiros Unidos Sem Fronteiras e esta capacitando a exercer operações de Resgate, Busca e Salvamento em qualquer país signatário da Carta das Nações Unidas. Como Delegado Estadual da BUSF -BRASIL tem sob sua responsabilidade a administrações dos interesses da instituição em seu estado. A ANDRAE conta com parcerias diversas em praticamente todo o Brasil, seus membros são constantemente convidados a colaborarem tanto em seus estado como fora dele no desenvolvimento de atividades de Bombeiros Civis, Guarda-Vidas e Administração de Emergências em situações de Catástrofes.


Campanhas são permanentemente elaboradas pelos seus responsáveis.

Atualmente Gilcélio Gonçalves Sarmento está sendo cogitado para ser também o Delegado Estadual na Paraíba do Conselho Nacional de Bombeiros Civis, com sede em Brasília. A Revista Bombeiro Profissional Civil, se orgulha de poder ter tido em nossa primeira edição a matéria dessa valorosa instituição de abnegados voluntários, capazes de deixar o aconchego de seus lares, seus familiares e amigos, para poderem se dedicar, até mesmo correndo riscos a estranhos em suas necessidades mas diversas. Existe uma máxima no meio militar que diz que: Existem no mundo três tipos de pessoas, As ovelhas,

Os Lobos, E aqueles que protegem as ovelhas dos lobos. Acredito que sabemos onde se enquadram os voluntários da ANDRAE. Que Deus proteja a todos vocês...... Cursos de Guarda-Vidas, ajuda inestimável ao turismo nordestino.



FALE COM A ANDRAE:

Telefone: (83) 88050508 – (83) 96048989 Email: contato@andrae.org.br Site: www.andrae.org.br Profissional Responsável pela Instituição: Enfermeiro Gilcélio Gonçalves Sarmento (Presidente) Inscrição COREN:PB 004-080 Telefone: (83) 99789761 Email: celioateph@hotmail.com




PARTE 2



Traumas Fechado: Mecanismos de Contenção Até agora, foram descritas lesões em pacientes que não usavam mecanismos de

contenção no momento do impacto. Mas, com a propagação do uso destes dispositivos, houve uma grande redução da morbimortalidade dos pacientes vitimas de acidentes. Quando o cinto de segurança é posicionado adequadamente, a pressão do impacto é absorvida pela pelve e tórax, resultando numa diminuição drástica do número e gravidade das lesões. Já quando posicionado de forma inadequada (acima da pelve), a pressão é absorvida por tecidos moles da cavidade abdominal e retroperitônio, podendo resultar em lesões por compressão (ex. baço, fígado, pâncreas, duodeno). É possível ainda ocorrer lesões por aumento da pressão abdominal e por hiperflexão da coluna lombar (fraturas por compressão anterior). Cabe ressaltar que a gravidade destas lesões são ainda bem menores, se o cinto não estivesse sendo usado. O cinto de dois pontos é eficaz nas colisões laterais, mas nos outros tipos de colisões, podem ocorrer lesões graves de cabeça e pescoço. Em vista disto, faz-se ne-

cessário o uso do cinto de três pontos. Este tipo de dispositivo reduz muito a gravidade das lesões de tórax, pescoço e cabeça quando utilizados corretamente. Existem muitos relatos de lesões pelo uso do cinto, tais como fratura das clavículas e contusão miocárdica. Entretanto, se a vítima estivesse sem ele, dificilmente teria sobrevivido. O uso inadequado da faixa diagonal pode resultar em graves lesões cervicais. O “air-bag” é outro dispositivo que reduz significativamente algumas lesões frontais. Ele absorve parte da energia do impacto, aumentando a distância de parada e conseqüentemente diminui a permuta de energia. Entretanto, ele só é eficiente no primeiro impacto. Nos impactos subseqüentes ele não tem qualquer ação, bem como nos impactos laterais, traseiros e capotamentos. Portanto, ele deve ser encarado como complementar e não substituto ao cinto. A sua expansão pode causar lesões no tórax, braços e face, principalmente se a vítima usar óculos. Alguns veículos contam com barras laterais de reforço. Isso diminui as lesões produzidas pela projeção da carroçaria para dentro da cabine. Em vista disto, para uma proteção mais completa, os usuários dos veículos devem usar o cinto de três pontos de maneira correta e se possível o “air-bag”. Cabe ressaltar que estes dispositivos são projetados para adultos. Portanto crianças devem trafegar no banco traseiro utilizando mecanismos contensores adequados ao seu tamanho. • Quedas Vítimas de queda estão sujeitas a múltiplos impactos e lesões. Nestes casos, devem ser avaliados:


les). Nos casos em que a cabeça recebe o primeiro impacto ocorre lesões de crânio e coluna cervical. Explosões

· Altura da queda: quanto maior a altura, maior a chance de lesões, visto que a velocidade em que a vítima atinge o anteparo é proporcionalmente maior e conseqüentemente a desaceleração. · Compressibilidade da superfície do solo: quanto maior a compressibilidade, maior a capacidade de deformação, aumentando a distância de parada, diminuindo a desaceleração. Isto pode ser exemplificado quando se compara uma superfície de concreto e uma de espuma. · Parte do corpo que sofreu o primeiro impacto: este dado permite levantar a suspeita de algumas lesões. Quando ocorre o primeiro impacto nos pés, ocorre uma fratura bilateral dos calcâneos (“Síndrome de Don Juan”). Após, as pernas absorvem o impacto, levanto a fraturas de joelho, ossos longos e quadril. A seguir o corpo é flexionado, causando fraturas por compressão da coluna lombar e torácica. Já quando a vítima bate primeiramente as mãos resulta em fraturas bilaterais do rádio (Fratura de Col-

