Nós, dramaturgos

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“Nós, dramaturgos”

Partindo da leitura autónoma de livros requisitados na BE, os alunos selecionaram o excerto preferido e transformaram-no num texto dramático.


O rapaz e o robô, de Luísa Ducla Soares 21h 30 min João entra em casa.

Pai (zangado): Isto são horas de chegar para jantar? Mãe (apaziguadora): Talvez tenha ficado a estudar com um colega…

Pai (ainda mais furioso que até as veias ficam salientes): Ele bem sabe que aqui em casa temos horas para as refeições!

(Com ar indiferente ao que o pai diz, João ouve o ralhete de pé em frente ao pai) Pai: Vai já para o teu quarto e hoje não jantas!

João: Está bem! (Retira-se da sala de jantar, vai para o quarto, liga a T.V. e fica a ver um programa sobre robôs.)

Afonso, 6º2


Uma aventura entre o Douro e o Minho, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada Resumo (Capítulo 1): Passados uns dias, depois da escola ter terminado, Pedro levanta-se cheio de ansiedade e vai direto para a escola ver as notas. Pelo caminho, encontra-se com as gémeas. Falam que têm medo que Chico reprove, mas, por sorte, acaba por passar. Depois de irem ver as notas, todos voltam para as suas casas. Na casa das gémeas, os pais não sabem o que elas vão fazer durante as férias, mas, nesse preciso momento chega o João que as convida para passarem umas férias com ele e o resto do grupo no Norte. À primeira, os pais das gêmeas recusaram, mas logo que souberam que era um convite dos pais do João deixaram as filhas irem. Texto dramático Cenário: Escola, corredor principal. Uma parte do palco representa a casa das gémeas. Personagens: Pedro, gémeas, Chico, pais das gêmeas, João. João (para as gémeas) - Estou com medo que o Chico reprove. Teresa e Luísa (ao mesmo tempo) - Também estamos, espero bem que não. (Aparece o Chico). Chico (todo feliz e a saltar) – Passei! Passei! Consegui! (Saem felizes e as gémeas entram no “espaço” da casa. Os pais das gémeas estão sentados em sofás)

Pais das gémeas - Vocês têm que ir para algum sítio, não podem ficar em casa estes meses todos.


Gémeas (tristes) - Não, não nós queremos ficar em casa. (Entra o João) João - Olá, gostaria de convidar as gêmeas e o resto do grupo a irem passar as férias ao Norte comigo. A ideia foi dos meus pais. Pai das gémeas - Olá, João. Se foram os teus pais a convidar, então sim, elas podem ir. (todos a festejar: as gémeas e o João saltam de alegria e os pais riem-se).

Beatriz Costa, 6º3


Título do livro: Alícia no Bosque Autor: Sílvia Mota Lopes Resumo: Depois do almoço, António e Alícia vão dar um passeio que lhes vai proporcionar muitas surpresas e emoções. Um pássaro e uma árvore vão falar com eles. Isto tudo acontece porque António veio convidar sua amiga Alícia para um piquenique com os seus pais. Depois de almoçarem, António e Alícia vão explorar o bosque. (Um bosque no Outono: folhas no chão, árvores e bolotas. Alícia e António estão de pé). Alícia assusta-se com o tamanho do pássaro e abraça o António.) PÁSSARO (a tremer e gaguejando um pouco) – Nã...não vos vo…vou fazer mal, apenas que…quero compa…nhia. ANTÓNIO (preocupado) – Tens frio? PÁSSARO – Sim, tenho frio nos pés! (António dá as suas botas ao pássaro) ALÍCIA (contente) – Esplêndido sermos guiados pelo olhar de um pássaro, um ser tão próximo da Natureza! Temos muita sorte! Não achas António? ANTÓNIO − Sim, é mesmo! ALÍCIA – António! ANTÓNIO – Sim? ALÍCIA – Vamos para ali, à beira daquela árvore para descansarmos. Estou muito cansada! ANTÓNIO – Que tontinha! Parece que já nasceste cansada! Bem, mas realmente já andamos um bom bocado.


(António e Alícia aproximam-se da árvore e admiram-na. Ouve-se a voz da árvore) ÁRVORE – Olá, meninos! Estão por aqui? Que visita inesperada! Já não via criaturas como vocês aqui no bosque há muito tempo. Sentem-se à sombra, estejam à vontade, não façam cerimónia… (abanando os ramos) Ah Ah… António e Alícia sentam-se a olhar para a árvore.

Ana Carolina, 6º4, nº1


Astérix e os Helvéticos, de R. Crosanny e A. Udurzo Resumo do capítulo: Albergaria do Lago Astérix e Obelix chegam à hospedaria e ao balcão está um Senhor chamado Francossuix, que é o dono da hospedaria. Diz que há um quarto e que é tão limpo que até uma delegação bárbara o recusou. Quando chegam ao quarto, descobrem que devem virar a ampulheta a cada hora, e quando ouvir o cuco do dono da estalagem. O Sr. Francossuix está limpando da lama os sapatos de Astérix e Obelix, quando chegam os soldados romanos à procura deles. O Sr. Francossuix diz então que os sapatos são dele mesmo e não dos Gauleses. Astérix e Obelix fogem da hospedaria e vão para o Banco de Zurix, esconder-se num cofre vazio. Texto dramático De noite, depois do pôr do sol Um balcão, barris gigantes, uma escada para o andar de cima. No andar de cima, o quarto de Obelix e Astérix. Candeeiros com luzes de velas, mesas, tapetes, duas mesinhas, bancos para sentar, ampulheta, jarros, travesseiros, cobertas e flores. 4 Atores: Asterix – Magro, pequeno e fraco; Obelix – Gordo, forte e alto; Guarda/Coronel – Magro, forte e alto; Muitos guardas, soldados romanos; Dono na estalagem – Gordo pequeno e forte.


Dono da hospedaria (com alívio): - Oh, fui eu que fiz. De noite, costumo passear pelas margens do lago…O ar lá é tão puro… O guarda romano (desconfiado) - E esses sapatos são seus? Dono da hospedaria (correndo pelo palco com os sapatos cheios de lama)- Claro, eu tenho vários pares...Olhe… Guarda (com aparente frustração) - Está bem, está bem! ( e falando até à porta de saída) Vamos revistar os outros albergues. Se você encontrar Gauleses, avisenos. São dissidentes perigosos! Dono da hospedaria (com ar aliviado e confiante, de costas a plateia) – Podem contar comigo! Dono da hospedaria (Logo que os guardas saem pela porta, fecha-a e grita) : Sujei meu próprio albergue! Andei com sapatos enlameados no meu estabelecimento! Tudo por causa daqueles malditos romanos! Antônio, 6º2


Miguel, 6ยบ3


Uma questão de azul-escuro

(Numa tarde quente de abril, na aula de educação física, no recreio, onde há um banco, ao lado uma árvore que faz sombra. Alguns alunos a correr.)

