Revista Boat Shopping #68

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AZIMUT 30 METRI A entrada para o mundo dos superiates no Brasil

MCY 96 Design e customização

PRINCESS 62 Um barco aberto para o mar

FLEXBOAT 760 Tecnologia em um inflável fora de série

ANO 11 - ED 68 - R$20,00


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A 303 - 365 - 375 - 400 - 510 FLYBRIDGE CO LLECTIO N - 5 1 0 - 5 6 0 - 6 4 0 - 8 3 0

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Quando falamos em navegação cada detalhe é importante. Há 25 anos a Schaefer Yachts investe na excelência na produção de barcos de qualidade e alta performance, buscando os melhores resultados em design, sofisticação e requinte, sempre com o foco na segurança e no conforto da navegação. Com uma equipe de engenharia própria e tecnologia para levar cada detalhe à perfeição, criamos a mais desejada linha de barcos do país, seguros, modernos e de fino acabamento. Em uma Schaefer, navegar é uma arte.


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sumário

boat teste NAVIOP LOOP A vida pode ser bem menos complicada a bordo 46

FLEXBOAT 760 HIGH-TECH O inflável mais moderno construído pela Flexboat 76

sempre aqui Editorial 18 Boat Online 20 Top 5 Site 22 Barcos da Edição 24 Planeta Água 146

pelos mares Notícias 26 REGATTA

Lançamento da linha “As Viagens de Hemingway” 32 DESIGN

Os barcos do futuro 34 Vitrine 36 PERFIL

Entrevista com Amilton Gutierrez 38

tec boat YAMAHA WAVERUNNER

Raio-X do Jet Ski Campeão Brasileiro 64 TORQEEDO

REVISÃO DE GERADORES

A parceria com a BMW 66

A energia a bordo do seu barco 56

Inteligência de mercado 70

MERCADO GLOBAL

Notícias 72

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AZIMUT 30 METRI O maior iate de luxo construído pela Azimut no Brasil 88

PRINCESS 62 Um convite para desfrutar o mar 114

terra firme DESTINO

Golden Isles - As ilhas douradas da Geórgia 126 CHARTER

Polinésia Francesa - Um recanto com cenários fantásticos 128

a bordo MCY 96 Evolução e continuidade da coleção Monte Carlo Yachts 102

44ª SEMANA DE VELA DE ILHABELA

Pajeiro é o campão da Semana de Vela 130 CLASSE C30

Caiçara é campeão da Classe C30 134 CLASSE HPE 25

Evolução da classe 135

colunas Nasseh 136 Capitão 138 Um homem do mar 140 Herman Junior 142

www.boatshopping.com.br BOATSHOPPING

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editorial

Parece que estamos caminhando para dias melhores no mercado náutico. Durante o último mês, publicamos muitas matérias no portal da Boat Shopping sobre entregas que os estaleiros fizeram no último bimestre. O conteúdo repercutiu muito bem entre todos e começamos a receber diversos e-mails e Whatsapps pedindo também para publicar mais entregas. Isso me deixou muito satisfeito, pois somos especialistas nacionais e internacionais em conteúdo de qualidade. No site da Boat Shopping e nas redes sociais, você tem acesso ao que acontece no mundo e em tempo real. Ao longo dos anos, fizemos muitos amigos fora do Brasil e isso nos credencia a ser referência no mercado nacional. Alguns correm atrás e tentam fazer o mesmo, mas não adianta, somos pioneiros nesse assunto e o mercado tem dado o feedback positivo sobre isso. Isso me leva a outra argumentação; em toda edição faço questão de mostrar as entregas e vendas dos principais estaleiros do mundo. Esse tipo de conteúdo (entregas e vendas) é muito comum lá fora e chega até ser uma questão de orgulho para cada estaleiro. Podem mostrar sua capacidade de construção e ao mesmo tempo mostrar aos demais e principalmente ao cliente final, do que eles são capazes. Aqui no Brasil essa cultura ainda não existe e aos poucos tentamos criar isso, como as notícias publicadas. Mas por que não temos dados sobre esse mercado tão grande, que gera muitos empregos diretos e indiretos? A principal associação do Brasil começou a cuidar disso novamente e pretende relançar o selo Acobar para barcos novos. Esse selo será uma certificação nacional para construção de barcos e foi feito seguindo rigorosos padrões de qualidade. Quem sabe agora, não rumamos para um mercado mais transparente e que gere números para mostrar aos demais setores da economia, que somos sim, uma indústria forte, unida e que trabalha em prol do lazer de todos. O conteúdo dessa edição está recheado de novidades, mas o grande destaque é a nova Azimut 30 Metri, que está em fase final de construção em Itajaí e deve ir para a água no começo do ano que vem. Seguindo o mesmo padrão italiano, o iate deve se tornar a nova sensação do Brasil e você já pode conhecê-lo em primeira mão. Testamos o Flexboat 760 High-Tech, que é considerado pela própria Flexboat, o melhor barco já construído pelo estaleiro. Ganhamos também um reforço de peso com o colunista, Cap. Herman Junior, que abordará o tema meteorologia marítima, mas também é criador de diversos grupos influentes no Whatsapp e Facebook. E tem muito mais. Aproveite. Boa Leitura! Caio Ambrosio Diretor de redação caioambrosio@boatshopping.com.br

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Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio Diretor de Redação Caio Ambrosio caioambrosio@boatshopping.com.br

Colunistas Jorge Nasseh Marco A. Ferrari Carneiro Ricardo Machion Herman Junior Redação e Produção Cristiane Bartel Assistente de Produção Kadu Abreu Para anunciar ou assinar Tel. (11) 3846-2364 contato@boatshopping.com.br www.boatshopping.com.br Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Grupo de Mídia (edição 68 agosto/setembro). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia. Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP


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1 - Palmer Johnson “S” em Mykonos, Grécia. #boatshopping #palmerjohnson #superiate #mykonos #grecia #barco #charter #yachtcharter

2 - Exclusivo: Segunda unidade da @okeanyachts 50 indo para água. Este barco vai realizar testes de mar aqui no Brasil e vai direto para os EUA fazer sua estréia internacional no Fort Lauderdale International Boat Show (1 a 5 de novembro) deste ano!!!

3 - O superiate Khalilah é realmente fascinante. Por onde passa chama muita atenção. E você, o que acha dele? [twitter] @boatshopping EXCLUSIVO: Primeiras fotos da Okean 50 embarcando para os EUA! http://bit.ly/2eZwZ5P Brunswick Brasil entrega três novas lanchas http://bit.ly/2gsHz94 Sessa divulga primeiras imagens da Fly 21 Gullwing http://bit.ly/2vWekls

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top 5 site

As mais acessadas do site Boat Shopping

Confira as postagens mais vistas no último mês no www.boatshopping.com.br 1

SP MARINE ASSUME COMPROMISSO COM A BRUNSWICK NO BRASIL Mondblu SP Marine participou do encontro de dealers da Sea Ray e assume compromisso com a Brunswick, fabricante da Sea Ray e Bayliner, de continuar representando a marca e http://bit.ly/2eEjNqg com novidades para o próximo ano.

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OS 10 SUPERIATES MAIS CAROS PARA CHARTER NESTE VERÃO Com o mercado de brokeragem ainda se recuperando da crise, o setor de charters manteve-se mais ativo ao longo da recessão e agora está acelerando com alguns clientes relatando uma falta de http://bit.ly/2gzsVJp iates em locais menos populares.

3

SHOW DE ENTREGAS DA AZIMUT EM AGOSTO Azimut Yachts fechou o mês de agosto com um bom resultado de entregas. O estaleiro entregou cinco novas embarcações, sendo elas uma Azimut 50, duas 56, uma 70 e, para http://bit.ly/2xK03pS completar, uma Azimut 83.

SCHAEFER YACHTS SUPERA META E ENTREGA 12 LANCHAS

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A Schaefer Yachts está fechando agosto com 30% de entregas acima da sua meta inicial. O estaleiro catarinense entregou 12 lanchas ao longo do mês, entre elas estão três 510, uma 40, http://bit.ly/2gHuicR uma 365 e sete 303.

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O CRESCIMENTO DOS CATAMARÃS A MOTOR PELO MUNDO Uma das categorias de barco que mais cresce no mundo é a dos Power Cats, ou catamarãs a motor. A Aguz Yachts está em fase final de construção da sua primeira unidade que, desde a concepção, foi idealizado para oferecer as versões http://bit.ly/2vTQLWf motor e vela.

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barcos da edição

Barcos da edição Flexboat SR 760 High Tech

Velocidade (mph)

Estaleiro Flexboat

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CRUZEIRO

MÁXIMA

Peso 1700 kg Pessoas 13

Boca 3,15 m

Comprimento

7,60 m

Velocidade (nós)

Princess 62 Estaleiro Princess Yachts

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31 - 32,5

CRUZEIRO

MÁXIMA

Peso 29,3 T Pessoas 6+2

Boca 5,03 m

Comprimento

Azimut 30 Metri

19,09 m

Peso 111 T

Pessoas 10 + 4

Estaleiro Azimut Yachts Boca 6,94 m

Velocidade (nós)

22

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CRUZEIRO

MÁXIMA

Comprimento

MCY 96

28,62 m

Peso 98 T

Pessoas 11 + 6

Estaleiro Monte Carlo Yachts Boca 6,94 m

Comprimento

24

Velocidade (nós)

21 - 24

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CRUZEIRO

MÁXIMA

29,26 m


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THE FUTURE HAS COME

ESPECIFICAÇÕES: Comprimento total: 4,50 m

Diâmetro do flutuadores (tipo cônico): na proa, 0,42 m e na popa 0,50 m Quantidade de câmaras de AR: 4

Motorização: Mínimo 50 HP e Máximo de 90 HP Capacidade do tanque de combustível: 70 L

O FLEX 450 chega repleto de design, tecnologia e conforto para inaugurar a nova linha PREMIUM da FLEXBOAT.

Capacidade do tanque de água doce: 24 L

Quantidade de pessoas (recomendado): 5 (1+4) Garantia para utilização como lazer: 2 anos

The new Premium line by Flexboat


pelos mares

Notícias e lançamentos em um giro pelo mundo náutico

PRESTIGE ANUNCIA 6 NOVOS MODELOS PARA 2018 A Prestige anunciou algumas novidades para segundo semestre deste ano e para 2018 também. Entre elas está a criação da nova linha de embarcações SportYachts. Além disso, o estaleiro também está ampliando sua frota com dois modelos Flybridge e dois Coupé.

NOVA LINHA SPORTYACHTS A SportYacht representa uma mistura do teto solar deslizante, que transforma o espaço de vida interior e o flybridge esportivo, para o máximo aproveitamento do exterior. A princípio dois modelos serão lançados nessa linha, a Prestige 630 S e a 680 S. A Prestige 680 S foi apresentada em março e conta com um design elegante, com um conceito intermediário entre uma Flybridge e uma Coupé. No Sport Flybridge há espaço para um jantar ao ar livre, graças ao grande sofá em U com uma mesa no centro. Com 63 pés, a 630 S oferece o conforto de um iate numa embarcação menor. Grandes janelas permitem a entrada de luz natural em abundância no interior e oferecem uma visão panorâmica incomparável.

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PRESTIGE 460 E 460 S Lançada internacionalmente em fevereiro no Yachts Miami Beach, a Prestige 460 é uma das novas adições da linha Flybridge. Com 46 pés, ela foi projetada por Garroni Design e JP Concepts, respectivamente. Ambos trabalharam de forma que a lancha oferecesse um design contemporâneo e atemporal, já encontrado nas 630 e 680.

PRESTIGE 520 E 520 S Em 2018, o estaleiro lançará a Prestige 520 para substituir um modelo de sucesso, a Prestige 500. Esta lancha herdará os pontos fortes da antecessora, mas também apresentará suas próprias inovações. Uma delas é o grande flybridge, que estará entre os maiores da categoria. O espaço externo foi muito bem aproveitado, com diversos lugares para se divertir e relaxar a bordo. Assim como a 460, a 520 também terá uma versão coupé. Prestige 520 S possui um design mais esportivo em comparação com a Flybridge. Uma de suas principais características é o conforto interno, mesmo sendo uma lancha esportiva.

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pelos mares

JEANNEAU AMPLIA LINHA DE VELEIROS SUN ODYSSEY Desde que foi lançada, a linha de veleiros Sun Odyssey, da Jeanneau, já vendeu mais de 17 mil unidades no mundo todo. Pensando nisso, o estaleiro decidiu lançar a 8ª geração desses veleiros, que incluem três modelos, o 319, o 440 e o 490.

SUN ODYSSEY 440 E 490 O Sun Odyssey 440 e 490 são frutos de uma parceria entre a Jeanneau e o Briand Yacht Design e eles foram projetados em cima de três requisitos chaves, a mobilidade dentro dos veleiros, um interior confortável e elegante, e o mais importante, a navegabilidade.

SUN ODYSSEY 319 Atendendo a uma grande demanda do mercado, a Jeanneau lançará um modelo de 31 pés. O 319 será bem equipado e muito seguro, seguindo a linha dos veleiros maiores produzidos pelo estaleiro, compacto e confortável. O espaço interno, apesar de menor, não deixa de ser bem decorado e aconchegante.

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LANÇAMENTO DUPLO DA FERRETTI YACHTS Nos meses de junho e julho, a Ferretti Yachts lançou a Ferretti 780 e 920. Os dois iates são frutos da parceria do estaleiro italiano com o Studio Zuccon International Project e contam com um design moderno e aerodinâmico. Uma das principais características da 780 é o aproveitamento do espaço externo, como o beach club na popa e a ampla área de estar na proa, completa com dois sofás e um grande solário central. A 920 é a primeira embarcação da nova linha de iates Maxi Flybridge. Além do flybridge, uma outra característica que chama a atenção é a proa levantada que permite uma ampla cabine máster no deck principal. Os dois iates tiveram sua estreia mundial no Cannes Yachting Festival.

SEDNA XFi 355 O modelo XF 335, da Sedna Yachts, está no mercado há algum tempo com eixo pé de galinha. A grande novidade é que o estaleiro atualizou o projeto, junto com seu projetista americano Donald Blount, e passa a oferecer o barco com os motores IPS. O conceito dessa mudança foi pensado no consumo e o estaleiro colocou os motores IPS 400, o modelo passa a se chamar Sedna XFi 335.

TETHYS 41 A Tethys 41 terá duas versões, uma com Targa e outra HT, e conta com um design arrojado e interior sofisticado, seguindo proposta da Tethys 54. O lançamento da lancha está previsto para outubro deste ano. Ela terá acomodação para até quatro pessoas em duas cabines completas, sendo uma à meia nau e outra na proa. O salão do deck principal ganha um design que busca conforto e elegância, além de ser integrado com uma cozinha gourmet.

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pelos mares

BENETEAU GRAN TURISMO 50 O novo Sport Cruiser da Beneteau completa a renovação da linha em estilo. A Gran Turismo 50 conta um design esportivo e distinto, e é o primeiro modelo do estaleiro a ser equipado com tecnologia de navegação de navios. Ela ganhou um deck principal completamente aberto, para melhorar ainda mais o aproveitamento do espaço.

FÍGARO BENETEAU 3 O protótipo do novo veleiro da Beneteau está pronto e seguirá para a fase de testes na água. O Figaro Beneteau 3 é o primeiro monocasco monotipo construído até então que é equipado com foils e, segundo o estaleiro, ele promete ser mais eficiente e 15% mais rápido que o Fígaro 2. Diferente do IMOCA 60, os foils do FB3 são voltados para o interior e polivalentes, gerando uma força contra a deriva, melhorando o momento de endireitamento do barco sem aumentar o seu deslocamento, o que potencializa a sua performance.

FAIRLINE YACHTS COMEMORA 50 ANOS A Fairline completou 50 anos em junho e, para comemorar a data, o Port de Sóllerem, na Ilha de Maiorca, uma das Ilhas Baleares, recebeu uma festa exclusiva. Família e amigos do estaleiro juntaram o maior número de embarcações Fairline já visto, compondo um lindo cenário para a comemoração. O estaleiro também lançou um vídeo mostrando sua trajetória.