Esta ocorrência não é exclusiva dos tempos de guerra. Devido à violência civil, às atividades terroristas e ao transporte e armazenamento de materiais explosivos, as explosões ocorrem de modo rotineiro. Elas resultam da transformação química, extremamente rápida, de volumes relativamente pequenos de materiais sólidos, semisólidos, líquidos ou gasosos que rapidamente procuram ocupar volumes maiores. Tais produtos, em rápida expansão, assumem a forma de uma esfera, a qual possui no seu interior uma pressão muito mais alta que a atmosférica. Na sua periferia, se forma uma fina camada de ar comprimido que atua como uma onda de pressão que faz oscilar o meio em que se propaga. A medida em que se afasta do local de detonação, a pressão rapidamente diminui (à 3ª potência da distância). A fase positiva pode atingir várias atmosferas com duração extremamente curta. A fase negativa é de duração mais longa.

As explosões podem causar três tipos de lesões: · Lesões primárias: resultam diretamen-


te da onda de pressão. Elas tem maior capacidade lesiva para os órgãos que contém gás. As lesões mais comuns são as roturas do tímpano, contusão, edema e pneumotórax quando atinge os pulmões. Em explosões subaquáticas, os órgãos mais acometidos são os olhos (hemorragias e descolamento de retina) e roturas intestinais. · Lesões secundárias: resultam de objetos arremessados a distância, que atinge os indivíduos ao redor (ex. granadas). · Lesões terciárias: neste tipo, o próprio indivíduo se transforma em um “míssil” e é arremessado contra um anteparo ou o solo. Lesões no esporte Muitos esportes ou mesmo atividades recreativas são capazes de levar à lesões graves. Elas podem ser por desaceleração, compressão, hiperextensão, hiperflexão, etc. Isto é agravado pelo grande aumento de “esportistas” ocasionais ou recreacionais, os quais não têm o treinamento e técnica necessários, além da falta de equipamento de proteção.

lesões são os danos ocorridos nos equipamentos. A quebra por exemplo de um capacete, evidencia a violência do impacto, bem como sua localização e mecanismo de trauma envolvido. Cada esporte tem um mecanismo específico de lesão, mas existem princípios gerais, que são: · Que forças atuam na vítima e como elas atuam; · Quais são as lesões aparentes; · Quais partes do corpo trocaram energia com algum objeto ou solo; · Quais outras lesões podem ter sido produzidas pela troca de enrgia estimada; · O que pode ter sido comprimido; · Como ocorreu a aceleração ou desaceleração; · Quais lesões podem ter sido produzidas por movimentos ocorridos (hiperflexão, hiperextensão, etc.). Trauma Penetrante: Como já discutido anteriormente, quando um objeto em movimento se depara com um obstáculo, ocorre uma permuta de energia entre eles. Quando esta é concentrada em uma pequena área, ela pode exceder a tensão superficial do tecido e penetrá-lo.

Esportes que envolvem alta velocidade (ex. esqui, skate, ciclismo) levam a lesões similares às causadas por motocicletas, já descritas anteriormente. Uma importante pista para suspeita de

A permuta de energia entre objeto em movimento e os tecidos resulta em cavitação. Ela depende da área e forma do míssil, da densidade do tecido e velocidade do projétil no momento do impacto. Cabe ressaltar que a área e a forma podem variar a medida em que sofrem desvios (desvio lateral em relação ao eixo vertical -


gia é o tamanho da cavitação (temporária e permanente). Algumas armas, além de causar lesões ao longo de seu trajeto, causa lesões ao redor. O vácuo criado pela cavitação, leva fragmentos de roupa, bactérias, etc. para dentro da lesão. A distância também é importante. Quanto maior, menor será a velocidade do projétil., diminuindo as lesões. Lesões Regionais Específicas

efeito “yaw” ou derrapagem e rotação transversalefeito“tumble” ou cambalhota), além da possibilidade de sofrer fragmentações. Níveis de Energia São classificadas em três categorias: · Baixa energia: correspondem à facas e outros objetos lançados manualmente. Eles causam lesões somente pela sua superfície cortante, gerando poucas lesões secundárias. Portanto, seu trajeto dentro do corpo for conhecido, pode-se predizer a maioria das lesões. O sexo do agressor é um dado para se predizer este trajeto. Geralmente os agressores produzem lesões acima da lesão de entrada e as agressoras abaixo. Outros dados essenciais são: a posição da vítima e do agressor, o tipo de arma utilizada e a movimentação do objeto dentro do corpo da vítima. · Média energia: corresponde aos revólveres e alguns rifles. ça.

· Alta energia: rifles militares ou de caO que difere os de média e alta ener-

· Cabeça: após o projétil penetrar no crânio, a energia é distribuída numa cavidade fechada. Isto leva a uma aceleração das partículas contidas nesta cavidade (no caso o cérebro), forçando-as contra o crânio. Como este é inflexível, o cérebro se choca contra a parede interna do crânio, produzindo muito mais lesões se comparada às cavidades expansíveis. Armas de média energia (ex. calibre 22) podem seguir a curvatura interna do crânio. O projétil entra, mas não tem energia o suficiente para sair, fazendo com que siga tal trajeto. Este fenômeno pode causar graves lesões, denominando tais armas como “assassinas”. · Tórax: (1) Pulmões: devido à sua baixa densidade, o projétil entra sem causar grandes lesões. Mas do ponto de vista clínico, estas são muito importantes, principalmente pelas alterações do espaço pleural (ex. pneumotórax, hemotórax, etc.).