Professora Susana (chama o Luís em tom de voz alto): Não te reconheço, Luís! (Luís aproxima-se da professora muito encolhido) A professora Susana levanta com cuidado a camisola do Luís. O corpo tem nódoas negras.

Professora Susana (muito direita, ainda a segurar a camisola do Luís): Senta-te à sombra, Luís. Vamos inventar uma mentira daquelas que se podem dizer, só por agora.... Estás... estás maldisposto, compreendido?

Ana Matilde,nº2,6º2


As rãs e Júpiter (Momento em que a cegonha ataca as rãs)

Um lago. Meio da tarde, com o céu limpo. Ouvem-se os gritos das rãs. Quando abre o pano vêem-se rãs a correr para todos os lodos e uma cegonha a voar sobre elas.

Rã (desesperada, a chorar com as mãos a apontar para o céu): Porquê, Júpiter, porque é que nos destes este rei? Júpiter (figura de Júpiter aparece no céu): Já que vós não gostastes do primeiro rei, sofrei com esse que tanto me pedistes. Rãs (arrependidas e com as mãos juntas, como a rezar): Desculpe, desculpe. Júpiter: agora sofrei com esse novo rei! (A sua figura desaparece do céu) Fecha-se o pano.

Beatriz Martins 6º5 nº2


Astérix e o Caldeirão (pág.9) Cenário: Algumas casas de pedra com telhado de palha. Uma árvore no meio do palco, com um banco baixo e comprido à frente. Noite estrelada. Personagens: Astérix e Moralelastrix Quando abre o pano, Astérix está a guardar e a patrulhar uma casa, guardando o caldeirão. Astérix (de pé, olhando e andando de um lado para o outro, grita com confiança): – Alto! Quem vem lá?! Moralelastrix (com um javali assado, fala com calma): – Sou eu! Felicito-te pelo teu zelo; contigo, o caldeirão estará em segurança. Moralelastrix aproxima-se do banco com o javali. Astérix (colocando-se em sentido): - Não faço mais que o meu dever. Moralelastrix (pousa o javali no banco): – Vem para aqui, comerás mais à vontade! Astérix senta-se no bando e Moralelastrix encosta-se à árvore. Moralelastrix- Queria prevenir-te que as patrulhas romanas nos espiaram durante a nossa viagem. Astérix (limpando as beiças por ter bebido vinho) – Não te preocupes! Os romanos não se apoderarão dos teus sestércios que estão no caldeirão… Levar-tos-ei eu próprio.

Carolina, 6º4


Livro: A Fada Oriana Autora: Sophia de Melo Breyner Andersen Capítulo IX – páginas 73 a 75 Resumo A fada Oriana percorria a floresta a caminho da cidade, quando viu um vulto que vinha ao seu encontro. Percebeu que era a velha e gritou, pois esta ia em direção ao abismo. Como era surda e catracega, a velha deu um passo em frente e caiu no abismo. Oriana esqueceu-se que não tinha asas e saltou no abismo para a salvar. Como um relâmpago, apareceu no ar a Rainha das Fadas e tocou em Oriana com a sua varinha de condão. No mesmo instante Oriana parou de cair e ficou imóvel, suspensa no ar, segurando a velha. A Rainha das Fadas, pela coragem de Oriana, resolveu devolver-lhe as asas e a varinha de condão. Oriana encontrou o filho do moleiro, tirou o lenhador da prisão e encantou o ar e, assim, todos regressaram à Floresta. Oriana já podia voltar a cuidar da floresta, ela levantou a sua varinha de condão e tudo ficou encantado. Cena IX Indicação do cenário Floresta, perto de um abismo. Adereços necessários (cenário e atores): Cenário: cenário da floresta, com árvores, plantas, pedras, rochas e um abismo. Número de atores e algumas características físicas 12 Atores: Oriana: olhos azuis, cabelo loiro, pele branca, asas cor do ar claras e brilhantes… Velha: curvada, enrugada… Rainha das fadas.


Filho do moleiro Lenhador Mulher do lenhador Poeta Veado Lobo Raposas Porco-espinho Coelhos Sentimentos das personagens Oriana: assustada, feliz, orgulhosa Velha: cansada, assustada Rainha das fadas: bondosa, orgulhosa, feliz Filho: feliz Lenhador. poeta: sonhador Texto Dramático Narrador: Oriana pôs-se a caminho da cidade. Estava já a meio do caminho, quando viu ao longe um vulto que vinha ao seu encontro. Oriana percebeu logo que era a velha e apressou o passo para chegar mais depressa ao pé dela. (a velha entra e vai-se deslocando devagar ao longo do palco como se fosse em direção ao abismo) Oriana: Coitada da velha, sozinha neste caminho tão perigoso. E ao lado do abismo! Ai! Ela vai cair no abismo! Para! Para! (Oriana começa a correr em direção ao abismo) (A Rainha das Fadas toca em Oriana com a sua varinha de condão, impedindo-a de cair. Oriana, suspensa no ar, segura a velha).


Rainha das fadas (ainda a segurar Oriana): Oriana, cumpriste hoje a tua promessa. Para salvares a velha, esqueceste-te de ti, saltaste no abismo. Por isso, ordeno que, de novo, te nasçam asas nos teus ombros. (com a varinha toca-lhe) Toma esta varinha de condão e não te esqueças da tua promessa. E agora…adeus! (A rainha das fadas sai de palco. Entram os animais e ficam espalhados pelo palco). Oriana: (quando entra a moleira): O moleiro e a família voltaram! (O veado entrega o filho à moleira) Oriana: Libertaram o lenhador! (entra o lenhador que faz uma vénia a Oriana a agradecer) (entra o poeta e dirige-se a Oriana) Poeta: Agora vejo que és tu. Vejo que és uma fada. Obrigado, Oriana, por voltares. (Oriana dá a mão ao poeta e dirigem-se para a frente do palco e ficam virados para o público) (A velha também começa a dirigir-se em pequenos passos para a frente) Poeta: Oriana, encanta tudo. (Oriana levanta a sua varinha de condão e simula o encanto) Beatriz, 6º 2


