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A VOZ DE

ERMESINDE

MAIS DE 50 ANOS – E MAIS DE 900 NÚMEROS! N.º 908 • ANO LIII/LV

SETEMBRO de 2013

DIRETORA: Fernanda Lage

M E N S Á R I O

PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)

TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO

• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: avozdeermesinde@gmail.com

“A Voz de Ermesinde” - página web: http://www.avozdeermesinde.com/

João Paulo Baltazar

MANUEL VALDREZ

DESTAQUE Candidaturas autárquicas no concelho

PÁG. 3

António José Seguro na campanha do PS em Ermesinde

PÁG. 7

Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional na inauguração da Expoval

PÁG. S 8 E ÚLTIMA

Consolidada a dívida é essencial tratar da imagem do concelho de Valongo

Atual presidente da Câmara comenta atualidade da autarquia e expõe as suas propostas eleitorais. DESTAQUE

FUTEBOL

Entrevista com presidente do novo Ermesinde SC 1936

DESPORTO

A c o m p a n h e t a m b é m “ A Vo z d e E r m e s i n d e ” o n l i n e n o f a c e b o o k e g o o g l e +


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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Destaque

FERNANDA LAGE DIRETORA

Feiras das colheitas

EDITORIAL

O

Verão está a acabar, é tempo de colher, transformar e tratar os produtos agrícolas para o sustento da família e vender os excedentes para compensar outros gastos, fazer investimentos, cuidar da casa, prevenir o futuro. Diria que quem semeou e tratou tem agora a sua recompensa, mas nem sempre é assim, a natureza, tal como a vida, prega-nos por vezes muitas partidas. De qualquer forma este era o tempo supremo da vida rural. Para além da azáfama da vida nos campos, era tempo de festa, festa no campo, festa nas casas, festa nas feiras, festa na terra em honra dos santos protetores dos seres humanos, dos animais, das searas, das vinhas. Tempo de acertos de contas, pagavam--se rendas, foros, impostos e côngruas em produtos da terras. Encontrei um documento do meu bisavô que assinalava o pagamento de um foro em milho, galinhas e capões. Eu ainda tenho os sacos de estopa que transportavam o milho com que os meus avós pagavam a côngrua. Tempo de feiras anuais, das colheitas, de S. Miguel e das feiras novas. Feiras que com o seu desenvolvimento em muito contribuíram para o aumento da circulação da moeda e o desaparecimento da troca direta. A feira de Ponte de Lima, que se realiza desde 1125, é uma das mais antigas, bem como a de Melgaço. Mas para mim, e certamente para a maioria dos lavradores de Ermesinde, a grande feira de S. Miguel era a de Vila Nova de Famalicão, fundada em1205 no reinado de D. Sancho I. Era a feira por excelência, fui lá muitas vezes com o

meu pai, adorava a feira do gado e lembro-me de, muito pequena, pedir ao meu pai que me desse uma junta de vitelos de raça barrosã, para mim eram bois em miniatura, sempre gostei de brincar às quintas… Em Famalicão comprava loucinha de barro enquanto o meu pai procurava mais umas ferramentas. As máquinas e as alfaias agrícolas eram encantadoras, só que eram muito grandes, não havia miniaturas… Das feiras mais antigas lembro-me ainda da de Castelo Mendo em Almeida. Mais tarde apareceram as feiras novas que se espalharam por todo o país. As feiras ditavam o preço das colheitas em função da oferta e da procura, que nem IMAGEM ARQUIVO sempre correspondia à abundância ou escassez dos produtos, dependia de outros fatores, como por exemplo dos compradores que apareciam. Este rever da vida rural levou-me a pensar que nem sempre quem semeia, quem trabalha, quem cuida, é compensado. No entanto neste setembro, com eleições à porta, espero que quem semeou, quem trabalhou, quem apresentou bom produto seja compensado e quem vendeu gato por lebre, quem se limitou a vender banha da cobra seja penalizado. Mas mais importante ainda é que nesta “feira”de ideias não sejamos aldrabados e que cada um de nós procure e persevere no que quer para a sua vida, independentemente do partidarismo excessivo com que são tratados os problemas da nossa governação. Setembro – tempo de procura, de recolha dos bens necessários para enfrentar tempos difíceis, tempo de reflexão e escolha do caminho a percorrer.


SETEMBRO de 2013

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Destaque

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• ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2013 • ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2013 • CABEÇAS DE LISTA ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS VALONGO 2013 CÂMARA MUNICIPAL VALONGO

LISTAS BLOCO DE ESQUERDA

Nuno Monteiro

X

Adriano

César Ferreira

Francisco Gouveia

Alexandre Teixeira

Campos Cunha

X

José

Abílio Vilas Boas

João

Daniel Felgueiras

PARTIDO Manuel SOCIALISTA Ribeiro PSD/PPM Paulo (A VITÓRIA Baltazar DE TODOS)

UNIDOS POR ALFENA (UPA)

X

UNIDOS POR VALONGO (UPV)

X

BLOCO DE ESQUERDA CDU (PCP + OS VERDES)

PARTIDO SOCIALISTA

PSD/PPM (A VITÓRIA DE TODOS)

X X

JUNTA FREGUESIA ERMESINDE

JUNTA FREGUESIA VALONGO

UNIÃO JUNTAS FREG. CAMPO E SOBRADO

X

Daniel Faria

Carla Celeste Sousa Adelino Soares

Luís Vaz

Manuel Santos

Artur Pais

Lina Moreira

Jorge Rocha

José Luís Marques

Tavares Queijo

Ivo Vale Neves

Alfredo Sousa

Guilherme Roque

Luís Ramalho

Manuel Poças

João Paulo Pereira

Arnaldo Soares

X

X

X

X

X X

Sérgio Bessa

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2013 CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO (5 PRIMEIROS DE CADA LISTA)

LISTAS

CDS/PP

JUNTA FREGUESIA ALFENA

Eliseu Pinto Lopes

CDU Ribeiro (PCP + OS VERDES)

CDS/PP

ASSEMBLEIA MUNICIPAL VALONGO

Eliseu Pinto Lopes

Adriano Sousa

Paula Vieira

Nuno Monteiro

António Sousa

Adriano Ribeiro

João Queirós

Cláudia Santos

José Viegas

Faustino Barroso

Alexandre Teixeira

Rui Almeida

Cecília Reis

Ana Cristina Teixeira

Hugo Horta

José Manuel Ribeiro

José Sobral Pires

Luísa Oliveira

Orlando Rodrigues

Jorge do Aido

João Paulo Baltazar

Maria Trindade Vale

Nogueira dos Santos

Hélio Rebelo

Ana Isabel Pereira


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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Destaque

• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA •

João Paulo Baltazar

Agora – depois da consolidação orçamental – temos de cuidar da imagem do concelho de Valongo Tendo substituído Fernando Melo na liderança da Câmara Municipal de Valongo, João Paulo Baltazar procura, numa conjuntura política que lhe é desfavorável, manter a edilidade sob a direção do PSD. O seu estilo e ação granjeou-lhe um maior apoio dentro do atual Executivo camarário, que procura confirmar junto do eleitorado. A sua prioridade é a consolidação orçamental da Câmara, relativamente à qual procura compreender e justificar o anterior ciclo de expansão que levou à situação atual. Autarca jovem e ligado aos meios empresariais é dentro desta ótica que vê a gestão camarária. LC

“A Voz de Ermesinde” (AVE) – A primeira pergunta que lhe queria colocar é sobre aquilo que o preocupa mais, de momento, na gestão camarária, o que tem a ver com esta mudança de ciclo, a seguir ao Dr. Fernando Melo, as novas circunstâncias e paradigma de funcionamento da Câmara. E gostaria que fizesse também um pequeno balanço do período anterior e abordasse as questões em que a Câmara vai ter necessariamente que mudar, se se mantiver na sua direção. João Paulo Baltazar (JPB) – Em termos de balanço dizer-lhe o seguinte: comparar uma Câmara hoje com o que era uma Câmara há vinte anos não é possível. As diferenças são abissais. Dantes havia um modelo em que um presidente de Câmara fazia sobretudo representação institucional e, digamos, delineava uma estratégia macro, com as grandes linhas do que pretendia. A partir daí tinha normalmente um grupo de assessores para áreas temáticas e tinha, de facto, na altura da entrada na Comunidade Económica Europeia, uma abundância de meios que permitiam olhar com tranquilidade para os desafios com que nos defrontávamos. E em que, naturalmente tinha de responder a défices básicos. Todos nos lembramos dos défices enormes na área do ambiente – por exemplo em vez daquilo temos agora e se chama Lipor, que hoje é uma marca associada a alguma qualidade – na altura tínhamos uma coisa que se chamava Fertor, que tinha tudo menos qualidade. Ao nível das infraestruturas básicas tínhamos um défice enorme, teve de haver um investimento muito forte ao nível do saneamento básico e distribuição de água, houve um investimento importante na

rede viária, houve a requalificação do centro de Ermesinde, através do programa POLIS. Sendo óbvio que Ermesinde, tendo em conta a área e o número de habitantes, tem sempre que merecer um olhar es-

pente bloqueou e a outra continuou a deslizar... é o desastre. AVE – Atribui, por isso, à conjuntura económica, o pro-

A mantermos esta cadência os 56 milhões de euros de dívida pagam-se em quatro anos! pecial sob o ponto de vista das infraestruturas e da circulação e mobilidade. Mas houve mudanças significativas! Sob o ponto de vista desportivo e cultural houve também um importante investimento. Aqui faço, digamos, um parêntesis, para dizer que sob o ponto de vista desportivo ainda temos muito trabalho para fazer. E, por fim, fizemos um investimento muito forte no parque escolar, de responsabilidade da autarquia, feito no último mandato, o que faz com que hoje o nosso património imobiliário no que diz respeito ao I Ciclo seja de grande qualidade. Ora aliada à quebra do investimento imobiliário, isto fez com que, do ponto de vista do equilíbrio entre receitas e despesas, a situação se tornasse insustentável. Porque normalmente o que se fazia em momentos de expansão era investir um pouco mais do que aquilo que se recebia, na expetativa de que com o ciclo económico se fosse pagando a posteriori esse investimento. Mas no momento em que houve a rutura do investimento imobiliário, associada à quebra fortíssima nas receitas que daí provinham, estava criado um problema grave. Eu diria que quando temos duas rodas que deveriam girar à mesma velocidade e uma de re-

blema financeiro da Câmara? JPB – São duas questões, uma é o modelo – que nunca foi um modelo empresarial; mas isto não é a Câmara Municipal de Valongo, são todas... que tinham um modelo de gestão por ciclo: dois anos de investimento, dois anos para pagar, dois anos de investimento, dois anos para pagar; e portanto, num ciclo que se foi repetindo, num momento em que as dificuldades económicas e a diminuição brusca de receitas interrompe a fase dos dois anos para pagar, criou-se um problema, um problema até de modelo de governação. Porque quando se tem uma Câmara que tem 900 pessoas a trabalhar e todas elas com o mesmo modelo de governação assimilado, porque não é uma coisa que se discuta todos os anos, aquilo é assim. E é assim porquê? Porque é assim. Eu lembro-me de quando fui, eu próprio, gerir o meu primeiro orçamento, fiz uma inversão completa. O que é que acontecia anteriormente? Os próprios diretores de Departamento quando discutiam o orçamento para a sua área partiam do orçamento anterior, e tentavam, cada um, porque como a informação não era partilhada, assegurar para os menores cortes no seu próprio Departamento. O que é que eu fiz? Primeiro juntei toda a gente a discu-

tir o mesmo documento, para acabar com estes receios de parte a parte e para que as decisões fossem, todas, solidárias, e por outro lado, começamos a partir do zero em vez de começar a partir dos 70 milhões ou de por onde aquilo andava. As chefias de Departamento aderiram com relativa facilidade às mudanças – as pessoas acabaram por reconhecer, elas próprias, que o modelo era insustentável. Eles também precisavam de compreender teria de haver uma adaptação forte. Dou o exemplo da Cultura. Nós tínhamos um conjunto de contratos-programa, que duplicamos, e ainda não é muito! O que havia, era, durante o ano, um investimento em quatro ou cinco eventos que custavam à Câmara mais que um ano inteiro de apoio ao associativismo. O que é que fizemos? Meus amigos, este modelo acabou. Nós vamos virar-nos é para reforçar o associativismo e deixar de andar a comprar fora estes eventos, a não ser que seja algo que faça todo o sentido e possam servir como dínamo para associações nossas que tenham essas valências. Ainda agora está a decorrer o X1, que estamos a apoiar, dos Cabeças no Ar, que tem todo o interesse. Porquê? Porque é importante na difusão pelas nossas associações que têm a valência de teatro. Porque essas associações assim podem também melhorar a sua performance. Eu percebo e acho que há até alguma incredulidade por parte dos atores políticos, mas factos são factos. Neste momento temos uma dívida consolidada de 56 milhões de euros. No final de 2010 eram 70 milhões. Escusado será dizer que, a mantermos a cadência, esses 56 pagam-se em quatro anos. Eu não tenho a expetativa de que daqui a quatro anos não tenhamos dívida. Mas pouco mais. O que eu acho que é notícia! E não houve, nas atividades da Câmara, nenhuma desaceleração notória. O que há, hoje em dia, é um cuidado muito particular nas iniciativas e o envolvimento do tecido empresarial. Nós tivemos há pouco tempo uma iniciativa que apoiamos – esteve aqui uma semana o Porto Canal –, e essa iniciativa, em que gostávamos que eles fossem divulgando o tecido associativo, as tradições e isso tudo, foi toda suportada, do ponto de vista financeiro, por instituições locais, que nós contactamos e interessamos pelo projeto em troca de publicidade. Não tem que ser a Câmara a fazer tudo, mas tem que ser o elemento agilizador. O primeiro dos nossos desa-

fios é manter esta consolidação orçamental, isto está a correr muito bem, hoje em dia pagamos, em média, muito abaixo dos 90 dias. Mas os salários e os apoios às associações são dívida e são pagos a pronto, os apoios às associações são dívida, e são pagos a pronto, só as faturas de terceiros é que demoramos um pouco mais a pagar, até por uma questão financeira. A nossa dívida de curto prazo é de cerca de 3,9 milhões de euros, que é aquela dívida que vai rodando. Com um orçamento de 33 milhões dividido em quatro – que são os prazos de 90 dias –, isto daria cerca de 9 milhões, mas nós só temos 3,9 em dívida. Mas mesmo assim temos em tesouraria 3,5 milhões de euros, ou seja, se usássemos o dinheiro que temos agora na conta para pagar dívida de curo prazo, tínhamos a descoberto 400 mil euros, o que é muito interessante. Do ponto de vista da consolidação orçamental o trabalho não está acabado, mas as linhas mestras estão lançadas e está demonstrado que esta é a estratégia correta. Mas esta primeira exigência não nos inibe em nada. Um dos primeiros desafios que temos pela frente, expresso nas nossas propostas eleitorais é o trabalho a fazer em prol das várias camadas etárias. Para a população jovem a prioridade é facultar o acesso a um ensino e educação de qualidade, quer sob o ponto de vista patrimonial, quer sob o ponto de vista dos conteúdos. Temos que assegurar serviços educativos de excelência! AVE – Mas isso não depende da Câmara. JPB – Também. Na manutenção dos espaços. AVE – Mas tem um papel limitado no Secundário! JPB – Olhe, eu vou-lhe dizer: este sábado estivemos com o primeiro-ministro e falei-lhe diretamente na Escola Secundária de

Ermesinde. Ele garantiu-me que ia falar com o ministro da Educação para que, em breve, tivéssemos alguma novidade sobre a escola. Não estamos a falar de fazer ali aquela obra que já esteve prevista, mas haver ali uma intervenção faseada, e espero que já nos próximos dias venhamos a ter novidades sobre isto. AVE – Este mês, é isso que está a dizer? JPB – Sim, tenho essa expetativa. Nós já tínhamos falado com o senhor secretário de Estado, com o ministro da Educação, agora com o primeiro-ministro, já não tenho mais ninguém! Deixe-me dizer-lhe que este é um ponto de honra e tem que ficar resolvido e que não largaremos o dente cravado na canela. Porque não se admite – eu disse-lhe isto – que os alunos do concelho de Valongo andem de cavalo para burro no que respeita às instalações. Nós andamos aqui a fazer um investimento enorme, a criar excelentes condições no ensino básico, e depois, quando avançam um degrau, regridem!? Regridem e não é pouco! Eu expliquei-lhe que quanto à Escola Secundária de Ermesinde, porque estava prevista uma intervenção, ficou parada a sua manutenção há mais de três anos atrás. E portanto isto para nós é uma questão absolutamente essencial. A outra é disponibilizar uma formação complementar aos jovens na vertente cívica, uma das coisas que nos preocupa hoje em dia em termos de juventude. Não estou a questionar aqui se as aulas de Português ou Matemática são boas ou não, mas de comportamento cívico, de trabalho em grupo, e nisso, quer a Cultura quer o Desporto ajudam muito. Nós temos apoiado muito as ocupações de tempos livres, com Desporto e Teatro. Achamos que o Teatro, como formação complementar, mesmo a nível cívico, é uma ajuda muito importante. AVE – Engloba aqui a atividade da Agência para a Vida Local?


