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31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

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VOZDE DE AAVOZ

ERMESINDE

MAIS DE 50 ANOS – QUASE 900 NÚMEROS

N.º 897 • ANO LII/LIV

31 de outubro de 2012

DIRETORA: Fernanda Lage

PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)

M E N S Á R I O TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO

• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: avozdeermesinde@gmail.com

“A Voz de Ermesinde” - página web: http://www.avozdeermesinde.com/ FOTO URSULA ZANGGER

Manuel António Pina 1943-2012

DESTAQUE CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

Nomeação do quarto vereador a tempo inteiro de novo no centro das atenções

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO

Fecho das piscinas de Sobrado e Campo motivou protesto

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António Bomba Pais e a UCC de Ermesinde

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Jerónimo de Sousa em Valongo contra o Orçamento para 2013

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FUTEBOL

Em Manuel António Pina, não celebramos apenas a genialidade, mas a singeleza, a cidadania corajosa, a ironia e a solidaridade de um homem com qualidades humanas raras. DESTAQUE

ErmesindeSC alcança primeira vitória ... e fora de portas! DESPORTO

A c o m p a n h e t a m b é m “ A Vo z d e E r m e s i n d e ” o n l i n e n o f a c e b o o k e n o g o o g l e +


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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Destaque

FERNANDA LAGE DIRETORA

Cortaram os ramos, só falta a árvore!…

EDITORIAL

E

ra uma vez um país com muitas árvores, algumas estavam doentes, outras tinham sido invadidas por muitas ervas daninhas, muitas estavam fraquinhas, os ladrões sugavam-lhe a melhor seiva, algumas precisavam de uma boa poda, pois os ramos frondosos eram uma verdadeira ilusão e não deixavam os outros darem fruto. As podas são sempre muito ingratas, “quando não se sabe da poda”. Podar sim, mas por quem sabe. Sempre ouvi dizer que quando não se sabe podar o melhor é não mexer, a natureza encarregar-se-á de o fazer. De repente, e fora do tempo, eis que aterram nesse país um grupo de podadores que ao verem tantas árvores esfregaram as mãos de contentes: - Tanta árvore e tanta lenha! … E logo o mais esperto explicou: - Estas árvores precisam de uma grande poda, faz-se uma limpeza radical, abatem-se algumas, de preferência as mais fracas. Vamos fazer uma poda a sério, desta forma tornamos este país mais transitável, com espaço para o investimento estrangeiro, deixamos só as de grande porte, porque não temos meios para as podar, e como são fortes aguentam-se, mesmo cercadas de ladrões. Algumas árvores ficaram amarelas, as folhas começaram a cair fora do tempo, por causa da seca, e lá foram morrendo aos poucos. O grande ideólogo da teoria da poda vai mais longe e começa a fazer as contas: Terreno livre, bons acessos, e lenha..., lenha igual a

euros..., e melhores frutos para a exportação! O povo deste país olhou estupefacto para a forma e os meios utilizados nesta poda, uns admiradores das novas tecnologias tentavam entender como seria possível inverter tudo em tão pouco tempo, outros mais simples, mas convictos dos saberes adquiridos ao longo dos anos interrogavam-se: - Não é possível, é fora de época, eles estão a cortar os ramos que dão fruto! Olha! - Deixam os ladrões… Cortaram, cortaram, umas porque eram fracas, outras porque incomodavam a passagem, “ FOTO ANDERSON PORTO e deixavam ainda outras por razões estéticas, para encobrir algumas asneiras que entretanto tinham feito. O entusiasmo por arrecadar lenha e mais lenha tornou os podadores cegos e cortaram todos os ramos que iriam dar fruto. O povo aguentou, aguentou, mas quando se apercebeu que não ia haver fruta e que estavam a dar cabo do seu país, das suas árvores, plantadas pelos seus pais e avós, revoltou-se e gritou: - Queremos as nossas árvores! Alguns podadores também repararam que as árvores já não tinham ramos nem folhas e interrogavam-se. - Será que elas vão rebentar?! Claro que sim, diziam alguns. Outros olhavam para as árvores transformadas em paus ao alto e começavam a imaginar que o melhor era deitá-las abaixo e exportar a madeira. Esta ideia foi muito aplaudida pelos modernaços, gente viajada, muito prendada e até licenciada, com muitos conhecimentos. Por acaso até têm uns amigos que vendem árvores de plástico, que se colocam em lugares certos, ao gosto do freguês, sem sujar as mãos na terra. Porque as mãos, essas têm de se manter aparentemente limpas, para assinar e transacionar capitais.


31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

REUNIÃO

DA

Destaque

CÂMARA

MUNICIPAL

DE

VALONGO

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Questão da nomeação do quarto vereador a tempo inteiro de novo no centro das atenções MANUEL VALDREZ

MIGUEL BARROS

A questão – levantada na sessão de 18 de outubro – da atribuição de mais um lugar de vereador permanente no executivo esteve de novo em cima da mesa na reunião camarária de ontem (30 de outubro) na sequência da apresentação por parte dos eleitos da Coragem de Mudar (CM) de uma proposta de revogação da autorização concedida pelo presidente da autarquia no sentido de nomear o quarto vereador – neste caso Sérgio Sousa – em regime de permanência. A proposta dos independentes aludia que no início do atual o executivo havia sido autorizado o preenchimento de um quarto lugar para além do número de vereadores que a lei estipula, recorde-se, com razões que se prendiam com as competências financeiras do então vereador Arnaldo Soares, tempo inteiro esse que na altura foi apenas utilizado durante cinco meses, tendo entretanto as suas competências delegadas pelo presidente da câmara sido reassumidas por este, e tendo desde então a câmara funcionado sem sobressaltos com o número de vereadores a tempo inteiro que a lei prevê, isto é dois, além do presidente. O facto de a

situação financeira do país, e da própria autarquia, exigir uma apertada contenção de custos, e de estarmos a cerca de um ano do final do mandato, foram também motivos apresentados pela CM para sustentar a revogação desta autorização.

Sobre o tema Afonso Lobão subscreveu alguns dos argumentos apresentados pela CM, mais concretamente no que concerne à necessidade de contenção de despesas no atual momento de crise, acrescentando que João Paulo Baltazar em nome de alguma leal-

dade com os seus pares de executivo deveria justificar e fundamentar o porquê da nomeação de um quarto vereador a tempo inteiro. Sublinhando que a inclusão de mais um vereador a tempo inteiro estaria em conformidade com a lei João Paulo Baltazar ex-

plicaria – em linhas gerais – que esta decisão se prendia sobretudo com o atual modelo de decisão da Câmara de Valongo, onde é exigida uma proximidade muito grande entre os seus gestores, e um reforço – na sua voz uma mais valia – para o trabalho pesado

que a autarquia abraça por estas alturas. Lembrando que os gastos com o staff da sua presidência são menores que no tempo da gestão de Fernando Melo – isto na resposta a uma questão levantada pela socialista Luísa Oliveira em saber qual o staff que em termos de custos seria mais pesado, o de Baltazar, ou o de Melo – informaria que na nova macroestrutura da câmara irão ser introduzidas mais medidas de redução de despesas com o pessoal, destacando ainda a nota de que a situação financeira da câmara é hoje bem mais “leve” do que quando comparada com o ano de 2009, minimizando desta forma o argumento da oposição de que esta nova “aquisição” a tempo inteiro para a vereação pudesse trazer mais encargos financeiros. Após mais uma ou outra troca de posições e/ argumentos chegou a hora de votar a proposta de revogação apresentada pela CM, ponto – introduzido numa Ordem de Trabalhos sem assuntos de maior análise e discussão e como tal rapidamente cumpridos –, a qual seria derrotada com os votos contra dos quatro vereadores do PSD, com as abstenções dos vereadores do PS e de Afonso Lobão, em contraponto aos naturais votos favoráveis dos autores do documento.

A polémica do quarto vereador em permanência LC

Logo no início da sessão, o presidente da CMV, João Paulo Baltazar, deu boas notícias sobre o processo PAEL (Programa de Apoio à Economia Local). Assim, apenas se tendo candidatado 115 municípios, candidaturas que absorverão um montante de 815 milhões de euros, não deverá haver lugar a rateio de verbas entre os municípios candidatos. O Governo, segundo o autarca, estaria a ponderar atribuir os restantes 150 milhões de euros orçamentados do Programa, aos municípios candidatos, esperando assim a CMV poder aceder por um processo mais simples aos restantes 10% da dívida de médio e curto prazo que o PAEL não garantia. O presidente informou também que a CMV tinha criado um novo serviço de apoio no âmbito do Gabinete do Munícipe, para questões relacionadas com o IMI. A CMV considerava «insuficientes os mecanismos informáticos» postos à disposição dos cidadãos e encontrava-se disponível para intervir no sentido de os proteger quanto à questão das avaliações, incluindo poder demover estes de um eventual recurso que lhes po-

Com uma Ordem de Trabalhos à partida pobre, já se esperava que a animação da sessão da Câmara Municipal de Valongo (CMV), realizada na passada quinta-feira, dia 18 de outubro, viesse sobretudo do debate antes da Ordem do Dia. Assim foi, tendo o assunto mais polémico sido a atribuição de mais um lugar de vereador permanente no Executivo, o quarto, preenchido por Sérgio Sousa, questão essa levantada pela Coragem de Mudar, e cujo desfecho só deverá ocorrer em tribunal. deria ser ainda mais desfavorável. Finalmente, ainda neste ponto de informações, o presidente da edilidade valonguense anunciou que a autarquia iria tornar público um voto de protesto contra a fusão dos ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) de Valongo e da Maia (agora ACES do Grande Porto III Maia/Valongo), pela maneira como todo o processo tinha decorrido – sendo falsamente apontado que se tinham consultado as autarquias (pelo menos a de Valongo não o foi), e ainda por se duvidar da eficácia da nova organização, que deixa os centros de decisão ainda mais longe dos utentes do concelho, pois a direção do novo ACES ficará sediada na Maia. Ainda sobre a questão da fusão dos ACES, Pedro Panzina, da Coragem de Mudar (CM), em intervenção posterior diria que a CMV tinha agido bem neste processo, pedindo os esclarecimentos

devidos, que nunca lhe foram facultados. Por isso mesmo apoiava o protesto da CMV e apontava mesmo que a fusão estaria ferida de nulidade por essa não consulta, pelo que a CMV deveria também requerer essa nulidade em tribunal. O voto de protesto seria, mais tarde, aprovado por unanimidade. A seguir a João Paulo Baltazar, foi Arménio Pedro que tentou esclarecer Pedro Panzina acerca de uma questão por este anteriormente levantada, querendo saber se se tinha ou não cumprido o regulamento municipal ao autorizar a instalação de umas guias em betão, já que à luz do que se conhece, teria sido violado o regulamento de obras. Para o vereador da maioria a obra teria sido realizada em acordo com a Junta de Freguesia de Campo e, por isso, não sendo esta uma entidade privada, não estaria sujeita às limitações dos

loteamentos privados. O que Pedro Panzina posteriormente contestaria, afirmando que então o regulamento deveria incluir essa diferenciação, o que não acontecia. Foi então a vez de Maria José Azevedo, da CM – regressada aos trabalhos da autarquia, de onde esteve ausente por algum tempo por motivo de doença, e por isso mesmo saudada por João Paulo Baltazar, que elogiou a sua determinação –, colocar a questão dos lugares supranumerários de vereadores. A autarca apontou que, em tempos, tinha acedido ao preenchimento de um quarto lugar com razões que implicitamente tinham em conta as competências financeiras de Arnaldo Soares. Tendo entretanto as suas competências delegadas pelo presidente da Câmara sido reassumidas por este, e tendo desde então a CMV funcionado bem só com três vereadores em permanência, não se entendia

a necessidade de um quarto vereador com poderes delegados em regime de permanência, e ainda mais agora que a CMV procura estabelecer critérios de contenção orçamental. O futuro emagrecimento da estrutura da CMV colocaria ainda mais dúvidas a este novo lugar a tempo inteiro. Pedro Panzina também abordaria este assunto, mais tarde, e depois de apontar algumas outras situações em que acusava a maioria do Executivo de não resposta aos seus pedidos de esclarecimento e das respostas de João Paulo Baltazar – sobre o inquérito a uma funcionária que tinha demorado mais de um ano a dar uma simples resposta, sobre o empreendimento da Fonte da Senhora e sobre a acumulação de funções, públicas e privadas, de funcionários da CMV com responsabilidades. O presidente da edilidade responderia então que iria brevemen-

te dar início ao processo de inquérito da funcionária em questão, que houve contactos com os responsáveis do empreendimento da Fonte da Senhora, estando em andamento uma das valências protocoladas – de apoio à terceira idade –, já em fase final e com um operador concreto envolvido. Mais atrasado estaria o avanço do hospital, depois do contratempo havido com um operador, estando agora a ser feitos novos contactos e esperando-se, no prazo de 30 dias, uma resposta da parte dos empreendedores. A CMV estava também a inteirar-se de todas as situações de acumulação de funções internas e externas para se poder depois pronunciar de acordo com um critério claro. Sobre a questão levantada por Maria José Azevedo sobre o quarto vereador em permanência, o presidente da CMV entendia ter todas as competências para a decisão, mas ainda assim, já que se levantaram objeções, teria consultado o Gabinete Jurídico da CMV, que teria validado a decisão. [Ver notícia completa sobre esta sessão da Câmara em http:// www.avozdeermesinde.com/noticia.asp?idEdicao=262&id=8397&idSeccao=2791&Action=noticia]


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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Destaque

• ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO •

Fecho das piscinas de Sobrado e Campo motivou protesto da Assembleia Municipal LC

Mal tinha sido iniciada a Assembleia Municipal, já o líder do Grupo Municipal do PS, José Manuel Ribeiro, tomava a palavra para pedir um esclarecimento à Mesa sobre a antecipação da hora de marcação desta sessão (de continuação) da Assembleia Municipal, e propunha a suspensão dos trabalhos, às 21h30, para que os deputados municipais pudessem rumar a Ermesinde para se juntar àquela homenagem. Maria Trindade Vale, vicepresidente da Câmara e vereadora com a pasta da Educação, assumiria a sua culpa pela simultaneidade dos eventos, de que não se apercebeu na altura devida, mas os convites deveriam ter seguido para os deputados municipais e anunciou que ela própria se ausentaria da AMV para ir à cerimónia, continuando o presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV) presente na reunião desta. Queijo Barbosa, presidente em exercício da AMV (na ausência de Campos Cunha) informaria que a Mesa não tinha recebido, pelo menos até à data, qualquer convite. Chumbada a proposta do PS, Adriano Ribeiro, da CDU, ainda tentou fazer passar uma proposta de mensagem de saudação da AMV, mas fê-lo já demasiado tarde, não tendo sido esta tida em conta. José Manuel Pereira, da CM, anunciou que se iria também ausentar da AMV, para ir àquela cerimónia (recorde-se que este deputado municipal é, simultaneamente, o atual presidente da FAPEVAL – Federação das Associações de Pais do Concelho de Valongo), e como ele outros deputados municipais se ausentariam da sessão para ir à homenagem em Ermesinde. É isso que explica a diferença entre os totais de quatro votos nas duas votações relatadas acima. Diomar Santos comentaria ainda que, sendo assim (a proposta derrotada) não percebia por que se tinha antecipado a sessão para as 20 horas. No decurso desta votação um pequeno incidente rodeou a votação do presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho, do PSD. É que tendo sido repetida a votação, por dúvidas da mesa quanto ao seu resultado exato, Luís Ramalho terá alterado o seu sentido de voto, o que não terá passado despercebido a Alexandre Teixeira, do CDS, que alertou a Mesa para ter mais cuidado e rigor nas votações, denunciando a inaceitável mudança de posição de voto.

