MUF - Revista Digital - Nº 1

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REVISTA DIGITAL

NO 1


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EDUCA AO E CULTURA AÇÕES EDUCACIONAIS - PROJETÃO MORRO CRIATIVO - 8 AÇÕES EDUCACIONAIS - BRINQUEDOTECA - 10

AGENDA E EVENTOS CULTURAIS - JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE - 12 AGENDA E EVENTOS CULTURAIS - ICOM/CAMOC - 13 VEM AÍ - 14

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ARTICULA AO E SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL CIVISMUF - CIRCUITO DAS CASAS TELA - 18 CIVISMUF - PROJETO CAMINHO DO ALTO - 20 CAPTAÇÃO, PROJETOS E PARCERIAS - PEDIMUF - 21

CAPTAÇÃO, PROJETOS E PARCERIAS - COBERTURA DO TERRAÇO CULTURAL E CINEMUF CAIX

MEMORIA E ACERVO

GT ESCUTADORAS DE MEMÓRIAS - NOVO GRUPO DE TRABALHO NO MU


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XA D’ÁGUA - 22

USEU DE FAVELA - 26


O

Museu de Favela é considerado o primeiro museu vivo de território sobre memórias e patrimônio cultural de favela do mundo. Seu acervo é composto por cerca de 20 mil moradores, com seus modos de vida e narrativas, sendo peça importante e desconhecida da história da Cidade do Rio de Janeiro. O MUF desenvolve ações pela valorização da memória cultural coletiva - quando uma pessoa reconhece suas próprias memórias ao ouvi-las através do outro. De história em história o MUF monta exposições itinerantes por outros museus. Ele adquire, assim, mais obras de arte contemporâneas e grafites que são instalados nas Casas Tela, uma das galerias de exposições permanentes a céu aberto na favela. Atua, ainda, pelo fortalecimento do bom caráter comunitário e pela realização de uma visão de futuro transformadora das condições de vida da comunidade. O território-museu está localizado no morro do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho, entre os bairros de Ipanema, Copacabana e Lagoa, na zona sul da Cidade do Rio de Janeiro. No Caminho do Alto, que ainda está em fase de desenvolvimento, a futura segunda galeria de visitação vai reunir memórias da relação desses locais com a Mata Atlântica e as vistas panorâmicas notáveis dentre as mais exuberantes paisagens patrimoniais da Cidade Maravilhosa.

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O-UFRJ

Conselho Editorial da Revista Digital do Museu de Favela Rafaela Feliciano e Kátia Loureiro Colaboradores desta Edição: Kátia Loureiro – Diretora Administrativo Financeiro Virgílio Garbayo – Redes e tecnologia Projeto Gráfico e diagramação: LUPA – Laboratório Universitário de Publicidade Aplicada O Museu de Favela agradece a todos os colaboradores e parceiros pelo apoio nessa primeira edição da Revista Digital. Apoio

Lupa

ECO-UFRJ

Jornalista responsável: Rafaela Feliciano / e-mail: rafaela@museudefavela.org EQUIPE DO MUF Antônia Soares – Curadora de Ações Educativas - antonia@museudefavela.org Rita Santos – Curadora de Memória e Acervo - ritasantos@museudefavela.org Kátia Loureiro – Administrativa Financeira - kátia@museudefavela.org Sidney Tartaruga– Captação de Recursos - sidneytartaruga@museudefavela.org Flávio Feitosa – Administração - flaviofeitosa@museudefavela.org Fabiana Simão – Auxiliar administrativo - fabianasimao@museudefavela.org Valquíria Cabral – Coordenadora do CIVISMUF - valquiriacabral@museudefavela.org Rita Chagas – Auxiliar do CIVISMUF - ritachagas@museudefavela.org Débora Soares – Mediadora Cultural - débora@museudefavela.org Maximilian de Oliveira– Videoteca - max@museudefavela.org Vanessa Andrade– GT Voluntariado - vanessa@museudefavela.org Virgílio Garbayo– Redes e tecnologia - virgilio@museudefavela.org João Ferreira- Zeladoria Talita de Castro– Museóloga - talita@museudefavela.org Rafaela Feliciano – Gestora do Núcleo de Comunicação do MUF – MUFALA - rafaela@museudefavela.org