A Cidade que queria viver no campo – Pedro Seromenho Folhas (rodopiando pela calçada) – Então, pequenino, não chores... (Menino espreita para a rua) Voz do avião – Aqui! Em cima! Menino (surpreendido) – Cruzes, que grande! És alguma espécie de monstro!? Cidade (ofendida) – Claro que não! Sou a cidade! Menino (tapando o olho com a mão) – Como assim?! Se o meu pai estivesse aqui dizia já que isso é uma palermice, que as cidades não falam! Cidade (preocupada) – As pessoas é que não nos sabem escutar... mas diz-me, por que choras? Menino (triste) – Choro pelo meu pai. Desde que ficou desempregado que sinto um aperto no peito. Vejo-o triste e amargurado. Já não há campos onde ele possa trabalhar. Cidade (triste) – A quem o dizes! De ano para ano o verde da minha saia vai desbotando. Menino (revoltado) – E não te sentes revoltada com o que as pessoas te estão a fazer? Cidade (encolhendo os ombros) – Deixei de me importar. Só no século passado vi dezenas de diferentes povos a chegar, a combater e a partir para, no entretanto, outros tantos tomarem o seu lugar. E eu que era do mundo, passei a ser de ninguém. Menino (mostrando-se comovido) - Oh, deves sentir-te sozinha, sem outra cidade por perto com quem brincar... Cidade (mostrando esperança) – Sim, às vezes. Mas agora que te conheci, talvez algo mude dentro de mim. Beatriz, 6º4


Uma Aventura na Amazónia, de Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada Capítulo 5, página 58

Teresa, Luísa, Pedro, Chico e João conversam com Fabrício para saber a história das aldeias flutuantes. Fabrício conta tudo o que sabe aos jovens.

Cenário: rio Amazonas, um dia muito luminoso, uma aldeia flutuante, casas de madeira e pintadas com cores vivas, assentes cada uma em sua jangada, com varandas, flores de várias cores, mesas e cadeiras de dia com muita luz. Árvores e alguns índios.

Excerto dramático Aproximam-se da aldeia. Teresa (admirada enquanto fala): - Isto é uma aldeia flutuante. Fabrício (como se fosse um especialista na matéria): - Pois é, e aqui há imensas por ser mais prático. Quando o rio Amazonas sobe, e chega a subir doze metros, se as casas fossem construídas à beira da água ficavam inundadas, assim sobem e descem com o rio. Pedro (a rir): - Que engraçado! Fabrício (fala com um ar de saudade): - O mais engraçado, no entanto, era as casas não se parecerem com barcos. Quase todas tinham uma varanda com mesas e cadeiras para ali se poder conversar ou comer ao ar livre. E quase todas transportavam caixotes com flores e plantas de várias qualidades agarrados à varanda. Para circular entre aquelas casas só de barco ou a nado e as crianças deviam aprender a nadar cedíssimo, pois algumas que se divertiam a mergulhar, eram minúsculas. Eduarda, 6º2


A culpa é das estrelas, de John Green. Resumo do livro: A história de Hazel, uma paciente de câncer no pulmão. Ainda que seu tumor tenha diminuído bastante, ela não sobreviveu por muito tempo depois de ser diagnosticada. Sua mãe, que já estava de luto e não conseguia mais cuidar dela, mandou-a para onde o pai dela morava. Lá, Hazel vai para um grupo de apoio para crianças com câncer e encontra Algustus Walter que muda a vida dela.

Capítulo 16 Pag. 212 e 213: Hazel vai à casa de Guz e lá ela almoçou com ele e os pais dele. Depois Guz disse-lhe que ele faria um final para o livro “Uma aflição imperial”, mas ultimamente ele andava muito cansado e quando ele pudesse faria. Eles também jogaram vídeo-jogos nos quais Hazel sempre perdia. Mais tarde, Hazel foi para casa e dormiu.

Preparação do texto dramático:

Local/cenário: na casa de Guz, por volta de meio-dia, uma casa simples com uma mesa no palco, algumas cadeiras e uma televisão com um vídeo-jogos; Atores e algumas características: Hazel em pé com um aparelho no nariz para conseguir respira;, Guz sentado em uma cadeira de rodas e os pais de Guz; Como eles estão a sentir: Hazel e os pais de Guz estão preocupados com o Guz já que ele não comeu nada do almoço e havia vomitado o seu pequeno-almoço, mas ele garante aos pais e à amiga que ele está bem.

Chiara Lima Quinderé nº6, 6º2


Robinson Crusoé, de Daniel Defoe Robinson constrói outro barco e faz-se ao mar Durantes os quatro anos que Robinson passara na ilha, ficou sem roupas para se proteger do sol ardente. Conservou peles de animais e depois de muitas tentativas conseguiu fazer um chapéu, um par de calções e um casaco. Durante os 5 anos seguintes não se passou nada de anormal. Passava a maior parte do tempo a tentar arranjar comida. Com o seu barco, decidiu dar a volta à ilha e acabou por se perder. Ficou do outro lado da ilha, onde voltou a encontrar o seu papagaio e decidiu ficar. (Numa ilha deserta perdida no oceano - ilha, palmeiras, mar -, Robinson sentado, dobrado, com as mãos a segurar a cabeça e com ar desalentado)

Robinson (com preocupação): Que faço eu aqui perdido e abandonado? Vou ter que arranjar maneira de criar umas roupas para me proteger do sol ardente deste local!

(levanta-se, procura comida, encontra uns cocos, parte-os. Com uma folhas, coloca-as sobre o corpo)

Robinson: com o meu novo barco, vou dar a volta à ilha! Diogo, 6º4


¨Romeu e Julieta¨, de William Shakespeare Breve resumo (página 27): Romeu e Julieta estão a conversar sobre pecados no salão da casa de Capuleto. Romeu dá um beijo a Julieta, surpreendendo-a. Texto Dramático No salão da casa de Capuleto. Julieta entra em cena e começa a falar com Romeu Julieta - As santas são imóveis, mesmo atendendo às orações. Romeu (com um ar amoroso, aproximando-se de Julieta): Então, não vos movais, enquanto recolho o fruto de minhas preces. Assim, mediante de vossos lábios ficam os meus livres de pecado. (Quando termina de falar, beija Julieta ternamente). Julieta (mostrando-se um pouco quando indignada): Deste modo passou para os meus lábios o pecado que os vossos contraíram. Romeu (com ar de duvidar): Pecado de meus lábios? (tristonho)- Oh! Culpa deliciosamente censurada ao pecador! Devolvei-me então meu pecado. Julieta (sussurrando): Beijais segundo as maneiras elegantes. Ama aparece ao meio da conversa de Romeu e Julieta e interrompe-os... Ama (com um ar de cansaço): Senhora, vossa mãe está muito precisada de dizervos uma palavra. Romeu (com cara de dúvida): Quem é a mãe dela? Ama (pasmada): A mãe dela é a Dona da casa e uma boa senhora, prudente e virtuosa. Criei-lhe a filha, com quem faláveis, e posso dizer-vos: quem se casar com ela terá também o seu mealheiro.

