Era uma vez

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DIA DO CONTO Era uma vez…

OS MELHORES CONTOS DA ATIVIDADE PROMOVIDA PELO GRUPO DE PORTUGUÊS DO 2º CICLO.

“DIA DO CONTO”, INICIATIVA EXCELENTE PARA A PROMOÇÃO DA ESCRITA E DA LEITURA.

Editado pela biblioteca da EBLC – 2014-15


Índice

o

1º classificado/ 5º ano: Inês Maciel, nº 12, 5ºE…………………………Pág. 2

o

2º classificado/ 5º ano: Inês Moreira, nº 14, 5ºA ……………………..Pág. 3

o 3º classificado/ 5º ano: José Pedro Gil, nº 10, 5º F……………………Pág. 4

o

1º classificado/ 6º ano: Anais Mendes, nº 6, 6º A………………….Pág. 5,6

o

2º classificado/ 6º ano: Beatriz Alves, nº 5, 6º C ………………….…..Pág. 7

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o 3º classificado/ 6º ano: Maria Antónia Pereira, nº 15, 6º D………pág. 8

EB Dr. Leonardo Coimbra

Atividade “Dia do conto” – 2º ciclo/ Grupo de Português


Era uma vez…

E

ra uma vez um lápis de desenho, mas muito diferente. Não gostava de desenhar, queria era escrever…textos dramáticos, prosa, poesia… Certo dia, na prateleira da loja, pôs-se a perguntar

a si próprio: - Será que sou um lápis de desenho e não de escrita? Então porque é que eu só quero escrever? Outro lápis que estava com ele, ouviu e disse: - Tu és um lápis de desenho, mas é normal quereres fazer isso… - Porque é normal? – interrogou ele. - Porque cada um quer fazer aquilo de que gosta. E tu gostas de escrever. Um homem entrou na loja, pegou no nosso amigo lápis e dirigiu-se ao balcão. - Boa!! Ele vai comprar-me!! – exclamou o lápis cheio de felicidade. Durante a noite, enquanto o homem dormia, o lápis decidiu abrir o caderno de rascunhos que estava na secretária. - Uau!! Este homem é escritor! Será que me vai usar para escrever uma obra? – perguntou o lápis. - Não! – disse uma caneta de prata – tu só serves para escrever rascunhos. Eu é que escrevo os textos todos no livro “Era uma vez…”. - Não lhe ligues! Qualquer dia ela fica sem tinta e vai para o lixo. O Sr. António é que nos sabe preservar, porque nós somos mais importantes e servimos para o rascunho. Se nós não existíssemos, tudo seria escrito permanentemente, sendo impossível mudar qualquer letra – diz um lápis muito sábio e velho, que nem dez centímetros tinha. - Sabes que mais, o senhor tem razão. Não tenho de me preocupar. Vou

lápis sábio dissera, foi para o lixo. O nosso lápis fez o que queria e mudou-se para lápis de escrita. Começou a escrever o livro Era uma vez… e, mais tarde, ganhou um prémio de literatura infantil. E assim viveu feliz para sempre!...

Inês Maciel

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Atividade “Dia do conto” – 2º ciclo/ Grupo de Português

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Duas semanas mais tarde, a caneta de prata ficou sem tinta e, como o

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finalmente escrever! – disse o lápis mais novo.


Era uma vez…

E

ra uma vez uma rapariga chamada Maria que era muito alegre. Essa rapariga tinha o cabelo castanho, os olhos verdes e vivia numa cidade chamada Lixa. A Maria gostava de ir brincar num parque perto

de sua casa, nesse parque havia magia! Certo sábado de manhã, levantou-se tão cedo que a mãe dela ainda estava a dormir. Foi à cozinha, aqueceu o leite, comeu um pão e saiu de casa. Quando chegou ao parque, olhou à sua volta e com os seus olhos verdinhos muito grandes e redondos murmurou: - O que aconteceu? O parque estava completamente estragado: os ramos das árvores já não estavam perfeitos, a caixa de areia já não tinha areia e as flores estavam murchas. Maria ficou triste com o que viu, tentou regar as flores, mas sozinha não conseguia, tentou arranjar o tronco da velha árvore, mas também não conseguiu! Sentou-se num banco pensando como havia de pôr aquele lugar outra vez com magia. Passado algum tempo surgiu-lhe uma ideia e foi chamar as suas amigas. - Mariana, podes vir comigo ao parque? - Sim! - Carolina, vens ao parque também?