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Educa ao e Cultura


6 1 0 2 3 1 0 2 O V I T A I R C O R R O M O A PROJET IONA C A C U D E S ACOE

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s O Projeto Morro Criativo reúne quase 30 projetos idealizados por moradores das favelas Cantagalo, Pavão e Pavãozinho, que se somaram para formar um projetão intitulado MORRO CRIATIVO, o qual foi estimulado e integrado através de gestões do Museu de Favela em parceria com a Associação dos Moradores do Cantagalo. O MUF enxergou a oportunidade a partir dos debates do Fórum Nacional que tem uma visão das favelas como lugares de muitas possibilidades sociais e econômicas de interesse do morador. O Fórum articulou, juntamente com o BNDES, canais de financiamento a fundo perdido para projetos de economia solidária geradores de trabalho e renda, tendo o morador como proponente e responsável pelo negócio. De outubro de 2012 até março de 2013, o Museu e a Associação de Moradores do Cantagalo desenvolveram reuniões intensas de trabalho para compreensão e

modelagem dos projetos de cada morador que aderiu ao grupo. Este voltava para casa, a partir de cada reunião, para pensar e amadurecer cada vez mais suas ideias, debater com a família, com os parceiros, até que foram transformadas em projetos. Foi uma oportunidade de treinamento para planejamento futuro e elaboração de projetos culturais, sociais, de comunicação, hospedagem, empreendedorismo, arte e turismo cultural. Concluída essa primeira etapa, no dia 03 de abril o MUF realizou o Seminário de Conclusão dos trabalhos de Elaboração do Projetão Morro Criativo com todos os proponentes, que definiram suas metas, aprovaram o documento conjunto a ser encaminhado ao BNDES e elegeram um representante do GRUPO, Elisete Napoleão (Corte e Arte), para acompanhar e defender os interesses do grupo perante os responsáveis externos. Cada participante recebeu seu respectivo projeto finalizado e o resultado final foi muito positivo. De Integração!


Cumprida a missão de facilitar e articular iniciativas criativas no território, o Museu de Favela deixou de ser o principal articulador do processo e passou à condição de apoiador do Grupo do Morro Criativo, além de ser um dos proponentes com os projetos do museu dentro do Projetão. O detalhamento conforme exigências do banco tem agora o apoio técnico do Instituto Pereira Passos e do Banco da Providência (tomador dos recursos para o MORRO CRIATIVO perante BNDES). O Morro Criativo foi a primeira resposta concreta de projeto solidário de um complexo de favelas às oportunidades criadas pelo Fórum Nacional e Cúpula das Favelas. Há grandes desafios à frente, parte deles indicativa de preconceitos sobre a capacidade de aprendizado do morador da favela para empreender com seriedade o círculo integral de montagem, desenvolvimento e controle de seus próprios negócios - o jeito que enraíza conquistas sociais. Vamos aguardar a decisão final do BNDES e continuar lutando por grandes avanços de cidadania nas favelas cariocas!


A C O E S E D U C A C IO N A IS

BRINQUEDOTECA

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naugurada no dia 06 de fevereiro de 2013, a Brinquedoteca BRINCANDO NO MUSEU DE FAVELA PONTINHO DE CULTURA do MUF tem o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro que selecionou, em edital público, um projeto do Museu de Favela. Os recursos patrocinadores vão até agosto. O Museu de Favela já articula voluntários para dar prosseguimento ao funcionamento da estrutura, que é voltada para o público infantil, juvenil e adulto da favela. No local tem uma videoteca e livros para contação de histórias e rodas de leitura. Por meio de atividades voltadas para o público infantil que acontecem às quintas e sábados de 9h às 11h, a galera se diverte e aprende sobre cultura brasileira. E assim a nossa Brinquedoteca Brincando no Museu de Favela, Pontinho de Cultura se mantém sempre VIVA! como parte dessa equipe r ze fa r ise qu em Qu ntato através do email: co em r tra en só é io ár volunt

eudefavela.org

queroservoluntario@mus



AG EN DA DE EV EN TO S CU LT UR AI S

JORNADA MUDIAL DA JUVENTUDE EXIBE FILMES NO CINE MUF CAIXA DAGUA

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MUF em parceria com a Jornada Mundial da Juventude 2013 elaborou uma programação para exibição de filmes no Cine MUF Caixa D`água. Desta forma os milhares de fiéis que estão participando deste ato internacional puderam conhecer o museu territorial do Cantagalo, Pavão – Pavãozinho. Confira a programação e participe.