Eloah, 6º5


O Rapaz e o Robô, de Luísa Ducla Soares

Resumo: No fim da época escolar, ao anoitecer, o personagem João estava com falta de companhia e, por isso, demonstrava um semblante aborrecido. Tentando alterar o seu estado de espírito, e mostrando uma cara de esperança, aborda o personagem robô para o acompanhar num passeio até ao rio. Desde esse momento, o personagem João fica com um ar de maior entusiasmo, e desafia o companheiro de passeio a outras aventuras.

CENA: … (Ao anoitecer, uma brisa muito suave fazia vibrar as árvores) João (olhando para o robô com uma cara triste): Queres vir até ao rio? (Dirigem-se ambos para o rio. Para fazer o rio deve haver um ecrã com a imagem de petroleiros a passar. Por ali passeavam várias pessoas. Vê-se outro figurante a andar de skate.) (Sentam-se ambos num paredão a ver os petroleiros a passar, o rio estava sujo).

João (para o robô): Queres dar um passeio de barco? Podíamos ir até à outra banda.

Dramaturgo: Francisco Sousa, nº9


A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez Casa do Diogo. Depois de almoço Joana - Olá, Diogo, queres ir dar uma volta a pé? (Diogo levanta-se do sofá, dirige-se a Joana e diz:) Diogo - Anda, vamos dar uma volta, mas vamos de mota. (Dá um capacete a Joana e seguem.) Junto ao rio, Joana e Diogo pousam os capacetes e conversam. (Revoltado, Diogo vira-se para o rio e grita.) Diogo - Por que é que eles tinham de lá ir, flores para quê? Para quem? Joana - Sabes que é assim que as pessoas mostram os sentimentos por quem parte… (De regresso a casa): Joana – És tão alto, que nem se vê que estou aqui contigo na mota. Diogo – (Sorri, afastando os longos cabelos de Joana ): Toma, põe o capacete e vamos embora, estou cansado. (Joana mostra-se confusa com toda aquela situação e apenas fala quando chegaram.) Joana – Toma o capacete. Diogo (devolvendo-o a Joana): Fica com ele, não me faz falta. Gonçalo Dinis, 6º 2


A minha avó tem coronavírus, Autores: Beatriz Braga, Joana M. Gomes, Marta Correia, Miguel Correia e Susana Amorim. (Excerto dramático: Páginas 20 a 26)

Cenário: um hospital (…) Avó - Aqui sei que terei todos os cuidados necessários. Os médicos, enfermeiros e todos no hospital tratam muito bem de nós! António – Posso ir ter contigo ao hospital, avó? Estou triste e com muitas saudades tuas. Quero te ver-te, e não posso. Espero te ver-te rapidamente! (A avó esteve internada 20 dias porque teve dificuldades respiratórias). António- Imagino que se tenha sentido bastante sozinha e triste por estar doente. Talvez até zangada com o coronavírus que apareceu sem ser convidado… (…) Gonçalo Ramos, 6º2


A viagem a África Cena 4 Cenário: uma planície ensolarada, com um grande lago. Ouvem-se sons de animais. No centro do palco um jeep turístico. Junto dele está um grande arbusto. Faria (apontando para os arbustos): Tomás, não sentiste um barulho vindo daqueles arbustos? Ambos ficam em silêncio, juntam-se um ao outro com olhar assustado. Tomás (em voz mais baixa): Achas que um animal nos vai atacar? Faria: Não sei, mas todo o cuidado é pouco, os animais aqui são selvagens e muito perigosos. Tomás agarra nos binóculos e tenta ver para além dos arbustos. Faria empunha a máquina fotográfica. De novo, ouvem-se sons de animais. Faria (tremendo com medo): Tomás, espero que o animal não nos ataque. Tomás (ainda com os binóculos): Eu estou um pouco assustado, mas nos binóculos não vejo nada. Tomás (gritando, enquanto baixa os binóculos): Ó meu Deus, são suricatas! Pensei que fosse um grande elefante! Sobre o jeep descem umas grades em ferro. Ficam em silêncio. Tomás (agarrando-se de novo a Faria e quase chorando): Agora é que vão ser elas! Vamos ver o rei da selva! Estou a ficar nervoso… Ouve-se o rugido mais forte de um leão…. Gonçalo, 6º4


O Cavaleiro da Dinamarca- Sophia de Mello Breyner Andresen

Resumo: Cimabué, um pintor, durante uma viagem, viu um penedo coberto com muitos desenhos. Cimabué gostou do que viu e queria saber quem é que os tinha pintado. Avistou um rapaz a desenhar num penedo, conversou com ele e disselhe que ele poderia ter um grande futuro, se o acompanhasse. Vertente de um monte. Manhã de Primavera. Penedo coberto de desenhos, uma árvore, pedregulhos. Cimabué voltava de uma viagem, quando viu um grande penedo todo coberto de desenhos. Cimabué (maravilhado e cheio de surpresa) - Quem será o pintor que vem pintar as pedras das colinas? Ata o seu cavalo a uma árvore. Vai examinar outros pedregulhos que se avistavam ao longe. Encontra um rebanho com o seu pastor. Giotto (o pastor), aparenta doze anos de idade. Está a desenhar um cordeiro, desenha num penedo, ajoelhado. Está muito atento e absorvido no seu trabalho, que nem repara na presença de Cimabué. Havia muito amor, verdade e beleza no desenho de Giotto. Cimabué fica de coração cheio de espanto e de alegria ao ver aquilo.

Cimabué- Ouve, rapaz. Quem te ensinou a desenhar? Giotto (põe-se em pé num salto. Sorri.) - Ninguém me ensinou. Aprendi sozinho Cimabué- Onde vives? Giotto- Nestes montes. Cimabué- Que fazes?


