Revista Boat Shopping #62

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MOTOR YAMAHA 25 HP XMHS: ECONÔMICO E COM ALTO DESEMPENHO

ano 10 - número 62 - www.boatshopping.com.br

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ASTONDOA 110 O SUCESSO DO MIAMI BOAT SHOW PERTENCE A UM BRASILEIRO


303 - 365 - 375 - 400 - 500 FLYBRID G E COL L ECT IO N - 5 0 0 - 5 6 0 - 6 4 0 - 8 3 0

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E S T I L O D E V I D A C H E G O U A O T O P O .

Qualidade e sofisticação se encontram neste iate exclusivo. Seu amplo espaço interno, totalmente personalizável, integra todas as áreas de convívio com acabamento primoroso em cada detalhe. Sua excelente navegabilidade com 3 motores garante autonomia, velocidade e conforto. Venha conhecer esta combinação de experiência e paixão na Schaefer 830 e embarque em um novo padrão de estilo de vida no mar.


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OS BARCOS MAIS DESEJADOS PARA VOCE ˆ TESTAR E SE IMPRESSIONAR


DOIS FINAIS DE SEMANA PARA VOCÊ REALIZAR GRANDES NEGÓCIOS


sumário

sempre aqui

GRANDE BARREIRA DE CORAIS Desfrute de passeios neste paraíso na Terra 102

Editorial 14 Boat Online 16 Top 5 Site 18 Planeta Água 146

pelos mares Notícias 20 MERCADO GLOBAL

Inteligência de mercado 24 DESIGN

Os barcos do futuro 26 ENTREVISTA

Elio Rossi Filho, Presidente da Sedna Yachts 28 Vitrine 34

tec boat Carretas de embarcações 36 Especial 20 anos da Nautispecial 40 Tecnews 44

boat teste MOTOR YAMAHA 25 HP Dois motores em um 62

SEA RAY SUNDANCER 395 Padrão norte-americano com preço de nacional 50

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ASTONDOA 110 Saiba porque este foi o barco mais visitado do Miami Boat Show 2016 84

PIRATAS DO CARIBE Descubra os verdadeiros personagens que reinaram há 300 anos 96

MCP 140 HEMISPHERE Conheça o maior barco fabricado na América Latina 72

terra firme [EVENTO]

TIERRA PATAGÔNIA Desbrave a natureza exótica do Chile 108

Taiwan International Boat Show 2016 116 [MARINA DO MÊS]

Marina Nacionais 122

a bordo Loro Piana Caribbean Superyacht Regatta & Rendezvous 124 Notícias da Vela 128

colunas Nasseh 132 Capitão 134 Ricardo Machion 138

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editorial

Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio Diretor de Redacão Caio Ambrosio caioambrosio@boatshopping.com.br

Jornalista Leandro Portes

leandro@boatshopping.com.br

Editora de arte Júlia Melo julia@boatshopping.com.br

Designer Marcela Barros

MUITA COISA ACONTECEU da última edição para essa no Brasil. Finalmente começamos a enxergar uma luz no fim do túnel. Claro que não podemos esperar nada agora, mas toda a mudança é bem vinda, ainda mais para um país que virou uma piada internacional, como foi retratado nos últimos meses em todos os noticiários internacionais. Mas afinal, o que faremos agora? O que realmente vai mudar para nós brasileiros? Essa pergunta só o tempo pode responder, porque mesmo com a saída de um ou de outro, a grande maioria que está lá, tem muito que responder para a justiça. Por hora, o mercado náutico vem mostrando uma pequena melhora para alguns estaleiros. Mesmo com um evento recente, os resultados não se mostraram tão otimistas para algumas marcas nacionais, que ainda se mantém firme no mercado. Outros comemoram um bom número de venda e sinalizam investimentos no momento que atravessamos. Essa pode ser uma boa estratégia para passar por essa turbulência e assim que as coisas voltarem ao normal estarão prontos para atender a demanda retraída dos últimos anos. Nessa edição fizemos um Boat Teste com o motor dois em um da Yamaha. O primeiro teste que realmente viu os mínimos detalhes dessa unidade que pode ganhar mais potência com uma simples conversão. Outro teste que fizemos foi a bordo da Sea Ray Sundancer 395, um barco completo de fábrica e produzido no Brasil com preço competitivo para sua faixa de tamanho. Muito mais conteúdo espera por você nessa edição. Boa Leitura! Caio Ambrosio Diretor de redação caioambrosio@boatshopping.com.br

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Colunistas Jorge Nasseh, Marco A. Ferrari Carneiro e Ricardo Machion Assistente de produção Kadu Abreu Para anunciar ou assinar Tel. (11) 3846-2364 contato@boatshopping.com.br www.boatshopping.com.br Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Mídia Group (edição 62 maio/junho). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia. Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP



online

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[Instagram] @boatshopping

Nova Azimut 56 - um barco totalmente novo e com muito espaço para aproveitar os dias de sol a bordo. @azimut_yachts @ azimutyachts_brasil

São quase 300 pés em uma foto! Aqui estão os dois maiores iates de luxo já construídos no Brasil, MCP ou Rio Star, qual é a sua escolha?

OKTO desfilando sua beleza!!! Esse barco é realmente incrível.

[twitter] @boatshopping

Barco de Itajaí é o primeiro confirmado na Semana de Vela de Ilhabela 2016 http://bit.ly/1ruC0qJ

Fundo de família Ferrari investe no Ferretti Group http://bit.ly/1STEFX7 Benetti lança sexta unidade da Linha Crystal 140 http://bit.ly/1SMHiHc

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top 5 site

As mais acessadas do site Boat Shopping Confira as postagens mais vistas no último mês no www.boatshopping.com.br 1

BOCA BASH 2016: UM DOS MAIORES EVENTOS DA FLÓRIDA Vídeo mostra o tradicional encontro de barcos em Boca Raton, na Flórida, e a paixão dos norteamericanos por barcos e como aproveitam http://bit.ly/1UjqKcj o dia a bordo.

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MARINHA DO BRASIL AFUNDA CORVETA NO RIO DE JANEIRO A Marinha do Brasil divulgou um vídeo da Operação MISSILEX 2016. Trata-se de testes realizados entre o Rio de Janeiro e Espírito Santo com um míssil antinavio Penguim que danificou uma embarcação militar desativada. O exercício também envolveu o lançamento de um míssil Exocet a partir da fragata União (F45) http://bit.ly/1W1Lsi0 contra o mesmo alvo. Confira:

3

VEJA COMO UM MEGAIATE VAI DO CARIBE PARA A EUROPA Saiba como é realizado um transporte de megaiate entre dois continentes. http://bit.ly/1RZIhDC

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FOTOS RARAS “COLORIZADAS” DO TITANIC O transatlântico mais famoso da história sempre gera curiosidade a cada notícia divulgada, mesmo após mais de 100 anos de seu naufrágio. Essas imagens coloridas digitalmente mostram http://bit.ly/1VPYoq7 detalhes incríveis do navio.

5

OS 10 BARCOS MAIS CAROS DISPONÍVEIS PARA VENDA HOJE Está com uma graninha sobrando e pensa em comprar um megaiate? Confira essa lista com os modelos mais caros à venda e se tiver esse poder, http://bit.ly/1U1aGMC vá em frente.

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pelos mares

Notícias e lançamentos em um giro pelo mundo náutico

INTERMARINE 95 A TODO O VAPOR A Intermarine está em franco processo de construção do seu primeiro iate de 95 pés que ganhará as águas no final deste ano. Para a jornada, investiu na contratação de mais 50 funcionários para dedicar-se exclusivamente à produção da embarcação. Algumas curiosidades da embarcação revelam o critério elevadíssimo de qualidade e absoluto cuidado com que a Intermarine 95 foi projetada e está sendo construída. Concebida para ser silenciosa, a embarcação oferece um avançado sistema de isolamento acústico dividido em três partes. Para oferecer mais conforto, o piso do salão tem um sistema de isolamento próprio, independente da casa de máquinas.

VENDAS EM ALTA A Garmin anunciou os resultados globais da empresa no primeiro trimestre de 2016. Com um faturamento de US$ 624 milhões, o resultado foi 7% superior ao mesmo período do ano passado. O destaque fica pelas linhas outdoor, fitness, aviação e marítimo que cresceram 17% juntos, representando 69% do faturamento total. Os equipamentos marítimos (chartplotters e fish finders) tiveram suas vendas aumentadas em 29%.

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Com quase 30 metros de comprimento total e 330 m2 de área útil, a Intermarine 95 é um iate de design arrojado, com diversas opções de personalização interior. Assim, duas versões de layout interno são oferecidas: Quintessence e Fascination, que se diferenciam no flybridge, deck principal e deck inferior. Há a opção de cinco suítes (Quintessence) ou quatro suítes e uma sala multiuso (Fascination). O design assinado pelo renomado projetista Luiz de Basto é elegante, dinâmico e imponente. As linhas são suaves e, ao mesmo tempo, fortes. Grandes áreas envidraçadas proporcionam uma vista única, com destaque para a imensa faixa de vidro que percorre os costados, trazendo muita luz natural para as suítes.


NOVA LOJA REGATTA A Regatta inaugurou, em abril, a nova concept store. Localizada na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, RJ, a loja possui 206 m² projetados especialmente para tornar única a experiência de compra dos seus clientes. Oferecendo um mix completo, com todas as categorias de produtos, desde mais técnicos como bombas de porão, até lifestyle e botes de médio porte, a loja atende às expectativas dos seus clientes mais exigentes. A Loja Regatta é a maior da Marina da Glória e conta com um lounge exclusivo para os clientes da Regatta Yachts.

FS 275 WIDE GANHA PRÊMIO INTERNACIONAL A instituição italiana A’ Design Awards premiou o estaleiro catarinense FS Yachts com o “A´ Design Award”, como melhor design na categoria Embarcações e Veículos Marítimos 2015-16, juntamente com mais sete estaleiros internacionais. O prêmio foi conquistado com o projeto do barco FS 275w Wide.

RIVA ESTÁ DE VOLTA AO SEGMENTO FLYBRIDGE O estaleiro italiano, que faz parte do Ferretti Group, apresentou imagens da nova Riva 100 Corsaro, seu novo projeto de 30 metros (98 pés). O modelo flybridge está em construção em La Spezia, Itália e a empresa afirmou que a nova embarcação foi vendida para a Ásia. A Riva 100 Corsaro é resultado da cooperação entre o Comitê de Estratégia de Produto da Ferretti Group, o departamento de engenharia e o designer Mauro Micheli (co-fundador da Officina Italiana, empresa de design responsável por toda a frota Riva). O iate apresenta uma espaçosa cabine máster, quatro suítes menores no deck inferior e um grande solário totalmente customizável. Ele está disponível em duas motorizações, ambas MTU 16V Series 2000: 2x M93 2.435 mhp ou 2x M94 2.638 mhp, impulsionando a embarcação a uma velocidade de cruzeiro de 24,5 nós e velocidade máxima de 27,5 nós ou 25 nós e 29 nós, respectivamente. A Riva 100 Corsaro será apresentada em setembro, durante um evento privado em Mônaco, poucos dias antes do lançamento mundial no Cannes Yachting Festival.

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pelos mares

INTERIOR DA MANHATTAN 52 REVELADO A Sunseeker revelou os primeiros renders do design interior da Manhattan 52, que será lançada oficialmente no Cannes Yachting Festival. A menor Sunseeker Flybrigde em uma década vai pra água em setembro e o modelo contará com um piso plano no salão e uma cabine máster com ótimo pé direto e espaços laterais. Além disso, o layout da cozinha na popa do deck principal é duplicado com um bar, servindo a todos no cockpit através de portas de vidro articuladas. Outras características incluem grandes janelas em vidro curvado permitindo a entrada de muita luz natural no salão. A Sunseeker prometeu também uma “área de comando reconfigurada”.

RUMO À ITÁLIA A Azimut Yachts finalizou a segunda unidade do iate de 83 pés. O modelo deixou o porto de Itajaí, SC (cidade onde fica o estaleiro), com destino a Itália, para um cliente europeu. A Azimut 83 se caracteriza pelo exterior com grandes janelas e espaçosas áreas de entretenimento. A principal diferença de seu projeto de design interior para os outros barcos está na estrutura do salão principal. Os móveis não são fixos ou prémontados o que irá permitir a mudança da disposição das peças. Com três decks, o barco possui quatro suítes, amplo living e um flybridge de 42 m² com jacuzzi.

ACORDO SUECO Volvo Penta assinou um acordo para se tornar o maior acionista do provedor de tecnologia marítima, Humphree. Assim, a empresa vai ganhar a capacidade de aumentar a sua gama de soluções para barcos com novas funções de trim e estabilização, e a Humphree será capaz de acessar uma base maior de clientes através da rede internacional da Volvo Penta de concessionários e centros de serviços. As empresas também vão colaborar para buscar soluções de ponta para uma ampla gama de embarcações, tais como controle de passeio ativo (active ride control). Esta colaboração estratégica irá beneficiar os barcos de lazer e companhias comerciais de ambas as empresas.

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pelos mares mercado global

Inteligência de mercado SUPER IATES EM CONSTRUÇÃO POR PAÍS (M) TOTAL EM METROS DOS BARCOS EM CONSTRUÇÃO

NÚMERO DE IATES EM CONSTRUÇÃO

11,333

294 250

12

200 8 150 100

6

74

71

69

TUR

TWN

HOL

61

50

3,804

4

3,539 2,162

2

ITA

0

GBR

2,087 MÉDIA DE TAMANHO DOS IATES EM CONSTRUÇÃO (M)

0

ITA

HOL

TUR

TWN

EUA

99,3

80

LANÇAMENTOS EM FEVEREIRO DE 2016 NOME

TIPO COMP. ESTALEIRO

72,50m Abeking & Rasmussen

Chrimi III

40,20m Benetti

Majesty 110

692

33,50m Feadship

HOL

92106

28,42m Viking

EUA

Majesty 90

EAU

FD85201

25,91m Horizon

27,43m

Gulf Craft

Gulf Craft

ALE ITA

NOME

Aquijo

24

TIPO COMP. ESTALEIRO

107,0m Kleven 85,00m Oceanco/Vitters

67

60

60

40

EAU

TWN

20

0

ALE

QAT

AUS

NOR

GRE

PEDIDOS EM FEVEREIRO DE 2016

ENTREGAS EM FEVEREIRO DE 2016 Ulysses

71

PAÍS

Cloudbreak

33,53m

71,5

PAÍS

ESTALEIRO

TIPO

COMP.

ENTREGA

PAÍS

NOR

Benetti

70,00m 2018

HOL

Cerri C. Navale

49,90m 2017

ITA ITA

HOL

Overmarine

49,90m 2017

ITA

Just J’s

61,00m Hakvoort

OA 112/1

TWN

Mural Yachts

46,33m 2017

TUR

Sophye

33,50 Astondoa

ESP

Ferreti C. Line

42,00m 2018

ITA

34,12m

Ocean Alexander

Twinz

32,98m Benetti

ITA

Mulder Shipyard

36,00m 2017

HOL

Blue Angel

29,10m Sanlorenzo

ITA

Ferretti Yachts

26,00m 2016

ITA

A Work of Art

28,42m Viking

EUA

Otam

25,50m 2017

ITA



pelos mares design

Como serão os barcos do futuro Nesta edição trazemos dois projetos de veleiros que unem muita tecnologia, alto desempenho e design arrojado

CONCEITO CAUTA O designer turco Timur Bozca revelou um novo projeto para um veleiro de alto desempenho, que traz uma gama de recursos tecnológicos a bordo. O conceito Cauta tem um casco de fibra de carbono de 55 metros de comprimento equipado com um revolucionário sistema Dynarig, que aumenta a eficiência e o prazer de velejar. Com inspiração na forma aerodinâmica e eficiência de um albatroz durante o voo, Cauta foi projetado para ter o mínimo de manutenção durante longos períodos a bordo. A tecnologia LED foi aplicada na iluminação interior. Há acomodações para dez convidados e oito tripulantes. A suíte máster ocupa toda a boca e situa-se no sentido da popa. Todas as cabines de hóspedes oferecem vistas para o exterior, além de uma experiência subaquática através de enormes painéis laterais e piso monolítico. O veleiro é híbrido, com alimentação diesel-elétrico.

