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31 de dezembro de 2012 • A Voz de Ermesinde

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A VOZ DE

ERMESINDE

MAIS DE 50 ANOS – E AGORA... 900 NÚMEROS! N.º 900 • ANO LII/LIV

31 de dezembro de 2012

DIRETORA: Fernanda Lage

PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)

• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: avozdeermesinde@gmail.com

M E N S Á R I O TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO

“A Voz de Ermesinde” - página web: http://www.avozdeermesinde.com/

Assembleia Municipal aprova Plano e Orçamento

MANUEL VALDREZ

A Assembleia Municipal de Valongo aprovou, por maioria, Plano e Orçamento para 2013. Considerado por muitos como o mais equilibrado e verdadeiro Orçamento apresentado pela Câmara desde há muitos anos, também há quem, como Eliseu Pinto Lopes (BE) o considerasse apenas efeito de conjuntura e não uma alteração real da política do PSD que, aliás o elogiou nos mesmos termos que o do ano passado, «equilibrado e verdadeiro», como sempre tem sido para a maioria. Pág.s 4 e 5

DESTAQUE JUNTA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

Aprovados Plano de Atividades e Orçamento com apoio do PSD e PS

Pág. 3

CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

Aprovada nova macroestrutura camarária

Pág. 6

Partido Socialista escolheu oficialmente os seus cabeças de lista às próximas eleições autárquicas no concelho

Pág. 8

Centro Social de Ermesinde realizou jantar de Natal e Lar de S. Lourenço organizou a sua festa

Pág.s 9 e Última

Acontecimentos marcantes do ano desportivo do concelho em resenha

A c o m p a n h e t a m b é m “ A Vo z d e E r m e s i n d e ” o n l i n e n o f a c e b o o k

DESPORTO


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A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

Destaque

FERNANDA LAGE DIRETORA

Tempo de Natal e Ano Novo

EDITORIAL

P

arabéns à Voz de Ermesinde, atingiu novecentas publicações, dizem que é um bom número, esperemos que se cumpram os seus designo de criatividade, persistência, generosidade e arte. Precisamos de alguma coisa que nos anime, nem que seja o valor simbólico dos números. Para muitos o 13 é número de sorte, mas para outros é azar, parece-me que este ano se inicia exatamente com essa duplicidade. Neste Natal deu para perceber como estamos cada vez mais pobres, mas mesmo assim solidários. Penso que nos espera um ano de tormentas, de contradições e angústias onde o apelo à coragem e à solidariedade vão ser uma constante. Nesta noite de Natal, nas diferentes aldeias que visitei, lá estavam os lenhos a arder, fogueiras enormes organizadas pelas comunidades, em princípio por rapazes que vão para a tropa no próximo ano, aí se aquece o corpo e a alma. Onde a igreja se associa a estes festejos há cânticos ao Menino no fim da missa do galo. Com uma noite sem chuva nem vento os lenhos arderam lentamente durante vários dias. Qualquer forasteiro que chega é logo brindado com um copito e rapidamente se integra na conversa daquela gente que este ano lamentava a ausência de alguns familiares que ficaram noutras terras – «este ano falta cá muita gente!…. Os tempos estão difíceis para todos!». Junto de uma antiga escola perguntei quantos alunos havia na terra. Resposta pronta: «Hoje vão seis ou sete alunos na carrinha, a escola está fechada. Quando fiz a 4ª Classe éramos 80 alunos».

De desabafo em desabafo dei comigo a ler poesia e dessa noite lembro alguns que associei ao momento que vivemos: Sobrevivemos à guerra – sobrevivemos à paz: Volta e meia acreditamos que os períodos passados nunca mais se repetiriam e de facto, nunca se repetiam (mas seguiam-se uns após os outros) a infância se foi para sempre, não quis voltar a juventude perdida e ninguém prestou contas do nosso tempo perdido Falta-nos fé E por isso acreditávamos em qualquer coisa Em qualquer luta falsa, Mas não em luta solidária, porque cada um de nós Que arriscou Teve de lutar contra as sombras de ferro (…) (1) E é nesses momentos que me apetece voltar às raízes, como quem procura alimento para crescer. As raízes não falam. Não estão atrás. Nem no fundo. As raízes vão à frente. Puxam-nos para a frente. (2) IMAGEM ARQUIVO/AVE

Neste início de ano cada um tem que encontrar força e alimento para enfrentar um ano que não vai ser nada fácil. Aos nossos leitores, aos nossos colaboradores o meu desejo é de paz e solidariedade! (1)

Ryszard Krynicki, tradução Henry Siewaerski, “Rosa do Mundo 2001 – poemas para o futuro”, Assírio e Alvim, Porto, 2001. (2) António Ramos Rosa, “As Raízes”.


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Destaque

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• ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ERMESINDE •

Aprovados Plano de Atividades e Orçamento da Junta de Freguesia para 2013 FOTOS URSULA ZANGGER

Reuniu no dia 20 de dezembro de 2012 a Assembleia de Freguesia de Ermesinde para, entre outros assuntos, discutir (sendo aprovado por maioria) o Plano de Atividades, Plano Plurianual de Investimentos e Orçamento da Junta de Freguesia de Ermesinde para 2013, aceitar a doação à Freguesia de Ermesinde de quatro lotes de terreno, deliberar sobre o mapa de pessoal e o congelamento da atualização de taxas para 2013 e ainda, após proposta da CDU, reapreciar uma proposta de moção, em termos gerais idêntica a uma recusada em assembleia anterior, opondo-se à extinção de freguesias e em defesa do Poder Local. Moção esta que, com algumas atualizações relativamente à anterior viria a ser unanimemente aprovada.

LC

Não tendo havido intervenções do público, após a informação do presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia, Raul Santos, sobre a constituição de uma comissão encarregada de investigar a correção dos limites históricos entre as freguesias do concelho (e em que participam também os presidente das assembleias de freguesia), passou-se ao período de intervenções antes da Ordem do Dia, no qual intervieram Tavares Queijo (PS) – sobre a situação do estacionamento abusivo na Rua Miguel Bombarda, entre linhas, potenciadora de acidentes que, felizmente, até agora, ainda não aconteceram, uma situação de matagal, com surgimento de pragas, nas traseiras da Rua Alves Redol, e ainda de perplexidade pela existência de publicidade nas rotundas com decoração natalícia. Manuel Augusto Dias (PSD) abordou também as rotundas com decoração natalícia, mas no seu lado positivo, sinal de empenho e criatividade dos participantes. Seguiu-se Sónia Sousa (CDU), que além de abordar a

questão do apeadeiro da Travagem fora do sistema Andante, propôs reapreciar a moção de apoio ao Poder Local, e pôs ainda em causa uma decisão anterior sobre o aumento de tarifas, na qual acusava o presidente da Junta de ter usado um argumento de justificação sobre o valor das tarifas, escudado num artigo da lei que, afinal, não impede uma posição mais favorável aos fregueses, protestando e defendendo que tal deveria ser retificado. Finalmente interveio André Teixeira (PS), sobre uma situação na Rua Eng. Armando Magalhães, sobre a alegação da freguesia de Alfena como berço do brinquedo tradicional no concelho e ainda sobre o facto de Luís Ramalho não dever ter usado uma fotografia sua no convite para o convívio com os idosos promovido pela Junta. Respondeu Luís Ramalho, reiterando que por lei não se poderia estacionar na referida zona de Miguel Bombarda, eventualmente restando pedir à PSP uma maior vigilância na zona, estar agendada a limpeza dos terrenos na Alves Redol, terrenos esses aliás de propriedade da Câmara, ter-se aceite a publicidade nas

rotundas como contrapartida ao apoio à ação com materiais e patrocínios e aceitando haver motivos históricos para aceitar a reivindicação de Alfena sobre o brinquedo. Sobre a proposta de moção novamente apresentada por Sónia Sousa, declarando não esperar que Valongo mantenha as suas cinco freguesias, era de opinião que tal se pudesse reapreciar, depois de as freguesias visadas pela agregação se terem pronunciado contra. Período da Ordem do Dia Luís Ramalho esclareceu que os lotes de terrenos doados à freguesia de Ermesinde têm capacidade construtiva, não estão afetados por nenhuma situação financeira irregular e resultam do encerramento de uma empresa cujo proprietário (com dois dos seus quatro filhos sócios desta empresa) resolveu doar o referido terreno. Por precaução eventualmente desnecessária a Junta diligenciou obter uma declaração de anuência dos outros dois filhos do proprietário do terreno –António Saavedra Pinto Neto.

A ser aprovada a adoção (como unanimemente o viria a ser), iria posteriormente propor um voto de reconhecimento deste ato de benemerência a favor da freguesia. O Mapa de Pessoal foi aprovado por unanimidade, tendo Sónia Sousa congratulado o presidente da Junta por ter contratado sem termo oito funcionários, que assim encaram o seu futuro com maior tranquilidade. Sobre o congelamento da atualização de taxas, também aprovada por unanimidade, a discussão incidiu mais sobre os processos de determinação das taxas obrigatórias, tendo tanto João Arcângelo da Coragem de Mudar, como Sónia Sousa, da CDU, acusado o presidente de ser pouco transparente neste processo. O Plano de Atividades, discutido a seguir, viria também a ser aprovado, mas com os votos contra da Coragem de Mudar (3) e da CDU (1), tendo Sónia Sousa acusado Luís Ramalho de praticamente repetir o Plano do ano anterior, e tendo na verdade conseguido uma baixa percentagem de execução do que era proposto no

Plano anterior, que volta de novo à Assembleia de Freguesia, dando o exemplo da concentração de clássicos, que era interessante mas não essencial ao município, e que foi feita, por oposição ao estudo sobre o crematório, que era uma questão fulcral, mas que nã tinha arrancado. Também Jorge Videira acusou o Plano de, no essencial, ser idêntico ao de 2009. Luís Ramalho defenderia que, quando apresentou o Plano de 2009 o fez afirmando ser um plano de mandato e não de exercício, pelo quer era natural, muitas das rubricas se repetirem ano após ano. E respondendo a Sónia Sousa apontou entre outras concretizações do seu mandato, a dignidade dos cemitérios, o programa para a população sénior, o posto de correios na Travagem, o banco de troca de livros e outras que não quis enumerar. Salvaguardou também que tudo isso era obra de um Executivo e não obra sua. E justificou que, se não tinha sido executada mais obra tal se devia a ter a Junta trabalhado com o dinheiro que tem ganho, sem recorrer ao saldo de gerência, apontan-

do depois que Sónia Sousa teve muitas oportunidades de provar os seus pontos de vista pois, durante anos tinha sido praticamente presidente de Junta (com três eleitos do PSD e três eleitos do PS). Moção sobre a extinção de freguesias A proposta de retificação da votação da Assembleia de Freguesia sobre o Regulamento de Taxas e Licenças acabaria por ser recusado com um único voto a favor, da própria proponente, Sónia Sousa. Já a moção sobre o Poder Local Democrático viria a ser aprovada por unanimidade, depois de introduzidas algumas alterações, entre elas no título, que deixa de se referir a Ermesinde e se declara contra a extinção de freguesias, na retificação da data aprovada da moção na Assembleia de Freguesia (naturalmente), no ponto em que deixa de apelar à Assembleia Municipal mas antes se congratula com a posição desta, e nos pontos em que apelava à ANAFRE e à ANMP para não incluírem elementos seus na Unidade Técnica.


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Destaque

• ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO •

Assembleia Municipal aprova Plano e Orçamento para 2013 Realista, sério, rigoroso, transparente, e verdadeiro, eis algumas das “características” do orçamento para 2013 apresentado pela Câmara Municipal de Valongo (CMV) e aprovado pela Assembleia Municipal a 28 de dezembro último. Numericamente falando este é um dos orçamentos camarários mais baixos de que há memória, onde estão expressos pouco mais de 33 milhões de euros, valor que para a Câmara é a consequência de uma política de rigor, disciplina, estabilidade e credibilização das suas finanças, a mesma política que permitiu reduzir, em pouco mais de um ano, aproximadamente 8 milhões de euros à sua dívida a curto/médio prazo. Já para a oposição este não é mais do que um orçamento de profunda austeridade imposta pelo PAEL (Programa de Apoio à Economia Local), ao qual a autarquia aderiu recentemente, um documento onde o investimento – nas freguesias e suas populações – é praticamente nulo, a consequência das não muito distantes – no tempo – políticas despesistas – na voz de muitos – seguidas pelo executivo liderado pelo PSD. Aquele que é o último orçamento do atual mandato seria aprovado por maioria, já a noite ia alta. MIGUEL BARROS

“Grandes Opções do Plano, Orçamento, e Mapa de Pessoal” para o ano de 2013, o ponto mais aguardado da extensa Ordem de Trabalhos da última sessão da Assembleia Municipal de Valongo do ano de 2012. Como seria de esperar foi algo de profunda análise e discussão, ao longo de mais de três horas, cabendo ao presidente da autarquia, João Paulo Baltazar, proferir as primeiras palavras sobre o documento em questão. Numa breve explicação o edil começou por lembrar que – numa primeira fase – o grande objetivo deste mandato passava por retirar a autarquia da lista das mais endividadas do país. E é nesse sentido que agora surge o orçamento para 2013, um orçamento que na sua voz é sério, equilibrado, rigoroso, transparente, verdadeiro, e que representa um novo paradigma de gestão adotado pela autarquia, e que está enquadrado nas

dificuldades financeiras vividas pelo País. A prioridade passa agora por estabilizar e credibilizar as finanças da Câmara, uma postura rigorosa que segundo Baltazar permitiu à CMV reduzir em pouco mais de um ano a dívida a curto/médio prazo em cerca de 8 milhões de euros. «Estamos a dobrar o Cabo das Tormentas e a chegar ao Cabo da Boa Esperança», metaforizou o edil, que referiu ainda que esta aposta tem sido feita essencialmente através do corte da despesa, permitindo que a Câmara possa manter inalteradas todas as taxas a cobrar aos munícipes do concelho de Valongo. E porque estamos a menos de um ano das eleições autárquicas João Paulo Baltazar sublinharia que pelo seu realismo e equilíbrio este orçamento não contempla obras de final de mandato, um gesto eleitoralista, por assim dizer, que em seu entender é tão comum em muitas autarquias por estas altu-

ras. «É um orçamento honesto, que continua a dar primazia à vertente social, onde as pessoas continuam a ser o eixo fundamental da ação da autarquia». Frisando que o orçamento de 2013 será o primeiro em mais de 30 anos a não ter deficit na sua execução, o presidente da Câmara levantou um pouco o véu sobre algumas das medidas implícitas no documento, entre outras o facto das refeições escolares passarem daqui em diante a ser da responsabilidade das IPSS’s do concelho. «Ao invés de contratarmos empresas para fornecer as refeições nas escolas do concelho optámos por criar uma parceria com as nossas IPSS’s, uma parceria que vai permitir que sejam criados nestas instituições mais postos de trabalho, e gerar mais receitas a estas, pois a Câmara hoje pode dizer que tem condições financeiras para ser cumpridora, e garantir que este serviço seja feito com qualidade». Elogios ao orçamento surgi-

ram – naturalmente – da bancada do PSD. Daniel Felgueiras traçaria um caminho entre o passado e o presente do concelho de Valongo, um concelho em que – na sua voz – tudo faltava durante o período em que este foi governado pelo Partido Socialista (PS). «Não existiam infraestruturas, não havia qualidade de vida, não havia condições nas escolas, não existiam equipamentos desportivos e culturais, faltava a água, faltava tudo. O PSD resolveu isso. Eleição após eleição a população do concelho tem-nos dado a sua confiança. Criámos infraestruturas, foram feitos investimentos ao nível da rede de abastecimento de água, de saneamento, do ambiente, foram criados equipamentos desportivos, culturais, sendo que agora é altura de estabilização e de equilíbrio orçamental. Este não é um orçamento eleitoralista, mas sim um orçamento verdadeiro e realista, em que a Câmara honrará as suas obrigações», referiu o social-democrata. Vozes da oposição Opiniões contrárias surgiram – com igual naturalidade – das bancadas da oposição. Apesar de cientes de que este é um orçamento de clara contenção, realista no que concerne às receitas, equilibrado – disseram alguns –, deixariam no entanto claro que ele espelha uma profunda austeridade que irá sufocar o concelho e a sua população. José Bandeira, da Coragem de Mudar, começou por dizer que não iria criticar um orçamento que pela primeira vez expressava a realidade das receitas do município, criticando sim a falta de investimentos que nele estava implícito. «Eu podia enumerar uma série de ideias a ter em conta no plano de investimentos, mas não há tempo. Num documento tão importante como este tivemos tão pouco tempo para apresentarmos ideias, porque a Câmara continua a não nos dar a oportunidade de as apresentar. Os cidadãos, como eu, têm de participar em decisões como esta, têm o direi-

FOTOS MANUEL VALDREZ

to de saber como vai ser gasto o seu dinheiro. E é como cidadão que me sinto frustrado com a legislatura que está a terminar. Em termos de números é um orçamento equilibrado, mas volto a dizer que discordo da estratégia a ser seguida, mas como não nos deram oportunidade de participar na elaboração do documento… ficamos por aqui», frisou com desagrado o deputado independente. Para a CDU este não é mais do que um verdadeiro «Orçamento do PAEL (Programa de Apoio à Economia Local)», ao qual a autarquia aderiu recentemente. Na voz de Adriano Ribeiro este é o orçamento da austeridade, um documento onde agora se fala numa gestão rigorosa e equilibrada dos dinheiros públicos, mas onde nada é dito sobre as opções políticas que durante anos conduziram à atual situação do município. «Quando as inaugurações e as festas em ano de eleições foram uma “moda política”, a coligação PSD/CDS gastou o que havia e o que não havia, agora que é “moda política” a retórica e a prática dos “cortes” e da “austeridade”, esta força política assume também no plano local este tipo de discurso», acusou o comunista. Acrescentaria ainda que «este é, de longe, o mais baixo orçamento dos últimos anos, consubstanciando reduções globais de 44 por cento comparativamente a 2011 e de 19 por cento comparativamente a 2012. Ao nível do Plano Plurianual de Investimentos (PPI), a redução é ainda mais acentuada: o orçamento de 2012 atingiu um corte de 64 por cento em relação ao orçamento de 2011 e a proposta de orçamento para 2013 apresenta um corte superior a 67 por cento em relação a 2012! Na prática, a Câmara pouco mais fará para além de pagar salários, concessões a privados e dívidas à banca e ao Estado! Se, por um lado, estes dados apontam para uma previsão de receitas mais realista, confirmando o empolamento das receitas previstas em anos anteriores,

facto que a CDU sempre denunciou, por outro lado, eles representam um inaceitável corte nos necessários investimentos a realizar pelo Município». E nos poucos investimentos a realizar a CDU levantou algumas dúvidas acerca de uma das maiores “operações” que a autarquia tem prevista para Ermesinde, a compra do Estádio de Sonhos, que como se sabe está na posse de um privado, pretendendo a Câmara adquirir o estádio e posteriormente municipalizá-lo, resolvendo assim um problema que se arrasta há anos para o Ermesinde Sport Clube. Não criticando o apoio dado pela CMV ao desporto e aos clubes do concelho, a CDU receia sim que esta opção comporte encargos presentes e futuros demasiadamente altos, sendo que para os comunistas este é um processo que deve ser clarificado e a sua sustentabilidade atestada, «pois não deixa de ser caricato que numa altura em que a Câmara fecha piscinas e desinveste em equipamentos desportivos municipais venha agora propor a compra de um estádio!». Mostrou-se igualmente preocupado com a nova macroestrutura do Município, a qual vai no sentido da redução de trabalhadores e consequentemente mais desemprego. A habitação social foi também focada pelo eleito da CDU, que lamentou que embora a empresa municipal Vallis Habita apresente resultados positivos há vários anos o investimento (qualificação e manutenção) nos bairros sociais seja muito residual. O Bloco de Esquerda (BE) também teceu duras críticas ao documento em análise. Na voz de Eliseu Pinto Lopes se agora a CMV apresenta um orçamento reduzido a pouco mais de 33 milhões de euros isso fica a dever-se às restrições do PAEL e não a uma estratégia rigorosa da autarquia. «Entendemos que as propostas deste orçamento traduzem, à semelhança dos anos de 2011 e 2012, uma gestão fortemente limitada e quase reduzida àquelas que são as despesas correntes da Câmara. Decorridos pouco mais de dois anos passamos de um “orçamento insufla-