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pelos mares

REGATTA TECIDOS E REGATTA CASA LANÇAM COLEÇÃO “AS VIAGENS DE HEMINGWAY” Tecidos, móveis e objetos inspirados na vida do icônico escritor norte-americano mesclam referências a vários lugares onde ele viveu. Este ano a inspiração vem de Cuba, onde seu amor se estendeu por épicos 20 anos. Ainda estão por lá, os passos dessa paixão e sua inspiração literária. Ganhador do Prêmio Pulitzer de Ficção em 1953 com a obra “O Velho e o Mar”, e no ano seguinte, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, Hemingway era um amante da vida, cheio de boas histórias, curioso profissional, atuou também como jornalista e correspondente de guerra. As pessoas perguntam por que E. H. viveu em Cuba e ele diz: - “porque gosto”, escreveu o mestre no artigo - O Grande Rio Azul (The Great Blue River, 1949). Partindo desta ingenuidade e simplificação das coisas que o fez viver intensamente

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nesta temporada, no estilo “espírito libre”, a Regatta se inspira e traz nesta coleção, tecidos que resgatam este sentimento “low profile”: tramas, texturas, leves e despojadas em tons naturais, jacquards e estampas florais coloridas como as fachadas barrocas e vibrantes de Havana. COLEÇÃO BOTANIC Os tons glaciais verdes, azuis e palha chegam nos sofisticados adamascados com ares tropicais. Eternos e Atemporais! Uma linha de móveis com poltronas, mesas de centro e sofás extremamente confortáveis, ganham companhia de acessórios, almofadas e objetos que enriquece ainda mais este ambiente “cozy”. As lojas serão “vestidas” com as novidades, proporcionando um remake perfeito deste período mais colorido e boêmio vivido por Hemingway nas ruelas de Havana e mares caribenhos que foram de rica inspiração literária resultante na obra: “O velho e o mar”.

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pelos mares design

Como serão os barcos do futuro As piscinas dos superiates representam o que há de melhor em termos de relaxamento a bordo e alguns dos maiores estaleiros do mundo elevaram esse quesito a um novo patamar. Nessa edição, trouxemos duas que chamam atenção por seu design e versatilidade.

ECLIPSE A piscina do superiate Eclipse é uma das mais elaboradas. Além de fazer parte de um ambiente belissimamente decorado, seu fundo pode ser elevado, deixando-a mais rasa para crianças, ou pode ficar no nível do chão, transformando o ambiente em um grande salão de festas, por exemplo.

GALACTICA SUPER NOVA Com 70m, o superiate da Heesen Yachts, Galactica Super Nova, conta com uma extensa piscina com borda infinita e uma cachoeira que vem do deck superior. Mas esta cachoeira não é apenas decorativa, quando ligada, ela forma um painel opaco que pode ser usado para projetar filmes.

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KAWASAKI


pelos mares vitrine

COMBAT BOOTS

DIOR SO REAL

Fazendo referência às botas usadas por soldados em guerras, as Combat Boots fazem um mix entre o feminino e o masculino. O salto marcante, a sola tratorada e formas bold combinam tanto com um look mais despojado, quanto com um mais delicado.

Os óculos de sol Dior So Real já são um sucesso e agora a marca relançou o modelo com revestimento em couro na parte frontal.

CASACO GIORGIO ARMANI Seguindo estética refinada, típica da Giorgio Armani, este casaco da grife tem um caimento impecável. O abotoamento duplo, quando combinado com o tom de azul marino, lembra o estilo navy. Ele também valoriza a silhueta, além de dar um detalhe a mais que completa o visual.

Inverno no Brasil JAQUETA STONE ISLAND

BICO AMARELO

Mesmo sendo super leve, com a jaqueta de matelassê da Stone Island não tem como passar frio, graças ao seu preenchimento de penas. Ela ainda vem em mais cinco cores, para agradar todos os gostos.

O vinho Bico Amarelo é feito a partir das uvas provenientes das melhores sub-regiões de Portugal, como o Vale do Lima, o Vale do Rio Minho e o Vale do Douro. Ele é um vinho delicado, fresco e delicioso.

BOTAS CHELSEA DR MARTENS As famosas botas chelsea estão em alta no mundo inteiro e o modelo da Dr Martens é um dos clássicos da marca. Além de combinarem com vários estilos, as botas chelsea são extremamente confortáveis e resistentes.

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PIPER-HIEDSIECK RARE MILLÉSIME 2002 A Champagne Piper-Hiedsieck Rare Millésime 2002 eleita a Champagne da Década, está chegando ao Brasil e serão somente 300 garrafas para todo o território nacional.

BERMUDA OSKLEN Parte da coleção apresentada no São Paulo Fashion Week 2017, a bermuda alfaiataria da Osklen ganha uma estampa floral, dando um toque mais despojado à peça.

MOCASSIM SALVATORE FERRAGAMO Os mocassins da Salvatore Ferragamo são um clássico. Além de esbanjarem estilo, eles são de alta qualidade e um detalhe que chama a atenção é que são costurados a mão.

BVLGARI DIACONO Esta linha de óculos de sol da Bulgari se inspira no visual dinâmico da coleção de relógios de luxo Diagono e contam com um visual clássico, mas com um toque urbano e esportivo.

Verão na Europa LOLITABLOCK PATTY DRESS ALICE+OLIVIA Os bordados coloridos são um dos destaques da coleção de verão da Alice+Olivia e vestido da linha Patty dress é prova disso. O zipper exposto na parte de trás da um ar mais moderno para o modelo clássico evasê. Dependendo do sapato escolhido, este vestido pode ser usado tanto durante o dia quanto de noite.

As sandálias da linha Lolita, da Alexandre Birman, possuem um estilo delicado e clássico. O salto grosso da Lolita Block da um ar mais moderno, combinando tanto com looks para o dia quanto para a noite.

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pelos mares

AMILTON GUTIERREZ

O CRIADOR DE SONHOS APAIXONADO POR BARCOS DESDE PEQUENO, AMILTON GUTIERREZ, DIRETOR INDUSTRIAL DA OKEAN YACHTS, NOS CONTOU UM POUCO SOBRE SUA TRAJETÓRIA NO MUNDO NÁUTICO, OS PROJETOS QUE MAIS LHE MARCARAM, COMO FOI TRABALHAR NO FAST TRAWLER MAIS COMENTADO DO MOMENTO E QUAIS SÃO SEUS PLANOS PARA O FUTURO

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pelos mares

Como você começou a trabalhar com barcos? Amilton Gutierrez: O primeiro barco que eu construí, tinha 14 anos de idade, foi com as tábuas de forro da casa do meu pai, tomei uma surra depois, mas eu cheguei a navegar com o barco. Os remos eram duas formas de bolo de uma padaria de um amigo vizinho e foi assim que eu comecei na náutica. O barco, então, era algo que estava no seu sangue mesmo? AG: É, começou desde pequeno. Com 7 anos de idade, no dia de Natal, eu fiz a minha mãe procurar no Mappin, na Avenida Santo Amaro, até eu encontrar uma lanchinha da Estrela chamada Pop-Pop. Era uma lanchinha que você punha fogo, ela tinha uma velinha embaixo e ela ia navegando. Como você começou no mercado náutico?

AG: Eu fiz vários barcos para mim e para alguns amigos, barcos pequenos de madeira, strip plank, até que comecei a mexer com fibra de vidro. Construi Esqui Boat de madeira com um pessoal de Interlagos, com motor direto sem câmbio – motor dodge ou opala. Tenho fotos disso tudo desde o início. Mas, comercialmente foi em 1982, quando comecei a fabricar um veleiro de 36 pés, um Norway 36. Era um projeto Doug Peterson, e a gente acabou fazendo novos interiores, eu e meu sócio Helio Pasquini. Nos últimos anos você se dedicou aos catamarãs e agora está de volta no monocasco, o que você pode falar sobre isso? AG: Os dois barcos são tribos diferentes, como vela, ou moto e carro. O catamarã é extremamente eficiente, mas é uma construção cara de fazer; o Trawler é o barco do futuro. Com grande espaço e baixo consumo, é um barco praticamente igual a um monocasco qualquer para fazer, mais barato, então essa é

1986 Amilton desenvolveu a Commander 36, no estaleiro que fundou com seu pai. Juntos, eles entregaram dezoito unidades.

1980

1982

Neste ano, Amilton fez a sua primeira embarcação que seria comercializada. O veleiro Norway 36 era um projeto Doug Peterson, e ele e seu então sócio, Elio Pasquini desenvolveram o interior.

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a tendência que eu achei. Estou desenvolvendo esse projeto há seis anos, e tenho fotos e e-mail para provar. Os mais famosos são o Beneteau 50 e 43, então eu queria fazer aquele barco, mas com uma linha mais moderna, essa era a minha ideia. Há seis anos atrás não existia um Trawler com estas características e hoje existe umas seis ou sete marcas fazendo a mesma coisa que era meu sonho. Já que falamos em catamarã, como você vê esse mercado e por que ele é pouco explorado no Brasil? AG: Um dos motivos é falta de marina. O catamarã ocupa um espaço muito grande e realmente complica com custo e tudo. É um barco caro de fazer, como um apartamento, é por causa do metro quadrado a ser construído. Com os altos e baixos dos últimos anos no mercado náutico nacional, como você

enxerga essa oscilação e qual é a sua percepção para os próximos anos? AG: Se a economia melhorar como há quatro anos atrás, a tendência é normalizar o mercado aqui no Brasil. Lógico que com o valor do dólar que está hoje, compensa muito exportar. Estamos exportando a primeira embarcação, a primeira 50 pés. A 80 vem em junho do ano que vem e provavelmente já inicia a segunda 80 para lá. Já estamos bem adiantados nas negociações, mas o barco tem que ser classificado para ser exportado. Como projetista de barcos, quais são as principais tendências de design e de inovação nos processos construtivos que serão adotados no futuro recente? O que você tem feito de diferente? AG: Eu acho que a tendência da Europa é a infusão, até por ser muito menos poluente e ajuda muito ter mais qualidade no laminado. A química

1999

Após uma pausa de 4 anos no ramo náutico, Almiton voltou na Brasil Cats no final dos anos 90. Os três catamaãs construídos tinham 62 pés. Eles foram batizados de Amnésia, Amore e 13. 1990

1991

Nesta época ele projetou o UB 31, do estaleiro BRM. Este era um barco utilitário considerado uma mistura entre uma lancha e um barco de pesca. Até a saída de Amilton, oito barcos foram entregues, mas no total foram 40 unidades produzidas.

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pelos mares

“O meu maior sonho está sendo realizado fazendo a 80, eu me sinto como um jogador de futebol, eu estou ganhando para fazer o que eu mais gosto”

produzida com a catalisação da resina, na infusão ela é quase eliminada. Nos meus barcos 99% é infusão, além da qualidade, tem a questão que o funcionário sofre bem menos com a produção. E 90% do material que eu uso é Barracuda, eles são um grande parceiro. Como você chegou na Okean Yachts e como foi o processo de design criativo do barco mais comentado nos últimos anos? AG: Eu estava trabalhando como contratado numa empresa na Bahia e meu sonho era fazer este Fast Trawler. Já vinha a mais de 5 anos com um projeto maior, mas esse eu desenvolvi inteiro do zero, com o Paolo Ferragni, pensando no Brasil, num barco tropical. E encontrei um investidor, um aficionado pela náutica, o Nercio e Katia Fernandes, sua irmã, que virou grandes amigos e sócio do projeto. Assim nasceu a Kan Estaleiro. O modelo atual chamou muita atenção

2000

2008

Amilton voltou a ter seu próprio estaleiro quando montou a Croma Yachts. O foco era fazer catamarãs novamente, então ele procurou o renomado projetista Scott Jutson, que desenvolveu o catamarã de 64 pés que seria fabricado. Ele chegou a vender três unidades, somando cerca de 7,5 milhões de dólares. Infelizmente, em 25 de dezembro de 2009 a fábrica pegou fogo.

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por onde passou. O que podemos esperar nos próximos meses? AG: Nós estamos com mais projetos para completar a linha de Fast Trawlers, então terá o 50 e o 80, o 53, que já está usinado, e mais o 86 e 38 e provavelmente até o final do ano já teremos o design do 115.

to grande. É muito difícil, porque não é fácil fazer um barco de qualidade e preço. Fazer com qualidade muitos estaleiros fazem, se tiver um bom gerente e uma boa equipe, acaba fazendo. O mais difícil é o custo, porque a nossa mão de obra é a mais cara do mundo.

Qual estratégia será adotada para o lançamento do casco que será exportado para os EUA? AG: Nós estamos com um grande dealer nos Estados Unidos, a HMY, e ele estará no Boat Show de Fort Lauderdale em destaque no meio da feira, junto com grandes marcas que essa empresa representa, incluindo a Viking.

Quais são os planos para o lançamento da Okean 80? AG: Agosto de 2018. Ela vai ficar dois meses no Brasil e depois ela tem que estar em novembro no Fort Lauderdale em 2018.

Qual é a sua expectativa com o mercado americano e o que você espera alcançar por lá? AG: A expectativa de colocar um barco lá é mui-

2010

Amilton recomeçou com a abertura da Aguz Marine. Para criar um novo projeto, ele foi para a Itália trabalhar com um projetista que chamou a atenção por fazer coisas diferentes de tudo o que ele já tinha visto na época. O Aguz 37 foi um projeto muito elogiado.

Você está envolvido em outros projetos fora do mercado náutico, o que você pode falar sobre isso? AG: Sim, estou, mas ainda não posso falar sobre isso. Teremos mais novidades no futuro.

2013

Pela primeira vez ele foi contratado por um estaleiro, ao invés de ser proprietário. Até 2014, Amilton foi para a Bahia montar lanchas escola. Foram 280 unidades entregues em dois anos e eles chegaram a entregar uma embarcação por dia.

2010

2015

Junto com o projetista italiano Paolo Ferragni, Amilton então focou no projeto dos seus sonhos, a Okean. Ele Procurava por um cliente que quisesse comprar o Fast Trawler e isso seria o suficente para montar uma fábrica novamente, porque sua vontade era montar um barco barato. Um dia depois de enviar projeto da Okean 50 para duas pessoas, ele encontrou alguém que não só estava interessado em ter o trawler, mas que queria se associar a marca. Foi quando nasceu a Okean Yachts.

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A vida pode ser bem menos complicada a bordo A TECNOLOGIA NÃO DEVE VIR EM PRIMEIRO LUGAR NO BARCO E SIM O SEU CONFORTO. COM ESSE CONCEITO, A NAVICO, DONA DAS MARCAS SIMRAD, B&G E LOWRANCE, ADQUIRE 100% DA EMPRESA ITALIANA NAVIOP E PASSA A OFERECER NÃO SÓ TECNOLOGIA EM NAVEGAÇÃO, MAS TODA A AUTOMAÇÃO NO INTERIOR DO SEU BARCO

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O

projeto Loop foi desenvolvido para conectar a tecnologia da Naviop com os equipamentos Simrad e B&G. Em uma única interface, concedendo acesso a uma infinidade de possibilidades, oportunidades e desenvolvimentos tecnológicos em conjunto com o usuário final, a empresa italiana promete tornar sua vida muito mais fácil, deixando mais tempo livre para você aproveitar o que realmente importa. A NAVIOP é líder internacional em sistemas de monitoramento e controle marítimo. Ao longo dos anos, a empresa desenvolveu soluções de ponta que apresentam alto desempenho e confiabilidade, cumprindo com todas as principais certificações padrão, para fornecer aos seus clientes o controle total do barco.

Já a Navico fornece uma gama completa de soluções de navegação, equipamentos de comunicação e instrumentação para clientes em todo o mundo. A série Navico Professional oferece equipamentos para qualquer tipo de veleiro (de cruzeiro de recreio a circunavegação e de competição), barcos de busca e salvamento, patrulha, embarcações de trabalho, barcos de pesca comercial, em-

barcações de passageiros, superiates e navios de carga marítima e de curta distância. “A Naviop tem uma grande experiência no desenvolvimento de sistemas integrados e ao combinar a poderosa tecnologia de processamento que temos na nossa linha de telas sensíveis ao toque, podemos atender facilmente as exigências dos iates e megaiates de hoje ", disse Marc Jourlait, vice-

-presidente executivo da Navico, acrescentando: " Estou certo de que, no futuro, nós veremos a mesma demanda por esses tipos de sistemas versáteis em embarcações de todos os tipos e tamanhos”. "Estamos orgulhosos de colaborar com a Navico, um dos principais fabricantes de eletrônicos marítimos do mundo. Nossa experiência e conhecimento realmente complementam a tecnologia da Navico e as soluções marítimas de ponta já existentes. Juntos, nossos novos sistemas irão revolucionar a forma como todo barco pode ser totalmente automatizado e interligado através de uma única exibição ", disse Luigi Leoni, vice-presidente da Naviop.