ALIBI 116’ O mais recente conceito do estaleiro francês Alibi Catamarans é esse projeto de trimaran de 35 metros de comprimento. O Alibi 116 concentra-se em alto desempenho e inovação no segmento de veleiros, ostentando velocidades de até 30 nós. Sua forma estrutural curiosa resultou em um design em X, com um casco ultraleve. A bordo, ele acomoda os seus hóspedes em cabines de luxo, incluindo uma suíte máster. Claro que para ser popular entre os hóspedes, todas as cabines contam com vista para o mar. A embarcação possui amplos espaços interiores graças à plataforma trimaran. “Acreditamos que em um futuro próximo, os veleiros devem alcançar os barcos a motor no que diz respeito ao conforto e à velocidade”, disse o arquiteto naval francês Loïc Goepfert, que comanda o estaleiro.

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pelos mares entrevista

ELE QUER SER A

REFERÊNCIA NACIONAL

Sob novo comando, a Sedna Yachts quer continuar sendo o principal nome no segmento de barcos de pesca no Brasil e, para isso, adquiriu outras marcas e mudou a estratégia de mercado, com novos investimentos

S

edna tem forte presença no mercado de barcos de pesca no Brasil. Para manter-se entre os ponteiros, o estaleiro passou por uma reformulação, com formação de outra diretoria e junção de novos sócios. Liderando a equipe está Elio Rossi Filho, de 44 anos. Elio possui larga experiência e paixão por pesca e entrou no mercado náutico ao conhecer os primeiros proprietários do estaleiro (que ainda fazem parte da

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diretoria). “Pesco quase todo final de semana. Pratico pesca oceânica, saímos a 105 milhas da costa, nas plataformas, e faço essa atividade há mais de 20 anos, no Brasil e no exterior”, contou. Agora, à frente da Sedna, ele planeja novos rumos para a empresa, que adquiriu outras marcas do mercado. Entre as novidades, destaques para exportação de um modelo para os Estados Unidos e bons lançamentos para o mercado nacional. Confira!


Como foi o processo de aquisição de Sedna Yachts? O meu sócio, Beto, comprou um barco da Sedna em 2010 e conheceu os proprietários da empresa. Nos tornamos amigos e, posteriormente, sócios.

Como está a Sedna no Brasil nos dias de hoje? A Sedna é o único estaleiro desse porte que tem barcos de 24 a 42 pés, voltados para a pesca. A empresa prima na qualidade e nas normas internacionais, então, a parte elétrica, hidráulica e mecânica segue a norma ABYC e a norma ISO.

cou muito limitado, em nossa opinião. Desta forma, adquirimos a Flórida Marine e agregamos ao portfólio embarcações de 27, 28,5, 29 e 34 pés. O catamarã está um pouco abaixo do mercado de pesca e vai ficar no mercado de 24 pés. Assim, montamos nossa linha de produtos atual e o consumidor poderá fazer o upgrade dentro da marca, algo que sempre foi sonho de consumo de quem pesca.

Então podemos afirmar que vocês são a referência no mercado de pesca? Hoje nós somos a referência, posso afirmar categoricamente.

Você tem adquirido várias marcas. Qual é a sua estratégia com esse mix entre pesca e lazer, agora que adquiriu um catamarã para o seu portfólio?

Os novos produtos adquiridos irão manter o mesmo nome?

A ideia foi a seguinte: tínhamos barcos grandes (antigamente a Sedna fabricava modelos de 50, 40 e 36 pés). Em seguida, lançamos a 335 e o mercado fi-

Você comprou os moldes ou o trabalho será na forma de royalty?

“Nossos barcos e os moldes foram todos projetados fora do Brasil”

Não, serão todos Sedna.

No catamarã, o molde é nosso. Já nos modelos da Flórida, temos metade dos moldes.

Os barcos de menor tamanho fazem parte dos planos da empresa? Não. Vamos manter o limite em 24 pés, o que acredito ser o tamanho ideal para começar a pescar em mar aberto.

Os barcos da Sedna Yachts terão o tamanho mínimo de 24 pés, ideal para pesca em mar aberto

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pelos mares entrevista

Há algum plano para adquirir a Fishing? Não há mais. Começamos uma conversa, mas não deu certo a negociação. Sentamos, negociamos, mas optamos por não adquirir a marca.

Ultimamente, alguns estaleiros o procuram para negociar. Isso acontece devido à aquisição de marcas que vem ocorrendo? Não diria que é por causa das aquisições, não colocaria dessa maneira. O que devo destacar é o modelo que a gente faz com as outras empresas do grupo, nós trouxemos para a náutica. Esse modelo está dando certo, que é honrar prazo de entrega, honrar com os fornecedores, que no mercado náutico não parece ser muito comum... Para o mercado, atrasar um barco é normal, não tem problema. E, definitivamente, essa não é nossa visão de negócio, então colocamos dentro da náutica o nosso modo de administrar os outros negócios, e parece que está dando certo.

Você pretende exportar os barcos para outros mercados? Quais os modelos? Já temos uma equipe em Fort Lauderdale, com escritório em Miami e começamos a enviar os barcos. O modelo 31,5 é nossa ideia principal no momento. Em novembro, teremos uma unidade navegando em águas americanas.

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“Hoje somos a referência no mercado de pesca” E os outros modelos? Temos essa ideia em mente. Por que optamos pela 31,5? Lá, o motor de popa à gasolina é mais aceito e a nossa série de diesel não é tão comum. Estamos estudando a opção de enviar os barcos maiores, pois o mercado é muito competitivo. No entanto, já seguimos todo o processo de construção deles, temos o selo (homologação) para colocar no barco e os modelos de 335 até 40 estão certificados, com aterramento, mangueira de engate rápido e padronizado, seguindo todas as normas estipuladas por eles.

A Sedna está pronta para brigar pelo mercado norte-americano? Somos muito pequenos perto de uma fábrica americana, por exemplo. É difícil competir lá fora com a Boston Whaler e Everglades, que são estaleiros muito grandes. Nós temos preço e qualidade e, na verdade, precisamos aprender como funciona o mercado nos Estados Unidos.


A operação nos EUA vai ser feita por vocês ou através de um dealer local? Será feita por nós, mas temos um parceiro lá que estamos em uma negociação bem avançada. Após estudar o mercado, veremos se é viável ter um dealer.

Você já tem uma experiência anterior positiva com o modelo de 33 pés... Sim. Mandamos seis embarcações para os Estados Unidos, sem dealer. Vendemos mais seis modelos para Cuba e também temos alguns barcos no Panamá, mas o foco é o mercado norte-americano.

Por que somente o mercado americano? Não há o desejo de alcançar outros mercados na América do Sul primeiro, pois são grandes compradores de barcos de pesca? Sem dúvida. No mercado do Panamá, por exemplo, há embarcações muito antigas, com forte atuação em refit lá. Apesar da Boston Whaler ter bastante barcos por lá, o maior mercado ainda é o do refit.

tamos por fazer do nosso jeito. O barco sai com a motorização mínima de 115 HP e tem autonomia de até 22 horas, com três metros de boca.

E a procura desse modelo? Já vendemos duas unidades.

Como é dividido o estaleiro? Somos em cinco sócios, mas estou a frente da operação.

Quais são os próximos passos da Sedna Yachts? A Sedna tem a ideia de construir um barco de pesca na casa dos 50 pés e lançar em 2018; um projeto totalmente novo também assinado por Donald Blaunt. Não faremos o que alguns estaleiros fazem: pegam um barco de 40 pés e transformam em um modelo de 44 pés. Vamos começar um projeto de zero. Para 2016, vamos lançar a 31,5 fechada, projeto americano com cabine e motor de popa e duas opções de convés.

Para a exportação dos barcos, vocês fizeram alguma mudança de projeto? Não tivemos a necessidade de criar nada diferente. A 31,5 foi criada por Donald Blaunt, projetista de pequenas embarcações da marinha americana. Então já foi homologado direto.

O que você pode falar sobre o catamarã? Ele será o Sedna Cat. Modificamos todo o plano de laminação, pois passado pela nossa engenharia, identificamos um pequeno problema. Após o reparo, op-

A nova diretoria traz consigo um modelo de negócio que honra os prazos de entrega com os clientes e fornecedores

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A BASE FORTE DO SEU

PATRIMÔNIO A carreta faz parte dos itens cruciais para a boa manutenção do barco, mas que muitas vezes não recebe os cuidados necessários de proprietários de embarcações. Saiba que a escolha do modelo correto envolve diversos fatores, além do preço.

PARA REALIZAR o transporte seguro de uma embarcação, por menor distância que seja, é preciso utilizar a carreta adequada. E a escolha do modelo ideal está diretamente ligada às características do barco. Por isso, tenha atenção ao solicitar a fabricação de um modelo para a empresa. Deve-se analisar alguns fatores muito importantes e pouco utilizados, como: »» Uma estrutura que não cause danos estruturais na embarcação; »» Levar em conta o local onde a carreta será utilizada; »» Matéria-prima que será utilizada na fabricação da carreta; »» Manutenção.

Uma estrutura visando somente a redução de custo muitas vezes causa grandes estragos, tanto na embarcação quanto na carreta. O modelo da carreta, a quantidade de eixos, o número de apoios de casco e o posicionamento correto do mesmo são extremamente importantes. Para isso, devemos levar em conta a matéria-prima do casco da embarcação (fibra, madeira, aço ou alumínio), centro de gravidade, piso da marina, área de manobra e percurso e, por fim, a estrutura operacional da marina (rampa, praia ou travel lift). A matéria-prima a ser utilizada na fabricação de uma carreta deve ser mais discutida entre o fabricante e o cliente, pois essa escolha vai determinar a vida útil do acessório e gastos futuros com manutenção.

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tec boat

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Qual o valor correto de uma carreta?

Bucha ou rolamento?

Como qualquer outro produto, você pode pagar muito caro por uma carreta e o fabricante aplicar o seu dinheiro da maneira errada. Assim, você terá uma carreta cara e que não funciona. A compra certa é aquela que não se discute somente valores, mas também o material utilizado, a vida útil, o custo com manutenção, a facilidade na operação e a segurança. Dicas para proprietários de marinas e garagens náuticas: uma carreta feita de maneira inadequada aumenta os desgastes dos equipamentos, o consumo de combustível e a morosidade na operação. Seria mais do que justo com o cliente fabricar uma carreta segura e de fácil operação. Certamente terá algum benefício por isso.

Outra decisão muito difícil. Segundo um respeitado fabricante de carretas do mercado brasileiro, alguns tipos de buchas podem ter um desgaste muito rápido ou engripar. No entanto, com o material e a lubrificação correta, trata-se de um sistema de baixo custo, porém, deve utilizá-las somente em embarcações de pequeno e médio porte e para pequenos trajetos. Já para carretas de barcos acima de oito toneladas, o ideal são eixos com rolamento. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados, pois é muito comum a utilização de eixos de desmanche ou sucatas de caminhões ou ônibus. Isso pode até gerar uma economia inicial, mas uma grande dor de cabeça na hora da manutenção, além de gastos precoces. Na hora da compra, exija peças novas com qualidade e a garantia do produto.


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Só vendo para crer. O sonar mais original na água. Apenas Panoptix™, o sonar que tudo vê, permite a você ver tudo o que está ao redor do seu barco em tempo real, mesmo com a embarcação parada. Com o ângulo RealVü™ Forward do transducer Panoptix™ frontal, é possível ver peixes na coluna d’água em 3D. Já o ângulo LiveVü™ Forward fornece imagens como um “vídeo ao vivo”, permitindo ver sua isca cair na água e o movimento dela recolhida e visualizar os peixes em frente e embaixo da embarcação. Mas para apreciar o Panoptix™ de verdade, é preciso ver com seus próprios olhos.

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2016, ANO DA

NAUTISPECIAL

Acompanhando o crescimento do segmento náutico brasileiro nas últimas décadas, a Nautispecial completa 20 anos no mercado e é uma das principais especialistas em limpeza de embarcações

DURANTE A PRIMEIRA metade da década de 1990, o vendedor técnico Marcelo Huertas atuava em uma multinacional no segmento de produtos de manutenção náutica. Na sua carteira de clientes estavam revendas náuticas e marinas. Em 1994, a empresa encerrou suas atividades e, percebendo que poderia deixar vários clientes e profissionais no segmento a ver navios, além de não ter opções similares de produtos nacionais de lubrificação e proteção, nasceu a ideia de criar uma linha de produtos totalmente nova, sob a chancela de outra marca. No ano seguinte, junto com seu pai e químico de formação, Senhor Flávio,

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deu início aos primeiros testes e desenvolvimento de produtos, marca, logotipo e embalagens. E, após a conclusão dos mesmos, nasceu a Nautispecial, em junho de 1996. Nessa primeira fase foi desenvolvido uma graxa náutica branca e um spray protetivo náutico 100% sintéticos, contra corrosão dos motores de popa e motos-aquáticas. “A aceitação foi muito boa e, com o tempo, percebemos a carência no mercado náutico brasileiro. Então, começamos a receber solicitações para fazer outros produtos que eram difíceis de serem encontrados, existindo apenas modelos importados”, disse Huertas.

da esquerda para a direita: Fernando, Flávio e Marcelo Huertas, a família Nautispecial


LINHA DO TEMPO:

20 ANOS NAUTISPECIAL 06/06/1996: Inaugurada a Nautispecial, primeira empresa 100% brasileira a fabricar produtos exclusivos para o mercado náutico nacional, atendendo o segmento de embarcações de esporte e recreio.

1998:

Para reforçar o time, chegou Fernando Huertas para coordenar a área administrativa e parte de industrial em insumos e embalagens. Também nasceu a fase de ingressar no segmento de produtos de limpeza para embarcações, algo novo no Brasil. No segmento náutico cada prestador de serviços ou marinheiro dava seu jeito para poder manter as embarcações sempre em bom estado só que isso tinha seu preço, pois não tinham produtos específicos e sim produtos de uso doméstico ou de uso industrial que na maioria das vezes se fazia em misturas muitas das vezes perigosas, porque afinal nenhuma dessas pessoas eram formadas em química.

Fim da temporada 1998 / Início da temporada 1999:

1999:

Apresentado no mercado náutico o primeiro Shampoo náutico com cera, 100% neutro e biodegradável, indicado para lavagem de toda a embarcação. Além de desenvolver uma solução para o mercado náutico, já havia a preocupação de não poluir o meio ambiente e não prejudicar a saúde do usuário.

»» Forneceu kits de entrega técnica para empresa

De 1999 para 2000:

A partir de 2000:

Padronização da linha e desenvolvimento de cada produto para uma necessidade específica que os marinheiros tinham;

Marcelo Huertas se tornou responsável pela área técnica, com foco em novos produtos e treinamento. Assim, a empresa foi pioneira em oferecer treinamentos gratuitos em limpeza e conservação para embarcações nas marinas.

2000:

»» Criação de novos layout e logotipo; »» Desenvolvimento da primeira massa de

polimento número 2 para embarcações.

»» Fornecedora na parada da Regata Volta ao Mundo, em Ilhabela, SP, com o Shampoo Náutico para lavar todos os veleiros da competição. americana Bayliner e para inglesa Fairline;

»» Confeccionou o primeiro guia de limpeza e conservação; »» Lançou o primeiro produto especifico para limpar teca; »» Lançou a primeira cera náutica nacional. Inovou, pois o produto não sai na água com facilidade;

»» Lançou o produto “Bote limpo”, especifico para lavar botes infláveis.