A continuação da Assembleia Municipal de Valongo realizada no passado dia 3 de outubro, quarta-feira, decorreu passada cerca de uma semana, na quinta-feira, dia 11 de outubro, com uma extensa lista de propostas e moções para discutir, apresentadas antes da Ordem do Dia, e ainda as decisões decorrentes dos pontos da Ordem de Trabalho não abordados na sessão do dia 3, entre elas as decisões relativas às taxas de IMI, à derrama e à participação variável no IRS. Entre as questões fora da Ordem do Dia destacaram-se, por serem as mais controversas e divididas, a questão motivada pela simultaneidade de uma homenagem aos professores aposentados e aos melhores alunos, a decorrer no Fórum Cultural de Ermesinde no mesmo dia e à mesma hora da Assembleia Municipal (AMV), que motivou uma proposta do PS, apresentada por José Manuel Ribeiro (derrotada), para que a AMV fosse suspensa e os deputados municipais pudessem participar nessa homenagem – votação em que a bancada da Coragem de Mudar (CM) se partiu por completo, com dois deputados municipais a votar contra, ao lado do PSD, CDS e um deputado do PS (15), outro a abster-se, ao lado do BE, UPA e CDU (4), e três a votar ao lado da grande maioria do PS (13), e uma moção do PS (esta vitoriosa), que condenava o fecho das piscinas de Campo e Sobrado, também a partir por completo o Grupo Municipal da CM, aprovada por 12 votos a favor – PS, BE, CDU, 1 da CM e o voto do presidente da Junta de Freguesia de Sobrado, PSD –, 11 contra (PSD mais 1 da CM), e 5 abstenções (entre as quais os presidentes de Junta de Ermesinde e Alfena), discussão esta que colocou os presidentes de Junta social-democratas a votar de forma adversa ao Executivo camarário. Ordem de Trabalhos Entrados na Ordem de Trabalhos o primeiro ponto a ser discutido (e aprovado) foi o protocolo com a Portucalea para a continuidade da Equipa de Sapadores Florestais, uma decisão que contou apenas com 1 abstenção, do BE. Foi depois aprovado um conjunto de medidas que estabeleciam a componente de apoio à família nos vários agrupamentos de escolas das cinco freguesias do concelho (também abstenção do BE). A fixação da taxa de IMI, ponto seguinte, contou com uma maior discussão, com Eliseu Lopes (BE) a apontar que deveria ter baixado a taxa de IMI, anunciando o seu voto contra. José Manuel Ribeiro, pelo contrário, admitiu que o PS não votaria confortavelmente esta matéria, havendo necessidade de se conhecer melhor o código do IMI e mapas de zonamento. O PS sempre defendeu, afirmou o deputado, que era correto colocar o valor do IMI no mínimo e ajustar a taxa ao valor dos imóveis. Anunciou por isso a voto favorável do PS, embora com a possibilidade de se afirmarem sentidos de voto distintos no PS, o que efetivamente viria a acontecer, tendo Diomar Santos quase logo de seguida anunciado que se revia na posição apresentada pelo BE. Albino Poças (PSD) chamou a atenção para situações de desigualdade devida a má informação dos proprietários, havendo algumas situações conhecidas de prédios avaliados de forma diferente, quando tinham por base uma situação idêntica. João Paulo Baltazar, antes de se passar à votação, esclareceria que as taxas do IMI em Valongo estavam longe do máximo (eram de 0,36% e e não de 0,5%). Havia, de momento, a expetativa de que,

mesmo mantendo a taxa, a receita pudesse crescer, por via do fim das isenções e da reavaliação dos prédios. Respondendo a Eliseu Lopes, que havia abordado o assunto, informou que estava a ser feito um levantamento dos prédios inacabados (a maioria dos quais hoje na mão dos bancos), para decidir o seu destino – não necessariamente a demolição, havendo casos de conclusão dos prédios. A CMV lamentava ainda que tivesse de cortar uma tranche de 5% da receita do IMI para pagar as avaliações e que além do mais as Finanças tivessem requisitado à Câmara funcionários para apoiar esse serviço. A proposta seria aprovada com 29 votos a favor e 2 contra (BE e Diomar Santos, PS). A fixação da derrama e da participação do IRS foram também aprovados, ambos com a abstenção do BE. Ainda no período da Ordem do Dia seriam aprovados os protocolos com o Clube de Natação de Valongo e o CPN, para 2012/ /2013, por unanimidade, e o Contrato Emprego-inserção também para 2012/2013, com o voto contra do BE. Eliseu Lopes denunciaria ser este um instrumento favorável à precariedade, impedindo o trabalho em permanência de muitos trabalhadores, pelo que fazia dele um balanço muito negativo. Período após a Ordem do Dia Passou-se então à continuação das discussões abertas antes da Ordem do Dia sobre várias propostas e moções, sendo a primeira votada a do protesto apresentado pelo PS contra o fecho das piscinas de Campo e Sobrado. • Cristiano Ribeiro, da CM, comentou que não estava definido para onde iria agora o montante do que era antes investido nas

piscinas de Campo e Sobrado. Orlando Rodrigues (PS) manifestou a sua preocupação contra os ataques violentos a Campo e Sobrado, freguesias que assim eram desvalorizadas e cujo desinvestimento apontaria para a tentativa de agregação das freguesias. A retirada das piscinas, apontava Orlando Rodrigues, era tanto mais grave quando, por exemplo em Campo, havia uma forte marca negativa de doenças respiratórias, que muito beneficiavam da prática da natação. As piscina, com mais de 20 anos, seriam agora desmanteladas sem que, durante todo este tempo, se tivesse tentado encontrar uma solução de sustentabilidade económica, já que serviam cerca de 17 mil pessoas. A construção de novas piscinas sairia mais caro. «A derrota não é não conseguir, mas desistir de lutar!», sentenciou o deputado socialista. Carlos Mota, PSD, presidente da Junta de Freguesia de Sobrado, manifestou o seu apoio à proposta do PS, desde que fosse retirado um parágrafo desnecessário, abordando outras questões – o que foi aceite pelos proponentes. Alfredo Sousa, PS, presidente da Junta de Freguesia de Campo, pouco mais tendo a acrescentar à intervenção de Orlando

Rodrigues, lembrava que a piscina de Campo servia mensalmente cerca de duas mil pessoas. E adiantou que, como alternativa, o presidente da CMV se tinha comprometido com a construção de uma nova piscina, tecnologicamente mais avançada, para servir Campo e Sobrado. Rosa Maria Rocha considerou a posição do PS falaciosa e contraditória. Haveria que saber utilizar os recursos, por isso a medida era adequada e o compromisso da construção de uma nova piscina em quatro/cinco anos era razoável. José Bandeira, da CM, anunciando a abstenção nesta matéria, denunciou que a apresentação do Orçamento da forma como o foi era uma palhaçada (ver o caso das piscinas), e que a CM na AMV não tinha podido ser mais do que uma mera correia de transmissão dos representantes da CM na Câmara, por haver uma manifesta falta de dados. Pronunciava-se assim contra o sistema que tal permitia ou “exigia” (em Valongo ou em qualquer sítio). Rogério Palhau, UPA, presidente da Junta de Freguesia de Alfena, declarou que não podia estar de acordo com o fecho. Finalmente José Manuel Ribeiro acusou João Paulo Baltazar URSULA ZANGGER

de se ter comprometido a avaliar os equipamentos do concelho, mas que não era conhecido qualquer estudo. Em circunstâncias normais nunca se encerrariam piscinas. E denunciou uma confusão entre gastos e investimentos. João Paulo Baltazar explicou que a piscina de Campo tinha um problema técnico, tendo inclusive obrigado alguns pais a retirar de lá os filhos. A de Sobrado, por sua vez, tinha um grande problema financeiro, com um custo de manutenção de 160 mil euros por mês para uma frequência de 20 pessoas por dia. Mas, por um lado, estes equipamentos continuariam, modificados, ao serviço das populações de Campo e Sobrado, e por outro lado, a CMV, assegurava, sem custos, o transporte dos utentes para a piscina de Valongo, de assegurava um serviço de muito melhor qualidade. E quanto ao futuro garantia que a solução seria encontrada em concertação com os presidentes de Junta, confirmando o propósito de construção, daqui a quatro/ cinco anos, de uma nova piscina que pudesse servir bem os munícipes de Campo e Sobrado. Realizada a votação, seguiram-se algumas declarações de voto. Carlos Mota explicou porque votou contra o encerramento das piscinas, mas que apoiaria a construção de uma nova piscina. Luís Ramalho explicou a sua discordância do encerramento de equipamentos, apesar das boas razões que tivesse a CMV E Jorge do Aido, da CM, explicou também o seu voto contrário ao encerramento, também ele levantando a questão de um empurrão para a agregação de freguesias e ironizando que talvez de futuro João Paulo Baltazar mandasse os munícipes de Ermesinde e Alfena ir antes tomar banho ao Leça, para ficar mais barato.


31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Destaque

António Bomba Pais aborda a questão dos serviços de saúde em Ermesinde LC

António Bomba Pais, diretor do muito recentemente extinto Agrupamento de Centros de Saúde de Valongo, aceitou conversar com o jornal “A Voz de Ermesinde” acerca das condições do serviço de saúde na cidade, nomeadamente acerca dos novos serviços abertos com a deslocação do Centro de Saúde da Gandra para a Bela e, em geral, da situação da saúde no concelho. Nesta conversa deixamos de fora as questões mais políticas do andamento da construção dos futuros centros de saúde de Alfena e Campo. A conversa com o diretor do ACES de Valongo ganhou ainda uma maior oportunidade, não apenas devido à já conhecida e à altura iminente fusão dos ACES da Maia e Valongo (entretanto concretizada), como ainda das mais recentes críticas violentas de mau desempenho por parte de deputados municipais do PSD na última sessão da Assembleia Municipal de Valongo. António Bomba Pais fez então de cicerone à reportagem de “A Voz de Ermesinde” no antigo posto de saúde da Gandra, explicando o que ali vem a ser feito, e fazendo depois uma abordagem mais abrangente dos problemas e estratégias de saúde ao nível do concelho. No 1º andar do antigo Centro de Saúde, na zona da Gandra, em Ermesinde, está agora instalada a Unidade de Saúde Familiar de Ermesinde, servindo cerca de 14 mil utentes, entregues aos cuidados de oito médicos e sete enfermeiros. Apoiam ainda a unidade seis administrativos mais um assistente operacional (para serviços de manutenção de higiene). Os outros utentes da área de Ermesinde recorrem ao centro de saúde na Bela, cerca de 38 000. Quanto à Unidade de Cuidados Continuados, um muito importante serviço aí instalado, e sobre a qual nos debruçaremos mais em particular no final deste artigo, além das questões ligadas à prevenção e à saúde pública sobretudo, ela presta serviços de cuidados ao domicílio, através da ECCI, Equipa de Cuidados Continuados Integrados, nomeadamente de enfermagem, como em situações de doentes em convalescença ou de doentes limitados a sua casa. Está instalada nas salas ao lado do SASU de Ermesinde.

Quanto aos Cuidados Continuados a doentes internados, eles são também prestados nas três unidades de internamento existentes no concelho (duas no Hospital privado de S. Martinho – de longa e média duração) e uma no Hospital de Valongo (até 30 dias). Os Cuidados Continuados prestam cuidados de saúde todos os dias, incluindo aos domingos e feriados. Os Cuidados Continuados ao domicílio são ainda prestados, no concelho, por uma unidade em Valongo, a qual cobre 40% dos utentes deste serviço no concelho (contra 60% da unidade de Ermesinde), o que corresponde à distribuição da população. Outro serviço de saúde prestado no antigo centro de saúde da Gandra é a consulta descentralizada do Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT), que é uma consulta descentralizada do CAT de Gondomar, que atende utentes afetados por toxicodependência e álcool. Com uma entrada autónoma, sem comunicação com os outros serviços, pretende-se manter um ambiente de privacidade dos utentes. Uma outra infraestrutura criada no edifício, mostrou ainda António Bomba Pais, é a sala polivalente de exercícios físicos, ginásio e preparação para o parto. Muitos dos aparelhos foram adquiridos a partir do projeto Missão Sorriso, e encontram-se ao serviço não apenas dos utentes mas ainda dos funcionários do Centro de Saúde. Referência ainda aos aparelhos (noutra sala) que permitem o tratamento aos doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica e permitem o uso por parte dos funcionários, mediante regulamento, uma situação que será pouco comum. Além das coisas positivas, Bomba Pais elencou também um conjunto de restrições ou problemas. Referiu, por exemplo, a limitação do funcionamento do SASU, que funciona agora das 20 às 23h00 e das 9 às 21 horas ao fim de semana e feriados. O ex-diretor do ACES de Valongo referiu ainda que a arquite-

tura do edifício, atraindo a instalação de pombos, que ali fazem ninho, permitiu, no ano transato, uma grande infestação de piolhos no edifício, o que não é suposto acontecer, muito menos num centro de saúde. Para combater a praga o SASU teve que ser deslocado para a Unidade da Bela durante um fim de semana. Entre outras dificuldades, António Bomba Pais referiu a ca-

Considerado por António Bomba Pais como um exemplo de boa gestão de recursos é o sistema de gestão de transporte de doentes não urgentes, que veio diminuir os custos e aumentar a eficiência, o que, como tivemos ocasião de comprovar na prática, não está imune a erros de funcionamento. Outra questão abordada na conversa com o diretor do ACES foi a dos Cuidados Paliativos, relativamente à qual existe formação ao MANUEL VALDREZ nível do ACES e implementação através das ECCIs.

Uma das preocupações de Bomba Pais é que as capacidades instaladas não estejam a ser exaustivamente usadas. Um serviço de análises clínicas é outro dos serviços que, segundo o diretor do ACES, poderia estar a ser utilizado, através da capacidade instalada do SNS no polo de Valongo do Centro Hospitalar do S. João, sendo que, segundo ele, poderá haver muitas razões (que em privado adiantou) para essa ausência. Po-

Gerir melhor custos e recursos

rência de funcionários administrativos, tendo de recorrer a várias pessoas através do IEFP. A questão da fusão dos ACES Inquirido sobre a então iminente fusão dos ACES de Valongo e Maia, Bomba Pais referiu que, por definição, cada Agrupamento, de acordo com a lei, deveria corresponder a um intervalo de 50 a 200 mil utentes, sendo que o atual ACES de Valongo, com cerca de 100 mil, se encontra dentro desse intervalo. O novo ACES que integrará Maia e Valongo servirá cerca de 230 mil utentes. As dúvidas formuladas pelo diretor prendiam-se a algumas questões que tornam muito distintos os dois atuais ACES – na Maia, por exemplo, não existe o SASU à semana, porque o concelho tem uma cobertura total por parte da Unidades de Saúde Familiar (USF), embora em Valongo a situação também se encontre em mudança – em breve será instalada a USF Bela Saúde, além de se enfrentar realidades geográficas e físicas muito diferentes.

Não se esqueça de pôr em dia a sua assinatura de “A Voz de Ermesinde”.

deria haver ainda uma maior abertura deste polo à população do concelho de Valongo, na fisioterapia, com consultas, para além do internamento. Quanto à questão dos gastos, António Bomba Pais dá um exemplo do que é necessário fazer, em termos de supervisão, que deveria ser mais apertada (por exemplo na consultadoria efetiva das doenças respiratórias, com uma maior colaboração com o S. João). Outro exemplo de sinergias que poderiam ser benéficas seria proporcionar aos centros de saúde uma maior partilha de recursos no diagnóstico médico. O então ainda diretor do ACES de Valongo referiu depois as possibilidades das USF e as suas três formas distintas de operar, com incentivos mais dirigidos à unidade (caso das atualmente instaladas em Ermesinde e Valongo (esta recentemente distinguida por uma entidade independente), ou mais dirigidos às equipas e aos profissionais, ou ainda um modelo que ainda não está no terreno – mais autónomo e privado – e que será mais dirigido a misericórdias, por exemplo.