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• ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO •

do” de 90 milhões de euros que o PSD considerou na altura ser muito equilibrado e realista, para um “orçamento murcho” de 33 milhões de euros, que o PSD considera agora ser igualmente equilibrado e realista. Ou seja, ficamos a saber que todo e qualquer orçamento apresentado pela força política que lidera o executivo será sempre muito equilibrado e realista, ainda que a nossa Câmara registe histórica e sucessivamente um baixíssimo grau de execução orçamental. Não negamos que este é um orçamento de contenção e consolidação, mas que fique claro que ele é mais fruto da gravosa situação financeira do município do que de uma real mudança de atitude e das políticas seguidas pelo executivo liderado pelo PSD», argumentou o bloquista, que acrescentou ainda que o novo orçamento não dá resposta aos quase 10 000 desempregados do concelho, às mais de 1 000 famílias que têm pendentes pedidos de habitação social, e às milhares de pessoas carenciadas que nele vivem. Voz igualmente muito crítica seria a do líder do PS, José Manuel Ribeiro, que começaria por sublinhar que o documento em discussão não era mais do que «triste constatação da falta de rumo e do estado em que será entregue esta Câmara à próxima gestão municipal», que segundo ele não terá dúvidas de que será sua, uma vez que se mostrou convicto de que vencerá as próximas eleições autárquicas. Lembraria em seguida que a dívida de mais de 63 milhões de euros que a autarquia carrega consigo neste momento fez com que esta se visse agora obrigada a recorrer ao PAEL, o

programa criado pelo Governo para as autarquias que não conseguem pagar as suas dívidas. Na visão do socialista o executivo PSD tenta agora passar para a população a ideia de que este recurso ao programa de resgate foi um grande feito de gestão, quando na realidade a Câmara não teve outra alternativa. «A mesma gestão camarária que tenta por todos os meios esconder que não estamos metidos até à cabeça num programa de resgate de autarquias mal geridas, não informa a população do concelho que dos 308 municípios existentes no país, Valongo faz parte de uma minoria que não teve alternativa e deveria também dizer à população que das 82 Câmaras que já assinaram o Contrato de Financiamento, a nossa autarquia vai receber o sétimo maior empréstimo! Existe uma tentativa desesperada por parte de quem nos governa de fazer passar a ideia junto das populações de que o problema da divida está resolvido, mas é mentira, porque o que acontecerá é a transformação de parte da divida a fornecedores em divida a médio e longo prazo, até porque o empréstimo em causa só servirá para pagar pouco mais de 16 milhões de euros, ficando ainda por pagar, entre dívida faturada não paga e divida cabimentada não faturada, cerca de 3 milhões e 300 mil euros». Faria ainda uma espécie de retrospetiva do atual mandato, onde recordou que os eleitos do seu partido haviam dado todas condições de governabilidade ao executivo PSD ao longo dos últimos três anos, ao viabilizar os orçamentos de 2010 e 2011, mas que a Câmara não honrou os

seus compromissos, antes aumentando o “buraco” da sua dívida. E por falar em compromissos recordou que em 2013 a autarquia deixará “cair” os Centros Cívicos de Alfena e de Campo, a reconversão do Mercado em Ermesinde e da sua zona envolvente, e em relação à ampliação do cemitério municipal de Valongo o assunto corre igualmente sérios riscos de ficar em “águas de bacalhau”. Numa análise curta e simples do orçamento para 2013 disse que o mesmo mostra uma Câmara parada, sem capacidade para dar esperança às pessoas, e a prestar serviços mínimos. Após elencar uma série de pontos onde, em seu entender, a gestão da CMV não tem sido eficaz – desde a educação, passando pelos equipamentos desportivos e sociais, a questão de as pessoas não serem chamadas a participar na questão do orçamento, até ao apoio social – José Manuel Ribeiro sublinharia que o seu partido «não aceitaria branquear a irresponsabilidade financeira dos últimos 20 anos, nem viabilizar operações de cosmética que visavam apagar o passado recente e esconder das populações a realidade muito grave da Câmara Municipal, que está hoje metida, por responsabilidade exclusiva do PSD, numa autêntica "camisa de onze varas”». Os lamentos das Juntas Críticas e/ou lamentações em relação ao orçamento – e no que ao investimento diz respeito – surgiram da maioria dos presidentes de Junta. Rogério Palhau, da Junta de Freguesia de

Alfena, foi aquele que mais mostrou a sua revolta para com os números – alusivos ao investimento – implícitos no documento. Ressalvando por um lado que pela primeira vez em muitos anos se via um orçamento realista e equilibrado, algo que só por si mereceria o seu voto favorável, não podia no entanto aceitar que o investimento na sua freguesia fosse praticamente inexistente. «Alfena continua a ser maltratada por esta Câmara, continuamos a ser os enteados», desabafou. Alfredo Sousa, edil de Campo, também se mostrou desagradado com a falta de investimento na sua freguesia, afirmando que a CMV trata as pessoas de Campo de forma desigual em relação às outras quatro freguesias do concelho, enquanto que Carlos Mota (de Sobrado) apesar de elogiar o orçamento rigoroso aqui apresentado não deixou de manifestar o seu desagrado pelo facto da sua freguesia ficar com umas pequenas “migalhas do bolo orçamental” para 2013. Por sua vez, Ivo Neves, o representante da Junta de Freguesia de Valongo (JFV), protestou com a Câmara pelo facto de esta se manter em silêncio perante a cada vez mais urgente ampliação do Cemitério Municipal de Valongo. Dos cinco presidentes – ou representantes, no caso da JFV – de Junta de Freguesia presentes na Assembleia Municipal de Valongo, Luís Ramalho (de Ermesinde) parece ter sido o que ficou mais contente com o investimento orçamentado para a sua freguesia, facto que o levaria a comentar, com alguma ironia, que até se sentia mal – perante a desilusão dos seus

colegas de Junta – por ter conseguido para Ermesinde algumas das reivindicações pelas quais vem lutando ao longo deste mandato. Na resposta aos presidentes de Junta, João Paulo Baltazar diria que com ele não são incluídas obras no PPI para se chegar ao final do ano e acabar por não ser cumprir nenhuma delas por falta de financiamento. «Decidimos acabar com estes artifícios orçamentais. Eu quero um orçamento realista, e que quando chegarmos ao final sejamos avaliados com clareza e sem “nevoeiros”. Não queremos criar expetativas ao estar aqui a elencar 10 obras e chegar ao fim e não executar nenhuma. Este orçamento é rigoroso, o que nele está implícito é para cumprir», disse o edil. Sobre o facto de a maior fatia dos investimento ir para Ermesinde, e grande parte dessa fatia – 300 000 euros para sermos mais precisos – ser destinada à compra, e posterior municipalização, do Estádio de Sonhos, o presidente da Câmara explicou que essa é uma solução bem mais barata do que construir o outrora equacionado Estádio Municipal – orçado em cerca de 5 milhões de euros – na cidade mais populosa do concelho. Sossegou as restantes freguesias ao afirmar que a Câmara apenas iria comprar o estádio ao Ermesinde Sport Clube, e desta forma resolver um problema que o clube carrega consigo há vários anos, uma vez que o recinto pertence a um privado que, a qualquer hora, pode colocar o Ermesinde de lá para fora, mas que a manutenção do estádio – os pagamentos de água, eletricidade, entre outras despe-

sas – esses continuará a ser da responsabilidade do ameaçado emblema ermesindista. Sobre o cemitério de Valongo disse que o assunto não estava esquecido, e que em breve a Câmara iria ter uma conversa com os herdeiros dos terrenos para onde está prevista a dita ampliação, a fim de negociar o preço de aquisição dos mesmos. A José Manuel Ribeiro responderia que a dívida atual da CMV já é de pouco menos de 60 milhões de euros. Ao final de cerca de três horas de discussão, e porque a noite já ia alta, o presidente da Mesa da Assembleia, Campos Cunha, decidiu pôr fim à acesa discussão sobre o principal ponto da noite, colocando-o à votação. E aqui surgiram algumas surpresas, com destaque para o PS, que se mostrou tripartido na votação, digamos assim. As “Grandes Opções do Plano, Orçamento, e Mapa de Pessoal” seriam então aprovadas por maioria, com os votos favoráveis do PSD, CDS, das Juntas de Freguesia de Ermesinde e de Sobrado, de um elemento da Coragem de Mudar (CM) e outro do PS! Quanto às abstenções elas foram sete, quatro da CM, e três do PS. Contra apresentaramse a CDU, Bloco de Esquerda, Juntas de Freguesia de Campo, Alfena, e Valongo, um elemento da CM, e os restantes deputados socialistas, entre os quais o líder de bancada José Manuel Ribeiro. E porque a hora ia já bastante adiantada e ainda estava por cumprir mais de metade da Ordem de Trabalhos todos os ponto nela implícitos foram aligeirados, ou seja, rapidamente aprovados – quase todos por maioria – e sem grandes discussões.


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Destaque

CÂMARA

MUNICIPAL

DE

VALONGO

Plano e Orçamento para 2013 e nova macroestrutura aprovados na Câmara FOTOS URSULA ZANGGER

Duas sessões da Câmara Municipal de Valongo tiveram lugar em menos de uma semana, nos dia 18 e 21 de dezembro. A primeira para, entre outros assuntos, discutir e aprovar as Grandes Opções do Plano, Orçamento e mapa de Pessoal para 2013 (bem como Plano e Orçamento da Vallis Habita e Orçamento dos SMAES) e atualização da tabela de taxas municipais (sendo que as taxas voltariam a ser discutidas na reunião posterior), a segunda para discutir a Adequação da Estrutura Orgânica do Município, à luz das últimas alterações da lei, matéria esta – da macroestrutura camarária – que tem vindo a ser objeto de grande discussão. Em uma e outra destas sessões ficou bem patente a indisponibilidade do Partido Socialista local para dar qualquer benefício da dúvida às muitas alterações introduzidas pela nova gestão de João Paulo Baltazar relativamente à de Fernando Melo. Já quanto à Coragem de Mudar a atitude tem sido mais dialogante. LC

A sessão do dia 18 começou com um pedido de protesto da Câmara por parte do independente Afonso Lobão quanto à prevista redução da capacidade operacional de produção da RTP/Porto, numa política de centralização que «amarfanha a região do Porto». Decisão de protesto estas aceite unanimemente pelo Executivo, com Maria José Azeve-

do a recordar que se agora é ainda mais grave, já vem desde há muitos anos a tentativa de reduzir a RTP/Porto ao mínimo. A atual autonomia já não tinha nada que ver com aquela que em tempos houve. Também João Paulo Baltazar se associou explicitamente ao protesto. Pedro Panzina, por sua vez, levantou a questão da atribuição do subsídio de formação desportiva a uma entidade que pratica artes marciais, a qual na

altura da atribuição não tinha filiados o número de atletas que declarara ter. Em contrapartida lembrou que a uma outra coletividade vocacionada para as artes marciais, no passado, um vereador teria avisado que não receberiam nenhum apoio enquanto não mudassem de Direção. O vereador da Coragem de Mudar (CM) queria um esclarecimento sobre estas duas situações. João Paulo Baltazar reiterou que todas as coletividades

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com atletas de formação se podem candidatar ao subsídio municipal, e que quanto à coletividade infratora, esta teria de imediato regularizado aquela situação, logo que avisada. De resto, esta era uma situação especial, em vias de não se repetir, pois era a única associação federativa de modalidade que não tinha até àquela altura (o que entretanto aconteceu) assinado um protocolo com a Câmara Municipal de Valongo (CMV) no

sentido de esta, contra entrega da respetiva fatura, pagar diretamente todas as inscrições dos atletas de formação federados. Na sessão do dia 21 não houve intervenções antes da Ordem do Dia, a não ser mensagens de saudação natalícia e uma informação de Arménio Pedro quanto à resolução de uma situação de recolha de resíduos domésticos. Na sessão, destaque para o alerta de Maria José Azevedo à ADICE, por esta estar a cres-

cer exageradamente. A vereadora da CM conhecia vários casos em que este crescimento desmesurado foi suicida. Vinha isto a propósito de um protocolo de cedência de instalações para um Gabinete de Inserção Profissional em Sobrado. A vereadora Maria Trindade Vale agradeceu o alerta, mas garantiu que a ADICE (da qual é a principal responsável) não dava passos maiores que as pernas. Maria José Azevedo insistiu

Farmácia de Sampaio

Direcção Técnica - Drª Maria Helena Santos Pires Rua da Bouça, 58 ou Rua Dr. Nogueira dos Santos, 32 Lugar de Sampaio • Ermesinde Telf.: 229 741 060 • Fax: 229 741 062

ALERTA! Ao tomar conhecimento de que, repetidamente, um indivíduo que se tem apresentado como Carlos Pinto, tem vindo a recolher donativos falsamente destinados ao Centro Social de Ermesinde, vimos por este meio alertar os ermesindenses para não se deixarem ludibriar nesta quadra festiva!


31 de dezembro de 2012 • A Voz de Ermesinde ainda que a CMV tem obrigação de fomentar o associativismo e que não deve ficar refém de uma instituição. Destaque também para a proposta de estabelecimento de protocolo com o ENTREtanto Teatro para 2013/14, com vista à apresentação de uma candidatura deste (D.G. Artes). Quanto ao ponto mais importante desta sessão, o relativo ao Plano, Orçamento e Mapa de Pessoal, o presidente João Paulo Baltazar começou por explicar o enquadramento da proposta, nomeadamente que só terá sido possível apresentar esta proposta de Orçamento, de 33 milhões de euros, que se espera de elevada execução, a partir do momento em que o financiamento do PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) permitiu dispensar o mais oneroso financiamento da Caixa Geral de Depósitos. Uma gestão muito mais frugal e rigorosa tinha permitido a regularização de muitas dívidas de curto prazo e o quadro de pessoal da Câmara que, em 2011 chegou a ser de 950 funcionários, por aposentações e caducidade de contratos não renovados, era agora de apenas 665. Acordos com as associações estavam a ser cumpridos e não havendo grandes despesas de investimento previstas, a CMV iria concentrar a sua ação nas áreas da Educação e Ação Social. Intervenção esta que foi acolhida de forma diversa pelos vereadores. Se para Afonso Lobão e a CM se registava, com agrado que, como apontou Afonso Lobão, em ano de eleições autárquicas, os responsáveis pelo Executivo tinham resistido a propostas megalómanas, apresentando um orçamento realista, o mesmo acolhimento não foi registado por parte do PS, que anunciou o voto contra. Enquanto Afonso Lobão, após o reconhecimento do esforço da maioria do Executivo, não deixava contudo de lembrar uma série de questões que precisavam de uma resposta urgente – caso do mercado de Ermesinde, da rentabilização do Edifício Faria Sampaio, da melhoria das acessibilidades entre freguesias, da Zona Industrial de Campo e outras (voltou a propor a Festa do Pão), a socialista Luísa Oliveira punha a tónica na ideia de que o PS tinha dado condições ao Executivo, mas quer este Plano seria a prova da falência da sua política, que era de estagnação. Críticas também quanto à falta de uma

solução final de macroestrutura e quanto à forma de apresentação do documento, que seria uma amálgama, e não permitiria uma leitura clara. E Luísa Oliveira terminou a sua intervenção afirmando que esta era a «prova do fim do ciclo político e avesso a escrutínio democrático» por parte do PSD. Maria José Azevedo, por sua vez, por um lado expondo a posição da CM, mas por outro também respondendo ao PS, apontou que, no passado, se tinham sucedido os orçamentos irrealistas, mas que agora se via finalmente um esforço de apresentação de um Plano que se aproxima da realidade, mais legível, transparente e realista, e que resulta da contribuição coletivas mas também, e registava o esforço, de quem liderava a equipa, num elogio a João Paulo Baltazar. Também Pedro Panzina defendeu a forma de apresentação do documento, que era transversal e não sujeito a uma fragmentação por departamentos, tanto mais irrazoável quanto se estava em vésperas de introduzir alterações profundas na macroestrutura. Não se poderia inferir daí que o Orçamento não pudesse ser controlado. Pedro Panzina fez contudo um outro reparo, sobretudo sobre alguma rubricas parcelares inscritas como “Outros”. Finalmente, reagindo à intervenção socialista, apontou que não percebia como é que o PS, que tinha aprovado até agora todos os orçamentos (ou no mínimo os tinha deixado passar), sabendo-se que eram um logro – enquanto a Coragem de Mudar sempre tinha manifestado a sua oposição –, vinha agora votar contra este, em que pela primeira vez, se vislumbrava um esforço de respeito pela realidade. Não deixa de ser estranho que quando hoje, fruto dos constrangimentos da situação, se demonstra resistência ao eleitoralismo, agora é que se vote contra!, comentava o vereador da CM. Pedro Panzina apontou ainda que a forma de apresentação do documento permite até ver melhor quão desequilibrada é a atual estrutura de pessoal da Câmara – por exemplo hoje haveria um excedente manifesto de arquitetos. Resposta do presidente João Paulo Baltazar começaria a sua intervenção de resposta precisamente por aqui. A Câmara teria, de facto, um mapa