22H

23 de JULHO

Flores do Oriente

24 de JULHO

25 de JULHO

Paixao de Cristo

Il Etat Une Fois

26 de JULHO

SOPHIE SCHOLL, UMA MULHER CONTRA HITLER


AG END A DE EVE NTO S CUL TUR AIS

IC OM /C AM OC

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o dia 15 de agosto, o Museu de Favela receberá representantes de museus de vários países. Eles fazem parte do Comitê Internacional para Coleções e Atividades de Museus das Cidades - CAMOC, que integra o ICOM, Conselho Internacional de Museus.

rante o ICOM, entrar em contato com o Museu de Favela pelo número 2267-6374 ou querovisitar@museudefavela.org.

Essa parceria do MUF com o ICOM/ CAMOC fortalece ainda mais a instituição e o museu territorial do Cantagalo, Pavão – Pavãozinho.

A próxima edição de nossa revista digital será especialmente dedicada ao ICOM, não deixe de conferir!

O MUF está preparando uma agenda especial para a visita técnica dos delegados do CAMOC, que envolve o Circuito das Casas - Tela, uma palestra na Base Operacional 1 e um Almoço Cultural com Cortejo de Mestres de ofícios da Favela. O MUF atua para dar visibilidade aos talentos do morro! Quem desejar formar novos grupos de expedições ao MUF du-

Mais uma oportunidade dos moradores do Museu Territorial do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho mostrarem a verdade sobre a favela!


VEM A1! junho julho agosto setembro Lançamento

do concurso mulheres guerreiras

Curso turismo

de base comunitária

Arraial do

MUF

Jornadas estudantis

encerramento DO

MINON – Movimento Internacional de Nova Museologia

base comunitária

Jornada mundial da

juventude no Rio

mulheres guerreiras

7ª primavera dos

ao museu de favela

Curso turismo de

Premiação 2013

23ª Conferência internacional de Museus - ICOM, com visita dos delegados ao MUF

museus




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Articula ao e Sustentabilidade Institucional


CIVISMUF

CIRCUITO DAS CASAS TELA

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Circuito das Casas Tela foi implantado na comunidade do Pavão – Pavãozinho e Cantagalo para mostrar aos visitantes que o lugar é um local onde a cultura e a arte são primordiais. Com objetivo de dar visibilidade à memória da comunidade e transformá-la em monumento turísticocultural, o projeto foi ganhando destaque, somando agora 30 obras de arte. Este Circuito é formado por pinturas nas paredes dos moradores, ilustrando suas histórias de vida e o cotidiano local.

ser Visitas ao circuito devem agendadas pelo e-mail: ela.org v fa e d u e s u m r@ a querovisit


Com o Circuito das Casas Tela em pleno funcionamento, o livro chamado “Circuito das Casas–Tela, caminhos de vida no Museu de Favela” escrito por pessoas atuantes na localidade e lançado em dezembro de 2012, inaugurou a condição do MUF como editor. A obra conta a história do acervo da primeira galeria a céu aberto deste primeiro Museu territorial de favela do Brasil e do mundo.

Venha conhecer o nosso CIRCUITO DAS CASAS TELA e garanta já o seu livro! Todo valor arrecadado será revertido para manutenção das Casas Tela já existentes, e para implantação de mais casas tela, que inclusive, estão sendo reformadas. O livro é gratuito para os moradores da comunidade. Mais informações pelo site:

www.museudefavela.org/contato ou na Base 1 do Museu de Favela situado no Cantagalo.