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Destaque

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• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • JPB – Sim sim, o trabalho para a Agência para a Vida Local é a nossa ponta de lança para essa área da formação cívica e não formal. Uma aposta clara da nossa parte. AVE – Mas se a Câmara poderá eventualmente exercer alguma magistratura de influência no que respeita à situação do Ensino Secundário, ou traçar políticas gerais, pouco mais pode fazer no terreno... ou não? JPB – Não. A questão da consolidação orçamental permite-nos agora reintroduzir algumas coisas. No que respeita às escolas uma das lacunas que vou encontrando ao ouvir as pessoas é, por exemplo, o estado dos espaços de receção dos alunos nas escolas. Sobretudo no inverno são muito desconfortáveis. É preciso ter abrigos e pisos onde não se formem poças com facilidade, por exemplo. São espaços que funcionam quase como uma doca, em que os pais deixem os filhos e têm que ter condições. Vamos também repor o apoio a material escolar – aqueles 10 euros por aluno que nós retirámos porque, de momento, tínhamos de reduzir tudo o que eram despesas correntes, porque é um dos valores que nós já podemos começar a libertar. Porque, ao contrário do que as pessoas pensam, nós começamos a ter maior liberdade orçamental. Porque dantes nós tínhamos a mesma dívida a ser paga, porque nos eram debitados juros pelos fornecedores, à taxa de 8%, e agora estamos a pagar a dívida a 2,6%. A partir do momento em que aderimos ao PAEL, foi-nos libertado este montante em termos de juros. Assim, ao termos um pouco mais de espaço na despesa corrente temos de gastar precisamente nos pontos que são mais críticos. E é nossa prioridade a questão do ensino e o apoio às famílias. AVE – E para outras gerações? JPB – Nos nossos munícipes com idade ativa, a aposta é, sobretudo, na criação de emprego. E criação de emprego no concelho. Eu insisto nesta tónica, porque não é indiferente o emprego ser fora ou dentro do concelho, por todas as razões – evitando desnecessárias deslocações com tudo o que isso implica como perda de tempo e de custo de transporte. AVE – Mas que garantias de resultados pode ter a Câmara neste domínio? JPB – Só para ter uma noção: ainda este ano abre a Hutchinson em Campo (que atualmente está em Paredes) – estamos a falar na criação líquida de 80 postos de trabalho –, eles têm hoje em dia cerca de 260 e vão passar cerca de 350 com as novas instalações. Temos a EDC, que ainda antes do final do ano arrancará também aqui nas ins-

talações do Edifício Faria Sampaio – num arranque com 80 pessoas também, e aqui estamos a falar sobretudo de jovens licenciados, ou seja, emprego qualificado. Temos naturalmente, e este nome vem sempre à baila, é um assunto que está controlado, e tem a ver com a Jerónimo Martins, que é uma expetativa com fundamento. AVE – E então a que se deve este arrastar no tempo? JPB – Quando vamos comprar uns sapatos, por exemplo – sabe o que é um impulso de compra ? – e houver lá os sapatos que queremos, compramos e vimos embora. Mas se não houver logo, ou porque não tem o número ou porque não tem a cor, o senhor da

pode ser usado para abrir novas lojas como estão a fazê-lo, por exemplo na Colômbia, para os empatar num centro logístico. O modelo é simples: um fundo que financia a construção e que depois tem um contrato que lhe assegura determinado rendimento em cada uma das rendas. É este o modelo que toda a gente segue hoje em dia. Conclusão: estes meios financeiros ou estão ou não estão. No momento em que aquele processo parou, para retomar o processo e ele não morresse, eu fui pedir a Lisboa, à administração da Jerónimo Martins, que permitisse, ao fim e ao cabo, que houvesse uma visita às instalações. E é curioso ver que aqueles que eram contra contra contra, depois desfizeram-se em elogios! FOTOS MANUEL VALDREZ

loja pode dizer “venha cá daqui a um mês”, mas durante esse mês aquele dinheiro que tínhamos guardado para comprar os sapatos, já o gastamos doutra maneira. Estou a falar-lhe disto porque conheço esta área de negócios muito bem. O que é que aconteceu? Aquilo estava tudo muito bem encarreirado, mas aquela gente na Câmara lembrou-se de chumbar o relatório que ia para a CCDRN da discussão pública do PDM. O relatório é um documento técnico. O que é que acontece? Nós fazemos a discussão pública e, no âmbito da discussão pública são colocadas questões, os técnicos dão uma resposta àquelas questões e envia-se para a CCDR a relação das perguntas e a relação das respostas. Só que este ato formal de enviar tem de ser deliberado em Câmara. Chumbaram o envio!!! Isto foi uma coisa completamente a despropósito. O processo parou. E aquele dinheiro não ficou à espera, foi para outra coisa. AVE – Porque define então a situação, agora, como controlada? JPB – Porque neste momento a Jerónimo Martins tem duas propostas financeiras em cima da mesa, concretas, que entretanto fomos todos trabalhando para que aparecessem. Porque a Jerónimo Martins não vai desviar 50 ou 60 milhões de euros de investimento anual, que

Mas o segredo é a alma do negócio, estas coisas não podem ser feitas na praça pública, a Jerónimo Martins é uma empresa cotada na bolsa e não pode sujeitar-se a boatos, nem a disputas políticas, quer é ter na Câmara um ponto de apoio estável. Não pode ser: agora vamos discutir se os postos de trabalho vão ser desta maneira ou daquela. E vai avançar a repavimentação completa da Municipal 606, assumida por aquele investimento, porque para eles é muito importante, porque vai permitir que as pessoas de Sobrado, através desta via, requalificada, vejam ali um espaço com forte potencial de emprego. Nesta altura é que a Jerónimo Martins tem duas ofertas completas, e poderá naturalmente optar por qualquer delas – com terreno, modelo financeiro dentro dos parâmetros pretendidos – para poder avançar, em breve, com o investimento no concelho. O processo não morreu, antes pelo contrário, deu muito trabalho, eu próprio me envolvi diretamente na procura de instituições que pudessem dar esse conforto financeiro, porque a Jerónimo Martins não tem problemas em ir ao orçamento anual e retirar um valor de renda que paga hoje em dia por um armazém que tem na Maia, mais três armazéns que tem em Vila do Conde mais não sei o quê... Retira isto tudo e junta numa renda de um armazém que embora possa ter uma renda li-

geiramente superior, proporciona ganhos de produtividade que limpam isto tudo. AVE – Mas tudo aquilo que referiu até agora parecem ser coisas mais ou menos avulsas – a Hutchinson, a EDC, a Jerónimo Martins. E em termos de estratégia? JPB – A estratégia passa por isto, a proximidade com os órgãos e instituições que gerem todos os dias o investimento. A EDC, por exemplo, já é resultado desta estratégia, e surge aqui devido à proximidade que nós hoje temos, quer com a CCDRN, quer com a AICEP. O que é que temos de fazer? Transmitir uma imagem positiva. Eu dou o exemplo do desporto: o facto de uma equipa do nosso concelho ter ganho este ano a Volta a Portugal deu uma projeção em termos de imagem do concelho ótima. O hóquei em patins, que vai à Liga dos campeões este ano, é reforço de marca. O CPN, que tem sido consecutivamente campeão nacional nas camadas jovens do basquetebol feminino é reforço de marca. Temos de apostar na marca. A candidatura das Bugiadas e Mouriscadas a Património da Humanidade é também reforço de marca. Por isso temos que consolidar a nossa marca, depois temos que fazer parte da rede que decide estes investimentos. Por fim temos que criar a oportunidade. E depois de criarmos a oportunidade temos de ter a capacidade de a concretizar. E aqui temos mais duas medidas importantes: um incentivo fiscal, na fiscalidade municipal, a empresas que criem postos de trabalho, e já existe uma proposta pronta a apresentar. Áreas como logística e turismo, por exemplo, serão incentivadas, e tudo isto feito de forma clara e transparente. Eu tenho a facilidade de conhecer bem o meio empresarial, e não é por lidar com ele, é por fazer parte dele. Porque há quatro anos atrás eu era empresário. O que o empresário não gosta é de nevoeiro. Temos que ser claros na nossa oferta: temos uma boa marca, temos uma Câmara parceira, estamos no sítio certo para puxar os investimentos. Tudo tem que ser claro, não pode ser se o presidente da Câmara estiver bem disposto ou de depender de decisões políticas. A decisão política é tomada no momento em que são criadas as regras. A partir daí as regras têm que ser claras para que um investidor possa avaliar as vantagens que vai obter. AVE – E não existia nada disso? JPB – Não existia nada disso. AVE – E políticas para a terceira geração? JPB – ... Para além do emprego – que é prioridade –, à chamada geração sanduíche, que tem de tratar dos filhos e dos pais, nós temos de a ajudar precisamente na área da conciliação do tempo e das

obrigações, porque as pessoas para assegurar o emprego trabalham mais horas, por vezes têm que ter dois empregos, por isso nós temos serviços que possam dar apoio à gestão familiar, como é, por exemplo o Espaço Infantil Imediato, e continuaremos a investir nessa área. Depois, para o nosso terceiro escalão etário, o nosso investimento será sobretudo dirigido a que as pessoas continuem ativas na sociedade, por isso apoiamos as universidades seniores, por exemplo. Uma das coisas que nos está a ser solicitada, curiosamente, é quase um apoio móvel. Aquele mesmo

terminarmos nós esses passeios. Isso será uma parte importante da nossa intervenção, tudo o que diga respeito às vias, que hoje em dia carecem de manutenção. Vamos apostar muito na mobilidade e nas obras de proximidade. Depois vamos lançar a Carta Desportiva Municipal – um instrumento que nos vai dizer a todos, de uma forma perfeitamente consolidada, quais são as nossas lacunas sob o ponto de vista do investimento desportivo. AVE – É um documento semelhante à Carta Educativa? JPB – Sim, e temos, de facto,

A estratégia para gerar o emprego passa pela proximidade com os órgãos e instituições que gerem os investimentos modelo que temos nas escolas, de poder ir a instituições dar as aulas – de Educação Física, de Inglês, de Informática, em vez de ocorrerem só em espaços físicos confinados, ter os formadores a deslocarem-se num veículo, com o equipamento de que precisem, aos vários locais e instituições onde estão pessoas destas faixas etárias. Nós acabamos com aquele passeio anual, passamos a querer promover as pessoas nos 365 dias do ano e não num dia. O resultado tem sido ótimo. É uma questão de continuar a intervir. Temos de ter a noção de que o tempo de vida das pessoas cresceu muito. Temos uma população que continua a ter condições de atividade constante que, ao fim e ao cabo, sofre um grande choque na sua paragem da atividade laboral. Repare que ao fazermos isto estamos também a ajudar as duas gerações anteriores, até porque na nossa aposta em termos dos seniores, nós privilegiamos muito a intergeracionalidade, como a interação avós e netos. Nós temos nos seniores um concentrado de sabedoria que, se nós pudermos, transmitir aos que estão a iniciar o seu percurso, estamos a dar-lhes uma mais valia muito importante. AVE – E para além do trabalho direto com as pessoas? JPB – Em termos de obras, vamos apostar sobretudo nas obras de proximidade, o arranjo dos passeios das ruas – nós hoje temos muitas falhas em termos de passeios no concelho. Porque os passeios eram todos feitos, normalmente, pela iniciativa privada. Nós tínhamos um conjunto de lotes no alinhamento de uma estrada, fazíamos a estrada e o passeio ia sendo feito à medida que se construía. Mas agora aquele ritmo da construção parou e o ritmo a que os passeios iam aparecendo e se iam ligando parou. Por isso vamos ter que alterar a postura e

necessidade importantes, como um pavilhão gimnodesportivo em Alfena, de mais um gimnodesportivo em Ermesinde, precisamos de resolver o problema da qualidade das instalações em diversos estádios – Sobrado, Campo, Ermesinde. Começamos por resolver problemas básicos, porque nem lhe sei dizer porque é que se arrastaram tantos anos, demasiado. O problema da propriedade do campo de futebol do Sobrado arrastou-se por mais de vinte anos, o de Campo mais de quinze anos, o de Ermesinde mais de dez anos! São coisas tão básicas que não podemos ficar à mercê de um privado para, de um momento para o outro, ficarmos sem o equipamento, que era o que podia acontecer a qualquer um deles. Temos de assegurar estas condições mínimas e trabalhar também com as escolas, porque damos muita importância ao desporto escolar e de formação. Vamos ter em conta, na distribuição dos equipamentos e na necessidade de equipamentos, a proximidade das instalações escolares. Para que possa haver um complemento de desporto ao ensino mas que não obrigue a uma grande deslocação. Dou um exemplo, vai ser agora inaugurado no dia 20 de setembro o novo espaço de ténis aqui na Vila Beatriz. O que é que a Câmara fez? Disponibilizou o espaço, concessionou-o durante um período suficientemente largo para que possa haver o financiamento da obra e fizemos uma parte desta, os aterros, a parte elétrica, mas o grosso daquilo é um investimento privado, que no final da construção é público. E vai estar ao serviço da população. O Clube de Ténis de Ermesinde de repente vai passar a ter quatro courts de ténis, dois deles cobertos, o que é um grande acréscimo de qualidade. Foi por minha intervenção – as pessoas têm que ter memória – que o CPN não ficou sem instalações no início deste


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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Destaque

GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA ENTREVISTA • ENTERRO DO JOÃO•••GRANDE ENTERRO DO JOÃO •• GRANDE ENTERRO DO JOÃO ••• •• GRANDE ENTREVISTA ENTREVISTA

mandato. Eu fui com eles ao banco, nós ajudamo-los por exemplo na questão da natação, porque contratamos hoje em dia serviços, quer ao CPN, quer ao Clube de Natação de Valongo. As aulas da escola municipal de natação são dadas por monitores destes dois clubes que são, ao fim e ao cabo, pagos pela Câmara. Para a Câmara é uma redução muito importante relativamente aos encargos que tinha e para eles é ótimo porque os ajuda a rentabilizar o investimento e a fixar lá atletas e monitores. A relação com todas as entidades desportivas foi perfeitamente regularizada. Temos um regulamento claro, com as variáveis todas, e uma associação desportiva no início da época já sabe qual é o apoio que vai ter. Há um problema para eles, que é uma necessidade de tesouraria, porque as inscrições são nesta altura. Eles iam receber o dinheiro ao longo de dez meses, mas no início não tinham o dinheiro para fazer as inscrições. E fizemos acordos com as diversas associações (de futebol, basquetebol, andebol, todas... terminamos agora com a de taekwondo), e é a Câmara que suporta as inscrições, que depois deduz no contrato-programa que tem com os clubes. E isto permite criar uma estabilização em termos financeiros muito importante. Os Bombeiros de Valongo e Ermesinde têm as contas em dia, mas a Câmara também tem as contas em dia para com eles, nós não lhes devemos um cêntimo. E isto foi um esforço enorme que nós fizemos, pagar tudo o que estava para trás e garantir que a partir daqui será tudo direitinho. É esta idoneidade, de que os acordos com a Câmara Municipal são cumpridos, que foi conquistada, e que é fundamental. AVE – Gostava também que abordasse alguns dos problemas que afligem os munícipes no domínio da acessibilidade ao concelho, e ainda a questão das portagens. JPB – Olhe, sobre a questão da A4 eu manifestei-me ao senhor secretário de Estado dos Transportes contra o seu alargamento. Porque não é necessário. O que o Governo tem de fazer é pôr a funcionar a A41 – porque o dinheiro não

sai do concessionário – em última análise sai sempre do nosso bolso. O que nos vai ser pedido se avançarem com essa ideia, inclusive introduzindo portagens, vai pagar uma obra que não é necessária se se retirarem as portagens na A41. A perda de receita da A41 comparada com os custos do alargamento é muito menor e aí a A41 passará a exercer a função para a qual foi feita, que é retirar o trânsito da VCI. AVE – E crê que possa sensibilizar a tutela? JPB – Este é o Plano A. Mas há um Plano B. A tutela está sensibilizada. O senhor secretário de Estado disse-me que ia estudar juridicamente a questão, uma vez que isto envolve duas concessões que juridicamente são diferentes. Mas prometeu-me que até ao fim do ano me daria uma resposta a isto. Teria que haver revisão dos contratos dos dois lados. O que eu lhe disse foi que poderia até haver duas entidades diferentes, mas que o patrão era o mesmo, o Estado Português e este tinha que exercer a sua magistratura. Isto resolveria um problema de custos mas também um problema de trânsito. Porque a partir daí teríamos muito menos gente a passar na A4. Plano B: se mantiverem isto, não se resolve o problema da saída da A4 em Ermesinde. A única coisa que vai fazer é que, em vez de termos duas filas passamos a ter três, mas continuaremos a ter filas, a parar o trânsito... A outra solução é aproveitar o viaduto inacabado que fica logo ali a seguir à estação de serviço de Águas Santas. Ora este viaduto podia ser utilizado para criar uma saída, o que significaria que logo aí sairia uma percentagem muito importante do trânsito – para Águas Santas, a parte oeste de Ermesinde, Rio Tinto – retirando-o da atual saída da A4. Nem que ela funcione só com Via Verde – para eles até era bom, porque iam vender mais vias verdes. Um professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que é um especialista em mobilidade, diz que aquela rotunda e viaduto da atual saída da A4 já não permite fazer ali mais nada. Aquilo estará espremido até ao máximo. Tem que se encontrar outra solução. Eu alertei também o senhor pri-

meiro-ministro para isto: eles não têm de eliminar a portagem da A41, só têm de a deslocar, puxá--la para debaixo do centro do eixo da A3. Ou seja, quem sair para Alfena não paga portagem, quem atravessar a A41 paga. Porque não faz sentido nenhum sair de uma autoestrada que não é portajada e o acesso à autoestrada ser portajado! E o que é que isto implicou? Que muitas pessoas, que vivem na parte norte de Ermesinde começaram a sair aqui na A4 para não pagarem a portagem. Há aqui um conjunto de medidas que bem aplicadas resolvem a situação. AVE – E no campo da saúde?... JPB – Primeiro quero clarificar algumas situações. Recentemente falou-se no encerramento da urgência pediátrica. Mas isso não tem sentido, porque não há nem nunca houve urgência pediátrica no Hospital de Valongo. O que existe é um serviço de urgência básico, e o serviço de urgência básico só tem médicos de clínica geral, não tem especialistas. Por isso não há pediatras. E é uma coisa perigosíssima que é darmos a ideia às pessoas de que temos um serviço que, na realidade, não temos. Ou seja, levar crianças em verdadeira necessidade de apoio de urgência hoje em dia ao Hospital de Valongo é fazê-las correr perigo. Foi esse sinal que a Direção do Agrupamento Hospitalar quis transmitir. Não tenho dúvida nenhuma que se entrasse lá uma criança a sangrar, com um problema qualquer, claro que seria atendida, agora se é uma questão que requer tratamento especial, o que se faz com a Saúde 24 e o INEM é encaminhar as crianças para o Hospital de S. João, onde de facto se tem os serviços adequados para atender as crianças. Claro que para nós a saúde é um dos alicerces fundamentais naquele tal demonstrar de qualidade do nosso concelho. Não é só a Câmara ter as contas em ordem, é ter bom ensino, saúde, etc.., porque se as pessoas quiserem vir para cá é preciso terem uma boa rede de apoio à saúde, e nós hoje temos. A USF de Valongo

é certificada a nível internacional. Temos unidades de saúde familiar a funcionar em todas as freguesias. Temos, é certo, duas lacunas, Centro de Saúde de Alfena e Centro de Saúde de Campo, mas os dois inscritos em termos de orçamento da ARS Norte. A ARS Norte tem seis investimentos para se iniciarem este ano, e dois

pessoa qualquer que viva num apartamento aqui à volta possa ter um local onde deixa ficar a sua bicicleta para que, ao domingo de manhã, quando for praticar BTT, chegue lá a e tenha a bicicleta lubrificada e em condições, pega nela, vai andar e chega ao fim, volta a entregá-la, ela é lavada, lubrificada, e colocada lá e a pessoa tem balneários para

A cultura e as tradições não são enlatados que porque funcionam ali também têm que funcionar aqui são no concelho de Valongo. Hoje em dia temos uma oferta privada, claro, o Hospital de Alfena e o Hospital de S. Martinho, que são dois equipamentos importantes. Mas sabemos também que são de iniciativa privada. E nós temos que ter aqui uma rede de saúde pública que vá de encontro às necessidades que nós temos no concelho. E por isso continuaremos a pugnar. AVE – Quanto à questão da imagem do concelho, quais as apostas que vão ser feitas? Houve o lançamento da candidatura das Bugiadas. E quanto ao pão, ao brinquedo, etc., está prevista alguma iniciativa? Há mais alguma área de interesse ou até com prioridade? JPB – Neste momento há uma que está lançada, que é a candidaturas das Bugiadas, que terá a sua continuidade, e para a qual obtivemos o apadrinhamento do senhor secretário de Estado da Cultura. Há uma área muito importante que tem a ver com tudo o que são os desportos de natureza, Valongo hoje em dia tem associada a si uma imagem de território de qualidade para a prática de desportos da natureza e portanto nós continuaremos a investir nisso, criando melhores condições. Estamos a falar com duas associações porque gostávamos de criar aquilo que eu posso chamar um hotel de bicicletas. Parece uma coisa estranha mas o conceito é que uma

tomar banho, não chega a casa e entra pelo apartamento todo sujo, prestes a ouvir a mulher aos gritos. Criar de facto aqui este serviço, que cria riqueza. E de que podem surgir três ou quatro ideias à volta: uma escola de BTT para crianças, um restaurante de apoio, bicicletas de aluguer... isto é um equipamento que a Câmara está disponível para viabilizar, até em termos de candidaturas, mas que não pode ser gerido pela Câmara, e por isso estamos já a falar com os clubes de BTT para fazer avançar este projeto. Depois, temos naturalmente o pão e o biscoito. E o que que era interessante era recriar o circuito todo na aldeia de Couce. A aldeia de Couce tem os campos de cultivo, milho e outros cereais, tem moinhos para transformar os cereais em farinha. Falta-lhe um forno comunitário, que é relativamente simples de instalar. E assim, naquele ambiente rural, conseguimos reconstruir, em parceria, com o apoio da ADRITEM, e o acesso a fundos comunitários, todo o circuito do pão, sem exigência de grandes recursos financeiros, porque está lá todo o potencial e é uma marca para desenvolver e termos ali qualquer coisa de diferente no que respeita à panificação. Porque nós não podemos ir atrás dos projetos dos outros, senão somos sempre os segundos. Nós temos de ser os primeiros a

ter uma ideia original e diferente. Quando ouço, por exemplo, o Partido Socialista usar o exemplo do Museu do Pão em Seia, acho que só falta uma coisa, a serra da Estrela. Pode acreditar-se que as cem mil pessoas que passam no Museu do Pão vão lá para o visitar? Vão é à serra da Estrela, e o que conhecem do Museu do Pão é o restaurante, que pelos vistos, não sendo o único, é muito bom. Isto é um modelo de enlatados no qual eu não acredito. AVE – A Junta de Alfena tem tido algum papel na dignificação da marca do brinquedo no concelho. JPB – A Junta de Alfena tem feito um bom trabalho, nomeadamente na obtenção do espólio. Nós cedemos-lhe um espaço. Foi feito agora um projeto por um grupo de arquitetos, para termos um espaço expositivo de qualidade. Mas tem que ser algo mais do que apenas exposição. Porque a ideia, que comungamos com a Junta é ter também ali a possibilidade de demonstrar o fabrico. Já há máquinas disponíveis e artesãos que se comprometeram a colocá-las lá, quando o Museu existir, porque queremos mostrar como é que se fazia e faz ainda hoje, o brinquedo de madeira, de chapa e de plástico. E expor, naturalmente. E também já há um acordo com um Museu, da zona de Ponte de Lima, que tem um espólio muito grande de peças, e que já tem um acordo connosco pelo qual, depois de 2014 nos vai ceder provavelmente metade do seu espólio. Vamos ter um museu orientado para os Bugios e Mourisqueiros. Vamos converter o que hoje é o Centro Cultural de Sobrado. Assim que esteja terminada a Casa das Artes de Sobrado, que vai ser um espaço com um palco com outras condições que não tem o atual Centro Cultural de Sobrado, este irá transformar-se no Museu dos Bugios e Mourisqueiros. E o papel de atração que este tiver vai ter que ser posto ao serviço da promoção de todas as mais valias do concelho. Só assim poderemos ganhar visibilidade.