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tec boat

MONITORAMENTO E CONTROLE ALIADOS AO PODER DE NAVEGAÇÃO

A Navico, a maior empresa de eletrônicos marítimos recreativos do mundo e a Naviop, líder internacional em sistemas de monitoramento e controle de iates e megaiates de luxo, se juntam em uma nova e poderosa parceria. As empresas reúnem seus conhecimentos tecnológicos para desenvolver soluções de última geração para exibir e controlar sistemas sofisticados de navegação, monitoramento e controle. A rede conjunta conecta todos os serviços da embarcação com um único toque. As duas empresas também pretendem expandir sua gama para cobrir as demandas dos principais estaleiros do mundo. Como resultado da parceria, a rede Naviop será acessada através

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das telas sensíveis ao toque Navico (Simrad e B&G) através de um ícone na tela inicial. O sistema será conectado diretamente ao equipamento do barco através da interface Naviop. A capacidade de usar o sistema de monitoramento e controle Naviop na plataforma da Navico permitirá que os capitães ou proprietários de barcos trabalhem com os estaleiros para desenvolver sistemas de gerenciamento personalizados, com uma interface mais fácil de usar.

Graças à vasta experiência da Naviop no desenvolvimento de protocolos de comunicação marítima e industrial e seus processos de teste e verificação, o acesso à rede Naviop permite aos usuários monitorar, gerenciar e controlar funcionalidades chave, como motores, geradores, trim e flaps, iluminação, luzes de navegação, consumo de combustível, ar condicionado, entretenimento, tanques, energia, segurança, bombas de esgoto, baterias e outros serviços vitais a bordo.


UM LOOP PARA TUDO

O sistema Loop é projetado para atender a necessidade e exceder as expectativas da sua maneira de viver no mar, oferecendo inovação para uma ampla gama de barcos, desde veleiros até barcos a motor, de barco de pesca até megaiates. A experiência tanto da Naviop como da Navico permite uma solução flexível e personalizável, que ainda concede os recursos de controle e navegação anteriormente operados pelos diferentes sistemas. A abordagem integrada reduz consideravelmente a redundância técnica e a duplicação

de dispositivos, fazendo do Loop uma escolha perfeita para barcos novos e usados. Loop traz uma nova possiblidade para barcos menores, esse tipo de sistema era encontrado anteriormente apenas em superiates. Ainda assim, a ampla possibilidade de customização dos sistemas Naviop permanecem perfeitas para o uso em barcos grandes e superiates. Muitos sistemas de controle e navegação usando o Loop já foram desenvolvidos e construídos, cada um deles incluindo solicitações especiais de estaleiros e clientes que sabem o que querem.

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tec boat

A NAVIOP projeta sistemas de monitoramento e controle marítimo. A liderança no mercado de superiates altamente customizados, levou a um conjunto quase completo de controles disponíveis no mercado, cumprindo todas as principais certificações no mundo.

DIGITAL SWITCHING

PLC

MOTORES

GERADORES

BATERIAS

ENERGIA

RADAR

RADAR HALO™

NAVEGAÇÃO

LUZES DE NAVEGAÇÃO

FLAP/TRIM

VENTILAÇÃO

TOTALSCAN™

STRUCTURESCAN® HD

ESTABILIZADORES

LIMPADOR DE PARA-BRISA

HISTÓRICO

SETUP DE INTERFACE

INSIGHT GENESIS™

SPOTLIGHT SCAN™

NÍVEIS DE MONITORAMENTO

COMBUSTÍVEL

ÓLEO

ÁGUA

MAPA BASE MUNDIAL

NAVIONICS®

ÁGUAS CINZA

ÁGUAS NEGRAS

BOMBA DE ESGOTO

FUMAÇA E DETECÇÃO DE INCÊNDIO

LUZES

AR CONDICIONADO

ÁUDIO

CÂMERAS

+ MAIS

50

A NAVICO, através da Simrad e da B&G, fornece uma série completa de equipamentos de navegação e comunicação para barcos de qualquer tipo. A lista está cada vez maior de sistemas de navegação e a cada dia mais sofisticados.

PROTOCOLOS INDUSTRIAIS E MARÍTIMOS

SISTEMA DE INCÊNDIO

CORTINAS

RADAR™ BROADBAND

STRUCTURESCAN® 3D

DOWNSCAN IMAGING™

FORWARD SCAN®

C-MAP

PILOTO AUTOMÁTICO

ROTA AUTOMÁTICA

SMARTSTEER™ CONTROL

PORTAS E ESCOTILHAS

PROCESSAMENTO DE SINAL AVANÇADO

METEOROLOGIA

VHF SIRIUSXM®

HOME THEATHER

MOTOR NMEA 2000®

CARTÃO MICRO SD

COMUNICAÇÃO INTERNA

SONIC HUB® 2

VÍDEO

+ MAIS

BROADBAND SOUNDER™

10 HZ GPS

AIS

WIRELESS


MAIS TECNOLOGIA, MAIS FACILIDADE, MAIS SEGURANÇA

Naviop Loop é a interface Naviop projetada para permitir o uso contínuo entre os aclamados controles de navegação Navico e o Naviop soluções de monitoramento. Agora você pode ter a confiabilidade e o design personalizado da Naviop dentro dos dispositivos da Navico, líder mundial em controles de navegação comercial. Mais confiabilidade e segurança a bordo: o melhor dos dois mundos, acessível através de um único quadro, o que significa menos fiação, menor risco de problemas, menos incômodos.

Mais design: um sistema que pode ser visto em uma única ou múltiplas telas, escolhendo entre a ampla linha de dispositivos Navico, permitindo uma liberdade sem precedentes para projetar seu próprio posto de comando. Mais fácil de instalar e usar: mais tempo para você desfrutar o mar. Tudo é fácil de instalar e usar, são menos horas dedicadas a aprender diferentes sistemas interfaces. Todo sistema fica conectado em um único local, que tem capacidade máxima de entradas. Caso necessite de muitas funções, será instalado mais de uma caixa de controle.

O sistema Naviop está sempre disponível tocando no ícone na página inicial do seu sistema. Você também pode visualizar ambos os sistemas ao mesmo tempo, escolhendo o layout visual e na página inicial da Navico

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tec boat

MAIS SERVIÇO E CONFIABILIDADE, MAIS TEMPO PARA VOCÊ

Mais serviços: os serviços ao cliente Naviop e Navico estão disponíveis para ajudar com todas as suas necessidades, dando-lhe acesso a uma enorme rede mundial. A rede de revendedores e prestadores de serviços ao cliente da Navico é grande o suficiente para fazer você se sentir seguro em qualquer lugar. A rede de serviço Navico junta os pontos com a Naviop para lhe dar a assistência personalizada que você está acostumado em qualquer lugar do mundo. Técnicos mais especializados que estão preparados para trabalhar com os sistemas Naviop.

DESIGN E EFECIÊNCIA: O MELHOR DA SIMRAD NAVIOP LOOP ESTÁ INTEGRADO NOS SEGUINTES DISPLAYS DE TELA SENSÍVEL AO TOQUE SIMRAD: DISPLAYS NSS TOUCHSCREEN

NSS7 EVO3

NSS9 EVO3

NSS12 EVO3

NSS16 EVO3

SISTEMA NSO E MONITORES MARÍTIMOS

NSO EVO2 PROCESSADOR MARÍTIMO

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MO16-T MONITOR

MO19-T MONITOR

MO24-T MONITOR


*Naviop Loop foi projetado para ser usado em qualquer tipo de barco, desde o menor até o maior. A diferença depende da quantidade de dispositivos técnicos, funções controladas e na personalização da interface do usuário.

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tec boat

DESIGN E EFECIÊNCIA: O MELHOR DA B&G NAVIOP LOOP ESTÁ INTEGRADO NOS SEGUINTES DISPLAYS DE TELA SENSÍVEL AO TOQUE B&G: ZEUS3 TOUCHSCREEN

ZEUS3 7

ZEUS3 9

ZEUS3 12

ZEUS3 16

ZEUS2 GLASS HELM SYSTEMS

ZEUS2 GLASS HELM CPU

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ZEUS2 GLASS HELM ZM 16

ZEUS2 GLASS HELM ZM 19


A

SEA-DOO


tec boat

Manutenção de Geradores A energia a bordo do seu barco TER ENERGIA EM UM BARCO É MUITO SIMPLES E GRAÇAS AO GERADOR PODEMOS APROVEITAR OS CONFORTOS DA VIDA MODERNA ENQUANTO NAVEGAMOS. O QUE MUITOS NÃO SABEM, É QUE O GERADOR TEM VIDA ÚTIL E PRECISA DE REVISÕES PREVENTIVAS. PARA MOSTRAR A VOCÊS OS PROCEDIMENTOS CORRETOS E COMO DEVE SER FEITA A REVISÃO, CONVERSAMOS COM “LUIZINHO” BARTEL, DA BM MARINE, QUE ESCLARECEU TODAS AS DÚVIDAS SOBRE ESSE ITEM VITAL NO SEU BARCO. Luiz Bartel é dono da BM Marine, especialista em manutenção, recondicionamento de motores e acerto de embarcações.

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tec boat

O

procedimento de revisão do gerador consiste em passos básicos, o primeiro é a substituição do filtro de combustível, filtro lubrificante, troca do rotor de bomba de água salgada, sistema de correia e limpeza de todo o circuito de refrigeração, ou seja, a troca do fluído. A revisão em si é relativamente simples, mas o que dificulta o profissional responsável é o espaço que ele tem para trabalhar, o local onde está instalado o gerador e caixa acústica. Essa é a maior dificuldade encontrada na hora da revisão. Sabendo dos itens que são analisados, vamos mostrar para vocês o passo a passo desse procedimento e nunca mais fique sem energia a bordo.

Ao chegar no barco é feita uma análise do funcionamento antes de começar a fazer a revisão em si. O profissional deve fazer um teste inicial ligando o gerador para observar se não tem vazamentos, problema de aquecimento ou se apresenta qualquer outro tipo de problema. O tempo ideal para detectar algum problema gira em torno de cinco minutos. Um dos problemas mais comuns encontrado está no sensor, que causa o desligamento automático do equipamento. Por outras vezes, pode ser o entupimento na mangueira de diesel, o que causa fumaça na saída. Já o entupimento na

refrigeração, faz com que o gerador aqueça e também desligue automaticamente. Esses são os problemas mais comuns que um gerador apresenta nos dias de hoje. Passada essa análise inicial, o profissional deve remover as tampas acústicas e começar a revisão propriamente dita, começando pelo filtro de combustível. Na maioria dos barcos são dois sistemas, o famoso Racor, que nesse caso é um pré-filtro e fica instalado na parte externa do gerador. Na parte interna tem outro filtro de combustível pequeno, que também deve ser substituído.

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Feito isso, vá até a parte do óleo lubrificante, tire o filtro e todo óleo que estiver depositado no cárter, faça uma boa análise visual para ver se tem algum detrito, impureza ou qualquer outra coisa que não deveria estar ali, pois é um sistema fechado e não tem contato com outros elementos, tais como, bronzina por desgaste de alguma peça. Uma coisa é muito importante, o filtro é descartável e blindado, sempre deve ser trocado nas revisões ou quando ocorrer alguma manutenção fora da rotina, fique atento a isso. Após a troca, feche o dreno embaixo dele e coloque óleo novamente. Cada modelo tem sua especificação de fábrica, mas geralmente são de três a quatro litros de óleo. Sistema de combustível e óleo verificado, passe para a parte de correia de polias e verifique se não está corroída ou se a correia está “comida”. Examine a correia da bomba de água salgada e a correia do motor, que são duas polias separadas. Tem geradores que apenas uma polia toca tudo, mas a grande maioria, são duas correias independentes para tocar todo o sistema.

Além do Racor, o gerador tem mais um filtro de combustível, que também deve ser substituído na revisão

Conferiu as polias e correias, avance para o sistema de água salgada, começando pelo sistema de captação, que vai desde a entrada de água no casco, filtro no gerador e exame do rotor da bomba d’água, que na maioria das vezes é retirada, pois não é possível fazer a manutenção no local, examine também a mangueira que vai desde a captação até a entrada da bomba de água salgada, muitas vezes, tem detritos que atrapalham o fluxo correto de água. Uma coisa que pouca gente faz quando você tem um rotor quebrado ou avariado, é a limpeza da colmeia do trocador de calor, pois todo pedaço de rotor quando quebra, vai direto para a entrada da colmeia e isso gera o aquecimento do gerador, que por sua vez, vai parar de funcionar ou aquecer, podendo até queimar a junta de cabeçote. Existem geradores com um filtro antes da colmeia, verifique se esse é o seu caso.

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tec boat

O melhor lugar para fazer a revisão do gerador é fora do barco e com espaço para trabalhar

Exemplo de como o tempo vai agindo e carbonizando o escapamento, que entope e começa a queimar a mangueira do escape, causando fadiga e trincas no ferro

Finalizando a inspeção da parte de água salgada, vá até a água doce, que é a troca do líquido de arrefecimento (aditivo). Remova todo o líquido de arrefecimento, após esse processo, o ideal é dar uma lavada no sistema, para remover qualquer impureza, com água doce e deixar funcionar por cerca de cinco minutos. Esgote essa água novamente e coloque o aditivo próprio para o seu gerador, recomendado pelo fabricante. A última etapa da revisão é examinar todos os sensores. Veja se está tudo funcionando, se está marcando corretamente a temperatura e pressão de óleo. Desligue todos os fios, passe um limpa contato, examine cada sensor visualmente e monte todos novamente. Confira no painel se está tudo funcionando e a revisão do motor está finalizada. Agora siga para a parte elétrica do gerador. A parte elétrica que gera a carga de força, na maioria das vezes não é feito nada. Nosso especialista disse que é raro acontecer algo nessa parte, mas pode acontecer uma sobre carga e queimar o painel eletrônico do pró-

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prio gerador, mas isso é um caso atípico, nunca dá problema nessa parte do gerador e não faz parte da revisão básica. Só deve ser aberto por um profissional se apresentar alguma falha. A manutenção periódica do equipamento deve ser feita a cada 150 horas. A revisão quem determina é o fabricante, mas se você quiser se precaver com esses passos básicos, vai aumentar muito mais as horas de uso e conforto a bordo. Leia o manual do seu gerador, é lá que você vai encontrar essas informações, pois tem fabricante que recomenda 150 horas, outros recomendam 250 horas e outros podem ser até mais, mas de acordo com nosso profissional, 150 horas é o tempo mínimo. A revisão ou troca de óleo também pode ser feita por tempo e não somente por hora. Fique atento a isso também. No geral e com todas as revisões periódicas feitas, a vida útil do motor do gerador fica em torno de cinco mil horas, mas calma, ele não precisa ser substituído e sim descarbonizado por um profissional competente. Se o proces-


so for feito corretamente, ele deve durar mais cinco mil horas. A cada 1200 horas é importante fazer a revisão da saída da boca do escapamento, a famosa boca de fogo. Os geradores mais novos vêm com saída de aço inox, mas os mais antigos não. Eram feitos de ferro fundido e devido a falta de manutenção, eles vão carbonizando e criando ferrugem. O escapamento tem duas câmaras (interna e externa) para não queimar a mangueira do escapamento. Com o tempo ele vai carbonizando e criando um tipo de ferrugem que não deixa passar água, a câmara “fecha” e começa a queimar a mangueira do escape. Isso causa fadiga no material e começa a criar algumas trincas no ferro, conforme o exemplo. Neste local, quem circula é a água salgada para resfriar o líquido arrefecimento, e essas pequenas trincas, podem jogar a água salgada direto para dentro do gerador, ou seja, adeus motor. Um detalhe importante na parte de refrigeração de água salgada, é a substituição dos anodos de zinco que vão no trocador de calor. Isso sempre deve ser observado e substituído.

É muito importante substituir o anodo de zinco do trocador de calor

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tec boat

Outro ponto vital é a limpeza do filtro de ar do gerador. Ao invés de trabalhar em uma caixa bem isolada, devido ao barulho, o gerador é cercado por uma tampa com espuma acústica e com o tempo (sem tempo de duração específico) a espuma acústica começa a esfarelar e essas impurezas são aspiradas pelo filtro de ar. No caso do filtro de ar entupido, ele começa a esfumaçar, pois não consegue queimar o diesel e a mistura de combustível fica “pobre”, perdendo potência. E para finalizar, mas não menos importante, o coxim. Dificilmente apresenta problema, só se estiver encostado com outra superfície ou em contato com combustível ou água, aí ele deve ser substituído. Se não tiver corrosão ou durante a troca de óleo, o antigo cair nele, você nunca deverá trocar o coxim. A base, devido a dificuldade de acesso no local, é a parte que mais se deteriora num gerador. Essa foi uma explicação completa da revisão de um item tão importante a bordo, mas que muitos não dão muita atenção. Seguindo nossos passos, você já sabe e pode ficar atento nesses pequenos detalhes na hora de revisar seu gerador. Lembre, consulte sempre o fabricante e busque um profissional certificado para realizar esse serviço.