O diretor referiu ainda a Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados, que prestam serviço a distintas Unidades de Cuidados Continuados (UCC) e que agrupam um psicólogo, um nutricionista, um pediatra e técnicos de Serviço Social. A Unidade de Saúde Pública, que tem uma função de observatório, é muito importante na observação e comportamento das doenças na população. As UCC são o braço operacional desta. Bomba Pais referiu ainda outro instrumento muito importante, em preparação, que seria o Plano Local de Saúde (a nível do ACES, provavelmente agora extendido). A criação destes vários serviços, abordados ao longo do texto, ao invés de constituírem uma burocratização, é, segundo o diretor do ACES de Valongo, a concretização da reforma dos cuidados de saúde primários, que não se pode deixar morrer, e de um melhor modelo de organização dos serviços, em que é possível avaliar melhor recursos e custos, e fazêlo ainda com um maior rigor, inclusive em termos informáticos, cruzando vária informação e introduzindo a noção de contratualização de objetivos . Uma questão que a reportagem de “A Voz de Ermesinde” não pode, contudo, deixar de assinalar é que muito faltará ainda fazer, por exemplo no que respeita ao aproveitamento dos recursos dei-

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xados livres com a instalação do novo Centro de Saúde de Ermesinde na Bela. A UCC de Ermesinde num olhar mais em pormenor Susana Cunha, enfermeira da Unidade de Cuidados Continuados de Ermesinde, completou para a reportagem de “A Voz de Ermesinde” a apresentação feita por António Bomba Pais. E falanos ainda da cooperação desta unidade com as escolas, das ações de formação (por exemplo, de quinze em quinze dias a formação em autoajuda, dirigida a cuidadores, referida no quadro abaixo). A UCC de Ermesinde, recorde-se está instalada há pouco mais de um ano, prestando serviços em áreas como Cuidados Continuados Integrados, Saúde Escolar, Saúde na Comunidade, Preparação para o Parto e Parentalidade, Reabilitação (domiciliária e em ginásio). Mais especifica e extensivamente, esta unidade tem vindo a desenvolver trabalho em várias direções, as quais, para finalizar, se espraiam pelas seguintes atividades: O projeto Desafio Ativo – Seniores (com apoio da Missão Sorriso), e cujo objetivo é aumentar a atividade física e a capacidade funcional dos utentes da UCC de Ermesinde, bem como a participação individual e social; Saúde na Comunidade, com os projetos InRede – Gestão de saúde em grupos vulneráveis ou em risco, e MERCI – Monitorização, Empoderamento e Redução de Stress do Cuidador Informal; Equipa de Cuidados Continuados na Comunidade – ECCI – equipas multidisciplinares para a prestação de serviços domiciliários a pessoas em situação de dependência funcional, doença terminal, ou em processo de convalescença, com rede de suporte social cuja situação não requer internamento, mas que não podem deslocar-se de forma autónoma; Saúde Sexual e Reprodutiva – Preparação para o Parto e a Parentalidade, Curso Pós-Parto e Massagem ao Bebé e Apoio ao Aleitamento Materno; Saúde Escolar, com o Programa Nacional de Saúde Escolar, o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, o Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar e, finalmente, a Educação Sexual.


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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Destaque

Em Valongo Jerónimo de Sousa classificou Orçamento de Estado para 2013 como um roubo aos trabalhadores MIGUEL BARROS

O auditório António Macedo foi pequeno demais para acolher o comício – intitulado de “Pôr Fim ao Desastre, Rejeitar o Pacto de Agressão” – de Jerónimo de Sousa na sede do nosso concelho. Centenas de militantes e apoiantes do PCP lotaram por completo o recinto valonguense, facto que levou a que dezenas de outros militantes tivessem ficado à porta a ouvir as palavras do líder comunista. Cenário este que levou a que no início da sua aguardada intervenção, Jerónimo de Sousa tivesse referido que esta forte adesão era um sinal de que em Valongo continua a haver o sentimento de combatividade e convicção que ultrapassa as fronteiras do medo, das dificuldades, e que se centra na luta pela democracia e por um futuro melhor. No seguimento das suas palavras o secretário-geral do PCP lançou duras críticas ao desempenho do Governo PSD/CDS-PP ao longo dos 15 meses que este leva de mandato, e muito em particular ao OE para 2013 recentemente apresentado. Um documento que para Jerónimo de Sousa não é mais do que um «roubo a todos os trabalhadores e às classes mais baixas. É um autêntico saque fiscal que penaliza a classe operária», rotulando o aumento do IRS como brutal e um verdadeiro atentado fiscal, nas suas palavras o mais violento na história da democracia nacional. E por falar em violência o comunista recordou uma recente reação do primeiro-ministro às palavras do PCP, onde este partido classificava o OE do próximo ano precisamente como um roubo, ao que Passos Coelho terá respondido que tal palavra era um incentivo à violência. «Violenta é a política que tem levado milhares de famílias à falência, e ao aumento do desemprego»,

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, esteve no final da tarde do passado dia 20 de outubro em Valongo, onde diante de centenas de militantes e apoiantes que lotaram por completo o auditório António Macedo – no Fórum Vallis Longus – teceu, uma vez mais, duras críticas ao Orçamento de Estado (OE) para 2013 recentemente apresentado pelo Governo, um orçamento que, na voz do líder comunista, não é mais do que um «roubo a todos os trabalhadores e às classes mais baixas». FOTOS MANUEL VALDREZ

respondeu Jerónimo, que sublinharia ainda que a política desempenhada pelo atual Governo nega por completo um futuro à juventude, nega-lhe o direito de ficar na sua terra, ao lado das suas famílias, forçando-a a emigrar na procura de um melhor futuro. Classificou os 15 meses de governação da coligação PSD/CDS-PP como o período em que o país mais regrediu – em diversos níveis – ao longo da sua história democrática. Aludiu à «farsa desigual» na repartição de sacrifícios, ao refe-

rir que o aumento do IRC não chega sequer aos 4% – em comparação com o elevado aumento do IRS –, «numa prova clara de que os grandes grupos económicos vão ser poupados». Nem só os recém-anunciados aumentos de impostos (IRS e IMI à cabeça) mereceram o repúdio do líder comunista. Os cortes anunciados para Educação e a Saúde foram igualmente classificados como um claro ataque às classes mais baixas. Faria ainda uma alusão ao concelho de Valongo, em seu enten-

der um concelho que espelha bem a imagem atual do país, sublinhando neste ponto o fator desemprego, que no nosso concelho era, em agosto último, de 18,3 %, mais 24% do que em agosto de 2011! Paulo Portas e o CDS-PP não escaparam à mira de Jerónimo de Sousa, que lembrou os populares como o outrora partido dos pobrezinhos, dos agricultores, mas que agora não passa de um partido morto que sacode a água do capote perante o pacto de agressão levado a cabo pelo parceiro de coligação. «É preciso travar este pacto de agressão, o País não tem futuro com esta política, com este Governo, é preciso pois uma política de esquerda. Portugal é um país com potencialidades, no mar, na agricultura, e como tal não venham dizer que não há saída para esta crise», defende Jerónimo, para quem é necessário defender as pequenas e médias empresas, valorizar os salários no sentido de que quanto mais as pessoas ganharem maior será o seu poder de compra e desta forma será dado um impulso à economia nacional. No final do seu discurso apelou a uma forte adesão à greve geral agendada pela CGTP para o próximo dia 14 de novembro, «no sentido de colocar um ponto final no terrorismo social a que assistimos». As queixas do PCP local Antes de Jerónimo de Sousa usar da palavra elementos do

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PCP local aproveitaram a ocasião para também eles lançarem alguns ataques a algumas medidas elencadas pelo Governo. Pela voz de Joaquim Delgado, membro do Secretariado da Comissão Concelhia de Valongo do PCP, um dos muitos rostos comunistas locais presentes – entre outros vislumbraram-se o líder concelhio do partido, Adelino Soares, ou o representante da CDU na Assembleia Municipal de Valongo, Adriano Ribeiro – foi recordado o anúncio do encerramento das urgências noturnas do Hospital de Valongo, uma medida que na altura originou uma forte indignação da população, e que como consequência adiou – por enquanto – o fecho do referido serviço. O Governo propunha-se a encerrar o serviço de urgências de um hospital que é utilizado por 60 000 pessoas por ano,

números que para o PCP mostram como as urgências do Hospital de Valongo são um serviço muito procurado pela população do concelho, e que a «confirmarse este fecho o único serviço de urgência a funcionar 24 horas por dia seria apenas o Hospital Privado de Alfena, o que acarretaria mais despesas para os utentes e para a própria Segurança Social do Estado, que subsidia largamente os hospitais privados». Ainda na área da Saúde o PCP local criticou a recente fusão dos Agrupamentos dos Centros de Saúde (ACES) de Valongo e da Maia, fusão essa que para os comunistas irá provocar uma acentuada quebra na qualidade dos serviços prestados às populações, provocando mais problemas de gestão e mais dificuldades técnicas e funcionais, a comprometer a qualidade do serviço prestado a essa mesma população. A privatização de algumas linhas da STCP que passam pelo concelho, o facto de a freguesia de Sobrado continuar sem qualquer serviço de uma empresa pública de transportes, e o não cumprimento do compromisso – lavrado pelo anterior Governo – para a urgente requalificação da Escola Secundária de Ermesinde mereceram igualmente vozes de protesto dos comunistas locais.

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31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Local

Visita da governadora rotária ao Rotary Club de Ermesinde No passado dia 17 de setembro o Rotary Club de Ermesinde celebrou o dia mais importante do ano para o clube, a visita do governador do distrito rotário, Teresinha Fraga. O encontro realizou-se, como é habitual, no Parque Urbano, no restaurante “Parque Rest” e contou com a presença dos autarcas João Paulo Baltazar, presidente da Câmara Municipal de Valongo e Luís Ramalho, presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde. Maria Augusta Moura, presidente do Rotary Clube de Ermesinde, deu as boas vindas a todos os presentes e expressou

a sua enorme satisfação com a presença da governadora Teresinha Fraga. Nesta reunião foi efetuada a entrega do título de Companheiro Paul Harris, ao companheiro José Neves, bem como o título de Subscritor de Mérito da Fundação Rotária Portuguesa ao companheiro António Ferreira. No período de atualidades e comunicações intervieram o presidente da Câmara, o presidente da Junta de Freguesia e um membro do Rotary Clube da Senhora da Hora, em nome dos clubes representados. A presidente Maria Augusta, na sua intervenção referiu:

«O dia que hoje estamos a viver, é, e atrevo-me a dizer, um dia histórico para o Rotary Club de Ermesinde, pois temos a visita daquela que é a primeira mulher a exercer este cargo no nosso distrito rotário, Companheira Governadora Teresinha Fraga, a um clube onde também, e pela primeira vez a Presidência é exercida por uma Companheira. Os momentos particularmente difíceis e conturbados que o nosso país atravessa, perspetivam um agravamento das condições socioeconómicas das comunidades, o que forçosamente nos terá que levar a um redobrar de atenções e percecionar

as necessidades das mesmas, por isso mesmo, foi imbuídos do melhor espírito rotário que elegemos como objetivos principais para este ano as seguintes tarefas: - Aumento do quadro social do clube; - Promoção de uma atividade que contribua para a paz e compreensão mundial; - Promover a participação na Convenção do Rotary Internacional, que se vai realizar em Lisboa no próximo ano; - Concluir o projeto social em curso; - Divulgação do Rotary e dos seus objetivos, através da reali-

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FOTOS RCE

zação de atividades em prol da comunidade e para benefício da mesma, sejam elas de carácter social, cultural ou educacional. São estas as principais tarefas que nos propusemos para este ano rotário, e que para serem concluídas com êxito terão que forçosamente ter sempre presente o lema “Dar de si Antes de Pensar em si” deste movimento, e simultaneamente, a colaboração não só dos companheiros rotários, mas também das instituições que connosco normalmente interagem». A governadora Teresinha Fraga fez uma intervenção onde referiu a visita ao Centro Social

de Ermesinde e a apresentação de cumprimentos na Junta de Freguesia de Ermesinde, a que se tinha seguido uma reunião com o Conselho Diretor. Manifestou o agrado pelo que observou e pela organização do clube e pediu que desenvolvessem todos os esforços para cumprir Rotary. No final, a presidente do Rotary Clube de Ermesinde ofereceu uma lembrança à governadora, tendo esta oferecido uma flâmula pessoal à presidente e dito que a lembrança da governadoria seria entregue numa altura posterior, uma vez que ainda não a tinha.

A Fraternidade de Nuno Álvares de Ermesinde visitou o Núcleo de Valbom da Associação do Porto de Paralisia Cerebral JOSÉ ADRIANO MOTA (*)

No âmbito dos objetivos propostos através das Ações Mobilizadoras do Amanhã 2012, no Fórum “2012 – O Nosso Futuro, Novos Rumos, Novos Desafios”, realizado no início do ano, em Janeiro, o núcleo da Fraternidade de Nuno Álvares, visitou o núcleo de Valbom da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC). Foi no passado sábado, dia 20 de outubro, e esta primeira visita serviu para preparar futuras ações a desenvolver em conjunto entre os dois núcleos,

ultrapassando largamente e pelas melhores razões, todas as expetativas. Combinado já com alguma antecedência, havia de parte a parte alguma ansiedade e entusiasmo para este encontro. Todos os minutos foram intensos e cada “olá”, cada sorriso, cada gargalhada confirmaram o quanto vale a pena a solidariedade humana acima de quaisquer diferenças. Foram dadas a conhecer pessoas fantásticas, com capacidades fantásticas! A Elisabete Cunha, a Inês Braga, o Rui Reizinho, o Adão Ferreira, o António Magalhães, a Joana

Carneiro, o Carlos Mamede, e outros tão especiais quanto estes, dos quais o nome é o que menos importa. Pessoas capazes de ultrapassar barreiras gigantescas, que conseguem ser felizes apesar das mordaças que lhes distorcem a voz, das algemas e grilhões que lhes prendem as mãos e os pés e das amarras que os atam às cadeiras. Pessoas licenciadas, campeões, dançarinos, atores, enfim, que trabalham, que procuram trabalho, que se sentem úteis e querem ser úteis. Foi um dia ótimo e os objetivos do encontro foram cum-

(*) FNA de Ermesinde

Maleitas de saúde pública JOÃO DIAS CARRILHO

IDAAO MÉDICO Utente de longa data do posto médico da Gandra em Ermesinde, agora a qualidade das instalações, organização, atendimento mais personalizado e humano em todos os setores, nada têm a ver com tempos passados e que não deixam saudades. Parece-me que agora todos estamos de parabéns. Pena é que alguns utentes estraguem a harmonia, depois de faze-

rem a inscrição vão dar uma voltinha e quando o médico chama já não estão presentes, com as consequências inerentes. Outros marcam consulta, depois simplesmente não aparecem nem avisam. Nos hospitais, com consultas marcadas, fazem a mesma figura, e se chamados posteriormente à atenção, ainda se apresentam cheios de pompa e razão. Estão a dificultar o atendimento a quem precisa. Aqui no Centro de Saúde, em tempos, havia uma lista dos faltosos.