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As três regaram as plantas, preencheram o tronco com plantas e colocaram areia na caixa. O parque ficou mais lindo do que nunca! Nesse momento, apareceu um arco-íris no céu e todos os habitantes se encheram de alegria, novamente!

Inês Pinto Moreira

EB Dr. Leonardo Coimbra

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- Sim!

Atividade “Dia do conto” – 2º ciclo/ Grupo de Português


Era uma vez…

E

ra uma vez um papagaio muito bonito e cheio de cores alegres. Vi-o um dia no ar, aterrorizado, cheio de medo, porque três caçadores estavam aos tiros contra ele.

Quando vi isto, fui logo ter com eles e interroguei-os: - Porque é que estão a tentar matar este lindo papagaio? Os homens responderam: - Estamos a tentar matá-lo, porque não trouxemos nada para comer, só

trouxemos para beber. Ao ouvir isto, fiquei com pena dos três caçadores, que eram o Luís, o André e o Eliseu. Disse-lhes para virem comigo, que a minha casa ficava a seguir à montanha mais pequena da Cordilheira dos Pirenéus. Começamos a caminhar até minha casa, mas reparamos que o lindo papagaio vinha atrás de nós. Quando entramos em casa, olhei o papagaio olhos nos olhos e, nesse momento, apeteceu--me adotá-lo. Foi o que fiz. Jantamos e fomos dormir. Fiquei a pensar e decidi preparar-lhe uma festa surpresa. Convidei todas as espécies de pássaros, leões, crocodilos, todas as espécies de animais do mundo inteiro, mesmo as minhas melhores amigas, as cadelas, Jara e Pink. Um dia, antes da festa, o meu papagaio adoeceu. Comecei a chorar a cântaros, mas não fiquei parado. Lembrei-me que tinha um livro sobre doenças de animais. Li-o e descobri que a cura para os papagaios era água com açúcar amarelo. Achei estranho, mas quando lha dei, melhorou logo. Fizemos a festa. Chegamos ao fim do dia cansados mas felizes. A partir desse dia, o meu papagaio ficou a chamar-se Lordíssimo. Quando o Lordíssimo descobriu que eu fazia anos no dia doze de agosto,

quem tinha preparado tudo. Nesse dia fizemos muitos jogos e a partir daí ficou sempre comigo. Eu e o Lordíssimo vivemos felizes para sempre!

José Pedro Cunha Gil

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Atividade “Dia do conto” – 2º ciclo/ Grupo de Português

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convidados. Quando vi a festa, fiquei boquiaberto, porque fora o Lordíssimo

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começou a preparar a minha festa de aniversário. Vieram os mesmos


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E

ra uma vez uma árvore de que um menino gostava muito. Eram verdadeiros amigos!... No verão, o menino apercebeu-se que a árvore servia para muito

mais do que para desabafar, e foi aí que surgiu a ideia de inventar um baloiço. Foi à sua garagem, agarrou numas cordas e numa tábua de madeira e, daquele pouco material, surgiu um baloiço que, para ele, era “o baloiço”!... Com o passar do tempo, o menino começou a pensar no que haveria de fazer nas próximas estações do ano, pois não era interessante fazer sempre o mesmo. Então, pensou em deixar-se levar por cada elemento de cada estação. E assim foi. No verão, brincava no baloiço que se segurava à árvore; na primavera, adormecia debaixo da árvore com o sentir da brisa das folhas e das flores; no outono, com as folhas alaranjadas e avermelhadas, que caíam da árvore, fazia montes delas, sobre as quais se deitava. Gostava mesmo daquele divertimento! E, finalmente, no inverno, fazia bonecos com a neve que caía da árvore e com os ramos que ao fim de algum tempo não aguentavam mais e também acabavam por cair. Um dia, enquanto o menino foi passar uma semana de férias com os seus tios, os pais decidiram fazer-lhe uma surpresa: construir uma casa, quer dizer, comprar o terreno. Sim, porque uma casa não se constrói numa semana, mas em muito tempo. O problema realmente era que o terreno que iam comprar era o local onde se encontrava a árvore. Mas, como estavam decididos a fazê-la, não hesitaram e mandaram cortar a árvore. À noite, quando o menino chegou a casa, apercebeu-se de que a árvore tinha desaparecido. Muito triste, foi perguntar aos pais se sabiam de alguma

- Filho! – disse o pai – Eu e a tua mãe temos uma grande surpresa para ti! - Então digam lá! Se bem que não estou muito para surpresas, mas pronto. – disse o filho desanimado. - Filho, eu e o pai tivemos de mandar cortar a árvore, pois vamos construir lá uma casa. – disse a mãe. - Surpresa! – disseram os dois ao mesmo tempo.