SETEMBRO de 2013

• A Voz de Ermesinde

Destaque

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António José Seguro teceu em Ermesinde rasgados elogios ao candidato socialista José Manuel Ribeiro FOTOS PS

MIGUEL BARROS

O secretário geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro, esteve no passado dia 7 de setembro em Ermesinde, onde marcou presença na cerimónia de apresentação das listas de candidatos do partido aos vários órgãos autárquicos do município de Valongo. Tendo como cenário o anfiteatro (exterior) do Parque Urbano de Ermesinde – que se apresentava repleto de apoiantes socialistas – Seguro iniciaria a sua intervenção com um elogio à cidade que o acolhia, uma cidade que na sua voz tem contribuído para o facto de Valongo ser hoje um grande concelho, «pois senão fosse o contributo do trabalho das gentes de Ermesinde com certeza que Valongo não seria um concelho tão grande como é». Na sua ótica, apesar da sua grandeza, Valongo não está hoje em dia no caminho certo, sublinhando no entanto que é possível fazer melhor, que é possível recolocar o nosso concelho nesse caminho certo, uma tarefa que será possível de concretizar através de um homem de convicções, sendo esse homem é José Manuel Ribeiro. Para o secretário geral do PS o candidato socialista à Câmara é um «dos melhores que o partido tem», uma figura que tem capacidade para integrar a (próxima) lista de candidatura, e num lugar elegível, para a Assembleia da República, mas que «pelo amor que tem à sua terra decidiu ficar. Para mim o PS não podia ter escolhido melhor candidato, é um homem que está aqui para servir o seu concelho, um homem que

coloca a resolução dos problemas das pessoas em primeiro lugar, porque a política só tem dignidade se servir para resolver os problemas dos cidadãos. E é por isso que aqui estou, porque acredito que José Manuel Ribeiro será um excelente presidente de Câmara, porque ele quer servir as pessoas da sua terra», frisou Seguro. Em seguida deixou uma promessa ao nosso concelho, ao dizer que caso mereça a confiança dos portugueses para o cargo de primeiro-ministro José Manuel Ribeiro pode contar com o seu apoio para governar Valongo. Posteriormente lançou-se em duras críticas ao atual Governo, que nas suas palavras é o responsável pelo facto de hoje Portugal ser um país triste, um país onde há fome, onde não há emprego, onde existe dor, dor de pais que não têm dinheiro para dar de comer aos seus filhos, de idosos que não

têm dinheiro para comprar os seus medicamentos, de pessoas que não têm dinheiro para pagar as suas contas. «Mas será possível sair desta crise? É, mas não com um Governo que só aposta em cortes, cortes na saúde, na educação, nas pensões, etc., um Governo que trata mal os portugueses, que os chama de piegas, e manda os jovens emigrar, um Governo que não aproveita as capacidades do povo português. É possível sair da crise, sim, vai demorar tempo, mas é possível, com um Governo que aposte nos portugueses, e que não os engane, como tem sido feito até aqui pela coligação PSD/ CDS-PP». «20 anos são demais, vamos mudar Valongo» Já o candidato socialista à edilidade valonguense, José

Manuel Ribeiro, começaria por saudar e elogiar todos os candidatos do seu partido aos órgãos autárquicos do concelho de Valongo, agradecendo a todos a dedicação «neste ato heroico que é alguém entregar-se à causa política». Elogios estendidos a António José Seguro, uma figura que para si tem a característica principal que um político deve ter, a integridade. E é essa mesma integridade que José Manuel Ribeiro reclama não só para o país como também para Valongo, um concelho que em seu entender tem marcado passo. «Foi por falta de pessoas integras que Valongo ficou para trás, e hoje somos dos concelhos mais endividados do país. Houve falta de rigor, de transparência, de amor pela terra. É preciso mudar, nós temos um caminho diferente, outras ideias, queremos voltar a dar esperança às pessoas deste concelho», sublinhou o candidato que mais à

frente recordaria o facto de recentemente a Câmara Municipal de Valongo ter sido condenada em tribunal a pagar meio milhão de euros por alegadamente ter manipulado concursos públicos, e de neste momento existirem ainda em tribunal 90 processos judiciais envolvendo a autarquia! Com o PS à frente dos destinos da câmara José Manuel Ribeiro frisaria que a gestão desta entidade passará a ser feita de uma forma transparente, haverá mais diálogo com os munícipes, e não uma governação «feita apenas para os amigos, como tem acontecido ao longo destes 20 anos». O candidato socialista apresentaria ainda algumas das propostas do seu programa eleitoral, nomeadamente na “cura” definitiva do “cancro” da saída da A4 em Ermesinde, na recuperação das margens do rio Leça, na recuperação do mercado de

Catarina Martins apelou a votar no BE para defender serviços públicos A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e o cabeça de lista do partido à Câmara Municipal de Valongo, Eliseu Pinto Lopes, explicaram domingo, dia 15 de setembro, a importância do voto no Bloco de Esquerda como arma fundamental para a defesa dos serviços públicos. Os dois intervieram num almoço-convívio realizado em Ermesinde, que culminou uma arruada pelas ruas centrais da cidade, na qual participaram dezenas de apoiantes da candidatura bloquista que tem como lema "Concelho Jovem, Concelho Vivo". Eliseu Pinto Lopes, denunciou o facto de o candidato do PSD à edilidade tudo fazer para que se «confunda onde começa o presidente da Câmara e onde

acaba o candidato do PSD», dando vários exemplos da mistura de papéis, que em nada contribui para a dignidade das instituições. O candidato exigiu «mais respeito pelos cidadãos», frisando que «a Câmara não pode continuar a ser uma coutada dos interesses privados», aqueles que fizeram a autarquia «perder, desde 2004, cinco milhões de euros com a concessão da água e saneamento, e cem mil euros por ano com o negócio dos parcómetros». Referindo-se aos objetivos das candidaturas bloquistas no concelho, Eliseu Pinto Lopes sublinhou a necessidade de "transformar um concelho que é dos mais jovens do país num concelho vivo, onde as diferentes freguesias te-

nham dinâmico e não continuem a ser um mero dormitório». A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda explicou quais os principais desafios do partido com vista às eleições de 29 de Setembro. O primeiro é convencer os cidadãos a irem votar, a mostrarem «que este país é feito de gente que não se resigna, que não desiste, que sabe o que é o Estado de direito e que sabe que o povo é quem mais ordena». O segundo desafio, lembrou Catarina Martins, é contribuir para derrotar o Governo, «porque um executivo que saia derrotado destas eleições é um Governo com menos condições políticas para impor mais cortes e para aprofundar a política

Ermesinde, na criação de uma equipa especializada para trabalhar na captação de investimento para o concelho, na dinamização (para o exterior) de diversas “marcas” do concelho, tais como as Bugiadas, o pão, o brinquedo, por exemplo. Dirigindo-se novamente a António José Seguro assegurou que quando este for primeiro ministro de Portugal lhe irá bater à porta a reivindicar uma nova e urgente Escola Secundária de Ermesinde, um projeto que o atual Governo prometeu concretizar e posteriormente abandonou. A terminar pediu o apoio de todos para «mudar Valongo, 20 anos de governação PSD são demais. Vamos colocar Valongo no mapa finalmente, vamos vencer no dia 29», frisou convictamente o candidato antes de chamar ao palco todos os candidatos do partido às cinco freguesias valonguenses para uma “foto de família”.

FOTO BE

de austeridade». Por fim, há que «convencer as pessoas a escolherem o Bloco de Esquerda, porque os eleitos do Bloco não se intimidam perante o poder da finança». «Em Valongo, o PSD privatizou a água, mas o PS convive bem com isso e fez o mesmo noutros concelhos. A escolha passa por saber se as au-

tarquias defendem os bens públicos ou se são balcões de negócios privados», concluiu a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, assinalando a necessidade de eleger candidatos do Bloco para os diferentes executivos, onde tenham uma palavra a dizer nas decisões mais importantes para a vida dos cidadãos.


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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Destaque

Expoval 2013 foi dedicada à Inovação, Criatividade e Design FOTOS URSULA ZANGGER

Realizou-se de 12 a 15 de setembro, no Parque Urbano de Ermesinde, com uma afluência recorde, para o que muito contribuiu, certamente, para além do cartaz de espetáculos, a presença em direto da TVI, que ali realizou o seu habitual programa de entretenimento da tarde de domingo, a edição de 2013 da Expoval – Mostra das Atividades Económicas do Concelho de Valongo, este ano dedicado ao tema da Inovação, Criatividade e Design. Na inauguração esteve presente, ao lado de João Paulo Baltazar, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida.

LC

Manuel Castro Almeida deu o mote desta Expoval, ao destacar, repetidamente «o heroismo dos empresários». O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional declarou, na noite da inauguração do certame: «Faltam-nos boas empresas. O que se pede hoje às Câmaras Municipais [comparativamente com o papel das Câmaras anteriormente, primeiro sobretudo cobrando taxas, e depois do 25 de abril criando infraestruturas, resumiu simplificadamente o secretário de Estado] é que ajudem as empresas do seu município». «É a iniciativa das empresa que cria emprego», repisou. E sempre no mesmo curso de ideias: «Precisamos de empresários capazes de investir e arriscar». E justificando a política de fomento governativa: «A prioridade [do Governo] vai ser dirigida ao apoio às empresas». E finalmente, para que não ficassem dúvidas sobre o posicionamento ideológico da política governativa, concluiu enfaticamente: «Temos que valorizar os nossos empresários, que são uns heróis», enquanto alguns zunzuns, aqui e ali, percorriam a assistência.

O presidente da Câmara de Valongo, que o antecedeu, pôs mais a tónica na importância da mostra como alavanca da economia local, e do empenho da política municipal na inovação, na criatividade e no design, precisamente o tema da edição de 2013 da Expoval. O sucesso da mostra O sucesso da edição deste ano da Expoval - Mostra das Atividades Económicas do Concelho de Valongo era crucial para a equipa governativa camarária, coincidindo com a proximidade das eleições autárquicas e pode dizer-se que constituiu um assinalável e esperado êxito. De facto, o programa de animação, para além de nomes de grande cartaz, como os Be-Dom ou Rouxinol Faduncho, terve ainda um aliado que foi um peso pesado na atração do público ao Parque Urbano de Ermesinde, o programa televisivo de domingo da TVI dali transmitido em direto Mas contou também com outros atrativos, como a conceituada Banda Musical de S. Martinho ou a a participação dos ranchos de folclore do concelho (Rancho da Casa do Povo

de Ermesinde, Rancho Regional de Campo e Rancho de Santo André de Sobrado. E foram várias as associações locais com um papel na festa – entre elas o Centro Recreativo Estrelas da Balsa, a Associação Académica e Cultural de Ermesinde, os Cabeças no Ar e Pés na Terra, a Associação Cultural e Recreativa Vallis Longus, a Associação Social e Cultural de Sobrado. Também, mais abaixo no Parque Urbano, em destaque estavam iniciativas de carácter social – o Núcleo do Empreendedorismo Social, que emprestava assim mais esta cambiante à feira. Espaços e debates De resto, quanto aos espaços, a Expoval espraiava-se este ano, para além do já referido e dos dois pavilhões (A e B) dedicados à mostra das atividades económicas do concelho (e não só), pelo importante Núcleo da Inovação, Criatividade e Design (em destaque nesta mostra esteve a EDC (European Design Center), empresa holandesa que irá concretrizar brevemente, espera-se, a sua instalação no Edifício Faria Sampaio), havia o ha-

bitual Espaço Infantil e ainda o Espaço de Workshops. Foram muitos aliás, os que ocorreram nesta edição: “Estratégias para a Internacionalização” (por Hugo Monteiro, da empresa Xarão), “Inovação e Propriedade Industrial” (por Rui Almeida, da RFA Consulting), Projeto “Valongo para o Mundo” (por André Gandra, do Ateliê de Design), “Moçambique: Agricultura, e Áreas Estratégicas” (por Bruno Canastro, empresário), “Medidas de Apoio à Empregabilidade Jovem” (por Vítor Pinheiro, diretor executivo do Programa Impulso Jovem), “Oportunidades dde Negócio na Ucrânia” (por Hennadii Rohovets, cônsul da Ucrânia no Porto). Além dos workshops, grande destaque para a conferência central desta mostra, “Empreender em Tempo de Crise”, cuja sessão de abertura contou com a presença do presidente da Câmara, João Paulo Baltazar (que também encerrou) e ainda de Carlos Neves, vicepresidente da CCDRN (Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte), e de Eduardo Viana, diretor regional da Economia do Norte. Quanto aos temas da conferência forasm vários: “Opor-

tunidades de Negócio na Albânia (por Taulant Topciu, embaixador adjunto da República da Albânia em Portugal e Valdemar Gonçalves, cônsul da República da Albânia em Portugal), “Estratégia 2020 - Apoio Financeiro ao Empreendedorismo” (por Carlos Neves, vicepresidente da CCDRN), Martins, “Criatividade e Empreendedorismo” (da ADDICT - Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas”), “Fiscalidade e Geopredial” (por Luís Teixeira, da Câmara dos Solicitadores), e “Inovação e Negócio Lucrativo” (por João Mena de Matos, CEO da EDC). Por fim decorreu um grande número de demonstrações de projetos e palestras, a saber: Do WCFS - videomapping; Do IADE-U: – O Pesadelo - Aventuras Visuais a partir do conto de António Quadros (por Armando Villas-Boas); – Núcleo de Design para a Sustentabilidade (por Carlos Barbosa); – Ideas (R)evolution (por Américo Mateus; Do IPAM: – O Design do Corpo Humano do Futuro; Da EDC: Sobre a própria empresa

(várias) e ainda: – Dutch Awearness - Fashion Show; Da ADDICT: – Proteger as Criações (Propriedade Intelectual), por Mário Marques, jurista, e J. Pereira da Cruz; sobre o mesmo tema ainda Por Diogo Morais Oliveira, jurista; – Criar um Canal de TV (por Luís Fernandes, Canal 180/ OSTV; – Produzir Teatro Musical (por Bruno Galvão, empresário/produtor executivo, Elenco Produções; Do MPD (Museu Português de Design); Da Lipor – Projeto R+ Equipamentos Amigos da Pessoas. Estas demonstrações foram ocorrendo de quinta a domingo em vários espaços, quer na tenda da inovação, quer no palco principal, constituindo uma importante proposta de oportunidades de intervenção e aprendizagem para os empresários e criadores presentes. Poder-se-á mesmo apontar este como o aspeto mais importante deste certame relativamente a edições anteriores. E, ao fim e ao cabo, um evento em que a Câmara conseguiu satisfazer públicos muito diversos.


SETEMBRO de 2013

• A Voz de Ermesinde

Local

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Irmãs do Bom Pastor encontram-se em festa ALEXANDRINA MARIA DUTRA (*)

As Irmãs do Bom Pastor encontram-se em festa, pois estão a celebrar os 150 anos da Beata Maria do Divino Coração, Irmã que foi da Congregação do Bom Pastor e viveu de forma radical e apaixonada o Carisma e Missão da supra citada Congregação. A Bem-aventurada Maria do Divino Coração, condessa Droste zu Vischering, nasceu em Münster, na Alemanha, a 8 de setembro de 1863. Formada no culto da virtude e no amor à Santa Igreja, sentiu-se chamada à vida de consagração total a Deus no apostolado. Na idade de 25 anos entrou para a Congregação do Bom Pastor. Enviada para Portugal em 1894 e nomeada Superiora da casa do Bom Pastor no Porto, foi incrível a actividade que desenvolveu a bem das pessoas, no meio de uma dolorosíssima doença com que o Senhor

a experimentou. Sofrendo alegre, vivia só para Deus e para os irmãos. Confidente do Coração de Jesus, foi por Ele encarregada de promover a Consagração do Género humano ao Seu Divino Coração; essa Consagração realizoua Leão XIII, que a considerou: «o acto mais grandioso de todo o meu Pontificado». Finalmente, cumprida a sua missão, voou para Aquele Coração que escolhera como morada. Foi no dia 8 de junho de 1899. Objeto de veneração dos fiéis, que por sua intercessão junto de Deus têm obtido inúmeros favores, a autoridade eclesiástica introduziu a sua Causa culminada pela Beatificação no Ano Santo de 1975. Esperamos para breve a sua Canonização pois o processo encontra-se numa evolução rápida e favorável. Uma vez que este ano se cumprem os 150 anos do seu nascimento, a Congregação a que pertenceu, o

Bom Pastor, definiu alguns objectivos para a prossecução dos quais elaborou um

ções, presidida pelo Sr. D. Manuel Clemente, no dia 15 de setembro de 2012, na FOTO ARQUIVO

intenso programa, de onde destacamos: - A abertura das celebra-

Casa Diocesana de Vilar; - Uma Peregrinação Nacional, no dia 9 de junho, ao

Santuário de Cristo Rei, ao qual a Beata Maria do Divino Coração está muito ligada; - O encerramento na Igreja do Coração de Jesus, pertença das Irmãs do Bom Pastor, em Ermesinde e onde se encontram os restos mortais da Beata Maria do Divino Coração. De permeio ficam alguns programas radiofónicos e televisivos, bem como uma séria divulgação através de vários jornais Diocesanos e Paroquiais o que muito tem contribuído para dar a conhecer a Vida, Obra e Missão desta fiel seguidora do Coração de Cristo, Bom Pastor. De norte a sul do país muitas têm sido as Paróquias a solicitar a presença das suas relíquias, o que se tem constituído em momentos muito fortes de oração, de vivência espiritual e de graça. A imagem da Beata Maria do Divino Coração também esteve no Fórum Cultural de Ermesinde, integrada na Exposição “Caminhar na Fé” levada a efeito, neste ano da Fé, pela Vigararia

de Valongo. A cidade de Ermesinde está a descobrir a riqueza desta nossa Irmã na Fé que viveu de forma radical a fidelidade a Cristo e o serviço aos mais fragilizados, assim se compreende a presença da sua imagem na Solene Procissão da festa de S. Lourenço, nosso Padroeiro. O encerramento das celebrações dos 150 anos da Beata Ir. Maria, teve lugar no passado dia 8 de setembro com o seguinte programa: 11h00 - Eucaristia Solene, abrilhantada por todos os coros litúrgicos de Ermesinde e presidida pelo Administrador Apostólico da Diocese D. Pio Alves. 14h30 – Sessão recreativa no Externato Maria Droste, com atuação de alguns grupos e o tradicional canto dos parabéns. Todos os ermesindenses foram convidados a participar com alegria, entusiasmo e simplicidade nesta efeméride. (*)

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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Local

Maleitas da Cidade

TEXTO AVE FOTOS MANUEL VALDREZ

STOP... É PARA IGNORAR – Da maneira como se encontra, encoberto pela vegetação, este sinal de Stop entre a Rua Heróis de Chaimite e a Rua de Ermesinde, está ali para nada. É como se não existisse a razão de lá ter sido colocado!