(2) Estruturas vasculares: pequenos vasos não são firmemente fixados à parede torácica, podendo ser afastados do objeto lesivo sem sofrerem grandes danos. Já os grandes vasos (ex. aorta, cavas) não podem se mover facilmente, sendo mais suscetíveis à lesões. O miocárdio quando atingido por armas potentes, sofre lesões que levam à exasangüinação imediata. Mas, quando atingido por armas mais leves (ex. estiletes, facas, calibre 22), devido à sua contração, reduz o tamanho das lesões permitindo que a vítima chegue viva ao hospital. (3) Esôfago: sua poção torácica pode ser penetrada, derramando seu conteúdo na cavidade torácica. Os sinais e sintomas desta lesão podem aparecer tardiamente (horas ou dias após). Portanto, mesmo sem estes sinais, tais lesões devem ser suspeitadas e investigadas, permitindo tratamento precoce, o que previne muitas complicações graves (ex. mediastinite). · Abdome: armas de baixa energia podem penetrar a cavidade abdominal sem causar danos significantes. Somente 30% dos ferimentos por faca requerem reparação cirúrgica. As armas de média energia são mais lesivas, requerendo reparação em 85 a 95% dos casos. Quando estas armas atingem estruturas sólidas ou vasculares,

podem não produzir sangramento imediato, permitindo a vítima chegar viva ao hospital. · Extremidades: (1) Ossos: quando um osso é atingido pode sofrer fragmentação. Estes fragmentos se transformam em “projéteis secundários” lesando os tecidos ao redor. (2) Músculos: são expandidos ao longo do trajeto, podendo causar hemorragias. (3) Vasos sangüíneos: podem ser penetrados pelo projétil ou sofrerem obstrução por danos de seu revestimento endotelial (por lesão secundária).

Ferimentos de Entrada e Saída A determinação se um orifício é de entrada ou saída é de suma importância para que atenda uma vítima de ferimento por projétil de arma de fogo. Dois orifícios podem indicar dois ferimentos separados ou podem ser os ferimentos de entrada e saída de um único projétil. Em ambos os casos as informações podem influenciar a identificação das estruturas anatômicas possivelmente lesadas e a conduta a ser tomada. Geralmente, os orifícios de entrada são lesões ovais ou redondas, cercadas por uma área enegrecida (1 a 2 mm de extensão) devido à queimadura e/ ou abrasão do tecido. Dependendo da distância da arma, podemos ter aspectos diferentes. Se muito próximo ou encostado à pele, gases são forçados para dentro do subcutâneo. A explosão deixa uma visível queimadura na pele. Quando ocorre de 10 a 20 cm pode ser visto um pontilhado (tatuagem) devido às partículas de pólvora lançadas em ig-


nição. Estas características podem variar de acordo com a vestimenta da vítima. Já o ferimento de saída tem um aspecto estrelado, sem as alterações mencionadas acima. Para fins médico-legais, uma lesão só pode ser dita de entrada ou saída em duas situações: quando há somente uma lesão ou quando se tem documentação histológica da presença de queimadura por pólvora ao redor da lesão. Guia de Informações Respondendo as questões abaixo, será possível interpretar os dados obtidos na história do trauma, correlacionando-os com a clínica.

Impacto: Que tipo de impacto ocorreu - frontal, lateral, traseiro, angular, capotamento ou ejeção? Qual a velocidade em que ocorreu o acidente? Estava a vítima usando dispositivos de contenções?

Qual a distância de parada? Que parte do corpo foi primeiramente atingida?

· Explosões: Qual a distância entre a explosão e o paciente ? Quais as lesões primárias, secundárias e terciárias à explosão podem existir ?

· Penetrantes: Onde está o agressor? Qual o sexo do agressor? Que arma foi usada? Se uma arma de fogo, qual o calibre e munição utilizada? A que distância e ângulo foi disparado? Respostas a estas questões são essenciais para localizar os efeitos ocultos do trauma no corpo. Uma adequada avaliação da cinemática do trauma pode ajudar a equipe à predizer e suspeitar de possíveis lesões e orientar exames específicos, a fim de encontrar lesões ocultas.

Onde supostamente estão as lesões mais graves?

Referências Bibliográficas:

Que forças estão envolvidas?

1. AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support. Instructor Manual. Chicago,1993.

Qual o caminho seguido pela energia? Quais órgãos podem ter sido lesados neste caminho? A vítima é uma criança ou um adulto?

· Queda: Qual a altura?

2. FELICIANO, D.V.; WALL, M.J.Jr. Pacient of injury. In: MOORE, E.E.; MATTOX K.L.; FELICIANO,D.V. Trauma. East Norwalk, Connecticut, Appleton & Lange, 1.ed. 1991,p.81-93 3. Basic and Advanced Pre Hospital Trauma Life Support - PHTLS. 3.ed. Mosby Lifeline. 1995.