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Destaque de pessoal de pirâmide invertida, havia falta de pessoal na base e excesso no topo. A média etária começava a atingir os 50 anos. Admitiu, por isso, que a gestão de recursos humanos iria ser uma das áreas mais exigentes da CMV. Acrescentou depois que, fruto das novas formas de financiamento e do rigor entretanto introduzido na gestão a CMV iria ser onerada em menos 18 milhões de euros (menor necessidade em termos de dívida e menores taxas de juro), por isso não percebia a posição socialista. O PS teria sido o primeiro partido a ser ouvido na preparação do Orçamento e nada terá dito contra (nem nada sugerido). Finalmente comentou: O PS começou este mandato com três vereadores, depois passou a dois [perdeu Afonso Lobão, que passou a independente] e hoje, a discutir o Orçamento, apenas apresenta um [vereadora Luís Oliveira], o que diz bem da importância que o PS, que se quer apresentar como alternativa, dá a este assunto do Orçamento e Plano. Apontou depois que a CMV esperava ainda beneficiar de alguns programas no âmbito do QREN que pudessem ainda canalizar verbas libertadas de candidaturas [de outras autarquias] não concretizadas. E prometeu avançar com a Festa do Pão sugerida por Afonso Lobão. Adiantaria ainda que espera poder viabilizar a qualificação do Estádio de Sonhos (municipalizado), em contrapartida com o seu atual principal credor, cedendo o Campo dos Montes da Costa, e permitindo capacidade construtiva a estes terrenos. Antes da votação, Pedro Panzina proporia ainda que se distribuísse a todos os vereadores um documento por si entretanto recebido que permitia esclarecer melhor a referidas rubricas “Outros” onde elas apareciam, e Maria José Azevedo proporia que a CMV chamasse os cidadãos a participar na sugestão de projetos a apresentar ao QREN. A proposta de Plano e Orçamento seria aprovada por 6 votos a favor (4 PSD e 2 CM),1 abstenção (Afonso Lobão, AL) e 1 contra (PS). O Plano e Orçamento da Vallis Habita, por sua vez, mereceria dos vereadores da Coragem de Mudar o esclarecimento de que continuaria com as contas mascaradas quanto às depreciações dos edifícios,

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como no ano anterior, anunciando o voto contra. O documento seria aprovado com 4 votos a favor (PSD), 2 abstenções (PS e AL) e 2 contra (CM). Já a alteração aos Estatutos desta empresa municipal foi aprovada por 7 votos a favor (PSD, CM e AL) e 1 abstenção (PS). No assunto do Orçamento dos SMAES, Pedro Panzina lembrou que sempre tinha pugnado pela sua extinção. O Plano seria aprovado com 4 votos a favor (PSD), 2 abstenções (PS e AL) e 2 contra (CM). Discutiu-se ainda a questão da aquisição de combustíveis, com Pedro Panzina a recolocar as questões apresentadas em Assembleia Municipal por Diomar Santos. Mas desta vez, presente o técnico do Departamento em causa, este pôde explicar que no caso da preferência da gasolina 98 por 95, se tratava sobretudo das máquinas corta-relva, tendo sido tecnicamente fundamentada a preferência, já que a restante frota camarária recorria a outro tipo de combustível (gasóleo). A proposta foi finalmente aprovada por unanimidade. Macroestrura camarária Prato forte da sessão do dia 21 foi a proposta de alteração da macroestrutura camarária, a qual, resultado da proposta de estudo por empresa exterior, e exigida pela nova lei, foi alterada nalguns pontos, fruto de várias sugestões, da CM e dos próprios departamentos. Propunha-se a redução de sete – na verdade cinco preenchidos – para três departamentos (isto é, dos anteriores Departamento de Administração Geral e Modernização Administrativa, Departamento de Ambiente e Qualidade de Vida, Departamento de Ação Social e Educação, Departamento da Cultura, Turismo, Património Histórico, Juventude e Desporto, Departamento Financeiro, Departamento de Obras Municipais e Transportes e Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística, irá passar-se a uma estrutura com, conforme acerto (entre vários outros, como a colocação da área de Formação) da própria reunião, por proposta da CM, um Departamento de Assuntos Sociais, um Departamento de Assuntos do Território e um Departamento de Assuntos Financeiros (ou Administrativos). Quanto às intervenções,

Afonso Lobão frisou que a anterior macroestrutura vinha dos tempos da [aparente] abastança económica, havendo agora necessidade de uma verdadeira política de recursos humanos. Luísa Oliveira, que a redução da macroestrutura já poderia ter sido feita e que o PS não se iria intrometer numa organização que só deveria competir a quem está diretamente a gerir a CMV (crítica à CM). Maria José Azevedo, que a alteração da macroestrutura, de facto exigida desde há muito tempo, sendo agora difícil, seria vantajosa para todos. E respondendo a Luísa Oliveira, que a estrutura a escolher não era para a equipa atual, mas para ficar e para quem viesse. [Parecia pois que] o PS não esperava vencer as eleições para a CMV. João Paulo Baltazar, esclarecendo que a alteração da macroestrutura podia não se traduzir automaticamente em poupança de imediato para o município, já que, se fossem outras pessoas a ser nomeadas para a direção dos departamentos, a CMV teria de juntar os novos encargos àqueles já assumidos anteriormente. A não ser os que estivessem em comissão de serviço, corrigiu a CM. A nova macroestrutura foi aprovada com 6 votos a favor (4 PSD e e CM) e 3 abstenções (2 PS – porque nesta sessão já compareceram os dois vereadores socialistas – e AL). Foi salientada a vantagem em termos de rigor, dos diretores de departamento serem escolhidos por um júri nomeado pela Assembleia Municipal, como agora prevê a lei, o que limita mais atitudes de apadrinhamento ou favoritismo. Outros assuntos Outro ponto em destaque nesta sessão foi o da abertura de concurso público para a prestação de serviços de recolha de

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resíduos sólidos, sendo que neste concurso se propõe um teto inferior ao anterior, agora 7,4 milhões de euros, para três anos, quando o anterior era de 8 milhões, sendo adjudicado por 6,9 milhões à empresa vencedora. Também agora se espera que a adjudicação possa ficar abaixo dos 7,4 milhões apontados no concurso, tanto mais que há uma redução de serviços relativamente ao contrato anterior (por exemplo os resíduos da restauração não estão incluídos, sendo objeto de outra solução por parte da CMV). Afonso Lobão sugeriu, contudo, que pudesse ser a própria CMV a assegurar a recolha do lixo. Da Coragem de Mudar, para além de dúvidas sobre a duração do contrato, expôs-se a possibilidade de se encontrarem formas de compensar os munícipes que já fizessem separação do lixo. Clara Poças, responsável da área do Ambiente, chamada à sala de sessões para esclarecimento aos vereadores, informou que o contrato prevê que a empresa concessionária terá que acolher as propostas de contentorização, sejam quais forem – as de separação individual “premiada” por agora apenas em estudo e cuja implementação só poderá ser restrita e tratada como experiência-piloto – que possam vir a ser experimentadas pela CMV. A proposta seria aprovada com 4 votos a favor (PSD) e abstenção de toda a Oposição. No período destinado ao público interveio o munícipe José Henrique Magalhães, que ali foi tratar de um assunto referente ao desconforto causado pelo excesso de volume acústico causado por um estabelecimento comercial. Assunto que se tem arrastado mas que, segundo respondeu o vereador Sérgio Sousa, tem cumprido com a celeridade legal possível todos os passos que levam a poder-se exigir muito brevemente o encerramento daquele estabelecimento.

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A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

Destaque

Militantes socialistas escolhem oficialmente os seus próximos candidatos autárquicos Após a confirmação de José Manuel Ribeiro como cabeça

de lista do Partido Socialista nas eleições para a Câmara Municipal de Valongo, ocorrida em reunião da Comissão Política Concelhia no dia 13 de novembro, foi agora a vez de Tavares Queijo voltar a ser apontado como o candidato do PS à presidência da Junta de Freguesia de Ermesinde. Esta eleição teve lugar no dia 7 de dezembro, e entre os 50 militantes da Secção de Ermesinde presentes, foram 39 os votos a favor do candidato proposto, Tavares Queijo, com 3 votos em branco e 8 votos contra. Já agora recorde-se que aquando da Comissão Política Concelhia que

elegeu José Manuel Ribeiro, dos 51 elementos presentes, 2 por inerência e 49 com direito a voto, pronunciaramse 44 militantes a favor do candidato proposto (90% dos votos), verificando-se ainda 4 votos em branco e

rência, rigor e respeito pelas pessoas e instituições”. A candidatura socialista pretende constituir-se como bandeira de esperança e desenvolvimento para o concelho, como um todo, e para cada uma das freguesias, em particular (Alfena, Campo, Ermesinde, Sobrado e Valongo). Licenciado em Relações Internacionais e com MBA apenas 1 voto contra. Segundo comunicado em Gestão de Empresas, José da Federação Distrital do Manuel Ribeiro, 41 anos, foi Porto, o candidato definiu deputado à Assembleia da então o seu projeto como República nas X e XI Le«portador de uma “mudan- gislaturas. É, desde 2005, deça profunda em Valongo, em putado na Assembleia Munome de uma maior transpa- nicipal de Valongo, bem como na Assembleia MeFOTOS ARQUIVO AVE tropolitana do Porto. Com uma passagem multifacetada por vários setores e tutelas, José Manuel Ribeiro foi presidente e diretor geral (entre 2007 e 2009) do Instituto do Consumidor. Entre outras funções de consultoria e políticas foi membro dos Conselhos Consultivos das Entidades Reguladoras da Comunicação Social e dos Serviços Energéticos».

Campanha de recolha de alimentos da Concelhia da JSD Valongo

Terminou no passado sábado, dia 22 de dezembro, a campanha de recolha de alimentos que a JSD Valongo, em conjunto com o Bar Villa (em Ermesinde) esteve a organizar durante a quadra natalícia, «de

forma a ajudar os mais carenciados do concelho de Valongo, nesta época festiva», conforme nota difundida pela organização da juventude social-democrata do concelho de Valongo.

Junta de Freguesia da Cidade de Valongo A Junta de Freguesia da Cidade de Valongo deseja a toda a população um Feliz Natal e Bom Ano 2013!


31 de dezembro de 2012 • A Voz de Ermesinde

Local

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• NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE •

Jantar de Natal do CSE BPI distribui LC

Decorreu no passado dia 18 de dezembro, o habitual jantar de confraternização natalícia do Centro Social de Ermesinde, o qual juntou os colaboradores de várias valências e os dirigentes da IPSS, bem como da Associação Ermesinde Cidade Aberta, filha daquela instituição. No fi-

nal do jantar, cujo prato principal repetiu a ementa de leitão do ano anterior, o presidente da Direção do CSE Henrique Queirós Rodrigues, acompanhado de Alcina Meireles (que viu autorizada em assembleia geral uma eventual renovação do seu mandato), Joaquina Oliveira, que deverá conservar-se na Direção, e Ana Paula Silva, que

Natal do Lar de S. Lourenço Realizou-se na sala do refeitório do Lar de S. Lourenço, na passada quinta-feira, dia 20 de dezembro, a festa de Natal dos utentes do lar, abrangendo igualmente os utentes do serviço de apoio domiciliário do Centro Social de Ermesinde (CSE). A festa, que teve início com um almoço-convívio temperado e abrilhantado com adivinhas e distribuição de brindes aos utentes, prolongou-se depois pela tarde fora, com um programa de animação que contou com a colaboração de todas as valências do CSE (incluindo entre outros funcionários

e utentes do Lar, crianças do Jardim, e ainda adultos do Centro de Formação e da Lavandaria).

a esta deverá regressar, fizeram um périplo pelas várias mesas, apresentando as suas saudações aos trabalhadores. Entre estes circulou também a informação de que está em marcha um processo conducente à constituição de uma Comissão de Trabalhadores do Centro Social de Ermesinde. (Fotos na Última e no Facebook)

A festa contou com a presença de uma equipa de reportagem da RTP, mobilizada a propósito da oferta de pijamas e outros artigos de primeira necessidade aos mais velhos por parte da Home Instead, uma empresa vocacionada para os cuidados a idosos. (Mais fotos no Facebook). FOTOS LAR S. LOURENÇO

presentes de Natal a meninos do CSE Este ano o Pai Natal chegou um tudo ou nada mais cedo a quatro meninos da creche/jardim de infância do Centro Social de Ermesinde (CSE). E tudo graças a uma ação do BPI, instituição bancária que no passado dia 21 de dezembro deu por concluída uma iniciativa de âmbito nacional, a qual consistia em convencer os seus clientes a colocar um presente debaixo do pinheiro de Natal que

cada agência possuía para posteriormente os oferecer às crianças mais desfavorecidas de instituições locais. Assim sendo, o balcão do BPI de Ermesinde decidiu presentear quatro meninos do CSE, sendo que apenas três deles estiveram presentes nesta visita antecipada do Pai Natal. Foram eles o Tiago, o Daniel, e o Pedro, que das mãos do gerente do BPI de Ermesinde, Luís

Silva, receberam bonitas prendas – brinquedos, claro está – que de imediato lhes arrancou um rasgado sorriso dos seus pequenos rostos. A agradecer, em nome do CSE, esta iniciativa do BPI esteve a diretora da IPSS Alcina Meireles, que se fazia acompanhar do também diretor Tavares Queijo, e da responsável pela valência creche/jardim de infância Teresa Braga Lino. MB FOTOS PEDRO REUSS


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A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

Local

Maleitas da Cidade? FOTO JoÃO DIAS CARRILHO

JOÃO DIAS CARRILHO

Estas letras se publicadas, só na graça do ano de 2013; que se nos apresenta carrancudo, por obra e graça dos desmandos dos que têm estado como timoneiros nesta barcaça desengonçada em que se tornou este lindo País que todos amamos, talvez até aqueles que o vão vendendo a retalho, dando a impressão, de a quem possa dar menos. Mas como isto é voar em 1ª classe, o melhor será voar mais baixinho e comunicar com os nossos leitores o que gostaria de não ver realizado aqui na nossa cidade no ano da obra e graça de 2013: A - Não ver e calcar tanta porcaria de cão, que está em crescendo nas ruas da nossa cidade. Assim como não ver tanto cãozinho de raça perigosa sem açaime, a ser passeado pelos donos pelas ruas da cidade. Ou pior, em quintais com muros e portões tão baixos que os animais só não os transpõem porque não estão interessados nisso. Isto é criminoso. B - Não esbarrar com tanto saco de lixo espalhado pelas ruas, com pão ou frutas e legumes; em especial às 2ªs feiras e muitos com os contentores tão perto. De notar que são os cães vadios que põem estas misérias a nu. C - Que neste ano possam acabar as podas assassinas das martirizadas árvores da nossa bela cidade, possam ser podadas com inteligência e possam dar abrigo ao que resta da passarada que teima em resistir ao Progresso; e não nos continuem a roubar as belas sombras no verão!. D - Que não nos tirem mais meios de transporte e não aumentem mais os tarifários com a esperteza saloia das reestruturações, que mais não visam que massacrar os utentes e encher os bolsos dos privados e companhia.

Projeto “A Nossa Atitude Conta” Mais de 8 000 kg de resíduos foram separados apenas no período de um mês Tendo lançado, com os seus nove municípios associados, o desafio de desenvolver em parceria o Projeto “A Nossa Atitude Conta!”, uma iniciativa de separação de resíduos, a Lipor desafiou nove instituições pertencentes a estes municípios a participar nessa campanha, iniciativa que a empresa definiu como fazendo parte da sua prioridade numa «atuação ininterrupta em termos de Informação, Sensibilização, Educação e Formação Ambiental junto dos Cidadãos da sua área de influência (Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde)». Assim, entre 5 e 30 de novembro, a Biblioteca Municipal José Marmelo e Silva, o Centro Social de Paramos, a Esquadra da PSP – Rio Tinto, a Associação Cultural e Recreativa “Os Fontineiros da Maia”, a Associação Social e de Desenvolvimento de Guifões, a ACeS Porto Oriental – Unidade de Saúde

Pública, a Paróquia de Ermesinde e o “O TECTO”- Associação de Solidariedade Social”, desafiaram os seus utentes e respetiva comunidade envolvente a promoverem a separação dos resíduos. Findo o período de concurso contabilizou-se um total de 8 025,29 kg de resíduos, separados por uma população de aproximadamente 2 320 pessoas, o que representa uma média de 3,5 kg de resíduos separados por pessoa. Perante os resultados obtidos a Lipor conclui que, de facto, “A Nossa Atitude Conta!”, pois com «a adoção desta atitude teremos, certamente, uma população mais Amiga do Ambiente!». Sobre o Projeto “A Nossa Atitude Conta!” Em estreita parceria com as instituições envolvidas, pretende-se atuar no sentido de cons-

E - Um otimista dirá: o 13 dá sorte e N.S. de Fátima não vai permitir mais barbaridades. Um pessimista dirá: o 13 é azarento e os oportunistas vão aproveitar a onda. Este ano vou entrar com o pé esquer-

do, pelo menos a tentar assustar os demónios. Sempre entrei com o direito e me tem trazido chatices! Um bom ano de 2013!

Entrega de cabazes de Natal na EB2/3 D. António Ferreira Gomes

FOTOS EB2/3DAFG

No dia 20 de dezembro, e com a presença do presidente da Comissão Administrativa Provisória do seu Agrupamento de Escolas (Agrupamento de Escolas de Ermesinde, Valongo), Álvaro Pereira, a Escola EB 2/3 D. António

ciencializar os cidadãos para a importância das boas práticas ambientais e de os mobilizar no sentido da adoção e implementação das mesmas. Numa primeira fase, foram promovidas várias formações técnicas com o objetivo de dotar os cidadãos envolvidos neste projeto de conhecimentos que lhes permitissem adotar um comportamento ambiental conhecedor e responsável. Posteriormente, decorrida

Ferreira Gomes procedeu à entrega de 73 "cabazes de Natal", que contemplaram 290 pessoas. Paralelamente foram também distribuidas peças de vestuário e calçado. Recorde-se que esta atividade vem na sequência da notícia sobre a Feirinha da Solidari-

esta formação inicial, cada uma das instituições, por sua vez, mobilizou-se num processo de separação de resíduos correto e duradouro, sempre acompanhado pela sensibilização necessária. O desenvolvimento deste projeto permitirá à instituição, ser distinguida através da atribuição de um “Galardão Lipor”, reconhecendo o trabalho desenvolvido na área ambiental.

edade que noticiámos no nossa último número do jornal (edição em papel n.º 899). O jornal “A Voz de Ermesinde” aproveita ainda esta oportunidade para uma pequena retificação da notícia anterior, clarificando que os GUNAS Seniors são encarregados de edu-

cação dos alunos que, atualmente, fazem parte do grupo GUNAS, e também eles de espírito solidário e sempre disponíveis para ajudar nas atividades, e não antigos alunos solidários como então incorretamente foi referido.