AUTOMÓVEL... POUCO MÓVEL – No Parque Urbano de Ermesinde o nosso fotógrafo constatou que este automóvel se encontra estacionado permanentemente, para incómodo dos munícipes. O pior é que parece caírem em saco roto todos os alertas para resolver a situação.

TC

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SETEMBRO de 2013

• A Voz de Ermesinde

Património

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• TEMAS ALFENENSES •

A Bacia do Tabãos

RICARDO RIBEIRO (*)

recente colaboração da Al Henna com o Pelouro do Ambiente da CM de Valongo para a realização de uma caminhada pelas serras de Alfena trouxenos à ideia a elaboração de um artigo versando sobre um recanto de Alfena, desconhecido para muitos alfenenses, um recanto que urge cuidar e preservar, evitando-se novos atentados como alguns já realizados e outros que já se anteveem. Referimo-nos ao sítio de “Chãos” ou, de forma mais abrangente, à Bacia do Ribeiro de Tabãos (ou de Pedaços) e do seu vizinho menor, o Ribeiro de Valgodinho (ou de Felgueiras). Para os menos conhecedores do local, e apoiando-nos na nova auto-estrada (A41), sensivelmente a meio caminho entre os dois nós que servem a nossa Cidade (Alfena [na “Funda das Telheiras”], a nascente, e Água Longa [na “Chã dos Olhos”, em Junceda], a poente) surge um viaduto com indicação de “Ribeiro de Tabãos”, ora a zona que abordamos neste pequeno artigo é toda a extensa área (cerca de 5 km2) que se estende até aos limites com Sobrado e Valongo, simultaneamente limites da Bacia Hidrográfica do Leça. Assim, vamos fazer uso das publicações de alguns estudiosos da matéria, entre os quais o insigne geógrafo Orlando Ribeiro, para apresentar alguns apontamentos de caracterização deste local, que corresponde, grosso modo, aos históricos lugares da Rua e de Transleça. A crer na toponímia que chegou aos nossos dias, pelo menos até ao Tombo de 1689, que denomina uma das elevações no limite de Alfena com Sobrado de “Picoto Crasto”, é de admitir que as primeiras popu-

lações (castrejas) se terão fixado nessa elevação, local de mais fácil defesa, e rico em nascentes de água. Com a Romanização, e são vários os vestígios de mineração desse tempo, seria natural que a população tivesse descido do “castro” para posições mais próximas do fértil Vale do Leça, “a villa”, abandonando as anteriores posições mais defensivas. Assim terá nascido o lugar de Alfena onde, durante a Idade Média, surgiu uma gafaria, instituída em honra pelo senhor da Terra da Maia, João Pires da Maia (sobrinho-neto do Lidador e genro de Egas Moniz). Gafaria que iria transformar-se em entidade senhorial da vasta Bacia do Ribeiro do Tabãos e áreas adjacentes. A Gafaria de Alfena, administrada pelos Pinto Coelho, senhores de Felgueiras, Vieira e Fermedo, celebrou vários contratos de emprazamento por três vidas (as enfiteuses), dos terrenos mais planos, os campos/prados e as Bouças, deixando de fora os “montes”, terras mais altas e de maior declive e, portanto, de menor rendimento agrícola, que permaneceram maninhos até à segunda metade do século XIX. Se os campos/prados (terrenos agrícolas por excelência) e as bouças (terrenos relativamente mais planos para a produção florestal e recolha de lenhas e matos) tinham uma uti-

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lização mais intensiva em termos agrícolas e silvícolas, por parte dos casais enfiteutas, já os montes maninhos eram de utilização comum para a pastorícia do gado miúdo e para a recolha de lenha e mato para estrume e cama dos gados. Convém recordar que mesmo a população que não trabalhava a terra tinha o seu gado miúdo. Com a introdução do regadio do milho, a partir do Século XVII, assiste-se a uma transformação radical da paisagem, não sendo a Bacia do Tabãos uma exceção à regra. Por todo o lado são construídas obras de hidráulica, pequenos diques para suster a água e canais de rega para encaminhar a água para os campos de regadio, alguns destes canais tinham vários quilómetros de extensão e ainda hoje funcionam. Em todas as linhas de água são construídas pequenas albufeiras para regadios de consortes, estruturas comunitárias para benefício comum. Isto ocorreu no Ribeiro de Tabãos, no de Junceda, no de Vale de Nabos, no de Chãos, no de Valgodinho, só para citar os da área que versamos. Ao longo dessas levadas foram também construídos moinhos para a moagem do cereal, dos quais, hoje, apenas restam alguns em ruínas. Por outro lado, o facto de Alfena deter consideráveis áreas de terrenos de bravio, possibilitava às suas gentes a venda de carqueja e da queiró, com-

bustíveis para padarias e casas particulares, de rachão (pequenos toros de pinho com cerca de três palmos rachados ao meio) para as caldeiras geradoras de vapor em substituição do carvão, e de mutena (de menores dimensões) para fogões domésticos a lenha. Dos extensos montados de Alfena até mato se “exportava” para os agricultores de S. Lourenço D'Asmes, de Águas Santas, de Rio Tinto, freguesias vizinhas de intensa atividade agrícola, mas com muito menos recursos desse tipo, e até mesmo para as indústrias que começavam a surgir na Cidade Invicta... Após a Revolução Liberal e consequente Guerra Civil, a nova Reforma Administrativa vem alterar significativamente o mapa administrativo do País (1836), abolindo-se numerosos pequenos concelhos, mas também criando-se novos, como o caso do Concelho de Valongo (assunto que abordaremos em futura ocasião). Nos primeiros anos de vida, os novos concelhos debateramse com falta de receitas, havendo necessidade de, periodicamente, se instituírem novos impostos locais que, não raras vezes, motivavam a revolta das populações, como foi o caso da FOTO AL HENNA

Primavera 1838, quando a revolta popular contra os novos impostos lançados pela Câmara, motivou a transferência desta para Alfena. Em 28 de agosto de 1869, uma Lei do Governo do Duque de Loulé, vem permitir às Câmaras Municipais a divisão e o aforamento dos baldios «a pedido da maioria dos moradores», como forma de financiar os investimentos municipais (esse foi o pretexto, a realidade foi bem diversa…). Esta privatização dos maninhos foi a forma encontrada para conseguir a arrecadação de alguma receita adicional. Como se costuma dizer, a História é cíclica, daí a necessidade de a estudarmos. Ontem como hoje, os procedimentos da classe dirigente não mudaram muito… Assim, na década seguinte, a recém-criada Câmara Municipal de Valongo irá privatizar os montados maninhos, na área que versamos, os montados dos lugares da Rua e Transleça. O procedimento foi idêntico, as extensas áreas de montado são divididas em várias parcelas ou sortes (normalmente tiras de terreno com a idêntica largura), também designadas de leiras, que são atribuídas, por sorteio a um dos moradores do respetivo lugar. Como é natural, depressa os moradores com mais dificuldades económicas vão empenhar a sua sorte junto dos grandes proprietários, os afor-

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radores da freguesia, perdendo, não raras vezes, o direito que tinham obtido no sorteio. E assim, aquilo que era de todos e de uso comum, depressa se transforma em propriedade de alguns… Já no século XX veio a praga da eucaliptização, que conduziu à destruição da paisagem natural do montado e a uma maior erosão dos solos. O futuro terá que passar pela recuperação desta extensa área de montado, reintroduzindo as espécies tradicionais, e criando caminhos pedonais e velocipédicos para fruição dos alfenenses. Dessa forma, para além de melhorarmos a qualidade de vida dos alfenenses, possibilitar-se-á uma maior vigilância dos terrenos por vários olhos, prevenindo-se, também por essa via, uma outra praga moderna que são os incêndios florestais, e defendendo, também, os direitos dos proprietários. Este é, no entanto, um projeto que necessita de consenso alargado para que possa ser posto em prática. É esse o esforço que temos feito no seio da Al Henna, colocar pessoas de diferentes quadrantes políticos a debater assuntos que dizem respeito ao nosso Património Comum. (*) Membro da AL HENNA – Associação para a Defesa do Património de Alfenao

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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Literatura

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Sinais de Fogo

RICARDO SOARES (*)

ublicado postumamente, longo, inacabado, "Sinais de Fogo" é um dos mais portentosos romances portugueses da segunda metade do século XX. Não há que ter medo das palavras: estamos perante uma absoluta obra prima. O romance “Sinais de Fogo”, de Jorge de Sena, promove uma interpenetração entre experiência individual – a crise amorosa por que passa o protagonista, apresentada como um verdadeiro trauma psicológico – e experiência coletiva – a crise histórica representada pelo início da Guerra Civil Espanhola e seus primeiros reflexos em Portugal –, relacionando a história do protagonista e a História de Portugal. Jorge de Sena aproveitou a sua experiência de vida e vários acontecimentos da sua própria juventude para escrever o romance; mas ao fazê-lo, operou uma série de combinações, amálgamas, mutações e transmutações que são responsáveis pela “ficcionalização” da matéria biográfica; “Sinais de Fogo”, como autêntica ficção, traça antes de mais nada o retrato de um modo de vida particular, de uma vivência afetiva, social, política e histórica, artisticamente estruturada. Lá para as bandas da Figueira da Foz, um grupo de familiares e amigos gozava tempo de descanso pelos idos anos de 1936, com a Guerra Civil de Espanha em “cima da mesa” e, de entre eles, um despertava para a sexualidade, para a política, e para tudo o que mexia à sua volta. Jorge vai para casa do tio, Justino, um "bon vivant", jogador inveterado de cartas ou no casino, "seguindo com os olhinhos a bolinha da roleta", que sem nunca ter conseguido seguir a carreira militar tinha tido um caso amoroso rocambolesco que o marcará para toda a vida. Por isso, em casa, tio e tia dormiam em quartos separados e Justino, quando podia, dava uma saltada ao quarto da criada mais jeitosa ou “mais à mão”. Jorge não arriba à Figueira num dia qualquer: «Quando cheguei à Figueira, a estação era um tumulto de espanhóis aos gritos, com sacos e malas, crianças chorando, senhoras chamando uma pelas outras, homens

que brandiam jornais, e uma grande massa de gente comprimindo-se nas bilheteiras». Em Espanha rebentara a revolução. Jorge não se impressiona. Sai o mais rapidamente de casa dos tios à procura de Odette, que fora sua "de graça". Odette estava no Porto "por conta de um ricaço...". Desanimado, Jorge vai à procura dos seus amigos de férias. Há personagens para todas as variações do ser e estar. Uma coisa, porém, os une: a descoberta do amor, da(s) mulhere(s), sejam elas prostitutas ou sérias, que começa logo no início do livro com uma orgia notívaga, a libertinagem, a raiar o pornográfico. À espreita – assumido também pela homossexualidade de Rufininho –, estamos perante um romance de iniciação: «Eu era uma criança. Os meus amigos eram umas crianças. Todos nós era como se tivéssemos afinal só

se»; «Ela entregou-se-me e possuiu-me atentamente, minuciosamente, numa concentração que lhe cerrava com força os olhos e lhe cravava as unhas nas minhas costas, e que não queria que eu, nem para começar, me soltasse dela». Entregando-se a dois homens ao mesmo tempo, Mercedes, que está noiva dos amigos de Jorge, abre um sinal de fogo indizível que acompanhará Jorge: há uma obsessão e uma ultrapassagem a que Jorge não resiste. Mesmo que o Almeida a possuísse, Jorge remói, sangrando: «Que o diabo levasse tudo o que quisesse, todas as preocupações, todos os ciúmes, todas as palavras dadas por conta dele. Eu queria-a minha, por que preço fosse». Almeida podia ir com ela para a cama e, na mesma tarde, Jorge também se entregaria a ela. Quando está com os amigos, ou vê o mar, ou quando pratica mais orgias – mesmo retirando delas prazer –, o seu FOTO ARQUIVO ser (e o nada dele) são permanentemente transfigurados em efabulações constantes, umas de caráter filosóficometafísico, outras de prosa poética que se lançam à poesia no sentido literal do termo: «Sinais de fogo, os homens se despedem, exaustos e tranquilos, destas cinzas frias. (...) um breve instante, gestos e palavras, ansiosas brasas que se apagam logo». Não é verdade, não se apagam. Mesmo quando tudo acaba e Mercedes parte para o Porto – e Jorge se interroga, e nós com ele ainda hoje: «Sabes... a gente conheceu-se cedo de mais, ou tarde de mais» –, são "as ansiosas brasas" da poesia que ecoam. Em verso: «Oh meu amor, de ti, por ti, e para ti,/ recebo gratamente como se recebe/ não a morte ou a vida, mas a descoberta/ de nada haver onde um de nós não esteja». Já em Lisboa, na compadezasseis anos ainda. E não seria que quase nhia de Luís (o marinheiro que quer perder as todos os homens continuavam assim?». graças no mar, não o da Figueira nem o da pesCom a Guerra Civil de Espanha como ca do bacalhau, mas o mar do mundo), a voz de pano de fundo, eis que aparecem em casa do Jorge ecoa, agora em prosa, como se fosse um tio Justino dois espanhóis. Contra a instrumento que, no meio de uma orquestra, pardacenta ditadura do senhor de Comba envolvesse todo o tempo e espaço: «Depois, Dão («Está tudo depravado. Razão tem o deitado na cama, sentia-me a arder (....) Não me governo em dizer que chegou a hora da lim- sentia, porém, doente, nem sabia que estava peza. O Salazar, agora, vai pôr tudo na or- vivo ou morto, nem isso tinha importância. Mesdem»), Justino faz ponto de honra em mo o dizer que eu 'estava' não é exato, porque protegê-los, preparar o salto, por barco, para na suspensão de ser, que era a minha, o 'estar' Espanha, com a colaboração de uma perso- não tinha sentido algum». nagem menor do romance, um funcionário Fulgurante, Jorge de Sena, já no fim do do Partido Comunista Português, e a morte romance, toca, subtilmente, mais uma vez de um amigo que participa na fuga. no teclado: «Só me diriam alguma coisa ouPorém, o eixo central do romance é a ex- tros versos, os livros que relatassem, mesplosão de uma paixão: a de Jorge por mo imaginosamente, a vida». Mercedes, que já se adivinhava no verão "Sinais de Fogo" está entre esses veranterior. É em torno dela que vai desaguar sos. E a vida. toda a poesia de "Sinais de Fogo". (*) avozdasp@gmail.com «Eu queria-a minha, por que preço fos-

Breves • A escritora Lídia Jorge surge destacada na capa da edição de agosto da revista “Le Magazine Littéraire”, a principal publicação francesa dedicada à literatura. • A edição norte-americana de “Terra Sonâmbula”, de Mia Couto, livro originalmente publicado em Portugal pela Caminho, faz parte da lista de nove finalistas do Prémio Internacional Neustadt de Literatura 2014, considerado o mais prestigiado galardão literário internacional atribuído nos Estados Unidos a escritores de diferentes nacionalidades.Os membros do júri do prémio vão reunir-se em outubro, na Universidade de Oklahoma, e o vencedor será anunciado a 1 de novembro, durante o Festival Neustadt Internacional de Cultura e Literatura.

• Lisboa, 9 de agosto de 2013: faleceu o escritor Urbano Tavares Rodrigues, tinha 61 anos de carreira literária. Entre os seus livros, destaque para “A Noite Roxa”, “Bastardos do Sol”, “Os Insubmissos”, “Imitação da Felicidade”, “Fuga Imóvel”, “Violeta e a Noite”, “O Supremo Interdito”, “Nunca Diremos Quem Sois” ou “A Estação Dourada”. • O terceiro romance de David Machado, “Índice Médio de Felicidade”, foi publicado pela D. Quixote (grupo LeYa), no dia 3 de setembro. • Curso de Escrita Criativa – carga horária de 14 horas, na Academia Apamm de Ermesinde. Contactos: tlf-220924475, tlm918963100; morada: Rua José Joaquim Ribeiro Teles, nº 545, 4445-485 Ermesinde; email: ermesinde@academiaapamm.com


SETEMBRO de 2013

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Desporto

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Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N.º 908 • SETEMBRO de 2013 • Coordenação: Miguel Barros

“Rei morto, rei posto”. Eis o Ermesinde Sport Clube 1936 FOTOMANUELVALDREZ

O nosso jornal esteve neste mês de setembro à conversa com Jorge Costa, o presidente do mais recente clube da nossa cidade, o Ermesinde Sport Clube 1936, emblema que veio ao mundo para ocupar o lugar deixado vago, digamos assim, pelo hoje quase defunto Ermesinde Sport Clube.