2001: Lançamento do “Limpa Porão Biodegradável” e “Limpa Costado”, produto revolucionário para limpar cascos que ficam amarelados pela água do mar e rios.

2002:

»» Lançamento do “Silicone Náutico” em

spray para proteção de motores náuticos;

»» Em parceria com a Fundação

Alavanca, no litoral norte de São Paulo, a empresa ministra aulas técnicas de limpeza e conservação.

2003: Lançamento de uma linha de acessórios de limpeza para auxiliar na limpeza das embarcações (buchas náuticas e panos de microfibra para limpeza e polimento).

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tec boat limpeza

2004:

Criação do “Glass Protector”, impermeabilizante que evita que a água salgada manche os vidros, e do “Protetor de Bote”, superproteção para as bananas dos infláveis não ficarem queimadas do sol.

2005:

»» Mudança no layout do golfinho e logo marca;

»» Lançamentos da “Graxa Náutica”

em spray e em bisnaga, para fácil aplicação em pequenos locais.

2006:

»» Lançamento do Desengripante náutico, com nova

fórmula sem derivados de petróleo e mais ecológico;

»» Lançamento do primeiro “Lava Lancha” exclusivo para marinas, mais concentrado e biodegradável.

2008:

2007: Criou um treinamento para capacitação de marinheiros em limpeza e conservação, realizado em várias marinas no Brasil.

2009:

»» Lança uma bucha especial, uma fibra que

Lançamento do “Lava Veleiro”, produto de múltiplas aplicações, como louça, roupas e o próprio veleiro.

é possível remover as cracas que ficam impregnadas abaixo da linha d’água;

»» DESENVOLVE a primeira cera líquida

com exclusivo anti aderente NAUTIFLON.

2010:

2011:

»» Com expertise, saiu na frente e criou

»» Lançamentos do “Limpa

a linha EcoSea, uma família de oito produtos eco sustentáveis feito através de matérias-primas 100% naturais da flora brasileira. Além de se biodegradar na água em apenas 14 dias, é indicada para quem tem alergia a produtos químicos;

Inox” e “Lava Jet”, específico para lavar motos-aquáticas;

»» Participação no evento

“Mestre dos Mares”, treinamento de marinheiros das embarcações Schaefer Yachts.

»» Lançamento do “Hull Finish brilho rápido”, cera líquida para proteger embarcações.

2012:

2013:

2014:

Lançamentos do “Limpa Couro”, “Limpa Estofado”, “Limpa Teka”, esfregão de lã de carneiro para lavar as embarcações e desenvolvimento do primeiro saponáceo náutico mais biodegradável.

Participação oficial do Simpósio do Navegador Amador, em Brasília, DF, e Rio de Janeiro, RJ.

Desenvolvimento da linha Multiuso e do “Limpa Banheiros e Cozinha”, 100% orgânicos.

2015: Lançamentos do “Descarbonizante Náutico” para oficinas e “Graxa Náutica Azul”.

2016:

»» Novo layout de embalagens para comemorar os 20 anos;

»» Lançamento de novo site »» Criação de uma linha com quatro produtos especiais para limpar e conservar motos-aquáticas.

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Mude seu conceito de navegação com conforto

Os estabilizadores Side Power possuem as revolucionárias Aletas Vector™, com funcionamento silencioso, sem perda de desempenho e mantendo inalteradas as características de consumo de combustível. Consulte nossa equipe técnica para estudo de viabilização de instalação em sua embarcação, mesmo usada.

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CURSO DE INFUSÃO A VÁCUO No dia 18 de junho, a Barracuda Composites junto com a Marine Composites realizará mais um “Curso de Infusão a Vácuo” no Rio de Janeiro. O curso será ministrado através de aulas práticas e teóricas. Os participantes terão contato com os materiais, técnicos, processos de construção e, com o auxílio dos engenheiros da Marine Composites, aprenderão o processo de infusão a vácuo. O curso compreenderá assuntos que irão desde a apresentação dos materiais e seus comparativos até suas aplicações através de processos construtivos e, posteriormente, os participantes terão a oportunidade de colocar os conceitos em prática, onde aprenderão técnicas de manuseio e produção.

MOTOR DE POPA MANUAL FREE WHEELING Projetado para uso em pequenos infláveis, tenders e até mesmo botes menores a Free Wheeling já criou um interesse sem precedentes na Europa. O sistema manual de propulsão único foi desenvolvido e fabricado pela Dynamic Products Corporation na Austrália, mais conhecida por sua gama de produtos de ação, incluindo esquis e pranchas de wakeboard que são vendidas em 63 países ao redor do mundo. A Free Wheeling é engenhosa na sua concepção assim como é simples de manejar. Pesando apenas 2,5Kg ela pode ser montada na popa de qualquer pequena embarcação e funciona simplesmente girando a manivela. A engrenagem 3:1 e seu hélice de 35 cm geram uma propulsão surpreendente com muito pouco esforço, tanto para frente como reverso.

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NOVA BÚSSOLA PARA A LINHA SIMRAD, LOWRANCE E B&G A Navico apresentou ao mercado a nova Precision 9 para ser utilizada com o piloto automático, radar e sistemas de navegação da marca. Precision-9 Compass combina um conjunto de sensores de estado sólido que mede o movimento em nove eixos. Esses dados são combinados para calcular rumo e mudanças de rota mais precisas. De acordo com a Navico, a precisão é de mais ou menos 2 graus, com um ângulo de pitch and roll de mais ou menos 45 graus. A unidade tem 4,69 polegadas de largura e 1,42 polegadas de altura e um cabo para conectividade via porta NMEA 2000. Um suporte de montagem pode ser usado no comando ou no mastro em barcos com casco de aço para evitar interferências magnéticas.


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TOTALSCAN UM EQUIPAMENTO PARA TUDO

OCEAN SIGNAL RESCUEME EPIRB1 O compacto RescueME EPIRB1 da Ocean Signal é ideal para embarcações menores. Trinta porcento menor que seus irmãos da linha EPIRB, possui uma autonomia de 10 anos e mede 17,7 cm de altura e 8,9 cm de diâmetro e pesa menos de meio quilo. Uma antena retrátil ajuda a manter o tamanho pequeno. Ativado automaticamente quando imerso, duas luzes estroboscópicas de alta intensidade maximizam a visibilidade em condições de pouca luz, como à noite ou em nevoeiros. O EPIRB1 ainda tem cinco anos de garantia.

O TotalScan, da NAVICO, combina a tecnologia Chirp de sonar com StructureScan HD e o DownScan Imaging. Projetado para ser compatível com os sistemas de sonar da Lowrance e da Simrad, o transdutor TotalScan oferece uma maior separação de peixes-alvo que o sonar convencional, enquanto o StructureScan HD e o DownScan mostram as imagens de cardumes em ambos os lados e diretamente abaixo do barco, respectivamente.

OCEAN SCOUT 640 HEAT SEEKER O Ocean Scout 640 da FLIR é a versão de maior resolução da poderosa linha Ocean Scout de câmeras marítimas térmicas portáteis. Na escuridão total, a compacta e leve 640 revela o calor de barcos, boias, destroços e pessoas na água em grandes distâncias – até 1.100 metros. Suas imagens são exibidas na resolução de 640 por 512, estando assim, no topo da linha Ocean Scout. O modo InstAlert destaca os objetos mais quentes em vermelho. As imagens de alta resolução da 640 também podem ser visualizadas através de um visor multifunções compatível.

BREITLING: RELÓGIO DE EMERGÊNCIA O relógio de emergência Breitling é o primeiro a incluir um feixe localizador pessoal de dupla frequência (PLB – Personal Locator Beacon), operando em 121.5 MHz e 406 MHz, serve tanto para emitir alertas e orientar busca e salvamento. Representando um feito tecnológico sem precedentes, esse cronógrafo multifuncional eletrônico de titânio, afirma-se como um instrumento de segurança e de sobrevivência para profissionais e aventureiros. Equipado com um movimento SuperQuartz ™, dez vezes mais preciso do que o quartzo padrão, é à prova d’água, possui cronógrafo eletrônico com alarme, cronômetro e muito mais. Existe também uma versão de titânio preto "Night Mission".

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boat teste Sea Ray Sundancer 395

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Sea Ray Sundancer 395

Padrão americano produzido no Brasil UM BARCO TOTALMENTE PRODUZIDO NO BRASIL E COMPLETO DE SÉRIE, A SEA RAY 395 É O MAIOR BARCO CONSTRUÍDO PELA BRUNSWICK, EM JOINVILLE, QUE SEGUE A MESMA NORMA E PADRÕES AMERICANOS, MAS COM O PREÇO DE UM BARCO NACIONAL Por Caio Ambrosio Fotos Kadu Abreu

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boat teste Sea Ray Sundancer 395

O

sucesso da Sea Ray no mundo é algo inquestionável. Com dealers em todos os continentes do planeta, a marca é um ícone americano e há três anos montou uma fábrica em Joinville, Santa Catarina, que produz modelos de 25 a 39 pés. A Sea Ray Sundancer 395 é o maior barco produzido no Brasil pelo estaleiro. O mesmo padrão, normas e certificações americanas são seguidos por aqui, garantindo que o produto tenha a mesma qualidade que o barco feito nos Estados Unidos, mas com a vantagem de ter o preço de um produto nacional. Algumas mudanças foram feitas do modelo internacional para o que é comercializado aqui no Brasil. A principal delas é área gourmet, que estava dentro do cockpit e foi transferida para a popa. Esse módulo tem pia e churrasqueia com teflon e dois gavetões embaixo dela. Ao lado uma porta com duas tomada de cais, entrada coaxial para TV, que no Brasil, poucas marinas oferecem esse serviço e saída de água doce.

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O cockpit tem um sofá em L com uma mesa que se transforma em solário, basta substituir o pé, ela desce e com o complemento de uma almofada, ela se transforma em um solário de popa como item de série. Tudo fica guardado embaixo do sofá, preso por suportes desenvolvidos especificamente para cada peça da mesa, evitando que fique batendo durante a navegação. Embaixo dos outros bancos existem mais paióis. Os bancos do piloto e do passageiro giram e integram todo o ambiente no cockpit. Com os bancos virados, as pernas ficam longe do chão, pensando nisso, um apoio para o pé foi desenvolvido, deixando as pernas no ângulo correto.

O acesso a proa pode ser feito pela escada na porta ou através do passadiço lateral. O espaço do cockpit é um dos destaques da 395


O interior é clean e foi feito para você se sentir em casa. A cama é elétrica e com o controle remoto para regular o encosto.

A posição de pilotagem está ergonomicamente correta, o volante tem regulagem de altura e o banco do piloto tem regulagem de distância, ou seja, não importa qual for o seu tamanho, você sempre vai pilotar o barco com a postura correta. O acesso ao solário de proa é feito pela escada central no cockpit ou pelo passadiço lateral. Por todos os pontos do barco colocaram pega mão e o maior está nesse acesso a proa, que tem solário para duas pessoas e som independente do resto do barco. Para retornar ao cockpit, você encontra outro pega mão no teto rígido do barco. A cabine tem um sofá a meia nau, que é convertido em cama e de forma opcional, pode ser fechado, mas o jeito tradicional é uma cortina que cumpre bem o seu papel para dar mais privacidade para quem estiver dormindo lá. Cozinha completa, com micro ondas, geladeira, freezer, fogão de duas bocas e exaustor. A cama na proa é elétrica e através do controle remoto, da para regular a altura do encosto e o banheiro, assim como todo barco, é completo de série, incluindo o sistema de descarga a vácuo, semelhante ao dos aviões.

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boat teste Sea Ray Sundancer 395

DESEMPENHO NA PRÁTICA: A Sea Ray Sundancer 395 cumpre o que promete? Equipada com dois motores Mercruiser 350 HP e com o sistema opcional Axius, com Skyhook (mantém o barco no lugar através das coordenadas do GPS com margem de erro de 1 metro) e Trackwaypoint (mantém a proa para o rumo desejado e as correções podem ser feitas por botões, voltante ou joystick) o barco mostrou ser bem equilibrado com essa motorização. A 395 é um barco ágil e dócil de navegar. A curvas bem acentuadas e rápidas permitem que você desvie rapidamente de qualquer coisa a sua frente. No dia do teste não havia ondas no mar e tivemos que cortar a própria esteira para saber como iria responder aos solavancos e se, ao cortar a água, ela voltaria para dentro do barco. Nesse quesito, nenhuma surpresa, o V bem acentuado da proa já demonstra que o barco é bom de mar. No geral, o conjunto passou bem pela avaliação a que foi submetido. O peso total do barco seco é de 8,194 Kg, no dia deveríamos estar perto das 9 toneladas e o motor consumiu um pouco a mais do que outros modelos na mesma faixa de tamanho, mas nada fora do padrão para esse peso e potência.

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Conduzir a Sea Ray Sundancer 395 traz a sensação de segurança que todo o barco deve ter. Ela corta bem as ondas e tem bom consumo para um barco do seu porte e peso

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boat teste Sea Ray Sundancer 395

NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO:

CONDIÇÕES DO TESTE Tempo: 32 graus com sol entre nuvens Vento sem vento. Ondulação menos de meio metro

Os motores Mercruiser mostram a eficiência do casco navegando na velocidade de cruzeiro. Cruzar a 25 nós é um número ótimo para um barco de quase 40 pés

A palavra para a velocidade de cruzeiro é autonomia. Graças ao tanque de 946 L, o barco chega a 11 horas de uso. Tempo o suficiente para se deslocar entre as principais cidades do país

ECONÔMICA

A potência despejada nos hélices com o manete embaixo tem seu preço. Mesmo atingindo uma velocidade padrão para 40 pés, ela faz apenas 4,62 L/MN

CRUZEIRO

MÁXIMA

RPM

3000

3200

3870

Velocidade (nós)

19,53

25,05

33,15

Consumo (litros)

87,92

96,25

153,04

Milhas/Litro

0,22

0,26

0,22

Litros/Milha

4,50

3,84

4,62

Autonomia (MN)

210

246

205

Autonomia (horas)

11

10

6

10

Ficha técnica Comprimento 12,19m

5

15

15,1”

Boca máxima 3,66m Peso 8,194 kg Motorização 2 x 350 HP a 380 HP Tanque de combustível 946 L

0

20

Aceleração O tempo de planeio da Sea Ray Sundancer 395 foi de 15,1 segundos. De 0 a 20 nós, o barco demorou 18,76 segundos, uma boa média para um barco de quase 9 toneladas.

Tanque de água 189 L Velocidade de cruzeiro 25,05 nós Velocidade máxima 33,15 nós Passageiros (dia/noite) 11+1 / 06

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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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DETALHES DO BARCO:

O pedido dos brasileiros foi atendido. O modelo americano tem um sofá na popa e aqui no Brasil foi instalado o módulo gourmet

A corrente da âncora fica escondida na proa. O guincho elétrico puxa para o compartimento que tem uma tampa de inspeção

O sistema de som é independente e dividido nos quatro ambientes do barco. Cada um pode tocar uma música diferente

A extensão da plataforma de popa, que é opcional no mercado americano, aqui no Brasil, vem de série

O sanitário usa o mesmo sistema a vácuo de avião, gastando apenas 400 ml por descarga

Na popa estão as duas entradas de energia, água e uma entrada para antena ou TV a cabo

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boat teste Sea Ray Sundancer 395

IMPRESSÕES AO NAVEGAR: PILOTAGEM: A posição de pilotagem é excelente, o volante tem regulagem de altura, o banco pode ir para frente e para trás, permitindo ao piloto encontrar a melhor distância no momento de conduzir o barco. Um único detalhe que o estaleiro deveria rever é o apoio para os pés para quando o banco for virado para o centro do cockpit, ele incomoda na hora de pilotar o barco.