Bom seria que a lista ressuscitasse, com o nome dos faltosos. LIMPEZA DE FICHEIROS DA SEGURANÇA SOCIAL A Segurança Social está a fazer uma limpeza e a organizar os ficheiros de utentes. Quem estiver um pouco atento descobre o descalabro que por ali reinava, são aos montes, falecidos há anos que estavam inscritos. Utentes que estavam inscritos em vários Centros de Saúde, etc.. Parece que a

FOTO FNA

pridos a 100%. Vários projetos futuros foram já delineados numa promessa de manter este laço fraterno, agora criado, o mais forte e duradouro possível. Levou-se boa vontade e alegria e trouxe-se a mochila cheia de sorrisos… "Praticamos Escutismo”. Associados presentes: Jacinto Mota, Dulce Silva, Anselmo Cerqueira, Adriano Mota, Lina Carneiro, Fátima Mota, António Ferreira, Natália Oliveira (chefe Oliveira) e Susana Queirós.

bagunça vai entrar na ordem, já não era sem tempo. E os aflitos sem médico de família agradecem. Esta praxe não é exclusiva da nossa terra, era maleita nacional. O que assusta é ouvir os prevaricadores a moerem o juízo aos funcionários. LUZES Em boa hora a Câmara cortou alguma iluminação. Acontece que no Largo da Estação após o apagão oficial ficam três candeeiros ligados a iluminar uma esplanada (es-

tranho!). Em contrapartida, no túnel da Choca nem uma velinha, e é perigoso circular ali naquela escuridão: pode-se ser assaltado e às vezes até se calcam-se por lá dejetos humanos. Passando por lá em hora de limpeza, na escuridão dei por ela, pelo barulho da vassoura. Perguntando o que a senhora andava ali a fazer se não via o lixo, respondeu-me: ando a varrer a escuridão, fiquei esclarecido. O ÉBOLA Se não chegou cá, bom seria que o não convidássemos. Ainda temos por aí vários regatos de água

choca a céu aberto e o terminal da ribeira da Gandra não foge à regra. O que se passou nestas últimas semanas antes das chuvas não pode acontecer. A jusante e debaixo da ponte da Estrada Nacional Ermesinde-Maia, junto ao MaiaShopping, e devido a um tronco atravessado no leito do Rio Leça, acumulou-se uma manta de dejetos humanos com cerca de 20 a 30 metros de extensão, nojenta e perigosa para a saúde pública. Suponho já ficar no concelho da Maia, mas a origem é de Ermesinde. Se continuarmos assim todos os Ébolas agradecerão.


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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Local

Irmã Consolação (1925-2012) – uma vida dedicada ao amor e serviço dos outros LC

Despediu-se de nós na manhã do passado dia 17 em Fontiscos, Santo Tirso, a Irmã Maria Rosa de Freitas (Irmã Consolação), cuja missa de corpo presente e funeral decorreram no dia 18 de outubro, em Ermesinde, localidade onde deixou uma profunda saudade a todos os que a conheceram. Nesta que foi sua terra de acolhimento, dedicou-se aos que dela precisaram com um invulgar espírito

de serviço, desde que aqui chegou até 2007, quando partiu, de vez, para Santo Tirso, onde viria a falecer vitimada pela doença de Alzheimer. A missa de corpo presente da Irmã Consolação realizou-se na Igreja Matriz de Ermesinde, de onde o seu corpo partiu para o Cemitério n.º1 da cidade, onde ficou sepultada. Maria Rosa de Freitas, filha de Manuel de Freitas Júnior e de Maria dos Santos, nasceu a 10 de fevereiro de 1925, em S. Martinho, Funchal, na ilha da Madeira. Professou nas Irmãs Fran-

A VOZ DE

ERMESINDE Comunica-se aos Senhores Assinantes de “A Voz

ciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição em 15 de fevereiro de 1944, e sempre foi fiel ao espírito hospitaleiro, consolando os doentes nos hospitais – dinamizou o voluntariado no Hospital de S. João – e visitando-os depois em suas casas, àqueles que eram de Ermesinde, com extrema dedicação. Testemunho Eram frequentes as suas visitas à Bela, que era um dos lugares mais pobres de Ermesinde, recordou após a cerimónia solene, o cónego João Peixoto.

Foi já em Ermesinde, a 8 de abril de 1994, que cumpriu as suas Bodas de Ouro da Profissão de Fé, cerimónia essa a que o jornal “A Voz de Ermesinde” deu relevo nas suas páginas, e que se realizou no Colégio Santa Joana, local de residência da Irmã Consolação, sendo então a missa desta cerimónia celebrada pelo Padre Luís, pároco da freguesia de Ermesinde. Nessa altura a Irmã Consolação teve com ela a presença das sobrinhas, que então envergaram roupas típicas madeirenses. Também na hora da seu fu-

neral, a Irmã Consolação teve a companhia de uma sobrinha que viajou da Madeira para estar com ela nesta despedida. Na missa de corpo presente, o cónego João Peixoto, que com mais três celebrantes presidiu à cerimónia fúnebre, assinalou que «falar da Irmã Consolação é falar de um Evangelho Vivo». E apontou ainda: «Deus não quer a resignação fatalista, quer as pessoas felizes, um mundo novo. A Irmã Consolação foi expressão desta vontade de Deus (…), e expressão da generosidade franciscana».

• Cheque - Centro Social de Ermesinde • Vale do correio • Tesouraria do Centro Social de Ermesinde • Transferência bancária para o Montepio Geral - NIB 0036 0090 99100069476 62

de Ermesinde” que o pagamento da assinatura (12 números = 9 euros) pode ser feito através de uma das seguintes modalidades, à sua escolha:

• Depósito bancário - Conta Montepio Geral nº 090-10006947-6


31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Património

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• TEMAS ALFENENSES •

A delimitação da freguesia de Alfena – 1689/90 Feito por Provisão de S. Magestade Pello Doutor Chistouão Alão de Moraes Sendo Reitor do ditto Collegio o P. M.e Frei Roque de S. Thereza No Anno De MDC e LXXXIX [N.R.: 1689]

RICARDO RIBEIRO (*)

Título da mediçam e demarcação da frgª. de Alffena (…) T. da mediçam demarquaçam da frg.ª de Vallongo Juzao [N.R.: Valongo Susão]

onsiderando que é um tema que está na ordem do dia e, de certa forma, até foi o factor aglutinador que levou ao surgimento da nossa Associação AL HENNA, julgamos ser o momento ideal para entrarmos no tema dos limites, procurando divulgar alguns documentos históricos que permitam elucidar todos os cidadãos e decisores políticos, no sentido de, serenamente, nos sentarmos todos a uma mesma mesa, como «bons vizinhos», e repormos a verdade histórica das coisas. Como ponto prévio, não queria deixar de agradecer a todos os amigos que ajudaram e possibilitaram todo o levantamento documental que permitiu a elaboração do trabalho, fruto da pesquisa histórico-documental levada a cabo, nomeadamente, pelo autor destas linhas, em estreita colaboração com o nosso consócio Arnaldo Mamede, estudioso e interessado pelas coisas de Alfena e profundo conhecedor do terreno; trabalho esse, sumariamente apresentado há cerca de um ano. O Padroado da Igreja de Alfena O Direito de Padroado era o direito de apresentar (nomear) o pároco da igreja paroquial, bem como, cobrar o imposto religioso, o dízimo, e que, por tratado entre o Reino de Portugal e a Santa Sé, foi alargado a outras matérias da administração local transformando, de certa forma, quer o pároco, quer o «padroeiro» (entidade detentora do direito de padroado) como os administradores públicos na área paroquial. A importância deste direito prende-se com o facto de, durante muito tempo, haver alguma confusão entre as competências civis e religiosas dos órgãos da administração das paróquias. Assim, existem registos que, no Século XIII, esse direito pertencia ao Mosteiro de Santo Tirso (possuidor de algumas terras no lugar de Cabeda, conforme as inquirições de D. Afonso III). Entre 1287 e 1466, esse direito pertenceu ao Bispo e Cabido da Sé do Porto (por cedência do Mosteiro de Santo Tirso em 8 de Fevereiro de 1325, da era juliana – 28.01.1287). Entre 1466 e 1543, esse direito pertenceu apenas ao Bispo do Porto (por acordo entre o Bispo e o Cabido da Sé, de 18 de Setembro de 1466). Entre 1543 e 1833, o direito passa para o Colégio da Conceição da Ordem do Carmo da Universidade de Coimbra (por cedência do Bispo do Porto D. Baltazar Limpo). Colégio que, em 1689, ordena o levantamento da demarcação do território paroquial, descrevendo-o no “Tombo Da Igreja de Sam Vicente D Alfena (…) No Anno de MDC e LXXXIX”, documento que adiante abordaremos. No âmbito da Reforma Administrativa Liberal, por Lei de 05 de Agosto de 1833, o direito de padroado reverte a favor do Estado. Com a Instauração da República, pela «Lei da Separação» de 20.04.1911, verifica-se a completa separação dos assuntos civis, dos eclesiásticos, prescindindo o Estado de tal direito de padroado, revertendo o mesmo para os bispos da diocese respectiva (no caso concreto, a Diocese do Porto). Como corolário desta separação, temos a Lei N.º 621, de 23 de Junho de 1916, que vem alterar a designação das “Parochias Civis” para “Freguesias”. A delimitação de Alfena com Valongo Por ser aquele que mais polémica tem causado, pela profunda divergência entre o limite histórico e aquele que, hoje, é considerado oficial, começaremos a abordagem da questão dos limites pela delimitação com Valongo, socorrendo-nos do Tombo de 1689. Recordamos que a delimitação de Alfena com S. Lourenço de Asmes (Ermesinde) foi já alvo de anterior publicação nas páginas deste jornal. «Tombo da Igreja de Sam Vicente DAlfena Unida in perpetuum por Bullas Appostolicas Ao Collegio de Nossa Senhora da Conceição De Carmelitas Calçados da Vniuersidade de Coimbra

Aos vinte e oito dias do mes de Junho de mil seissentos oitt.ª e noue anos em o Lugar da Ribeira de Piam que he em a frg.ª de Alffena sita em o Conc.º da Maya termo e jurisdiçam da muyto nobre e sempre leal sidade do Porto ahi adomde foi uindo o D.or Christouam alam de Morais Juis do Tombo do Coll.º de nossa s.ra do Carmo da Uniuersidade de Cohimbra em companhia de mim escriuam do d.º Tombo a requerimento de Manoel de Payua procurador do d.º Coll.ª e loguo pelo d.º Manoel de Payua foi requerido a elle Juis do Tombo que elle fizera sitar a Madre abb.ª do conuento de sam bento do Portto a cujo conuento pertencem as terras de Valongo Juzam p.ª effeito de mandar seu procurador para asestir a demarquaçam e mediçam e comfinaçam da frg.ª de Alffena com a d.ª Aldeya de Valongo Juzam a cujo procurador eu escriuam tambem mandey enuiar de que tudo dou fee e que elle Juiz o mandace apregoar e que nam parecendo a sua reuelia ouue por sitado p.ª a d.ª demarquaçam e a sua reuelia se louuace por sua parte, em hum homem que seya louuado da sua parte p.ª que com o medidor geral fizesse a d.ª demarquaçam e que uisto por elle Juiz seu requerimento o mandou apregoar pelo porteiro Manoel Frac.º o coal de baixo do segundo pregam deu fee nam parecia nem seu procurador o que uisto por elle Juis ouue por sitada p.ª a d.ª demarquaçam e suas depemdensias e a sua reuelia se louuou por parte do dito conuento em Matheus Ant.º Laurador e morador na d.ª Aldeya de Valongo Juzam o coal mandou uir perante sim e lhe deu o Juram.ª dos santos euangelhos sob cargo do que lhe emcarregou e mandou que bem e verdadeiramente fizesse a d.ª mediçam e demarquaçam comforme o emtendece em sua comsiensia o que elle d.º louuado o prometeo fazer na uerdade e logo com o d.º medidor geral fizeram a d.ª demarquaçam pela maneyra seguinte de que fis este termo que elle Juis asignou com os d.os louuados e procurador e eu Manoel de Souza Barboza escrivam do d.º Tombo que o escreuy // Alao // Manoel de Payua Barro // Franc.º da Costa // de Matheus Ant.º louuado. E logo elles louuados comesaram a medir pela deuizam de emtre as freiguezias que he ultimo marco atras pelo Ribeiro asima the o alto da serra de Cardoso direito p.ª o nasente e ahi disseram os louuados era nesesario hum marco o coal elle juis mandou leuantar e lansar pregám que com pena de coatro annos de degredo p.ª as p.tes de Afriqua e cem mil reis p. as despezas da R.am nimguem emtendêce com o d.º marco e fiqua de distancia do outro a este trezentas oitemta e sete uaras.

E logo elles louuados na mesma forma foram medimdo pela deuizam de entre as freiguezias direito p.ª o nasente sempre augas uertentes pela dita serra adeante the o fim della e ahi disseram os louuados era nesessr.º outro marco o coal elle juis mandou leuantar e fiqua distanciado outro a este trezentas sincoenta uaras. E logo elles louuados na mesma forma atras foram medindo pela deuizam de entre as freiguezias direito p.ª o nassente sempre augas uertentes athe o alto da serra da bella [N.R.: Monte da Vela] junto adomde se pome [N.R.: põe] a uela e ahi disseram elles louuados era nesessario leuantar outro marco o coal elle juís do Tombo mandou leuantar e lansar pregám na forma do mais e fiqua de distancia do outro a este seis sentas e seis uaras. E logo elles louuados foram medindo na mesma forma atras pela deuizam de enetre as freiguezias athe domde chamão a eira de ségu junto à estrada [N.R.: cumeada do Monte do Preto] e ahi disseram os louuados era nesessario outro marco o coal elle juis do Tombo mandou leuantar e lansar pelo porteiro pregám na forma do mais e fiqua distancia do outro marco a este trezentas e quinze uaras. E logo elles louuados foram medimdo da mesma forma por diante pela deuizam de emtre as freiguezias the o alto da serra de piquanseira [N.R.: Monte do Preto, junto a Quinta-rei] direito p.ª a p.te do nassente e ahi disseram era nesessario leuantar outro marco o que elle mandou leuantar e lansar pregám na forma dos mais atras e fiqua de distancia do outro marco a este coatro cemtas setenta e duas uaras. E logo elles louuados foram medimdo na mesma forma pela deuizam de emtre as freiguesias direito p.ª o nassente em uolta augas uertentes athe o alto da serra adomde chamam as azas do Foyo [N.R.: local também conhecido pelo Penedo da Vela, mirante sobre o vale do Tabãos] e ahi disseram elles louuados era nesessario leuantar outro marco o coal elle juis mandou leuantar e fiqua de distancia do outro marco a este duzentas e dezasete uaras. E logo elles louuados na mesma forma atras foram medimdo pela deuizam de emtre as freiguezias direito p.ª o nassente em uolta junta à estrada adomde chamam a portella do foyo [N.R.: Portela do Fojo, na estrada que liga a Valongo a Agrela, pela Quinta-rei, Sete Caminhos e Cornadinho e que é limite entre Alfena e Sobrado, como veremos em futura oportunidade] e ahi disseram elles louuados era nesessario leuantar outro marco o coal elle juis mandou leuantar e fiqua de distancia do outro a este quinhentas nouenta e coatro uaras. E por este modo diseram elles louuados tinham feito, demarcado e medido e deuizado a d.ª freiguezia de Alffena pela deuizam della bem e uerdadeiramente comforme o emtendiam as suas comsiensias sem odio nem affeiçam alguma e que na mesma forma dauam suas tensois de que fis este termo que elles asignaram e eu Manoel de Souza Barboza escuiuam do d.º Tombo que o escreuj, Franc.co da Costa, de Matheus An.to louuado.» Este é, pois, o limite histórico (e natural, por fazer uso das linhas de cumeada) entre as comunidades de Alfena e Valongo, limite esse comprovado por outros elementos documentais como sejam os registos ou as matrizes prediais, bem como, os autos de aforamento de terrenos maninhos (as chamadas sortes), levados a cabo na década de 1870 pela C. M. de Valongo, por força da Lei de 28 de agosto de 1869, do Governo do Duque de Loulé, destinada, na prática, a aumentar as receitas dos municípios, tributando assim parcelas atribuídas a proprietários individuais em terrenos, até aí de fruição comunitária, desde tempos imemoriais, e que antes não pagavam qualquer tributo. (*) Membro da AL HENNA – Associação para a Defesa do Património de Alfena.