II

A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

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ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA DIREÇÃO DO ERMESINDE SPORT CLUBE 1936

O recém-nascido Ermesinde 1936 quer voar alto… com os pés bem assentes no chão «O Ermesinde Sport Clube 1936 nasce com o objetivo de dotar a cidade de Ermesinde de um clube que para além de fomentar a prática desportiva generalizada, promova a aquisição de hábitos de vida saudável entre os mais jovens, contribuindo para uma educação fundada em princípios de urbanidade e desportivismo, tornando o clube num agente nevrálgico da cidade, promotor cultural, recreativo, económico e desportivo». Foi desta forma que na noite de 2 de agosto último a mais jovem coletividade desportiva da nossa freguesia se apresentou oficialmente à comunidade local, dando assim o primeiro passo de uma caminhada que se sonha ser de glória, tal como outrora aconteceu com o velhinho e hoje moribundo Ermesinde Sport Clube. Com o intuito de ficar a conhecer um pouco melhor o projeto do Ermesinde 1936 o nosso jornal esteve à conversa com Jorge Costa, o presidente da Direção do recém-nascido emblema local. MIGUEL BARROS

Travado o conhecimento com a dura e praticamente incontornável realidade do septuagenário Ermesinde Sport Clube, cuja viabilidade de continuidade foi testemunhada na Assembleia Geral (AG) que o clube levou a efeito a 21 de junho passado como uma missão impossível, um grupo de sócios do emblema verde e branco, incrédulo com a situação logo tratou de encontrar uma solução para que a prática e promoção desportiva – com o futebol à cabeça – na nossa cidade não fizesse definitivamente parte do passado. E essa solução, a única mediante os acontecimentos vividos naquela noite, passava pela criação de um novo clube. Jorge Costa foi um dos muitos sócios do agora “antigo” Ermesinde Sport Clube que marcou presença na citada AG, e recorda hoje a tristeza vivenciada nessa noite ao constatar que o seu clube estava perto do fim. «Todos os que lá estiveram, e principalmente aqueles que gostavam do Ermesinde, ficaram tristes pelos acontecimentos ali verificados. Tristes pelo facto de ver que as anteriores gestões deixaram o clube chegar ao estado ao qual chegou, impossibilitado de continuar, com dívidas muito grandes, com as Finanças a suspender a atividade do clube», relembra A partir dessa noite criou-se um grupo de pessoas com dinâmica, segundo o nosso interlocutor, que foram conversando e, num curto espaço de tempo, um novo clube viu a luz do dia. O nascimento oficial do Ermesinde Sport Clube 1936 ocorreria a 18 de julho, e porquê 1936 no “nome de batismo”? «Foi uma espécie de homenagem ao anterior clube, que foi fundado precisamente em 1936», decifra a curiosidade Jorge Costa. Tentar manter o espírito do anterior clube mas crescer de uma forma sustentada, «sem correr os riscos do passado. Temos uma Direção jovem, com ideias, um grupo de pessoas com dinâmica, como já referi, que pretende fazer uma gestão responsável e que possa fazer crescer o clube de uma forma autossustentável, e que não se repitam os erros do passado verificados com o antigo clube, o qual – volto a dizer – chegou ao estado a que chegou por culpa dos erros das anteriores gestões. Nós queremos fazer uma gestão transparente, onde os sócios possam ver e analisar as contas, e fazer com que este projeto possa evoluir de forma

positiva e sem contratempos. Esse é o caminho», sublinha Jorge Costa. Com apenas dois meses de vida o Ermesinde 1936 ainda dá naturalmente os primeiros passos em diversos sentidos, ainda está a criar as suas bases, digamos assim, como salienta o seu presidente. Um dos objetivos que está a ser levado a cabo no presente é conseguir angariar o maior número de associados possível, de forma a levar avante os projetos em carteira. Atualmente o Ermesinde 1936 conta com cerca de 250 associados, sendo que centena e meia transitaram, por assim dizer, do antigo clube (que tinha cerca de 1000 associados), ao passo que os restantes 100 são atletas da formação. E aqui reside uma novidade na “política” de angariação de novos associados, pois todos os atletas dos escalões de formação são “feitos” sócios do Ermesinde 1936, isentos do pagamento de quotas. «É uma forma de os fazer sentir mais o clube», explica o dirigente, que frisa ainda que neste momento se estão a fazer esforços para cativar mais sócios do “antigo” Ermesinde para o “novo” Ermesinde. Cativar parece ser mesmo a palavra de ordem no imediato, com a jovem Direção a trabalhar muito no sentido de aproximar mais o novo clube da cidade, e vice-versa, uma ligação que para Jorge Costa não se fazia notar em relação ao “velho” Ermesinde. «Queremos que exista uma maior interatividade entre o clube e a cidade. Neste momento estamos a trabalhar através das redes sociais, a dar a conhecer o clube através desses meios. Em breve vamos ter online também a nossa página oficial na internet, e estamos ainda a fazer uma série de contactos com o comércio local de forma a que eles nos possam ajudar, ao colocar aqui no estádio publicidade. No fundo estamos a dar a conhecer o clube à cidade». Aposta na formação Jorge Costa não se cansa de dizer que neste momento o Ermesinde 1936 está a criar bases para crescer, para concretizar os projetos que tem em mente, e por falar em bases é de sublinhar que o novo clube irá fazer uma aposta forte no setor da formação. Neste ponto o dirigente frisa o facto de o Ermesinde 1936 possuir todos os escalões de formação, desde a academia (batizada de Argolinhas 1936) até aos juniores. Escalões que por esta altura iniciaram no Complexo Desportivo dos Montes da Costa os seus trabalhos de preparação com vista à nova temporada. «É muito importante para o clube apostar na formação, fazer com que os atletas cresçam e mais tarde possam vir a ser apostas na equipa principal. Aliás, cerca de 50 por cento dos jogadores do atual plantel sénior é oriundo da formação do anterior clube (Ermesinde Sport Clube). No setor da formação posso dizer ainda que estamos a apostar em equipas técnicas com experiência, para que no futuro este setor possa dar os seus frutos», diz Jorge Costa. Neste momento, e como já dissemos, as equipas de formação do clube já dão os primeiros pontapés na bola, mas com uma ou outra dificuldade pela frente, a mais saliente a questão dos espaços para trabalhar. O único campo para desenvolver esses trabalhos tem sido o do Complexo Des-

FOTOS MANUELVALDREZ

portivo dos Montes da Costa, retângulo de jogo que presentemente alberga todos os escalões do futebol ermesindista, inclusive o plantel sénior, pelo facto do relvado do Estádio de Sonhos estar a ser recuperado e nos termos visto obrigados a trabalhar nos Montes da Costa. «Temos tido algumas dificuldades na gestão do espaço, e por isso aproveito a oportunidade para pedir alguma paciência aos pais dos atletas da formação, no sentido de que compreendam que, por vezes, temos a necessidade de adiar, ou cancelar, um ou outro treino, porque na verdade estamos condicionados ao espaço que temos, insuficiente para todos os escalões». Municipalização dos Sonhos Situação que pode ser colmatada, ou atenuada, com a reutilização do Estádio de Sonhos, cujo relvado nunca é demais relembrar se encontra a ser substituído. Obra esta que está a ser suportada financeiramente pela Câmara Municipal de Valongo, que, como é público, é a nova proprietária do recinto, na sequência do acordo – também do domínio público – celebrado com um dos principais credores do antigo Ermesinde Sport Clube, Abílio de Sá, com a solução do desbloqueamento da penhora do estádio a passar pela permuta dos terrenos do campo dos Montes da Costa, que ficarão com capacidade construtiva, e do Estádio de Sonhos ser municipalizado e requalificado. Atualmente essa requalificação passa pela substituição do relvado, mas na


SETEMBRO de 2013

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Desporto lugar a algum empreendimento. O que era uma pena, pois este recinto é uma referência no desporto, aliás, uma referência da própria cidade. Agora, entre ter o estádio reabilitado, com um relvado sintético no futuro (nota: projetado para daqui a dois anos), com condições para todas as equipas do clube aqui trabalharem, ou ter o atual Complexo dos Montes da Costa, sem dúvida que prefiro ter o estádio, porque o estádio tem muito melhores condições para criar um bom complexo desportivo do que os Montes da Costa», refere convictamente. Subida de divisão seria bem vinda

visão de Jorge Costa ainda muito há a fazer na reabilitação dos Sonhos, estando certo que, a seu tempo, a Câmara vai proceder a esses melhoramentos de modo a que possam existir as mínimas condições para que ali se desenvolvam espetáculos de futebol. Questionado sobre se a municipalização do Estádio de Sonhos foi ou não a melhor solução Jorge Costa é perentório em afirmar que «preferia que o estádio se mantivesse na posse do clube. Agora chegado ao ponto a que o anterior clube chegou era praticamente impossível manter o estádio na sua posse. As dívidas eram tão grandes que a única solução foi a municipalização do estádio». E sobre perder o Complexo Desportivo dos Montes da Costa, que tem sido tão importante para o desenvolvimento dos trabalhos das camadas jovens, e que na sequência do acordo entre a autarquia e o construtor Abílio de Sá daqui a dois anos irá desaparecer, o presidente da Direção do Ermesinde 1936 também é direto ao opinar que «se me perguntassem se gostaria de manter os Montes da Costa enquanto complexo para as camadas jovens trabalharem, diria que sim, o espaço é importante, pois suprimia algumas debilidades ao nível de falta espaços desportivos na cidade. Mas por outro lado o estádio estava de alguma forma hipotecado a um construtor civil, e o mais provável era no futuro desaparecer para dar

Como é óbvio a conversa mantida com Jorge Costa direcionou-se a determinada altura para o plano desportivo, mais em concreto para o futebol, e no que poderá fazer o novo Ermesinde 1936 no ano de estreia nas provas oficiais da Associação de Futebol do Porto. O recém-nascido emblema da nossa cidade irá competir no escalão mais baixo da dita associação, isto é, a 2ª Divisão, mas nem isso impede a nação ermesindista de sonhar com uma subida logo no ano de estreia! Antes do mais Jorge Costa sublinha que a Direção não colocou objetivos rígidos à equipa sénior, mas que face ao bom grupo construído a subida é a meta que todos gostariam de alcançar. «O plantel está construído para que possamos fazer um bom campeonato. Temos um grupo de atletas que nos dão essa garantia. Construímos um plantel para ganhar, e o que lhes pedimos é que vençam jogo a jogo. É claro se as coisas correrem bem gostaríamos já na primeira época de subir de Divisão, isto sem criar qualquer tipo de pressão seja a quem quer que seja, atenção! Até por que quem anda no futebol sabe que muitas vezes as coisas não correm como se deseja».

III

clube a 2 de agosto último no auditório da Junta de Freguesia de Ermesinde, e que demonstram desde logo que este novo clube é mais do que um… mero clube de futebol. Outras modalidades para além do “desporto rei” foram projetadas pelos fundadores do novo emblema, modalidades que outrora fizeram parte do “ADN” do “anterior” Ermesinde, como por exemplo o boxe, ou o atletismo. O futsal também poderá ser uma novidade já a partir da próxima temporada, mas para já ainda está tudo no papel, pois primeiro há que criar bases para colocar esses projetos em andamento a médio prazo. A terminar Jorge Costa faria um apelo à comunidade de Ermesinde. «Gostava que todos se aproximassem deste novo clube, que se inscrevessem como associados, e que nos ajudassem a que todos estes projetos pudessem vir a ser concretizados, para que no futuro próximo possamos estar num patamar mais alto, onde a cidade merece que o seu clube esteja».

Clube eclético “O Ermesinde Sport Clube 1936 nasce com o objetivo de dotar a cidade de Ermesinde de um clube que para além de fomentar a prática desportiva generalizada…” – palavras introdutórias aquando da apresentação pública do

FUTEBOL - 1ª JORNADA DO GRUPO 7 DA TAÇA BRALI

Ermesinde Sport Clube 1936 empata no primeiro jogo oficial LUÍS DIAS

O Ermesinde 1936, o novo clube da nossa freguesia, estreou-se oficialmente – no passado dia 15 – com um empate num jogo – diante do Mocidade de Sangemil, jogo muito pobre em termos de futebol praticado. Tendo o Complexo Desportivo de Alfena como casa emprestada, enquanto o Estádio de Sonhos vê crescer um novo relvado, o conjunto da nossa cidade não se pôde queixar da falta de público, tendo comparecido muitos ermesindenses que já conheciam muitos dos jogadores da nova equipa, pois grande parte deles já tinha atuado no “velhinho” Ermesinde Sport Clube. A competição Taça Brali, também é uma estreante na Associação de Futebol do Porto, entidade esta que aproveitou um ano de remodelação no quadro das competições futebolísticas em Portugal para acolher uma nova taça. O primeiro golo do encontro surgiu na sequência de um centro de Leça, em que o guarda-redes Ricardo Lourenço é batido por Diogo Loureiro, sobrando a bola para Paulo, que finalizou a jogada com um remate que só fez a bola parar no fundo das redes do guarda-redes maiato. No entanto, reagiu bem o Sangemil, que ao minuto 32 repõe a igualdade, por intermédio de Bruno Silva, que se antecipa ao guardião Teixeira. Desta forma o resultado ao intervalo registava um golo para cada lado, resultado

que iria permanecer inalterado até ao final do encontro. A segunda parte acabou por ser muito faltosa e as oportunidades de golo escassearam. O Ermesinde 1936 não conseguiu aproveitar o facto do guarda-redes adversário ter sido expulso por falta fora da grande área, quando a equipa de Sangemil já não podia fazer mais nenhuma substituição, aos 81 minutos. A jogar contra 10 unidades e com um jogador de campo a fazer de guarda-redes, o jogo continuou com muitas paragens, com vários jogadores a “tombarem” no relvado sintético deAlfena, e nem com nova expulsão para os lados do Mocidade de Sangemil aos 92 minutos, por palavras ditas ao juiz da partida, o resultado se alterou. O empate acabou por ser um resultado justo tendo em conta a falta de ideias que se implementou na segunda parte. Neste encontro alusivo à 1ª jornada do grupo 7 da Taça Brali o Ermesinde 1936 alinhou com: Teixeira; Folgosa, Fábio, Pedro Castro e Pedro Assunção; Marco, Leça e Serginho; Diogo Loureiro (Faria, aos 63m), Fábio Moreira (André, aos 28m) e Paulo. Treinador: Jorge Lopes. No outro encontro do grupo, disputado entre Inter de Milheirós e o Águas Santas, também se registou um empate, mais precisamente a dois golos. Águas Santas que é precisamente o próximo adversário do Ermesinde 1936 na competição, partida agendada para o dia 22 de setembro.

Suplemento de “A Voz de Ermesinde” (este suplemento não pode ser comercializado separadamente). Coordenação: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez. Colaboradores: Agostinho Pinto e Luís Dias.


A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Desporto BILHAR

Clube Bilhar Pedro Grilo vence supertaça no arranque da época Bilharsinde FOTOVOXXCLUBEBILHAR

MB

Já foram dadas as primeiras tacadas da nova temporada bilharística no que ao “universo” Bilharsinde diz respeito. Na noite de 7 de setembro último o salão dos organizadores das competições Bilharsinde, o Voxx Clube de Bilhar, recebeu a final da supertaça, a qual colocou frente a frente os bicam-

peões da 1ª Divisão da Superliga Bilharsinde (SB) – e simultaneamente vencedores da Taça Bilharsinde –, o Clube de Bilhar Pedro Grilo, e os vicecampeões do escalão maior da competição rainha do Voxx, o Paraíso da Cidade. A título explicativo convém sublinhar que esta última equipa aparece a discutir a Supertaça Bilharsinde pelo facto do campeão da 1ª

Divisão da SB e da Taça Bilharsinde ter sido o mesmo combinado, e como tal os regulamentos da prova dizem que nesse caso é o segundo colocado da 1ª Divisão da SB que ocupa a outra vaga de finalista. Quanto ao jogo em si o Clube de Bilhar Pedro Grilo (na imagem) conquistou mais um título para a sua cada vez mais rica vitrina, após um esclarecedor triunfo por 9-3.

Esta final foi ainda aproveitada para sortear a primeira fase da edição de 2013/14 da SB, sendo que à semelhança do ano anterior o certame vai ser composto por 70 equipas (20 delas fazem a sua estreia no certame), divididas em oito grupos, estando o arranque agendado para o próximo dia 23 de setembro.

CICLISMO

75ª Volta a Portugal em Bicicleta foi conquistada pela União Ciclista de Sobrado FOTO UCS

Agosto de 2013 ficará nos anais da história do desporto valonguense, graças à vitória da União Ciclista de Sobrado (UCS) na 75ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta, que entre os dias 7 e 18 do citado mês animou as estradas do nosso país. A OFM/Quinta da Lixa/Goldentimes/União Ciclista de Sobrado, assim se denomina oficialmente o conjunto orientado por José Barros, venceu a competição por intermédio do seu ciclista galego Alexandro Marque, com um registo de 40:01:42, enquanto que na segunda posição da classificação geral individual ficou o seu companheiro de equipa Gustavo Veloso, a quatro segundos. Após o término da Volta a vila de Sobrado explodiu de alegria, tendo sido verdadeiramente impressionante a forma como a freguesia recebeu os seus ídolos, num ambiente a

fazer lembrar as festas de S. João. A apoteótica chegada dos corredores da OFM/Quinta da Lixa/Goldentimes/UCS por volta das 11h30 da noite ao centro da vila transformou-se numa calorosa receção àqueles que horas antes tinham acabado de vencer a 75ª edição da Volta a Portugal. Recebida nas instalações da Junta de Freguesia de Sobrado, a comitiva da OFM/Quinta da Lixa/Goldentimes/UCS foi praticamente engolida pelos milhares de populares que esperaram pela sua chegada. Figuras notadas, para além de Carlos Mota, o presidente da Junta local, e o edil da Câmara Municipal de Valongo, João Paulo Baltazar, para além de Nuno Ribeiro, presidente da UCS e de Rui Vinhas, corredor do Louletano/Dunas Douradas, dois atletas naturais de Sobrado e que muito têm contribuído para que Valongo seja hoje uma das grandes referências da velocipedia nacional. Dias

mais tarde foi a vez da autarquia valonguense prestar uma homenagem pública – com um voto de louvor – à equipa sobradense.

DAMAS

BASQUETEBOL

Sérgio Bonifácio foi quarto classificado no 15º Open de Damas do Vai Avante de S. Pedro da Cova

Setembro marca o arranque de mais uma edição do Torneio Internacional de Basquetebol do CPN

O ermesindense Sérgio Bonifácio foi um dos 49 damistas que marcaram presença no prestigiado Open de Damas do Vai Avante, em São Pedro da Cova, que este ano cumpriu a sua 15ª edição. Nesta prova, pontuável para o ranking da Federação Portuguesa de Damas, Sérgio Bonifácio atuou – a convite – pela equipa da casa, o Vai Avante, pelo facto de a equipa à qual pertence, o Núcleo de Damas de Ermesinde/Café Avenida, não ter reunido o número mínimo de atletas exigido para competir no torneio, quatro para sermos mais precisos. Assim, além de Sérgio Bonifácio, também os ermesindenses Nélson Monteiro, e Ricardo Araújo tiveram de competir sob os “desígnios” de atletas individuais. Quanto a classificações finais Sérgio Bonifácio foi o melhor dos três ermesindenses em prova, ao alcançar o quarto lugar de um torneio conquistado por Fernando Gonçalves, da equipa da casa. Ricardo Araújo foi 12º, ao passo que Nélson Monteiro alcançou a 18ª posição.

Como já vem sendo hábito no mês de setembro Ermesinde vai ser a capital do basquetebol de formação durante dois fins de semana consecutivos com a realização da 14ª edição do Torneio Internacional do CPN. Este ano ião marcar presença no evento 38 equipas, que disputarão um total de 70 jogos. Na verdade serão quatro torneios de quatro escalões femininos existentes em atividade no clube, nomeadamente as sub-14, as sub-16, as sub-19 e as seniores. O minibasquete vai também abrilhantar o torneio, mas sem modelo competitivo. O 14º Torneio Internacional do CPN vai contar com combinados oriundos de Espanha, em todos os escalões, e as melhores equipas dos distritos de Setúbal, Lisboa, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo e Vila Real. Pela quinta vez consecutiva o torneio do CPN irá ser um evento solidário, onde todos os atletas, treinadores, dirigentes, voluntários e árbitros participantes são convidados a trazer um alimento para entregar a uma instituição de solidariedade social escolhida pela Junta da Freguesia de Ermesinde. Os jogos irão decorrer no Pavilhão Gimnodesportivo de Ermesinde e no Pavilhão do CPN.