CONSTRUÇÃO:

INOVAÇÃO:

Esse ponto é a menor preocupação com a 395, pois segue todas as normas e certificações de todos os países que ela é exportada e isso é uma norma que filial brasileira segue desde o primeiro dia de operação no Brasil.

Alguns pontos devem ser observados, a mudança da churrasqueira do cockpit para a popa, o sistema de som independente em todos os ambientes e a integração que o cockpit oferece quando o barco está parado, o banco do piloto e co-piloto giram e ficam virados para o sofá na popa.

CONFORTO: Os tecidos e todo o acabamento interno do barco são itens que vieram do modelo de fora e isso significa que o barco acaba recebendo o mesmo cuidado que um barco americano tem ao ser produzido, mas com a diferença que é feito aqui. No geral o barco é muito confortável em todos os aspectos e sensações a bordo.

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ACABAMENTO: O interior tem opções standard e opcional prédefinidas pelo estaleiro, mas também é possível escolher outras opções de acabamento. Todos os tecidos e cuidados na instalação aliado a um rigoroso controle de qualidade, tornam a Sundancer 395 é um barco muito agradável para estar a bordo.

DESEMPENHO: O barco de comportou muito bem a tudo o que foi proposto, a navegação é suave e ele está sempre a mão. A parelha consumiu na velocidade de cruzeiro 96 L/h, o que ficou um pouco acima do esperado, mas que compensa por tudo o que ele oferece.

SEGURANÇA: Por seguir todas as normas internacionais de construção de barco, a segurança é outro item que não gera nenhuma preocupação na Sea Ray 395. O barco está equipado com sistema de incêndio, o painel tem chave independente dos motores e tem duas tomadas de cais para não sobrecarregar o sistema elétrico.

SEU BOLSO: O modelo testado esta equipado com parelha de motores Mercruiser de 350 HP com o opcional Axius. O barco tem versões a partir de R$1.200.000,00.

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boat teste Sea Ray Sundancer 395

O MELHOR USO A Sea Ray Sundancer é um barco na medida pra você? O estaleiro desde que chegou ao Brasil, sempre teve o cuidado de manter o mesmo padrão adotado pelos americanos e capacitou toda a equipe para atingir a qualidade reconhecida no mundo nos barcos da Sea Ray. A grande vantagem que o brasileiro tem é poder comprar um barco “importado” com o preço de um nacional. Em todos os aspectos, acabamento, qualidade, construção, navegação, o barco tem pontos positivos. São poucos os pontos negativos que o mais cético conhecedor de barcos pode encontrar nesse modelo. A única questão é que ainda pode restar dúvida é com o valor e essa dúvida não existe mais, pois ele está adequado com o padrão nacional. A faixa de 40 pés oferece boas e poucas opções para se ter um parâmetro comparativo, mas mesmo assim a proposta da Sundancer está bem clara, um barco para passeio diurno com pernoite para até 06 pessoas. Passar um final de semana a bordo, não será um problema e o barco comporta bem todas as necessidades de quem estiver a bordo. Se você procura um barco na faixa dos 40 pés, a Sea Ray Sundancer, é um barco que deve ser observado.

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boat teste Yamaha 25 HP

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Yamaha 25 HP Dois motores em um O MOTOR MECÂNICO E ROBUSTO DA YAMAHA OFERECE UMA OPÇÃO DE “OTIMIZAÇÃO” DE POTÊNCIA REMOVENDO APENAS UM PARAFUSO. OS 5 HPS A MAIS DESPEJADOS NO HÉLICE MUDAM TOTALMENTE O MOTOR Por Caio Ambrosio / Fotos Kadu Abreu

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boat teste Yamaha 25 HP

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motor de popa Yamaha 25 XMHS 2T é robusto, muito econômico e tem alto desempenho. Essas são apenas algumas das características que podemos observar nesse modelo lançado no final do ano passado. O grafismo aplicado nele é exclusivo para o Brasil, bem como o novo carburador, que está ajustado para o padrão de combustível nacional. Leve e robusto, faz parte da linha de motores produzidos no Brasil, sendo o mais vendido na sua faixa de potência. Produz uma eficaz exaustão de gases e uma distribuição uniforme da mistura de ar e combustível, resultando em maior potência e economia. O carburador proporciona uma economia de até 18% no consumo de combustível em velocidade de cruzeiro, em comparação ao modelo anterior.

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Alguns ajustes foram necessários antes de começar o teste. Primeiro analisamos o combustível comprado para averiguar se não tinha nenhuma mistura além do permitido pela legislação, segundo, analisamos se o passo do hélice estava correto, atingindo a rotação que o fabricante recomenda. O ajuste do passo do hélice e a posição do motor são importantes para cada tamanho de barco, pois o barco tem que estar livre na água e não com a proa enterrada ou muito empopada. O motor sai com passo de hélice 13 de série, isso não significa que esse tamanho é bom para todas as embarcações, no caso utilizamos um barco de 6 metros. Antes de começar a navegar é necessário ajustar o conjunto. O motor de 2T atinge rotação máxima de 5.500 RPM, após fazer a instalação do motor, tem que checar a altura, posição de

O Yamaha 25 XMHS 2 T é robusto, economico e tem alto desempenho


instalação, se o Trim está na posição correta e aí sim pode sair com o barco para ver se está tudo certo ou se o hélice vai precisar de ajuste (troca), para render a potência total que o motor fornece. Na entrega técnica o concessionário deve usar um tacógrafo, sair com o barco e checar se atinge a rotação especificada pelo fabricante, caso o resultado não for satisfatório, o hélice deve ser trocado e consequentemente com o passo do hélice

alterado, o motor deve atingir o RPM especificado. No teste, utilizamos o Trim na terceira posição. Esse motor é um 25 HP, sai de fábrica ajustado para essa potência, mas removendo um parafuso que impede que o acelerador atinja o curso total, você ganha mais 5 hp, atingindo os 30 hp, é uma espécie de limitador, mas o motor tem 25 HP. Ele ganha mais potência e o consumo não aumenta, gastando a mesma coisa que o motor original e não perde a garantia de fábrica. A melhor faixa de rotação para gerar maior economia é em 4500 RPM, você vai navegar mais rápido com o mesmo consumo. Mas se a ideia é somente o consumo, mantenha com 25 HP, use em até os mesmos 4500 RPM, consequentemente sua velocidade será pouca coisa menor. O bloco do motor desde o começo da operação foi montado em cima de um bloco para 30 HP. A alteração para atingir os 30 HP, não compromete o motor como um todo, pois já estava prevista essa alteração.

O motor mecânico tem fácil manutenção e é muito simples de manusear. Basta instalar na posição correta e sair para navegar

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boat teste Yamaha 25 HP

NÚMEROS DE DESEMPENHO: Equipamentos bureta (consumo) bureta (% de álcool)

GPS

termómetro

anemómetro

cronometro

tacógrafo

Mistura Com o motor 2 T utilizamos a mistura recomendada pelo fabricante de 50/1. Como o tanque do barco de alumínio tinha apenas 25 litros, usamos metade do óleo e o frasco com marcadores laterais (graduado), foi muito eficiente na hora de colocar apenas meio litro no tanque. O ideal é colocar o óleo primeiro, na hora que for abastecer o barco, assim ele já vai misturando até chegar na represa. Nunca remova a tela de filtro do tanque, pois ela não deixa a sujeira entrar no tanque. Caso você não tenha feito isso, balance bem o tanque para misturar o óleo com o combustível.

Medição de consumo Bureta cheia, de 1000 até 3500 RPM, marcamos o consumo com 30 ml de combustível, nas demais rotações fizemos o cálculo com 50 ml. Um sistema de mangueiras ligados direto ao tanque de combustível, permitem repor o combustível na bureta, ao enche-la de combustível, fechamos o consumo do tanque e deixamos apenas o consumo da bureta. Assim que atingiu a marca para contar os 30 ml, disparamos o cronometro para medir em quanto tempo o motor consome o combustível determinado, assim conseguimos calcular quantos litros/hora o motor fez.

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Combustível Utilizamos gasolina comum para o teste e foi verificado a porcentagem de álcool na gasolina. A gasolina brasileira e todas as alterações que passa até chegar a bomba, interfere diretamente no bom funcionamento do equipamento, por isso é importante verificar o tipo do combustível que você está utilizando. Em uma bureta de 100 ml, coloque 50 ml de gasolina e 50 ml de água, misture, espere decantar e observe o resultado. Nosso combustível tem 27 % de álcool. O combustível testado estava dentro dos padrões e prosseguimos com o teste de potência.


Desempenho RPM

Velocidade

Consumo

Milhas/Litros

Litros/Milhas

Autonomia (MN)

Autonomia (horas)

Com limitador (25 HP) – hélice passo 11 ECONÔMICA

4000

17,54

5,55

3,16

0,32

79

5

CRUZEIRO

4500

20,31

7,2

2,82

0,35

71

3

MÁXIMA

5000

23,07

8,6

2,68

0,37

67

3

Com limitador (25 HP) – hélice passo 13 ECONÔMICA

3500

16,39

4,9

3,34

0,30

84

5

CRUZEIRO

4000

19,73

6,45

3,06

0,33

76

4

MÁXIMA

4410

22,78

9

2,53

0,40

63

3

Sem limitador (30 HP) – hélice passo 13 ECONÔMICA

4000

19,56

6,7

2,92

0,34

73

4

CRUZEIRO

4500

23,24

8,2

2,83

0,35

71

3

MÁXIMA

5450

29

12,9

2,25

0,44

56

2

5

DETALHES:

3”

0

10

Aceleração No motor de popa foi utilizado o tempo de aceleração de 0-10 devido a velocidade que os motores pequenos atingem. O tempo foi cravado em todas as passagens, apenas 3 segundos para atingir os 10 nós.

Neste modelo, a partida é manual

O tacógrafo por pulso é um item que toda oficina Yamaha tem

Engate de combustível, afogador e chave de ignição

Não esqueça de verificar o passo do hélice com a adição de potência

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boat teste Yamaha 25 HP

Os cinco HPs a mais despejados no hélice realmente mudam o motor. Ele fica mais rápido e não altera muito o consumo

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DESEMPENHO NA PRÁTICA: O motor Yamaha 25 XMHS 2T cumpre o que promete? Após fazer todos os ajustes necessários para começar o teste efetivamente, pudemos sentir o que o conjunto poderia proporcionar em diferentes versões de potência e passo do hélice. Nesse teste, foram realizados padrões técnicos para mostrar realmente o que deve ser feito pelo concessionário na hora da entrega técnica do motor e seguimos os mesmos padrões de fábrica para deixar a medição mais precisa possível. A alteração de potência foi feita de uma forma muito simples, como já mencionado anteriormente. Qualquer pessoa pode fazer esse upgrade, basta ter um tacómetro por pulso para verificar a rotação do motor. Na versão com 25 HP, o motor já mostra toda sua força e potência, empurrando o barco de alumínio de seis metros da Levefort. Em todas as faixas de rotação, ele se comportou como o que era esperado, economizando bastante combustível. Com a adição dos cinco HPs, o motor se transforma, fica mais rápido e muito mais “esperto”. A percepção da adição de potência é sentida logo na primeira acelerada e a vontade foi de sair navegando é instantânea. O consumo não sofreu grandes alterações, mas a velocidade final é bem superior a versão de 25 HP.

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boat teste Yamaha 25 HP

Motor - ficha técnica Altura da rabeta (mn/pol): S: S 423 / 16.7 Peso: 53 kg Nº de cilindros: 2 Capacidade volumétrica: 496 Potência (Kw/Hp): 18.4 / 25 Faixa máxima de rotação: 4500/5500 rpm

Embarcação - ficha técnica barco de alumínio de 6 metros da Levefort Comprimento: 6,00 m

Sistema de indução Carburado de combustível: Ignição: CDI Sistema de operação: Braço de comando Lubrificação: Pré-mistura

Boca máxima: 1,40 m

Sistema de Partida: Manual

Calado: 0,15 m

Sistema de inclinação: Manual

Capacidade de carga: 500 kg Capacidade de 05 pessoas passageiros: Peso aproximado: 118 kg

Proteção partida Na alavanca de engate engatada: Hélice: Alumínio Tanque de gasolina: 24L

Pontal: 0.52 m Potência máxima: 30 HP

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MCP 140 HEMISPHERE

O REI DO

BRASIL O MAIOR BARCO PRODUZIDO NA AMÉRICA LATINA TEM EM SEU DNA A BELEZA DO DESIGN, A IMPONÊNCIA DO TAMANHO E A CONSTRUÇÃO EM ALUMÍNIO, CRIADOS COMO UMA OBRA DE ARTE PARA NAVEGAR EM TODOS OS MARES DO PLANETA

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MCP 140 Hemisphere

I

mpressionante como alguns barcos nascem e durante anos são admirados, fotografados, reconhecidos de longe, realmente criando e desenvolvendo o seu DNA, muito semelhante a produção de uma obra de arte. No mundo dos super iates, muitos gigantes são construídos pelo mundo, mas nos intriga como alguns modelos marcam mais os mares do que outros, voltando ao ponto do DNA, da identidade. O MCP 140 Hemisphere, ou simpaticamente chamado de MCP 140, é um desses barcos que entrou para o seleto grupo mundial de “celebridades”, não somente por acumular números históricos para a náutica brasileira ou até mesmo por ser o maior barco de lazer construído na América Latina, que já o daria essa credencial, mas sim pela sua aparência e, claro, tamanho. Construído para um antigo cliente do estaleiro, que já possuía um 92 pés entregue em 1986, que depois passou por um refit completo, inclusive estrutural, em 2001, tendo seu tamanho aumentado para 115 pés, esta obra mostra a relação de confiança que foi desenvolvida com o passar dos anos : “Nosso contrato de execução do HEMISPHERE 140 tinha duas páginas, nenhuma cláusula de rescisão, nenhum tipo de multa, nenhum fluxo financeiro pré-estabelecido e nenhum valor fixado e restrito como meta de gasto”, relembra Manoel Chaves, proprietário do estaleiro. A ideia era, a partir de um aperto de mão, iniciar as obras do maior barco que o Travelift do estaleiro MCP conseguisse lançar. Além disso, ele precisava ser perfeito, pois levaria o título de maior barco construído em alumínio da América do Sul, mas também deveria ser o mais bem acabado. “A confiança, honestidade e capacidade da MCP construir um barco dentro desses pré-requisitos, nunca foram questionados”, ressalta Manoel. A primeira vista do gigante de quase 44 metros de comprimento (43,76 para ser mais preciso) é que realmente estamos de frente para um tri-deck de respeito, robusto, de linhas fortes e acentuadas.