Por: BolĂ­var Filho


Presidenta Dilma Rousseff da show de democracia e constitucionalidade respondendo a altura a artimanha impetrada por Comandantes de Bombeiros Militares do Brasil, e VETA a PLC nº 7/2011 A Presidenta Dilma Rousseff, vetou no dia 11 de outubro o Projeto de Lei Complementar – PLC nº 7/2011 em reconhecimento aos esforços e clamor dos Bombeiros Civis de todo o Brasil, por entender que a legislação aprovada em 2009, pelo então Presidente Lula Lei 11.901/09 está sedimentada não cabendo alterações, principalmente que fossem mexer tão profundamente na categoria. Vimos no veto da Presidenta Dilma Rousseff um verdadeiro ato de coragem que sempre lhe é peculiar. A decisão da Presidenta dá uma resposta direta a todas as ações dos Comandos dos Bombeiros Militares que fizeram de tudo de maneira inescrupulosa e escusa para que fosse apro-

vada a referida PLC 07/2011, por não admitirem o reconhecimento da profissão de Bombeiros Civis em nosso país. Interesses espúrios tentaram relegar os profissionais Bombeiros Civis por obra do PLC 7/2011 de autoria do ex-Deputado Federal Laerte Bessa, (que na verdade de Bombeiro e Segurança de Incêndio não entende absolutamente nada) à condição de Brigadistas Particulares. O brilhante empenho das organizações de Bombeiros de vários estados do Brasil e o trabalho do corpo de diretores do Conselho Nacional de Bombeiros Civis, juntamente com vários trabalhadores Bombeiros Profissionais Civis fizeram a diferença! Essa reunião de entidades preocupadas com a categoria conseguiram juntas frustrar a pretensão de uma arcaica organização que se formou de Comandantes de Bombeiros Militares, muitos destes donos de escolas de formação de Bombeiros Civis, “pasmem, mas é a pura verdade”. Esse grupo de militares eram os responsáveis por traz do ex-Deputado Federal Laerte Bessa que apresentou


o projeto simples de apenas (mudança da nomenclatura BOMBEIRO CIVIL, para BRIGADISTA PARTICULAR). Muito se tem feito pelas organizações militares para descaracterizar a profissão de Bombeiro Civil, em muitos estados do Brasil os Corpos de Bombeiros ao redigir uma Instrução Técnica, não respeitando a legislação Federal nomeia os Bombeiros Civis, como Brigadistas Particulares por conta própria, dando poderes a essas organizações de Redigir normas, fiscalizar e se for o caso multar. “Ou seja legislam em causa própria”. Não queremos obviamente atentar contra as instituições militares de Bombeiros, pois seus serviços são de extrema valia para toda a sociedade civil, porém deve-se ter que, o respeito pelas profissões deve ser mútuo, não devendo uma profissão intervir em outra. Para isso cada profissão deve possuir seu representante de classe. A luta dos Bombeiros Civis no Brasil foi CONTEMPLADA DE FORMA VITORIOSA no governo Lula que reconheceu a profissão e possibilitou um pontapé inicial na legalidade profissional do trabalhador. “O então Presidente Lula regulamentou a profissão de Bombeiro Civil, ao sancionar a Lei nº 11.901/2009”. Essa é uma Lei que ficou engavetada por 17 longos anos até ter sua aprovação. Porém em apenas 17 meses depois de sua aprovação o PLC 07/2011 já estava para ser votada na Comissão de Cidadania do Senado Federal. “Agora me pergunto como uma coisa tão sem importância se formos comparar com os problemas brasileiros, pode ser tão rapidamente tramitada, numa casa

que é tão lenta?”. Isso me leva a pensar que nossos impostos estão sendo gastos com horas extras realizadas por oficiais do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal que deve andar de porta em porta batendo nos gabinetes dos Deputados e Senadores, pedindo esmolas e fazendo troca de favores. Esses favores nada mais eram do que tentar com seus votos e pareceres relegar Profissionais Bombeiros Civis e Brigadistas Particulares, passando por cima do Ministério do Trabalho, da ABNT, por cima dos Sindicatos da Classe, da Associações Trabalhistas. Por cima do Conselho Nacional de Bombeiros Civis, e o pior por cima de uma Lei Federal que da legalidade a profissão. Ainda há muito para se fazer pela classe, isso não se tem duvidas, porém as corporações de Bombeiros Militares, devem por obrigação oferecer instrução, auxilio, informações a pro-


fissão de Bombeiro Civil, mas nunca determinar quem pode, quem deve, como fazer, onde fazer, pois não possuem competência legal para representar uma categoria trabalhista. Assim o governo democrático da Presidenta Dilma Rousseff não só reconheceu o valor da profissão de Bombeiro Civil, como deu uma lição de responsabilidade ao Congresso Nacional, mostrando que matérias já consolidadas e legalizadas não merecem alteração estrutural, especialmente quando tende a trazer prejuízos significativos para uma categoria organizada, e acima de tudo para o povo brasileiro que já tem uma resposta profissional em suas emergências de incêndio, resgate, busca e salvamento, aquém daquela que deveria ter. Não podemos claramente deixar de parabenizar os esforços de alguns Deputados e Senadores, que ao serem chamados a cerrar fileiras na defesa da profissão de Bombeiros Civis não se acomodarão e apresentaram suas defesas em favor da classe, como o Senador do PTB-DF Gim Argello. Segundo representantes de várias organizações de defesa da classe, a mudança da nomenclatura de BOMBEIRO CIVIL para BRIGADISTA PARTICULAR, representava uma manobra insana para extinguir a profissão. Infelizmente mais de 90% da categoria não tinha noção que nos calabouços da famigerada moderna ditadura militar estadual, se arquitetava

um plano para acabar com os Bombeiros Civis e que se desse resultado partiria para as organizações de Bombeiros Voluntários de todo o país, pois a idéia não era apenas mudar o nome BOMBEIRO CIVIL para BRIGADISTA PARTICULAR, mas sim tornar a palavra BOMBEIROS de exclusivo uso das corporações estaduais como acontece com a palavra POLICIA. Porém vale lembrar e pedir para que esses mesmo que apresentaram o PLC 07/2011, que o nome BOMBEIRO no Brasil é de origem “CIVIL” e não militar. Seria mais justo que as corporações de Bombeiros Militares, passassem a serem chamadas de “Brigadas de Combate a Incêndio Militar”. Também vale lembrar que é BOMBEIRO PROFISSIONAL, aquele que exerce a função de prevenção e combate a incêndio, tendo em sua carteira de trabalho registro como Bombeiro Civil ou contrato assinado entre as partes, empregado e empregador. Temos de ter em mente que nem todo oficial militar nas organizações de bombeiros estaduais, são realmente bombeiros, mas estão apenas exercendo a função já que são policiais na função de bombeiros. Não acontece em todos os estados, mas nos que as corporações são unificadas às policias militares. A REVISTA BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL, se responsabiliza por tudo que aqui foi apresentado na pessoal de seu editor Bolívar Filho.