SETEMBRO de 2013

• A Voz de Ermesinde

História

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O Tratado de Alcáçovas fez 534 anos Há 534 anos, mais concretamente no dia 4 de setembro de 1479, foi assinado o 1º tratado entre dois países soberanos europeus que revela já preocupações de globalização com a divisão de espaços, neste caso atlânticos, a explorar futuramente. MANUEL AUGUSTO DIAS

oi em Alcáçovas, ao tempo um concelho autónomo e, atualmente, do município de Viana do Alentejo, entre o rei de Portugal, D. Afonso V e os Reis Católicos, Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Este Tratado que também pôs fim à Guerra de sucessão de Castela (1479-1480), entre, por um lado, D. Afonso V e o príncipe D. João e, pelo outro, os Reis Católicos. O Tratado deliberava também sobre o domínio do Oceano Atlântico por ambos os países. D. Afonso V entrou na Guerra da Sucessão de Castela, em defesa das pretensões de sua sobrinha e esposa, D. Joana, chegando a intitular-se Rei de Castela. Reacenderam-se, assim, os diferendos ainda não totalmente cicatrizados entre os dois principais países ibéricos, desde há um século atrás, aquando da Guerra da Independência no contexto mais lato da Guerra dos Cem Anos. Como reação, os Reis Católicos intitularam-se, igualmente, Reis de Portugal, e os confrontos acabaram por surgir, quer por terra, quer por mar, lançando-se os castelhanos também na exploração do Atlântico Sul, fazendo viagens até à Guiné e a Cabo Verde, chegando mesmo a capturar naus portuguesas. A guerra ganhava contornos cada vez maiores e a 2 de março

de 1476 dar-se-ia a Batalha de Toro. Ainda foi tentada uma ajuda militar junto de Luís XI, monarca francês, que sairia gorada, e D. Afonso V acabaria por entregar ao filho, o príncipe D. João, os poderes para negociar a paz com Castela. E a 4 de setembro de 1479, no Paço dos Henriques, em Alcáçovas, pelos representantes de Portugal e de Castela seria assinado então o Tratado de Alcáçovas, também conhecido por Tratado das AlcáçovasToledo, por ter sido ratificado mais tarde na capital castelhana. Para além de determinar a paz com Castela, e o fim das pretensões de ambas as partes ao reino vizinho, este Tratado aludia ainda à política expansionista de ambos os reinos, pelo Atlântico Sul, traçando-se como linha divisória o Paralelo de Alcáçovas, a 27 graus do Equador, passando a Sul do cabo Bojador, sendo que

as terras a descobrir a Sul deste Paralelo seriam de Portugal. Por este Tratado, Portugal conseguia ver reconhecido, também, o seu domínio sobre os Arquipélagos da Madeira, dos Açores, de Cabo Verde e o senhorio da costa da Guiné, com a riqueza do ouro da Mina e a exclusividade, para Portugal, sobre a conquista do reino de Fez. Também Castela conseguiu alguns trunfos, designadamente o reconhecimento da sua soberania sobre as ilhas Canárias (pondo fim a um conflito diplomático que durava desde o reinado de D. Afonso IV) e a exclusividade da conquista do reino muçulmano de Granada, mas, por outro lado, teve de renunciar à navegação a Sul do cabo Bojador, ou seja, do Paralelo 27, área exclusivamente portuguesa. Este tipo de cláusulas faz com que este Tratado seja o primeiro da história a regulamentar a posse de terras ainda por conhecer, refletindo claramente o conheFOTO ARQUIVO MAD

Pormenor do Palácio de Alcáçovas, onde foi assinado o Tratado do mesmo nome, no fim do século XV.

cimento, projeto e interesse de Portugal em garantir o seu domínio sobre o grande Golfo da Guiné e, sobretudo, o direito a prosseguir as suas viagens de exploração da costa ocidental africana, no cumprimento do grande “sonho” de D. João II de conseguirmos chegar às Índias por mar. Este Tratado serviu, também, para decidir a mútua devolução de territórios entretanto ocupados, a restituição de prisioneiros e de bens a quem haviam sido retirados. Fixava, ainda, as indemnizações a pagar pelas destruições causadas durante esta guerra, designadamente, de fortalezas que haviam sido construídas durante o conflito. Este Tratado foi assinado no Paço dos Henriques ou Paço Real da Vila de Alcáçovas que foi residência dos reis portugueses no século XIV, Aí se realizaram, por exemplo, os casamentos dos pais de D. Manuel I de Portugal (D. Fernando de Viseu e D.ª Beatriz) e da rainha Isabel I de Castela, a Católica. Nele, o nosso D. João II redigiu o seu testamento a 20 de setembro de 1495. Infelizmente, do palácio original do século XIV nada resta, uma vez que ao longo dos tempos se foi procedendo a sucessivas obras de adaptação a novas realidades e funcionalidades. Foi palácio real, casa nobre; solar dos Henriques e de outras famílias nobres da terra e, finalmente, espaço público. Atualmente está em estado de degradação acelerada sendo urgente uma intervenção para manutenção do que existe e que está indelevelmente ligado à História de Portugal e do Mundo.

Os protagonistas D. Afonso V D. Afonso V demasiado jovem quando o pai faleceu, foi substituído pela mãe e depois pelo tio D. Pedro, que viria a ser também seu sogro. A nobreza de Portugal entrou em luta e o rei, já então a governar, não soube ou não quis evitála, antes se intrometeu nela, chegando a lutar com as forças do regente D. Pedro, que sucumbiu ingloriamente no combate de Alfarrobeira em 1449. No seu tempo foram ocupadas, em Marrocos, as localidades de Alcácer Ceguer, Arzila e Tânger, daí o cognome de “O Africano”. Mas, também, fez avançar a Expansão Marítima, por intermédio de seu filho, ainda apena Príncipe, tendo-se atingido o arquipélago de Cabo Verde, a Guiné, S. Tomé e Príncipe, o Rio do Ouro, a Costa do Marfim, a Costa da Mina, a Serra Leoa.

Reis católicos: Isabel de Castela e Fernando de Aragão Governaram os respetivos reinos nos finais do século XV e princípios do século XVI. Conquistaram Granada aos muçulmanos e D. Isabel apoiou as viagens de Cristóvão Colombo, que descobriria o novo continente americano. A vitória contra os muçulmanos e a Expulsão dos Judeus, em 1492, justifica o cognome de “Reis Católicos” A filha do casal, Joana, a Louca, tornarse-ia a primeira Rainha de Espanha. Os Reis Católicos estão sepultados na Catedral de Granada.Luísa de Gusmão, em 1662. Notabilizou-se como governante por ter conseguido levar a Guerra da Restauração ao seu termo. Depois foi exilado, regressando ao país em 1685. Fez parte ainda do Conselho de Estado de D. João V e foi o 12º Capitão Donatário da Ilha de Santa Maria (Açores).

EFEMÉRIDES DE ERMESINDE - SETEMBRO

Compositor Duarte Lobo

O compositor Duarte Lobo e um pormenor da rua em Ermesinde com o seu nome Na toponímia ermesindense evocam-se alguns nomes ligados à produção musical portuguesa. Está neste caso, precisamente, Duarte Lobo, um dos maiores músicos portugueses de todos os tempos que, no dia 24 de setembro, completa 367 anos sobre a sua morte.

Embora não existam muitos dados disponíveis sobre a sua vida, havendo logo muitas dúvidas acerca do seu lugar de nascimento, pensa-se, no entanto, que terá nascido em Alcáçovas (Viana do Alentejo) ou em Lisboa, no ano de 1565 mas, pela sua obra, tem-se

a certeza de que foi um dos maiores compositores portugueses de todos os tempos. Embora tenha vivido no período em que já se começava a desenvolver o barroco, a sua obra inclui-se claramente no movimento estilístico da Renascença. As suas obras tiveram tanto mérito já na altura em que foram produzidas que foram editadas em Antuérpia. É preciso dizer, que devido à sua qualidade andou sempre próximo da corte real, tendo sido protegido, já em adulto, pelo Cardeal Rei D. Henrique. Normalmente assinava o seu nome em latim, Eduardus Lupus, e a sua obra acompanhou um pouco a estadia da Corte, tanto em Évora como em Lisboa, tendo sido mestre de Coro, de Capela (em Évora e em Lisboa) e Professor (ensinou música, em Lisboa, no Colégio do Claustro da Sé). Duarte Lobo, considerado por muitos como o maior polifonista de todos os tempos – ainda hoje se reconhece uma grande perfeição e qualidade no que fez – faleceu há 367 anos (1646) com 81 anos. Existem atualmente, em Évora, Lisboa, Coimbra, Vila Viçosa, Valladolid, Sevilha, Munique e Viena exemplares de quase tudo o que dele foi editado em Antuérpia; e o Museu Britânico possui um grande número de manuscritos com obras de Duarte Lobo, nomeadamente Missas e Motetos.Officium Defunctorum (1603); Opuscula: Natatitae noctis responsoria; Missa; Beata Maria virginis antiphonae, Eiusdem virginis salve, Choris (Antuérpia, 1605); Liber processionum et stationum ecclesiae olyssiponensis (Lisboa, 1607); Liber Missarum (Antuérpia, 1621); Liber H. Missarum (Antuérpia, 1589). Subsidiado pelo Instituto de Alta Cultura saiu, em 1945,um volume de composição polifónica de Duarte Lobo.


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Emprego

CONDURIL -

A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.


SETEMBRO de 2013

• A Voz de Ermesinde

Crónicas

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Os polos da vida: desigualdade no nascimento e na morte Quão distantes estes se apresentam da maioria dos sine nobilitate que o mesmo é dizer do comum das crianças. Embora, hoje, até os menos favorecidos disponham de condições materiais muito além de tempos recuados em que, frequentemente, quase tudo faltava aos que vinham a este mundo, estamos longe de poder afirmar que todos nascem iguais. E, como o orgulho e o preconceito permanecem inscritos em fortes caracteres na mentalidade humana, essa desigualdade mantém-se intransponível

NUNO AFONSO

onquanto o nascimento e a morte sejam realidades correlatas aos seres vivos, o homem, porque dotado de faculdades intelectivas e emocionais, estabelece desigualdades que o colocam numa escala valorativa diversa, relativamente aos seus irmãos, desde o berço ao túmulo. Efusivos, tangem os sinos a dar conhecimento de que o berço de oiro tem já um ocupante, seja príncipe, herdeiro nobre ou rebento de burguês afortunado. Para quem não foi bafejado pelo resplendor de uma família de importante posição social e financeira, partilhando com muitos outros não mais do que a essência humana, a religião cristã estabeleceu um sacramento abrangente que irmana todos como Filhos de Deus e é no momento em que são recebidos no seio da Igreja que se manifesta a alegria de pertencer aos Seus eleitos e a vaga ilusão da igualdade perante a vida. Ouve-se o bimbalhar dos sinos por quem quer que seja o novo membro da comunidade paroquial, regozijam-se os mais velhos, saúdam-se os pais dos neófitos. Porém, a referência ao berço de oiro não é só figura de estilo para caracterizar os filhos de gente muito rica, está-lhe associado tudo quanto existe de mais valioso, os grandes palácios de requintados materiais, a sumptuosidade artística dos damascos e das sedas, dos veludos, das púrpuras e dos linhos, dos castiçais, das pratas, das finíssimas porcelanas que os ornamentam, inúmeras categorias de serviçais desde aias, amas e mordomos até aos físicos, mais modernamente médicos, e enfermeiras que velam pelo bem-estar da criança e ainda um conjunto de pessoas que, estabelecem indispensáveis contactos entre o recém-vindo e o mundo exterior de que passou a fazer parte.

IMAGEM DE ARQUIVO - MAUSOLÉU DE HALICARNASSO

ainda que os crescentes progressos se vão alargando a toda a população. A competitividade acompanha cada um de nós muito antes de soltarmos o primeiro vagido, de início manifestada pelos nossos pais e, pouco a pouco interiorizada pelo novo ser. Mas, se as diferenças registadas ao início da vida parecem, de algum modo, justificadas pela estratificação social pré-existente e, tudo indica, se manterá ao longo da existência que deverá ser prolongada e feliz, já a ostentação face à morte carece, assim podemos julgar, de tal paralelismo. O termo da vida mereceria antes a de-

monstração de um sentimento de humildade, o que, raramente, sucede. Os privilegiados têm procurado, através dos tempos, perpetuar a sua grandeza mandando erigir grandes monumentos, jóias arquitectónicas de enorme preço e não menor valor, de preferência ornamentadas com peças artísticas cuja temática, em vida, os apaixonou. Crendo ou não na transcendência, na eternidade da alma mais do que na mera certeza da corruptibilidade física, os rituais funerários que os arqueólogos trazem ao nosso conhecimento revelam a preocupação das gerações humanas que nos precederam em deixar rastos visíveis da sua passagem pelo mundo. Têm sido, sobretudo, esses grandiosos monumentos as principais fontes para o estudo das mais famosas civilizações, dos usos e costumes dos seus integrantes. Poder-se-á afirmar que da morte dos nossos antepassados ganham as nossas vidas pela maneira como cada povo se relacionava com a própria existência: alimentação, vestuário, cerimónias, exercício da religiosidade, relações interpessoais, desenvolvimento técnico, científico e humanístico entre outras. Foram as pirâmides egípcias que nos disseram o que distinguiu esse povo de quaisquer outros. Nessas necrópoles foram descobertas as múmias cujo processo de preservação ainda nos causa espanto. O mesmo aconteceu relativamente aos monumentos das civilizações précolombianas das Américas Central e do Sul que, a todo o momento, nos trazem novidades acerca do desenvolvimento de aztecas, maias, incas e outros povos menos conhecidos. Das civilizações grega e romana muito menos saberíamos não fossem os seus monumentos civis e religiosos em grande medida sobre a forma de encarar a vida atual e a vida futura. O esplendor do Renascimento ficou registado, em grande parte, nos túmulos das classes dominantes, desde os Papas desse período aos imperadores, reis e membros de grandes famílias. O Papa Júlio II, da ilustre famíla Della Rovere de Florença, que sonhou, depôs a primeira pedra e encarregou Bramante da construção da nova Basílica de S. Pedro, tinha também um projeto mais pessoal: o próprio mausoléu com 10 metros de altura e contendo 40 estátuas todas de tamanho real, que deveria ser construído por Miguel Ângelo e ser incluído na nova Basílica. Esse foi igualmente o grande sonho de Miguel Ângelo que viveu o resto dos seus dias sem conseguir terminá-lo.

Aqui d’El-Rei!

GIL MONTEIRO (*)

erão os efeitos da crise económica que fazem lembrar os tempos idos?! Magia não é. Quando, à lareria, após a ceia, se ouvia o vento zoar nas telhas e chaminé, levava a avó Ana, tratada, carinhosamente, por mãezinha, a interromper os seus contos e ditos, pelo fumo e choinas

saídos da entrada para a chaminé; o serão parecia um filme com efeitos especiais! Foi à volta do lar que ouvi arrepiado, à luz mortiça do candeeiro, com os ruídos noturnos de uma casa de lavoura, e do chiqueiro dos porcos por perto, contar “A Esperteza da Velha”! Cheguei a sair do colo do pai a fim de ir à porta das escadas ver se o povo chegava para apanhar o ladrão, escondido debaixo da cama! Jamais voltei a ouvir tais pedidos de socorro... É preciso chegar ao século XXI e quase a ter bisnetos, e assistir a uma crise económica forte no nosso Portugal, para lembrar, novamente, um “Aqui d’el-Rei”! Na rua onde moro, em Paranhos (Porto), talvez por ser nova, larga e bem iluminada, os assaltos e roubos nos carros estacionados são poucos, e até um camião TIR pernoitava em fim de semana... Quem tem uma cadelinha para passear na rua e zonas verdes notou a ausência do TIR parado. – As baterias eram roubadas! – informou a

Estrela, companheira nos passeios caninos. Ao encontrar o Sr. Orlando, enquanto o seu cão, velhinho e pesadote, aproveitava para se sentar no passeio, informou: – Aqui na rua começaram os roubos das baterias dos carros estacionados ao relento e o rebentar e levar dos pequenos portões do passeio, antes dos jardins de entrada! Fui ver. Era incrível! Necessário se torna dizer: a mesma rua faz um ângulo reto, e nas moradias onde mora o Sr. Orlando é mais estreita e atafulhada de carros nos passeios – mais furtos, portanto. Tenho o privilégio de ter por perto as matas da quinta do Covelo e, ainda, alguns terrenos agrícolas onde os milheirais e os nabais se renovam (este ano poucos). Têm toscos muros, para os passeios da rua, protetores da invasão dos campos, e são recobertos de capas de cimento. E o que vi?! Destruídas a cinzel para roubar as

varinhas de ferro de muro rematado! – Isto é que vai uma roubalheira – afirmou o Armando, habituado a guardar a chave da sua casa duriense, em buraco da parede, quando era pequenito, e pessoas a pedirem licença de entrada, no fundo das escadas granítico-xistosas, para subirem até à porta; e, agora, ser assediado pelos vendedores de novas tecnologias na entrada do seu andar! Estava longe de vir a encontrar o Afonso, discípulo de outros tempos. A conversa foi apetitosa, mesmo no passeio de rua! Quando chegou à desgraça de ouvir que andava à procura de emprego, antes de ter que emigrar, pois a carpintaria onde trabalhava faliu, dei-lhe um abraço e entrei no carro triste. Antes de arrancar, o Afonso vem ao automóvel e diz: – Tem uma moedinha? – Aqui d'el-Rei! Tirem-me deste filme!.. (*) jose.gcmonteiro@gmail.comm


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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Crónicas

A boneca de trapos objetivo útil para os meus finais de tarde. Após algumas “investidas” junto de lojas que eu conhecia e outras que iam sendo indicadas percebi que todas tinham fechado. Não tinham resistido à crise que foi agravada pelas tradicionais lojas dos “chineses” (a nomenclatura popular GLÓRIA LEITÃO

á muitos anos atrás, em tempos em que as pessoas tinham o culto de amealhar o mais que podiam, a avó Natalina colocou todo o seu amor numa boneca de trapos que fez para a sua neta que tinha ajudado a criar, tendo em conta que, num tempo forte de emigração, esta menina ficou ao seu lado enquanto os seus pais e irmã iam na conquista de um mundo novo, na procura de novas oportunidades e onde, à força de muito trabalho e sacrifico tudo poderia ser melhor. Recentemente esta avó partiu para a “terra do nunca” e esta neta (ainda de olhar triste), agora com 41 anos, trazia o seu “tesouro” na mão, pois queria guardar e proteger a sua boneca que ficará como legado para a sua filha. Claro que todos quisemos ajudar e lá andávamos a tentar saber onde se poderia emoldurar a preciosa boneca de trapos. Toda a informação que se ia obtendo direcionava para o local onde se “tem tudo”: os shopping’s. Mas aqui todos sabemos que os preços têm que ser elevados, porque os encargos de quem usa aquele espaço são também elevados e a avó Natalina não ia querer isso. Deveria haver outra alternativa e eu, numa necessidade que tenho de ocupar os finais de dia com aprendizagem – tinha completado 75 horas de formação assustava-me a ideia de que em agosto teria que parar, tendo em conta que ainda não encontrei o botão “off “do meu cérebro –, fiquei feliz porque tinha arranjado um

oportunidade de visitar a feira de artesanato que acontecia a par com estas festividades – de certeza que lá encontraria solução. Voltei a fazer o percurso da minha infância, que era acompanhado pelos sons da tradicional “banda da música”, que se iam tornando mais FOTO ARQUIVO GL

para as anteriores “lojas dos trezentos”), com preços impossíveis de combater. Fica-nos uma sensação de desconforto no estômago quando ao caminhar pelas ruas vemos tanto pequeno comércio de portas fechadas e que encerraram consigo tantos sonhos, tantos anos de história, tantas horas de dedicação, tanta angústia e tanta incerteza, até à difícil decisão que tem que ser tomada: “encerrar”. Mas, depois, lá interiorizamos que a vida continua e é isso que o bom senso manda…continuar. Eu também seguia em frente com o objetivo de encontrar alguém que fizesse uma “casinha digna” para a bonequinha de trapos e, de repente, lembrei-me dos artesãos, aquelas pessoas que disponibilizam os seus dons na feitura daquilo que os apaixona e absorve em tempos livres (e não só) e que lhes serve como escape e até terapia. Decorria nesta altura a “festa da minha terra” e eu tinha a

A VOZ DE

ERMESINDE

percetíveis à minha aproximação do local da festa e, quando vou na procura da tal feira de artesanato, de repente, lá estou eu a olhar para um parque de estacionamento, batido pelo calor de um sol intenso do dia 15 de agosto, quando me deparo com dezenas de banquinhas, devidamente organizadas e coloridas por criações diversificadas, multicores e a preços “low cost” – bom senso por parte de quem não ignora os “dinheiros curtos” dos tempos de hoje. Ia começar a minha “ronda”, na procura do que me levava lá quando, de repente, olho para uma em especial e que entre outras ofertas apelativas tinha escrito: café. Aproximei-me, porque não via como tomaria eu ali café. Estava lá a máquina de café sim senhor e quando pedi o “meu café” um jovem de bom trato, pediu-me o favor de esperar porque sendo uma máquina “tipo caseira” tinha procedimentos mais lentos.