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O salão com dois ambientes e duas grandes TVs que sobem eletronicamente a partir de um aparador central e permitem a exposição de obras de arte ou filmes para convidados


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MCP 140 Hemisphere

Ao apreciar a imponência de sua popa, impossível não imaginar o trabalho que mais de 360 homens tiveram durante os 30 meses de construção. Estamos falando de alumínio naval importado, material nobre para náutica, (porém) que envolve muita engenharia e mão de obra afiada para fazer 165 toneladas, (praticamente) deslizarem pelas aguas de Angra dos Reis. A MCP, estaleiro especialista nesse tipo de construção, usou o melhor do seu time para realizar esse projeto. Os ensaios hidro-

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dinâmicos foram realizados em parceria com a renomada empresa de engenharia naval holandesa VRIPACK, que trabalha para os melhores estaleiros do mundo. O interior ficou nas mãos da experiente designer Christina Norris, radicada nos EUA há muitos anos, e que assina interiores para muitos clientes internacionais. “Receber o convite para desenvolver o design interior do MCP 140 foi uma honra muito grande, trazíamos as ideias para o cliente, se ele gostasse, levávamos para a equipe de engenharia do estaleiro para estudarmos a viabilida-


Ambientes amplos, contrastes de madeiras escuras, tecidos na cor bege, carpetes claros e TVs escondidas por detrás de espelhos

Escadas com grandes dimensões, iluminadas em LED, fazem a ligação entre os conveses

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MCP 140 Hemisphere

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O moderno convive placidamente com o clássico e as enormes dimensões são exaltadas pelas belas linhas do projeto

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MCP 140 Hemisphere

Um dos destaques ĂŠ a escada em inox com degraus de vidro flutuantes iluminada por LEDs

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de, como por exemplo, a escada que mesmo demais, por mais caras que sejam, você de vidro, se enquadra dentro das normas de acabará prejudicando o modelito todo”, certificação de segurança internacionais”, comenta Christina. A marcenaria é outro ponto de destaafirma Christina. Por dentro o MCP 140 Hemisphere é um que nesse barco, adotando a linha clássica barco muito espaçoso, seu interior foi pro- e conservadora as madeiras mais utilizajetado para um proprietário alto, portanto das foram a nogueira e radica de nogueira. toda a ergonomia do barco é baseada na es- Tecidos ultrasuede, teka e granitos leves tatura da família, isso se reflete até mesmo para os pisos, dando um tom mais sério e na altura dos degraus da escada, bem como robusto aos ambientes. Contrastando com na amplitude das cabines, pé direito dos a madeira, o vidro é outro material muito utilizado, resultando em ambientes, dimensões um ótimo contra ponto das camas, corredores, com a madeira escura. banheiros e portas. O uso do aço inox nas Sua decoração quase Os convidados ferragens internas, gaminimalista conta com são agraciados rante a pitada de motecidos e materiais impelos amplos dernidade que se obserportados da Europa e va na transição entre os Estados Unidos, como e confortáveis ambientes bem ilumias luminárias e ferracamarotes gens. “As luminárias nados, graças aos espasão como joias em uma ços amplos que tiveram atenção especial. mulher, se você enche Quando se decide construir um barco desse porte, logo se pensa em grandes viagens e travessias, mas não no caso de seu proprietário, que prefere as águas brasileiras. Entretanto o MCP 140 é um barco que possui certificação internacional LLOYD’S, organização inglesa fundada em 1760 que assegura a qualidade de construção, operação e infraestrutura do barco, garantindo ao proprietário segurança de sobra para grandes viagens. Os mais de 35 mil litros

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MCP 140 Hemisphere

Confortável e econômico em baixas velocidades (100 litros por hora). Porém com velocidade máxima de 20 nós

de combustível que seus tanques podem armazenar, o levam a uma autonomia de impressionantes 4000 milhas náuticas, equivalente a uma viagem de Recife para Miami ou Recife Ilhas Canárias em direção a Europa. Sem stress...com folga. Os dois motores Caterpillar V12 ACERT C32 de 1825hp cada, levam esse gigante a 20 nós de velocidade máxima e 18 nós para um cruzeiro rápido e confortável, números expressivos para um barco desse tamanho. A MCP mostra mais uma vez o caminho e estabelece uma nova marca no Brasil, que já era sua mesmo. O clássico Santa Maria, construído em 1993, com propulsão a hidrojato, ainda detinha o recorde de maior Motor Yacht de alumínio da América do Sul. No ano seguinte ao seu lançamento, em 1994, a embarcação brilhou no Mega Yacht Boat Show de Nice daquele ano.

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Maior Iate de construção Brasileira já exposto em feiras Europeias. “Sem dúvidas recordes são divertidos e trazem muito entusiasmo. Agora o recorde foi quebrado novamente por nossa equipe”. A MCP quebra mais uma marca e chama atenção do mundo para o desenvolvimento náutico nacional, mas sabemos que recordes são feitos para serem batidos, algo que não preocupa o estaleiro que se diz pronto para novos desafios.

O comando se equipara aos mais modernos jatos. A sofisticação está nos mínimos detalhes nesse amplo espaço com visão de 180º


aMPro4


SIMPLICIDADE em um barco atemporal O ENVOLVIMENTO DE UM PROPRIETÁRIO MOTIVADO EM CONSTRUIR UM BARCO ATEMPORAL, UTILIZANDO TODA A EXPERIÊNCIA QUE ACUMULOU AO LONGO DE CINCO PROJETOS BEM-SUCEDIDOS, TRANSFORMOU O ASTONDOA NO BARCO MAIS VISITADO DO MIAMI BOAT SHOW 2016 Fotos: Quin Bisset

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Astondoa 110

O

envolvimento do proprietário em construir barcos começou cedo. Em um barco de 65 pés ele começou a remodelar algumas coisas no interior, mas a grande oportunidade veio com a Fairline 78, que nunca tinha sido fabricada com quatro suítes e todos os estaleiros ingleses tinham em barcos do mesmo tamanho. Em contato com o estaleiro, sugeriu as primeiras mudanças no barco, começando pelo banheiro, que automaticamente mudou o centro de gravidade do barco e assim foram mudando e acertando todos os detalhes. Quando o barco foi exposto pela primeira vez em um evento, foram vendidos 14 exemplares idênticos ao que ele havia construído. Nesse meio tempo, o proprietário conheceu uma pessoa que apresentou um projeto para ele e acabou conhecendo Jesus Astondoa, a terceira geração da família Astondoa a frente do estaleiro espanhol. Em 2012 em uma viagem a Espanha, acabou conhecendo o estaleiro e a sinergia com Jesus aumentou. Apareceu a oportunidade perfeita para ele construir um barco do zero e da maneira que ele sempre sonhou, mas falta-

O banheiro máster tem vidro elétrico voltado para dentro da cabine, você aperta um botão, ele fica fumê

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va dinheiro para injetar nessa nova aventura. Foi quando ele recebeu uma ligação dos EUA dizendo que havia um interessado em comprar o barco dele, que estava com poucas horas de uso, pagando 400 mil dólares a mais do que ele havia pago na época. Ele não pensou duas vezes e vendeu o barco de porta fechada. Assim finalmente ele poderia concretizar o sonho e começar um projeto liderando a equipe. A certeza em fechar negócio com a Astondoa veio após uma longa conversa e quando Jesus virou para ele e disse: “Se você pode


AS CABINES VIP DO DECK INFERIOR SÃO IGUAIS EM TAMANHO E DISPOSIÇÃO, SENDO DIFERENCIADA APENAS PELA DECORAÇÃO

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Astondoa 110

TODOS OS BANHEIROS SEGUEM O MESMO PADRÃO, VIDRO ELÉTRICO, MÁRMORE RETROILUMINDADO NO BOX E SAUNA 88


No deck inferior estão as quatro cabines de convidados. No hall tem duas geladeiras e um armário de snacks A máster está localizada no deck principal

desenhar, eu posso construir. Os primeiros rabiscos saíram em 2013. Em 2014, trabalharam o ano inteiro no design interior e exterior. No final de 2014 e começo de 2015 foram feitos todos os cálculos estruturais e no dia 01 de agosto de 2015 começou, a construção. No dia 22 de janeiro ele embarcou da Espanha rumo aos EUA para fazer seu world debut. Em sete meses foi feito o plug, molde e finalmente o casco. A decoração interna foi assinada pelo renomado designer Cristiano Gatto. Em meio a uma viagem com escala em Frankfurt, eles se encontraram em um bar no aeroporto e conversaram sobre o cronograma da obra. Em duas horas e meia conseguiram definir o barco inteiro, pois ela já sabia o que iria querer em cada ambiente. Mas o conceito

principal foi construir um barco atemporal e que todos gostassem dele, sem nenhuma personalização excêntrica. Essa ideia partiu da mulher do proprietário que já utiliza essa linha clean em sua casa, compondo o ambiente apenas com peças de decoração. Os aspectos de construção do barco vão além de um trideck com 110 pés. O barco tem o calado de 1,80m com 160 toneladas de peso final. O volume do barco é muito maior do que deveria ser, assemelhando-se a um barco de 140 pés, pois ele cresceu para cima. O casco em fibra de vidro e da maneira como foi construído, permite o barco a navegar a 22 nós de velocidade de cruzeiro e 27 de Top. Mas o que ele gosta mesmo é de navegar a 15 nós, onde a autonomia é maior e ele ainda revelou que não tem pressa em chegar nos

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Astondoa 110

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“POR QUE EU ESCOLHI A ASTONDOA? O JESUS ASTONDOA VIROU PRA MIM E DISSE: ‘SE VOCÊ PODE DESENHAR EU POSSO CONSTRUIR’”

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Astondoa 110

“ME DERAM DUAS OPÇÕES DE MOTORES, UMA MAIS POTENTE QUE DAVA 3 NÓS A MAIS, MAS AO MESMO TEMPO PESAVA 2 TONELADAS A MAIS DO QUE O ATUAL” lugares, ele está ali para aproveitar o momento a bordo, se tiver a necessidade de ir mais rápido, vai de carro, helicóptero ou avião. A única necessidade para ele em ter mais motor é caso venha uma tempestade repentina, ele tenha motor para desviar ou voltar para a marina em segurança. Os eletrônicos foram escolhidos a dedo e todo o sistema elétrico do barco foi uma adaptação maior e idêntica ao que ele tem no Brasil. Com a instalação do C-Zone, conseguiram diminuir em duas toneladas a fiação a bordo. Foi instalado o sistema duplo 4G de radar, além de um sistema inteligente na casa de máquinas que analisa de que lado do barco está o vento, assim ele consegue captar por um lado e liberar pelo outro de forma automática e independente. 80% dos equipamentos do barco são americanos e fica muito mais fácil para repor no mercado americano do que o Europeu.

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São muito itens e detalhes instalados a bordo da Astondoa 110 que deixaria qualquer pessoa encantada com a complexidade e a simplicidade adotada no projeto. Ele optou por montar um barco simples e livre de dor de cabeça. O barco poderia ser muito mais moderno e muito mais automatizado, mas com a quantidade de problemas que ele já teve aqui no Brasil com automação, optou por ser tradicional, pois cada vez que aparece um problema, não precisa desmontar o barco inteiro para consertar. O interior da 110 é composto por quatro cabines de convidados no deck inferior, duas com cama de casal e duas com cama de viúva com uma cama retrátil em cima (Pullman). Em nenhuma cabine você vê a TV e sim um espelho e embaixo dele, o móvel dobra e transforma em uma penteadeira com uma câmera em alta definição que transmite em HD a imagem para a TV. Os banheiros têm vidro eletrônico, ou seja, ao fechar a porta e apertar um botão ele fica fumê. Todos os banheiros do barco têm sauna e um mármore retro iluminado. A cabine máster fica no deck principal e tem todos os itens instalados nas demais cabines, o único detalhe, além do tamanho, é o vidro do banheiro com vista para o quarto. Essa foi uma ideia que ele teve em uma viagem com sua esposa, quando ficou hospedado num hotel que oferecia esse tipo de vidro no quarto.


A sala é ampla e cercada por muita luminosidade. Todas as portas são elétricas e para não ter nenhum problema, instalaram uma manual em caso de pane do sistema. Os sofás da sala são automatizados e se transformam em cama, esse foi mais um pedido especial feito exclusivamente para a criançada descansar a tarde. Não menos importante, a cozinha foi outro pedido especial e não uma cozinha exclusiva para a tripulação, como barcos desse porte tem. Ele confessou que a mulher é uma cozinheira de mão cheia e que faz questão de preparar algumas refeições. Mas o principal é a liberdade que ele quer ter de fazer um lanche a noite sozinho e não ter que ligar para algum tripulante preparar. A mesa foi modificada e transformada em um balcão com vista para o mar. Nas manhãs a bordo, sua filha adora tomar café da manhã ali. O revestimento da casa de máquinas resiste a 1000 graus por 90 minutos, além do sistema inteligente de entrada e saída de ar

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Azimut - 105 pés | 32M | 2012 | 5 cabines | 10 convidados pernoite | 5 tripulantes US$58.300,00 por semana | Disponível: Ilhas Virgens Britânicas

Benetti - 115 pés | 35M | 2013/2015 | 4 cabines | 9 convidados pernoite | 6 tripulantes US$79.500,00 por semana | Disponível: Miami e Bahamas

Ferretti - 101 pés | 30.9M | 2002/2015 | 5 cabines | 12 convidados pernoite | 5 tripulantes €58.300,00 por semana | Disponível: Croácia e Montenegro


São Paulo | Rio de Janeiro | Angra dos Reis | Paraty | Florianópolis Miami | Bahamas | Belize | Ilhas Virgens Britânicas | St. Maarten | St. Barts Cotê d’Azur | Ibiza | Mallorca | Sardenha | Sicília | Turquia | Grécia | Croácia Ilhas Maurício | Seychelles | Indonésia | Tailândia | Austrália | Nova Zelândia Polinésia Francesa | Galápagos

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Fountaine Pajot - 67 pés | 20M | 2014 | 4 cabines | 8 convidados pernoite | 3 tripulantes US$30.422,00 por semana | Disponível: Ilhas Virgens Britânicas, St. Maarten e St. Barts

Alia Yachts - 135 pés | 41M | 2016 | 5 cabines | 10 convidados pernoite | 9 tripulantes €154.000,00 por semana | Disponível no Sul da França: Cotê d’Azur

Pichiotti - 124 pés | 38M | 2012 | 6 cabines | 12 convidados pernoite | 5 tripulantes US$150.000,00 por semana | Disponível: Galápagos


Piratas do Caribe

QUANDO VOCÊ PASSAR SUAS PRÓXIMAS FÉRIAS NO TRANQUILO MAR DO CARIBE, IMAGINE QUE HÁ 300 ANOS OS MAIS NOTÓRIOS GÂNGSTERES DOS MARES NAVEGARAM POR ESSAS ÁGUAS E JOGARAM ÂNCORAS NAS MESMAS PRAIAS. A EXPERIÊNCIA PODE SER UM TANTO DIFERENTE

O

s verdadeiros piratas do Caribe certamente não foram os meliantes fanfarrões e afáveis que o cinema mostra. A vida a bordo de um navio pirata no início do século 18 não era uma aventura sedutora; ao invés disso, era uma existência sombria repleta de violência, perigo, doença e morte. Contrária à crença popular, a maioria dos piratas viveu na pobreza. Embora a pirataria tenha ocorrido ao longo da história, "A Era de Ouro" (entre 1650 e 1730) coincidiu com a colonização europeia das Américas. Durante as guerras coloniais, particularmente a Guerra da Sucessão Espanhola (também chamada de Guerra da Rainha Ana), o governo contratou piratas, autorizando-os por uma

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“carta de marca” a atacarem navios inimigos. Em troca, recebiam uma pequena parcela (geralmente cerca de um quinto) do valor da carga e navios furtados. Foram chamados de corsários e, até certo ponto, os bucaneiros também caíram nesta categoria. Essa fase marcou a guerra naval e gerou renda para os governos, que obstruíam navios inimigos sem ter gastos com recursos militares. Os corsários não foram considerados criminosos (pelo menos pelo governo que lhes autorizavam). No entanto, após o Tratado de Utrecht e o fim da guerra, em 1713, muitos foram deixados de lado e logo voltaram para a prática “ilegal”, navegando principalmente pela região do Caribe.


HENRY JENNINGS Henry começou a vida como um legítimo corsário, atuando a partir da Jamaica, mas os tempos difíceis após o Tratado de Utrecht o fizeram mudar de caminho. Em 1715, uma frota espanhola carregando produtos exóticos, prata e ouro afundou após um furacão passar pela costa da Flórida. Como piratas não eram particularmente adeptos a operações de salvamento, Jenningns esperou até que os espanhóis recuperassem o tesouro antes de tomar para si todo o ouro.