Giotto- Guardo o meu rebanho. Cimabué- Como te chamas? Giotto- Giotto. Cimabué- Ouve, Giotto. Deixa as tuas ovelhas e vem comigo para Florença. Farei de ti meu discípulo e serás um dia um grande pintor. Giotto segue Cimabué. Saem os dois de cena. Lara Gonçalves, nº16, 6º4


Contos de Beedle, o Bardo Conto dos Três Irmãos (teatro) Cenário: Várias pedras na margem do rio, sabugueiro numa margem, ponte feita de elementos naturais Características físicas: Irmão mais velho: alto, forte e corpulento; Segundo irmão: mais baixo que o primeiro irmão e forte; Irmão mais novo: de estatura baixa e delicado; Morte: alta e magra. Trajes: Três Irmãos: Camisa branca com folhos no fim da manga, capa de viagem, calções até aos joelhos e em balão, sapatos pretos. Irmão mais velho: capa vermelha; Segundo Irmão: capa verde; Irmão mais novo: capa amarela. Morte: camisa, calças, sapatos e capa preta. *** Resumo Numa noite escura, ao crepúsculo, os três irmãos caminhavam por uma estrada solitária até que chegaram a um rio demasiado fundo para passar a pé e muito perigoso para passar a nado, mas eles eram muito bons em artes mágicas, por isso agitaram as varinhas e criaram uma ponte. Iam a meio dessa quando o caminho foi bloqueado por uma figura encapuzada. E a Morte, surpreendida, disse-lhes que estava espantada por terem superado tamanho desafio e ofereceu-lhes um prémio à sua escolha. O irmão mais velho, decidido, pediu a varinha mais poderosa de todos os tempos, o segundo irmão quis humilhar a Morte e pediu algo que permitisse trazer outros de volta da Morte e o Irmão


mais novo, o mais sincero, pediu alguma coisa que fizesse com que saísse daquele lugar sem ser seguido pela Morte. Conto dos Três Irmãos Ato 1 (Noite, os três irmãos caminham por uma estrada até que chegam a rio sem ponte.) Irmão mais novo (olhando para as duas margens): - Criaremos uma ponte com as nossas artes mágicas. (As luzes apagam-se e voltam a ligar, mas desta vez com uma ponte) Irmão mais velho (com satisfação): - Vamos lá passar! (Aparece uma figura encapuzada, a Morte, no meio da ponte) Morte (surpreendida): - Sois os primeiros feiticeiros a passar em tamanho desafio, por isso vos felicito com um prémio à vossa escolha. (Os irmãos entreolham-se espantados) Irmão mais velho (avança decidido): -Quero a varinha mais poderosa de todos os tempos. (A Morte vai até um sabugueiro na margem do rio e “transforma” um ramo tombado em uma varinha comprida e com vária saliências) Segundo irmão (em tom de humilhação): - Gostaria que me desse algo com o poder de trazer outros de volta da morte. (A Morte pega numa pedra da margem do rio e dá ao Segundo Irmão) Irmão mais novo (humildemente e com sensatez): - Peço-lhe alguma coisa que me permita sair deste lugar sem ser seguida por si. (A Morte muito contrariada tira a sua capa e entrega-a ao Irmão mais novo)

Leonor, 6º4


Missão Impossível, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada Resumo (Capítulo III: O Ch’iline o triângulo da força, páginas 21 a 28): Mudos de espanto, Rodrigo, Matilde e Luís aperceberam-se que aquele estranho ser, de nome Ch´ilin, não falava. Ch´ilin explicou que para desvendar o mistério da garrafa de onde ele vinha teriam de enfrentar três provas necessárias para satisfazer as suas curiosidades e convidou-os para uma viagem. Nesse momento são sugados para bordo de um carro de luz atrelado a Ch´ilin, logo de seguida partiram por ares nunca navegados. Aconselha-os a manterem-se unidos, calmos e a fazerem sempre a escolha acertada. Deslizando a grande velocidade entre as nuvens, foram arrebatados por um tufão violento, mas abraçados mantiveram-se unidos, calmos e optaram por fazer a escolha mais acertada, não oferecendo resistência, até que foram perdendo a altura e caíram ao mar. Completamente atarantados, observavam o tufão a afastar-se, ao mesmo tempo que crescia uma onda gigantesca que os deixou em pânico.

Texto dramático Cenário: de cor azul, completando-o com nuvens, num plano superior. Um pano azul marinho a representar o mar seria o mais indicado e no final da cena a opção de ter um tubo em forma de espiral, de forma a caracterizar um tufão violento. Personagens: Rodrigo; Matilde que é prima de Rodrigo; Luís; Ch’i lin é um ser imaginário que tem o corpo parecido com o dos veados, dos cavalos e dos dragões, patas de cavalo, cabeça grande de olhos redondos e uma haste na testa parecida com a dos unicórnios; bolha de escuridão. Entre a Terra e o céu. No final do Almoço (meio da tarde). Dia de sol. Quando abre o pano, Rodrigo, Mtilde e Luís estão, de pé, mudos de espanto, a olhar para Ch’i lin.


CH´I LIN (confuso) — Estou aqui porque vocês me chamaram. RODRIGO, MATILDE E LUÍS (em coro) — Nós? CH´I LIN — Sim. Quando olharam os três ao mesmo tempo para a minha imagem pintada na garrafa e disseram a palavra sorte, formaram um triângulo de força chamativa. RODRIGO, MATILDE E LUÍS (novamente em coro) — Hum? CH´I LIN (como que dançou e prosseguiu) — Os triângulos de força são raros e têm efeitos especiais. MATILDE — E como é que se formam? CH´I LIN — Quando se reúnem três elementos muito poderosos: amizade, curiosidade, vontade. LUÍS (em surdina) — Isso não nos falta. CH´I LIN — Eu sei. É por isso que aqui estou. RODRIGO — Vais revelar-nos o mistério da garrafa?


CH´I LIN — Não, porque não me compete. As descobertas exigem esforço por parte do descobridor. Se se sentem firmes no desejo de desvendar o mistério, se estão dispostos a enfrentar as três provas necessárias para satisfazer a vossa curiosidade, o que posso é ajudá-los a iniciar o percurso. RODRIGO — Como? CH´I LIN — Conduzindo-os ao ponto de partida e deixando que sejam vocês a percorrer os caminhos que permitem atingir o ponto de chegada, a meta, o lugar onde tudo se revelará! Calou-se e eles ficaram em silêncio. À volta de cada um adensara-se uma bolha de escuridão em que brilhava apenas a figura azul do Ch’i lin ondulante. BOLHA DE ESCURIDÃO (repetindo no seu tom brando) — Querem vir comigo? Querem vir comigo? RODRIGO, MATILDE E LUÍS (em uma só voz) — Queremos. No mesmo instante são sugados para bordo de um carro de luz atrelado ao Ch’i lin, que, entretanto, mudara de aspeto. Em vez de ser todo azul, tem agora o corpo às manchas de várias cores e a barriga amarela. CH´I LIN — Vamos partir por ares nunca antes navegados. Preparem o espírito e o corpo para o que der e vier. E lembrem-se de que, sendo os perigos diferentes, diferentes devem ser as maneiras de os enfrentar. Mantenham-se unidos,