Esta espera foi preciosa porque olhei para um pequeno espaço, limpo e brioso, onde havia um “pedacinho de tudo” para quem quisesse lanchar e matar a sede. A este jovem juntou-se o irmão e ambos me explicaram que se tinham tornado uma equipa que investiu naquele projeto como hobby e também uma forma de poderem ganhar mais “uns trocados”, fazendo uma coisa de que gostavam. Ambos da área da metalomecânica, mostravam-me, orgulhosos, tudo aquilo que tinham idealizado com a sua criatividade e que foi construído com as suas próprias mãos. Tudo num esmero que dava gosto e não poderia ser de outra forma porque isso passava na limpeza, no seu atendimento desprendido e educado e ainda no querer de quem quer… muito, acima de tudo ser feliz. E ao terminar a conversa com estes dois irmãos, que me disseram chamar-se Márcio e Tiago, a minha última surpresa… – eram de Ermesinde. Eu, que não tinha conseguido ir à festa de S. Lourenço dar os parabéns aos meus amigos “Ultra” (por se terem mantido de “pedra e cal” ao lado do clube de futebol da sua terra), dava por mim a pensar que efetivamente as pessoas não nascem do solo e não se “cimentam” nos solos – movem-se na dimensão dos seus sonhos e dos seus objetivos, fazendo-nos cruzar em qualquer pedacinho de terra, independentemente do seu nome. Neste dia de agosto consegui encontrar a tal solução através de um contacto que obtive e entregaria no dia seguinte à neta da avó Natalina, para que ela conseguisse “dignificar” a sua bonequinha de trapos e tudo o que ela sentimentalmente representa. Também, neste dia, vi-me perante dezenas de pequenos empreendedores (alguns amigos da minha infância nestas terras de Vermoim), que representam todos os outros, espalhados por esse país fora e que não cabem num texto, por tudo o que se possa dizer sobre a riqueza dos seus dons, a força da sua coragem, da sua persistência e da sua motivação – tudo acompanhado por sorrisos, que nem sempre espelham o que nos vai na alma.

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SETEMBRO de 2013

• A Voz de Ermesinde

Opinião

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A (in)sensatez dos juízes do TC

A. ÁLVARO SOUSA (*)

primeiro-ministro voltou a reagir mal à decisão do Tribunal Constitucional, agora sobre a pretensão do Governo de despedir milhares de funcionários públicos sem qualquer indemnização digna deste nome. Passos Coelho e outros membros do Governo, designadamente Poiares Maduro, chegaram à política com cinquenta anos de atraso. E não perceberam, ou persistem em ignorar que assim é. Com efeito, se os seus pais tivessem “andado da perna” colocando-os no mundo político no tempo da outra senhora, eles teriam sido excelentes políticos num ambiente de ditadura em que ninguém ousaria invocar os limites constitucionais para governar conforme o

“suserano” entendia ser o melhor para os seus desígnios. Acontece que, felizmente, o 25 de Abril trouxe consigo uma nova Constituição e um tribunal encarregado de velar pelo seu cumprimento, donde a “deriva” de Passos Coelho de tentar fazer esquecer o seu primeiro intento de substituir o atual texto constitucional por outro talvez inócuo, orientando agora os seus ataques ao diploma, por “farpas” dirigidas aos inquilinos do Palácio Ratton, outra coisa não pretenderá alcançar que condicionar os juízes, obtendo destes luz verde para governar como entenda, que é como quem diz, metam lá a Constituição na gaveta por seis ou mais meses, para que possamos governar como governa qualquer ditador africano ou sul-americano, com o devido respeito para com os povos de África ou das repúblicas sul americanas. É tempo de Passos Coelho e seus “muchachos” perceberem que foram designados para governar um país livre e democrático, com uma Constituição tipo europeia e com tribunais vigilantes para denunciarem todos os abusos que o Executivo tente praticar, devendo, por isso, entender que são os políticos que devem obediência à lei, como qualquer outro cidadão, e não esta que deve romper quando os “abusadores” não são capazes de se conter nos seus limites. Se há

FOTO ARQUIVO

insensatez, não é dos Juízes do Tribunal Constitucional, mas de quem os obriga a cumprir com liberdade a função para que foram escolhidos. Destinatários legítimos de crítica são quem não foi suficientemente

inteligente para nas negociações com terceiros identificar os limites dos seus poderes. (*) alvarodesousa@sapo.pt

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LUGAR DO BARREIRO – ALFENA • 4445 ERMESINDE Telefone 229 698 220 • Fax 2229 698 229


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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Lazer

Efemérides

Coisas Boas

29 SETEMBRO 1963 – Iniciado em Roma o segundo período do Concíllio Vaticano II, lançado em Roma pelo Papa João XXIII..

Palavras cruzadas

• 230g de massa quebrada fresca (1 embalagem); • 2 cenouras raladas; • 1 alho-francês laminado; • 200g de tofu ralado; • salsa fresca picada q.b.; • azeite extra-virgem q.b.; • 200ml de natas vegetais (soja, espelta, arroz ou aveia); • sementes de chia q.b.; • molho de soja (shoyu) q.b..

HORIZONTAIS 1. Agência secreta norteamericana; campeão; sociedade anónima desportiva. 2. Equipados; interpreta a escrita. 3. Deus do amor; despidos. 4. Moeda japonesa; soa. 5. Diário de Notícias; máquina para tecer; artigo definido. 6. Preguiça; interjeição de espanto (bras.). 7. Lugar de Ermesinde; ventilador. 8. Tecei; gostar de alguém. 9. Organização de países africanos; caminho estreito. 10. Nome masculino; remediar.

SOLUÇÕES: VERTICAIS 1. Calidos; os. 2. Ir; encafua. 3. Amen; IAU. 4. Ar; toca. 5. Adore; HIV. 6. SOS; aba; es. 7. Tramara. 8. Ni; himen. 9. Aluna; nada. 10. Desesperar.

HORIZONTAIS 1. CIA; as; SAD. 2. Armados; le. 3. Eros; nus. 4. Ien; tine. 5. DN; tear, as. 6. Ocio; bah. 7. Sa; chamine. 8. Fiai; amar. 9. OUA; vereda. 10. Saul; sanar.

Anagrama Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letras desordenadas: RISTUNTO NÃO.

Aloura-se o alho-francês no azeite em lume muito brando. Juntamse a cenoura, o tofu e a salsa e envolvem-se bem. Deixa-se cozinhar um pouco e acrescentam-se as sementes (não deverá ser necessária água se se mantiver o lume baixo e o tacho tapado). Retira-se do lume, tempera-se com molho de soja e envolvem-se as natas. Deixa-se arrefecer um pouco. Dispõe-se a massa conforme as instruções da embalagem numa forma de tarte e verte-se o recheio, dobrando as bordas da massa para dentro. Leva-se ao forno a 180ºC até alourar. Serve-se com salada. “A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas de grau de dificuldade “muito fácil” ou “média”. A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordo com os princípios do copyleft.

Sudoku

Rua Nuno Tristão.

SOLUÇÕES:

Veja se sabe 01 - Norte-americano, Prémio Nobel da Paz em 1931. SOLUÇÕES: 02 - Povo pré-romano do vale do rio Minho, adorador de Turiaco. 03 - Realizador japonês, autor de “Viagem a Tóquio” (1953). 04 - Rio que nasce na serra da Vigia e desagua perto de Setúbal. 05 - A que classe de animais pertence a gaivota? 06 - A que país pertence a região do Ticino? 07 - Em que país fica a cidade de Palermo? 08 - Qual é a capital de Curaçau? 09 - A abreviatura Ant corresponde a qual constelação? 10 - Elemento metálico de transição, branco, n.º 44 da Tabela Periódica (Ru).

01 – Frank Billings Kellogg. 02 – Gróvios. 03 – Yasujiro Ozu. 04 – Rio sado. 05 – Aves. 06 – Suíça. 07 – Itália. 08 – Willemstad. 09 – Antlia. 10 – Ruténio.

Provérbio Em setembro ardem os montes e secam as fontes.

(Provérbio português)

Diferenças

SOLUÇÕES:

165 Em cada linha, horizontal ou vertical, têm que ficar todos os algarismos, de 1 a 9, sem nenhuma repetição. O mesmo para cada um dos nove pequenos quadrados em que se subdivide o quadrado grande. Alguns algarismos já estão colocados no local correcto.

Sudoku (soluções) ILUSTRAÇÃO EXTRAÍDA DE WPCLIPART.COM

165

Descubra as 10 diferenças existentes nos desenhos

FOTO ARQUIVO

Preparação:

VERTICAIS 1. Quentes; artigo definido. 2. Partir; esconde. 3. Assim seja; União Astronómica Internacional (sigla ing.). 4. Atmosfera; covil. 5. Ame; vírus da imunodeficiência humana. 6. Pedido de socorro; margem; pertences. 7. Tecera. 8. Níquel (s.q.); membrana vaginal. 9. Pupila; coisa nenhuma. 10. Perder a esperança.

Quiche de legumes e sementes de chia

01. Faca. 02. Língua. 03. Prato. 04. Vinho. 05. Saleiro. 06. Gravata. 07. Guardanapo. 08. Manga. 09. Orelha. 10. Cabelo.


SETEMBRO de 2013

• A Voz de Ermesinde

Tecnologias

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distros em linha... Segundo o site dedicado à divulgação de novas soluções de software livre, foram esta semana apresentadas as seguintes novas distribuições: ZORIN OS 6.4 “EDUCATIONAL” http://www.zorin-os.com/ Artyom Zorin anunciou o lançamento do Zorin OS 6.4 "Educational", uma edição atualizada desta distribuição baseada em Ubuntu 1204 LTS. Esta edição vem com um novo kerrnel Linux. Imagem DVD .iso otimizada para arquiteturas PC 32 bits (1 936MB). FRUGALWARE LINUX 1.9 RC2 http://frugalware.org/ James Buren anunciou a disponibilidade da segunda versão candidata final de desenvolvimento do Frugalware Linux 1.9, com a correção de um bug no instalador. Imagem DVD .iso otimizada para arquiteturas PC 64 bits (1 872MB). ARTISTX 1.5 http://artistx.org/ Marco Ghirlanda anunciou o lançamento do ArtistX 1.5, uma distribuição baseada em Ubuntu 13-04, com vários ambientes de desktop (standard GNOME 3.6) e sem Unity, com uma grande quantidade de software destinado a criação gráfica e multimédia. Vem com o kernel Linux 3.8.Imagem DVD .iso (3 839MB) PFSENSE 2.1 http://www.pfsense.org/ Chris Buechler anunciou o lançamento do pfSense 2.1, uma distribuição baseada em FreeBSD e destinada a funções de firewall e router. Imagens CD .iso.gz otimizadas para arquiteturas PC 64 bits (90,4MB) e PC 32 bits (77,6MB). TINY CORE LINUX 5.0 http://www.tinycorelinux.net/ Acaba de ser lançado o Tiny Core Linux 5.0, uma distribuição minimalista mas altamentre modular e extensível. Vem com o kernel Linux 3.8.10 (U)EFI boot enabled. Imagens CD .iso TinyCore (14,0MB) com ambiente de desktop flwm e CorePlus (71,0), com flwm, JWM, IceWM, Fluxbox, Hackedbox e Openbox. Novas distribuições O site da Distrowatch anuncia ainda o aparecimento de três novas distribuições: Chitwanix OS (distribuição nepalesa baseada em Ubuntu), Huayra Linux (distribuição oficial argentina baseada em Debian) e Ramone Linux (distribuição baseada em Linux from Scratch). E ainda a adição à base oficial da Distrowatch do RaspyFi.

Ponto da situação do projeto Guifi.net Porto (1) BEKA IGLESIAS (*)

1.Introdução O avanço da tecnologia da informação em todas as áreas e atividades da nossa sociedade, é tão presente e exponencialmente imparável, que é quase é impensável acordar sem internet em casa e, igualmente, no centro de estudo ou trabalho. Se falamos de áreas relativas à comunicação ou criação digital isso ainda é mais evidente. A adoção das tecnologias da informação (TI) traz efeitos positivos, mas o investimento nelas não é suficiente, é preciso acompanhá--la duma implementação apropriada que valorize as redes comunitárias, e um serviço melhor e com menos custos precisamente por ser um bem essencial na nossa sociedade. Esta é a proposta da guifi.net. O objetivo da guifi.net é prestar os serviços ligados às novas tecnologias, tanto como solução à lacuna digital no espaço rural ou em espaços urbanos sem serviço de internet ou sem serviço de fibra ótica através da partilha, como também possibilitar o acesso a ferramentas internas à própria rede guifi que facilitem a gestão de entidades públicas e privadas: startups, universidades, administrações públicas, associações etc. 2.Rede aberta e cultura livre A Guifi.net é uma rede de telecomunicações, aberta, livre e neutral que liga através dum acordo de interconexão, onde qualquer um ao ligar-se forma parte da rede e obtém conectividade. No Estado Espanhol já existem operativos com mais de19 000 nós da rede Guifi.net (a maioria dos quais na Catalunha, onde o projeto começou), sendo esta rede a primeira operadora não comercial de telecomunicações reconhecida. É uma entidade sem fins lucrativos. Isto não a impede de ter como uma das suas vantagens a criação de emprego cooperativo ou de PME’S (não pelo serviço da rede, mas pela sua instalação, por exemplo). No Estado Espanhol a Guifi.net está registada no registo de Fundações da Generalitat de Catalunya com o número 2 550, no registo de operadoras de telecomunicações da Comissão do Mercado das Telecomunicações (CMT), e também no registo de ONG's para o Desenvolvimento com o número 335. O seu objectivo é permitir que particulares, empresas, universidades, administrações, etc., possam aceder à Sociedade da Informação e às Tecnologias da Informação e da Comunicação em igualdade de condições. A Guifi.net é legal segundo a Lei 32/2003 General de Telecomunicações do Estado Espanhol: o espetro radio-elétrico utilizado (2,4 e 5 Ghz) é livre para a utilização. Está comprovado, através de consulta à ANACOM que este ultimo é válido também em Portugal. A partilha da net contratada a uma operadora (só uma das possibilidades oferecidas pela guifi, entre outros muitos

serviços) é completamente legal no Estado Espanhol ao ser realizada desde a própria placa da rede do computador. Para certificar este e os demais detalhes legais em Portugal, assim como a notificação como operadora temos a colaboração (paga como donativo por um mecenas) de http://www.cca-advogados.com/. Temos já um link (duas antenas instaladas), não ativado em espera do registo como operadora que os/as advogados/as farão em breve. Objetivos principais do projecto A missão principal do projeto é desenhar, implantar e configurar uma rede de telecomunicações livre, aberta e neutral baseada na rede guifi.net que permita a UPTEC, e no futuro a uma rede ampliável de instituições, entidades e particulares, dispor duma rede própria que melhore a sua infraestrutura de telecomunicações e serviços. Os objetivos principais são os seguintes: • Desenhar e instalar uma rede de telecomunicações aberta, livre e neutral. • Obter rendimento da rede permitindo ligar os projectos internos da UPTEC, assim como abrindo a possibilidade de conexão com outros projectos. • Servir de infraestrutura base para outros serviços TIC para os/as utilizadores/as. Fases de desenvolvimento do projeto UPTEC 1.Planificação do projeto Serão realizadas as visitas e reuniões que forem necessárias. Muito importante é ter acessibilidade ao ponto mais elevado do prédio e também com maior ângulo de visão sem obstáculos (prédios, árvores etc.) para ver a área que permite conectar e poder planificar o desenvolvimento futuro da rede, assim como a visibilidade com outros super-nós instalados (em espera de ativação) ou prováveis. Nesta fase, o projeto adaptar-se-á o mais possível às necessidades especificas dos projetos da UPTEC. 2.Implementação projeto - Desenho, instalação, configuração e ativação da infraestrutura TIC. Por parte da guifi. - Desenho, instalação e configuração do server de comunicações e serviços TIC. Por parte da guifi. - Interconexão com outras instalações (se a Faculdade de Comunicação quiser uma antena, etc.). Por parte da guifi.

- Divulgação e valorização do projeto dentro da própria entidade para facilitar o maior aproveitamento do mesmo. Começou já este processo durante o Future Places e cabe à própria UPTEC valorizar como fazer isto. Descrição de hardware necessário Para instalar um supernó na UPTEC o hardware necessário é o seguinte: – Router board: Dispositivos com vários portos Ethernet. Sistema operativo RouterOS. – Routerboard 450 Tamanho: 15cm x 10cm Consumo 24v/1A – Antenas sectoriais: utilizadas para dar cobertura a antenas cliente. As antenas setoriais usadas são de 120º y 16db. – Rocket M5 + Sectorial 120º 16db 5GHz Tamanho: 40 cm alto x 10 cm ancho Potência: 400 mW Consumo: 24v1A – Antenas diretivas: Usadas para conetar dois supernós. Oferecem um enlaço ponto a ponto muito estável. São usadas as de 22 ou a de 25 db, dependendo da distância. – Nanobridge M5 22db 5GHz Tamanho: 25cm ø Potência: 400mW Consumo: 24v 0,5A – AP (Access Point): Permite a interconexão de equipamentos ou outros pontos de aceso através da conexão Wi-Fi 802.11n (protocolo standard de conexão sem-fios). – Router wifi TP-LINK 2,4GHz Tamanho: 20cm x 10cm Potência: 100mW Consumo: 12v 2A (*) rbc.iglesias@gmail.com


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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Arte Nona

Entretanto

24º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora 1) Entidade Promotora a) Em busca de novos valores, incentivando a produção da Banda Desenhada e proporcionando a sua apresentação pública, a Câmara Municipal da Amadora, (CMA) promove o presente concurso de Banda Desenhada, inserido no 24º Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada ‘2013, a decorrer nesta cidade entre os dias 25 de outubro e 10 de novembro. 2) Tema do Concurso a) Na edição de 2013, o tema do concurso é “ Tema Livre”.