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A Fone: (13) 3355-4782


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RAIO-X DO WAVERUNNER CAMPEÃO 2017 O ATUAL CAMPEÃO BRASILEIRO DE MOTO AQUÁTICA, VALDIR BRITO JUNIOR, NOS MOSTROU OS DETALHES DA PREPARAÇÃO FEITA NO WAVERUNNER GP 1800 R E MOSTRA QUE VOCÊ TAMBÉM PODE MUDAR SUA MOTO AQUÁTICA COM A PREPARAÇÃO FEITA PELA EQUIPE DA JETCO RACING.

N

a Super Etapa do 30º Brasileiro de Jet Sports, que aconteceu em Boa Esperança, em Minas Gerais, o paulistano Valdir Brito Junior se sagrou campeão brasileiro. Ele disputou doze baterias e levou todas. Com essas vitórias, ele se classificou para competir

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no mundial em Lake Havasu, no Arizona. Junior, como é conhecido, nos contou todos os detalhes da preparação de sua moto aquática Waverunner GP 1800 R, modelo recém-chegado ao Brasil e que já trouxe o título para a equipe da JetCo.

O Waverunner campeão contou com uma reprogramação no módulo, que é uma injeção eletrônica feita pela equipe da JetCo, ele possui um sistema de direção mais rápido, que facilita na hora da curva, assim como os estabilizadores instalados nas laterais. Ele também tem filtro de ar, intercooler, hélice do Supercharged, que dá mais pressão no turbo, aumentando ainda mais a potência. Todas as modificações feitas foram externas, o motor já vem de fábrica com pistão forjado e permanece intacto. A JetCo oferece três níveis de preparação: estágio 1, 2 e 3 com diferentes preços e velocidades finais. Elas variam de R$5.000 a R$35.000, dependendo do uso, sendo de água doce ou água salgada, e o quanto o cliente quer andar. Toda preparação é feita aqui no Brasil, antigamente era necessário enviar o módulo para fora do país.


Ele tem um sistema de direção que faz com que o curso da direção vire menos e o jet faça a curva mais rápido

Os estabilizadores também facilitam na hora das curvas

Como a potência do motor aumenta, foi colocado um marcador de rpm de maior alcance

O motor de 300 HP e 1800 cilindradas não sofreu qualquer tipo de mudança

CUSTOMIZÁVEIS A JetCo oferece 3 níveis de programação feitos dentro da loja de SP: Estágio 1

Reprogramação do módulo, filtro de ar, kit refrigeração e anel de admissão cerca de R$8.000,00 kit econômico recomendado para recreação, que faz com que a moto aquática ganhe 7mhp na velocidade final, o que já modifica a atitude do waverunner.

Estágio 2

Reprogramação de módulo, refrigeração e intercooler cerca de R$20.000,00 não precisa mais pegar o módulo e mandar pra fora, pagar envio e imposto, agora eles fazem aqui no Brasil e em dois dias o cliente já tem o waverunner de volta atingindo 85 milhas.

Estágio 3

Troca de intercooler, hélice duplo, captador de água, bico injetor, rotor de turbo, placa e captador cerca R$35.000,00 atingindo 88/90 milhas por hora.

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tec boat

Torqeedo utiliza baterias do BMW i

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BMW i continua a impulsionar a inovações sustentáveis com a sua tecnologia. E agora, a bateria de alta tensão desenvolvida para o i3 não está apenas alimentando a mobilidade livre de emissões na estrada, mas também na água. O Grupo BMW está fornecendo baterias de ions de lítio para a empresa alemã Torqeedo. A fabricante do sistema de transmissão marítima está usando-as para o armazenamento de energia em seus sistemas de transmissão elétrica Deep Blue de alto desempenho. No entanto, a questão da emissão zero não é a única vantagem no uso dessas baterias, o custo com a embarcação também é reduzido e é uma alternativa mais silenciosa para navegar. De acordo com o Grupo BMW, eles vêm desenvolvendo e melhorando cada vez mais a capacidade de suas baterias e, apesar do tamanho e peso serem os mesmos, a bateria do BMW i3 é 50% mais potente que a versão anterior, chegando a 94 Ah/33 kWh. O uso dessas baterias de alta tensão da BMW i em motores marítimos é apenas um exemplo no meio de uma gama de possibilidades de aplicações que elas oferecem dentro do conceito de sustentabilidade integrada. Um detalhe importante é que as baterias da BMW também podem ser reutilizadas nos barcos depois de completarem sua vida útil nos carros, e isso acaba sendo muito melhor para o meio ambiente do que simplesmente reciclá-las antes do tempo. Dessa forma, o Grupo BMW criou uma “segunda vida” para essas baterias antes mesmo do BMW i3 ser lançado no mercado. A reutilização desse tipo de material tem um papel fundamental no incentivo a utilização da chamada “energia verde”, também conhecida como energia limpa, e o envolvimento de empresas como a Torqeedo e a BMW gera uma visibilidade ainda maior para este tipo de projeto.

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A Torqeedo está utilizando as baterias de ions de lítio, criadas pelo Grupo BMW, na linha de alto desempenho Deep Blue

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Inteligência de mercado LANÇAMENTOS EM MARÇO DE 2017 NOME

TIPO

TAMANHO

ESTALEIRO

TAMANHO

ESTALEIRO

Aurora

74m

Lürssen

ALE

AZ 95RPH

28,62m

Azimut

ITA

19903

62,4m

Amels

HOL

92115

28,42m

Viking

EUA

Ngoni

58m

Royal Huisman

HOL

885/08

27,08m

Oyster Yachts

GBR

Ruya

47m

Heesen Yachts

HOL

Stae

26,76m

Sanlorenzo

ITA

40,05m

Sunseeker

GBR

86 Yacht

26,3m

Sunseeker

GBR

35m

Azimut

ITA

OA 85

26,14m

Ocean Alexander

TWN

Letani

34,65m

Feadship

HOL

Mystere

25,5m

Otam

ITA

Ribelle

32,64m

Vitters

HOL

AZ 83

25,2m

Azimut

ITA

OA 100

31,1m

Ocean Alexander

TWN

AZ 80

25m

Azimut

ITA

B&B

29,1m

Sanlorenzo

ITA

TAMANHO

ESTALEIRO

31,66m

Gulf Craft

EAU

31,1m

Ocean Alexander

TWN

Aladdin Grande 35M

PAÍS

NOME

TIPO

PAÍS

ENTREGAS EM MARÇO DE 2017 NOME

TIPO

PAÍS

Lürssen

ALE

Majesty 100

Faith

96,55m

Feadship

HOL

OA 100

Da Vinci

49,9m

Overmarine

ITA

Do It Now

30,33m

Horizon

TWN

47m

Turquoise Yachts

TUR

Intermarine 95

29,15m

Intermarine

BRA

MIrage IV

40,16m

Princess Yachts

GBR

95 Yacht

28,96m

Sunseeker

GBR

Al Rayan

38,6m

Gulf Craft

EAU

Double Barrel

28,42m

Viking

EUA

2J’s of London

35,2m

Sunseeker

GBR

OA 85

26,14m

Ocean Alexander

TWN

Majesty 110

34,4m

Gulf Craft

EAU

F850

26m

Ferretti Yachs

ITA

32m

Numarine

TUR

Intermarine 80

24,35m

Intermarine

BRA

Dolce Vita

PEDIDOS EM MARÇO DE 2017 ESTALEIRO

70

TIPO

ESTALEIRO

104m

Razan

PAÍS

NOME

TAMANHO

Amadea

TIPO

COMPARAÇÃO MARÇO DE 2017, 2015 e 2016

TAMANHO

ENTREGA

PAÍS

Picchiotti

AC

AC

ITA

Picchiotti

52m

2019

ITA

Horizon

35,05m

2018

TWN

Benetti

35m

2018

ITA

Tansu Yachts

34,6m

2019

TUR

Spirit Yachts

33,9m

2019

GBR

Custom Line

33m

2018

ITA

AC

27,5m

2018

HOL

Outer Reef Yachts

26,3m

2018

TWN

MÉDIA DE TAMANHO (m)

NÚMERO DE VENDAS

PREÇO TOTAL (€)


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Coordenadas da Marina: S 23° 45’ 49.0” w 045° 45’ 32.9”


tec boat O raio-X do seu barco

VOLVO PENTA LANÇA NOVO MOTOR D13-100 Novo motor tem relação potência/peso otimizada A Volvo Penta se superou ao lançar seu motor marítimo mais potente até então. O D13-1000 faz com que a Volvo entre no mercado de motores de 1.000 HP pela primeira vez. Ele oferecerá maior desempenho e durabilidade, e mais conforto do que nunca. Esse motor interno e o seu equivalente da linha IPS, o D13-IPS1350, foram projetados para agradar clientes com iates acima de 120 pés. Características como novos pistões, injetores altamente eficientes e sistemas de resfriamento aprimorados, combinam-se para produzir mais de 11% do que os motores anteriores.

VOLVO PENTA COMPRA SEVEN MARINE A fabricante agora entra para o segmento de motores de popa A Volvo Penta anunciou a assinatura de um acordo para se tornar o principal proprietário do fabricante de motores de popa, Seven Marine. Com isso a Volvo entra para o segmento de motores de popa. O uso da tecnologia automotiva é um aspecto comum entre a linha de propulsão a gasolina da Volvo e os motores de popa da Seven Marine. A abordagem da Seven Marine para explorar novas técnicas e arquitetura de design é um dos principais motivos da decisão da Volvo Penta de se tornar acionista majoritária da Seven Marine.

YAMAHA ANUNCIA CONTROLE DBW (DRIVE-BY-WIRE) PARA OS NOVOS F150 E F175 Os controles agora estão disponíveis para modelos de 150 até 350 HP A Yamaha apresentou o controle DBW (Drive-by-Wire) para clientes em todo o mundo. Ele é compatível com dois dos motores mais vendidos da fabricante, o F150 e o F175. A compatibilidade total com o exclusivo sistema de rede digital da Yamaha traz consigo a disponibilidade de uma impressionante variedade de outras funções e controles, incluindo não apenas uma ampla gama de medidores digitais claros e fáceis de ler (6Y8 / 6YC / 6Y9 e o novo CL7, com a tela colorida de 7"), mas também o sistema de segurança imobilizador exclusivo da Y-COP. Afinal, a paz de espírito é um benefício que todos os proprietários apreciam.

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SUZUKI APRESENTA O NOVO MOTOR DE POPA DF350A Os hélices duplos do DF350A oferecem três benefícios: tamanho compacto, maior estabilidade e maior tração A Suzuki Marine apresentou recentemente o seu modelo mais novo: o DF350A. Com 350 HP de potência, este V6 de 4 tempos é o maior e mais poderoso motor de popa da fabricante até então. Em desenvolvimento há mais de três anos, ele representa um avanço significativo em engenharia e design. De acordo com a Suzuki, seus engenheiros alcançaram 350 cavalos enquanto ainda projetavam um motor compacto e leve. Embora os hélices contra-rotativos não sejam uma tecnologia nova, eles não foram usados nos motores de popa até agora.

NAUTISPECIAL LANÇA ÓLEO DE TEKA EM AEROSSOL A vantagem do aerossol é a facilidade de aplicar em superfícies menores A Nautispecial lançou o óleo de teka em duas versões, litro e aerossol. Este é um produto usado para proteger e realçar a teka, seja no piso, num degrau ou até mesmo uma mesa feita deste material. De acordo com o fabricante o óleo de teka pode ser facilmente aplicado com um rolinho de pintura de parede. A utilização deve ser feita depois de lavar a teka completamente e o óleo deve ser aplicado em duas camadas, com um intervalo de 40 minutos, lavando o piso novamente no dia seguinte. Este produto é indicado para quem gosta da teka com uma coloração mais escura, como quando ela está molhada ou envernizada.

GARMIN APRESENTA NOVAS TECNOLOGIAS PARA O SONAR PANOPTIX Diferente do sonar tradicional, que apenas fornece dados históricos, ele mostra os peixes nadando em tempo real A Garmin do Brasil anunciou o Panoptix™ PS22-TR, o mais novo transducer Panoptix com LiveVü Forward e LiveVü Down que oferece um ângulo de feixe estreito de 20 graus para uma resolução nítida e aprimorada para imagens que estão ao redor e abaixo do barco – em tempo real e mesmo quando estacionadas. Emparelhado com um chartplotter compatível GPSMAP® ou echoMAP® CHIRP, o Panoptix oferece uma perspectiva totalmente nova para a pesca que permite aos pescadores observar o movimento dos peixes e as reações até a isca, até 30 metros de distância.

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tec boat

CONTROLADOR DE PILOTO AUTOMÁTICO SIMRAD AP48 O AP48 oferece sintonização automática para assegurar o desempenho ideal da direção A Simrad lançou o novo controlador de piloto automático Simrad AP48 – um display de controle dedicado para os sistemas de piloto automático Simrad Continuum, com uma tela colorida de 4,1 polegadas com estilo moderno. O AP48 oferece um amplo ângulo de visão de 170 graus e acesso total a recursos avançados de direção continuada, incluindo padrões de curvas automatizadas, direção inteligente e rastreamento de contorno de profundidade, além de um grande mostrador de controle rotativo de alumínio e teclas dedicadas para fácil ajuste. O novo controlador dá aos usuários acesso fácil a uma variedade de padrões de rotação preestabelecidos para ajudar na pesca, mergulho ou simplesmente fazer uma curva fechada rápida e eficiente.

SMARTWATCH GARMIN QUATIX 5 Ele está disponível em duas versões, o Quatix 5 e o Quatix 5 Sapphire

GARMIN VIRB 360 CAMERA Ela é capaz de fazer transmissões ao vivo via YouTube ou Facebook A nova e compacta Virb 360 da Garmin é uma câmera a prova d’água de 360 graus que captura vídeos em até 5.7K / 30 fps. Possui estabilidade esférica 4K, quatro microfones embutidos e sobreposições de dados personalizáveis. O software de download e o aplicativo Virb grátis da Garmin permitem editar, estabilizar, compartilhar e adicionar sobreposições de dados ao conteúdo de vídeo de 360 graus. As opções de controle de voz permitem o início e término do vídeo. Os modos de fotos fixas incluem captura única, burst e lapso de tempo.

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A Garmin lançou a nova geração da sua série de relógios esportivos, Quatix 5. Ele permite que você o leve a qualquer lugar na água, barco, pesca, cruzeiro ou vela. Disponível em duas versões, o Quatix 5 e o Quatix 5 Sapphire, a versão com lente de cristal de safira altamente resistente a riscos que inclui uma pulseira de aço inoxidável e outra QuickFit de silicone azul. O novo Quatix 5 complementa o seu sistema eletrônico marítimo Garmin, transmitindo dados NMEA 2000, como velocidade, profundidade, temperatura, informações sobre o vento e muito mais. O smartwatch também pode controlar o sistema de entretenimento a bordo graças ao seu aplicativo incorporado FUSION-Link Lite, que controla os produtos da StereoActive conectados e outros modelos estéreo habilitados para ANT.