Agradecidos (de novo) Tal como já o havia feito em de 2011, chegados ao final deste ano é tempo de fazer alguns destaques e não esquecer atitudes solidárias dentro da nossa comunidade. Uma das que, mais uma vez não queremos deixar passar em claro, pois volta a merecer a nossa gratidão, é a do senhor Mário Costa e da em-

presa de transportes JDC (José Domingos de Carvalho), que continuou a manifestar a sua solidariedade ao Centro Social de Ermesinde. Este foi mais um ano em que, por diversas vezes esta firma ofereceu o transporte ao Centro Social para levantar bens do Banco Alimentar. Apoio que voltamos a registar. AVE


31 de dezembro de 2012 • A Voz de Ermesinde

Património

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• TEMAS ALFENENSES •

O Capitão da Praça

ARNALDO MAMEDE (*)

ilho natural, mais tarde legitimado, do Bacharel Dr. Manuel Alves Barbosa e de Genoveva Alves Coelho, foi deixado "exposto" à porta de um casal das suas relações no Lugar do Engueiro, Novelas, Penafiel. Terá nascido no ano de 1815. O progenitor era Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra, herdeiro da Casa da Praça, da Quinta e Portal do Ribeiro ou de Transleça e de outro muito vasto património, sendo considerado um dos maiores proprietários de Entre Douro e Minho. Sua mãe, Genoveva Alves Coelho era filha do Ajudante de Ordenanças José Alves Coelho, perecido na Ponte de Negrelos, em 25 de março de 1809, quando forças populares da guerrilha se opuseram tenazmente às forças francesas do General Soult, na tentativa de lhes impedir a travessia do Rio Vizela. Caíram nessa luta cerca de três dezenas de portugueses; do lado francês, entre as suas baixas contava-se o próprio Comandante da coluna, General Jardon, herói de muitas batalhas da Revolução e do Império. Passemos brevemente os olhos pelo contexto dessa época. Viviam-se em Portugal tempos muito difíceis, a Família Real refugiada no Brasil, o ocupante francês, Jean Andoche Junot, impusera a Portugal as punições mais severas, uma indemnização de guerra elevadíssima, o confisco de bens, o saque do ouro e pratas de palácios e das igrejas, os preços dos alimentos dispararam, e a moeda desvalorizou em mais de 70%, ao ponto de quase não haver dinheiro em circulação. No mar os navios mercantes portugueses eram apresados, saqueados, vítimas de constantes atos de pirataria. A abertura dos portos do Brasil e outras vantagens asseguradas aos Ingleses, mormente o Tratado Especial de Comércio de 1810, concedendolhes amplos benefícios, foram golpes muito duros que levaram à falência muitos comerciantes e armadores portugueses. E, quando, após a vitória do Vimeiro, se esperava algum alívio, os termos da Convenção de Sintra apenas cuidaram de salvaguardar os interesses de Franceses e Ingleses, que repartiram entre si os despojos. Os bens que o invasor saqueou aos Portugueses não foram restituídos aos seus legítimos proprietários, foram simplesmente cedidos aos novos ocupantes, os Ingleses, como moeda de troca para uma retirada em segurança. Com a Família Real ausente no Brasil, Portugal não passava de um mero protetorado de Inglaterra, governado com mão de ferro por um déspota, um tal Marechal Beresford, de 1809 a 1820. Até que, em 24 de agosto de 1820, as tropas da guarnição do Porto saíram para o Campo de Santo Ovídio, atual Praça da República, lançaram

uma proclamação contra a ocupação inglesa, semanas depois a revolta chegou a Lisboa, e reunidas as Cortes é exigido o regresso do Rei D. João VI, pressionado a jurar a Constituição que faz cair o Antigo Regime, o Absolutismo. Mas, mesmo assim, os momentos de paz foram escassos, senão mesmo inexistentes. Primeiro, as desavenças entre os partidários do novo regime, os golpes, as revoltas, a instabilidade permanente, mais tarde o golpe de D. Miguel que, faltando ao compromisso assumido com o seu irmão D. Pedro, se faz proclamar Rei pelas Cortes, por si convocadas à maneira antiga, restaurando o Absolutismo Monárquico, a reação dos Liberais, mais revoltas, a "Belfastada", o exílio, os Mártires da Liberdade, o desembarque do Exército de D. Pedro – o Rei Soldado nas praias de Pampelido, o cerco do Porto, a batalha do Cabo de S. Vicente, a tomada de Lisboa, o prenúncio da derrota das forças afetas a D. Miguel, que viria a ser confirmada nas batalhas de Pernes, Almoster, Asseiceira, para tudo terminar em Évora Monte, com a rendição e o exílio, desta vez definitivo, de D. Miguel. Voltemos ao jovem Manuel Alves Barbosa, prestes a completar a segunda dezena de anos de idade e também a seu pai o bacharel com o mesmo nome. A sua Casa da Praça fora, durante largas dezenas de anos, sede da Companhia de Ordenanças da Honra de S. Martinho de Frazão, que nomeava o respetivo Capitão, geralmente um oficial da Casa, condição que lhe conferia grande prestígio e influência, em especial, a nível local. Porém, a vitória da Revolução Liberal de 1820 viria a decretar a extinção das Companhias de Ordenanças, tidas como importante suporte do Antigo Regime, então substituídas pela Guarda Nacional. É neste novo contexto que o velho bacharel, homem atento, bem informado e com dinheiro quanto baste, prevendo como certa a vitória dos partidários de D. Pedro, trata de posicionar o rebento no caminho que lhe irá garantir cargos, prebendas, lugares de relevo, influência e prestígio social nas mais diversas instituições do novo Regime. Assim ele, o rebento, o soubesse aproveitar... Em 16 de abril de 1834 alista-o no Batalhão do Distrito e, dois dias depois, é nomeado Capitão da 4ª Companhia !!!... Consta da respetiva ficha individual: «Alistou-se com 19 anos, e tem 58 pulgadas, cabelos louros, olhos castanhos, solteiro, lavrador-proprietário; he de bons sentimentos a favor de nossa Augusta Raínha ( D. Maria II ) e tem boua conduta civil e militar». Poucos dias depois, o Major – Governador Militar do Concelho de Refojos de Riba d'Ave, Joaquim Bento Correia de Miranda e Sá, tem a especial e zelosa preocupação de o comunicar ao bacharel Manuel Alves Barbosa, pai do garboso Capitão. Diz o texto da missiva: «Illustrissimo Sr. Dr Manuel Alz. Barbosa: No dia de hontem foi elleito a vottos o Ill.º f.º de Vª. Sª. p.ª Capitam da 4ª Comp.ª de Voluntarios do Batalham do meu Comando/ desejarei q. seja do agrado de V. ª Sª. este procedimento / ; por este motivo he indispençavel q. o mesmo Sr. apareça

de Paços de Ferreira em 1845. Todos estes cargos exercidos antes dos trinta anos de idade. Desapareceu da vida pública, em especial de cargos políticos, de 1845 até 1897, ano da sua morte. Passou largas temporadas em Alfena, na sua Quinta do Ribeiro ou de Transleça, nela viria a nascer o seu filho Manuel, no Outono de 1845. Tendo herdado de seu pai, o bacharel Dr Manuel Alves Barbosa, um valioso património que o creditava como um dos maiores proprietários de Entre Douro e Minho, errou flagrantemente na administração dos seus bens. Deixou-se vencer pelo vício do jogo, que o foi conduzindo, inexoravelmente, à ruína. Numa noite fria de novembro de 1848, numa das casas que servia de estalagem no recinto da Feira do Cô, jogavam às cartas, entre outros, o nosso Capitão da Praça e o Padre Félix, Pároco de Penamaior. No centro da mesa o monte não era nada de desprezar, nas costas do Padre, Joaquim Barbosa, o "Índio", criado e guarIMAGEM ARQUIVO AL HENNA da costas do Capitão, mirando as cartas, dava pequenos sinais ao seu Patrão. Rebentou forte a zaragata, o "Índio", na confusão, disparou à queima roupa nas costas do Padre, tendo-se a bala alojado no sacro. Detido e levado para a cadeia de Santo Tirso o "Índio" confessou que as pistolas em seu poder pertenciam ao Capitão, seu patrão. Situação delicada para o titular da Casa da Praça, que saído de mansinho da confusão foi visto a lavar as mãos numa bica de água próxima, tinha os punhos da camisa manchados de sangue e, na pressa, deixou lá ficar o anel. O certo é que chegando a ser acusado como conivente e instigador da agressão, passou por maus bocados, até que,finalmente, foi deixado em paz. Tal facto não lhe serviu de emenda, continuou na senda do jogo e foi-se arruinando progressivamente, em Alfena foi vendendo, ao desbarato, pressionado pelos credores, primeiro propriedades isoladas em Chãos, Transleça e Junceda, por fim a joia da coroa, a Quinta do Ribeiro ou de Transleça, com todas as suas pertenças, incluindo o monumental portal com o brasão da sua família. Compradores, pela quantia de dez contos de reis, o casal trisavô dos atuais proprietários, José Joaquim Dias de Oliveira e Quitéria Martins (Marques), ele de Campelo, Sobrado, ela de Transleça, Alfena, filha de Manuel da Silva Marques, durante largos anos Administrador do Concelho de Ter a tropa do novo Regime do seu lado, de- Valongo, como consta da Escritura celebrada na pendente da sua "generosidade" naqueles tempos Casa da Praça, em 25 de Maio de 1861, pelo conturbados era, sem dúvida, uma grande vanta- Notário Francisco José Lopes de Lima. gem, para si e para os seus. Foi interdito e impedido pela própria família Extinto o Concelho de Refojos de Riba d'Ave da administração dos bens que lhe restaram, o e instituído o nóvel Concelho de Paços de Ferreira, que o salvou de morrer na miséria. em 1836, que viria a incluir a Freguesia de Frazão, Para a lenda ficou na memória das gentes de foi o nosso muito jovem Capitão da Casa da Pra- Alfena que só numa noite de jogo perdeu sete ça, então com 21 anos de idade, deputado eleito e quintas, entre elas a de Transleça ou do Ribeiro, primeiro Administrador do novo Concelho. e, por fim, nada mais tendo, jogou a própria muCumprido este mandato viria a ocupar o car- lher, que perdeu. go de Vereador Municipal em 1841 e Juiz Ordinário em 1842. (*) Membro da AL HENNA – Associação Foi, ainda, Presidente da Câmara Municipal para a Defesa do Património de Alfena.

neste Quartel quanto antes afim de puder-lhe Eu declarar-lhe cousas de S. N. R. (Serviço Nacional e Real). Ds. g. a V.ª S.ª. Quartel de Dniz, 20 de M.º de1834. J. B. Correia de Miranda e Sá. P. S. - E rogo a V.ª S.º a graça de fazer Patentiarao Sr. José de Sousa se acha elleito a vottos para Alferes da ditta Comp.ª e da mesma sorte deve comparecer neste Quartel em the amanhã por todo o dia». Bastaram dois dias para passar de mancebo a Capitão Comandante da 4ª Companhia de Voluntários de Refojos! O poder, a capacidade de influência do velho bacharel seu pai, sobretudo o seu dinheiro, contornavam todo e qualquer obstáculo que lhe surgisse pelo caminho. O recrutamento, a instrução, o armamento, o fardamento, o alojamento, o soldo, a mantença da tropa "voluntária" exigia largos recursos e, dinheiro tinha-o o nosso bacharel, disposto a abrir os cordões à bolsa, desde que ciente das vantagens ou proveitos próximos e futuros.


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A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

História

Recordando a 2ª ocupação inglesa da Madeira

MANUEL AUGUSTO DIAS

á 205 anos, os portugueses tinham todas as razões para ainda se sentirem em pior maré do que aquela que hoje nos envolve. Os franceses invasores estavam cá há um mês (desde Novembro), tinha o mesmo tempo a fuga da Família Real e da Corte para o Rio de Janeiro (Brasil) e, praticamente, em simultâneo, os nossos aliados ingleses vieram apoderar-se de Portugal, com o argumento de virem defender o império português, correspondendo ao apelo de ajuda da casa reinante portuguesa. Mas o mais grave de tudo foi a segunda ocupação britânica da Ilha da Madeira. Sem qualquer aviso prévio às autoridades portuguesas, na véspera de Natal de 1807, uma esquadra britânica aportou ao Funchal e apoderou-se da Ilha, pelos vistos jogando na antecipação estratégica à presumida investida napoleonica naquele arquipélago atlântico. Já no início do Verão de 1801 havia sucedido algo muito semelhante. A esquadra inglesa que ancorou na capital madeirense, naquele dia 24 de de-

Há 205 anos, os portugueses tinham todas as razões para ainda se sentirem em pior maré do que aquela que hoje nos envolve. Os franceses invasores estavam cá há um mês (desde Novembro), tinha o mesmo tempo a fuga da Família Real e da Corte para o Rio de Janeiro (Brasil) e, praticamente, em simultâneo, os nossos aliados ingleses vieram apoderar-se de Portugal, com o argumento de virem defender o império português, correspondendo ao apelo de ajuda da casa reinante portuguesa. zembro de 1807, era comandada pelo almirante Samuel Hood, e compunha-se de 4 naus, 4 fragatas e 16 navios de transporte, transportava 2 regimentos de infantaria (cerca de 2 mil soldados) mais duas companhias de artilharia, sob o comando do nosso, mais tarde, bem conhecido general Beresford (terá sido durante a sua permanência de pouco mais de meio ano na Madeira que este general britânico aprendeu a falar português). Feito o desembarque, sem qualquer reação por parte da presença militar portuguesa naquele arquipélago, o general inglês dirigiu-se, de imediato, ao Governador português na Ilha, o Capitão-general Pedro Fagundes Bacelar de Antas e Meneses, que intimou a entregar-lhe o Arquipélago, e este não que não viu como resistir, acabou por capitular. Logo no 1º artigo do Auto de Capitulação, assinado a 26 de dezembro de 1807, pode ler-se o seguinte: «A Ilha da Madeira e suas dependências serão entregues aos comandantes das forças de sua majestade britânica para serem conservadas e governadas por sua dita majestade com os mesmos direitos, privilégios e

jurisdições com que até agora as gozou a coroa de Portugal». No dia 30 de dezembro seguinte, Beresford fez uma Proclamação à população madeirense, obrigando-a a reconhecer como seu legítimo rei, o monarca inglês, Jorge III. Esta ocorrência causou grande surpresa e conster-

Arquipélago a Portugal. Graças ao seu talento e prometendo à coroa britânica que Portugal aceitaria em troca da restituição da administração da Madeira às autoridades civis portuguesas, a entrega da superintendência de todos os assuntos militares a Beresford, Londres as-

FOTO ARQUIVO MAD

Vista aérea da baixa e porto do Funchal.

nação, quer no Reino, quer na Corte, no Rio de Janeiro, que mandatou o representante diplomático de Portugal em Londres, Domingos António de Sousa Coutinho, para fazer todos os esforços no sentido da devolução do

sentiu na devolução de toda a administração civil do território madeirense aos portugueses (Tratado de Restituição da Madeira, assinado em Londres, a 16 de março de 1808), reassumindo, assim, 4 meses depois (finais de abril

EFEMÉRIDES DE ERMESINDE

O D. Miguel visitou o Hospital das suas tropas, na Formiga, a 20 de dezembro de 1832 D. Miguel visitou o Convento dos Religiosos Eremitas Descalços de Santo Agostinho, na Formiga, onde estava instalado o Hospital das suas tropas, no dia 20 de dezembro de 1832. A Gazeta de Lisboa, n.º 304, trouxe a notícia, que foi utilizada como fonte por Domingos Oliveira Silva, para o seu trabalho O Convento da Mão Poderosa (1971), donde transcrevemos o excerto, que se segue, relativo a este importante acontecimento. D. Miguel esteve no Convento da Formiga, transformado temporariamente em Hospital das suas tropas, no dia 20 de dezembro de 1832. «No declínio do ano de 1832, D. Miguel, animado pelo perseverante propósito de prestar todo o apoio às suas tropas, que humanamente lhe era possível dispensar e ainda com a intenção de moralizar militares e civis, tentando mesmo, neutralizar os efeitos da propaganda que pelos liberais vinha sendo feita, contra o seu governo, decidiu deslocar-se aos pontos mais vitais das operações para que, com a honra da sua presença, mais eficientemente pudesse concretizar aqueles objectivos. Assim, em 16 de Dezembro, dirigiu-se a Valongo; em 17

de 1808), Pedro Meneses as suas funções de Governador da Madeira, voltando à sua residência oficial no Palácio de S. Lourenço, donde havia sido despojado por Beresford que aí passou a residir, e onde fez hastear a bandeira do Reino Unido, bem como em todas as fortalezas da Ilha. Os ingleses

ocuparam ainda o Convento da Encarnação e o Quartel do Colégio. Enquanto Beresford ocupou o Palácio de S. Lourenço, resolveu fazer algumas obras de “beneficiação” que modificaram a estrutura do

edifício, fazendo desaparecer o último piso da residência, ao altear a altura das salas de receção. O Forte de S. José, no outro lado do porto do Funchal, foi o quartel-general da ocupação britânica e, mais tarde, serviu-lhes também de cadeia. Mas a presença militar britânica foi uma realidade no Arquipélago Madeirense até 3 de outubro de 1814. Em 17 de agosto de 1808, Beresford segue para Lisboa, levando consigo apenas metade dos soldados ingleses. Os restantes só saíram da Madeira, na sequência da assinatura do Tratado de Paz, entre a Inglaterra e a França, em setembro de 1814. Há muito que se conhece a especial “simpatia” dos ingleses pela “Pérola do Atlântico” e esta presença militar inglesa na Ilha da Madeira durante 7 anos, acabou por ter as suas repercussões até aos nossos dias, quer no número de apelidos britânicos ainda em uso, sobretudo em famílias da elite madeirense, quer no peso da comunidade britânica na economia madeirense, quer ainda em alguns vocábulos e no número de turistas ingleses que ali afluem regularmente.

penhorado dos mais vivos sentimentos de gratidão, e contentamento aquelles fieis guerreiros Seus defensores, Passou à Enfermaria onde se curão os prizioneiros rebeldes, que se achão feridos, e Patenteando toda a Grandeza de Seu animo verdadeiramente Real, e da Sua Piedade e Clemencia verdadeiramente Christã, Tratou com a mesma bondade e carinho aquelles seus inimigos, que tinhão vindo armados a este Reino com o sacrilego fim de atacar os direitos da sua incontrastavel Legitimidade. He escusado referir a sensação, que em todos produzio espectaculo tão tocante. Concluido este acto, tomou ELRei Nosso Senhor em direitura o caminho de Braga».