CIV ISM UF

PR OJ E T O CA M IN HO D O AL T O

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Projeto do Caminho do Alto teve início em setembro de 2012, com patrocínio do PAC Social para apoiar a criação de mais uma galeria de visitação a céu aberto no território cultural representado pelo Museu de Favela. Dessa vez, uma Trilha Ecológica iniciando no Pavão - Caranguejo e finalizando no Cantagalo – Nova Brasília. A equipe do Caminho do Alto, mobilizada pelo MUF, pesquisou memórias, realizou visitas a campo e treinamentos a fim de planejar a estrutura e procedimentos mínimos necessários para a implantação e funcionamento desse novo caminho de interpretação da favela e da cidade. Em breve mais um Circuito para nossos moradores e visitantes!


R IA S E C R A P E S O T E J O R P , CAPTACAO

F U M I D E P Desde janeiro de 2013, o Museu de Favela tem o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro para implantar o PEDIMUF - Projeto Estratégico e de Desenvolvimento Institucional do Museu de Favela. Seu objetivo é fortalecer a organização do MUF, reestruturar a atuação de sua equipe, treinar pessoal e buscar sua sustentabilidade, o que certamente resultará em bons frutos para a defesa do direito à memória e a valorização do patrimônio cultural da comunidade.

Quanto mais organizada e treinada a equipe do MUF, que é em sua maioria formada por moradores das favelas Pavão, Pavãozinho ou Cantagalo, mais firme o museu caminhará no alcance de sua Visão de Futuro, que consiste em valorizar o território através de sua história e da cultura do samba, do migrante nordestino, do negro, das artes visuais e da dança. A equipe do PEDIMUF está bastante empenhada! Novidades estão a caminho.


IA S R E C R A P E S O T E J O R P CAPTACAO,

COBERTURA DO TERRACO CULTURAL E CINEMUF CAIXA DAGUA

A

s obras de cobertura do nosso Terraço Cultural, que são financiadas pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, já se iniciaram e terão conclusão a tempo de serem realizados os eventos do MUF na Jornada Mundial da Juventude, em julho, e para a Conferência Internacional de Museus – 23ª. ICOM, em agosto deste ano. Este projeto do MUF ganhou 1º lugar em edital para desenvolvimento institucional de museus fluminenses.




Memoria e Acervo


GT ESC UTA DOR AS DE ME MO RIA S

LA VE FA DE EU US M DO HO AL AB TR DE O UP GR NO VO : ES CU TA DO RE S DE M EM OR IA CO LE TI VA

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Museu de Favela, em parceria com o Núcleo Interdisciplinar de Memória, Subjetividade e Cultura da PUC-Rio realiza a capacitação da 1ª. turma de Escutadoras de Memórias do MUF. Após essa formação, que inclui atividades teóricas e práticas, os moradores interessados passam a fazer parte do GT dos Escutadores de Memórias, um grupo de trabalho que será contratado pelo museu por entrevistas de pesquisa de oral das memórias de moradores de Pavão Pavãozinho e Cantagalo.

a historia nao termina, esta se renovando o tempo todo

Descobrir os veios de ouro da memória coletiva é um trabalho que envolve gentileza e sensibilidade, atitudes de afeto e atenção das escutadoras para com a pessoa que narra suas memórias, para com o morador. Entrevistas para descobrir memórias não são como entrevistas jornalísticas. É importante deixar a entrevistada selecionar o que é importante contar de sua vida, como deseja ser lembrada.


Nao ha uma historia pessoal que nao seja atravessada por um coletivo.

E quando a fala de um morador reverbera de forma coletiva, quando coincide com as falas de outros moradores, aí está o veio de ouro da memória coletiva que o MUF procura. As falas que motivam outras falas, que fazem sentido para os outros moradores. Onde há um desejo de ouvir sempre se acha um desejo de contar. Onde há memórias recalcadas, há também que ter coragem. Os conteúdos gerados pelo GT das Escutadoras de Memória vão enriquecendo o acervo do patrimônio cultural de Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, que o Museu de Favela cuida de valorizar, circulando com a memória coletiva de moradores em forma de prêmios, eventos e exposições, dentro e fora da favela. Quem coordena o 1º.GT de Escutadores de Memórias do MUF,que é formado por 9 mulheres, é a diretora, curadora de memórias do MUF, a jornalista e radialista Rita de Cássia Santos do Cantagalo. Em 2014 será formada nova turma!A reação das alunas estimula a perseverança do Museu de Favela e parceiros da PUC.

quero participar, quero aprender, quero tudo.


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