d t d r d t d e d m


De acordo com as Nações Unidas, "voluntário é o jovem, adulto ou idoso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividade, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos. O voluntariado traz benefícios tanto para a sociedade em geral como para o indivíduo que realiza tarefas voluntárias. Ele produz importantes contribuições tanto na esfera econômica quanto na social. E contribui para uma sociedade mais coesa, através da construção da confiança e da reciprocidade entre as pessoas. Entretanto, o trabalho voluntário vai muito além dessas definições... É a manifestação do amor, compaixão, solidariedade em forma de ação."


Voluntariado Na França, cerca de 200 000 homens e mulheres vivem um compromisso diário para servir os outros, em paralelo com seu trabalho, seus estudos... Todo dia, eles demonstram que a solidariedade e altruísmo não são apenas palavras. Segundo definição das Nações Unidas, “o voluntário” é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo sem remuneração alguma - as diversas formas de atividades, organizadas ou não, seja de bem estar social, ou em outros campos. Portanto, é um indivíduo comum que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões e no seu tempo livre desenvolver ações de voluntariado em prol de outros indivíduos, famílias e comunidade. Percebe-se aí que voluntariado é um engajamento cívico. Nesse caso, porque quando os nossos jovens são dispensados do serviço militar "obrigatório", o governo não


os incentiva a cidadania?

forma livre e organizada e apenas ajudaria na solução dos

Os “alistados” que tenham concluído um grau, pelo me-

problemas que afetam a sociedade em geral.

nos, um ano de ensino médio bem que poderiam recebem treinamentos como bombeiro civil e serem utilizados diretamente como voluntário ou contratos afora.

Entendo que através de alguns projetos e programas de entidades públicas e privadas poderíamos desenvolver tais condições que integrariam bombeiros voluntários e envolveri-

Aos militares bastariam definir as regras gerais e aplicálas a todos os departamentos. E os

procedimentos de seleção

dos candidatos e os critérios implementados emergiriam da jurisdição civil para o recrutamento de todos os dispensados, independentemente da sua condição (contingência). Claro que estas regras gerais iriam sofrer algumas exceções (idade, participação em dois centros ao mesmo tempo...). Mas o voluntariado é uma atividade essencial ao exercício de cidadania porque se traduz numa relação solidária para com o próximo. A participação é de

am as entidades promotoras numa decisão livre e espontânea apoiando as motivações e opções pessoais de ambos. Algumas organizações promotoras - entidades - reúnem condições que coordenam esse exercício. A BUSF-BRASIL é uma


delas. Essa entidade desenvolve

a BUSF de um modo geral vem

voluntariado em atividades que

despertando

integram o voluntario em a-

histórico de SRC (Solidariedade

ções coletivas de direito públi-

– Responsabilidade – Capacida-

co de âmbito internacional, na-

de) a realização dos fins do seu

cional, regional ou local; e ain-

corpo de voluntariado nas par-

da promove ações coletivas de

ticipações em intervenção em

utilidade pública administrativa

áreas de catástrofe- indepen-

(cursos,

dente

esclarecimentos

e

transparência). Outras ações coletivas e de utilidade

públi-

ca estão incluída nessa e nas outras instituições particulares de

trabalho

social,

porém

através

do

de

seu

descaso


e desinteresse social, um des-

Cabe aos cidadãos cumpri-

taque como a equipe que coo-

rem uma importante função por

pera

e

meio dessa atividade voluntária

sentimentos humanitários com

seja em pequena ou grande es-

experiência e formação.

cala, melhorar suas condições

combinando

esforços

de vida e da dos demais. Visar e Complementando, o bom-

otimizar o impacto da adversi-

beiro voluntário não vai substi-

dade. E alcançar a paz e o de-

tuir o setor público – O Volun-

senvolvimento exige a coopera-

tário não é remunerado pelo

ção e o compromisso do setor

treinamento do seu voluntaria-

público, civil e privado, com o

do, mas merece ser reconhecido

apoio do sistema e da socieda-

como cidadão atuante. A sua

de. Desenvolvendo um trabalho

responsabilidade está no exer-

de acordo com os seus conheci-

cício da atividade que se com-

mentos, experiências e motiva-

prometeu realizar, dadas às ex-

ções.

pectativas criadas aos destinatários desse trabalho voluntário. Cabendo a ele a harmonização da atuação de ser voluntário com a cultura e objetivos da entidade promotora. Em resumo, o bombeiro voluntário deve obedecer aos princípios da solidariedade, da participação,

da

cooperação,

da

complementaridade, da gratuidade, da responsabilidade e da convergência tendo por um ideal fazer o bem.




classe K - foi reconhecida pela NFPA (National Fire Protection Association), através da norma, NFPA 10 – Extintores de Incêndio Portáteis e pelos Laboratórios de Underwriters, através da norma 711 de ANSI/ULI. Essas organizações compreenderam que estes incêndios não se parecem com os tradicionais incêndios em líquidos inflamáveis que envolvem a gasolina, o óleo lubrificante, solvente de pintura ou solvente em geral.