passou revista “as tropas, que estávão ao Norte do Douro, e dellas recebeo novos testemunhos de lealdade de amor”; em 19 foi visitar “a Fabrica de Ferro a Crestuma” e na manhã do dia 20, passou revista “a tres Corpos da Columna movel, IMAGEM ARQUIVO MAD que ainda não tinha recebido esta honra”, para no mesmo dia e imediatamente a seguir, passar a última revista, desta vez “ao Hospital de Sangue da Formiga” (Gazeta de Lisboa, n.º 304, p. 1477). “... Depois da última revista Dirigio-se ElRei Nosso Senhor ao Hospital de Sangue da Formiga, percorrendo todas as suas enfermarias, demorando-se particularmente naquella em que estão os bravos militares, que forão feridos no campo da honra na justa defeza do Rei e da Patria. He impossivel explicar as demonstrações de benignidade, e de affecto, que ELRei Nosso Senhor Prodigalizou áquelles seus leaes Vassalos, como tambem se não póde pintar a emoção, que nelles, e em todos os circunstantes cauD. Miguel esteve no Convento da Formiga, transformado temporarisou aquella scena verdadeiramente interessante, e amente em Hospital das suas tropas, no dia 20 de dezembro de 1832. pathetica. Depois de haver Sua Magestade assim


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Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N.º 900 • 31 de dezembro de 2012 • Coordenação: Miguel Barros

Os melhores momentos do desporto local em 2012


II

A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

Desporto FUTEBOL

FOTO MÁRCIO CASTRO

Vitória foi sol de pouca dura MÁRCIO CASTRO/AVE

Não durou muito tempo a veia vitoriosa do Ermesinde no Campeonato Distrital da Divisão de Honra. Ao triunfo alcançado ante o Rio Tinto, na 14ª jornada, seguiu-se, na ronda posterior, o regresso aos maus resultados, isto é, às derrotas, e logo diante do vizinho e grande rival Valonguense. No Estádio do Calvário, na sede do nosso concelho, assistiu-se a um duelo – ocorrido no dia 30 de dezembro – muito disputado de parte a parte, mas onde o Ermesinde não teve a sorte do seu lado, acabando por ser derrotado (por 0-1) já em período de compensação. Durante a primeira parte, o Valonguense esteve mais irrequieto, contudo esbarrava sempre na sólida defesa forasteira. O jogo ia para intervalo com um justo 0-0. Na segunda parte as equipas continuaram a discutir o jogo taco a toco, e começava a sentir-se que a vitória podia pender para qualquer um dos lados. E seria já em período de descontos (aos 92 minutos) que Igor faria o golo da vitória na sequência de uma grande penalidade muito duvidosa. O atacante do Ermesinde Paulo queixa-se de uma agressão na jogada que origina o penalti caseiro e é expulso, sendo que o pontapé na barriga do ponta de lança ermesindista é visível. Nos dois últimos minutos de jogo o Ermesinde asfixiava o Valonguense, que mantinha o “autocarro a frente da baliza”. Não se pode dizer que uma equipa se superiorizou à outra, porém os verde-e-brancos dispuseram de mais e melhores oportunidades de golo. No último

encontro (na imagem) de 2012 o Ermesinde alinhou com: Rui Manuel, Tiago Silva, Hélder Borges, Rui Stam e Delfim, Guedes, Bruno Coelho (Paulo, aos 59m), Flávio (André Vale, aos 79m), Rui Pedro e Hugo (Sousa, aos 45m). Na classificação a turma da nossa freguesia continua no último lugar, com 8 pontos somados, a 9 da “linha de água”. O triunfo sobre o Rio Tinto Quase mês e meio depois o Ermesinde regressou às vitórias no escalão maior da Associação de Futebol do Porto (AFP). Facto ocorrido no dia 16 de dezembro, quando em Leça do Balio – casa emprestada na sequência do castigo de interdição do Estádio de Sonhos imposto pela AFP – a turma da nossa freguesia bateu o Sport de Rio Tinto por 3-2 em partida alusiva à 14ª jornada. E aquilo o que se viu nas bancadas do Complexo Desportivo de Leça do Balio foi um Ermesinde como até aqui ainda não se tinha visto, sobretudo na segunda parte, onde os ermesindistas praticaram um futebol de bom nível. No entanto o encontro nem começou da melhor maneira para os pupilos de Jorge Abreu, que aos 16 minutos da etapa inaugural já perdiam por 0-2! Com garra os ermesindistas partiram para cima dos riotintenses, e ainda na primeira parte chegariam ao golo, por intermédio de Guedes, aos 43 minutos. Na segunda parte, como já dissemos, o Ermesinde esteve sempre por cima, controlando em absoluto um Rio Tinto sem armas para travar o bom futebol dos verde-e-brancos, e seriam já muito perto do final que a justiça subiria ao

marcador. Primeiro por Guedes, que na transformação de uma grande penalidade bisaria no jogo, aos 80 minutos, e quando o relógio indicava apenas dois minutos para os 90 regulamentares Flávio fez o merecido 3-2 final para o Ermesinde, que assim somou a sua segunda vitória da temporada. Destaque ainda para o regresso do avançado Paulo aos relvados, tendo sido dele o magnífico passe para Flávio no golo da vitória. No jogo ante o Rio Tinto o Ermesinde alinhou com: Rui Manuel; Tiago Silva, Hélder Borges, Rui Stam, Delfim; Ricardo Leça, Guedes, Bruno (Flávio, aos 60m) e Miguel (André Vale, aos 75m), Rui Pedro e Sousa (Paulo, aos 75m).

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31 de dezembro de 2012 • A Voz de Ermesinde

Desporto

BASQUETEBOL

TÉNIS

CPN é campeão distrital de iniciados femininos

O rescaldo da Ermesinde Tennis Cup…

FOTOCPN/BASQUETEBOL

AVE/CPN

Já vem sendo hábito por esta altura do ano o basquetebol do CPN oferecer aos seus adeptos uma prenda de Natal. Desta feita foi o título de campeão distrital de iniciados femininos, cuja fase final decorreu nos passados dias 15, 16, e 17 de dezembro no Pavilhão Municipal de Guifões. Para além das cepeenistas lutaram pelo título os combinados do Coimbrões, Juvemaia, Núcleo Cultural e Recreativo de Valongo, Desportivo da Póvoa, e Desportivo de Leça. A abrir a fase final, o CPN defrontou o Despor-

tivo de Leça, vencendo sem dificuldades por claros 72-18, sendo que nas outras partidas do dia, o Póvoa derrotava o NCR Valongo e o Coimbrões vencia confortavelmente o Juvemaia por 74-19. Na manhã de sábado, foi a vez do Juvemaia defrontar o CPN, último conjunto este que venceu a partida por 79-29. Nos outros jogos, o Leça derrotava o NCR Valongo e o Coimbrões levava de vencido o Póvoa, ficando para de tarde a partida que colocaria frente a frente as duas equipas do Concelho de Valongo presentes em Guifões, a qual seria concluída com mias uma clara vitória das cepeenistas por 67-35, sendo

que o Coimbrões também “cumpria” e derrotava o Leça, e o Póvoa vencia de forma folgada o Juvemaia. Domingo de manhã, o CPN defrontou o Póvoa, e com uma postura séria e dedicada, venceu a partida por 68-24. Nas outras partidas da manhã, o Leça vencia o Juvemaia e o NCR Valongo era derrotado pelo Coimbrões, deixando todas as decisões para os jogos da tarde. Início da tarde, inicio das decisões! Pavilhão bem composto para assistir ao primeiro embate que colocou frente a frente os dois Desportivos, sendo que o Póvoa acabou por ser mais forte e garantir o 3º lugar na fase final.

No jogo seguinte, o Juvemaia derrotava o NCR Valongo e garantia o 5º lugar e o último lugar de acesso à fase nacional, ficando para o fim o jogo por todos aguardado: CPN-Coimbrões, o duelo do título. Com uma bancada fantástica, cheia como um ovo, as ermesindenses sentiram o apoio dos pais, simpatizantes, amigos, familiares e as atletas dos outros escalões, e com uma boa entrada na partida, acabaram o primeiro período a vencer por 4 pontos (09-13), sendo que no segundo quarto, apesar do desacerto na hora de lançar ao cesto por parte de ambas as equipas, conseguiram dilatar ainda mais vantagem, tendo o jogo ido para o intervalo com o CPN a vencer por 9 pontos. No regresso, após o descanso, o Coimbrões entrou determinado em disputar a final, e com uma defesa pressionante conseguiu empatar a partida, mas as cepeenistas souberam reagir e nunca permitiram que o adversário passasse para a frente do marcador, entrando no último período a vencer por 3 pontos. No período final, as atletas da nossa freguesia souberam passar para o campo

as indicações recebidas pela dupla técnica, e com uma boa presença nas tabelas e um contra-ataque letal, conseguiram disparar no marcador nos minutos finais, acabando por vencer a partida por 43-57. Cinco jogos, outras tantas vitórias, todas na casa das dezenas! Um percurso imaculado que tornou o CPN o novo campeão distrital de iniciados femininos, com as atletas Marta Figueira, Maria Neves, Catarina Almeida, Rita Pinto, Bruna Costa, Marta Santiago, Eva Pereira, Inês Alves, Patrícia Almeida, Mariana Martins, Margarida Fonseca, Marta Fernandes, Marta Leite, Mariana Pereira e Daniela Aranha a demonstrarem em campo o excelente trabalho de formação levado a cabo no seio do popular clube ermesindense, lideradas por Agostinho Pinto e Ricardo Lajas. No final, ainda antes de levantarem a taça, as atletas Marta Santiago e Inês Alves foram escolhidas para o 5 ideal da competição, sendo esta uma bela maneira de fechar o ano de 2012.

III

O Clube de Ténis de Ermesinde, em parceria com a Câmara Municipal de Valongo e o apoio da casa António Vieira, realizou – nos courts da Vila Beatriz – entre os dias 15 e 23 de dezembro mais uma edição do Torneio Ermesinde Tennis Cup. Disputado nas variantes de singulares e pares (femininos e masculinos) o torneio teve os seguintes vencedores: Diogo Rua (Grupo Verde), Dinis Rodrigues/Diogo Rua (Grupo Verde em pares), José Nogueira (Grupo Preto), José Nogueira/ /Jorge Sequeira (Grupo Preto em pares), Francisco Silva (Grupo Branco), Francisco Silva/João Leite (Grupo Branco em pares), Tiago Reigada (Grupo Azul), Tiago Reigada/ /Bruno Marinho (GrupoAzul em pares), João Peixoto (GrupoAmarelo), e João Soeima/Tiago Gomes (GrupoAmarelo em pares).

SETAS

Eleet Team/Cá-Tu-Lá sofre a primeira derrota da temporada E eis que à 6ª jornada os ermesindenses do Eleet Team/Cá-Tu-Lá caíram pela primeira vez no Campeonato da 1ª Divisão da Associação de Setas do Porto (ASP). Facto ocorrido no passado dia 14, altura em que o conjunto da nossa freguesia foi derrotado em casa do Bar dos Bombeiros por 2-7, e mais do que perder a invencibilidade caiu para o 4º lugar da tabela classificativa, somando agora 13 pontos, menos dois que a dupla de líderes – invictos – TNT/Quinta da Caverneira e o Bar dos Bombeiros. Na derradeira ronda de 2012 o único motivo para festejos de uma equipa ermesindense nesta 1ª Divisão foi protagonizado pelo Estádio Darts/40’s Bar, que foi ao terreno dos Dragões do Vale do Ave triunfar por 6-3, e desta forma subir ao 5º posto (contabilizando agora 12 pontos). Já o “lanterna vermelha” deste escalão, os também ermesindenses Darts Carneiro, perderam pela margem mínima (4-5) em casa do Addicted Quinta da Caverneira. Por seu turno, a equipa dos Arrebola Setas foi esmagada em casa pelo terceiro posicionado da competição, o Latitude, por 1-8, e desta forma permanece na 6ª posição, com 10 pontos.

2ª Divisão... Na 2ª Divisão o Pedros Bar (da nossa cidade) terminou o ano no lugar mais alto da classificação (com 16 pontos), sendo que na 6ª ronda – também disputada no dia 14 de dezembro – foi a casa do Café Rei (a equipa que a par dos Darts Carneiro, da 1ª Divisão, ainda não venceu um único encontro esta temporada) vencer por 6-3. Menos sorte teve a outra equipa do Pedros Bar a competir neste escalão, o Pedros Bar X, que perdeu em casa do Cortegaça por concludentes 7-2. Também pela negativa os Austeridardos (igualmente oriundos de Ermesinde) sofreram a maior derrota da jornada, quando em casa foram esmagados pelos Orcas por 9-0, enquanto que os Cruzas foram derrotados em casa dos Wizard Darts por 4-5. Destaque ainda para a subida ao 6º lugar da classificação geral por parte dos valonguenses Flexas, após um triunfo forasteiro, por 5-4, diante do combinado do Team Nova Era. Os campeonatos da Associação de Setas do Porto voltam à ação apenas no próximo dia 4 de janeiro.

Suplemento de “A Voz de Ermesinde” (este suplemento não pode ser comercializado separadamente). Coordenação: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez. Colaboradores: Agostinho Pinto, Márcio Castro e Luís Dias.


A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

Desporto

Os sublinhados do nosso desporto em 2012… JANEIRO 20, 21, 22, 26, 27, 28, e 29 de janeiro: O ano civil de 2012 começava da melhor maneira para o desporto ermesindense. Pela mão do CPN chegavam à nossa freguesia mais dois títulos distritais de basquetebol. De 20 a 22 do primeiro mês do ano as juniores cepeenistas conquistavam no Porto – no pavilhão do Académico – o ceptro de campeão feminino da Associação de Basquetebol do Porto na referida categoria. Cerca de uma semana mais tarde seria a vez das cadetes do emblema de Ermesinde arrecadarem o título distrital deste escalão, cuja fase final decorreu em Paços de Ferreira. FEVEREIRO 11 de fevereiro: A Cidade de Ermesinde foi durante um dia a capital do kickboxing regional, na sequência do acolhimento das finais dos campeonatos desta modalidade (nas variantes de light-kick, semi-contact, aerokick e formas musicais). Presentes estiveram cerca de uma centena de atletas em representação de 40 equipas filiadas na Associação de Kickboxing e Full-contact da Região Norte, entre os quais se viria a destacar o conjunto da casa, o Clube Desportivo da Palmilheira, que se fez representar por seis atletas, tendo três deles obtido outros tantos títulos distritais. Foram eles Bruno Andrade, no escalão de –63kg, Cristiano Coelho, no escalão de –74kg, e Maria Correia, no escalão de +65kg.

onal da 3ª Divisão – entre elas equipas da Madeira e o União de Leiria – a Federação Portuguesa de Futebol acabaria por convidar a Associação de Futebol do Porto a indicar o 3º classificado da sua Divisão de Honra (no caso o Pedras Rubras) a ir disputar o Campeonato Nacional da 3ª Divisão de 2012/13, abrindo assim um lugar na Divisão de Honra da AFP, que viria a ser ocupado pelo Ermesinde, que assim pela via da secretaria estava de regresso ao escalão maior do futebol distrital portuense. Neste mesmo dia (6 de maio) o Ermesinde SC estava de luto. Falecia a sua antiga glória Tone Grilo, aos 87 anos. 27 de maio: Com já vai sendo tradição por alturas de maio os Magriços de Ermesinde Cultura e Desporto levaram a cabo mais uma edição do seu Convívio de Cicloturismo. A 8ª edição do evento deste ano contou com a presença de 180 atletas, provenientes de diversas equipas da Associação de Cicloturismo do Porto, que à semelhança de outros anos, apoiou os Magriços na realização da prova. Com a partida e a chegada colocadas ao lado do edifício da Junta de Freguesia de Ermesinde, os cicloturistas percorreram as cinco freguesias do concelho de Valongo num total de 50 quilómetros em salutar convívio, a essência, no fundo, deste evento. 28 de maio: Caiu o pano sobre a edição de 2011/12 da Superliga Bilharsinde (SB). O último ato da competição de pool português FOTO CLUBE ZUPPER

18 e 19 de fevereiro: O Pavilhão Municipal de Sobrado acolheu durante dois dias a fase final do Campeonato Nacional de hóquei de sala, em seniores femininos. A festa seria feita pelas jogadoras do Belenenses que no jogo decisivo bateram o Lousada por 5-3, conquistando desta forma o seu terceiro título nacional consecutivo. Para além das meninas do Restelo e das lousadenses, participaram nesta fase final os conjuntos do Juventude, do Lisbon Casuals, do Sport, e do CAMIR.

17 e 18 de março: Ermesinde foi o palco da festa da Taça de Portugal de hóquei subaquático referente à temporada de 2011/12, cuja fase final decorreu na Piscina do CPN. Presentes estiveram 10 equipas, entre as quais três em representação dos ermesindenses do Clube Zupper, cuja equipa “A” iria conquistar um brilhante 5º lugar de um certame que teria como vencedor o Aquacarca (de Carcavelos). ABRIL 1 de abril: Os courts da Vila Beatriz (Ermesinde) acolheram entre 24 de março a 1 de abril a 1ª edição do Torneio da Páscoa. O certame foi organizado pelo emblema local, isto é, o Clube de Ténis de Ermesinde, que contou com a ajuda da Câmara de Valongo e da Casa de Ténis António Vieira. Disputado em diversos escalões – nas vertentes singulares e pares – participaram no torneio meia centena de tenistas. MAIO 6 de maio: Foi com uma vitória de 3-2 no reduto dos Leões da Seroa que a equipa principal do Ermesinde colocou um ponto final na temporada de 2011/12, na qual esteve inserida na Série 1 do Campeonato Distrital da 1ª Divisão. Na classificação final os ermesindistas foram terceiros – atrás de Perafita e S. Martinho –, ficando assim às portas da subida direta. Esta classificação proporcionou ao clube de Sonhos a possibilidade de disputar um jogo final com o Perosinho (terceiro classificado da Série 2), jogo esse que daria ao vencedor a possibilidade de aceder ao escalão superior, e que acabou com um empate a duas bolas. Após a marcação de pontapés de grande penalidade a sorte acabaria por virar as costas ao Ermesinde, com o resultado de 6-5 desfavorável à equipa da nossa freguesia. Mas como não há duas sem três, após a desistência de algumas equipas do Campeonato Naci-

23 de julho: Depois do desaparecimento de Tone Grilo, a 6 de maio, a família ermesindista voltava neste final de julho a chorar a morte de um nome lendário da história do seu futebol. Tratou-se de Petrak, um ícone do clube da nossa freguesia que faleceu a 23 de julho último aos 90 anos de idade. SETEMBRO 1 e 2 de setembro: As ruas de Alfena viveram momentos de espetáculo e pura adrenalina com a realização do Rali de Alfena – Terra do Brinquedo. Ao longo dos dois dias milhares de pessoas acompanharam as prestações dos 39 pilotos em ação, num certame organizado pelo Clube Aventura Minho e que esteve integrado no Campeonato Regional de Ralis Norte. 10 de setembro: Como habitualmente acontece antes do início de cada época bilharística das competições organizadas pelo Voxx Club de Bilhar, decorreu neste dia a final da Supertaça Bilharsinde, prova que opôs os campeões da 1ª Divisão da Superliga Bilharsinde e da Taça Bilharsinde da temporada transata. E num encontro que se antevia de grande emoção o Clube Bilhar Pedro Grilo, campeão da 1ª Divisão, bateu por 9-7 o Paparugui, levando para casa o primeiro troféu de 2012/13. 21, 22, 23, 28, 29, e 30 de setembro: Ermesinde foi durante seis dias a capital nacional do basquetebol de formação. Mais de 400 atletas, em representação de 34 equipas nacionais e internacionais participaram na 13ª edição do Torneio Internacional de Basquetebol do CPN. O evento evidenciou o clube da nossa freguesia como um dos GRANDES do país ao nível do setor da formação de basquetebolistas, e a prova disso é o facto de as cepeenistas terem arrecadado a maioria dos títulos em disputa.