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boatteste testeFlexboat Okean 50760 High-Tech boat

Flexboat 760 High-Tech O melhor 760 construído pela Flexboat O modelo 760 é um dos maiores sucessos da empresa. Está no mercado há mais de 10 anos e foi exportado para mais de 14 países. É de longe, a versão mais versátil construída pelo estaleiro, atingindo em 2017 cem versões diferentes de montagem da mesma embarcação. Isso é muito interessante, pois a Flexboat atende o pedido do cliente e já deixa de opção para os demais interessados. Ele também tem as versões especiais: Dive – para mergulho, Work – para trabalho, Turismo – com bancos para passeios, versão com banheiro, versões mistas, versões com motores a diesel e gasolina, com motor de popa, enfim, são uma infinidade de opções para um só modelo. Por Caio Ambrosio | Fotos Kadu Abreu

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boatteste testeFlexboat Okean 50760 High-Tech boat

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versão luxo foi feita para pessoas que querem tirar o máximo de proveito de um barco de ataque e o máximo de segurança de um barco de trabalho. Isso significa que nenhum modelo fabricado pela empresa é diferente, luxo, trabalho ou militar são construídos da mesma maneira. Na versão luxo o barco recebe lounges de proa, solário na popa, áreas de cobertura com o T-top exclusivo, áreas especiais para pesca e esportes aquáticos. O modelo testado foi o barco mais bem montado na história da Flexboat, o estaleiro instalou muita tecnologia no 760. O casco tem 26 pés, comprimento do flutuador de 7,60 metros, mas o comprimento total, até a plataforma de popa, ficou em 8,30 metros, um pouco mais de 27 pés. Na Europa e Estados Unidos, o padrão adotado é o comprimen-

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to do flutuador, sendo assim, o 760 com motor de centro-rabeta fica um pouco maior devido a plataforma de embarque, mas o flutuador é o mesmo. O barco tem passagem em ambos os bordos, por tanto ele é uma versão walk-around. Tem um assento que é uma caixa térmica na frente do console. O sofá na proa em U acomoda cinco pessoas sentadas confortavelmente, o assento central tem mais uma geladeira com capacidade para 50 litros. O tanque de combustível da embarcação é feito em aço inox e o sistema é concebido como se fosse um caminhão pipa, ou seja, ele tem duas paredes internas, criando três compartimentos independentes, com a comunicação do combustível sendo feita somente pela parte de baixo e a do ar por cima. Ela enche o último


compartimento, que por transbordamento enche o do meio e depois o primeiro por onde sai o ar. Isso tudo não deixa ter refluxo de combustível e derramamento dentro da embarcação. O tanque é muito forte e é construído na própria fábrica. O caso do 760 suporta uma motorização mínima de 150 HP, recomendado pela fábrica, e máxima de até 600 HP, para versões com motores de popa. Já na versão centro-rabeta, esse modelo é o mais top, com dois motores Mercruiser V6 4.5L de 250 HP, totalizando 500 CV de força em um barco inflável.

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boatteste testeFlexboat Okean 50760 High-Tech boat

O espelho de popa foi concebido para suportar uma pressão de até 3 toneladas, ou seja, pode receber motores grandes e é seguro o suficiente para ter todo esse torque de até 600 cavalos de força, em qualquer condição de mar e com absoluta segurança para quem está dentro

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DESEMPENHO NA PRÁTICA O Flexboat 760 cumpre o que promete? O teste foi realizado em Nazaré Paulista, interior de São Paulo, por tanto, foi realizado em água doce. Os números foram excelentes e podem melhorar ainda mais quando o barco estiver em água salgada. O casco é um dos mais elogiados pelos clientes da Flexboat, a parte de obras mortas acima da linha d’água servem como um costado interno, fazendo um flange de acoplamento da parte pneumática, sendo que o Flexboat é um tipo de barco misto de lancha com um bote. Essa estrutura inflável acoplada ao casco, torna ele um barco insubmergível. Essa parte é feita de borracha, Hypalon, uma borracha neoprênica mais cara e mais resistente para a fabricação de um barco inflável. Esse flutuador tem seis câmeras estanque individuais e cada uma com a sua respectiva válvula de ar e em caso de uma avaria parcial. O barco flutua e navega sem nenhuma delas estarem cheias, isso é muito importante. Quando estão infladas, elas exercem o papel de estabilizadores naturais, por isso o barco aderna muito menos. Elas funcionam também como um amortecimento, no caso de saltar ondas, além do casco ter os defletores que naturalmente ajudam o barco a diminuir o impacto ao entrar novamente em contato com a água, o restante do impacto é distribuído nos flutuadores. O barco faz curvas como se fosse uma moto aquática, quase no eixo e isso só é possível quando o barco está inclinado exatamente a 30 graus, o flutuador toca na água e limita a adernação. Isso também ajuda quando você toma uma onda no bordo ou pega um mar muito agitado com ondas de proa em bordo, o barco consegue limitar esse movimento, dando mais segurança e conforto. A outra variável é que você pode encalhar o barco na areia e isso é muito legal porque o flutuador funciona como um estabilizador na popa e não deixa o barco tombar, como seria comum para um barco com casco em V. Equipado com a parelha Mercruiser de 500 HP, o conjunto passou muito bem por tudo o que foi proposto durante nosso teste.

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boatteste testeFlexboat Okean 50760 High-Tech boat

NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO:

CONDIÇÕES DO TESTE Tempo: 28 graus Vento: Sem vento Ondulação: Sem ondas O teste foi realizado na represa de Nazaré Paulista

Cruzar a 37 MPH é um feito e tanto para um barco. O Flexboat 760 High-Tech mostra o porque um bote pode ser tão interessante

Em todos os pontos vamos falar sobre a velocidade. Navegar economicamente a 31 MPH é um desempenho para poucos

ECONÔMICA

Atingir 54 MPH sobre a água é marca excelente para qualquer modelo. Aqui no Brasil, poucos barcos chegam a esse patamar

CRUZEIRO

MÁXIMA

RPM

3200

3600

5100

Velocidade (MPH)

31

37

54

Consumo (litros)

54,1

68,5

158

Milhas/Litro

0,57

0,54

0,34

Litros/Milha

1,75

1,85

6,87

Autonomia (MN)

229

216

137

Autonomia (horas)

7

6

3

Ficha técnica

10

5”

Comprimento 7,60 m

5

Boca máxima 3,15 m

15

Peso 1.700 Kg (sem motor) Motorização 1 x 115 HP até 2 x 300 HP

0

20

Aceleração O tempo de planeio do Flexboat 760 High-Tech foi de 5 segundos. Muito abaixo do tempo de uma lancha com o mesmo tamanho. Ao dar motor, o barco responde rapidamente ao comando e planando em poucos segundos

– Motor de Popa | 1 x 250 até 2 x 250 HP – Motor centro-rabeta

Tanque de combustível 400 L Tanque de água 90 L Velocidade de cruzeiro 37 MPH Velocidade máxima 54 MPH Passageiros (dia/noite) 13/0

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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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DETALHES DO BARCO:

Além do intercomunicador externo, foi instalado o novíssimo VHF Raymarine 70

Ao invés de descer, o banco sobe e aumenta a espessura de encosto, aproximando o piloto do volante e comando

solário de popa alongado, com o comprimento de 1,80 metros, se estendendo por todo o casario e tem uma plataforma avançando a carenagem

Foi instalado o Kit Premiere da Mercruiser, com Joystick e Vessel View. O proprietário também instalou o sistema AIS

O porta-luvas foi redesenhado e agora tem a entrada para o som Fusion instalado no 760

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IMPRESSÕES AO NAVEGAR:

CONSTRUÇÃO:

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DESEMPENHO:

INOVAÇÃO:

Muito bom. Atingir 54 MPH, planar em 5 segundos e cruzar a 37 MPH com motor sobrando é um desempenho excelente para um barco. Se você optar por navegar em velocidades mais baixas, continuará tendo ótimo desempenho e gastando pouco combustível.

No quesito inovação devemos dar atenção a todos os equipamentos eletrônicos instalados no barco, por isso o nome High-Tech, e também a motorização utilizada. O cliente foi muito criterioso e é um profundo conhecedor da náutica brasileira, por isso optou pelo que tinha de melhor no mercado.

o barco é construído com diferentes gramaturas de manta, chegando a 800 gramas por metro quadrado, depois recebe o reforço de tecidos compostos (biaxial e triaxial), que são os tecidos de resistência mecânica. Eles preenchem todos os defletores internamente e o overlap no centro da quilha, deixando essa parte, que recebe o primeiro impacto no casco, maciça e mais reforçada do que qualquer outro ponto do barco. O espelho de popa foi concebido para suportar uma pressão de até 3 toneladas


CONFORTO: Guincho elétrico. Os infláveis têm um flange na proa, junto com o flutuador, sendo impossível instalar o sistema de guincho de maneira tradicional na proa, pois a força de tração da corrente faria com que esse flange quebrasse ao meio e também não daria para soltar por cima e acabaria pegando no flutuador em si. Só é possível instalar um guincho em um barco inflável quando a saída da âncora for pelo casco e abaixo do flutuador. Para tudo isso ser possível, existe uma engenharia incrível, onde o estaleiro teve que construir um sistema de roldanas presa a uma estrutura de inox em Z para que a máquina de guincho ficasse na parte mais elevada na caixa de âncora.

PILOTAGEM: O sistema do banco rebate para cima. Você tem a poltrona na posição perfeita para pilotar sentado e quando rebatido deixa o piloto mais próximo do console com perfeita ergonomia em relação ao volante e ao manete de aceleração. Mesmo sentado ou em pé, o piloto está abrigado com proteção fornecida pelo para-brisa alto no console.

ACABAMENTO:

SEGURANÇA:

O maior destaque nesse modelo é o gel isofitálico azul marinho, feito especialmente para o cliente do barco. É sabido que dar acabamento em um barco branco é muito fácil, mas já os cascos escuros evidenciam qualquer problema ou ondulação e dar acabamento em um bote escuro é mais complicado ainda. O flutuador foi importado exclusivamente para esse modelo.

O barco é considerado praticamente insubmergível, são as únicas embarcações recomendadas com segurança a navegar com mar acima de 5 na escala Beaufort e de não haver diferenciação entre as embarcações de lazer, trabalho e militar. Todo Flexboat nasce com os mesmos reforços, a única coisa que muda nesse caso é a cor e todos são feitos para receber uma super motorização.

SEU BOLSO: A versão do 760 Sport Standard com Solário parte de R$365 mil completo, pronto para navegar com esses mesmos motores V6 de 250 HP cada, indo até 650 mil com todos os acessórios, versão testada.

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boatteste testeFlexboat Okean 50760 High-Tech boat

O MELHOR USO O Flexboat 760 é um barco na medida para você? Fica um pouco difícil responder essa pergunta. Digo isso porque o produto apresenta inúmeras maneiras de ser utilizado. O bote inflável é muito versátil e o mesmo casco pode receber até cem variações de projeto, só esse dado já um diferencial e tanto para um produto com alto valor agregado. Esse feliz proprietário e profundo conhecedor de barcos instalou tudo o que havia de mais moderno no mercado. Ele realmente não poupou em nada e acabou entrando para a história da Flexboat como o melhor 760 já montado pelo estaleiro. A sensação de navegar por algumas horas, me remeteu aos barcos americanos e realmente me senti pilotando um barco importado. O esquema de cores adotado, todos os equipamentos instalados e uma parelha de 500

HP, ajudaram a aumentar mais ainda essa sensação. No geral, não podemos comparar um barco inflável com uma lancha, ambos têm características totalmente distintas. As lanchas oferecem todo o conforto que buscamos para nossa família e amigos quando estão a bordo. Já o bote inflável encara situações de mar cujo as lanchas não sairiam. O modelo testado mostrou que um bote também pode ser muito confortável e oferece um conforto semelhante a barcos do mesmo porte. Essa versão não tem banheiro por uma opção exclusiva do proprietário, mas com o banheiro, ele não fica devendo em nada para uma lancha. Botes x lanchas são opções muito particulares e individuais de cada um. Sou um apaixonado por botes e como esse modelo foi construído me deixou mais encantado ainda. Se você estiver procurando um bote, o Flexboat 760 é definitivamente um modelo que deve ser conhecido. Conteúdo extra na versão digital

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IMPONÊNCIA em 30 metros A AZIMUT YACHTS SE PREPARA PARA LANÇAR EM 2018 A PRIMEIRA UNIDADE AZIMUT GRANDE 30 METRI AQUI NO BRASIL. O MEGA IATE JÁ ESTÁ EM CONSTRUÇÃO NA UNIDADE BRASILEIRA DO ESTALEIRO E PROMETE SURPREENDER O MERCADO NÁUTICO NACIONAL COM SUA ELEGÂNCIA E TECNOLOGIA DE PONTA. Por Cristiane Bartel

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azimut grande 30 metri

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ma das principais novidades da Azimut Yachts para 2018 é o lançamento da Azimut Grande 30 Metri, anteriormente conhecida como 95 RPH, no Brasil. Com mais de 110 toneladas, este gigante terá 95 pés de comprimento, três decks e muito espaço a bordo. O design exterior foi assinado pelo designer italiano Stefano Righini, já o design interior ficou com por conta do Studio Salvagni Architetti. Ambos os projetos combinam tecnologia com sofisticação. “Este projeto demonstra o quanto o Grupo Azimut-Benetti acredita no Brasil, também justificado pelo desempenho crescente ano a ano da unidade nacional, mesmo em um cenário econômico delicado que o país atravessa. Também é um demonstrativo do grande potencial náutico brasileiro”, destaca o CEO da Azimut Yachts no Brasil Davide Breviglieri. Este mega iate foi criado em cima de dois requisitos básicos, máximo de privacidade e conforto. O design da 30 Metri tem personalidade e conta com linhas exteriores elegantes que combinam com

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a tecnologia de ponta a bordo. No entanto, algo que se destaca no projeto é a possibilidade de customização tanto na decoração quanto no layout, sem perder a estilo do iate. O flybridge da Azimut Grande 30 Metri possui cerca de 65m² e está entre os maiores da categoria. Ele é composto por uma área para refeições, churrasqueira, um elegante bar, uma jacuzzi, espreguiçadeiras e assentos modulares que permitem várias configurações para o espaço. Há duas maneiras de acessá-lo, sendo elas a escada externa, que parte da praça de popa, e a escada interna, que parte do posto de comando principal. A proa também foi projetada com uma espaçosa área de estar com mesas e um solário para curtir o sol. Pensando na privacidade do proprietário e dos convidados, o estaleiro optou por elevar e separar a cabine do comandante do deck principal. Essa mudança resultou na criação de uma área mais ampla. O salão principal ficou ainda mais espaçoso e também ganhou uma vista panorâmica, graças as janelas du-


A Azimut Grande 30 Metri possui várias opções de layout, só o Flybridge possui três

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azimut grande 30 metri

Graรงas ao posto de comando elevado, a sala ganhou muito mais espaรงo

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azimut grande 30 metri

plas que vão do chão ao teto e dão uma sensação maior de contato com a área exterior. Sua decoração tem um estilo eclético, contemporâneo e muito sofisticado. Os detalhes foram produzidos por mestres artesãos da Toscana, na Itália, com materiais exclusivos. Outros materiais que compõem a decoração são Mogno veneziano, couro, carvalho cinza, seda, detalhes decorativos em ouro, mármore e vidros duplos. A área de estar do salão ganhou uma televisão de 55 polegadas que se escon-

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de no teto através de um mecanismo de inclinação. Já na sala de jantar há uma mesa que acomoda confortavelmente até dez convidados. A cozinha também foi equipada com móveis e eletrodomésticos de alto padrão e possui uma área para refeições em mogno. A escada de alumínio que conecta o interior com os decks possui degraus retro iluminados com acabamento em couro e corrimão em mogno, o que faz com que ela seja não só um utilitário, mas um item de decoração.


As janelas laterais vĂŁo do teto ao chĂŁo, trazendo o interior para dentro do barco

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azimut grande 30 metri

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Seguindo para o deck inferior, a suíte principal também foi beneficiada com a transformação da cabine do comandante, ficando ainda mais ampla. Nos seus 34m² estão uma confortável cama de casal, um walk-in closet com dois armários de altura completa e um mobiliário elegante feito sob medida. No banheiro, o chuveiro é revestido em teca e os acabamentos, incluindo o piso, são em mármore com inserções em mogno. As quatro cabines VIP para os convidados seguem o mesmo padrão de decoração do restante do iate e são completas, com banheiros privativos. A área da tripulação é composta por três cabines e dois banheiros. No total, a Azimut Grande 30 Metri acomoda até dez convidados e uma tripulação com quatro pessoas.

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Este iate conta com uma garagem com plataforma giratória na popa, que acomoda um bote de até 4 metros ou uma moto aquática. Quando se fala em velocidade, a 30 Metri é capaz de alcançar até 28 nós de velocidade máxima e 22 nós de velocidade de cruzeiro. Isso acontece graças aos dois motores MTU 16V 2000 M84 que foram combinados com o casco de aplainamento, projetado pelo estaleiro e em colaboração com o engenheiro Pierluigi Ausonio do Studio P.l.a.n.a., e com a quilha.

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A CONSTRUÇÃO NO BRASIL

Parte da construção da primeira unidade brasileira da Azimut Grande 30 Metri aconteceu na matriz italiana para garantir o padrão mundial. Enquanto isso, a filial brasileira da Azimut Yachts passou por alterações para poder comportar o maior modelo já construído pelo estaleiro em território nacional. A equipe de profissionais brasileiros passou por um treinamento junto aos profissionais italianos. Até então o iate já está com mais 50% dos processos prontos, isto é, a superestrutura já está concluída e a equipe já iniciou os trabalhos que incluem a instalação dos motores, componentes de elétrica e eletrônica, hidráulica, mecânica, pintura e acabamentos.