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Atividade “Dia do conto” – 2º ciclo/ Grupo de Português

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coisa.


O menino, já com as lágrimas nos olhos, começou a correr em direção à porta e foi ter ao sítio onde anteriormente estava a árvore. Começou a chorar, ao recordar todos os bons momentos que tinha lá passado. Então, como por magia, algo de extraordinário aconteceu! As lágrimas caíram na terra, o sol raiou e a árvore voltou a nascer. O menino já nem sabia o que era mais estranho: se era a árvore ter voltado a nascer ou o sol ter brilhado durante a noite! As pessoas saíram à rua espantadas, maravilhadas com o que se estava a passar, pois a árvore não só tinha voltado a nascer, mas também parecia a maior e a mais bela árvore do Mundo!... A alegria do menino nem sequer dava para explicar… aquele sorriso com aquele brilhozinho, não enganava ninguém. O menino nem acreditava naquilo que estava a acontecer, mas sabia que para ele aquele era o melhor dia do mundo! Os pais, ao verem a alegria do filho, decidiram construir a casa um pouco mais ao lado, de forma a não cortarem a árvore e a permitir que ela ficasse no jardim da casa. Conclusão: sempre que desejares qualquer coisa, tê-la-ás. Basta quereres!...

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Anais Mendes

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Era uma vez…

J

á há muito tempo que eu conhecia uma pessoa. Era bondosa, paciente, leal, divertida, amorosa e inteligente. Essa pessoa ensinou-me a ser humilde, a não ofender os outros que permaneciam ao meu redor, com palavras feias. Mas, um dia adoeceu. Foi ficando cada vez mais frágil e fraquinha. Infelizmente, com uma doença maligna, ela partiu. Nunca gostava de magoar os outros e, mesmo que estivesse doente, estava sempre otimista e deslumbrante, com os seus olhos verdes como folhas de verão, descaídas nos ramos brilhantes. A pessoa de que eu estou a falar ensinou-nos, a mim e ao meu primo, a crescer, a lançar um peão, a jogar à bola, a dançar, a cantar, a respeitar a natureza, a alcançar os nossos sonhos, a ouvir os cânticos dos passarinhos e, ao pôr-do-sol, a fazer uma caminhada até uma ribeirinha que havia perto. Apesar dessa pessoa tão querida ter acabado o seu percurso, vai estar sempre no meu coração, eternamente! E essa pessoa era o meu avô.

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Beatriz Alves

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Era uma vez…

E

ra uma vez, num lugar que nunca ninguém pensou existir, um castelo já há muitos anos habitado, onde princesas, com os seus dragões bem comportados, viviam sonhos de verdade, sonhos que só elas eram capazes de ter. Ao lado do magnífico castelo, existiam casinhas pequeninas, também sempre habitadas e arranjadinhas. Nessas casinhas moravam pequenos anões que eram, e adoravam ser, o povo habitante daquele mundo distante. Mais à frente, ao longo da rua que ia ter ao castelo, havia um belo lago de água límpida e brilhante. Um dia, um pequeno berço foi encontrado ao pé do lago brilhante. Todos os anões ficaram admirados ao ver um anãozinho que estava dentro do berço, a dormir. Era tão grande e tão esquisito! Os anões adotaram-no e ele foi crescendo, crescendo… Quando deram conta, os anões já eram formigas ao lado dele! Quem seria aquele menino tão grande, tão diferente dos anões?!! Certo dia, o menino disse ao anão que o tinha encontrado junto ao lago que tinha visto um mundo diferente, um mundo onde as pessoas eram iguais a ele. O menino explicou que gostaria de ir para esse mundo, fazer o que os meninos da sua idade faziam e onde não seria julgado por ser diferente. O menino não queria estar colado para sempre a um conto de fadas, mas queria ser real como todos aqueles que liam a sua história.

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Maria Antónia Pereira

EB Dr. Leonardo Coimbra

Atividade “Dia do conto” – 2º ciclo/ Grupo de Português


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Parabéns aos participantes!

EB Dr. Leonardo Coimbra

Atividade “Dia do conto” – 2º ciclo/ Grupo de Português


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