26 de fevereiro: O Paparugui erguia neste dia a primeira Taça Bilharsinde, certame de pool português organizado pelo Voxx Club Bilhar, e cuja fase final decorreu no Centro Comercial Parque Nascente, onde marcaram presença alguns dos melhores bilharistas nacionais da atualidade. MARÇO

(DHI)/Vodafone, impondo-se às restantes concorrentes na corrida disputada na Pampilhosa da Serra, com um tempo de 4m26,756s. Este não foi contudo o único título alcançado pelo emblema de Alfena neste dia, já que Rafael Sousa, no escalão de cadetes, sagrou-se igualmente campeão nacional, realizando um tempo de 3m26,347s.

organizada pelo Voxx Club de Bilhar coroou as equipas da Academia Pedro Grilo (campeões da 1ª Divisão), da Totta Academia (campeões do segundo escalão), e do Café Laser (vencedores da 3ª Divisão). JUNHO 2 de junho: Pelo segundo ano consecutivo o Complexo de Ténis da Vila Beatriz, em Ermesinde, acolheu, de 27 de maio a 2 de junho, o Campeonato Absoluto do Douro, uma prova destinada ao escalão de seniores masculinos e pontuável para o ranking nacional da modalidade. Organizado pela Associação de Ténis do Porto, com o apoio do Clube de Ténis de Ermesinde (CTE) e da Câmara Municipal de Valongo, o torneio contou com a presença de 28 tenistas, oriundos de vários clubes do norte do país. 16 e 17 de junho: A Escola-Academia Sporting de Alfena levava a cabo a 4ª edição do Torneio Internacional de Alfena, destinado ao escalão de sub-9. No relvado principal do Complexo Desportivo do Alfenense – o local onde decorreu o certame futebolístico – evoluíram 14 equipas, nomeadamente a Casa do Benfica de Paredes, o Colégio de Ermesinde, o Foz, o Vila de Anta, o Folgosa da Maia, o Nogueirense, o Macieira, o Coimbrões, o Esmoriz, a Escola de Futebol Hernâni Gonçalves, o Fiães, o Redondela (de Espanha), o Atlético Clube Alfenense, e o Paços de Ferreira, último conjunto este que se sagraria campeão do torneio. JULHO

NOVEMBRO 10 e 11 de novembro: O Clube Zupper de Ermesinde (na imagem) alcançava o primeiro título da sua ainda curta vida. Tratou-se do ceptro regional de hóquei subaquático, cuja fase final decorreu na Piscina Municipal de Porto de Mós. 29 de novembro: Depois de nove anos a militar no escalão sub-23, a União Ciclista de Sobrado (UCS) vai arrancar para a próxima temporada com uma equipa profissional, que terá a designação OFM/Valongo/Goldentimes, e que irá competir na elite do ciclismo. DEZEMBRO 2 de dezembro: No sentido de distinguir os atletas e coletividades do concelho que mais se evidenciaram – tanto a nível local, como regional, nacional, ou internacional – ao longo do ano de 2012, a Câmara Municipal de Valongo levou a cabo neste dia a 1ª edição da Gala de Mérito Desportivo, uma espécie de óscares do desporto local. A cerimónia, que decorreu no auditório António Macedo, na sede do conselho, contou com a presença do presidente da autarquia, João Paulo Baltazar, tendo ainda sido abrilhantada com a presença muito especial do antigo futebolista internacional Rui Barros. Homenageados foram cerca de 40, entre atletas individuais e equipas, oriundos de diversas modalidades, como por exemplo, futebol, basquetebol, ténis de mesa, hóquei em patins, karaté e patinagem, entre outras.

13 de julho: Diogo Guincho, atleta do CPN, conquistava em Atlantic City (Estados Unidos da América) o título de campeão do Mundo de karaté shukokai na categoria de kumite masculinos “pesos médios”. Às portas de um título ficou o seu irmão, Tiago Guincho, também atleta do CPN; que na categoria kumite masculinos “pesos leves” ficou no 2º lugar.

15, 16, e 17 de dezembro: Tal como começou, o ano terminou com o CPN a festejar títulos distritais no basquetebol. No Pavilhão Municipal de Guifões o emblema de Ermesinde conquistava o título de campeão distrital de iniciados femininos.

15 de julho: A atleta da equipa BTT Alfenense/Longusbike, Filipa Peres, venceu neste dia o Campeonato Nacional de Downhill

23 de dezembro: O Clube de Ténis de Ermesinde organizou mais uma edição da Ermesinde Tennis Cup.


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Saúde

VIH/SIDA: Programa Nacional quer reduzir em 25% número de novas infeções «Pretendemos reduzir em 25% o número de infeções VIH/SIDA no período de 2012 a 2016», reiterou António Diniz, diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, em entrevista no âmbito do XI Congresso Nacional de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica e IX Congresso Nacional Sobre SIDA, que decorreram entre 15 e 18 de dezembro no Porto. António Diniz participou na mesa-redonda “A Luta Contra a SIDA”, que decorreu na manhã do dia 17, no terceiro dia dos congressos que reuniram mais de 500 médicos especialistas em matéria de Infeciologia. O diretor do Pograma Nacional referiu que se pretende eliminar a transmissão da infeção por VIH de mãe para filho até 2016, reduzir de 65% para 35% os diagnósticos tardios, e baixar em 50% os números

de novos casos de SIDA, tal como de mortes asso-

tema de informação e de conhecimento epidemi-

ológico da infeção, a prevenção, a atenção a popuFOTO ARQUIVO

relações internacionais. De acordo com António Diniz, até 31 de outubro de 2012 estavam notificados 42 350 casos de infeção por VIH, sendo que «43,5% correspondiam a transmissão heterossexual e 13,7% à categoria de transmissão ‘homo/bissexual’, 37,9% diziam respeito a utilizadores de drogas intravenosas e em 0,8% dos casos a transmissão foi de mãe/filho». Nessa altura, estavam notificados 17 300 casos de SIDA, o que «representa 40,9% dos casos de infeção por VIH». Cura da SIDA é possível mas requer mudança na atitude dos sistemas de saúde

ciadas a SIDA. Como áreas prioritárias, referiu a implementação de um sis-

lações vulneráveis, o diagnóstico precoce, o melhor tratamento, apoio e cuida-

CONDURIL -

dos, o combate ao estigma e à descriminação, a investigação e a cooperação e

Na mesma mesa-redonda, Eugénio Teófilo, médico internista do Hospital

dos Capuchos e dedicado ao estudo desta patologia, falou sobre a possibilidade de cura da infeção VIH/ SIDA. Para o especialista, «a cura da SIDA é possível, sim, mas isso implica uma mudança de atitude nos sistemas de saúde, que só agora parece quererem dar os primeiros passos, e em países conservadores na atitude médica, como o nosso, isso pode levar ainda anos a ser realidade». Eugénio Teófilo apelou ainda para a que «a deteção e tratamento precoce sejam rapidamente realizados na nossa sociedade». O XI Congresso Nacional de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica e IX Congresso Nacional de SIDA foram organizados pela Sociedade Portuguesa de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC) e pela Associação Portuguesa para o Estudo da SIDA.

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Crónicas

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Portugal, um autêntico milagre

NUNO AFONSO

ortugal é um milagre de tenacidade, resistência e ambição. Ergueu-se contra o destino que parecia tê-lo fadado a “uma apagada e vil tristeza” como escreveria, no século XVI, um dos seus mais ilustres filhos, Luís de Camões, empurrado para o mar como uma maldição que os seus habitantes souberam transformar em dons. Lutou, denodadamente, contra os que desejaram reduzi-lo ao quarto de arrumos da Península, conseguiram-no uma vez mas a resposta não demorou mais que 60 anos, um átomo na sua existência como nação que esperamos seja longa e personalizada como até aqui. No entanto, deu à humanidade um contributo de todo excecional e edificou um vasto império que «o sol, logo em nascendo, vê primeiro/ Vê-o também no meio do Hemisfério/E quando desce o deixa derradeiro», além de ter aberto rotas «por mares nunca dantes navegados» e ter trazido ao conhecimento dos europeus outras terras com suas riquezas físicas e culturais, gentes de características diversas, e técnicas de navegação inovadoras. Soube fortificálas, defendê-las, transmitir-lhes novos valores civilizacionais, algo que os Bourbons espanhóis não puderam manter ou correram sérios riscos de perder para sempre como aconteceu com Pernambuco, no Brasil, face às investidas dos Holandeses. Valeu o esforço conjunto de Portugueses e Brasileiros para expulsar, em definitivo, os invasores daquele território, posteriormente à restauração da independência nacional. A fantasiosa história de Portugal que nos ensinaram nas carteiras escolares e constitui, ainda hoje, a narrativa que alimenta um certo orgulho nacional deveria, há muito, ter sido expurgada das lendas e convenientes mentiras que grandes vultos como Alexandre Herculano (séc.XIX) Oliveira Martins (idem) e vários outros depois deles como Jaime Cortesão, António Sérgio, Duarte Leite (séc.XX) denunciaram, identificaram e provaram nas respetivas obras. Em contrapartida, a explanação dos factos reais engrandeceria de tal modo os feitos dos portugueses de antanho que nada ficaríamos a perder e os nossos descendentes teriam sobejos motivos para se orgulharem. É, mais uma vez, Camões quem no-lo afiança, ainda no Canto Primeiro dos Lusíadas, no estilo

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grandiloquente da epopeia, garantindo ao rei D. Sebastião a quem dedica a sua obra, que todos os grandes heróis gregos, troianos, macedónios, romanos e respetivas façanhas devem inclinar-se perante a supremacia dos portugueses: Cesse tudo o que a Musa antiga canta Que outro valor mais alto se alevanta. Não cabe, nesta crónica, a enumeração de figuras como Viriato, batalhas com intervenção divina como as de Ourique e de Aljubarrota, o propalado acaso no descobrimento do Brasil e tantos outros enganos. Uma historiografia honesta e aprofundada como a dos acima referidos e seus sucessores bastaria para repor a verdade se outros não houvesse que, apegados a formatações intelectuais diversas, teimassem nas antigas versões originárias de tempos e circunstâncias há muito ultrapassadas. Repito, a propósito, a proposta de Arnold Toynbee de considerar dois grandes períodos na História: a Era Pré-Gâmica e a Era PósGâmica, ou seja, a viagem marítima de Vasco da Gama à Índia, circundando o continente africano, foi o acontecimento mais relevante de toda

nha de Castela sua concorrente na tarefa de procurar novas terras. Tudo isto foi concebido e realizado nos séculos. XV e XVI. À primeira viagem de Vasco da Gama outras sucederam e deram origem à constituição de um grande império no subcontinente indiano para cuja edificação e manutenção foram necessários muitos recursos financeiros e enormíssimos sacrifícios em vidas humanas. Aqui residiu a parte mais significativa desse milagre: como foi possível a um punhado de gente conquistar e impor respeito a milhões de pessoas tão longe deste extremo sudoeste da Europa? Com efeito, no princípio do século XIV, Portugal contava cerca de 1 000 000 de habitantes mas, em 1348, a Peste Negra dizimou grande parte dessa gente. Valia que os portugueses eram prolíficos. Não obstante a mortalidade infantil, que nesses tempos era elevadíssima, as famílias contavam elevadas proles, que mal chegavam para repor aqueles que iam perecendo nas guerras de conquista no norte de África e nas viagens dos Descobrimentos. Cristóvão Colombo dizia que, no final do século XV, metade da população porIMAGEM HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA

a existência humana desde a invenção da escrita até aos nossos dias pelas consequências que dela advieram para o progresso da Humanidade. Outros historiadores, embora não indo tão longe, reconhecem a grandeza do cometimento do navegador português, de todo o processo que a ele conduziu e se lhe seguiu. É preciso lembrar que os Descobrimentos portugueses resultaram de estudos iniciados pelo Infante D. Henrique reunindo conhecimentos já existentes sobre Geografia, Cartografia, Astronáutica, Matemática e outras disciplinas, adaptando-os aos objetivos já delineados e de uma política iniciada por seu pai D. João I, prosseguida no reinado do irmão D. Duarte e meticulosamente preparada pelo seu sobrinhoneto D. João II, el hombre como o designava com inveja e admiração Isabel, a Católica, rai-

tuguesa havia morrido em consequência dos Descobrimentos. Ora, o Brasil foi descoberto (oficialmente) entre este século e o seguinte. No subcontinente indiano, prosseguiam as lutas para defender e consolidar o que já era domínio português. O Brasil requeria, agora, ainda mais gente, sobretudo a partir de 1534. As viagens marítimas não se restringiram à Índia e ao Brasil. As naus portuguesas chegaram ao Extremo Oriente na 2ª metade do séc. XVI, enquanto Ingleses e Holandeses só o conseguiriam um século mais tarde. A tudo isto acresciam as permanentes lutas entre Portugueses e Castelhanos com tentativas de conquista ora por via política (casamentos de príncipes e princesas entre os dois reinos), ora por incursões bélicas quase constantes ao longo das fronteiras existentes. Só à entra-

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da do século XIX é que a população portuguesa apresentava um aumento significativo, pouco mais de 3 200 000 habitantes. Do império da Índia já pouco restava, não por fraqueza mas pela perda da nossa independência (de 1580 a 1640), património que os Filipes não souberam defender como lhes competia, e ainda pelo dote real (D. Catarina de Bragança no casamento com Carlos II de Inglaterra), e cedências a países de maior poderio como os supracitados Inglaterra e Holanda. Quando falamos de população, obrigatório é referir que Portugal foi, até há pouco mais de meio século, um país maioritariamente agrícola. Rapidamente, foi-se urbanizando e, hoje, uma elevada percentagem de portugueses está concentrada nas cidades. Para isso, muito contribuiu o acesso à instrução de largas camadas antes dela privadas. Nos anos 50 da última centúria, poucos jovens oriundos das aldeias do interior prosseguiam estudos de nível secundário e contavam-se pelos dedos das mãos aqueles que, em cada comunidade, obtinham diplomas universitários. A emigração rumo a países da Europa permitiu que muitos jovens ficassem entregues a familiares e frequentassem as escolas de nível secundário e, mais tarde as Universidades ou as Escolas Politécnicas. O país evoluiu muitíssimo no domínio da educação mas, naturalmente, os que estudavam iamse fixando nos grandes centros urbanos. Milhares de aldeias quase se despovoaram, noutras vivem apenas os mais idosos que não quiseram ou não puderam acompanhar filhos e netos. A natalidade diminuiu drasticamente em resultado de dois fatores: limitações materiais dos pais para manterem e proporcionarem nível de vida satisfatório a vários filhos e ambição de usufruir de tudo aquilo a que achavam ter direito: habitação, meio próprio de locomoção, recheio das habitações, férias fora de casa de preferência no estrangeiro, frequência de restaurantes e similares. Hoje, Portugal é um dos países da Europa com menos crianças. A aldeia em que fui criado tem ainda 67 residentes mas a última criança que ali nasceu tem hoje treze anos. Digo sempre que vivi alguns anos com um pé na Idade Média e o outro já na contemporaneidade. Nos meus tempos de criança, havia muita gente na aldeia, brincávamos ao jogo-de-roda no Largo d’à Bica. Comunguei das tradições e costumes aldeões, uma vida de grande proximidade com a Natureza. Como eu, muita gente migrou para as grandes cidades. Muitos beberam algo que os fez esquecer a sua autenticidade, esquecer talvez não seja o termo, revestiram essa camada primeva de outra “mais civilizada”. Pouco a pouco, os valores, o léxico, a mitologia rural ficaram escondidos num canto da memória e nem querem ouvir falar de hábitos que bem conhecem. Lembram-se da alheiras, do fumeiro e dos presuntos mas não se recordam, e fingem não se lembrar dos trabalhos do campo, dos sacrifícios dos seus antepassados. É isso que pretendo recordar em muitas das minhas crónicas.