Ficha técnica Comprimento total:

28,62 m Boca:

6,94 m Motores:

2 x 2.200 mHP (1630 kW) MTU 16V2000 M8 Passageiros:

10+4 Acomodação:

5+3 Deslocamento:

111 T

*A Azimut Yachts oferece mais opções de layour

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http://www.azimutyachts.com.br/


centro autorizado

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MCY

A NOVA MCY 96, DA MONTE CARLO YACHTS, CHEGA AO MERCADO INTERNACIONAL COM UM DESIGN CONTEMPORÂNEO, MUITO ESPAÇO A BORDO E INÚMERAS POSSIBILIDADES DE CUSTOMIZAÇÃO, SEM PERDER SUA IDENTIDADE

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pós o sucesso da premiada MCY 105, a nova MCY 96 entra para a linha MCY como resultado dos investimentos contínuos da Monte Carlo Yachts na categoria superiate. Com quase 30 metros de comprimento, este é um iate que segue desenvolvendo o estilo de design e as especificações técnicas do MCY “Future Classic” e impulsiona esta coleção com uma embarcação que possui características de um verdadeiro superiate. “A nova MCY 96 representa continuidade e evolução para a coleção MCY e para a empresa”, diz Carla Demaria, presidente da Monte Carlo Yachts. “O grande sucesso internacional e o apelo global da MCY 105 nos orientaram no desenvolvimento da MCY 96, que estabelecerá novos padrões e marcará uma nova era de crescimento no segmento superiate para Monte Carlo Yachts”. Mais uma vez, o estaleiro trabalhou em parceria com o estúdio de design Nuvolari Lenard e de

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acordo com os designers, a MCY 96 foi projetada e desenvolvida para viagens longas pelo oceano de acordo com as regras de charter e passeio. Ela foi construída em fibra de carbono e kevlar, uma fibra sintética de aramida que é muito mais resistente e leve. Uma das principais características desta 96 pés é o espaço tanto externo quanto interno. No amplo cockpit há uma mesa de jantar para oito pessoas e ainda sobra espaço para decorar a área com pufes ou cadeiras. Na proa foi montada uma confortável área de estar com duas mesas, sofás e um solário para tomar sol e aproveitar o dia a bordo. O flybridge também ganhou uma área gourmet, com uma pequena cozinha, sofás dos dois lados e uma pequena mesa para refeições. O estaleiro oferece ao proprietário a opção de colocar uma jacuzzi.


Muito espaço exterior é a marca principal do novo modelo da Monte Carlo Yachts

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O design foi assinado por Nuvolari Lenard, que colocou o MCY 96, na categoria de superiate

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O salão possui uma deliciosa sala de estar com uma decoração clara e apenas alguns detalhes coloridos. A mesa de jantar ao fundo também acomoda os oito convidados. As extensas janelas permitem a entrada de luz natural em abundância, mas o ponto chave do deck principal são as varandas dobráveis nas laterais, que quando abertas ampliam ainda mais o salão. A decisão do estaleiro de elevar o posto de comando beneficiou a cabine máster, que fica no deck principal. Esta, decorada de forma elegante com a mesma paleta de cores do restante do barco, conta com uma cama de casal, um walk-in closet e um banheiro completo e espaçoso. O quarto possui um pé direito alto e uma claraboia, que permite que ele seja muito bem iluminado com luz natural.

Com o posto de comando elevado, todos os ambientes do deck principal ganham muito mais espaço. Na suíte máster, uma claraboia no teto trás mais luz para a cabine.

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Com dois motores de 2.200 HP cada, o barco atinge 27 nรณs de velocidade mรกxima

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O deck inferior segue o mesmo estilo de decoração e possui três opções de layout. A versão com três cabines conta com uma VIP, à meia nau, e duas para convidados, sendo que uma delas pode ter uma cama de casal ou duas de solteiro. Na versão com quatro cabines, a cabine VIP é dividida em dois quartos completos com camas de casal. Ao todo, o iate acomoda de oito a dez pessoas. A área da tripulação acomoda uma equipe de até seis integrantes em três cabines, divididas entre uma suíte para o capitão e mais dois quartos para tripulantes.

O estaleiro oferece opções com três ou quatro cabines no deck inferior

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Vista do flybridge e proa

Vista do salão principal e cabine máster

O estaleiro oferece duas opções de motorização para a MCY 96, sendo elas com dois motores MAN, de 1.900 HP, ou dois motores MTU 16V 2000 M86, de 2.200 HP. De acordo com Fabrizio Iarrera, Diretor Geral da Monte Carlo Yachts, o iate chega a uma velocida máxima de 27 nós com a motorização mais potente. O primeiro casco da linha a ficar pronto foi batizado de Mia e estará exposto no Cannes Yachting Festival. De acordo com a Monte Carlo Yachts, mais dois cascos foram vendidos e já estão em construção no estaleiro. A previsão de lançamento é entre o final deste ano e o 2018.

Posto de comando elevado

Ficha técnica Comprimento total:

29,26m Boca:

6,94m Opção com três cabines (duas de casal e uma de solteiro)

Motores:

2 x MTU 16V 2000 M86 (2.200 HP) | 2 x MAN V12 (1.900 HP) Velocidade máxima:

27 nós Velocidade de cruzeiro:

21 - 24 nós Acomodação:

Opção com três cabines (uma de casal e duas de solteiro)

11+6 Deslocamento:

98T Tanque de combustível:

11.000L Tanque de água:

1.650L Opção com quatro cabines (duas de casal e duas de solteiro)

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Princess 62 Um convite para desfrutar o mar

A PRINCESS YACHTS ESTÁ REFORMULANDO A LINHA FLYBRIDGE E O NOVO MODELO DE 62 PÉS SIMBOLIZA O MELHOR DO ARTESANATO INGLÊS COM O USO DE DESIGN MODERNO E ENGENHARIA DE PONTA. AS GRANDES JANELAS LATERAIS NO DECK PRINCIPAL E AS NOVAS JANELAS NO COSTADO, TRAZEM MUITA LUZ NATURAL PARA O INTERIOR, ADICIONANDO AINDA MAIS CHARME AO NOVO LAYOUT INTERNO.

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princess 62

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Princess Yachts, com base em Plymouth, Inglaterra, simboliza o melhor da fabricação britânica, desde o seu artesanato de qualidade, design e engenharia, até o requintado estilo de interior elegante e luxuoso. O resultado combina tecnologia de ponta com o artesanato tradicional para estabelecer novos padrões de performance, evidentes em toda a linha Princess Yachts. A reputação da Princess para design, engenharia e excelência em fabricação, ganhou o apelo global da empresa e a estabeleceu como uma marca verdadeiramente internacional. O novo lançamento chega para complementar a linha de barcos com Flybridge da Princess Yachts. A nova 62 pés encapsula o design meticuloso do estaleiro e todos os benefícios da construção por infusão, permitindo a inclusão de recursos normalmente possíveis somente em embarcações muito maiores.

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A silhueta inconfundível da Princess Yachts foi levada a outro patamar nesta 62 pés, das amplas janelas do salão até as linhas limpas de design. As novas janelas laterais esculpidas no casco são distintivas, porém discretas, e proporcionam ao exterior uma aparência única e dinâmica. A forma otimizada do casco permite uma maior eficiência e o barco foi equipado com dois motores Caterpillar 12.9 1.000 HP, atingindo uma velocidade de 32,5 nós, mas também oferecem como opção, uma parelha de Volvo Penta D-13 900 HP. O novo Flybridge da Princess 62 inspira relaxamento com uma grande área de jantar, um solário na popa e uma área de assento circular, ao lado do posto de comando, que pode ser convertida em mais um solário. Com um espaço de entretenimento na proa, muito comum nos barcos hoje em dia e praticamente item obrigatório em embarcações acima dos 55


Todos os móveis e metais utilizados nos barcos da Princess Yachts, são feitos pelo próprio estaleiro em sua fábrica em Plymouth

A nova Princess 62 representa os três pontos principais que o estaleiro preza: design, construção e acabamento

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princess 62

pés, e uma plataforma de popa hidráulica padrão, ela é uma adição engenhosa e convincente para a gama Flybridge da Princess Yachts. O salão do deck principal apresenta um arranjo muito funcional, sociável e se abre até a praça de popa. O confortável posto de comando, posicionado ao lado de boreste, tem assento para duas pessoas e muito espaço para os equipamentos eletrônicos. A sala tem dois confortáveis sofás para receber bem os convidados a bordo. A TV é retrátil e fica “escondida” atrás do sofá de boreste. No andar de baixo, seis convidados desfrutam de três cabines com banheiro muito bem decoradas, todas banhadas pela luz natural das elegantes janelas do casco. Existe a opção de adicionar mais uma cabine para hóspedes. A 62 apresenta a mais recente evolução de estilo criada pelo Princess Design Studio. As superfícies em forma elegante e a geometria de camadas definem o interior e formam um ambiente verdadeiramen-

te tranquilo, com atenção meticulosa aos detalhes. Mobiliário sob medida, incluindo uma mesa de café artesanal no salão do deck principal, que combina lindamente com a cor e as texturas de madeira, vidro e couro, camurça suave, detalhes de costura à mão e papéis de parede japoneses criam uma perfeita harmonia em todos os ambientes, com um efeito deslumbrante para os olhos. Andrew Lawrence, chefe de design, disse: “A nova Princess 62 simboliza a beleza e a sofisticação final que buscamos entregar em cada nova arte que criamos. A 62 oferece uma nova aparência, mantendo todas as qualidades tradicionais de artesanato e refinamento, que são sinônimo da Princess e do Princess Design Studio“. O novo modelo de 62 pés terá seu lançamento oficial no Southampton Boat Show junto com outro modelo que deve mudar o conceito em barcos de até 55 pés, a nova Princess 55.

Ficha técnica Comprimento total 19,09 m Boca 5,03 m Calado 1,49 m Peso 29,300 kg Combustível 3,400 L Água 793 L Motorização Caterpillar 12.9 1000 HP

(32,5 nós) / Volvo Penta D-13 900 HP (31 nós)

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AME OU ODEIE Os 8 superiates que mais dividem opiniões Com exteriores incomuns, formas originais e design inovador, esses superiates desafiam nossas percepções de como eles devem se parecer. Se você os ama ou os odeia, uma coisa é certa - os iates desta lista vão deixar muitos de queixo caído por onde quer que passem.

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Venus Lenda do design, Philippe Starck criou o exterior superelegante e modernista do superiate Feadship de 78,2 metros, Venus. Comprado por Steve Jobs, que faleceu antes de poder recebê-lo, ele foi lançado em 2012. Seus ângulos quase verticais levam a uma proa com um brilhante acabamento metálico. Para o fundador da Apple, seu perfil icônico é um estudo numa simplicidade elegante, com as cúpulas dos radares inteligentemente escondidas em seu mastro. No entanto, esse estilo arrojado e futurista levou muitos amantes de iates a comparar Venus com determinados aparelhos domésticos.

Adastra

Quando você considera sua forma distinta de trimarã e elegante acabamento metálico, é fácil ver por que o Adastra foi anunciado como o futuro dos superiates. Os exteriores inspirados em ficção científica refletem seu nome mais do que apropriado, que significa “para as estrelas” em latim. Lançado pelo estaleiro australiano McConaghy em 2012, este superiate de 42,5 metros divide opiniões - os mais críticos argumentam que seu comprimento total poderia ter sido usado melhor para criar um interior mais espaçoso. No entanto, não há como negar o impacto visual que ele causa ao cruzar os mares.

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ame ou odeie

Khalilah A indústria não é estranha às cores radicais do casco dos superiates, mas é mais do que apenas seu acabamento dourado que faz do Khalilah um dos iates que mais dividem opiniões. Este lançamento de 2014 do estaleiro americano Palmer Johnson apresenta uma superestrutura em fibra de carbono angular assinada por Nuvolari Lenard e defletores laterais que o fazem parecer mais um trimarã do que um monocasco tradicional. Amando-o ou odiando-o, o surpreendente desempenho deste iate de 49 metros é inegável. Como o proprietário do estaleiro, Timur Mohamed, diz: “30 nós em um casco deslocante simplesmente não acontece”. A menos que o iate se chame Khalilah.

Crazy Me

A julgar pelo nome, o dono do superiate Crazy Me está bem ciente do design divisório do seu iate. Embora este superiate personalizado de 50 metros da Heesen tenha um exterior imaginativo, é mais pela função do que pela forma. Crazy Me é projetado para ser extremamente privativo e, por mais que você não consiga dizer, ele possui amplos espaços ao ar livre escondidos em sua exclusiva superestrutura.

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Yas Após um longo processo de conversão, uma fragata da marinha holandesa de 1977 foi transformada no superiate de 141 metros coberto de vidro. As primeiras fotos do superiate inspirado em golfinhos surgiram em 2015, mostrando a incrível extensão de vidro na superestrutura do iate. Mas não é apenas a aparência externa, o interior do iate é banhado pela luz graças a este design exterior cheio de vidro. Amando-o ou odiando-o, o Yas - o oitavo maior iate do mundo - é certamente um exemplo brilhante de design de iate que divide opiniões.

Ocean Sapphire Graças ao design quase simétrico deste iate, pode ser difícil dizer se ele está indo ou vindo. Uma coisa é certa, o Ocean Sapphire vai fazer você parar e apreciar. Um conjunto de escadas te conduzirão do deck superior à proa, e da mesma forma, as escadas fazem um ponto focal na popa. O iate de 41 metros, lançado pela Rodriquez Yachts em 2010, foi projetado pelos arquitetos Foster & Partners, que também assinou o projeto do novo Yacht Club de Mônaco.

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ame ou odeie

Guilty Com um trabalho de pintura incrível assinado pelo artista americano Jeff Koons, o iate de 35,3 metros Guilty, certamente será notado em qualquer porto. Seu exterior foi realmente inspirado pelos deslumbrantes navios da Segunda Guerra Mundial, cujas pinturas foram projetadas como uma forma de camuflagem. O dono de Guilty é um colecionador de arte, então há tantas obras de artes a bordo deste superiate, como implica o seu estilo exterior. Por dentro ou por fora, ele é um dos mais atraentes - e divisores - iates do mundo.

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As opiniões certamente foram divididas quando o superiate “A” foi entregue em 2008 para o seu proprietário Andrey Melnichenko. O iate personalizado de 119 metros da Blohm + Voss, projetado por Philippe Stark, tornou-se um dos mais emblemáticos e reconhecíveis na água atualmente, com seu estilo inspirado nos submarinos. E seu dono, Andrey Melnichenko, não está indo com calma quando o assunto é a sua ambição de redefinir o que os superiates deveriam ter. Na verdade, ele está forçando os limites da tecnologia mais uma vez com o veleiro “A”, que foi lançado em 2015 pela Nobiskrug. O veleiro de 142,81 metros é o maior iate assistido por velas do mundo.

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20/12/2016 15:16:02


terra firme

Eventos, acontecimentos, turismo & gastronomia no mundo náutico

Golden Isles AS ILHAS DOURADAS DA GEÓRGIA A CIDADE DE BRUNSWICK, localizada entre Savannah e Jacksonville, possui quatro ilhas pouco exploradas e comentadas: St. Simons Island, Sea Island, Little St. Simon Island and Jekyll Island. O clima e os raios solares deixam essas regiões especiais de cor dourada e por isso o nome Golden Isles, mas o que realmente diferencia estes locais dos outros são a hospitalidade, o luxo e, principalmente, o conforto. Lá você tem a opção de explorar florestas marinhas, grandes áreas pantanosas e praias praticamente intocadas, é um ótimo lugar para se estar em contato com a natureza. Divirta-se com passeios de pedalinho, caiaque ou stand-up paddle nos pântanos de água salgada. Os rios de águas cristalinas são lares de golfinhos, lontras e outros animais selvagens. Aproveite as belas praias de areias douradas para relaxar ao som do mar, observando os pássaros na costa em busca de alimentos nas ondas. Nos resorts você pode se deliciar com a culinária típica do sul dos Estados Unidos e também se divertir jogando golfe.

Sea Island Beach O acesso é restrito aos hóspedes dos três resorts da ilha: The Cloister, The Lodge at Sea Island e The Inn at Sea Island. Todos receberam prêmios de melhores hotéis ou spas dos EUA e oferecem atividades como golfe, tênis, squash, tiro, Yatch Club, entre outras.