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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Emprego

As iniciativas de emprego e as medidas em seu favor com apoio da comunicação

FOTOS URSULA ZANGGER

O jornal “A Voz de Ermesinde” inicia neste número uma colaboração formal com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, passando a publicar nas suas páginas as ofertas de emprego entretanto chegadas àquela entidade, no quadro de uma inciativa de relacionamento com a Comunicação Social que nos foi explicada por Celina Geraldes, coordenadora do Núcleo de Comunicação da Delegação Regional do Norte do IEFP. Também no sentido de conhecermos melhor a situação no concelho de Valongo, procurámos ouvir o diretor do Centro de Emprego de Valongo, Manuel Henriques. É destes contactos que procuram dar conta nos textos seguintes. LC

No Centro de Emprego de Valongo, para nos receber, estavam Celina Geraldes da coordenação de Comunicação de Comunicação da Delegação Regional do Norte do Instituto do Eprego e Formação Profissional e Manuel Henriques, diretor daquele Centro de Emprego. Celina Geraldes explicounos os esforços da Delegação

Regional no sentido de cimentar a divulgação das propostas de emprego existentes, na sequência de um Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, programa esse lançado em maio do corrente ano. A ideia era criar um serrviço de proximidade com as populações fazendo uso para tal dos órgãos de comunicação social locais que se disponibilizassem graciosamente para essa articulação,

o que à data da nossa entrevista ascendia a 98 jornais e rádios locais e regionais. Celina Geraldes deu conta à reportagem de “A Voz de Ermesinde” de alguns exemplos gratificantes deste novo veículo de comunicação do IEFP, que provavam a validade da experiência, como a do trabalhador desempregado que, tendo omitido por esquecimento ou distração a sua formação

como pasteleiro ao inscreverse no centro de emprego mais próximo – pois não tinha sido essa a sua última profissão – tomou conhecimento por um anúncio de oferta de emprego na área de pastelaria (curiosamnte, no caso, um investimento espanhol numa unidade portuguesa), e pôde assim tirar partido dela, o que lhe seria impossível (ou muito improvável) doutra forma.

A situação do emprego no concelho de Valongo – entrevista com Manuel Henriques LC

“A Voz de Ermesinde” (AVE) – Qual é a situação do emprego no concelho? Como se caracteriza? Manuel Henriques (MH) – É considerado desemprego toda a situação decorrente da inexistência total e involuntária de emprego do beneficiário com capacidade e disponibilidade para o trabalho e que faça a sua inscrição para emprego no Centro de Emprego. Com base nos dados de agosto de 2012, últimos dados estatísticos disponíveis, estavam inscritos no concelho de Valongo 9 612 desempregados à procura de primeiro ou novo emprego. Numa análise dos inscritos por género, tempo de inscrição e situação face ao emprego obtemos a seguinte distribuição: • 53,8% dos inscritos eram do género feminino sendo os restantes 46,2% do género masculino; • 91,5% dos inscritos estavam à procura de um novo emprego e os restantes 8,5% encontravam-se à procura do 1º emprego; • O desemprego de longa duração (1 ano ou mais) representava 44,8%, sendo que 55,2% tinham um tempo de inscrição inferior a um ano. Fazendo uma análise por grupos etários constatava-se: • O grupo mais representa-

tivo é o da faixa dos 35-54 anos com 48,8% dos inscritos, seguindo-se o grupo dos 25-34 anos com cerca de 22,6% dos inscritos; • Considerando os níveis de escolaridade realça-se o peso do número de inscritos com nível de escolaridade superior, correspondente a 9,5%, e nível de escolaridade Secundária com um peso de 20,5 % . Na análise do número de desempregados inscritos devemos ter em conta o critério de registo do desempregado, que é feito atendendo ao seu local da residência e não ao concelho onde desenvolvia a sua atividade. AVE – Como é a situação do emprego no concelho relativamente à realidade circundante? MH – Os desempregados inscritos no Centro de Emprego de Valongo refletem não só o emprego extinto no concelho mas também o emprego extinto nos concelhos limítrofes da Área Metropolitana do Porto. O crescimento populacional de Valongo tem sido influenciado pela atratividade de condições de residência, infraestruturas de apoio, conjugado com boas acessibilidades, permitindo a fixação de um crescente volume de população ativa que está na sua generalidade disponível para oportunidades de emprego fora do Concelho.

Iniciativas em curso AVE – Quais as iniciativas em curso para promover o emprego no concelho? MH – O atual contexto de desemprego crescente e a grave crise económica que o País atravessa dificultam a atuação dos Centros de Emprego, nomeadamente no processo de ajustamento entre a oferta e a procura de emprego. Apesar da conjuntura presente, o Centro de Emprego de Valongo, pretende fortalecer a aplicação das medidas ativas de emprego e formação profissional que reforcem a competitividade das empresas através do aumento de empregabilidade dos atuais desempregados e da melhoria de qualificações dos seus trabalhadores, procurando ainda corresponder às permanentes necessidades do mercado de trabalho, através de reforço da atuação e da cooperação com os agentes públicos e privados. Entre estas iniciativas conta-se com a medida Estímulo 2012, que disponibiliza incentivos à contratação de desempregados inscritos há pelo menos seis meses nos Centros de Emprego, conjugada com formação profissional em contexto de trabalho/Entidade Certificada. Temos igualmente a Iniciativa Impulso Jovem, através

das medidas Passaporte Emprego, que são Estágios com a duração de 6 meses, destinados a jovens desempregados inscritos nos Centros de Emprego há pelo menos 4 meses conjugando também eles a prática em contexto de trabalho com formação profissional adequada à atividade a desenvolver. A medida de Apoio à Contratação via Reembolso da Taxa Social Única visa permitir à empresa candidatar-se ao reembolso, total ou parcial, das contribuições obrigatórias para a segurança social pagas, quando celebre contrato trabalho, a

tempo completo, com jovens com idade entre os 18 e os 30 anos, inscritos como desempregados há pelo menos 12 meses consecutivos. Ao nível da formação profissional, a modalidade de intervenção Vida Ativa, consiste numa resposta de qualificação com o objectivo, por um lado de proceder ao ajustamento entre os Planos Pessoais de Emprego (PPE) e o potencial e necessidades individuais de cada candidato, para a melhoria da sua empregabilidade, e por outro de potenciar o regresso ao mercado de trabalho de desempregados,

através de uma rápida integração em ações de formação de curta duração, que permitam a aquisição de competências relevantes, ou a valorização das competências já detidas. Para a aplicação destas medidas, o Centro de Emprego disponibiliza aos utentes e aos empresários apoios técnicos, financeiros e logísticos procurando potenciar essa empregabilidade. Cumulativamente o Centro de Emprego de Valongo, programou e está a executar um conjunto de sessões de divulgação das medidas e apoios do


31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

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Emprego DESEMPREGO – QUANTO À DURAÇÃO Ano

Género

Tempo de inscrição

Situação face ao emprego

TOTAL

Homens

Mulheres

< 1ano

1 ano e +

1º Emprego

Novo Emprego

Ago 2012

4 436

5 176

5 309

4 303

819

8 793

9 612

Ago 2008 Ago 2004

2 064

3 524 3 444

3 201 3 217

2 387 2 820

372 281

5 216 5 756

5 588 6 037

Superior

TOTAL

2 593

DESEMPREGO – POR NÍVEIS DE ESCOLARIDADE Ano

IEFP junto dos empresários promovendo também por esta via a aproximação entre o Centro de Emprego de Valongo e os empresários do Concelho. Plataformas de informação AVE – Quais as plataformas de informação postas ao dispor dos interessados? MH – O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP, IP) dispõe de um site institucional – http://ww.iefp.pt que disponibiliza informação

completa, pertinente e gratuita a todos os interessados; Disponibiliza ainda o portal http://www.netemprego.gov.pt que permite através do registo do candidato ou da entidade, a colocação do CV e de Ofertas de Emprego, bem como a possibilidade de candidatura eletrónica às diversas medidas. Ao nível regional, o IEFP estabeleceu, ao nível da comunicação social regional e local (jornais e rádios), parcerias para a divulgação das Ofertas de Emprego [como visto em texto da página anterior].

< 1º Ciclo EB 1º Ciclo EB 2º Ciclo EB

3º Ciclo EB

Secundário

Ago 2012

288

2 385

1 886

2 170

1 971

912

9 612

Ago 2008 Ago 2004

209

1 865

1 254

979

812

469

5 588

251

2 123

1 587

830

894

352

6 037

55 e +

TOTAL

DESEMPREGO – POR GRUPOS ETÁRIOS Ano Estatísticas Oficiais IEFP

< 25 anos

25-34 anos

35-54 anos

Ago 2012

1 337

2 168

4 690

1 417

9 612

Ago 2008 Ago 2004

706

1 299 1 605

2 612

971

5 588

1 007

2 443

982

6 037

Iniciativas LC

Face ao quadro calamitoso das políticas económicas que facilmente se depreende da evolução que acima se regista, os técnicos do IEFP têm procurado desenvolver algumas medidas potencialmente fomentadoras do emprego. É o caso, por exemplo, do Apoio à Contratação via Redução da Taxa Social Única, dirigida aos empregadores e que consiste no reembolso total ou parcial das contribuições obri-

gatórias para a segurança social, quando aqueles celebrem contrato, de trabalho, a tempo completo, com jovens de idade compreendida entre os 18 e os 30 anos, inscritos como desempregados há pelo menos 12 meses consecutivos. O objetivo apontado é: • Promover o crescimento do emprego dos jovens; • Esbater a segmentação existente no mercado de trabalho; • Incentivar a contratação de jovens desempregados de longa duração;

• Reduzir os encargos financeiros associados às contratações; • Fomentar a criação líquida de postos de trabalho. O apoio consiste em 100% do valor da TSU para contratos de trabalho sem termo e de 75% do valor da TSU para contratos de trabalho a termo certo. O prazo máximo da duração do apoio é de 18 meses e não pode exceder 175 euros mensais. Outra medida é o Passaporte Emprego, que consiste na oferta de estágios com uma componente de formação pro-

fissional, tendo em vista melhorar o perfil de empregabilidade dos jovens, promover a sua inserção ou reconversão profissional e, simultaneamente, promover o conhecimento de novas formações e competências junto dos empregadores, de forma a estimular a criação de emprego em novas áreas. É uma medida dirigida a jovens à procura de emprego, entre os 18 e os 25 anos, ou até aos 30 anos, caso tenha obtido uma qualificação profissional há menos de três anos.

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de dados do Instituto de Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se, dirija-se ao Centro de Emprego indicado no portal http://www.netemprego.gov/pt utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.


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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Cultura

Exposição histórico-documental sobre a Linha do Douro e do Minho FILIPE CERQUEIRA

Esteve patente no Fórum Cultural de Ermesinde até ao dia 28 de outubro, em parceria com a AVAFER - Associação Valonguense dos Amigos da Ferrovia, uma exposição histórico-documental sobre a Linha do Douro e do Minho, composta por fotografias e telas do pintor Ferreira da Silva. Teve afluência de público interessado, curioso e conhecedor da matéria. Quanto aos quadros do pintor Ferreira da Silva – formado em Engenharia Eletrotécnica e de Máquinas no Instituto Industrial do Porto (atual ISEP), e dedicando-se à pintura como um

puro autodidata – apresentavam sinteticamente os traços gerais, mais ou menos fiéis à realidade, das estruturas antigas de algumas estações e profissões. A estação de Ermesinde foi remodelada em 2001, com o Projeto Norte que introduziu as ligações urbanas do Porto tal como hoje o são. O reservatório de água desapareceu. O desenho arquitetónico foi bastante polémico e ainda hoje é pouco funcional: tem umas belas vistas do céu mas correntes de ar frio no inverno para quem está nas plataformas e, ainda, uma cor bastante escura para um túnel, por causa daquele chão quase preto, algo que contrasta com a frescura branca e lumino-

Estação de Ermesinde. Pintura de Ferreira da Silva

sa das antigas instalações. Quando foi construída em 1875 tinha "apenas" as linhas do Douro e Minho e foi escolhida para a bifurcação destas por ser um local despovoado, tendo em 1931 sido construída a linha de Leixões. Linha esta que teve uma reabertura efémera entre fins de 2009 e princípio de 2011. Outros casos de mudança drástica de visual são o da estação de Braga e de Contumil; nos arredores desta construíram-se as instalações da EMEF – empresa de manutenção de equipamento ferroviária – responsável pela manutenção dos comboios. Em Campanhã, a nova estação foi construída aproveitando

parte da original, a fachada. É aqui que os comboios interregionais têm um edifício próprio separado dos urbanos, o edifício que fica entre o Metro e a estação de Campanhã propriamente dita. Entre outras estruturas temos em Contumil dois edifícios: a torre de controlo da estação e o Centro Operacional do Porto (edifício azul). Na rua Pinheiro de Campanhã junto às Moagens Ceres funciona a Região Operacional Norte e perto da estação de General Torres funciona a Direção de Construção da Refer. Um caso paradigmático de manutenção das instalações é o de Rio Tinto, em que se pode visualizar, ainda, um painel de azulejos que evoca a lenda da

Estação de Ermesinde. Outra pintura de Ferreira da Silva

CONDURIL -

origem do Rio Tinto. Agora tem uma parte da estação como posto da PSP, a 4ª Esquadra de Investigação Criminal, mas mantém todo o ordenamento territorial adjacente antigo, com o largo à entrada e estruturas habitacionais e de comércio. O número de linhas manteve-se, mas supostamente deveriam estar a decorrer obras para o seu aumento para quatro, de Campanhã a Ermesinde. Foi ainda possível ver fotografias de belíssimas paisagens, tal como relembrar terras como Régua, famosa pelos seus rebuçados, e que antigamente tinha ligação para Vila Real através da linha do Corgo, que foi

definitivamente encerrada a 1 de janeiro; Vidago, famosa pela sua água e cuja estação estava integrada na Linha do Corgo e foi construída em frente ao Vidago Palace Hotel, que é onde funcionam as termas desta cidade. De relembrar que a primeira viagem de comboio em Portugal, entre Lisboa e o Carregado, se realizou a 28 de outubro de 1856 e que ainda hoje se mantém o modo de circulação dos comboios pela esquerda em homenagem à origem britânica; originalmente todos os países o faziam deste modo, tendo Portugal alterado a circulação automóvel para condução à direita em 1928. “A Voz de Ermesinde” em muito agradece ao estudante de Engenharia Mecânica e apaixonado por esta temática dos caminhos de ferro, o ermesindense Pedro Teixeira, o apoio científico e a prestável colaboração.

Estação de Campanhã. Pintura de Ferreira da Silva

CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.


31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Desporto

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Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N.º 897 • 31 de outubro de 2012 • Coordenação: Miguel Barros

Momentos de glória vividos em tempos de crise FOTOS MANUEL VALDREZ

A situação económico-financeira do CPN continua a ser preocupante - conforme ficou expresso na última Assembleia Geral do clube - mas em contraponto no plano desportivo o emblema da nossa freguesia está a ter um ano de 2012 memorável! É caso para perguntar: quem disse que o dinheiro traz felicidade?