Incêndios de Classe K Para quem não sabe, é uma nova classificação de riscos para cozinhas comerciais. È classificado como “K”, os incêndios que envolvam meios de cozinhar como: (banha, gordura e óleo). Esse tipo de combustível do fogo, têm sido por muito tempo a principal causa de danos materiais, vítimas fatais ou não. Estes incêndios são muito especiais na natureza. Testes efetuados por ULI (laboratórios de underwriters, Inc.) e outras agências em outros países obtiveram novos resultados neste tipo especifico de risco de incêndio. A natureza especifica de incêndios que envolvem meios de cozinhar e equipamentos de cozinha industrial são diferentes na maior parte de outros incêndios. Nos Estados Unidos uma nova classificação para atividade de incêndios em cozinha, foi criada -

Vamos analisar o que faz do óleo de cozinha, a gordura e a banha, incêndios tão específicos. Os óleos de cozinha usados para fritura têm uma faixa ampla de temperaturas de auto‑ignição. A auto‑ignição do óleo pode ocorrer em qualquer intervalo entre 288° C e 385°C (os testes de laboratórios requerem a auto‑ignição e/ ou acima de 363°C). Para que esta auto-ignição possa ocorrer, a massa total de óleo, se medido em gramas em uma panela pequena ou até 52 kg em uma fritadeira industrial, deve ter sido aquecido além da temperatura de auto-ignição. Depois que a autoignição ocorreu o óleo mudará sua composição ligeiramente ao queimar-se. A sua nova temperatura de auto-igniçao pode ser tanto quanto 10°C mais baixo do que sua temperatura de autoignição original. Este incêndio será auto‑sustentado a menos que a massa inteira de óleo for refrigerada abaixo da nova temperatura de auto-ignição. Todo meio de cozinhar, seja ele animal ou vegetal, liquido ou


s´lido, contém gordura saturada ou “free fatty acids”. Quando um agente extintor de base alcalina (Bicabornato de Potássio Pós BC, e agente úmido Classe K) são aplicados à gorduras saturadas à altas temperaturas, ocorre uma reação chamada de “saponificação”. A reação forma uma espuma “ensaboada” que abafa o fogo e contém os vapores inflamáveis e o combustível quente. Ambos os agentes (sendo de base alcalina) causam a mesma reação, mas o agente úmido (classe K) ao ser aplicado com uma névoa fina, tem a vantagem de resfriar o meio de cozimento e abaixar a temperatura, tornandose mais eficiente. Pôs a base de monofosfato de amônia (ABC) são ácidos por natureza e não saponificam quando aplicados a combustível de cozinha queimando. Podem inclusive ser contra-produtivo quando aplicados após o uso de agentes alcalinos, atrapalhando e removendo a camada saponificada e permitindo re-ignição. Extintores à d’água, devido ao seu jato, espalham todo o bustível, ampliando o go do incêndio.

base forte comperi-

NORMALIZAÇÃO: Extintores Classe K são reconhecidos como os mais eficientes para a proteção de operações de cozinha omerciais/industriais e são recomendados pela NFPA 10 desde sua versão de

1998. Suas características e ensaios estão definidos pelo Underwriters Laboratories (UL & ULC), através da norma UL711, a qual específica os ensaios em todas as classes de fogo: A, B, C, D e K, essas organizações compreenderam que estes incêndios não se parecem com os tradicionais incêndios em líquido inflamáveis que envolvem gasolina, óleo lubrificante, solvente de pintura ou solventes em geral. No Brasil, extintores Classe K assim como extintores Classe D (para metais pirofóricos) não possuem normalização (normas técnicas) publicadas até o presente momento. Estes dois tipos de extintores não são tratados pelas normas existentes e por este motivo não podem ser certificados. As empresas que os fabricam adotam critérios de performance e demais especificações internacionais para os extintores de Classe K, fabricados por elas. A Associação Americana dos Fabricantes de Equipamentos de combate a incêndio, recomenda


Ao considerar-se a segurança do pessoal do restaurante, o extintor Classe K, é o mais fácil de usar, mas fácil para treinamento, e o melhor extintor portátil para cozinhas comerciais e ou industriais.

APLICAÇÃO: Desenhado para combate aos mais difíceis fogos como: gorduras de cozinhas e áreas de preparação de alimentos

que todo extintor Classe B utilizado na proteção de cozinhas e equipamentos de cozimento, devem ser substituídos por extintores Classe K.

O EXTINTOR: Os extintores de agente úmido Classe K, contém uma solução especial de Acetato de Potássio, diluída em água, que quando acionado, é descarregada com um jato tipo neblina (pulverização) como em um sistema fixo. O fogo é extinto por resfriamento e pelo efeito asfixiante da espuma (saponificação). É dotado de um aplicador, que permite ao operador estar à uma distância segura da superfície em chamas, e não espalha o óleo quente ou gordura. A visão do operador não e obscurecida durante ou após a descarga.


em restaurantes, lojas de conveniência, praças de alimentação, cafeterias de escolas, cozinhas hospitalares e outros. Equipamentos típicos a serem protegidos pelo extintor de incêndio Classe K: fritadeiras, grelhas, assadeiras e similares.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS: - Cilindro fabricado em aço inoxidável polido; - Mangote de descarga de pequeno comprimento, para facilitar o manuseio em espaços pequenos e cozinhas de área reduzida; - Bico de descarga montado em ângulo de 45º graus para facilitar a aplicação;

- Válvula em latão cromado, com cabo e gatilho em aço inoxidável; - Proporciona melhor visibilidade durante o combate; - Minimiza o “espalhamento” do perigo; - Limpeza e remoção mais fácil que os agentes tipo Pós Extintores; - Agente de baixo PH, não ataca o aço inoxidável.