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St. Simon Island A St. Simon é uma ótima opção para quem estiver de férias com crianças, que podem se divertir no playground de Massengale Park. Em geral, as atividades da ilha de St. Simon se concentram na praia East Beach. Não deixe de visitar o Museu Marítimo da praia de U.S. Coast Guard Station, ou andar de caiaque no Gould Inlet.

Little St. Simon Island Para conhecer esta bela ilha é necessário estar com guia ou estar hospedado no The Lodge on Little St. Simon Island. A visita guiada oferece transporte particular de barco e um passeio completo. Aproveite para almoçar e descansar na praia com um lindo pôr do sol a frente.

Jekyll Island A Jekyll Island possui uma grande diversidade de praias, mas cada uma tem sua característica própria, algumas servem até como berçário de tartarugas. No entanto, o que chama a atenção é que, quando vista de cima, a ilha parece estar abraçada por estas praias, que vão de Norte a Sul. www.boatshopping.com.br BOATSHOPPING

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terra firme charter

Polinésia Francesa UM RECANTO COM CENÁRIOS FANTÁSTICOS

ESCULPIDA POR MONTANHAS VERDES cheias de vegetação, que parecem tocar o céu de tão altas, e cercada por lagoas com um tom vívido de azul turquesa, a Polinésia Francesa parece ter saído de livros fantásticos. Consistindo de 118 ilhas idílicas, o reino da Polinésia Francesa se estende por mais de 2.000 quilômetros no Oceano Pacífico, e a melhor maneira de descobrir todas as preciosidades escondidas neste recanto do Pacífico Sul é de iate. Navegue até as famosas ilhas de Bora Bora e Taiti, e aproveite que está bordo de um charter para visitar facilmente todos os outros lugares únicos ao longo do caminho e entre as duas ilhas. Essa é uma experiência que não será a mesma se você não estiver em um barco. Caminhe até as cachoeiras, ande de caiaque nas la-

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goas serenas e escale montanhas místicas. Depois navegue até os bangalôs sobre a água encontrados nos resorts, desfrute das praias de areia preta, ou então, simplesmente descanse no sundeck do iate com um coquetel tropical e um livro em mãos, aproveitando este local incrivelmente paradisíaco. Para os mais aventureiros há sempre a opção de mergulhar nos belíssimos recifes de corais, pescar os majestosos marlins pretos e surfar em ondas de primeira classe. Há muito para ver, fazer e comer na Polinésia Francesa. Jante peixe fresco, pego diretamente do seu iate, ou aproveite a bela cozinha francesa e polinésia servida em terra. Não importa o que te dá mais prazer, tudo poderá ser apreciado com um dos cenários mais lindos.


DIA 1 - Taiti

Encontre o seu iate no Taiti, conhecendo as cachoeiras em cascata e as praias de areia preta que colocaram este paraíso polinésio no mapa. Enquanto explorar as ruas e o litoral da capital Papeete é quase que uma obrigação, o que mais chama a atenção dos visitantes é a movimentação ao ar livre e tudo o que o local tem a oferecer em termos de cultura. Observar as baleias é uma atividade popular de julho a outubro. Passe a primeira noite ancorado e aproveite o jantar a bordo. DIA 2 - Taiti para Moorea

Cheio de história e conhecimento polinésio, Moorea é um dos lugares mais fascinantes e relaxantes que você pode sonhar em visitar. Divirtase com arraias e tubarões, mergulhe com snorkel ou cilindro através de cardumes de peixes em águas cristalinas e aproveite os brilhantes pores do sol. Para uma visão verdadeiramente deslumbrante, suba a “Montanha Mágica” de 685 pés para vistas privilegiadas da lagoa abaixo. À noite, desfrute de uma refeição na costa em Le K, um dos locais mais prestigiados de Moorea, ou Coco Beach, com sua atmosfera casual em Motu Tiahura.

DIA 3 - Huahine

DIA 4 - Huahine para Tahaa

Selvagem, com uma folhagem parecida com a de selvas e uma beleza natural, a ilha de Huahine merece ser chamada de Garden Island, ou Ilha Jardim, como é conhecida. Desfrute da privacidade que esta ilha isolada lhe dá ao fazer o café da manhã na praça de popa, aproveitando as vistas. Dirija-se ao centro equestre La Petite Ferme para explorar a ilha a cavalo, andando pela praia e através de plantações de coqueiros. Passe a tarde mergulhando, nadando e explorando.

Sinta o doce cheiro de Tahaa. São os jardins de baunilha que cobrem as ilhas que dão a este lugar o apático apelido de “Ilha da baunilha”. Brinque de náufrago em uma das pequenas ilhotas de areia que despontam na grande lagoa embora seja um bem cuidado, com sua tripulação lhe entregando seus refrescos favoritos. Visite Monique Champon, uma produtora de pérolas extraordinária, que faz joias com suas pérolas de alta qualidade.

DIA 5 - Raiatea

A segunda maior ilha da Polinésia Francesa, os taitianos acreditam que Raiatea é o lugar do nascimento dos seus deuses sagrados e suas crenças religiosas e culturais. Um dos mais importantes e bem preservados locais religiosos de toda a Polinésia está aqui. Conheça os locais em terra e depois aproveite um passeio de caiaque no rio Faaroa. Jante na praia nesta noite.

DIA 6 - Bora Bora

É fácil ver por que Bora Bora é amada pelos românticos. O monte Otemanu - o ponto mais alto da ilha a 2,385 pés – parece tocar as nuvens enquanto vales exuberantes florescem com hibiscos e as lagoas são envoltas por palmeiras. O chef da MaiKai Marina e Yacht Club pega a maior parte de seus próprios frutos do mar e cozinha pratos da bela culinária francesa e polinésia, que você comerá com vista para a água.

DIA 7 - Bora Bora

Aprecie um delicioso café da manhã neste pedaço de paraíso antes de voltar. Talvez mergulhe uma última vez nessas águas cristalinas. Sua equipe irá levá-lo para o aeroporto, onde você será levado, enquanto as visões de palmeiras balançando na brisa ficarão firmemente em sua mente.

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a bordo

As principais competições e estrelas do cenário náutico

44 ª Semana de Vela de Ilhabela A SEMANA DE VELA DE ILHABELA DESTE ANO FOI MARCADA POR TEMPO BOM, MUITO VENTO E COMPETIÇÕES ACIRRADAS ATÉ A ÚLTIMA PROVA. O PAJEIRO, DA CLASSE ORC, FOI O GRANDE CAMPEÃO ESTE ANO E FITA AZUL DA REGATA DE ABERTURA ALCATRAZES POR BORESTE

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Pajero foi consagrado como o grande campeão da 44ª Semana de Vela de Ilhabela. O barco comandado Eduardo Souza Ramos conquistou o título da ORC, após uma disputa acirrada, definida apenas no último dia de provas, superando o Ângela Star IV (Peter Siemensen) e o Crioula 29 (Eduardo Plass), segundo e terceiro colocados. ‘’Foi maravilhoso voltar a ser campeão voltando a correr na ORC. Foi uma semana espetacular, num inverno que pareceu verão’’, comemorou Eduardo Souza Ramos, comandante da embarcação. O velejador, porta-bandeira do Brasil em Los Angeles 1984, venceu sua décima Semana de Vela de Ilhabela O Pajero também foi o Fita-Azul (barco que chega primeiro em terra) da regata de abertura

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da Semana de Vela de Ilhabela, a Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil, que ocorreu no domingo (9). Ao todo foram oito regatas disputadas em Ilhabela na classe ORC e o Pajero teve 18 pontos perdidos contra 20 do Ângela Star IV. ‘’Aqui a gente sabe o resultado só em terra e não na água. Sempre fica aquela sensação de se deu ou não deu. Com o rating, você faz um bom trabalho e não sabe’’, disse o tático André ‘Bochecha’ Fonseca. Vale uma explicação! Como os barcos na classe ORC são diferentes, os resultados só são conhecidos minutos ou horas depois que a regata termina, já que a organização faz um cálculo com base nas informações do veleiro e do tempo de prova.

CRÉDITO: ALINE BASSI


CRÉDITO: ALINE BASSI CRÉDITO: ALINE BASSI

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a bordo

Francisco Siemensen, tático do Ângela Star IV, elogiou a campanha dos três primeiros colocados e lamentou ter perdido o ouro no fim. ‘’Foi um campeonato equilibrado e todos entraram com chances de vencer. Na regata final o Pajero nos passou no último popa e nos superou na pontuação’’. Já na IRC, o domínio foi do Rudá durante toda a competição. A tripulação foi campeã por antecipação, acumulando a sequência de títulos de 2014 até 2017. ‘’Foi

um ano perfeito. Ganhamos o Sul-Americano, o Brasileiro e a Semana de Vela de Ilhabela. Fizemos um bom trabalho’’, contou Mario Martinez, comandante do Rudá. Na RGS, o título geral ficou com o Nativo (Eduardo Harabedian). ‘’Foi um campeonato muito especial pra gente. Ganhamos o Brasileiro e agora a Semana de Vela. Ventou em todos os dias e nós velejamos super bem’’. O Rainha Empresta Capital (Leonardo Pacheco) foi o vice-campeão e o Brekelé (GVEN) terceiro.

Campeões da 44 ª Semana de Vela de Ilhabela BDP A Bacanas IV

IRC B Asbar IV

BDP B Cambada 1

ORC Pajero

Clássicos APS Itacibá II

ORC A Pajero

Clássicos RGS Áries III

ORC B Bravíssimo 4

HPE25 Ginga

RGS Nativo

HPE30 Phoenix/Mad Max

RGS A Brekelé

C30 Caiçara IRC Rudá IRC A Rudá

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RGS B Bravo RGS C Nativo


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a bordo CRÉDITO: ALINE BASSI

CAIÇARA SAGRA-SE CAMPEÃO DA CLASSE C30 NA SEMANA DE VELA Barco de Ilhabela manteve a regularidade durante toda a competição; Katana Portobello e Caballo Loco também chegaram ao pódio após dez regatas. Com esse resultado, Katana Portobello é o campeão brasileiro da classe C30 em 2017. A conquista do Caiçara em Ilhabela é exemplo do mérito adquirido por meio do esforço. A tripulação que mais treinou no último ano chegou ao degrau mais alto do pódio no principal evento de oceano do continente, a Semana de Vela de Ilhabela. Foram quatro vitórias em dez regatas, além da regularidade de ter como pior resultado no campeonato, o terceiro lugar. Sempre equilibrada, a classe C30 proporcionou momentos de emoção, com regatas que exigiram máxima habilidade das tripulações, tanto no percurso dos dois primeiros dias com vento sul, quanto nas provas finais com o tradicional vento leste soprando entre 8 e 15 nós, intensidade considerada ideal. O Caiçara do comandante Marcos de Oliveira Cesar, superou o representante catarinense Katana Portobello, vice-campeão, e o Caballo Loco, de Ubatuba, terceiro colocado. “Vínhamos buscando esse título há três anos. Fizemos o possível em relação a treinos e investimento, mas o fator principal foi a dedicação da equipe, que resultou na

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vitória”, considerou Marcos Cesar. “Neste ano as regatas foram muito mais brigadas, adrenalina o tempo todo com várias disputas barco contra barco”, acrescentou o comandante campeão. CAMPEÃO BRASILEIRO O Katana Portobello levou para Florianópolis o título de Campeão Brasileiro de C30, competição disputada paralelamente à Semana de Vela. O Katana já havia vencido a primeira etapa do Brasileiro em fevereiro, em Santa Catarina e consolidou a conquista em Ilhabela. Caballo Loco ficou com o vice-campeonato e o Caiçara conquistou as medalhas de bronze.

Classificação da C30 após dez regatas (um descarte) 1 – Caiçara (Marcos Cesar)

1+(3)+1+1+3+2+2+2+1+2 = 15 pontos perdidos 2 – Katana Portobello (Cesar Gomes Neto)

4+1+4+2+2+1+1+(7)+2+3 = 20 pp 3 - Caballo Loco (Mauro Dottori)

3+2+2+4+1+4+(6)+1+3+1 = 21 pp 4 – eCycle +Realizado (José Luiz Apud)

2+(4)+3+3+4+3+3+3+4+4 = 29 pp 5 – Kaikias C-Tank (Rafael Pariz)

6+5+5+5+5+5+4+4+5+(7) = 46 pp 6 – Barracuda (Humberto Diniz)

5+(6)+6+6+6+6+5+5+(7)+7 = 50 pp


CAMPEONATO BRASILEIRO DE HPE 25 CONFIRMA EVOLUÇÃO DA CLASSE Com 96 participantes e 24 barcos em Ilhabela, prova ratifica o crescimento e a versatilidade da classe

O Campeonato Brasileiro da Classe HPE 25, encerrado em Ilhabela (SP), reuniu velejadores das mais variadas classes da vela nacional entre oceano e monotipos. A cidade recebeu 96 tripulantes de 24 embarcações, um aumento de 50% na flotilha em comparação com o último Brasileiro realizado na cidade em 2015, quando competiram 16 barcos. O crescimento na quantidade reflete-se na qualidade dos velejadores que disputaram oito regatas de elevado nível técnico entre os dias 15 e 18 de junho no Canal de São Sebastião. O inédito campeão Phoenix contou com os velejadores olímpicos Eduardo Souza Ramos, além de André Fonseca, o Bochecha, que tem três Regatas Volta ao Mundo no currículo. O vice-campeão Fit to Fly teve no leme o representante brasileiro da classe 470 nos Jogos Rio 2016, Henrique Haddad. Timoneiro do Phoenix, Souza Ramos vê o Brasileiro em Ilhabela como um indício de um promissor futuro para a classe. “Colocar 24 barcos em Ilhabela é significativo devido à complexa logística em pleno feriado. Contamos com presença maciça dos barcos da Represa Guarapiranga. O pessoal da classe compreendeu a importância do campeonato”, enalteceu o comandante campeão.

A flotilha nacional de HPE 25 conta hoje com 58 embarcações e outras três já estão encomendadas e sendo fabricadas no Rio de Janeiro para que a marca de seis dezenas seja superada. Além de São Paulo, Ilhabela e Rio de Janeiro, a classe está chegando a outros polos de destaque para a vela nacional, como Salvador e Florianópolis, escolhida na assembleia de Ilhabela como sede do próximo Campeonato Brasileiro da Classe no segundo semestre de 2018. O diretor da Comissão de Regatas (CR), Cuca Sodré, também ficou empolgado com o desempenho das tripulações. Observou que os barcos estão ficando mais velozes a cada competição. “A classe melhorou nitidamente em seu nível técnico e os barcos estão ganhando velocidade. A troca constante de posições na raia é mais um incentivo para os velejadores, indicando que vale mais a dedicação aos treinos do que uma eventual superioridade no material. Ilhabela mostrou isso”. A classe HPE 25 voltou a competir em Ilhabela durante a 44ª Semana de Vela.

Classificação da C30 após oito regatas (um descarte) 1 - Phoenix (Eduardo Souza Ramos)

3+1+(4)+2+3+1+1+3= 14 pontos perdidos 2 - Fit to Fly (Henrique Hadad)

2+4+6+3+2+3+(12)+2 = 22 pp 3 - Dom (Pedro Lodovici)

7+3+7+5+4+4+3+!17) = 33 pp 4 - Ginga (Breno Chvaicer)

11+2+2+1+6+(19)+11+4 = 37+2* = 39 pp 5 - Alhena (Mário Tinoco)

8+11+1+4+7+5+4+(18) = 40 pp *Ginga teve dois pontos acrescidos por penalidade sofrida na quinta regata

Categoria Silver 1 - Conquest (Marco Hidalgo) – 62 pp 2 - Sururu (Martin Lowy) – 68 pp 3 - Pé de Vento (Vasco Simões) – 88 pp CRÉDITO: ALINE BASSI

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jet sports nasseh coluna

BOM, BARATO E RÁPIDO

O DILEMA DE OFERECER O SERVIÇO IDEAL Uma reflexão sobre a qualidade do serviço e os profissionais existentes no mercado náutico nacional

A

lguns dias atrás precisei fazer um conserto no motor do meu barco e procurei por um mecânico para resolver o problema. Como em toda a oficina mecânica, com aspecto de sujo e meio desorganizado, você acaba se preocupando com o que vai acontecer no decorrer do serviço e aí me deparei com uma placa na parede que dizia: "Oferecemos três tipos de serviço: Bom - Barato - Rápido. Você pode escolher dois.". Depois de alguns segundos e uma certa dose de pânico, percebi que este é o dilema que vários profissionais enfrentam ao tentar oferecer um serviço ideal para o cliente. Se o serviço for rápido e bom, não será barato. Os pro-

Jorge Nasseh é engenheiro naval,

mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites.