Ermesinde coloca um ponto final num dos inícios de campeonato mais ne gros da sua história neg Uma vitória por 4-3 no reduto do Perosinho - em jogo a contar para a 7ª jornada da Divisão de Honra da A.F.Porto - marcou o fim de uma série de seis jogos consecutivos sem qualquer vitória.


II

A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Desporto

BASQUETEBOL

CPN invicto em três escalões! FOTO CPN/BASQUETEBOL

Absolutamente imaculado o percurso das camadas jovens do CPN nos campeonatos distritais de basquetebol que arrancaram em finais de setembro passado. Nos três escalões de formação em que se encontra a competir o emblema de Erme-

sinde só conheceu vitórias até à data (!), facto que faz com que nos topos das respetivas classificações o nome do CPN apareça destacado… e isolado. Tendo iniciado o seu percurso a 2 de outubro passado, as juniores cepeenistas levam por esta altura

disputados cinco jogos na Série A da 1ª fase do Campeonato Distrital da citada categoria, todos traduzidos em triunfos inquestionáveis, como foi o caso do encontro do passado domingo (28 de outubro), dia em que o CPN se deslocou ao pavilhão do Maia Basket em jogo alusivo à 5ª ronda do certame. 7420 foi o resultado final de uma partida onde as ermesindenses continuaram a dar sinais de claro crescimento, evidenciando uma robusta solidez defensiva aliada a um forte desempenho ofensivo que vai melhorando de jogo para jogo. Antes desta vitória o CPN venceu o Académico do Porto por 61-49 (1ª jornada), o Desportivo da Póvoa por 75-55 (2ª jornada), o Lousada por 75-43 (3ª jornada), e o NCR

Valongo por 69-65 (na 4ª jornada). Em termos classificativos a equipa da nossa freguesia é primeira classificada, com 10 pontos somados. Igual performance têm tido as cadetes e as iniciadas. As primeiras levam quatro vitórias noutros tantos encontros disputados na Série A do respetivo campeonato distrital. A última delas aconteceu no sábado passado (27 de outubro) na Póvoa de Varzim, ante o Desportivo local, por expressivos 105-51. Um resultado que traduz uma entrada agressiva das cepeenistas que chegaram ao intervalo com a vitória praticamente garantida na sequência de uma confortável vantagem de 58-23. A segunda parte foi pois um passeio, tendo o CPN apro-

veitado para testar opções defensivas e ofensivas diferentes com vista aos próximos compromissos. Como já fizemos referência esta foi a quarta vitória da turma de Ermesinde na prova, tendo a primeira ocorrido a 7 de outubro ante o NCR Valongo por 59-49 no arranque do campeonato. As vítimas que se seguiram foram o Coimbrões – derrotado na 2ª jornada por 79-29 – e o Guifões – derrotado na jornada número 3 por 88-30. O CPN lidera esta série de forma isolada com 8 pontos. Por seu turno, as iniciadas não dão tréguas à concorrência na Série A da 1ª fase do campeonato do respetivo escalão, que neste último fim de semana de outubro conheceu o encerramento da primeira

volta. Em cinco encontros realizados o CPN venceu todos, tendo o último triunfo acontecido no sábado, em Ermesinde, diante da Juvemaia, por claros 101-16! Expressivas têm sido aliás quase todas as vitórias das propagandistas neste escalão, senão vejamos: Na 1ª ronda bateram o Bolacesto por 98-27, na 2ª derrotaram fora de portas o Póvoa por 88-43, e na 3ª venceram em casa as vizinhas do NCR Valongo por 74-30, enquanto que a vitória mais suada aconteceu na 4ª jornada no reduto do Coimbrões, por 79-74. Na tabela classificativa o CPN lidera isolado com 10 pontos. Impressionante, e ao alcance de muitos poucos clubes!

HÓQUEI EM PATINS

Associação Desportiva de Valongo é a equipa sensação do escalão maior do hóquei patinado nacional neste início de temporada Arranque explosivo, duas palavras que descrevem na perfeição o início da Associação Desportiva de Valongo no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de hóquei em patins. Em quatro encontros disputados até à data os valonguenses somam duas vitórias e outros tantos empates, sendo que neste último caso foram alcançados diante de dois pesos pesados do hóquei nacional, Benfica e Oliveirense. Mais do que estes bons resultados o Valongo vai mostrando de jogo para jogo atributos que por esta altura levam os críticos da modalidade a apontar esta equipa como candidata a alcançar um lugar de – muito – destaque entre a elite do hóquei luso no final de 2012/13. A ver vamos. Quanto a resultados o percurso dos valonguenses teve início a 13 de outubro passado, dia em que os Tigres de Almeirim saíram da sede do nosso concelho vergados a uma derrota por 5-0, em partida alusiva à 1ª jornada. Uma semana mais tarde a “chapa 5” foi de novo aplicada pelos hoquistas orientados por Paulo Pereira, desta feita no reduto do Turquel, histórico emblema que esta época esta de regresso ao convívio entre os grandes, e que na 2ª ronda seria derrotado pelo Valongo por 5-1, o resultado consequente de mais uma excelente atuação de todo o grupo de jogadores valonguenses. De facto, o coletivo tem sido neste início de temporada o ponto forte da turma do Valongo. Na partida ante o Turquel Nuno Araújo fez o primeiro golo dos forasteiros quando não havia sequer passado um minuto desde o apito inicial. Até ao intervalo o marcador não sofreu alterações. No reatamento João Souto ampliaria a vantagem aos 7 minutos, para 9 minutos volvidos Daniel Oliveira praticamente sentenciar a partida a favor do Valongo na sequência do terceiro remate certeiro da tarde. No entanto, a avalanche ofensiva dos forasteiros não se ficaria por aqui, e aos 22 minutos João Souto bisaria na partida, sendo que a um minuto do final o máximo goleador da equipa na temporada passada, Hugo Azevedo, fecharia as contas do jogo, isto já depois de Filipe Alexandre ter apontado o tento de honra do Turquel. E eis que no passado dia 20 o Pavilhão Municipal de Valongo registou uma enchente das antigas com a finalidade de rececionar os campeões nacionais em título, o Benfica, numa partida da 3ª jornada. Mais do que um grande espetáculo desportivo este encontro voltou a mostrar que o Valongo pode ser a equipa surpresa da época 2012/13. Uma equipa cujo forte e unido coletivo pode travar seja qual for adversário, como aliás ficou bem patente nesta receção aos campeões nacionais, que

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bem se podem dar como felizes por sair do nosso concelho com um ponto no bolso na sequência de um empate a 5 golos. E cedo se percebeu que nem Valongo nem Benfica queriam perder pontos, colocando em rinque jogadores aguerridos e determinados em procurar atingir com êxito a baliza adversária. E os primeiros a consegui-lo foram os encarnados de Lisboa, por intermédio de Marc Coy. Este golo parece ter dado um ânimo redobrado ao conjunto da casa, o qual ainda antes do intervalo chegaria à igualdade através de João Souto, atleta que viria a ser a estrela da tarde/noite, como mais à frente iremos perceber. No reatamento o Benfica passou novamente para a frente do marcador, e fê-lo em dose dupla, com dois golos, da autoria de João Rodrigues e de Tuco. Os da casa não baixaram os braços, e incentivados pela sua fervorosa falange de apoio chegariam à igualdade pouco tempo depois, graças a sticadas certeiras de João Souto e de Nuno Araújo, este último tento na sequência de um livre direto. A partida estava de loucos, e seria o Benfica a colocar-se de novo em vantagem, e mais um vez graças à inspiração de Marc Coy. Mas se o hoquista espanhol do Benfica parecia estar com o stick quente, do lado do Valongo João Souto era um autêntico diabo à solta para a defensiva forasteira. De livre direto o ex-jogador do FC Porto faria o 4-4, apontando assim o seu terceiro tento da tarde. João Rodrigues fez o 5-4 para os lisboetas, mas como se costuma dizer “até ao lavar dos cestos é vindima” e a exatamente 44 segundos do final João Souto – que curiosamente joga com o dorsal número 44 – faria de novo o gosto ao stick ao apontar o quinto golo da sua equipa, o quarto na conta pessoal, que selou o resultado num 5-5 final. No último sábado (27 de outubro) o Valongo superou outro duro teste, após ter alcançado uma preciosa igualdade a um golo no rinque de um dos candidatos ao título nacional, a Oliveirense. Resultado deste duelo que foi feito ainda durante a primeira parte, tendo o Valongo estado em vantagem na sequência de um contra-ataque finalizado por Daniel Oliveira, para pouco depois Tó Silva restabelecer a igualdade num jogo pautado pelo equilíbrio. Na tabela classificativa os valonguenses patinam nos lugares cimeiros, mais precisamente no 5º posto, com 8 pontos, menos dois que o trio de comandantes composto por FC Porto, Benfica e Oliveirense.

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31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Desporto

III

ASSEMBLEIA GEREAL DO CPN

Contas de 2011 foram aprovadas… mas situação económico-financeira ainda preocupa Aproximadamente três dezenas de associados aprovaram na noite da passada sexta feira (19 de outubro) o Relatório de Contas e Atividades – e respetivo parecer do Conselho Fiscal – do CPN, referente ao exercício do ano de 2011. Um documento que reflete a dura realidade na qual vive o clube ermesindense, uma realidade onde as dificuldades de ordem económica saltam à vista, provocando dores de cabeça a uma jovem Direção que contra a maré tem tentado levar a nau cepeenista a bom porto. E por falar em Direção é de sublinhar que pela segunda vez no atual mandato o elenco liderado por Paulo Sousa sofreu alterações, acontecendo desta feita o mesmo com o Conselho Fiscal, que em bloco (!) se demitiu recentemente, obrigando à nomeação de novos elementos. E porque nem tudo são problemas o CPN foi galardoado – também recentemente – com o Prémio de Clube do Ano (no setor feminino) pela Associação de Basquetebol do Porto. Todos estes assuntos tiveram eco na última Assembleia Geral (AG) do clube de Ermesinde. MIGUEL BARROS

«Difícil e recheado de obstáculos», palavras introdutórias do Relatório de Contas e Atividades apresentado pela Direção cepeenista aos associados do clube que descrevem o percurso do clube não só no ano de 2011 – ao qual o documento diz respeito – mas igualmente aos meses que 2012 já leva. Um período onde o elenco liderado por Paulo Sousa tem procurado, através de uma gestão rigorosa, encontrar soluções para a manutenção do complexo desportivo (e do próprio clube), e cumprir com todos os acordos celebrados para a regularização de dívidas herdadas de direções anteriores, e ao mesmo tempo evitar contrair outras. No ponto alusivo aos acordos de regularização de dívidas saliente-se o plano de pagamento de prestações que foi celebrado com a Segurança Social – cuja dívida é neste momento de 18 310 euros –, enquanto que para a manutenção e gestão do seu complexo desportivo o CPN tomou a decisão, recorde-se, de entregar essa tarefa a uma empresa privada, primeiro à Sentido Extra, e de há cerca de um mês a esta parte à Triplaforma. Apesar da constante luta contra esta encrespada maré de dificuldades, os números apresentados neste documento deixam transparecer que o CPN ainda se encontra muito distante de ancorar num porto de abrigo. De destacar que em 2011 houve um decréscimo de proveitos (passaram de pouco mais de 160 000 euros para aproximadamente 93 360 euros), enquanto que a dívi-

da à EDP Gás – um dos maiores credores do clube – cifra-se atualmente em cerca de 31 690 euros. Como credores do clube estão igualmente as próprias secções do mesmo, as quais reclamam uma dívida de quase 47 000 euros. Dado positivo, e muito relevante, prende-se com o passivo do clube, que registou um decréscimo de cerca de 14 000 euros. Dificuldades não impedem êxitos desportivos No meio desta turbulência há contudo que destacar outros pontos positivos – aliás, muito positivos – na vida do clube ao longo deste último ano e meio, sensivelmente. Pontos positivos vividos no plano desportivo, e que demonstram claramente que apesar deste momento complicado – no que toca às finanças – o clube continua cheio de garra, enaltecendo não só o seu nome como o da própria cidade, do concelho, e do país! Há que destacar neste ponto os títulos distritais alcançados pela Secção de Basquetebol durante a época de 2011/12, nos escalões de cadetes e iniciadas femininas. As excelentes prestações do basket cepeenista foram reconhecidas recentemente, tendo o CPN sido galardoado com o “título” de Clube do Ano (no setor feminino) por parte da Associação de Basquetebol do Porto. Para além disto viu o grande impulsionador da Secção, Agostinho Pinto, ser distinguido com o prémio de Treinador do Ano na área da formação pelo mesmo organismo distrital, e a atleta Francisca Meinedo vencer o prémio de Atleta do Ano no escalão de cadetes femininos. No andebol o CPN foi vice-campeão regional de iniciados, e no karaté viveu uma temporada

inolvidável, primeiro com a obtenção de títulos de campeão nacionais por equipas, e já em 2012 viu os seus atletas Diogo e Tiago Guincho brilharem a grande altura no Campeonato do Mundo de Karaté Shukokai, realizado em Atlantic City (Estados Unidos da América) ao serviço da Seleção Nacional. O mais velho dos irmãos Guincho, Tiago, sagrou-se vice-campeão mundial de kumite na categoria de 70 kg, ao passo que Diogo foi campeão do Mundo de kumite na categoria de 75 kg. Êxitos que seriam enaltecidos nestaAG, primeiro pela presidente da mesa deste órgão, Luísa Paupério, que proporia um voto de louvor à Secção de Basquetebol do clube e muito em particular ao treinador Agostinho Pinto, e ao seccionista Renato Horta, pelo dedicado e laureado trabalho que ambos têm levado a cabo no clube, e em seguida o associado Raul Santos faria a mesma sugestão para a Secção de Karaté, com particular realce para o treinador Carmindo Paiva. Aceites de forma unânime, como seria de esperar, estas menções foram seguidas de fortes salvas de palmas por toda a assembleia. No sentido de modernizar a comunicação do clube, a Direção deu conta do processo de finalização do novo sítio oficial na internet, uma plataforma que segundo os dirigentes cepeenistas irá permitir uma melhor comunicação com os associados. No relatório da Direção destaca-se ainda a alusão ao esforço que esta tem feito ao promover contactos com várias empresas no sentido de conseguir uma ajuda financeira extra, bem como a colaboração com a Câmara Municipal de Valongo, colaboração esta que permitiu ao CPN resolver um problema de inundação que afetava todo o seu complexo sempre que chovia com mais intensidade.

Terminada a apresentação do relatório passou-se à discussão do mesmo, tendo o sócio Jorge Gonçalves colocados algumas questões e reparos de ordem técnica sobre o documento. Entre outras o associado questionou a Direção sobre se esta tinha suporte contabilístico das dívidas às secções, recordando que no seu tempo de dirigente do clube muitas dessas dívidas eram reclamadas apenas de forma verbal! O conhecido associado aconselhou pois a Direção a procurar provas reais da existência dessas dívidas, salientando que caso esta procedesse a uma investigação profunda sobre esta rubrica iria encontrar muitas surpresas! O conselho foi acatado por Paulo Sousa e seus pares, que prometeram trazer à próxima AG novos desenvolvimentos sobre o tema. Posteriormente seria lido o parecer – favorável – do Conselho Fiscal sobre o exercício de 2011, um documento onde este órgão sublinhou que apesar de todas as medidas implantadas pela Direção do clube no sentido de dar viabilidade económica e financeira ao mesmo, é notório que a situação económica do CPN continua a ser muito preocupante, como demonstram os números apresentados – e sobre alguns dos quais já fizemos eco no início deste texto. Conselho Fiscal (CF) que estaria em destaque nesta AG de 19 de outubro, não só pelo facto de nenhum dos seus membros ter marcado presença na sessão mas, sobretudo, por estes terem recentemente apresentado a sua demissão em bloco (!), alegando motivos de ordem pessoal – de cada um dos seus três elementos! Mais do que esta decisão, a ausência dos membros do CF causou alguma estranheza e indignação em alguns dos associados presentes, sendo um deles Jorge Gonçalves, que na hora de votar o Relatório de Contas e Atividades e o respetivo Parecer do Conselho Fiscal alusivo ao exercí-

FOTO MANUEL VALDREZ

cio de 2011, acenou com um voto contra, reprovando a atitude do órgão demissionário em não fazer comparecer nenhum dos seus elementos numa assembleia onde as contas do clube se encontravam em análise e votação. Apesar desta contestação os documentos seriam aprovados pela maioria, com 16 votos favoráveis, 10 abstenções, e 2 votos contra.