“Tex” n.º 529 dará grande destaque ao Clube Tex Portugal... A edição brasileira de “Tex” número 529, cujo título é “Perseguição” e que trará a primeira parte de uma aventura escrita por Tito Faraci e desenhada por Corrado Mastantuono, será publicada no Brasil em novembro de 2013 pela Mythos Editora e conterá, na sua contracapa, uma matéria alusiva ao nascimento do “Clube Tex Portugal”. Mesmo tendo a Itália e Brasil como os países onde Tex possui mais seguidores, é em Portugal que o ranger mais famoso do Oeste parece ter os fãs mais ardorosos. Tanto que… Num rigoroso exclusivo, o blogue do Tex dá já hoje a conhecer, com a devida autorização da Mythos Editora, a matéria que somente seria vista na edição de papel em finais de novembro, conforme se pode vislumbrar em: http://texwillerblog.com/ wordpress/?p=47922

e

... e vai nascer revista do Clube Tex Portugal A revista do Clube Tex Portugal já foi aprovada pela SBE (editora italiana responsável pelo universo Tex), pelo que será uma realidade em 2014 (este ano a prioridade do Clube são os estatutos)! A revista (uma espécie mista de “revista/fanzine”) será um “atrativo” para os sócios (que terão que ser portugueses ou residentes em Portugal salvo os sócios honorários), pois será disponibilizada unicamente a eles (à semelhança do que acontece com a revista dos “Amis d’Hérge”), revelou o grande dinamizador e fã do Tex em Portugal, José Carlos Francisco.

3) Condições de Participação a) Podem concorrer todos os autores que tenham mais de 12 anos. b) Os concorrentes podem apresentar bandas desenhadas realizadas individualmente ou em equipa, com texto em língua portuguesa. c) Cada concorrente, ou equipa, pode participar com uma banda desenhada. d) Os concorrentes são divididos em três escalões etários, conforme as idades, consideradas à data marcada como dia limite para receção das bandas desenhadas. e) Os escalões são ordenados dentro dos seguintes limites: Escalão A - dos 17 aos 30 anos Escalão A+ - a partir dos 31 anos (sem BDs publicadas em álbum e que nunca tenham sido premiados pelo Amadora BD). Escalão B - dos 12 aos 16 anos f) Caso haja prorrogação de prazo, é considerada a nova data para efeitos de cumprimento dos limites etários estabelecidos. g) Em relação às equipas, a colocação no respetivo escalão é feita atendendo à idade do mais velho dos seus elementos. 4) Especificações Técnicas a) Cada banda desenhada é constituída por 4 pranchas originais inéditas, produzidas nos últimos dois anos, e que podem ser a preto e branco ou a cores. b) O formato das pranchas a concurso deve ser A4 (210x297mm) ou A3 (420x297mm). c) As quatro pranchas têm de estar numeradas. d) A primeira e a última prancha, sendo o princípio e fim da narrativa, deverão apresentar caraterísticas próprias da linguagem da 9ª arte, nomeadamente: esclarecer graficamente o início da história da primeira página com cabeçalho e título ou outra forma que o autor julgue mais adequada; o final da narrativa na última página deverá ser claro. e) Os concorrentes devem ter a noção que, em caso de publicação, as legendas, textos de balões e restante letragem terão de ser legíveis no formato A4, em particular os que originalmente são feitos em A3 que terão de ser reduzidos para metade, pelo que o júri tomará em conta este fator na seleção dos trabalhos; f) Os textos, quando os houver, devem ser apresentados, quer pelos concorrentes portugueses quer pelos estrangeiros, em português (exceção para expressões avulso, onomatopeias ou estrangeirismos). A legendagem tem que ser facilmente legível por todas as pessoas. g) Os erros ortográficos e gramaticais pesarão nas decisões do júri, especialmente em caso de empate entre dois ou mais concorrentes. h) Os autores devem fazer duas fotocópias de cada prancha, ficando uma em seu poder e enviando a outra juntamente com o original. i) As pranchas não podem estar assinadas.

Os concorrentes devem deixar um pequeno espaço em branco em cada uma delas a fim de posteriormente as assinarem, para efeitos de exposição ou publicação. j) No caso de se tratarem de pranchas feitas anteriormente e já assinadas, a assinatura deve ser coberta por uma tira de papel opaco ou por um guache branco. k) Todas as pranchas e respetivas cópias devem estar numeradas legivelmente e identificadas com o pseudónimo e escalão no verso. l) O pseudónimo deve ser totalmente original, não podendo ter sido utilizado anteriormente pelo(s) autor(es). 5) Calendário a) A data limite para entrega dos trabalhos na CMA – CNBDI é o dia 20 de setembro de 2013 até às 17h00 horas. b) No caso das bandas desenhadas serem enviadas pelo correio, independentemente da data constante no carimbo dos correios, os participantes / autores nacionais e do estrangeiro terão de se assegurar que a BD concorrente chegará à organização sedeada no CNBDI da Amadora até 20 de Setembro de 2013, independentemente da data do selo de correio nacional ou internacional. c) Os trabalhos que cheguem depois desta data, não serão considerados pelo júri, sendo devolvidos ao(s) concorrente(s). d) A CMA - CNBDI não se responsabiliza por qualquer trabalho que chegue após o dia da reunião de Júri, independentemente da data de carimbo dos correios. e) Os trabalhos que não forem premiados serão devolvidos pela CMA por correio registado aos concorrentes. f) A CMA não se responsabiliza pelos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios. g) A partir do dia 22 de dezembro a CMA / Amadora BD não se responsabiliza pelo estado de conservação e pela devolução dos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios. 6) Inscrição a) Para efeitos de participação, os concorrentes devem recortar ou fotocopiar o cupão publicado nestas normas, preenchê-lo e enviá-lo juntamente com uma fotocópia legível do Cartão de Cidadão [ou Bilhete de Identidade (BI) + cartão de Número de Identificação Fiscal, (NIF, vulgo Cartão de Contribuinte)]. b) Os concorrentes deverão acompanhar obrigatoriamente os trabalhos de uma biografia e foto do(s) respetivo(s) autor(es). c) As inscrições apenas se consideram válidas após a receção da obra concorrente e de todos os documentos solicitados, não sendo suficiente o envio do cupão. d) As dúvidas poderão ser esclarecidas por telefone pelo 21 436 9055 ou 21 436 9057 ou por email para amadorabd@cm-amadora.pt e) Os trabalhos concorrentes, devem ser enviados ou entregues diretamente até 20 de setembro de 2013 (dias úteis, entre as 10:00 e as 17:00 horas), a: 24º Concurso de BD Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada CMA/DIC – Recreios da Amadora – Av.ª Santos Matos, n.º 2 2700-748 Amadora/Portugal

7) Exposição de Obras a) Todos os trabalhos inscritos para o concurso estão sujeitos a pré-seleção do júri em função do espaço disponível para exposição. b) A montagem e desmontagem da exposição com os trabalhos que participam no concurso e selecionados pelo júri é da exclusiva responsabilidade da CMA. c) A exposição estará patente durante o 24º Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada. d) A organização faz o seguro de todas as obras presentes. É também da sua responsabilidade instalar no recinto da exposição um sistema de vigilância. 8) Júri a) O júri deste concurso é constituído pelo diretor do Amadora BD que o preside, um autor de BD, um autor do Cartoon, um argumentista, um crítico e estudioso de BD, um crítico e estudioso do Cartoon/Caricatura, um representante da imprensa, um criador e investigador de fanzines, o comissário da exposição central do Amadora BD e um professor de uma escola secundária da Amadora. b) Ao júri cabe realizar a pré-seleção para exposição, decidir e ordenar os trabalhos premiados. c) Ao júri reserva-se o direito de não atribuir qualquer ou algum dos prémios se o mérito dos trabalhos não o justificar. d) O júri reúne em outubro de 2013. e) Das decisões do júri não haverá recurso. 9) Prémios a) Porque a BD é antes de mais uma arte para ser fruída através da sua publicação, a organização, realizará todos os esforços com o objetivo de editar os trabalhos premiados. b) Os prémios pecuniários são distribuídos da seguinte forma: Escalão A 1º Prémio – • 1.000,00 2º Prémio – • 750,00 3º Prémio – • 600,00 Escalão A+ Prémio Único – • 1.000,00 Escalão B 1º Prémio – • 750,00 2º Prémio – • 600,00 3º Prémio – • 500,00 c) Será evitado pelo júri a atribuição de mais que um prémio para o mesmo lugar. d) Caso se justifique, o júri poderá distinguir alguns trabalhos com a designação de Menção Honrosa, sem a atribuição de prémios ou troféus. 10) Notas Finais a) Os originais das bandas desenhadas premiadas são propriedade da entidade promotora. b) Todos os concorrentes têm direito a catálogo do Festival e entrada livre em todas as iniciativas do Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada, devendo para tal identificar-se e solicitá-lo na receção do evento. c) Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pela entidade organizadora, não havendo recurso das decisões do Júri. d) A apresentação dos trabalhos representa a aceitação plena das presentes normas regulamentares por parte dos concorrentes a este concurso.


21 Arte Nona

• A Voz de Ermesinde SETEMBRO de 2013

O ObserObservador de impossíveis (03/04

autor: PAULO PINTO


A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Serviços

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Farmácias de Serviço Permanente

Telefones CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE • Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino) (Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

De 20/09/13 a 24/10/13 Dias

• Infância e Juventude (Fátima Brochado) (ATL, Actividades Extra-Curriculares) • População Idosa (Anabela Sousa) (Lar de Idosos, Apoio Domiciliário) • Serviços de Administração (Júlia Almeida) Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615; 22 973 1118; Fax 22 973 3854 Rua Rodrigues de Freitas, 2200 4445-637 Ermesinde • Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves) (Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresas de Inserção, Gabinete de Inserção Profissional) • Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia) Tel. 22 975 8774 Largo António Silva Moreira, 921 4445-280 Ermesinde • Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage) Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006 Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 2 4445-208 Ermesinde

Telefones

ECA

Telefones de Utilidade Pública

ERMESINDE CIDADE ABERTA

• Sede Tel. 22 974 7194 Largo António Silva Moreira, 921 4445-280 Ermesinde • Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins) Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944 Travessa João de Deus, s/n 4445-475 Ermesinde • Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins) Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925 Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 201 4445-485 Ermesinde

Auxílio e Emergência

Saúde

Avarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779 Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423 B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040 B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002 Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340 Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795 Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146 Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 968 6211 Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 0530 Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112 SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651 Linha Vida ............................................................. 800 255 255 SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143 Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

Centro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057 Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349 Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520 Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571 Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887 Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420 Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896 Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338 Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600 CERMA.......................................................................... 22 972 5481 Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170 Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057 Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928 Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041 Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705 Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550 Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101 Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593 Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228 Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060 Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430 Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122 Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617 Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328 Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750 Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812 Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785 Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100 Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500 Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Serviços Locais de venda de "A Voz de Ermesinde" • Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia; • Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles; • Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra; • Café Campelo - Sampaio; • A Nossa Papelaria - Gandra; • Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio; • Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

Fases da Lua

Set 20 20113

Lua Cheia: 19 19;; Q. Minguante: 27 27;; Lua Nova: 5 ; Q. Crescente: 12 12..

18 18;; Q. Minguante: 26 26;; Out 2013 LLuaua Cheia: Nova: 5 ; Q. Crescente: 11 11..

Ficha de Assinante A VOZ DE

ERMESINDE Nome ______________________________ _________________________________ Morada _________________________________ __________________________________________________________________________________ Código Postal ____ - __ __________ ___________________________________ Nº. Contribuinte _________________ Telefone/Telemóvel______________ E-mail ______________________________ Ermesinde, ___/___/____ (Assinatura) ___________________ Assinatura Anual 12 núm./ 9 euros NIB 0036 0090 99100069476 62 R. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 Ermesinde Tel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

Cartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 974 0087 Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647 Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382 Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312 Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188 Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374 Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719 Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060 Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709 Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903 Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138 Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Bancos Banco BPI ............................................................ 808 200 510 Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740 Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320 Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787 Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100 Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480 Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500 Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440 Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460 Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870 Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

Transportes Central de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746 Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435 Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811 Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384 Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

Desporto Águias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018 Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292 Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352 Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670 Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677 Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284 Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957 Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956 Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958 Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959 Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950 Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951 Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952 Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953 Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955 Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859 Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Cultura Arq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490 Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270 Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545 Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431 Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070 Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320 Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033 Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440 Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

Comunicações Posto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250 Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310 Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943 Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

Administração Agência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585 Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900 Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306 Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440 Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590 Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016 Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001 Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210 Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119 Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320 Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422 Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95 Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805 Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109 Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650 Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223 Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471 Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973 Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271 Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590 Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040 Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

Ensino e Formação Cenfim ......................................................................................... 22 978 3170 Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690 Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044 Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4 Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494 Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491 Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356 Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884 Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719 Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757 Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791 Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110 Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860 Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710 Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7 Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436 Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004 Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043 Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558 Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666 Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393 AACE - Associação Acad. e Cultural de Ermesinde ........... 22 974 8050 Universidade Sénior de Ermesinde .............................................. 93 902 6434

Farmácias de Serviço

20 Sex. Nova Alfena (Alf.) Hosp. S. João (Circunv.) 21 Sáb. Palmilheira (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) 22 Dom. Outeiro Linho (Val.) Areosa (Areosa) 23 Seg. Sampaio (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) 24 Ter. Santa Joana (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) 25 Qua. Bemmequer (Alf.) Hosp. S. João (Circunv.) 26 Qui. Travagem (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) 27 Sex. Bessa (Sobr.) Hosp. S. João (Circunv.) 28 Sáb. Ascensão (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) Hosp. S. João (Circunv.) 29 Dom. Central (Val.) 30 Seg. Confiança (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) Hosp. S. João (Circunv.) 01 Ter. Alfena (Alf.) 02 Qua. Marques Santos (Val.) Martins Costa (Alto Maia) 03 Qui. Formiga (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) Hosp. S. João (Circunv.) 04 Sex. Sobrado (Sobr.) 05 Sáb. Vilardell (Campo) Hosp. S. João (Circunv.) Hosp. S. João (Circunv.) 06 Dom. MAG (Erm.) 07 Seg. Marques Cunha (Val.) Hosp. S. João (Circunv.) Sousa Torres (Maiashop.) 08 Ter. Nova Alfena (Alf.) Hosp. S. João (Circunv.) Qua. Palmilheira (Erm.) 09 10 Qui. Outeiro Linho (Val.) Hosp. S. João (Circunv.) Maia (Alto Maia) 11 Sex. Sampaio (Erm.) 12 Sáb. Santa Joana (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) 13 Dom. Bemmequer (Alf.) Hosp. S. João (Circunv.) 14 Seg. Travagem (Erm.) Giesta (Areosa) Hosp. S. João (Circunv.) 15 Ter. Bessa (Sobr.) 16 Qua. Ascensão (Erm.) Oliveiras (Areosa) Hosp. S. João (Circunv.) 17 Qui. Central (Val.) Sex. Confiança (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) 18 Areosa (Areosa) ) 19 Sáb. Alfena (Alf.) 20 Dom. Marques Santos (Val) Hosp. S. João (Circunv.) Hosp. S. João (Circunv.) 21 Seg. Formiga (Erm.) Hosp. S. João (Circunv.) 22 Ter. Sobrado (Sobr.) 23 Qua. Vilardell (Campo) Hosp. S. João (Circunv.) Martins Costa (Alto Maia) 24 Qui. MAG (Erm.) .

FICHA TÉCNICA A VOZ DE

ERMESINDE JORNAL MENSAL

• N.º ERC 101423 • N.º ISSN 1645-9393 Diretora: Fernanda Lage. Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), Miguel Barros (CPJ 8455). Fotografia: Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), Ursula Zangger (CPJ 1859). Maquetagem e Grafismo: LC, MB. Publicidade e Asssinaturas: Aurélio Lage, Lurdes Magalhães. Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sousa, Ana Marta Ferreira, Armando Soares, Cândida Bessa, Chelo Meneses, Diana Silva, Faria de Almeida, Filipe Cerqueira, Gil Monteiro, Glória Leitão, Gui Laginha, Jacinto Soares, Joana Gonçalves, João Dias Carrilho, Sara Teixeira, Joana Viterbo, José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gonçalves, Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias, Manuel Conceição Pereira, Marta Ferreira, Nuno Afonso, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, Rui Laiginha, Rui Sousa, Sara Amaral. Propriedade, Administração, Edição, Publicidade e Assinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE • Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637 ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412 123 • Serviços de registos de imprensa e publicidade N.º 101 423. Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854 Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde. Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762. Fax 229 759 006. E-mail: avozdeermesinde@gmail.com Site:www.avozdeermesinde.com Impressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidade do Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5, Fração A, 4700-087 Braga. Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171. Os artigos deste jornal podem ou não estar em sintonia com o pensamento da Direção; no entanto, são sempre da responsabilidade de quem os assina.

Emprego Centro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230 Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774 Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943 Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650 Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353 Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139 UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

Tiragem Média do Mês Anterior: 1100


SETEMBRO de 2013

• A Voz de Ermesinde

Serviços

Agenda Desporto

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20 set - 20 out Festivais e exposições

FUTEBOL

6 DE OUTUBRO

Er mesinde 1936 - Mar ec hal Gomes da Costa Ermesinde Marec echal 1ª jor nada do Campeona to da 2ª Di visão jornada Campeonato Divisão visão,, Série 1, da bol do P to Futebol Por orto to.. Associação de Fute or - Estádio de Sonhos, Ermesinde. 27 DE OUTUBRO

Er mesinde 1936 - Monte Cór do Córdo dovva

4ª jor nada do Campeona to da 2ª Di visão jornada Campeonato Divisão visão,, Série 1, da bol do P or to Futebol Por orto to.. Associação de Fute – Estádio de Sonhos, Ermesinde.

(Agenda Associação Futebol do Porto)

DE 1 A 22 DE SETEMBRO Fórum Cultural de Ermesinde PINTURA DE ANTONIO FERCUNDINI Antonio Fercundini, artista brasileiro a viver em Portugal propõe-nos uma exposição de óleos de grandes dimensões, que exploram o rosto humano. Olhos, lábios, expressões faciais são trabalhados com destreza e minúcia. (Agenda da Área Metropolitana do Porto).

21 E 22 DE SETEMBRO Fórum Cultural de Ermesinde “MA GIC VAL ONGO” “MAGIC ALONGO” - Festival Luso-Espanhol de Ilusionismo Esta será a 22ª edição deste certame, com um programa que concilia o muito atrativo para o público generalista e o muito apetecível para os mágicos. Haverá espetáculos de Palco e Close-Up, a habitual Feira Mágica, conferências (entre as quais uma de Juan Manuel Marcos, no domingo), concursos e convívio, entre várias atividades. Haverá também Magia de Rua no Largo da Estação de Ermesinde. A Gala de Abertura (Close-Up terá lugar às 12h00 de sábado e a Gala Internacional às 21h45 também de sábado. (Agenda da Área Metropolitana do Porto).


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A Voz de Ermesinde • SETEMBRO de 2013

Última

Expoval para além do piscar de olho à inovação Numa edição que celebrou a inovação, a Criatividade e o Design, mas também a intervenção social, a Expoval 2013 atraiu

ao Parque Urbano de Ermesinde uma maré cheia de visitantes. A economia e o emprego tiveram «uma oportunidade». LC

FOTOS URSULA ZANGGER


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