EDWARD TEACH Nascido em Bristol, Inglaterra, Teach chegou ao Caribe como corsário. Após o fim da guerra citada anteriormente, ele converteu um navio capturado em navio pirata (que batizou como Revanche da Rainha Ana) e continuou seu reinado de terror ao longo da costa oeste dos Estados Unidos e por todo o Caribe. Apesar de ser considerado um homem extremamente corajoso pelos padrões modernos, Barba Negra não era nada mais do que psicótico. Em batalha, ele colocava pequenos lampiões sob seu chapéu e na barba, fazendo com que seus inimigos pensassem que sua cabeça estava em chamas. Se as vítimas hesitassem em entregar as joias, o pirata simplesmente pegava um machado ou outro objeto cortante e enfiava no apêndice. Certa vez, Barba Negra atirou em seu primeiro imediato para que as pessoas se lembrassem de seu nome e quão cruel ele poderia ser. Durante seu reinado no Caribe, seu único adversário era a doença, a ponto de colocar a cidade de Charleston, na Carolina do Sul, sob cerco, com um cidadão refém, para obter medicamentos para tratar a si mesmo e seus tripulantes de sífilis.

Quando o governador da Jamaica recusou-se a participar da busca e prometendo pendurar o pirata pelo pescoço, Jennings foi forçado a procurar um porto amigável para chamar de lar. Ele e sua equipe abriram caminho para um pequeno povoado na ilha de New Providence, agora chamada de Nassau. Embora os piratas utilizavam o porto como uma parada, ele não o era até Jennings chegar (e tornar-se o prefeito não oficial), transformando-o em novo Port Royal. Durante a sua presença nas Bahamas, as águas estavam repletas de piratas; tantos que os marinheiros legítimos evitavam a área. Em 1718, Woodes Rogers foi nomeado governador das Bahamas e prometeu livrar a pirataria de suas águas. Rogers emitiu um ultimato a todos: eles poderiam aceitar um perdão do Rei e cessar seus atos de pirataria ou seriam caçados e enforcados. Como tinha conseguido mais dinheiro do que jamais poderia gastar, Jennings aceitou o seu perdão e viveu o restante da vida como agricultor.

Em 1718, uma força militar liderada pelo tenente Rober Maynard foi enviada para despachar Barba Negra. Os dois homens se enfrentaram perto da Ilha Oracoke, na Carolina do Norte, e diz a lenda que a batalha durou 40 minutos, com Maynard precisando esfaquear Barba Negra mais de 20 vezes e dar cinco tiros antes do pirata finalmente morrer.

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Piratas do Caribe

JACK RACKHAM Jack Rackham não era um pirata especialmente cruel e nem notavelmente bem sucedido. Mas o que mantém Calico Jack na vanguarda é que dois de seus tripulantes, e provavelmente os mais ferozes, foram mulheres. Rackham conheceu Anne Bonny, a esposa de um traficante, nas Bahamas. Os dois se apaixonaram e quando as tentativas de comprar Bonny de seu marido falharam, ela se juntou à tripulação como uma pirata. Rackham logo capturou um navio e deu àquela tripulação a opção de se juntar a ele. Entre os novos membros havia um espadachim magnífico. Com o tempo, Bonny e este novo tripulante forjaram um relacionamento, e quando Jack descobriu, Bonny desfez a farsa mostrando ao navio que o novo marinheiro também era uma mulher, chamada Mary Read.

A história documentou que Calico Jack atacou vários navios onde Bonny e Read lutaram ferozmente e abertamente como mulheres. A dupla rapidamente tornou-se lendária em todo o Caribe. E como a notoriedade de Jack começou a ficar pequena em comparação com a sua incomum tripulação, ele começou a sucumbir ao álcool. No momento de sua derrota, a equipe de Calico, já embriagada (com exceção de Bonny e Read), entrou em pânico quando o mastro principal foi derrubado. Com a eminente derrota, todos correram ao deck inferior para acabar com o rum, sabendo que seria a última vez que teria a bebida. É relatado que foi concedido a Jack um último pedido para ver Bonny antes de sua execução. E é citado que ela havia dito: "Estou triste de ver você aqui, mas como você lutou como um homem, você não precisa ser pendurado como um cão”.

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“RED LEGS” GREAVES Nascido como escravo escocês na ilha de Barbados, Greaves se tornou um pirata quando, numa tentativa desesperadora de escapar, ele foi capturado por um navio pertencente ao notório e cruel pirata Capitão Hawkins.

JEAN-DAVID NAU Nau é considerado um dos piratas mais cruéis e bárbaros que já apareceu no Caribe. Ele chegou a Martinica, vindo da França, ainda criança como trabalhador escravo. Depois de seu período de servidão, mudou para Hispaniola, onde se juntou aos bucaneiros. Conquistando vitórias a favor do governo francês em Tortuga, Nau foi agraciado com o seu próprio navio, além de ter permissão para atacar os inimigos espanhóis. Assim, ele desenvolveu uma insaciável sede de sangue e propensão à tortura, o que prolongou seu reinado de terror em tempos de paz entre a França e Espanha. Com a fama de Nau se espalhando, seus sucessos tornaram-se menores. Navios espanhóis lutariam até a morte, em vez de se render. Em parceria com o pirata Michel de Basco, Nau acumulou uma frota de oito navios e 400 homens, conseguindo saquear as cidades de Gibraltar e Maracaibo, no golfo da Venezuela, onde os habitantes suportaram atrocidades inimagináveis. Os piratas receberam mais de 260 mil pesos de ocho (conhecido como dólar espanhol), mas que logo desapareceram nos bolsos dos taberneiros e prostitutas de Tortuga.

Embora obrigado a se tornar um pirata, ele logo se adaptou à nova vida. No entanto, durante sua vida como escravo, ele despertou uma intolerância à brutalidade. E quando foi designado por Hawkins a torturar um prisioneiro ele se recusou, originando uma briga entre os dois. Greaves matou Hawkins e foi imediatamente eleito capitão para o seu lugar. Greaves criou uma reputação de um homem com moral, apesar de ser um pirata. Ele não torturava prisioneiros, não roubava os pobres e não abusava ou sequestrava mulheres. Ele simplesmente roubava e fugia. Tendo feito uma quantia substancial de dinheiro, Greaves deixou a pirataria e se tornou um agricultor na ilha de Nevis, nas Antilhas. Mas quando foi reconhecido por uma ex-vítima, Greaves foi condenado à forca. Enquanto estava na prisão, um forte terremoto quase destruiu a ilha e Greaves foi um dos poucos sobreviventes. Após ser resgatado por um navio baleeiro, se tornou um caçador de piratas e, mais tarde, recebeu o perdão por seus crimes anteriores. Ele é um dos poucos piratas a morrer pacificamente durante sua velhice.

Desesperado por tesouro, Nau continuou seus ataques a navios espanhóis e nas colônias. Com medo de seu capitão psicótico, a tripulação de Nau se amotinou e deixou-o com uma única embarcação que encalhou na Ilha Petra. Durante a tentativa de recrutar uma nova equipe, Nau foi atacado e capturado por nativos locais. Dizem que os índios cortaram e queimaram o corpo do pirata, espalhando as cinzas de modo que nenhum vestígio fosse encontrado.

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Piratas do Caribe

BARTHOLOMEW ROBERTS Frequentemente, Bartholomew Roberts é citado como um dos piratas mais bem sucedidos. Certamente ele foi um notório pirata, com documentos que apontam o ataque e prisão a mais de 200 navios e tesouros confiscados em dezenas de milhões de dólares. Mas o termo "bem sucedido" torna-se bastante discutível, já que sua carreira durou apenas dois anos e meio, antes de chegar a um fim violento. Nascido no sul do País de Gales no início da década de 1680, Roberts aparece pela primeira vez nos livros de história como o terceiro imediato a bordo de um navio negreiro britânico. Em 1719, o pirata Howell Davis assumiu o navio e Roberts foi obrigado a servir ao pirata, tomando gosto por aquele estilo de vida. Quando Davis foi morto durante um ataque, Roberts foi eleito capitão e, como primeiro ato, vingou brutalmente a morte de Davis. Roberts foi elegante e vaidoso, com gosto por roupas finas, coloridas e joias requintadas. As suas descrições, sem dúvida, tiveram um impacto sobre a forma como os piratas são retratados em Hollywood. Relatos históricos contam que Roberts usava calças vermelhas, uma faixa na cintura e sobretudo. Um chapéu de formato triangular era sua marca registrada, assim como uma cruz incrustada de diamantes, que ele usava em uma corrente de ouro.

Como a cruz indica, Roberts era um homem estranhamente piedoso. Ele manteve serviços religiosos a bordo e nunca atacou aos domingos. Também proibiu o consumo de álcool, os jogos de azar e a prostituição em seu navio. Para evitar deserções, Roberts não ancorava em portos hospitaleiros e, muitas vezes, permanecia no mar por longos períodos de tempo. Em fevereiro de 1722, Roberts foi enganado por um navio de guerra britânico sob o comando de Chaloner Ogle. Levantando as cores francesas, Ogle chegou perto o suficiente para matar o pirata em duas trocas de fogo cruzado, com um tiro no pescoço. A desapontada tripulação jogou seu corpo ao mar, cumprindo uma promessa de não permitir que fosse capturado em vida ou em morte.

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BARREIRA DE

CORAIS

A natureza em sua forma pura DESFRUTE DE UM MINUCIOSO PASSEIO PELA MARAVILHOSA VIDA SELVAGEM DA GRANDE BARREIRA DE CORAIS AUSTRALIANA NESSES SEIS LUGARES DESLUMBRANTES Por Kara Murphy

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Recifes Flynn Jardins de corais, peixespalhaço, tartarugas-de-pente e relativa proximidade (60 km) de Cairns (considerada a porta de entrada da Grande Barreira) fazem da ilha Flynn Reef, de 4,2 km2, popular entre os mergulhadores amadores, agentes de turismo e charters. Mas vale a pena ficar um pouco mais para conhecer seu morador memorável, o quase extinto peixe Labro (também conhecido como Napoleão ou Maori). Com quase dois metros de comprimento, estes peixes multicoloridos aparecem na popa de seu barco ostentando grandes lábios e uma corcunda em sua testa que assusta no primeiro encontro. Este peixe é hermafrodita: quando um macho alfa morre, uma fêmea muda de sexo e se torna o novo alfa. E, curiosamente, ele chega perto o suficiente a ponto de “beijar” o seu regulador de ar. Possivelmente ele adquiriu um gosto por bolhas?

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barreira de corais

Ilhas Orpheus Aproximadamente 1.100 das 1.625 espécies de peixes da Grande Barreira cercam a ilha Orpheus, uma montanhosa ilha a 42 milhas náuticas ao norte de Townsville. A sua mais famosa característica subaquática é o jardim de moluscos gigantes em seu lado ocidental, na abrigada Hazard Bay, perto do privativo Orpheus Island Resort. Aqui, centenas de moluscos descansam em um fundo de areia, muitos agrupados perto o suficiente que você toca suas conchas. Aponte sua lanterna de mergulho para os seus mantos marrom dourado, amarelo e verde, que, graças a inserção de luz, muitas vezes aparecem na cor turquesa ou roxo. Ao chegar bem perto, no entanto, as conchas fecham parcialmente. orpheus.com.au

Cod Hole Fora dos recifes, ao norte do parque e 12 milhas náuticas a leste da ilha Lizard está o Cod Hole. É um dos lugares favoritos dos mergulhadores, graças à sua enorme quantidade de peixes que lá residem, incluindo grande bacalhau que pode chegar a dois metros de comprimento e 100 quios.

ANNE HOGGETT / LIZARD ISLAND RESEARCH STATION

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Se o instrutor de mergulho levar petiscos para estes peixes, eles se aproximarão assim que entrar na água e o seguirão como cães fieis. Com profundidade beirando os 15 metros, o local é excelente também para os entusiastas de fotografias marinhas. No entanto, a embarcação deve ter uma licença especial para poder navegar por essas águas.


Ilha Lady Elliot Imagine-se flutuando em uma lagoa pouco acima de um tapete de pepinos do mar e corais. Uma jovem tartaruga marinha praticamente dança nas águas ao seu lado e olha para você com seus grandes olhos negros. Nas águas protegidas em torno da ilha Lady Elliot, um espaço de 450 Km2 de recife de coral no extremo sul do Great Barrier Reef Marine Park, tal encontro não é incomum. Mergulhe no lado leste da ilha, em frente ao Lady Elliot Island Eco Resort, e você também verá tubarões de recife, peixes avermelhados e elegantes arraias da espécie Manta (uma das maiores existentes). A ilha seduz os amantes da natureza em terra também. De setembro a março, milhares de aves fazem seus ninhos e dão cria nas árvores. Entre novembro e março, as ameaçadas de extinção tartarugas verde e cabeçuda vão até as areias e sob as estrelas, botam seus ovos. E, de fevereiro a abril, os preciosos filhotes nascem e correm em direção às mesmas águas. ladyelliot.com.au

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barreira de corais

Recifes Riboon Os Recifes Riboon – uma série de recifes exteriores a nordeste de Cairns, perto da borda da plataforma continental – são magníficos de se ver, tanto debaixo d'água como pelo ar. Entre junho e meados de julho, a migração de baleias minke (conhecidas como baleias anãs), que atingem até oito metros de comprimento, pode ser vista por fora da extremidade sul da barreira neste ponto. Operadores licenciados da Eye to Eye Marine Encounters oferecem passeios para observar os animais. Quando as baleias adultas sem os filhotes nadam a menos de 100 metros de distância (mas não mais perto do que 30 metros), pode entrar tranquilamente na água e se prender em um cabo a espera da aproximação dos curiosos cetáceos. Para evitar assustá-los, não faça contato físico (que é ilegal) ou fotografe com flash. Se eles se sentirem confortáveis, essa incrível experiência poderá durar por horas. marineencounters.com.au

Mission Beach Mission Beach, distante 40 km dos recifes, é o habitat do magnífico cassowary, segunda ave mais pesada do mundo. Veja os machos de menor tamanho cuidando das crias, enquanto as solitárias fêmeas buscam seus alimentos (geralmente frutas) entre o entardecer e o amanhecer. Mas mantenha os olhos abertos, pois apesar de tímidos, são ferozes. missionbeachtourism.com

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Tierra Patagônia

Beleza chilena NATUREZA SELVAGEM, PAISAGENS DESLUMBRANTES, ALIADOS AO CONFORTO, LUXO E REQUINTE DO TIERRA PATAGÔNIA HOTEL & SPA. ESSA É A MISTURA PERFEITA PARA QUEM DESEJA DESBRAVAR UMA DAS REGIÕES MAIS INTRIGANTES E FASCINANTES DO PLANETA E O MELHOR DE TUDO, FICA LOGO ALI, NO CHILE

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Tierra Patagônia

L

ocalizado a beira do lago Sarmiento, o Tierra Patagônia oferece serviço completo para quem busca conforto, sofisticação e natureza selvagem. Dentro do hotel, que tem um projeto arquitetônico impressionante, marca registrada do grupo Tierra, que é composto também pelo Tierra Chiloé e Tierra Atacama. Tudo gira em torno das famosas Torres del Paine, três lindos pináculos de granito cobertos de neve no topo, que também dão nome ao parque nacional que ocupa 242.242 hectares e recebe cerca de 150.000 visitantes ao ano. Muitas opções de trilhas e passeios estão disponíveis para os hóspedes, o próprio hotel oferece dois passeios por dia com guias chilenos próprios para diversos perfis de

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aventureiro. Que tal uma caminhada de 22km rumo ao topo das torres, que possui um belo lago criado pelo degelo da neve? Se você acha um pouco demais, que tal desfrutar de uma linda cavalgada pelos pampas e finalizar com um típico assado patagônico de carneiro? As opções são inúmeras e incluem jornadas de meio dia ou de um dia inteiro, deixando para os hospedes a decisão de qual será o ritmo do seu dia. Quando retornar ao hotel delicie-se no SPA, na piscina aquecida, Jacuzzi ao ar livre, tudo isso acompanhado de um belo vinho chileno ou um tradicional Pisco Sour enquanto um delicioso jantar será preparado. Esse, aliás, é um excelente complemento do hotel, que inclui em suas tarifas os serviços All-inclusive de bebidas e comidas.