A eleição

dos novos corpos gerentes Seguiu-se na Ordem de Trabalhos o ponto alusivo à nomeação de um novo elemento para a Direção e a eleição de um novo CF. Para a Direção entrou Dulce Lourinha, em substituição de Rui Machado, elemento este que usaria da palavra para justificar a sua demissão, sustentando que motivos de

ordem pessoal e profissional estiveram na origem da sua decisão, ressalvando no entanto o orgulho que sentia em ter feito parte da atual Direção, deixando em seguida rasgados elogios a todo o elenco diretivo, com particular destaque para Paulo Sousa, pela postura incansável que este tem patenteado no sentido de encontrar soluções para os problemas do clube. O presidente agradeceu a colaboração do agora vicepresidente demissionário, desejando-lhe as maiores felicidades para uma resolução breve dos seus problemas. Para o CF foram propostas os nomes de Rui Freitas (para o lugar de presidente), Abílio Moreira, e Luís Meireles. Colocadas à votação – por voto secreto – ambas as propostas para a eleição de novos corpos gerentes foram aprovadas por maioria, com 25 votos favoráveis e com uma abstenção.

Suplemento de “A Voz de Ermesinde” (este suplemento não pode ser comercializado separadamente). Coordenação: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez. Colaboradores: Agostinho Pinto, João Queirós e Luís Dias.


A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Desporto FUTEBOL

À sétima foi de vez… Ermesinde alcança a primeira vitória no campeonato E eis que à 7ª jornada do Campeonato Distrital da Divisão de Honra o Ermesinde sentiu pela primeira vez na atual temporada o doce sabor da vitória. Um feito conseguido no reduto do Perosinho, no passado domingo (28 de outubro), num autêntico jogo de loucos entre duas equipas que se encontram posicionadas na cauda da tabela classificativa, e como tal precisam urgentemente de pontos como do “pão para a boca”. 4-3 a favor dos verde e brancos, agora orientados por Jorge Abreu, técnico que à 5ª jornada substituiu Luís Magalhães, que não resistiu à série inicial de maus resultados. Em seguida passamos a revista dos quatro encontros disputados pelos ermesindistas neste mês de outubro, uma série que começou envolta em nuvens negras – com uma sequência de três derrotas consecutivas – mas que terminou com a luz da esperança a brilhar na sequência do triunfo em Perosinho. O Ermesinde visitou no passado dia 28 o Perosinho em jogo a contar para a 7ª Jornada do Campeonato Distrital da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto. Com os reforços Bruno e Hemery no “onze” inicial, o clube da nossa cidade entrou em campo mais uma vez com pouco fulgor. Cedo o Perosinho se adiantou no marcador e quando se encontrava já a ganhar por 2-0 o seu guarda redes decide oferecer um brinde aos forasteiros, ao deixar passar a bola por baixo das pernas e desta forma reduzir a vantagem da sua equipa para um golo. Pouco depois Pigo estreou-se a marcar com a camisola do Ermesinde, depois de muita passividade da defesa caseira. Contudo, este empate não iria durar muito tempo, já que ainda antes do descanso o Perosinho recolocou-se em vantagem. Na segunda parte um Ermesinde batalhador dá a volta ao resultado com muita magia. De novo Pigo, e de seguida Hugo, fizeram os golos da reviravolta, com um pouco de sorte à mistura, e com muita ajuda do guardião da casa, que teve uma tarde verdadeiramente desastrosa. Grande recuperação da equipa verde e branca que manteve sempre os olhos no objetivo de conquistar os três pontos. Apesar desta vitória o Ermesinde continua instalado no incómodo último lugar da tabela, agora com 4 pontos somados. Responsáveis pela primeira vitória da equipa da nossa freguesia foram os seguintes jogadores: Pedro Magalhães, Castro, André Ribeiro, André Vale e Delfim, He-

mery, Bruno, Guedes e Borges, Sousa e Luis Pigo. Treinador: Jorge Abreu. MÁRCIO CASTRO

Canidelo aplicou a “chapa 3” nos Sonhos A terceira derrota caseira da época aconteceu a 21 de outubro último, quando em partida (na imagem de cima) alusiva à 6ª ronda o Ermesinde sucumbiu diante do Canidelo por 1-3. Os primeiros minutos do jogo foram equilibrados, e a primeira vez que os visitantes foram à baliza adversária marcaram golo. Decorria o minuto 18 quando Rabaça, completamente só na grande área, só teve de cabecear subtilmente para o fundo da baliza aproveitando a desconcentração da defensiva da casa e a baixa estatura do guardião ermesindista. O clube anfitrião não conseguiu reagir como se esperava e foi novamente a equipa visitante que, apostada no ataque, chegou 10 minutos depois ao 2-0, na conversão de uma grande penalidade a castigar a mão na bola do defesa Dias. A perder por dois golos sem resposta à meia hora de jogo, os visitados resolveram atacar um pouco mais e, a cinco minutos do intervalo, conseguiram reduzir para 1-2, por intermédio de Rui Pedro, também na conversão de castigo máximo. Na segunda parte o Ermesinde tentou ir em busca do prejuízo para ver se construía um resultado positivo, mas revelou muitas dificuldades e o jogo continuou a correr-lhe mal. E tudo piorou, quando a mais de meia hora do fim, Rui Pedro, viu o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho. Mesmo assim, os ermesindistas não baixaram os braços, nem quando aos 85 minutos, o árbitro marcou uma segunda gran-

de penalidade a favor do Canidelo que, Rabaça, mais uma vez transformou em golo. Contra a força e domínio do Canidelo este Ermesinde não mostrou argumentos para construir um resultado mais positivo. A arbitragem cometeu alguns erros, mas não lhe pode ser imputada mais esta derrota caseira do Ermesinde. No duelo ante o Canidelo o Ermesinde alinhou com: Eriksson; Castro, Guedes, Dias e Delfim; André Vale, Luís Pigo e Sousa (Miguel, aos 61m); Borges, Rui Pedro e Hugo (Flávio, aos 45m). Treinador: Jorge Abreu LUÍS DIAS

Chicotada psicológica não surtiu efeito Não surtiu o efeito esperado a troca de treinador na equipa principal do Ermesinde. Jorge Abreu, vindo do Barrosas, ocupou o lugar deixado por Luís Magalhães, técnico que não aguentou a série de maus resultados averbada neste início de campeonato. No entanto, Abreu, que enquanto jogador já vestiu a camisola do Ermesinde, não teve a melhor das estreias, já que em jogo – disputado no dia 14 – alusivo à 5ª jornada do Campeonato Distrital da Divisão de Honra saiu derrotado, por 0-3, na deslocação ao Estádio do Tourão, o reduto dos Dragões Sandinenses. O Ermesinde voltou a entrar mal no jogo (na imagem de baixo), e quando o árbitro ainda mal havia dado o apito inicial os Sandinenses correram de imediato para a baliza visitante, ganharam um canto, e na sequência desse canto Jesus cabeceou para o fundo da baliza! O Ermesinde entrava a perder quando ainda não estava decorrido sequer o primeiro minuto de jogo. Um cenário muito semelhante ao do encontro anterior.

FOTO MANUEL VALDREZ

Posto isto os ermesindistas atacavam como podiam, chegando a rondar sem perigo a baliza da casa. Cerca da meia hora de jogo os Dragões Sandinenses voltam a marcar, numa réplica exata da do primeiro golo, ou seja, canto do lado esquerdo, e de cabeça Bruno Gomes a subir a parada para dois golos de diferença. Dois minutos depois Dias faz carga de ombro na área a Nuno Silva, sendo que na sequência dessa infração o arbitro amarela Dias e assinala grande penalidade. Rui Sousa encarregue de marcar o castigo máximo não falha.A partir deste momento pouco ou nada mais se viu do jogo até ao intervalo em termos de jogo jogado por assim dizer, tendo a única nota de realce sido a expulsão do ermesindista Leça, após uma agressão a um jogador da casa. Na segunda parte nada mais há a registar, a não ser muitas faltas, e pouco futebol. De sublinhar ainda que este foi o primeiro jogo do reforço verde e branco Luís Pigo, o qual entrou ao intervalo e parece estar recuperado da lesão. No encontro de Sandim o Ermesinde alinhou com: Pedro Magalhães, Castro, André Ribeiro, Dias (Flávio, aos 46m), Delfim, Rui Pedro (Morangos, aos 77m) Guedes (Pigo, aos 46m), André Vale, Leça, Sousa (Hugo, aos 55m) e Borges. Treinador: Jorge Abreu. MÁRCIO CASTRO

FOTO MÁRCIO CASTRO

Descida aos infernos A 7 de outubro a turma da nossa freguesia somava a sua terceira derrota na competição. Desaire registado no reduto do Serzedo, em partida referente à 4ª ronda, e face a isto desceu ao último lugar do certame. O clube das argolas até entrou bem, e mostrou que queria sair de V.N. Gaia com o primeiro resultado positivo da época que ainda agora começou. Mas o Serzedo tinha outra ideia em mente, e assim que se aproximou pela primeira vez da baliza do Ermesinde, Hélder marca o primeiro golo da tarde, colocando os homens da casa em vantagem. Após o lance do golo, Hélder, na sequência de um corte, lesiona-se com gravidade e tem de ser substituído. Logo a seguir, Hugo remata ligeiramente por cima da baliza à guarda de César. No lance posterior Leça faz uma espetacular abertura para Borges que com muita classe atira para o fundo da baliza dos visitados, repondo o empate, e alguma justiça no resultado. Instantes depois surge a primeira grande penalidade a favor do Ermesinde, bem assinalada, diga-se de passagem, mas Leça permitiria a defesa de César. O jogo decorria com grande equilíbrio de parte a parte, mas o Ermesinde era quem mais e melhor construía. Novamente Leça, num

remate com muito efeito, envia a bola ao poste, quando César já estava batido. Na segunda parte o Serzedo entra transfigurado, e em dois lances de ataque mata o jogo. Primeiro na sequência de um livre em que a bola passa por toda a gente, e ao segundo poste, Pedro Gabriel, recém-entrado, remata com muita violência para o fundo da baliza de Pedro Magalhães. Depois João Reis, cara a cara com o guardião forasteiro, só tem de escolher o lado. E assim em apenas um minuto o Ermesinde passa a ter um grande problema entre mãos. Apesar do resultado, e da exibição no início da segunda parte não ser a melhor, o azar persistia. Saíam Dias e Guedes, e para os seus lugares entram Flávio e Rui Pedro, e logo na primeira vez que Flávio toca na bola, envia-a com toda a força contra a barra da baliza gaiense. Pouco depois, nova grande penalidade a favor dos forasteiros. André Ribeiro, encarregue da marcação, bate bem, mas a bola sobe ligeiramente e bate na barra. O árbitro levanta a placa com quatro minutos adicionais, minutos esses que foram passados com os visitados a queimar tempo.


31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Cultura

FOTOS URSULA ZANGGER

Festa das escolas da AACE sucedeu a noite de teatro LC

O fim de semana de 19 a 21 de outubro foi ocasião para a Associação Académica e Cultural de Ermesinde (AACE) apresentar dois espetáculos, o primeiro nas noites de sexta e sábado, 19 e 20, da responsabilidade da sua companhia teatral, Casca de Nós, e o segundo, na matiné de domingo, da responsabilidade das suas várias escolas – atuaram a Escola de Música, a Escola de Cavaquinho, a Escola de Danças de Salão e a Escola de Hip Hop. Com base em textos de Anton Tchekhov (adaptação de “Os Malefícios do Tabaco”), e

Abel Neves (“O Ponto e Sua Excelência”), o Casca de Nós apresentou “Os Nioukhine Ponto”, um espetáculo com encenação e adaptação de Frederico Silvestre, que contou com a interpretação do mesmo – muito bem enquanto ator e com alguns toques preciosos na encenação e figurino da primeira parte da peça (“O Ponto...”), mas ainda assim passando com dificuldade a ideia da colagem destas peças. Interpretações ainda de Adelaide Vicente (exclusivamente gestual), Bruno Sousa, Diogo Ferreira, Hermínia Carvalho e Paulino Laranjeira, um naipe de atores um pouco desigual, com algum trabalho de voz

a ser exigido, no futuro, ao primeiro ponto. Muito belo o acordeão de Domingos Lima, numa composição sua, que veio enaltecer a qualidade da peça. O desenho de luz foi de José Manuel Cunha e a operação de luz e som de Fernando Carvalho. A Festa das Escolas Quanto ao espetáculo das escolas, teve início com a Escola de Música, dirigida por Alexandre Matos, o qual fez também participar alguns antigos alunos, a par de outros mais jovens, e

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que arrancou fortes aplausos quando Jimi Hendrix – o comedor de guitarra – foi recordado numa vibrante interpretação, passando depois, e ainda antes do intervalo, a palavra à Escola de Cavaquinho, dirigida por Filipe Fernandes, espetáculo que foi prejudicado por deficiências técnicas alheias à Escola e que terão protelado o início da sua atuação e, de certo modo, prejudicado a serenidade dos artistas. O mestre manteve, contudo, a boa disposição perante todas as adversidades, mesmo quando um final não saiu a 100%. Após o intervalo foi a vez da Escola de Danças de Salão,

dirigida por Fernando Miguel, que fez uma exibição com as suas duas turmas, que recriaram danças mais contidas ou mais mexidas, em que, em alguns dos pares em particular, se vislumbrou o deleite do casamento do corpo com a música. O mestre fez aqui um apelo aos cavalheiros que queiram juntar-se às Danças de Salão, para não hesitarem, já que terão à sua espera companheiras de dança simpáticas e formosas... O final do espetáculo pertenceu à Escola de Hip Hop, dirigida por Isabel Iglésias, e em que os jovens artistas exibiram grandes dotes atléticos e rítmi-

cos. A performance da Escola de Hip Hop foi muito bem concebida, pretendendo homenagear várias décadas do século XX com coreografias e figurinos a condizer, respondendo a um texto introdutório a propósito apresentado por um jovem leitor. Alberto Mateus, presidente da Direção da AACE, fez um agradecimento final aos professores, exemplares no seu empenho, à Câmara Municipal de Valongo, aos técnicos. Pais e associados estariam também de parabéns. Pela nossa parte agradecemos a referência e agradecimento iniciais feitos à presença do jornal “A Voz de Ermesinde”.

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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

História

O último 5 de Outubro – a comemoração “envergonhada” Ainda está bem viva na nossa memória a celebração festiva do Centenário da República, há apenas dois anos, que ficou marcado por iniciativas que tiveram lugar um pouco por todo o país, independentemente da cor política de cada município. Bem dentro do espírito republicano, de há 102 anos atrás, o povo foi chamado à festa e participou, porque a vitória de 1910, só foi possível por ter representado a união de praticamente todo o povo, esperançado em melhores dias para os portugueses e para a sua Pátria, sobretudo quando os monárquicos quiseram voltar ao poder, com as violentas incursões de Paiva Couceiro ou a dramática Monarquia do Norte. .