mantenham a calma e procurem fazer a escolha mais adequada, a escolha mais inteligente para cada caso. Sobem em direção às nuvens. Um turbilhão de ventos em remoinho transforma-se num tufão. Ouvem-se os sons do vento. RODRIGO, MATILDE, LUÍS E CH´I LIN (em sintonia com uma voz rouca) — Socorro! Socorro! O carro e o Ch’i lin flutuam entre o céu e a terra. Matilde abraça os rapazes pelos ombros e aperta-os de encontro a si, de modo a formarem um bloco único. RODRIGO — Calma! Calma! Temos de nos manter unidos! LUÍS (gritando) — O melhor é não dar luta. Não se pode lutar contra ventos tão fortes. Segurem-se bem e deixem-se levar... O vento enrolava-se e acaba por tomar a forma de um tubo em espiral. Girando, vão perdendo altura como se escorregassem por uma rampa encaracolada e caem no mar. Soltam-se e esbracejam. Atarantados, verificaram que o tufão se afasta para longe, mas ao longe crescia uma onda gigantesca… MATILDE — Que horror! LUÍS — E agora? Mafalda Almendra, nº18, 6º2


«As Crónicas de Nárnia: O Sobrinho do Mágico» de C.S Lewis As Crónicas de Nárnia: O Sobrinho do Mágico, de C.S Lewis Capítulo 1, páginas 11, 12, 13. Estas 3 páginas contam como Digory e Polly se conheceram 1. Tempo e espaço: À tarde, no quintal das traseiras das casas de Polly e Digory separadas por um muro. 2. Cenário: dois quintais divididos com um muro. 3. 2 atores - Digory: menino com 10 a 13 anos, com a cara e as mãos sujas e com lágrimas na cara, cabelo curto e desalinhado traja calções com casaco abotoado e com um laçarote no pescoço; Polly: menina com 10 a 13 anos, cabelo pelo ombro, com franja e com um laço na cabeça, está a usar um vestido com aspeto elegante um bocado abaixo dos joelhos. 4. (sentimentos que vão mostrar ao público); Polly: curiosa e humilde, Digory: triste. Excerto dramático - Quintal das traseiras. De manhã, Polly está no quintal quando vê um menino com o rosto sujo do outro lado do muro que separava os dois quintais, e cheia de curiosidade, decide cumprimentá-lo. Polly - Olá! Digory. Viva. Como te chamas? Digory – Digory. Polly - Que nome tão esquisito. Digory - Polly ainda é mais esquisito. Polly - Não é nada. Digory - Ai isso é.


Polly – Olha, pelo menos, eu lavo a cara, que era o que tu precisavas de fazer, sobretudo depois de teres estado numa choradeira… Digory - Pois estive e depois? Tu farias exatamente o mesmo se tivesses vivido toda a vida no campo, onde tinhas um pónei e um rio ao fundo do jardim e depois te tivessem trazido para viveres num buraco como este. Polly - Ora, Londres não é buraco nenhum. Digory- E se o teu pai estivesse na Índia e fosses obrigado a viver com a tua tia e com o teu tio, que ainda por cima é maluco? Gostavas? E se isso acontecesse porque a tua mãe precisava de alguém que tratasse dela porque estava doente e talvez fosse… fosse morrer? Polly - Desculpa não sabia… O Senhor Ketterly é mesmo maluco? Digory – Bem, se não é maluco tem de haver um mistério qualquer. Ele tem um escritório no último andar e a tia Letty disse-me que nunca lá fosse. Isso já é muito suspeito, mas ainda há outra coisa. Sempre que ele tenta falar comigo às refeições, a minha tia manda-o logo calar e diz: «Não aflijas o rapaz, Andrew»; ou: «De certeza que o Digory não está interessado nisso»; ou ainda: «Então, Digory, não te apetece ir brincar um bocadinho lá para fora?». Polly - Que espécie de coisa tenta ele dizer-te? Digory - Não sei. Ele nunca adianta muita coisa. Mas há mais. Uma destas noites, quando ia a passar pelas escadas que levam ao sótão a caminho da cama, tenho a certeza que ouvi um grito lá em cima. Polly- Hum… talvez ele seja casado com uma louca e a tenha lá trancada. Digory- Também já pensei nisso. Polly- Ou então vais ver que um falsário.


Digory - Ou se calhar foi um pirata, como o homem no princípio de «A Ilha do Tesouro», e está sempre escondido dos antigos companheiros de bordo. Polly - Que emocionante! Digory - Talvez te pareça interessante, mas não lhe achavas piada nenhuma se lá tivesses que dormir. Gostavas de estar deitada acordada a ouvir o tio Andrew pé ante pé no corredor para onde dá o teu quarto? E os olhos dele são tão medonhos!...

Maria Esteves, nº 19, 6º2


“ Rosa, minha irmã Rosa”, Alice Vieira Resumo (Capítulo 2 , páginas 12 e 13): A Mariana está na casa da Rita. As duas são amigas passam a maior parte do tempo uma na casa da outra. Levam as suas cadernetas e cromos para colar juntas. As duas têm uma educação diferente e discutem sobre isso. A Rita explica que se tivesse um frasco de cola branca e um pincel, como tinha a Mariana na sala dela, levava uma tareia do seu pai. Depois ficam a discutir porque é que os pais da Rita ficam tão chateados quando ela suja alguma coisa em sua casa, porque é que ocorrem estas coisas na casa dela e o que acontece se ela sujar.

Texto Dramático (Casa da Rita, uma sala muito arrumada com um ar minimalista, uma estante com livros; uma mesa sobre a qual há um jarro com flores. Uma janela iluminada. Junto dela, vê-se um balde e esfregona a um canto)

Rita (impressionada): - Se fosse eu a ter um frasco de cola e um pincel, como tu tens, levava logo uma do meu pai! Mariana (confusa): - Levavas o quê? Rita (rindo-se): - Às vezes consegues ser mesmo parvinha… Ora, levava uma tareia! Mariana (espantada e com dúvidas): - Mas levavas uma tareia porquê? Rita (tentando encontrar justificações): - Ora… Porque podia sujar a sala, porque a sala é para visitas, sei lá por que mais… Por tudo… Por isso é que fujo logo para o meu quarto mal oiço o meu pai a entrar em casa. (muda o seu tom para um indignado): E mesmo assim… «Rita, não desarrumes nada!», «Rita, não te sujes!»… É sempre isto, mesmo quando estou quieta no meu canto… A mãe diz que a casa tem de estar sempre arrumada e que eu desarrumo tudo.