O que levar na mala? As temperaturas na Patagônia são geralmente baixas e venta muito. Por isso sugerimos que você leve os seguintes itens:

Jaqueta à prova d’água e de vento (waterproof/ windproof)

• •

Blusa de fleece

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Calças impermeáveis;

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Óculos de sol;

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Câmera fotógráfica;

Sapatos de trekking ou botas de excursão, preferencialmente impermeáveis;

Luvas impermeáveis; Roupa de banho para usar na piscina do hotel;

Protetores (solar e labial); Gorros; Mochila para levar roupas e acessórios durante as excursões;

Binóculos para observação de aves e animais.

A norma de vestimenta no hotel na hora das refeições é casual.

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Tierra Patagônia

Ao fundo do lago Sarmiento encontram-se os pináculos de granito que dão nome ao parque Torres del Paine

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O hotel é construído em madeira nativa Lenga que garante conforto e chame para os hóspedes

Para chegar ao hotel existem duas opções: de carro saindo de Santiago, aproveite uma noite na capital chilena antes seguir viagem pela famosa rota Panamericana (cerca de 2.800 km), para que tem mais tempo ou de uma forma bem mais rápida, voando de Santiago até Punta Arenas. Do aeroporto de Punta Arenas, vans do próprio hotel te levarão com conforto através das paisagens da Patagônia por cerca de 4 horas, com direito a uma parada no meio do caminho para um delicioso chá. Durante o trajeto os hóspedes já começam a se integrar a fauna local devido ao enorme número de Guanacos (animal semelhante as lhamas), ovelhas de criação, coelhos selvagens, raposas e tatus. Quem sabe você não é uma pessoa de sorte e avista um Puma caçando sua presa? Sim, o parque possui uma

enorme quantidade de Pumas que pouco a pouco vão deixando o risco de extinção para trás. O clima na Patagônia pode ser extremo, com neve, vento e muito frio, mas também dias ensolarados e perfeitos para atividades ao ar livre não são raros. Os guias brincam que é possível ter neve, chuva, vento e muito sol, tudo no mesmo dia, portanto na hora de fazer as malas esteja preparado. O hotel fecha a partir do final maio até inicio de setembro, justamente pelas condições climáticas. Se você estiver pensando para suas próximas férias um passeio com a família ou até mesmo uma viagem em casal, o sul do Chile com certeza será o destino perfeito para você se reaproximar da simplicidade, grandeza e beleza intocada da natureza ao redor do Tierra Patagônia.

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Tierra Patagônia

Documentação

Onde ficar

O Chile faz parte do Mercosul e por este motivo o passaporte não é obrigatório. Contudo, é imprescindível a apresentação do RG original emitido há menos de 10 anos e em bom estado. A Carteira de Habilitação não é aceita.

Santiago Hotel Luciano K Merced 84, Bairro Lastarria, Santiago – Chile +56 (2) 2620 0900 www.lucianokhotel.com/pt

Fuso horário O horário chileno é diferente do de Brasília em algumas épocas do ano. Por isso, fique atento aos embarques e conexões. Vale a pena checar o site www.timeanddate. com/worldclock um dia antes da viagem.

Patagônia Tierra Patagônia Hotel & Spa Torres del Paine National Park, Patagonia – Chile +56 (2) 2207 8861 www.tierrahotels.com

Câmbio No aeroporto de Santiago, ainda no desembarque internacional, há uma loja da AFEX, onde se pode fazer câmbio de moedas.

Como chegar Brasil – Santiago Santiago – Punta Arenas ou Santiago – Puerto Natales (voos não tão periódicos)

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terra firme

Eventos, acontecimentos, turismo & gastronomia no mundo nĂĄutico

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Taiwan Int’l Boat Show 2016

A consolidação de um novo mercado APÓS DOIS ANOS DO PRIMEIRO EVENTO NÁUTICO DA HISTÓRIA DE TAIWAN, VOLTAMOS PARA A SEGUNDA EDIÇÃO QUE COLOCOU O PAÍS EM DESTAQUE GLOBAL. FOMOS CONFERIR O QUE MUDOU NESSE PERÍODO E O QUE ACONTECEU COM A INDÚSTRIA NÁUTICA LOCAL Por Caio Ambrosio

O SUCESSO DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO TAIWAN INT’L BOAT SHOW (TIBS) é algo indiscutível. Muito foi comentado nos dias da feira e após ela. Na ocasião a Boat Shopping estava presente, acompanhando de perto aquele momento histórico para o país, que até então, não podia comprar barcos de esporte e recreio. O mundo estava de olho no que acontecia pelos corredores do Kaohsiung Exhibition Center (KEC). Os mais importantes veículos de comunicação publicavam em tempo real todo o tipo de informação sobre o TIBS. Passada essa euforia do nascimento de um novo mercado em pleno 2014, a convite da TAITRA (Taiwan External Trade Development Council), fomos novamente para a segunda edição do evento, que contou com 1005 stands de 10 países distintos, inclusive o Brasil foi representado pela Colunna Yachts, através de um dealer local. Os números são impressionantes como o maior evento indoor da Ásia deve ser.

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terra firme

A agenda foi apertada e nos dias de evento visitamos diversas empresas locais. Todos relataram como o mercado mudou em apenas dois anos. O melhor exemplo para ilustrar esse potencial mercado em ascensão é a chegada de estaleiros internacionais ao país através de representantes locais. Muitas marcas da Europa e EUA estavam presentes, prestigiando esse encantador país, que foi colocado no cenário global. O maior construtor local e quinto maior do mundo, em números de pedido em 2015, a Horizon Yachts, fez o lançamento no que pode ser o novo carro chefe do estaleiro, um barco de 85 pés e 6,5 milhões de dólares, desenhado pelo renomado Cor D. Rover. O barco apresenta diversas soluções de mega iates em apenas 85 pés. Já a Princess, relatou que em apenas 5 meses de atividade, já vendeu uma unidade para um cidadão taiwanês. A venda da primeira S72 para o país, representa que eles estão abertos a conhecer novas marcas e todo o luxo que o mercado náutico tem a oferecer. A Colunna Yachts, levou um Jet Boat e chamou muita atenção dos locais, que faziam fila para conhecer a novidade.

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MERCADO

O mercado local está aberto para receber empresas de outros países para construir barcos lá. A qualidade de construção e tecnologia são inquestionáveis e estão de portas abertas para receber outros países na pequena ilha. Para nós brasileiros, muitas empresas podem fazer negócio com o país. Todas as peças podem ser construídas lá e a logística é muito fácil, basta enviar por contêiner ou qualquer transportadora global. Em uma recente matéria publicada pela Folha de São Paulo, o custo de trazer um contêiner da China para o Brasil, está mais barato do que mandar um motoboy para Campinas, ou seja, não existe empecilho para isso, basta coordenar as datas de entrega. Este ano tivemos a oportunidade de convidar uma empresa importadora e com alguns pré-requisitos determinados pela TAITRA. Nessa oportunidade, a Marine Express foi a convidada brasileira, que teve a oportunidade de conhecer a segunda edição da feira, bem como os produtos locais. Muitos contatos foram feitos e em breve teremos alguns produtos disponíveis aqui no Brasil.

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terra firme marina do mês

Marina Nacionais

PA

MA

CE RN

HISTÓRIA › Início: A Marinas Nacionais foi a primeira marina brasileira e começou a operar em 1979, após levantar um hangar com capacidade para 20 barcos. Nos anos 70 e 80, o conceito de marina, enquanto complexo de atividades com TO infraestrutura náutica e de lazer, não havia se difundido no Brasil. Com exceção dos Iate Clube de Santos e do Rio de Janeiro, existiam apenas garagens náuticas. › Objetivo: Prover aos clientes o melhor em infraestrutura, serviços e DF segurança na guarda e manutenção de embarcações, em harmonia com o meio ambiente. Há dois anos GO certificada com a Bandeira Azul. › Fundação: Fundada em 1975 e começou a operar em 1979 Diretoria Atual: Juan Alfredo Rodriguez

MG SP

PR

SERVIÇO › Canal de rádio: 68/69/74 VHF Delta 45

› Site: www.marinasnacionais.com.br SC

› Contato: (13) 3305-1421 / atendimento@marinasnacionais.com.br › Endereço por terra: Rodovia Guarujá/ Bertioga km 20,5, Guarujá, SP › Endereço por mar: 23°52'16.4"S 46°09'13.1"W

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PB

PI

PE AL SE BA

INFRAESTRUTURA

ENTRETENIMENTO

› Tamanho: a Marinas Nacionais ocupa uma área de 144.000 m², com saída para o Canal de Bertioga.

› Lazer: Piscina com vestiários equipados com sauna, píeres com fornecimento de água tratada, tomadas de energia elétrica com caixa de disjuntor, wi-fi e tv a cabo

› Vagas: São 163 vagas molhadas (três para visitantes), flutuantes para barcos e veleiros e mais 600 vagas (60 para motonáuticas) em oito hangares, sendo dois deles de empilhamento.ES › Segurança: segurança 24 horas por dia, monitorada por 32 câmeras de segurança, duas com zoom de 220x ›RJ Equipamento: Dois guindastes travelift, um deles com capacidade para embarcações de até 80 toneladas e boca de 6,8 metros e outro para até 45 toneladas e 6 metros de boca, são cinco tratores, duas empilhadeiras para até 7 toneladas e para as motonáuticas, são duas com capacidade para 2,5 toneladas. Dois Forklift (empilhadeira negativa) retiram barcos de até 32 pés da água › Visitantes: Sob consulta

› Gastronomia: Restaurante La Marina. São dois confortáveis ambientes. Os quiosques com portas de vidros deslizantes proporcionam uma visão panorâmica do Canal de Bertioga. O salão é equipado com ar condicionado. O bar foi ampliado e integrado à piscina. › Agenda: Eventos o ano inteiro de parceiros da marina


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POWER é navegar confiante, com a força dos motores Scania. Quem navega precisa estar pronto para enfrentar a tempestade e a calmaria. Quem patrulha precisa ter força e velocidade para fazer buscas e resgates. Quem pesca ou transporta cargas nem pode pensar em ficar à deriva. Pense nisso. Pense nos motores Scania. Potência, robustez e tecnologia para impulsionar embarcações e negócios. Motores econômicos, de alto desempenho e baixo custo operacional. Scania. Aponte seu leme para cá.

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a bordo

As principais competições e estrelas do cenário náutico

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No ritmo

caribenho Uma frota de 21 dos mais belos e impressionantes veleiros do mundo se reuniu durante três dias nas Ilhas Virgens Britânicas para a disputa da 6ª edição da Loro Piana Caribbean Superyacht Regatta & Rendezvous

Fotos Carlo Borlenghi/Boat International Media

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a bordo

A

s águas cristalinas das Ilhas Virgens Britânicas receberam novamente os modernos e luxuosos veleiros de várias partes do globo para a 6ª edição da Loro Piana Caribbean Superyacht Regatta & Rendezvous, disputada entre 9 e 12 de março. Organizada pelo Yacht Club Costa Smeralda e pela Boat International Media, a regata cresce anualmente e se torna um evento chave no calendário caribenho. Aberto a veleiros com mais de 80 pés de comprimento, a regata compreende corridas pela costa e ao redor das ilhas, além de um cronograma que envolve proprietários de barcos e equipes ocupados no mar e em terra. O início da competição não decepcionou. Sol forte, céu azul e ventos entre 18 e 22 nós (mais rápidos do que o habitual para a região) formaram o cenário para a frota de 21 veleiros distribuídos em quatro categorias.

Os majestosos e modernos veleiros de mais de 80 pés desfilam por águas cristalinas e proporcionam boas e acirradas disputas

A Comissão de Regata estipulou que neste primeiro dia as Classes C e D deveriam dar a volta sentido horário na ilha de Virgin Gorda, em um percurso de 25 milhas náuticas, enquanto as Classes A e B seguiram a estibordo para a ilha de Ginger, em quase 30 milhas de percurso. Após quatro horas de disputas, as tripulações do Nilaya (34 metros), Unfurled (46 metros), Seahawk (59 metros) e Freya (28 metros) terminaram o dia na frente nas categorias de A a D, respectivamente. Na manhã seguinte o trajeto uniu todos os competidores ao entorno das menores ilhas do arquipélago. Essa segunda etapa deixou a Classe A completamente equilibrada, com a vitória de Inoui e a segunda colocação da embarcação Nilaya. Ambos empataram na classificação e a decisão ficou para o último dia.

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A derradeira corrida começou emocionante, com ventos de 20 a 24 nós, além da tensão existente pelas definições dos vencedores. A disputa da Classe A foi a mais equilibrada e começou dramática para a tripulação do Nilaya, que teve a vela balão rasgada ao final da primeira perna de vento, mas conseguiu se recuperar, garantindo o título. “Antes do incidente, começamos muito bem a prova. Somos um pouco mais rápido a favor do vento, enquanto o Inoui é um pouco mais rápido contra o vento. Então chegamos à frente na primeira marcação e, em seguida, conseguimos manter a vantagem”, analisou Bouwe Bekking, integrante do Nilaya. Na Classe B houve um vencedor diferente a cada dia, então, a regularidade foi o fator determinante para a vitória. O veleiro P2 levou a melhor e contou com o tropeço do principal rival Hetairos, que terminou em quinto lugar na última perna. A Classe C foi dominada pelo Seahawk, que venceu os dois primeiros dias e terminou a última corrida em segundo. Por fim, o veleiro Freya foi o vencedor indiscutível da Classe D, com 100% de aproveitamento. CLASSIFICAÇÃO CLASSE A Col.

Veleiro

Pontos Perdidos

Nilaya

4

2º 3º

Inoui Samurai

5 9

CLASSE B Col.

Veleiro

Pontos Perdidos

P2

7

Hetairos

8

Unfurled

9

CLASSE C OVERALL Col.

Veleiro

Pontos Perdidos

Seahawk

4

Bella Ragazza

7

Ohana

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CLASSE D Col.

Veleiro

Pontos Perdidos

Freya

3

Maegan

6

Blues

9

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a bordo

VELA BRASILEIRA PREPARADA PARA AS OLIMPÍADAS Equipe Brasileira de Vela conquistou duas medalhas de prata na etapa de Hyères da Copa do Mundo da ISAF

FOTOS JESUS RENEDO/SAILING ENERGY

A Equipe Brasileira de Vela conquistou duas medalhas de prata na última competição antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016 em que o time esteve reunido. No dia 1º de maio, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan (na classe 470 feminina), e Martine Grael e Kahena Kunze (na 49erFX) terminaram em segundo após a disputa das regatas da medalha na tradicional etapa de Hyères, França, da Copa do Mundo da Federação Internacional de Vela (ISAF). Dos 15 velejadores brasileiros classificados para o maior evento esportivo do planeta, 12 competiram na cidade francesa. “Encerramos as competições internacionais este ano muito felizes, pois conseguimos ir ao pódio em cinco dos seis campeonatos que disputamos. Fizemos o nosso melhor nestes quatro meses e agora partimos para os ajustes finais para os Jogos Olímpicos”, afirmou Fernanda.