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Crónicas

A razão dos números

GLÓRIA LEITÃO

á algum tempo que leio num “outdoor” uma frase simples e curta que me foi prendendo a atenção cada vez que a vou lendo – «as pessoas não são números». Se pensarmos bem chegaremos à conclusão de que não representaremos senão meros e simples números, aqueles que foram inventados pelos seres humanos e que agora nos controlam e comandam. São utilizados para nos contar, à dizima e isto desde que somos concebidos – 1 filho, consequência de 1 ato de amor (ou não tanto quanto isso). A única pergunta que se faz depois de confirmada a gravidez e que não se “quantifica”, é: «Já sabe se é menino ou menina?”». De seguida, é quase certa a segunda pergunta – «é o 1º filho?». É também a partir desse momento que normalmente as pessoas começam a calcular a estimativa das despesas inerentes à vinda de um filho. Somam-se os dígitos que passam a representar cálculos, somas ou subtração. À data do nascimento a criança recebe desde logo os seus primeiros números: no assento de nascimento, na identificação fiscal, na segurança social, etc., pois é isso que nos passa a identificar como cidadãos de um país onde passamos a entrar no rácio do seu valor “per capita”. De seguida, tudo passa a dígitos de identificação – num infantário, numa escola, numa faculdade, numa empresa (onde os currículos são lidos de forma rápida e eficaz em frações de segundos), no exército, nos lares e por aí fora. Passamos a entrar nas estatísticas que vão estimar a despesa que vamos dar a e também o retorno que teremos que dar em trabalho para pagar o direito de sermos cidadãos que ocupam e usam a área geográfica de um espaço a que

chamam País. Deve ser por esta responsabilidade (que ninguém escolheu), que desde novinhos nos ensinam a construirmo-nos em cima de números. Fazem-nos ver que sim, devemos ser boas pessoas, mas acima de tudo devemos aprender a colecionar “números” – nas notas da escola, na conta bancária, nos amigos influentes, de preferência porque também significam oportunidades de irmos somando mais dígitos aos nossos números – uns para suportarem a sua sobrevivência e outros que, sem se darem conta disso começam a “apaixonar-se” pela sua coleção de… números, paixão esta que se for descontrolada transforma ambição em ganância. Possivelmente este será o cerne da questão e que nos faz andar assustados, pois éramos mesmo felizes a construir o nosso castelo de números e agora que não temos tantas “peças” não

valor, à data – estamos a acrescentar dígitos às estatísticas do desemprego, locais que nunca visitávamos e só agora nos damos conta de que somos tantos. Os nossos idosos fazem parte de um número demasiado elevado a quem a tecnologia, em nome do desenvolvimento, lhes retirou a única janela que tinham para o mundo: a sua televisão, porque não dá nada sem o TDT ou mesmo porque está fora do seu raio de alcance. Os centros de saúde, hospitais e farmácias começam a ressentir-se e a ficar mais vazios, não por conta da eficácia de quem nos atende mas somente porque as pessoas passam a não ter os dígitos suficientes para cuidarem da sua saúde e tantas coisas mais que serão difíceis de enumerar. Na surpreendente escola que é a vida eu ouvia três pessoas administrativas falarem de uma colega que teve que ser dispensada – ela achava IMAGEM ARQUIVO/AVE

sabemos o que fazer perante a evidência de atualmente estar em causa a tranquilidade de uma zona de conforto – o que poderíamos obter com os números que nos habituamos a colecionar. Ainda que infelizmente, para muitos de nós foi chegado o momento em que e vimos o nosso real

que mais de 30 anos de entrega e lealdade (qualidades que lhe estavam a ser reconhecidas por estas colegas) lhe conferia o direito de ficar. A entidade patronal achou que não, e para tornar mais rápido o processo usaram a estratégia usual: um gabinete vazio com uma secretária e uma cadeira e

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ali ficaria a pessoa, exibida para os colegas até que dissesse – sim, aceito. Neste reparo reconheciam a sua própria cobardia porque das colegas, também de há mais de 30 anos, ninguém se atreveu a entrar no gabinete e a falar com ela, mostrando-se solidárias. Tiveram que a deixar para trás e quem a procurou num ato de verdadeira camaradagem terá sido quem menos ela e os outros esperariam. Depois desta conversa uma outra senhora dizia trabalhar num hospital e vinha chocada porque estava lá uma jovem mãe de três filhos que tinha ingerido veneno para pôr termo à vida – sendo uma situação em que nada lhe faltaria porque o marido estava a trabalhar no estrangeiro e no conjunto tinham uma vida confortável e bonita, mas veio o momento em que surgiu uma nova paixão na vida do seu companheiro. Tudo terá ficado do avesso, o dinheiro deixou de ser depositado, e sem recursos esta mãe teve que retirar tudo aos filhos ao ponto de terem que sobreviver da solidariedade dos vizinhos. Outra nova forma de encarar as uniões, que agora e cada vez mais se transformam em parcerias ou “joint ventures”, assentes em dígitos – cada um estima o que pode contribuir de si mesmo por forma a saber que, em caso de seguir caminho sozinho, nunca ficará “escravo” de números - um preço demasiado elevado para quem tem que ficar. Pode ainda acontecer que sem nos termos dado conta, nos apaixonemos perdidamente por simples dígitos e dividi-los a meio representaria uma crueldade. Neste caso, cada um, dentro de si mesmo, decide pela razão, muitas vezes camuflada numa palavra a que se chama amor. É também legítimo chegar-se à conclusão de que não se terá “estofo” para aguentar a “penalização” a que se está sujeito por baixar no patamar social: o estigma, a solidão, a chacota, o desprezo e o termo de que toda a gente foge a sete pés: pobreza ou miséria, que quando entra pela porta de uma família quase sempre faz o amor saltar pela janela. Assim, por tantos motivos impossíveis até de enumerar, será mais racional que atualmente nos ensinem a viver como números, aquilo que realmente representamos – quando nascemos, enquanto vivemos e quando deixaram de se ouvir os batimentos cardíacos, que darão lugar a um assento de óbito, que não poupará ninguém, porque ainda não foi inventado o “antídoto” e, no topo deste documento lá estarão os dígitos que irão corresponder a um nome, o nosso nome, quer tenhamos utilizado na nossa vida um coração de sangue ou de aço.

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31 de dezembro de 2012 • A Voz de Ermesinde

Opinião

Nova lei das finanças locais

A. ÁLVARO SOUSA (*)

Conselho de Ministros acaba de aprovar uma Nova Lei das Finanças Locais que enviará para a Assembleia da República com vista a que as novas regras entrem em vigor em Janeiro de 2014. Conhecida que é a situação de endividamento financeiro de muitas das 308 câmaras municipais, o Governo tenciona aproveitar a elaboração do novo instrumento para impor às autarquias locais regras que impeçam que se repita a situação de “falência” em que algumas se encontram, ao mesmo tempo que tenciona promover a constituição de um fundo de resgate, mediante um plano de redução da dívida e a entrada de um gestor nomeado pelo fundo, que acompanhará a gestão dos municípios sobre endividados, enquanto para os demais será exigido a certificação das suas contas por um auditor externo. A constituição do fundo de apoio municipal observará princípios de “mutualização da dívida e solidariedade intermunicipal”, e será alimentado pelos próprios municípios através de receitas do Imposto Municipal sobre Imóveis, com contribuições do Governo, na sua fase inicial. Para garantir o equilíbrio e a aplicação das novas regras, a proposta do Governo preverá, também, a criação de um conselho coordenador constituído por representantes do Ministério das Finan-

ças, da Associação Nacional de Municípios Portugueses e da Associação Nacional de Freguesias. Como se vê, do que nos é dado a conhecer pelo Jornal de Notícias e pelo Diário Económico, não é de estranhar a reação dos autarcas, uns atacando a colocação de gestores a vigiarem os gastos das autarquias, enquanto outros, de câmaras com contas em ordem, não aceitam participar no esforço destinado a equilibrar as finanças dos inveterados “gastadores”. Ao defender a discordância da designação de gestores para acompanhar as autarquias, o presidente da Câmara de Melgaço entende que na mesma linha de raciocínio, também o Governo central, que cometeu o mesmo erro de endividamento exagerado, deveria ser

do a Rui Solheiro para ignorar que a gestão governativa tem muito mais a ver com os “gestores externos” do que com a vontade dos governantes apoiados pela maioria dos deputados eleitos pelos cidadãos? Com efeito, na prática, antes do Poder Local ser vigiado por um qualquer gestor externo, já o governo do país está submetido a essa figura desde que recorreu à Troika para evitar a bancarrota. Quanto a nós, parece-nos adequada a proposta da designação de gestores para supervisionar o funcionamento das autarquias no que a despesas diga respeito. Dúvidas surgir-nos-ão se a designação ficar ao alcance do poder e controlo dos partidos, e o não cumprimento das missões que a lei fixar a esses “vigilantes” se ficar por consequências que não afetem o seu patrimóFOTO CMV

substituído na aplicação dos dinheiros por gestor externo indicado pelas entidades financiadoras da dívida pública, coisa que Solheiro não concebe em regimes democráticos, repudiando, por isso, que igual figura seja imposta ao Poder Local pela entidade que financiará a regularização das suas dívidas. Sabendo-se que as decisões do Governo são amplamente condicionadas por imposições da conhecida Troika, o que terá escapa-

nio, a sua liberdade pessoal e, se se tratar de revisores oficiais de contas, ou de técnicos oficiais de contas, como as circunstâncias recomendam, se vejam impedidos de continuar a exercer as respetivas atividades. Um outro risco dos objetivos do legislador ficarem pelo caminho reside em atribuir às assembleias municipais a designação do auditor externo para certificar as contas municipais. Pressupondo que os honorários se-

jam suportados pela autarquia, sabendose que as maiorias nas assembleias são quem suporta os executivos, só por magia é que os selecionados não serão próximos dos aparelhos partidários, limitados, por isso, na realização de um trabalho que verdadeiramente assegure o cumprimento escrupuloso de toda a legislação aplicável e evite que se repita o regabofe que foi a gestão das autarquias desde que começaram a beneficiar dos fundos comunitários. Parece-nos que os resultados seriam melhor conseguidos e as legítimas preocupações menores, se a designação dos auditores fosse da responsabilidade da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e os gestores indicados pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, respondendo, então, os primeiros perante as assembleias municipais e os segundos, à administração do Fundo de Apoio Municipal. E, mais seguro seria se o pagamento dos honorários destes técnicos de contas fosse assegurado pelas respetivas ordens profissionais, recebendo estas das autarquias verba calculada necessária para prover aos correspondentes dispêndios. Não seguindo estas ou práticas semelhantes, bem poderá acontecer que as autarquias venham a suportar um custo acrescido continuando tudo na mesma: relatórios e mais relatórios com direito ao contraditório, acabando tudo no fundo das gavetas, nos arquivos municipais como matéria-prima para historiadores, ou mesmo no caixote do lixo. Algo parecido com as auditorias do Tribunal de Contas que ciclicamente censuram ou emitem reservas às contas públicas, não se conhecendo consequências palpáveis para os respetivos executores dos orçamentos e responsáveis pelas contas da administração pública. (*) alvarodesousa@sapo.pt

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A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

Lazer

Efemérides

Coisas Boas

30 JANEIRO 1963 – Morte do compositor e pianista fancês Francis Jean Marcel Poulenc (nas cido em Paris, a 7 de janeiro de 1900).

Palavras cruzadas

1. Atmosfera; espécie de tecido. 2. Jantar tardiamente; inflamar. 3. Língua provençal; desafeição. 4. Moas; seio. 5. Estado do ar; cor da pele. 6. Partiu; pedra de moinho. 7. Muito pouco frequente; oferta. 8. Braço de mar; modelo. 9. Fútil; sadios; o que fica atrás. 10. Irrealizável.

VERTICAIS

SOLUÇÕES: HORIZONTAIS

VERTICAIS 1. Acor; fervi. 2. Recato; iam. 3. Leira. 4. Ordem; so. 5. Espertas. 6. Gas; aios. 7. Atam; psi. 8. Nematodo. 9. Daome; re. 10. Irrazoavel.

1. Ar; Organdi. 2. Cear; atear. 3. Oc; desamor. 4. Rales; mama. 5. Tempo; tez. 6. Foi; mo. 7. Rara; doa. 8. Ria; tipo. 9. Va; saos; re. 10. Impossivel.

Anagrama Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letras desordenadas: D. ROLANDO OBRICARME.

Preparação: Faz-se uma massa homogénea com a farinha, o fermento, o sal, as sementes de sésamo, o óleo e a água. Unta-se a frigideira (pequena), que se aquece. Coloca-se uma concha de massa e por cima rodelas bem finas de bananas. Mantém-se o lume baixo cerca de 5 minutos. Depois vira-se a panqueca (as bananas ficarão em contacto direto com a frigideira). Deixa-se o lume baixo mais 8 minutos. Verifica-se se os dois lados estão dourados. Procede-se do mesmo modo com o resto da massa. Servem-se quentes ou frias, recheadas com mel ou melaço e canela. “A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas de grau de dificuldade “muito fácil” ou “média”. A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordo com os princípios do copyleft.

Sudoku

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Rua Dr. Leonardo Coimbra.

SOLUÇÕES:

Veja se sabe 01 - Norte-americano, Nobel da Paz 1950, pela ação sobre a Palestina. SOLUÇÕES: 02 - Povo nórdico que invadiu a Itália bizantina em 568 d.C.. 03 - Realizador grego, autor de “Z – A Orgia do Poder” (1969). 04 - Rio que passa por torres Vedras e desagua na Praia Azul. 05 - A que classe de animais pertence o abelharuco? 06 - Em que continente fica a Rep. Turca do Norte de Chipre? 07 - Em que país fica a cidade de Colónia (Koln)? 08 - Qual é a capital do Reino Unido? 09 - A abreviatura Nor corresponde a qual constelação? 10 - Elemento metálico, dúctil, de transição, n.º 46 da Tabela Periódica (Pd).

Em cada linha, horizontal ou vertical, têm que ficar todos os algarismos, de 1 a 9, sem nenhuma repetição. O mesmo para cada um dos nove pequenos quadrados em que se subdivide o quadrado grande. Alguns algarismos já estão colocados no local correcto.

01 – Ralph Johnson Bunche. 02 – Lombardos. 03 – Costa-Gavras. 04 – Rio Sisandro. 05 – Aves. 06 – Europa. 07 – Alemanha. 08 – ondres. 09 – Esquadro. 10 – Paládio.

Provérbio Da flor de janeiro ninguém enche o celeiro. (Provérbio português)

Diferenças

SOLUÇÕES:

Sudoku (soluções) IMAGEM FREE-COLORING-PAGES

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Descubra as 10 diferenças existentes nos desenhos

FOTO ARQUIVO

• 6 bananas grandes e maduras; • 4 colheres de sementes de sésamo; • 1 chávena de farinha de trigo; • 1 colher de sopa de fermento em pó; • canela em pó; • 1 colher de chá de sal; • mel ou melaço; • óleo para a massa; • óleo para untar a frigideira; • 1 chávena de água.

HORIZONTAIS

1. Rapace; pus em ebulição. 2. Modéstia; partiam. 3. Alfobre. 4. Comando; sozinho. 5. Vivas. 6. Vapor; escudeiros. 7. Amarram; letra grega. 8. Praga do pinheiro. 9. Antigo país africano, hoje Benim; acusada. 10. Desarrazoado.

Panquecas de banana e canela

01. Estrela. 02. Mão. 03. Boca. 04. Manto. 05. Sapatao. 06. Cabelo. 07. Manga. 08. Nariz. 09. Olho. 10. Vaso.


31 de dezembro de 2012 • A Voz de Ermesinde

distros em linha... Esta semana o site dedicado às distribuições de software livre Distrowatch anunciou o lançamento das seguintes distros: NetBSD 6.0.1, Finnix 107, Porteus 2.0 RC1, Manjaro Linux 0.8.3, Slax 7.0.1, Linux Mint 14 "KDE", Jibbed 6.0, Wifislax 4.3, KNOPPIX 7.0.5, Netrunner 12.12, pfSense 2.0.2. Uma nova distribuição foi adicionada à lista oficial da Distrowatch, SparkyLinux. Três novas distribuições entraram para a lista de espera: Broletto GNU/Linux, ESCLinux e mateu. NETBSD 6.0.1 http://www.netbsd.org/ Jeff Rizzo anunciou o lançamento do NetBSD 6.0.1, distribuição BSD com correção de bugs de segurança e outros updates relativamente à versão 6.0. Imagens CD .iso para arquiteturas i386 (313MB, torrent) e amd64 (330MB, torrent). FINNIX 107 http://www.finnix.org/ Ryan Finnie anunciou o lançamento do Finnix 107, uma pequena distribuição Linux live baseada no ramo “testing” do Debian. Vem com o kernel Linux 3.6 e várias correções relativamente à versão anterior. Imagens CD .iso para arquiteturas x86 (117MB, torrent) e PPC (117MB, torrent). PORTEUS 2.0 RC1 http://www.porteus.org/ Ira McDaniel anunciou a disponibilidade da primeira versão prévia final de desenvolvimento do Porteus 2.0, distribuição baseada em Slackware 14.0 proposta em vários ambientes de desktop – KDE 4, LXDE, Razor-qt e Xfce. Vem com o kernel Linux 3.7.1. Imagens CD .iso para arquiteturas i486 com KDE (235MB), i486 com Xfce (198MB), e x86_64.iso com KDE (224MB) e Xfce (186MB). MANJARO LINUX 0.8.3 http://manjaro.org/ Carl Duff anunciou o lançamento do Manjaro Linux 0.8.3, uma distribuição baseada em Archlinux, proposta em ambientes de desktop Cinnamon 1.6.7, KDE 4.9.4, MATE 1.4.2 e Xfce 4.10. Imagens DVD .iso com Xfce para arquiteturas i686 (779MB) e x86_64 (902MB). SLAX 7.0.1 http://www.slax.org/ Tomáš Matejícek anunciou o lançamento do Slax 7.0.1, uma distribuição live Linux baseada em Slackware, com upgrade do kernel Linux relativamente à versão 7.0 para 3.6.11. Imagens CD .iso para arquiteturas i486 (213MB) e x86_64 (220MB). LINUX MINT 14 "KDE" http://linuxmint.com/ Seguindo-se ao recente lançamento da versão com Xfce, surge agora o Linux Mint 14 KDE (com KDE 4.9 como ambiente de desktop). Vem com melhorias no browser Dolphin entre outras. Imagens DVD .iso para arquiteturas 32bit (1 047MB, torrent) e 64bit (1 045MB, torrent). Fonte: http://distrowatch.com/

Tecnologias

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E para além de Liliput – onde param as modas não só da miniaturização? A seguir a uma série de artigos apresentando as recentes tendências menos conhecidas na microinformática (para além dos tablets e smartphones), muitas delas levando a miniaturização ao extremo de se propor praticamente um computador completo (obviamente sem os periféricos) numa simples flash pen usb, apresentamos hoje outros exemplos, menos espetaculares do ponto de vista da miniaturização, mas ainda assim muito interessantes pela forma alternativa como abordam o mercado. LC (*)

Android Book Este computador foi uma das primeiras aparições do moderno conceito de ultrabook, introduzido pelo MacBook Air, e que entretanto se tem vindo a popularizar, com muitos fabricantes a apresentar as suas propostas para este fragmento. O que tem o Android Book de especial é o preço. De características técnicas que o aparentam mais a um netbook, o tamanho do seu ecrã e o preço, sobretudo, fazem dele, uma categoria à parte. De facto, o Android Book , fornecido com sistema operativo Android 4.0 ICS, é baseado n um processador ARM A10 dual core, de 1,2 GHz, e o seu preço anunciado não ultrapassa os 200 dólares (cerca de 161 euros). Vem com 1 GB de RAM DDR3, ecrã de 13,3 polegadas, com resolução de 1 366x768, e memória interna SSD de 8 GB. Como interfaces, além de duas portas USB 2.0, traz uma porta mini-HDMI e conectividade Wifi e 3G. Segundo o seu fabricante, a Computex, de Taiwan, o aparelho dispõe de uma autonomia de oito horas. Naturalmente será possível substituir o

sistema Android por uma distribuição Linux. A Computex anunciou também a intenção de lançar uma outra versão que, em vez do ARM A10, seria baseada num processador x86 Intel Atom dual core, mas cujas demais características e preço não adiantou. Kouziro FT103 Se até agora, a esmagadora maioria das propostas que apresentamos tinha o seu aliciante no reduzido consumo e tamanho, a proposta de que falamos a seguir, nesta busca das modernas alternativas às tendências

ainda dominantes no mercado, é, pelo contrário, um monstrozinho se com as outras comparado. Trata-se do Kouziro FT103, um tablet (embora não muito portátil), mas também ele