Sistema “automático” que atua no principio de incêndio pela dilatação e rompimento da ampola mediante a elevação da temperatura ambiente, “chuveirando” o foco pelo bombeamento no setor direcionado.


CHUVEIROS AUTOMÁTICOS – SPRINKLRES. Os sprinklers são dispositivos providos de um disco obturador, que veda completamente o orifício por onde a água sai comandado por um elemento termossensível, que pode ser uma ampola de vidro que contém um líquido expansível com o calor ou então, uma peça fusível de liga metálica eutética, de ponto de fusão baixo, que o mantém hermeticamente fechado. Seu funcionamento se dá quando em quando em uma condição de incêndio o calor gerado sobe ao teto. caso essa temperatura esteja acima do parâmetro de acionamento da ampola ou fusível ela se rompe soltando o disco obturador que é removido com a pressão da água, essa água incide sobre um defletor que cria assim a aspersão. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: Os sprinklers possuem como características: A alta sensibilidade térmica, as suas várias formas de aspersão da água, as suas várias formas de orientação, seus vários níveis de temperatura de acionamento. Possuem também vários diâmetros de orifício de descarga uma grande resistência para operar em condições ambientais adversas e uma área molhada de no mínimo 12 m2. SUAS VANTAGENS: Como vantagens, o sistema de sprinklers são totalmente automáticos. Possui a capacidade de acionar o alarme simultaneamente com a sua entrada em ação, possui uma rápida ação de aspersão de água sobre o foco do incêndio, tem sua ação restrita apenas a área de ação do incêndio, além do que há uma significativa redução nos valores das taxas de seguro. Sistemas Abertos – Esse sistema não possui obturador, estando aberto constantemente à passagem de água, São empregados no sistema dilúvio. Sistemas Automáticos – Possuem um obturador e um elemento termossensível, que libera a passagem de água de forma automática e individual pela ação do calor do fogo, que incide no refletor formando o chuveiro aspersor. Os sprinklers podem ser do tipo automático pendente também chamado de “pendente sprin-


kler”, em pé ou “upright sprinkler” e lateral ou de parede “sidewall sprinklers”. TIPOS DE SPRINKLERS:

temperatura de ruptura da ampola. TABELA DE TEMPERATURAS E CORES DE RUPTURA DE SPRINKLRES.

Chuveiro Automático Pendente: “pendente sprinkler”. O jato de água é dirigido para baixo, geralmente utilizado em instalações discretas.

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS:

Chuveiro Automático em Pé: “upright sprinkler”. O jato de água é dirigido para cima. Usando quando as canalizações são expostas. É recomendado principalmente para canalizações secas.

- Emprega chuveiros automáticos ligados a tubulações contendo água sob pressão;

Chuveiro Automático Lateral ou de Parede: “sidewall sprinklers”. O jato de água é dirigido para frente e para os lados. São indicados para ambientes relativamente estreitos, como corredores e áreas de serviços, halls ou então salas de jantar, estar e outros ambientes. Deve-se ter em mente, que nem sempre é possível utilizar chuveiros automáticos tendo a água como agente extintor. Nesse caso, utiliza-se o gás CO2, ou agentes sintéticos como os gases, FE13, FE25, FE227, FM200, Inergem entre outros, e acordo com o ambiente onde se deve instalar o sistema automático. Os elementos termossensíveis são calibrados para se romperem quando o calor atinge uma predeterminada temperatura. Para cada temperatura específica o liquido dentro da ampola sofre uma alteração de cor para demonstrar aos usuários o nível de

Sistema de Tubulação Molhada:

- É controlado na entrada, por uma válvula e alarme, cuja função PE fazer soar, automaticamente, um alarme, quando da abertura de um ou mais chuveiros acionados por um incêndio, assim os chuveiros automáticos detectam a ao mesmo tempo combatem o fogo; - Empregado onde não haja risco da água se congelar na tubulação; - Sistema mais utilizado no Brasil. Sistema de Tubulação Seca: - Emprega chuveiros automáticos ligados as tubulações contendo ar comprimido ou nitrogênio sob pressão; - Quando um chuveiro é acionado pelo calor do fogo, o nitrogênio ou o ar comprimido é liberado, fazendo abrir, automaticamente, uma válvula (válvula de tubo seco), instalada na entrada do sistema, permitindo, assim, a admissão de água na tubulação. - Empregado em locais de baixas temperaturas, onde a água está sujeita a congelamento; Sistema de Ação Prévia: - Funciona como um sistema de tubulação seca; - A ação prévia do sistema de detecção faz soar, automaticamente, um alarme de incêndio, antes da abertura de qualquer chu-


tendo ar comprimido e um sistema de detecção de incêndio ligado a uma válvula de tubo seco; - Com a atuação de qualquer detector, a válvula de tubo seco é aberta juntamente com as válvulas de alívio de ar, facilitando o enchimento com água de toda a tubulação do sistema. ELEMENTOS DO SISTEMA DE SPRINKLERS: 1 – Fonte de Abastecimento. veiro; - Reservatório elevado; - A válvula de suprimento atua independentemente da abertura dos chuveiros; - A válvula é aberta com maior rapidez (o detector é mais sensível do que o chuveiro);

- Reservatório com fundo elevado ou com fundo ao nível do solo, semienterrado ou subterrâneo, piscinas, açudes, represas, rios, lagos e lagoas com uma ou mais bombas de incêndio;

- O sistema de detecção também aciona automaticamente um alarme;

- Tanque de pressão (necessidade de um suprimento secundário).