Mariana (interessada na conversa): - E não desarrumas? Rita (mostra-se com certeza): - Não, não desarrumo. O que acontece é que arrumo de uma maneira diferente e a minha mãe não gosta… De resto, as coisas nunca mudam de lugar lá em casa. Um dia o meu pai bateu-me porque eu pus o cacto em cima da secretária dele… O cacto era meu, parecia quase um rosa verde com muitas folhas, e eu pensei que ele gostasse de ter uma planta bonita a fazer-lhe a companhia, quando estivesse a trabalhar… Mas ele só disse que eu tinha entornado terra e água e agora a secretária estava manchada… (dececionada) Nem sequer reparou se o cacto era feio ou bonito… Eu olhei para a mesa e não vi lá nada, mas ele teimava que se via muitíssimo bem uma mancha mais clara no sítio onde eu tinha posto a planta… E que mais desastrada do que eu não conhecia….

(as luzes do palco desligam-se).

Maria José, 6º2


A guardiã da princesa, de Connie Glynn Passagem escolhida: 1ª parte, capítulo 1, pág. 17, 18 e 19. RESUMO A madrasta de Lottie entra no quarto e espanta-se com o facto de Lottie estar a fazer as suas malas. Lottie faz questão de lhe lembrar que é finalmente o dia da mudança para o colégio. Beady, a madrasta de Lottie, fica aliviada com a sua saída, mas mostra-se logo com pouca disposição para a levar ao colégio. Cena: Quarto de Lottie. De manhã cedo. Dia ensolarado. Quando as cortinas se abrem, Lottie está atarefada a fazer as malas. Beady entra no quarto. Beady: (com um ar confuso) Que andas a fazer a esta hora da manhã, moça? Lottie: Estou a fazer as malas. A senhora não se lembra? Vou finalmente mudarme para o meu colégio de sonho! Beady: Sim, finalmente... Lottie: (revira os olhos sem Beady ver) Pois, mas... Beady: Mas, o quê? Lottie: (um pouco hesitante) Hum...pode levar-me até ao colégio? Beady: Nem em sonhos!! Tanta coisa que tenho para fazer e vou estar a perder tempo a levar a “Madame” ... (Lottie senta-se na cama e solta um suspiro.)


Lottie: (esforรงando-se para mentir) Sem problema. Eu peรงo ao Ollie...

(As luzes apagam-se lentamente.)

Maria Neves, 6ยบ4


Obra: O mundo em que vivi Autor: Ilse Losa

Cena 53: Cenário: pequeno espaço de um apartamento (quarto). Está cheio de móveis de diferentes estilos de madeira, tem uma cama coberta por uma manta garrida e várias esculturas de madeira por cima dos móveis. Uma cabeça (estátua) de bronze (ideia: pode-se fazer um buraco um dos móveis, alguém põe-se lá dentro com a cabeça de fora e pintam-na com uma cor igual ou parecida com o bronze), uma jarra de barro com ramos de pinheiro, um rádio em cima de um dos móveis e óleos e desenhos na parede. Um cavalete a apoiar um quadro de uma mulher (cara quadrada, olhos pretos, cabelo azulado e sem qualquer expressão), umas tintas no chão e uns copos guardados num dos móveis. Há uma mesa no meio do palco. Personagens: Rose, Else, Rolf, Egon e Paul.

ELSE - (para Rose) - Venha jantar connosco. Quero que conheça o meu rapaz. Vai gostar dele, tenho a certeza. Casar para quê? Sei lá quanto tempo ainda tenho emprego. O rapaz não estuda e não ganha nada. O que os pais lhe mandam, mal dá para a renda. Assim, vivemos juntos enquanto pudermos. - (Abre a porta do apartamento) - O nosso castelo. Rolf está de óculos e blusão a trabalhar no quadro. ELSE – Rolf Levy. Rose olha para Else, espantada. ELSE – (dá uma gargalhada) – É verdade, é judeu. Não esperava, pois não? Rose começa a admirar os óleos e as pinturas nas paredes. ROLF - (para Rose) - São trabalhos de amigos meus.


Else e Rose saem do palco (vão para a suposta “cozinha”) e voltam a entrar com alguns pratos e talheres. Ambas começam a pôr a mesa. Enquanto o fazem, Else fala sem parar (sobre tendências ou coisas que já fez/ gostava de fazer, por exemplo), executa passos de ballet e belisca Rolf. ROLF - (para Rose) - Gosta? - (começa a apontar para o quadro). Rose Faz uma cara confusa. ROLF - Não gosta, pois não? A Else também o acha horrível… ELSE - Pois, como queres que goste? Sou assim tão feia? Rolf faz uma expressão triste e zangada ao mesmo tempo. ELSE - (a apaziguar) - Deve se bom, estou convencida que é mesmo muito bom, mas eu não sei entender. ROLF - (tenta mudar de assunto) - Devia aparecer mais vezes, Rose. Jantaram e depois levaram a loiça toda para a “cozinha” (não existe, os atores saem do palco para lá irem). Voltam para o palco. ROLF - É verdade, deve aparecer o Egon! A campainha toca. Egon entra, abraça Rolf e Else e deixa-se cair sobre a cama. Começam a falar de coisas que Rose não percebe/ de pessoas que Rose não conhece. EGON - O retrato? Rolf vira o retrato, de modo a que Egon consiga ver. EGON - Estupendo! - (dá voltas ao botão do rádio até encontrar uma música para dançarem (pode ser usado um rádio de papel, o sonoplasta trata do som). Tira da sua sacola uma grrafa de vinho branco). ELSE - Bravo! (tira os copos que estão guardados num dos móveis. Colocam o vinho (água) nos copos e fazem um brinde). Rose é levada para casa pelo seu recém-amigo Egon (nota: eles saem do palco, as luzes apagam-se, os aderecistas trocam algumas coisas de lugar/


acrescentam coisas para parecer outro local e voltam a ligar as luzes). Rose abre a porta de sua casa (Paul está lá dentro). Ela é puxada e “beijada” (os atores podem virar as caras para o outro lado para parecer real, mas não terem de o fazer). Rose afasta Paul de si e coça a cabeça. PAUL - Mas então? - (ri-se e foge, para fora do palco, empurrando Rose). Rose entra em casa e atira-se para cima da cama (nota: a cama da casa de Else não sai do lugar, apenas se tira a manta garrida para ficar diferente). ROSE - Oh, Paul! - (começa a chorar).