é também um tablet, e igualmente proposto com o sistema operativo Android 4.0. Do ponto de vista das dimensões, este é contudo mais convencional, ocupando a gama baixa dos tablets pouco maiores que os maiores smartphones. Trata-se de um tablet de 7 polegadas multitouch. É baseado no processador All Winner A10 ARM Cortex A8 de 1,2 GHz (ou 1,5 GHz), e numa carta gráfica GPU Mali 400. Vem com 1 GB de memória RAM DDR3, e 8 GB de memória de armazenamento flash, que pode ser expandida a 16GB por cartão de memória externa miniSD. Vem também com uma câmara frontal, mas neste caso de 2 megapixel, microfone, sensor de gravidade, Wifi 802.11 b/g/n, porta miniHDMI, porta miniUSB e jack de 3,5mm para auscultadores. A atualização do Android 4.0.3 para Android 4.1 é muito fácil obtendo as necessárias roms através da rede. O Ainol Novo 7 Aurora é proposto a 95,09 euros mais despesas de expedição. O Chromebox

oferecido com Android pré-instalado. Vem com Android 4.0, mas a novidade é que se apresenta com um generoso tamnaho de 21,5 polegadas, permitindo uma excelente resolução de 1920x1080. O processador é um TI OMAP 4428 dual core, de 1 Ghz. Vem com 1 GB de memória RAM DDR3 e 8 GB de memória interna expansível a 64 GB via microSD. Como interfaces, o Kouziro FT103 apresenta duas portas USB 3.0, Wireless 802.11n e Bluetooth 2.1 e porta micro HDMI. Além disso, vem com EDR, uma fotocâmara frontal de 1,3 megapixel. Medindo 51,2x24x3,5 cm, não se pode dizer que seja muito portátil, tanto mais que pesa cereca de 5 kg. É todavia muito adequado a ser um centro multimédia, e alternativa às TVs de nova geração, podendo ser usado como televisão, para jogar, e para ligar às redes sociais. O seu preço são cerca de 440 dólares (à volta de 360 euros, mais despesas de expedição. Ainol Novo 7 Aurora A terceira proposta de que falamos hoje

Finalmente apresentamos a última proposta de hoje, o Chromebox, um aparelho resultante de uma parceria da Samsung com a Google, que pretende oferecer aos consumidores uma alternativa agora baseada no sistema operativo Google OS. Mas a proposta que aqui apresentamos hoje já foi entretanto ultrapassada pelo novo Chromebook, que se apresenta ahora como um laptop, e já não como uma caixa ao estilo do MacMini da Apple. A proposta atual tem ainda o aliciante de ser mais barata e, no próximo número voltaremos a ela.

Quanto ao Chromebox original, era baseado num processador Intel Celeron B840 dual core, de 1,9 GHz e numa carta gráfica Intel GMA HD 3000. Vinha com 4GB de RAM DDR3, memória de armazenamento SSD de 16 GB, conectividade através de uma porta Ethernet. e através de Wireless 802.11 a/b/g/n. Como interfaces trazia aiinda seis portas USB 2.0, uma DVI-I e duas saídas DisplayPort (compatíveis com HDMI, DVI e VGA). O Chromebox original era também vendido diretamente através do portal Google, sendo proposto a um preço de 364 euros. (*) Com base em informações recolhidas sobretudo no site http://www.lffl.org´e nos sites dos respetivos fabricantes.


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A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

Arte Nona

Entretanto

Encontro do fim do mundo da Tertúlia BD de Lisboa Tomando como pretexto as previsões do fim do mundo atribuídas aos astrónomos (ou astrólogos) mayas, a Tertúlia BD de Lisboa realizou um Encontro Especial no passado dia 21 de dezembro, fora da habitual calendarização, mas no habitual restaurante do Parque Mayer. AVE/GERALDES LINO (*)

Primeiros títulos da editora NetCom2 publicados em Portugal Estão finalmente à venda em Portugal os dois primeiros títulos publicados pela NetCom2 Editorial – “O Mistério do Traction 22” (da coleção As Investigações Automobilísticas de Margot), e “Osíris” (da coleção Keos). “O Mistério do Traction 22 é um relato criado por Olivier Marin e Emilio van der Zuiden, que conta as aventuras e desventuras da jornalista Margot. Neste primeiro volume, Margot investiga a existência de um modelo mítico da Citroën. «Automóveis da época e miúdas giras numa aventura inocente, revigorante e contada a bom ritmo», anuncia a editora. Quanto a “Osíris”, no estilo das coleções de Jacques Marin (Alix, Lefranc, Orión) tem desenhos de Jean Pleyers. É uma história cheia de reconstruções históricas do antigo Egito. «A antiguidade serve de cenário para uma trilogia egípcia, excelentemente documentada. No enredo, o jovem Keos passa a fazer parte da nobreza quando o seu pai morre junto ao faraó Ramsés II», reza a sinopse publicada pela editora. Fonte: http://www.netcom2editorial.com/portugal/vernoticia.asp?Id=165

Humoradamente, eis como Geraldes Lino apresentava antecipadamente este encontro especial da Tertúlia BD de Lisboa: «Como é habitual, mensalmente, encontramo-nos em pleno Parque Mayer – no restaurante da Dona Gina –, onde gozamos do privilégio de termos todo o espaço só para nós. Mais um convívio bedéfilo que, desta vez, tendo início às 21h (em vez das 20h habituais) se prolongará até à meia-noite, hora a que faremos um brinde simbólico, como prova de que a comunidade bedéfila participa alegremente no momento profetizado de "fim do mundo", encarando-o ao nível de uma mera banda desenhada de ficção mais ou menos científica. Mas se o céu nos cair, de facto, sobre a cabeça, ficaremos a saber que a profecia era verdadeira. Caso contrário, concluiremos (confirmaremos) que era uma treta dos antigos maias, apenas boa para justificar esta brincadeira colectiva. E a história continua no próximo número... O encontro inicia-se pelo jantar,como não poderia deixar de ser – vamos esperar pelo fim do mundo de barriga cheia :-) A seguir efectuar-se-á, também como é tradição, um "cadáver esquisito" ou "comic jam", com a participação de seis dos autores de BD presentes (e espero que não falte um dos nomes importantes da BD em Portugal), e o Sorteio Interactivo de Banda Desenhada (interactivo porque as peças sorteadas – álbuns, revistas, fanzines, desenhos originais – são oferecidas pelos participantes). No fim, são alguns deles os próprios contemplados. Há uma edição especial do Tertúlia BDzine (nº 173, datado de 21-12-2012, que será distribuído por todos os presentes pelo próprio autor, a contra gosto, mas é da praxe) com uma bd de Álvaro (o Santos que faz BD, não confundir com algum político), intitulada "A Peste, a Guerra, a Fome e a Morte", título apropriado para justificar uma cena apocalíptica, à maneira do Álvaro (arquitecto, autor de BD, não confundir, repito), em que não podiam faltar bailarinas de "table dance"...». A Tertúlia Afinal, não se confirmando, infelizmente :) a espetacularidade do momento único e não memorável (já que, como um buraco negro, nada de lá sairia), a tertúlia acabaria por dar à luz mais um dos seus comic jams, o qual desta vez esteve a cargo de Jorge Coelho, Pepedelrey, Álvaro, José Lopes, Ricardo Leite e Pedro Massano e que, como não poderia deixar de ser, versou sobre tão apocalítica e escatalógica data.

Presenças na Tertúlia do fim do mundo Lista de presenças neste 342º Encontro (Especial) da TBDL: («Lista elaborada a posteriori e susceptível de ter falhas; por isso agradeço que quem notar alguma, envie comentário», Geraldes Lino):

01.Abílio Pereira 02.Adelina Menaia 03.Álvaro 04.Ana Saúde 05.Ana Vidazinha 06.Baptista Mendes 07.Cátia Alves 08.Clara Queiroz 09.Cristina Amaral 10.Cristina Orrico 11.Geraldes Lino 12.Hugo Teixeira 13.Inês Ramos 14.Joana Andrade 15.João Amaral 16.João Figueiredo

17.Jorge Coelho 18.José Abrantes 19.José Lopes 20.José Pinto Carneiro 21.Manuel Valente 22.Miguel Ferreira 23.Milhano 24.Moreno

25.Nuno Amado "Bongop" 26.Nuno Duarte "Outro Nuno" 27.Nuno Neves "Verbal" 28.Olivier 29. Paulo Marques "Estranho" 30.Pedro Bouça "Hunter" 31.Pedro Massano 32.Pepedelrey 33.Ricardo Leite 34.Rui Domingues 35.Sá-Chaves, João Paulo 36.Sandra Oliveira 37.Vasco Câmara Pestana 38.Victor Jesus. (*)

Blogue “Divulgando Banda Desenhada”


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Arte Nona

A Quadrilha (3/4) autor: PAULO PINTO


A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

Serviços

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Farmácias de Serviço Permanente

Telefones CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

De 01/01/13 a 31/01/13

• Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino) (Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

• População Idosa (Anabela Sousa) (Lar de Idosos, Apoio Domiciliário) • Serviços de Administração (Júlia Almeida) Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615; 22 973 1118; Fax 22 973 3854 Rua Rodrigues de Freitas, 2200 4445-637 Ermesinde • Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves) (Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresas de Inserção, Gabinete de Inserção Profissional) • Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia) Tel. 22 975 8774 Largo António Silva Moreira, 921 4445-280 Ermesinde • Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage) Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006 Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 2 4445-208 Ermesinde

Telefones

ECA

Telefones de Utilidade Pública

ERMESINDE CIDADE ABERTA

• Sede Tel. 22 974 7194 Largo António Silva Moreira, 921 4445-280 Ermesinde • Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins) Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944 Travessa João de Deus, s/n 4445-475 Ermesinde • Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins) Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925 Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 201 4445-485 Ermesinde

Auxílio e Emergência

Saúde

Avarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779 Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423 B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040 B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002 Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340 Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795 Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146 Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 968 6211 Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 0530 Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112 SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651 Linha Vida ............................................................. 800 255 255 SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143 Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

Centro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057 Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349 Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520 Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571 Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887 Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420 Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896 Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338 Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600 CERMA.......................................................................... 22 972 5481 Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170 Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057 Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928 Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041 Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705 Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550 Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101 Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593 Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228 Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060 Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430 Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122 Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617 Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328 Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750 Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812 Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785 Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100 Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500 Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Serviços Locais de venda de "A Voz de Ermesinde" • Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia; • Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles; • Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra; • Café Campelo - Sampaio; • A Nossa Papelaria - Gandra; • Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio; • Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

Fases da Lua

Cheia: 2277 ; Q. Minguante: 4 ; Jan 20 20113 LLuaua Nova: 11 11;; Q. Crescente: 19 19..

Fev 2013

Lua Cheia: 25 25;; Q. Minguante: 3 ; 10;; Q. Crescente: 17 17.. Lua Nova: 10

Ficha de Assinante A VOZ DE

ERMESINDE Nome ______________________________ _________________________________ Morada _________________________________ __________________________________________________________________________________ Código Postal ____ - __ __________ ___________________________________ Nº. Contribuinte _________________ Telefone/Telemóvel______________ E-mail ______________________________ Ermesinde, ___/___/____ (Assinatura) ___________________ Assinatura Anual 12 núm./ 9 euros NIB 0036 0090 99100069476 62 R. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 Ermesinde Tel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

Farmácias de Serviço

Dias

• Infância e Juventude (Fátima Brochado) (ATL, Actividades Extra-Curriculares)

Cartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 974 0087 Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647 Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382 Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312 Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188 Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374 Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719 Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060 Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709 Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903 Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138 Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Bancos Banco BPI ............................................................ 808 200 510 Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740 Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320 Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787 Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100 Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480 Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500 Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440 Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460 Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870 Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

Transportes Central de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746 Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435 Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811 Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384 Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

Desporto Águias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018 Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292 Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352 Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670 Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677 Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284 Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957 Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956 Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958 Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959 Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950 Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951 Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952 Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953 Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955 Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859 Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Cultura Arq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490 Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270 Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545 Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431 Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070 Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320 Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033 Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440 Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

Comunicações Posto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250 Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310 Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943 Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

Administração Agência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585 Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900 Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306 Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440 Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590 Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016 Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001 Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210 Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119 Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320 Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422 Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95 Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805 Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109 Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650 Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223 Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471 Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973 Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271 Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590 Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040 Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

Ensino e Formação Cenfim ......................................................................................... 22 978 3170 Centro de Explicações de Ermesinde ...................................... 22 971 5108 Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690 Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044 Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4 Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494 Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491 Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356 Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884 Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719 Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757 Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791 Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110 Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860 Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710 Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7 Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436 Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004 Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043 Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558 Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666 Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393 AACE - Associação Acad. e Cultural de Ermesinde ........... 22 974 8050 Universidade Sénior de Ermesinde .............................................. 93 902 6434

Ascensão (Erm.), Trindade (Porto) 01 Ter. Central (Val.), Cruz (Porto) 02 Qua. Confiança (Erm.) 03 Qui. Alfena (Alf.), Dolce Vita (Porto) Sex. 04 05 Sáb. Marques Santos (Val.), Soura Reis (Rio T.) Confiança (Porto) 05 Sáb. Formiga (Erm.), Cosme (Porto) 06 Dom. Sobrado (Sobr.), Figueiredo (Porto) 07 Seg. Vilardell (Campo), Vaz Teixeira (Porto) 08 Ter. MAG (Erm.) 09 Qua. 10 Qui. Marques Cunha (Val.), Campanhã (Porto) 11 Sex. Nova Alfena (Alf.), Martins Costa (A. Santas) Alírio Barros (Porto) 11 Sex Palmilheira (Erm.) 12 Sáb. 13 Dom. Outeiro Linho (Val.), Menezes Lima (Porto) 14 Seg. Sampaio (Erm.), Silva Dias (Parq. Nasc.) 15 Ter. Santa Joana (Erm.), Antero Quental (Porto) Nova Ardegães (Ard.), Bemmequer (Alf.) 16 Qua. Silva Pereira (Porto) 16 Qua. 17 Qui. Travagem (Erm.), Sousa Torres (Maiashop.) Bessa (Sobr.), Mafalda (Porto) 18 Sex. Ascensão (Erm.), Oliveiras (Areosa) 19 Sáb. Central (Val.), Maia (A. Sant.), 20 Dom. Central (Rio T.), Saúde (Porto) 20 Dom. Confiança (Erm.), Guerra (Porto) 21 Seg. 22 Ter. Alfena (Alf.), Areosa (Areosa), Batalha (Porto) Marques Santos (Val.), Clérigos (Porto) 23 Qua. Formiga (Erm.) 24 Qui. 25 Sex. Sobrado (Sobr.), Vaz (Porto), S. Lázaro (Porto) Vilardell (Campo), Martino (Porto) 26 Sáb. MAG (Erm.) 27 Dom. 28 Seg. Marques Cunha (Val.), Constituição (Porto) Nova Alfena (Alf.), Bonfim (Porto) 29 Ter. Palmilheira (Erm.) 30 Qua. Outeiro Linho (Val.), Soeiro (Porto) 31 Qui.

FICHA TÉCNICA A VOZ DE

ERMESINDE JORNAL MENSAL

• N.º ERC 101423 • N.º ISSN 1645-9393 Diretora: Fernanda Lage. Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), Miguel Barros (CPJ 8455). Fotografia: Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), Ursula Zangger (CPJ 1859). Maquetagem e Grafismo: LC, MB. Publicidade e Asssinaturas: Aurélio Lage, Lurdes Magalhães. Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sousa, Ana Marta Ferreira, Armando Soares, Cândida Bessa, Chelo Meneses, Diana Silva, Faria de Almeida, Filipe Cerqueira, Gil Monteiro, Glória Leitão, Gui Laginha, Jacinto Soares, Joana Gonçalves, João Dias Carrilho, Sara Teixeira, Joana Viterbo, José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gonçalves, Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias, Manuel Conceição Pereira, Marta Ferreira, Nuno Afonso, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, Rui Laiginha, Rui Sousa, Sara Amaral. Propriedade, Administração, Edição, Publicidade e Assinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE • Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637 ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412 123 • Serviços de registos de imprensa e publicidade N.º 101 423. Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854 Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde. Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762. Fax 229 759 006. E-mail: avozdeermesinde@gmail.com Site:www.avozdeermesinde.com Impressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidade do Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5, Fração A, 4700-087 Braga. Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171. Os artigos deste jornal podem ou não estar em sintonia com o pensamento da Direção; no entanto, são sempre da responsabilidade de quem os assina.

Emprego Centro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230 Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774 Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943 Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650 Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353 Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139 UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

Tiragem Média do Mês Anterior: 1100


31 de dezembro de 2012 • A Voz de Ermesinde

Serviços

Agenda Desporto

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01 Dez - 31 Dez Exposições

FUTEBOL

27 DE JANEIRO, 15H00

Estádio de Sonhos – ERMESINDE SC- BAIÃO Jogo a contar para a décima-nona jornada do Campeonato Distrital – Divisão de Honra, da Associação de Futebol do Porto. (Agenda Associação de Futebol do Porto).

23 DE NOVEMBRO A 27 MARÇO Fórum Cultural de Ermesinde “TRÊS SIMPLES SÉRIES E UM DESFECHO INESPERADO” (TERESA CANTO NORONHA) A obra destaa artista plástica, que também é jornalista da SIC, é composta por três series de esculturas/instalações, autênticas pinturas tridimensionais. (Agenda da Câmara Municipal ce Valongo).

23 DE NOVEMBRO A 31 DE JANEIRO o alongo Museu Municipal de Valong “PRESÉPIOS” - E XPOSIÇÃO / VENDA Exposição de Presépios do mundo e uma mostra/venda de trabalhos de artesãos concelhios e alunos da Escola Básica Vallis Longus. A exposição, cuja inauguração decorrerá no dia 23 de novembro, pelas 21h30, estará patente no Museu Municipal de Valongo até ao dia 31 de janeiro. (Agenda da Câmara Municipal de Valongo).


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Última

A Voz de Ermesinde • 31 de dezembro de 2012

CSE: A partilha do Natal Mais uma vez dirigentes, funcionários, colaboradores e amigos do Centro Social de Ermesinde estiveram reunidos a partilhar o seu jantar de Natal e a desejar-se mutuamente um ano de 2013 contra a corrente e sem sobressaltos. FOTOS MANUEL VALDREZ

FOTOS URSULA ZANGGER


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