- O alarme é dado quando a válvula é aberta;

2 – Sistema de Alimentação:

- Os danos causados pelo fogo e pela água são menores, uma vez que a água é lançada ao fogo assim que o chuveiro é aberto. Sistema Dilúvio: - Semelhante ao sistema de ação prévia, exceto que todos os chuveiros permanecem abertos o tempo todo (sem ampola); - Caso ocorra um princípio de incêndio, os detectores irão atuar e provocar a abertura da válvula, permitindo a admissão da água na tubulação, a qual descarregará através de todos os chuveiros abertos de uma só vez. A abertura da válvula faz soar automática e simultaneamente um alarme de incêndio; - Deve ser usado somente em casos especiais devido às conseqüências advindas da inundação de uma área considerável. Sistema Combinado: - Composto por uma tubulação seca, con-

- Composto por uma rede de tubulações que interligam a fonte de abastecimento à Válvula de Governo e Alarme (VGA); - A válvula de governo e alarme é uma vál-


vula de retenção com uma série de orifícios dotados de rosca para a ligação de dispositivos de controle e alarme, que são: a) – Válvula de Drenagem de 1 1/2” ou 2”, para esvaziar o sistema e reabastecer os chuveiros atingidos pelo fogo; b) – Manômetros a jusante e a montante do obturador 3 – Sistema de Distribuição: - Composto por uma rede de tubulações que interligam a VGA aos chuveiros automáticos. É formado por: a) – Ramal: Tubulação onde estão instalados diretamente os chuveiros e também os tubos horizontais que abastecem os chuveiros com comprimento máximo de 0,60m; b) – Sub-Geral: Tubulação de abastece os ramais; c) – Geral: Tubulação que alimenta os sub-gerais; d) – Subidas ou descidas: Tubulações verticais que fazem as ligações entre as redes de chuveiros nos diversos níveis (ou pavimentos), entre os sub-gerais e os ramais ou ainda entre chuveiros individuais dos ramais, quando o comprimento do tubo excede 0,30m; e) – Subida principal: Tubulação que interliga o sistema de alimentação aos gerais onde estão instaladas as VGA que controlam e indicam a operação do sistema. FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPOSTA DO CHUVEIRO: Altura do Pé Direito: - Os gases quentes sobem na forma de uma nuvem até o teto, ativando o chuveiro; - Para pés direito com altura entre 2,50m e 4,50m, a camada quente possui de 0,1m a 0,3m de espessura no momento da operação do chuveiro, sendo que a parte mais quente está cerca de, 0,15m do teto, sendo então essa em geral, a altura ideal para instalação do chuveiro;

- Para pés direito mais alto, a camada será mais espessa no momento da operação do chuveiro, devido ao esfriamento dos gases em seu trajeto; - A produção de calor necessária para acionar um chuveiro de uma determinada faixa de temperatura é proporcional ao quadrado da altura do pé direito. Afastamento do Chuveiro do Teto: - A influência da distância do chuveiro ao teto está relacionada com a massa de calor do fogo que sobe e se propaga junto ao teto, e quanto mais afastado estiver o chuveiro, maior é o tempo que leva o elemento termossensível para atingir sua temperatura de ruptura. Por esse motivo esse distanciamento é importante e especificado em norma. VENTILAÇÃO CRUZADA: A ventilação cruzada também interfere, pois não deixa a temperatura do ambiente ser percebida, retardando a detecção dos elementos termossensíveis.


OBSTÁCULOS JUNTO AO TETO: Qualquer obstrução no teto representa uma barreira para a camada de gases quentes subir. Tetos com vigas ou nervuras tendem a canalizar os gases quentes entre as vigas, e somente os chuveiros entre ou junto a estas vigas são prováveis de entrar em operação, pelo menos inicialmente. Os telhados inclinados atuam como poços invertidos, nos quais os gases quentes sobem e podem impedir que os chuveiros operem na base do telhado. INSPEÇÕES: As inspeções semanais ou mensais podem ser realizadas por pessoa treinada. Já as inspeções trimestrais, semestrais ou anuais devem ser realizadas por profissionais habilitados ou empresa especializada. Semanalmente deve-se verificar se: - Estão na posição aberta ou fechada normal; - Estão lacradas; - Estão travadas ou sob supervisão; - O acesso a elas não está bloqueado; - Não apresentam vazamentos externos; - Estão corretamente identificadas. Estudos da NFPA demonstram que a principal causa do não funcionamento dos sprinklers estão relacionados com válvulas fechadas, tornando-se assim, imprescindível a inspeção semanal, e a sinalização da posição aberta ou fechada. Preto



Graças ao projeto SAMUR – HAITI que a BUSF ESPANHA esta desenvolvendo em Porto Principe, esta se salvando vidas na capital haitiana.

A Ajuda humanitária da BUSF ESPANHA continua presente no Haiti. Paralelamente aos projetos de reconstrução de escolas e de reabilitação dos sistemas permanentes de água potável do Hospital Central, o serviço SAMUR HAITI

VISITE: http://www.busf.org

instalado pela BUSF em colaboração com a Obra Social de Caja Madri, Município de Alcobendas, Emergência 2000, Rotary Club, Isolux, E outras mantenedoras da instituição, esta se tendo um resultado positivo na Capital Haitiana, com um Serviço de Atenção Pré Hospitalar que salva vidas dia após dia. Os cidadãos de Porto Principe que necessitam de assistência médica de emergência, possuem a sua disposição um serviço de 4 ambulância totalmente equipadas com material médico de Primeiros Socorros e uma equipe formada pro profissionais capacitados a prestar toda a assistência necessária.





Uma boa leitura, para todos que admiram a arte de ser Bombeiro. Veja em: http://www.rastrosdebravura.com.br


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