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jetos “urgentes” são comuns em quase todos os tipos de negócios, do mecânico ao cardiologista. As vezes algumas coisas simplesmen-

te não podem esperar e os prazos se tornam mais importantes que qualquer outro fator. A necessidade de um serviço feito em regime de emergência pode salvar um cliente de um inconveniente terrível, pela possibilidade de uma perda maior ou mesmo um dano irreparável, e pagar mais caro vai ser a opção quando não se tem outro jeito. Usar a prática de planejar é o meio mais seguro de evitar urgências ou emergências. Por outro lado, quem vende o serviço, e sabe como fazer isto de forma lucrativa, sempre deixa um espaço aberto em sua agenda para essas oportunidades de um retorno maior. Em geral, as pessoas estão propensas a pagar mais para prevenir uma situação desagradável e este é o dilema que elas enfrentam quando se deve resolver uma emergência. Enquanto um bom prestador


de serviços cobra o suficiente para compensar as horas extras e o custo de colocar os projetos em andamento provisoriamente de lado, outros profissionais aproveitam a vantagem de um cliente em situação vulnerável.

Se for bom e barato, não será rápido. Os clientes que desejam

qualidade ao menor preço possível, devem ser flexíveis com os prazos e planejar o projeto bem antes de alguma das fases virar uma urgência. Planejar, se antecipando às situações críticas, é a chave para não incorrer em custos extraordinários. Talvez um bom exemplo seja aqueles projetos que necessitam de peças e partes de vários locais e que são instaladas na fase final de uma construção. Planejar a com-

pra e o envio dos equipamentos com antecedência via marítima pode ser a opção mais barata, mas este planejamento deve ser feito sempre com muita antecedência. Nem sempre o fornecedor tem o que você quer para pronta entrega e não existem fretes internacionais a custos baixos se você não tiver tempo para organizar o transporte. A opção de não perder os prazos e trazer todos os itens com frete aéreo certamente vai estourar seu orçamento. Então, se você quiser algo bom e barato, deverá ser flexível no prazo que deseja que a tarefa seja terminada. Um prazo maior e muita paciência, pode poupar muito dinheiro.

Se é rápido e barato, não será bom. Esta é a combinação

de serviço que as pessoas devem evitar. Quando todo o serviço tiver sido terminado, certamente, o cliente e o prestador do serviço não estarão satisfeitos com o resultado final, que foi feito às pressas e de forma econômica. Qualquer mecânico, oficina ou estaleiro, que aceitar fazer um serviço rápido e barato já sabe que o resultado não será bom e que não vale a pena colocar em risco a sua reputação e a da empresa. Da mesma forma que o cliente sabe, ou deveria saber, que colocando o prestador de serviços contra a parede, por prazos e preços, ele não vai ter um serviço ou produto final de qualidade. Podemos ter os três serviços (Bom – Barato – Rápido)? Se você está falando em extremos, eu diria que a resposta é não. Qualquer produto ou serviço vendido a um preço muito abaixo do mercado e feito em tempo recorde, não vai ter qualidade e ninguém se surpreende com isto. Em casos menos extremos, é possível flexibilizar tempo-qualidade-custo através de um bom relacionamento com quem você está negociando e conseguir um equilíbrio entre as três variáveis. Quanto a mim e ao mecânico, acabei pagando um preço aceitável para um trabalho bem feito, mas tive que aprender a esperar. O motor foi consertado e revisado dentro dos termos de garantia. Sobre a placa na parede, tenho que concordar que ela não poderia ser mais precisa.

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coluna capitão

AS REDES SOCIAIS

E OS NAVEGADORES A transformação tecnológica do mundo aplicada ao ramo náutico e como isso mudou a maneira de aprender e de se comunicar

Marco Antonio Ferrari Carneiro é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teóricos e práticos de navegação e segurança marítima.

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audações navegadores Sou do tempo da carta escrita, telex e da busca de grupos para entender o mundo que vivemos, principalmente o náutico, onde não tinham muitas informações e nem tradição familiar no mundo dos barcos. Buscava meus conhecimentos nas bibliotecas municipais e das escolas, comprando revistas e livros com a economia de lanche, não perdia umas férias sem ir ao litoral conversar com os caiçaras e aprender sobre o mar. Nos anos 90, conheço o computador, que maravilha, aí consigo finalmente um e-mail para falar com pessoas pelo computador, descubro a minha primeira rede social Orkut (2004), e busco informações, aí vem o Google para começar a “digerir” tudo sobre as minhas paixões, o MAR e os barcos. Já estava feliz com o que me fornecia esse mundo virtual, eis que surge Facebook e rever amigos e novos contatos, mas não ficou por aí, vem o WhatsApp que permitiu formar e entrar em grupos onde existem pessoas com as mesmas afinidades e paixões. Surge um problema, filtrar esses grupos, alguns feitos para comércio, outros para se promoverem ou mesmo tornarem-se os donos da verdade. Chega então a informação de um grupo, o VELEJAR, idealizado por velejadores amantes do mar, onde fui indicado para pertencer pelo meu amigo Luiz, fa-

moso Periquito; e após ser aceito pelo grupo, começo a ler as postagens, e percebo que algo novo estava acontecendo! Amantes do mar, da arte de navegar, velejadores, e velejadoras, de todas as classes sociais e profissões, de iniciantes a nomes reconhecidos regionalmente, e nacionalmente, comandantes de veleiros no Brasil e do mundo todo, reunidos para falar entre outros assuntos, de como comprar um veleiro a fazer um pão, até como usar radares, sendo todos assun-


tos ligados a náutica e meio ambiente. Hoje os participantes que entram nesse grupo não estão sozinho nos mares, temos auxílio metereológico, apoio quando chegamos a portos, principalmente ancoradouros desconhecidos, receitas de pratos, confraternização, discutimos acidentes marítimos, dicas de navegação e vela, temos uma rede de trocas de informação e equipamentos, monitoramos barcos em viagem, um grupo extremamente

ativo, que claro tem também a diversão e discussões, como uma grande família, hoje com mais de 200 membros. O grupo amadureceu de tal forma que pessoas buscam ser convidados para entrar nessa grande confraria, já temos uma sede no Nordeste, em Pernambuco na ilha de Itamaracá (nossa, o Torpedinho vai ficar feliz quando ler isso), empresas buscam para entender os elogios e críticas aos seus produtos, até descontos oferecem, um símbolo em adesi-

vo para identificar membros do grupo que já está em nossas embarcações e carros. Sou testemunho que por onde naveguei encontrei um membro do grupo que me acolheu como se fosse um amigo de longos anos e que estava ali para visitá-lo. Onde vai chegar essa confraria não sei, o mar é grande, só posso desejar longa vida e agradecer aos criadores desse grupo. Bem, mas alguns poderão perguntar: Escreveu para promover o grupo? Não, primeiro agradecer o apoio em minhas navegações e para mostrar que as mídias sociais estão aí para o bem e para o mal, procure entrar, ou mesmo criar grupos que realmente agreguem coisas boas à nossa sociedade, e que possam unir pessoas do bem, num mundo em que cada vez nos sentimos mais sozinhos. Navegar é preciso, em redes sociais ficou mais divertido e menos sozinhos. Boas navegadas.

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coluna um homem do mar

VIDA DE

TRIPULANTE Iniciar a vida de competições não é uma tarefa fácil. Saiba como essa trajetória é e lembre-se sempre do monotipo

Ricardo Machion é navegador oceânico, palestrante sobre segurança de navegação aplicada a atividades esportivas e fundador da “Um Homem do Mar”, marketing náutico.

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utro dia numa mesa de jantar ouvi um comandante dizer que “gente para passear tem aos montes, o que falta é tripulante”, mas muitos têm a mesma a pergunta, por onde começo? Certa vez conversando com um Iatista Olímpico, disse que gostaria de me tornar um corredor de regatas, igualzinho àqueles da Volvo Ocean Race que trajavam roupas coloridas e tal... Mas ainda tinha muito a aprender… Ele me disse: “Ricardo, se você se tornar um bom tripulante, não faltará barco para velejar”, mas só mais tarde descobriria a razão de sua afirmação. Me foi sugerido então aprender a velejar um monotipo, a princípio torci o nariz, queria os barcos grandes, os “barquinhos” não me interessavam, mas é lógico, não sabia nada sobre eles! Foi aí que iniciei minha caminhada, por sorte fui indicado para conhecer o Soling um monotipo para velejadores grandes e que no auge dos meus 1,95m e aproximadamente 100kg se encaixava como uma luva. Queria competir, a vida a bordo não me interessava, nunca tive o sonho de dar a volta ao mundo, pelo menos não cruzando, nada contra, apenas não é o meu estilo. Mesmo sem ter velejado um barco, sentia que o meu negócio era a tensão, o limite, o inesperado, e parece que essas características se encaixavam perfeitamente com o perfil dos corredores de regata. Nem posso me queixar tanto assim, afinal iniciei no maior monotipo que conheci e que era maior que muitos dos barcos de oceano

que eu viria a conviver durante o processo de aprendizagem. Não perdi uma oportunidade, se precisavam de alguém para ficar esfregando o fundo do casco, lá estava eu, o que para alguns era um absurdo, mas para mim era a única oportunidade de ouvir mais, perguntar mais e aprender mais. Depois de muito competir e experimentar alguns momentos e situações de muita adrenalina pude entender o porquê da insistência do amigo para que iniciasse nos monotipos, eu ainda viveria muitos outros momentos em embar-


cações muito maiores, mas depois dessas experiências, sem qualquer medo. Nos monotipos tive a oportunidade de vivenciar planadas e atravessadas de balão, navegadas com ventos de mais de 30 nós e, além de tudo isso, brigar na raia dentro de uma classe com velejadores de altíssimo nível, muitas vezes olímpicos e campeões mundiais de diversas classes, o que me trouxe uma grande experiência técnica. Aos poucos, todo o esforço empregado foi reconhecido e surgiu então o primeiro convite para tri-

pular num barco de oceano, enfim havia chegado onde realmente queria. Uma semente fora plantada e percebi que havia também me tornado um velejador de monotipo, título que hoje exibo com orgulho. Inicialmente na raia não mudou nada, fazia as mesmas pernas de barla-sota, mas agora num barco maior, mais pesado e com mais tripulantes. Iniciei nos barcos de 30 pés, o que para mim hoje são os melhores barcos de raia, pois tem um peso razoável, uma área velica controlável e são muito ágeis, mas também velejei barcos maio-

res chegando a embarcações com mais de 70 pés. Ficava sempre atento às datas do calendário de regatas, se tinha compromisso que não fosse profissional e fosse chamado para tripular, desmarcava imediatamente! Mesmo que não fosse uma regata, se era convocado para ajudar a descer um mastro debaixo de sol ou chuva, também desmarcava, a entrada do clube para mim era um tapete vermelho pelo qual fazia questão de passar. Convites que eram a maior furada, eu aceitava com gosto, navegar em apenas 2 tripulantes toda a Lagoa dos Patos de Porto Alegre até Rio Grande debaixo de um vendaval, ondas, naufrágios, navios cargueiros e depois tomar um ônibus de volta todo úmido, era aceito sem pestanejar! Dirigir 500 km para correr um circuito de uma semana e depois retornar para correr um mundial de mais uma semana, sim senhor, sempre pronto! Trabalhar horas a fio para deixar os barcos em condição de competir secando e lixando a resina para ficar mais uma semana inteira me coçando, também não era problema! Foi assim, entre muito esforço e dedicação que iniciei minha vida de tripulante, velejando barcos diferentes, em lugares diferentes, em raias diferentes, conhecendo e aprendendo com pessoas interessantes tudo o que a marinharia pode ensinar, amizade, respeito e admiração pelas conquistas de cada um. Até a próxima.

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coluna herman junior

BOIAS METEOCEANOGRÁFICAS Mar alto? Intervalo curto? Direção dos ventos? Se essa é uma preocupação que você constantemente tem antes de navegar, saiba a verdade de como esses dados chegam até você

Herman Junior
 Empresário na Área

da Educação, Capitão Amador, Fundador de projetos: SOS - MAYDAY, Meteorologia Marítima, Blog iNavigate e
Co-Fundador e diretor do Comitê de Segurança da Navegação da Baixada Santista.

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empre antes de sair ao mar buscamos as informações sobre as condições do tempo para que possamos garantir um passeio seguro e divertido. Todo navegador deve se ater a esse protocolo, antes de se aventurar ao mar. Uma regra bem conhecida por todos que veem no mar uma inspiração e um momento especial de lazer. Mas em questões atmosféricas favoráveis, para garantir o maior conforto na navegação e na escolha do melhor local para fundear uma embarcação, são para as seguintes informações que mais damos atenção. A altura das ondas, intervalo entre elas e a direção do vento. Esses dados chegam até nós através de portais na internet sobre meteorologia e também através dos famosos apps, aplicativos para celular. Mas por trás de toda essa informação, com dados tão complexos e importantes, estão diversos mecanismos de leitura. Aparatos tecnológicos de última geração que funcionam dia e noite fornecendo esses dados tão preciosos para a navegação. Entre eles estão as fantásticas Boias Meteoceanográficas. As Boias Meteoceanográficas são estrategicamente posicionadas no oceano para avaliar as condições do mar naquele local. Esses fascinantes instrumentos tecnológicos podem medir a altura de uma onda, bem como o seu comprimento, sua direção, o intervalo entre elas, a frequência e a velocidade na qual elas percorrem a superfície dos oceanos. A energia solar é o princípio básico de alimentação

dessas boias para que as mesmas possam transmitir, via satélite ou via rádio, todos esses dados coletados. 
São elas que fornecem os dados que tanto nos interessam saber antes de navegarmos, antes de sairmos ao mar. Toda essa medição ocorre graças a sensores que chamamos de acelerômetros. Os mesmos que mantém a imagem da tela do seu celular de pé quando você o vira em diversas posições. As boais Meteoceanográficas são verdadeiras estações meteorológicas, pois também são equipadas com sensores meteorológicos capazes de medir a umidade relativa do ar, temperatura do ar, pressão atmosférica, radiação solar, direção e velocidade do vento e posição GPS.


Todas essas informações são transmitidas para estações em terra e devidamente processadas e redirecionadas para boletins eletrônicos e chegam até nós via diversos meios como, sites de previsão meteorológica, aplicativos, etc. As Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 tiveram um grande papel na evolução dessa tecnologia no Brasil, pois algumas dessas boias, por meio do projeto do SIMCosta, com sede na Universidade Federal do Rio Grande, foram instaladas para fornecer às delegações olímpicas e atletas informações importantes um dia antes das competições sobre a qualidade do mar, do vento, direção das correntes e temperatura da água. Boias essas que trouxeram para a nossa navegação uma nova perspectiva de análise e preparação antes das provas. Essa tecnologia também está presente agora nos esportes aquáticos.

 
Hoje a tecnologia se faz presente no dia a dia de um navegador. Substituindo mecanismos antigos por outros mais rápidos, mais precisos e muito mais acessíveis a todos. Com a tecnologia o custo também diminui. Muitos aplicativos que nos dão todas essas informações são gratuitos e extremamente precisos.

A leitura das condições climáticas ao nível do mar na navegação comercial tem hoje um papel fundamental no aumento da segurança e na logística dessas empresas. Já para os amantes do mar, aqueles que encontram nessa imensidão azul, seu descanso, seu lazer e também o local ideal para encarar seus desafios, essa leitura traz muito mais segurança e prazer. Fácil entender porque a paixão pelas diversas atividades junto ao mar, crescem em todo o mundo. Desde comércios multimilionários até

iniciativas solitárias de aventureiros que divulgam suas aventuras em detalhes em TV e nas redes sociais, esse fascínio pela água salgada lava a alma e aproxima cada vez mais o homem do mar. O mar e seus mistérios, contudo, ainda nos guardam muitos segredos a serem desvendados. Um por vez. Dia após dia. E de vento em popa a tecnologia ajuda a revelar seus encantos, mas também sua implacável força para que nós possamos também encontrar os nossos limites.

Nos sites do Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil e do SIMCosta é possível ver todas as Estações Meteorológicas e as Boias Meteoceanográficas disponíveis em nossa costa, bem como suas posições em Lat/Long e ao clicarem sobre as estações e boias, terão em detalhe as planilhas com os dados fornecidos em tempo real. https://www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/prev/ dados/dados.htm
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