FLOTILHA DE HPE NA GUARAPIRANGA

A 11ª edição do Campeonato Paulista de HPE aconteceu em dois finais de semana de abril e corou o quarteto formado por Breno Chvaicer, José Monteiro, Ronion Silva e Gabriel Silva, que a bordo do Ginga, faturou o quinto título estadual, sendo o quarto consecutivo. “O desempenho foi muito bom da nossa equipe! Até a última regata nada estava decidido, o que aumentou o nível das provas. Foram muitas trocas de posições, mas prevaleceu o nosso entrosamento e a calma nos momentos de maior dificuldade’’, disse o comandante Breno Chvaicer. Os velejadores e a organização aprovaram a variação de mar para represa, o que ampliou a flotilha na capital paulista. “Foi um campeonato muito acirrado na represa, com regatas pegadas e mudanças de posição a cada montagem de boia. Velejar na represa é diferente, pois o vento ronda demais, o que exige mais atenção dos atletas.’’, disse Cuca Sodré, representante da comissão de regatas.

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FOTOS FLÁVIO PEREZ/ONBOARDSPORTS

O Campeonato Paulista da classe teve como palco a represa paulista pela primeira vez


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COPA VELEIROS DE OCEANO DE VENTO EM POPA Terceira etapa da temporada foi marcada por ventos nordeste

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FOTO DANILO CABOCLO/ICSC

Em um lindo dia de sol e ventos nordeste de 10 a 12 nós (entre 20 e 25 km/h), 19 embarcações da flotilha de vela oceânica do Iate Clube de Santa Catarina se reuniram no dia 17 de abril para realização da Regata Fortalezas, válida pela 3ª etapa da Copa Veleiros de Oceano. Com largada na Baía Norte, próximo ao Trapiche da Avenida Beira Mar, as tripulações iniciaram a regata com contravento rumo ao norte da Ilha, passando por Ilha de Ratones, Forte de São José de Ponta Grossa, Ilha de Anhatomirim e retornando a Ilha de Ratones antes da chegada. Campeão brasileiro na classe ORC, o Catuana Kim manteve a ótima fase e após o tempo corrigido superou o Melody 5 em pouco mais de três minutos para conquistar mais uma vitória na temporada. Pela C30, a tripulação do Zeus Team acabou na frente com apenas um minuto e doze segundos de vantagem para o vice-campeão da etapa, o Corta Vento. Classe com maior número de embarcações, a RGS A teve como grande vencedor a embarcação Plancton. Já na RGS B, o Tintiun levou a melhor sobre o Vingador, enquanto na RGS C o Carino foi o vitorioso, com uma excelente velejada. A próxima etapa acontecerá em junho, com a realização da Regata Tripulação.

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MUNDIAL DE STAR

Campeão mundial na classe Star em 2007, 2011 e 2012 (ao lado de Robert Scheidt), o proeiro Bruno Prada faturou seu quarto título no dia 17 de abril, dessa vez com o timoneiro americano Augie Diaz. Após a disputa de seis regatas ao longo da semana, em Miami, a dupla encerrou a competição com 14 pontos perdidos. Os italianos Diego Negri e Sergio Lambertenghi ficaram em segundo, com 16, enquanto os americanos Brian Ledbetter e Joshua Revkin terminaram em terceiro, com 25. O Brasil teve outros representantes no Mundial de Star. Campeões em 2015, Lars Grael e Samuel Gonçalves terminaram em quarto, com 38 pontos perdidos. Torben Grael e Guilherme Almeida ficaram em 12º, Alessandro Pascolato e Henry Boening terminaram em 18º, Admar Gonzaga e Alex de Freitas ficaram em 36º e Frederico Viegas e Renato Moura ocuparam a 50º colocação.

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FOTOS MARCO OQUENDO

Brasileiro Bruno Prada conquista o tetracampeonato mundial da classe nos EUA


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coluna nasseh

ESCREVENDO UM MANUAL

DO PROPRIETÁRIO Um dos primeiros trabalhos que um engenheiro naval ganha quando começa a trabalhar em um estaleiro é escrever um manual do proprietário

Jorge Nasseh é engenheiro naval, mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites

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evo confessar que este não é um trabalho para mim e, por sorte, nunca me pediram isto. Mas os engenheiros mais novos que trabalham comigo frequentemente estão envolvidos em escrever especificações e manuais para as mais diversas finalidades. O problema de escrever um manual é que uma ou duas informações erradas impressas ou digitalizadas podem ser fatais e arruinar todo o trabalho e, certamente, implicam em tirar toda a credibilidade do resto do material. Certamente o dono do barco, seu comandante ou marinheiro, jogariam o manual pela borda a fora. A confiabilidade é o item mais importante do trabalho.

Quando comecei a construir barcos, os manuais eram um conjunto de poucas folhas impressas que o dono da embarcação recebia na data da entrega do barco. Mas hoje em dia, na era digital, onde tudo está na internet, não existem desculpas para o estaleiro não produzir um documento fiel à construção do modelo. A situação se complica um pouco quando o estaleiro não consegue vender e fabricar dois barcos com os sistemas idênticos. Isto, aliás, é típico de fabricantes que não têm produção em grande escala. Mesmo barcos acima de 30 pés possuem especificações diferentes. Barcos maiores são, de fato, um problema.


Com exceção do casco de fibra de vidro, que é praticamente padrão entre todos os exemplares da série, as modificações ou versões têm motor, caixa de reversão, hélice, gerador, sistemas de ar-condicionado, painel elétrico e acessórios opcionais diferentes. Outro problema também é que a localização de cada um deles muda de barco para barco, implicando em mudanças na distribuição de peso, centro de gravidade e ângulo como o barco plana. O comportamento no mar, assim como a velocidade final e de cruzeiro, também são diferentes. Editar uma só versão do manual não cobrirá todos os barcos produzidos daquele modelo. Agora, imaginem ter que modificar cada manual do proprietário para cada barco vendido? Para o construtor, no fundo, o manual, além de ser um item obrigatório requerido pela Capitania dos Portos para registrar um barco, serve para proteger o próprio fabricante contra algum mau

uso da embarcação que poderá gerar um processo administrativo contra ele. No manual sempre devem constar todos os sinais de ALERTA, CUIDADO e PERIGO. Embora isto seja bem verdade, não se espera que o estaleiro contrate advogados para escrevê-lo, mas certamente eles lerão antes de ser publicado. Quem coordena a confecção do manual, seja ele produzido pelo próprio staff no

ressante do que símbolos de engenharia para circuitos elétricos, que nem mesmo eu compreendo. Uma boa tática é criar versões para tablet ou telefone móvel, de modo que o comandante possa chegar do lado do equipamento a ser inspecionado e explodir a figura em detalhes. Diagramas valem mais que mil palavras. Para um construtor global, que desenvolve o projeto na Itália, contrata a confecção do manual na Índia, constrói o barco na China e vende no Oriente Médio, por exemplo, o desafio é muito maior. A melhor maneira é começar com uma expedição no barco e catalogar algumas centenas de fotos em alta definição de cada equipamento e sistema com sua localização precisa. Se for necessário, use sempre uma escala no quadro da foto. Assim será possível escrever a primeira versão do manual que deve ter o link do fabricante e modelo de cada equipamento. Com um ou dois toques na tela é possível descobri tudo sobre o funcionamento do sistema. A ANBT e a ACOBAR acham que o manual do proprietário é tão importante que dedicaram

Hoje em dia, com a era digital, não existem desculpas para o estaleiro não produzir um manual fiel à construção do modelo estaleiro ou terceirizado por uma empresa especializada, tem que evitar que o dono do barco pegue o telefone e ligue para tirar alguma dúvida com você. Hoje em dia, os manuais devem ter diagramas com todos os sistemas de bordo e serem fáceis e acessíveis de ler. Usar fotos com o equipamento real é mais inte-

um capítulo na NBER-14575 (Requerimento para a Construção de Embarcações de Recreio) que pode servir como roteiro do que é importante constar em qualquer documento. No final, um bom manual funciona para os dois lados: o construtor oferece um bom produto e o cliente fica satisfeito. Certamente vai voltar!

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coluna capitão

ENFARTO A BORDO Iniciaremos uma série de artigos de acidentes a bordo e primeiros socorros, sendo estimulado a escrever devido a acontecimentos com tripulantes de embarcações de esporte e recreio, inclusive comigo

Marco Antonio Ferrari Carneiro é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teóricos e práticos de navegação e segurança marítima

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audações, navegadores! Transportei um veleiro que foi abandonado em alto mar, no sul da Bahia, durante uma ocorrência de enfarte a bordo em seu comandante, onde foi solicitado o socorro via rádio. Após serem socorridos por um navio mercante, foi acionada a lancha de apoio do IBAMA em Abrolhos, que levou o comandante do veleiro para Caravelas e, no cais, foi transportado pelo serviço de saúde municipal da cidade para o hospital local e, posteriormente, para outro hospital em Teixeira de Freitas, BA. Depois do susto, o comandante e esposa voltaram para seu país de origem, onde se encontra em tratamento e recuperando para voltar ao Brasil par continuar sua vida de velejador.

Mas o que salvou esse velejador? Sorte? Não, foi graças a todo um preparo e um plano de contingência e emergência acionado. Vamos entender o caso. Antes de sair para velejar, os tripulantes fizeram um check-up, já detectado um problema cardíaco não impeditivo, porém que exigisse atenção na viagem. Realizaram um curso de primeiros socorros e receberam informações de seus médicos de confiança. Também possuíam medicamentos específicos para o quadro clínico, adquiriram um DEA (Desfibrilador Externo Automático) e aprenderam a manuseá-lo, além de saber utilizar o rádio VHF. Mas com todos esses cuidados, por que ocorreu o fato? O mar e um barco, principalmente


de 47 pés, exigem dos navegadores, em algumas situações, o máximo da mente e do corpo, levando a fazer esforços não desejados, daí o acidente. E o que fazer para evitar ou, caso ocorra, como proceder nessa situação? Primeiro a prevenção: um bom exame físico, evitar esforços principalmente em dias de calor. Em 2015 tivemos óbitos a bordo por simples troca e conserto de privadas, onde colegas enfartaram em uma tarefa que não exige esforço monumental. Faça cursos de primeiros socorros e utilize rádios marítimos (o celular pode estar fora de área) e, claro, ensine outras pessoas o uso básico do rádio, atividade que faço em minhas aulas para famílias.

COMO PERCEBER QUE UM TRIPULANTE ESTÁ ENFARTANDO? VEJA OS DEZ PRINCIPAIS SINTOMAS:

1.

2. Dor no peito,

Ansiedade, se sentindo incomodado, mas diz que não é nada;

podendo irradiar do lado esquerdo, da mandíbula ao umbigo;

4. Palpitação

5. Falta de ar;

cardíaca, devido às arritmias cardíacas;

e vômito, confundido com enjoo;

7.

Sudorese. Aqui o tripulante pensa que é pelo calor e pela atividade física;

6. Tosse seca; 8. Fraqueza

O mar e um barco de médio a grande porte exigem esforços do corpo e mente

3. Náusea

excessiva e repentina;

9. Tontura; 10. Desmaio.

O QUE FAZER?

1. Chame imediatamente o serviço de resgate

2. Mantenha a vítima

via rádio, canal 16 VHF: Fale: “mayday, mayday, mayday”, nome da embarcação, a localização, o tipo de emergência e a ajuda que precisa;

deitada sobre o ombro direito e afrouxe as roupas dela;

4. Se ela entrar em parada cardíaca inicie

Espero ter esclarecido um pouco. Boas navegadas!

os procedimentos de reanimação ou use o DEA. (falaremos em outro artigo);

5.

6. Só medicar se o tripulante estiver consciente e com medicamentos receitados pelo médico pessoal.

3. Transmita calma;

Se tiver alguém que saiba navegar, vá até o porto mais próximo para resgate;

*Dedico este artigo a todos aqueles que salvaram o velejador no sul da Bahia em março de 2016, entre eles o Sargento Morais, da Marinha do Brasil (responsável pela área de Caravelas, BA, durante o resgate), Thomas da operadora Apecatu, a tripulação do navio mercante, da lancha do IBAMA, pessoal da saúde de Caravelas e Teixeira de Freitas, Capitania dos Portos de Porto Seguro e ao Comando do 2º Distrito Naval da Marinha do Brasil em Salvador.

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coluna um homem do mar

ONDE E COMO SE FORMA

UM MARINHEIRO DE ESPORTE E RECREIO? Esse assunto é tão polêmico que se contasse todos os casos que já ouvi e vivi, daria para escrever um livro. É um complexo novelo que ninguém sabe ao certo por onde puxar

Ricardo Machion é navegador oceânico, palestrante sobre segurança de navegação aplicada a atividades esportivas e fundador da “Um Homem do Mar”, marketing náutico.

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audações marinheiras! A procura é quase absoluta por um capitão para o posto de comandante de uma embarcação, mas você sabe exatamente a utilidade da habilitação de capitão? Não conheço dados estatísticos, mas acredito que de todos os navegadores brasileiros habilitados, cerca de 60% devem ser arrais, 30% mestre e 10% capitão. Qualquer uma das opções são para amadores de esporte e recreio e, salvo arrais e motonauta, que recentemente tornou obrigatória a aula prática, as outras habilitações são tiradas sem qualquer tipo de experiência comprovada, uma vez

que no Brasil não existe distinção para habilitação à vela ou a motor, por exemplo. Para aqueles que não vieram de uma família associada ao universo náutico, a caminhada é árdua e longa. No Brasil, os marinheiros se dividem basicamente em duas frentes. A primeira envolve serviços avulsos, como limpeza e manutenção, que em geral ocupam esses postos por intermédio de amigos ou parentes já empregados nos clubes e marinas e, muitas vezes, chegam a trabalhar em várias embarcações simultaneamente. Muitos não possuem qualquer experiência, qualificação específica e perspectiva de crescimento profissional.


Dentro desse universo alguns são habilitados como arrais e executam com certa regularidade pequenas manobras no píer, com embarcações com tamanhos entre 40 e 50 pés. Por vezes, acompanham os proprietários em navegadas diurnas no verão, onde conseguem praticar um pouco da navegação propriamente dita, e navegando muito pouco no período compreendido entre março e outubro. A outra frente se refere aos navegadores de formação, fatia que vem crescendo com as importações e produções dos estaleiros nacionais acima de 50 pés. Muitos praticamente cresceram nos iate clubes e marinas (onde a cultura náutica é transmitida de maneira prática) e chegam à idade adulta necessária para sua primeira habilitação (arrais) mais experientes que muitos capitães.

Muitos proprietários preferem um capitão a um mestre experiente por puro desconhecimento de suas habilidades

Boa parte também possui fluência em vários idiomas. Isso facilita bastante, pois muitos equipamentos têm sua configuração básica em inglês. E caso decidam, em algum momento, transformar o prazer em ofício, se torna um diferencial, já que o nível de experiência é bastante avançado e não existem grandes oportunidades para que esses marinheiros de serviço desenvolvam habilidades para alcançarem postos de comando.

Muitos proprietários buscam por um capitão, pois por puro desconhecimento entre suas diferenças, excluem a possibilidade de contratar um mestre experiente. Em geral, muitos dos capitães que conheço são oriundos da vela oceânica e, como são barcos que navegam mais do que lanchas, o marinheiro ligado a essa navegação tem mais oportunidades de permanecer embarcado, conhecer com maior profundidade os equipamentos eletrônicos e ficar exposto às diferentes condições climáticas, formando navegadores completos. Como boa parte de nossa navegação é costeira, não temos a cultura de longas navegadas recreativas e nossas embarcações que navegam a maior parte do tempo não possuem grandes recursos para pernoites fora dos limites costeiros. Por isso, a menos que você queira cruzar longas distâncias oceânicas, um mestre experiente é uma ótima opção de formação na marinharia brasileira. Até a próxima!

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