Mariana Coelho, 6º2, nº21


O DIÁRIO DE ANNE FRANK Texto dramático

Domingo, dia 11 de julho de 1943 A cena decorre no Anexo, o esconderijo dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Lá vivem algumas famílias que sonham que tudo volte ao normal. Anne está na cozinha com sr. Dussel, Margot, Miep e sua mãe, todas hóspedes do Anexo Secreto. Na cozinha há uns armários, uma mesa central de refeições, umas cadeiras e Anne veste uma saia cor de rosa, Margot usa uma camisa verde, bem clara, Miep utiliza um casaco azul-turquesa e o sr. Dussel uma blusa de gola branca e uma gravata azul e verde. Em cima da mesa central estão um prato, um garfo e uma toalha de mesa.

Anne (para o sr. Dussel): Nossa, gostei bastante do seu prendedor de gravatas! Sr. Dussel (mostrando a gravata para Anne): Querida, isto não é um prendedor de gravatas, é apenas uma pequena mancha. Anne (pensando): Estou mesmo míope… nem consigo distinguir uma mera mancha dum prendedorzinho de gravatas… Mãe de Anne (preocupadíssima): Devíamos levar-te a um oftamologista, urgentemente! Margot (assustada com a ideia): Não! É perigoso lá fora do Anexo, acho melhor não. Miep (com o dedo no ar, pois julga a sua ideia fantástica): Nós podemos disfarçála, assim, ninguém desconfiará que Anne é judia! Sou mesmo esperta! Anne (com uma voz trémula): Ah… pode ser… estou com medo de sair do Anexo mas bom, eu não posso estar assim para sempre, então vamos.


(pensando) Andar pelas ruas infestadas de militares nazis, arrepia-me de tal forma…

Miep ajuda Anne a disfarçar-se. Entrega-lhe uma capa de chuva, um par de óculos escuros e, por fim, um belo chapéu. As duas saem lentamente.

As luzes apagam-se. Pedro Costa, 6º2


TEXTO DRAMÁTICO DA OBRA ‘’O DIÁRIO DE ANNE FRANK’’ Domingo, dia 11 de julho de 1943 A cena decorre no Anexo. Anne está na cozinha com sr. Dussel, Margot, Miep e sua mãe, todas hóspedes do Anexo Secreto. Margot usa uma camisa verde, bem clara, Miep utiliza um casaco azul-turquesa e sr. Dussel uma blusa de gola branca e uma gravata azul e verde. Em cima da mesa estão adereços de um prato, um garfo e uma toalha de mesa. Anne (para o sr. Dussel): Nossa, gostei bastante do seu prendedor de gravatas! Sr. Dussel (Mostrando a gravata para Anne) Querida, isto não é um prendedor de gravatas, é apenas uma pequena mancha. Anne (em voz baixa, quase pensando): Estou mesmo míope… nem consigo distinguir uma mera mancha dum prendedorzinho de gravatas… Mãe De Anne: Devíamos levar-te a um oftamologista, urgentemente. Não podes estar neste estado em plena guerra! Margot (assustada com a ideia) Não! É perigoso lá fora do Anexo, acho melhor não. Miep: Nós podemos disfarçá-la, assim, ninguém desconfiará que Anne é judia. Anne concorda com a ideia, apesar do seu medo de sair de casa e andar pelas ruas infestadas de militares nazis, a mando de Adolf Hitler. Miep ajuda a menina a disfarçar-se. Entrega uma capa de chuva, um par de óculos escuros e, por fim, um belo chapéu, para Anne vestir-se. As duas saem do Anexo lentamente, enquanto as luzes se apagam.

Pedro, 6º3


Informações sobre o livro: “Diário de uma Totó 1” de Rachel Renée Russell

Passagem escolhida: Terça-feira, 17 de setembro, páginas 100 à 102, 116 e 117

Resumo breve do momento que se pretende transformar em teatro: Nikki, a personagem principal do livro, vive um episódio com sua inimiga Mackenzie, que lhe provoca uma queda em plena cantina na hora do almoço. Cheia de vergonha, Nikki esconde-se e escreve no seu diário. Texto dramático Sala do contínuo. Hora do almoço. A Nikki está sentada na sala, toda suja de pudim de cereja e esparguete. A sala é escura e a luz é fraca.

Nikki (Com uma voz envergonhada) - Não acredito que isto aconteceu. Que vergonha! Nikki (Levanta a cabeça e olha para o público) - Tudo estava a correr bem! Tinha o tabuleiro na mão e vi as minhas amigas na mesa 9. Nikki (Baixa os olhos, suspirando) - Ai! Ai! Nikki (Levanta os olhos) - O pior tinha passado, pensava eu! De repente, do nada, um pé fica na minha frente e ... Imaginem ... Pelo ar foi o tabuleiro, a comida e eu... Fiquei sem forças para me levantar do chão. Estava coberta de pudim de cereja e esparguete! Nikki (Depois de uma pausa) - Os segundos que demorei a levantar-me pareceram horas e estavam todos a olhar para mim. Agora estou aqui com as esfregonas a tentar juntar os pedaços da minha dignidade.

Ouve-se um barulho junto da porta.


Chloe (Com uma voz preocupada) - Nikki, estás aí? Zoey - Queremos ajudar-te. Abre a porta. Nikki (Com uma voz triste) - Entrem! Chloe - Estás bem? Nikiki - Sim, estou bem, só estou a tentar recuperar-me. Narrador (Em voz off) - E elas ficaram a conversar, pensando Nikki na sorte que tinha em ter umas amigas tão simpáticas.

TRIM. TRIM. E a campainha toca... Sofia Lopes nº27 6º2


O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado Manhã de Primavera. Num parque com árvores. Quando abre o pano, a Andorinha Sinhá está pousada num galho a olhar o Gato Malhado que está deitado na relva.

Gato Malhado -Tu não fugiste com os outros? Andorinha Sinhá - Eu? Fugir? Não tenho medo de ti, os outros são todos uns covardes...tu não me podes alcançar, não tens asas para voar, és um gatarrão ainda mais tolo do que feio. E olha lá que és feio.... Gato Malhado - Feio eu? Até me vou rir! Cão Dinamarquês (Sussurando escondido) – Cuidado, pequena Andorinha que ele ainda te vai comer! Reverendo Papagaio (de olhos fechados) - Ai que eu até vou fechar os olhos...não quero ver tanto sangue.... Gato Malhado - Tu achas-me feio? De verdade? Andorinha Sinhá (voando um pouco para mais longe) - Feiíssimo.... Gato Malhado - Não acredito! Só uma criatura cega me pode achar feio! Andorinha Sinhá - Feio e convencido! Pais da Andorinha (chegam voando) - Andorinha, vamos embora! Andorinha Sinhá (voando com os pais) - Até logo, seu feio...

Sara, 6º3


Gabriel Duarte, 6ยบ5


Clara, 6ยบ5



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