MANUEL AUGUSTO DIAS

triunfo da Revo. lução não foi fácil e estima-se que morreram nos confrontos de 4 e 5 de outubro de 1910 cerca de 200 pessoas. A sua iniciativa ficou a dever-se, conjuntamente, ao Partido Republicano, à Carbonária e à Maçonaria. Entre os operacionais da Rotunda, o destaque vai para o Comissário Naval Machado Santos, considerado, por isso mesmo, o “pai da República” que está para o “5 de Outubro” como Salgueiro Maia esteve para o “25 de Abril”. A decisão de se dar início à Revolução foi tomada cerca das 20 horas do dia 3 de outubro, quando José Relvas se dirigiu, com cerca de 50 revolucionários, militares e civis, à Rua da Esperança, 106, 3.º andar, não muito longe da atual Praça do Município. Reunidos em casa do advogado republicano Eusébio Leão, ficou decidido começar a Revolução à 1 hora da madrugada de 4 de outubro. Cândido dos Reis terá afirmado: “A Revolução ou se faz esta noite ou não se faz!». A Comissão de Resistência reuniuse nessa mesma noite no Centro de S. Carlos, e ficou definitivamente resolvido que a Revolução se iniciasse no dia 4 de

FOTO ARQUIVO MAD

outubro à uma da machamada do povo à codrugada. responsabilidade da gesE depois, apesar de tão da “coisa pública”. alguns momentos de Mas se alguns portuhesitação, a verdade é gueses mantêm o gosto que a Revolução se fez pela folclórica monare o povo português quia, também para esses, veio para a rua, regozicomo para todos os porjar-se com o êxito, contugueses, o 5 de Outufirmado na manhã do bro, mas de 1143, é data dia 5 de outubro, quanimportante porque mardo o novo regime foi ca o início oficial da solenemente proclamaportugalidade, com a asdo por José Relvas à sinatura do Tratada de multidão que se juntou Zamora, entre D. Afonna Praça do Município, so VII e, seu primo, D. em Lisboa. Em quase Afonso Henriques. Astodos os outros concesim, o 5 de Outubro é lhos do país, nos dias duplamente importante seguintes, se repetiu a para a memória coletiva proclamação da Repúdo povo português! blica sempre com a preComo se pode terminar sença de muito povo e com o feriado do dia 5 manifestações de alede Outubro, um dia tão gria e de festa. importante para a HisÉ por tudo isto que tória da nossa Pátria? as últimas decisões do Porque não se há-de conpoder político acerca da tinuar a lembrar festivacomemoração do 5 de mente a data do Tratado 5 de Outubro de 2012 – fica para a história o içar da Bandeira com os Outubro são uma verde Zamora, que marca o castelos para baixo… gonha. início de Portugal como A primeira decisão Reino independente? crítica foi a de abolir este feriaPorque não se há-de festejar, do nacional. O atual regime é Hino nacionais nasceram com que a República significou a com o povo, o triunfo da Repúuma República, a Bandeira e o ela; o povo não pode esquecer politização do povo, ou seja, a blica?

A última decisão errada foi comemorar o “último” 5 de Outubro, ainda como feriado nacional, às escondidas do povo, no “Pátio da Galé”, um novo espaço nos corredores do poder, junto ao Terreiro do Paço! O 5 de Outubro e a República significam que numa democracia é o povo, previamente instruído e politizado no seu todo, que detém o poder, não aqueles em quem ele delega temporariamente esse poder. No último 5 de Outubro que começou com humilhação de se hastear a Bandeira Nacional às avessas, quando o povo tanto precisava de “falar” com os seus políticos, foilhe vedado o poder de dar opinião, de transmitir recados diretos aos seus governantes, de dizer que começa a chegar o momento de dizer basta. Basta de aumentar impostos, basta de continuar a privilegiar os poderosos, é tempo de refletir sobre a situação real que já é dramática para muitos. O povo português é o “melhor do mundo”, é verdade, mas também já é tempo de que o povo mereça dizer o mesmo dos seus políticos!

EFEMÉRIDES OUTUBRO e Ermesinde

O Rio Leça e Ermesinde evocados no Porto há 23 anos De facto, na primeira metade do século XX, a beleza do Rio Leça e das suas margens deu a Ermesinde a qualidade de uma terra que oferecia um excelente espaço de lazer para muitos portuenses que aqui vinham com regularidade semanal, graças aos bons meios de transporte (comboio e elétrico) que uniam a Capital do Norte à “Sintra do Porto”, como também ficou conhecida. O autor desta rubrica teve oportunidade de desenvolver este tema no Congresso “O Porto na Época Contemporânea”, que teve lugar no Ateneu Comercial do Porto, em outubro de 1989, e cujo texto foi mais tarde publicado em várias edições deste jornal. Aí se demonstrou que Ermesinde foi, efetivamente, uma importante estância

balnear e campestre do Porto, nos finais do século passado e até pelo menos à década de 1960. O Rio Leça era considerado, então, um dos mais belos e poéticos rios do Norte de Portugal, que entrava na literatura e poesia nacionais. Escritores, geógrafos e historiadores fizeram-lhe as mais elogiosas referências. Pinho Leal, João de Barros, André de Resende, Manuel Pereira de Novais, João Rodrigues de Sá e Meneses e, entre outros, Pedro Mariz, são alguns dos nomes dos homens das letras que se debruçaram sobre as belezas idílicas do Leça de outrora. O Rio Leça fez de Ermesinde uma estância balnear e campestre do Porto

FOTO ARQUIVO MAD


31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Crónicas

Profissões desaparecidas

NUNO AFONSO

o evocar profissões que conhecemos e que, há muito, desapareceram sei que alguém vai ser acometido por um sentimento aparentado à saudade. Na verdade, talvez não seja esse o termo adequado, talvez nostalgia corresponda melhor ao sobressalto do nosso coração porque o mundo em que vivemos é bem diferente daquele em que tais figuras existiram e o seu crepúsculo parece justificar-se sob a capa do progresso. Saudade, temo-la de nós próprios quando esses homens e essas mulheres faziam parte do nosso mundo em períodos de linhas imprecisas a que chamamos infância, juventude, mocidade. Fomos morrendo nós enquanto crianças, jovens, aspirantes a adultos. As pessoas que exerciam esses mesteres talvez tivessem mudado de rota quando os aldeões já não podiam garantir-lhes a subsistência e tenham procurado outros espaços ou diferentes ocupações para se manterem. Eram “de longes terras”, espécie de nómadas tais que mendigos ou ciganos, e acomodavam-se em palheiros ou cabanais (1) cedidos pelos moradores dos lugares por que passavam. Cada um de nós não deixou de ser criança de um momento para o outro, nem a juventude passou num ápice, os dias foram-se escoando, a bom rigor sem darmos conta, somaram anos, crescemos e, à medida que crescíamos, ocorreram inúmeras mudanças que determinaram alterações em nós próprios, nas pessoas que nos rodeavam, nos hábitos, nas condições de vida, nos relacionamentos interpessoais. Talvez não

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nos tenhamos apercebido logo de muitas dessas mudanças, foram acontecendo aos poucos, em certas ocasiões detetávamos algumas diferenças mormente quando aparecia alguém que não víamos durante algum tempo: “como cresceu o Carlos da tia Balbina!” comentávamos, esquecendo-nos de como nós próprios tínhamos mudado em idêntico período. Morria uma ou outra pessoa da nossa comunidade, partiam algumas para os grandes centros ou para terras distantes, trocavam-se cartas, «que terá acontecido ao Zé do tio Canalha que não tem escrevido (2)?», alguém perguntava em ajuntamentos sabendo, de antemão, que não obteria esclarecimento, praticavamse e multiplicavam-se atos diversos, melhoravam-se os caminhos, fazia-se a captação de águas para construir fontanários e tornar mais fácil e mais saudável a vida de todos, terras onde não ia um automóvel passaram a dispor de estrada e de comunicação mais fácil com a cidade, abriam-se novas perspetivas de emigração e dezenas de pessoas foram viver para a estranja. Em contrapartida, alguns serviços prestados por homens e mulheres que percorriam as aldeias vendendo, comprando, consertando produtos ou utensílios domésticos deixaram de ser necessários e, apercebendo-se de que escasseavam as oportunidades de negócio, mudaram de rumo e, provavelmente, de ocupação. Os habitantes das aldeias reduziram-se drasticamente e os que teimavam em manter-se mudavam os seus hábitos de consumo. A dado passo, o transporte público alargou-se às populações da área envolvente das cidades. A vida dos moradores alterou-se para melhor, os homens válidos que restavam podiam ir trabalhar em serviços urbanos regressando ao fim da tarde, crianças e jovens passaram a ter mais facilidade para seguirem estudos preparatórios e secundários, os moinhos, até há pouco indispensáveis para transformarem o cereal em farinha para o pão-nosso de cada dia quase deixaram de laborar porque, agora, vinham “carrinhas” vender centeio e trigo prontos a consumir. Os que teimavam em manter-se já não fabricavam as leiras com o auxílio dos animais. Tratores, debulhadoras e outras maquinarias tornaram muito mais fácil e rápido o trabalho nos campos. Bois, vacas, burros, machos e outros dóceis companheiros de muitas gerações de camponeses quase desapareceram da paisagem rural.

pé ou montado em jumento, a troco de mísera quantia disputada em leilão dos CTT. Em épocas mais recuadas, havia homens que, munidos de estojos onde guardavam ferramentas apropriadas, executavam trabalhos diversos como barbear, lancetar abcessos, aplicar pomadas e desinfetantes em ferimentos, recomendar formas de tratar moléstias humanas, substituindo médicos que não havia ou a que as pessoas não tinham acesso por falta de dinheiro ou por preconceito (10). Uns chamavam-lhes barbeiros, outros tratavam-nos pelo nome próprio sem alusão a qualquer dos ofícios por eles desempenhados. Pedaços de vida, mundos extintos, é indispensável que essa memória não seja apagada em nome de falsas noções de progresso ou ridículo amesquinhamento de outros modos de viver. Preservar costumes é contribuição inestimável para afirmação da personalidade de um povo. (1) Cabanais – alpendres cobertos para guardar lenha, alfaias agrícolas e outros fins. (2) Escrevido – particípio passado do verbo escrever, gramaticalmente incorreto mas de uso corrente, à semelhança dos verbos regulares da 2ª conjugação (infinitivo em –er) (3) Figa(t)cheiras – nome atribuído às mulheres que vendiam figos. O t colocado entre parênteses tem o objetivo de exemplificar a pronúncia do dígrafo ch em terras do interior transmontano. (4) Capatão – Peixe teleósteo da família dos esparídeos, comum nas costas portuguesas, caracterizado por ter uma protuberância na parte superior da cabeça e também chamado pargo-de-mitra (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea mais conhecido por Dicionário da Academia) (5) Quarta – ¼ de alqueire. Este tinha 15 litros para líquidos e 11 Kg para sólidos como o cereal. (6) Balança romana – instrumento que serve para pesar formado por uma alavanca de braços muito desiguais com o fiel sobre a ponta de apoio. O corpo que se vai pesar coloca-se na extremidade do braço menor, equilibrando-se com um peso constante que se faz deslizar sobre o braço maior, onde se encontra localizada a escala de pesos (Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube). (7) Lato – recipiente em latão cuja principal utilidade era cozer a vianda para os suínos. (8) Peliqueiro – peleiro, homem que compra e vende peles de animais. (9) Recas – porcas, suínas. (10) Preconceito – o preconceito que existia tinha por génese o orgulho das pessoas em serem saudáveis sem precisarem de ir ao médico ou de utilizar fármacos.

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O comércio ambulante que ao longo de séculos serviu as populações aldeãs já não era senão lembrança. As trocas diretas de produtos que, há longo tempo eram rotineiras, cessaram pouco a pouco. Deixaram de vir as figa(t)cheiras (3) guiando burras, com as suas canastras atestadas de figos que enchiam cestas e recebiam em troca a mesma medida de batatas; o sardinheiro, que transportava caixas de sardinha, chicharro, congro e capatão (4) conservados em espessas camadas de sal, aceitava também ser retribuído em quantidade pré-estabelecida do mesmo tubérculo, o produto mais abundante nas terras frias transmontanas; a louceira que trazia recipientes de barro simples ou vidrado e que partia com os alforges da burra bem preenchidos de batatas ou centeio medido em quartas (5) ou pesado em balanças romanas (6) e a carteira com mais umas c’roas ; o latoeiro que vendia ou botava pingos em latos (7), cântaros ou cântaras, crivos e outros objetos metálicos de uso corrente; o sombreireiro que reparava aqueles rijos guarda-chuvas de antanho com panos ou varetas; o amolador que esmerilava tesouras, facas e canivetes nas suas maquinetas pouco mais que primitivas, recebendo em troca reduzidos tostões; o azeiteiro e o peliqueiro (8) que vinham de Carção e de Argoselo, terras de cristãos-novos vocacionados para os negócios, a vender azeite que ali não se produzia e a comprar péis (peles) de coelho, mais raramente de cabrito, e não reconheciam outra forma de pagamento senão moedas e notas; o capador que se anunciava tocando uma gaitinha e cujos serviços eram essenciais para evitar que as recas (9) emprenhassem porque era preciso cevá-las para poderem ser abatidas no inverno, tempo de mata-porca, data importante no calendário rural nordestino por dar início ao processo de conservação das carnes – presuntos mantidos no sal durante semanas e depois levados ao fumeiro juntamente com os enchidos para cura – que seriam consumidas ao longo do ano. Outros animais domésticos poderiam também ser castrados segundo conveniência de serviço ou como forma de evitar criações indesejadas. Havia ainda o ferrador que, além de pôr ferraduras aos animais de tiro e, à falta de veterinário, diagnosticava doenças desses animais, prescrevia medicamentos e formas de tratar as moléstias e o correio, homem ou mulher que transportava a correspondência, em malas apropriadas, a

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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Crónicas

Perdas e ganhos

GLÓRIA LEITÃO

m dia precisei de escrever uma história para a Ritinha, uma menina de 8 anos que se cruzou na minha vida e era já pequena guerreira, pois aprendia a viver com a realidade de ser diabética – perdia um bocadinho da sua saúde e ganhava a coragem que estava espelhada no brilho intenso dos seus olhos e também na sua determinação. Depois encontrava também o Joel, um jovem das minhas “terras do nunca” - perdia a sua mobilidade devido a um violento acidente e reaprendia a viver doutra forma com muita coragem espelhada nos seus olhos verdes. É percetível que são estes e muitos outros pequenos recortes de vida que me têm ajudado a fazer os TPC’s semanais, tal como aconteceu há dias, em que conheci uma senhora, com ar de menina apesar dos seus 42 anos, que tinha perdido o seu companheiro, fazendo dela uma viúva do nosso tempo. Precisou de abrigar-se no amor dos seus pais voltando para

casa para ganhar forças e a coragem para voltar a começar tudo de novo, como tantos e infelizmente nunca como “tão poucos”. No final desse mesmo dia, uma família abriame a porta e eu encontrava uns pais dececionados com um grande clube de futebol porque tinham dispensado o “desporto no feminino” – a sua equipa de basquetebol feminino, aquela onde jogava a sua filha e que era já uma equipa de competição e alto rendimento onde todas têm que dar tudo de si mesmas porque querem ser as melhores, como se pretende em quem joga. Percebi esta mágoa de pais, ainda mais que estes pertencem ao grupo dos que gostam de estar lá, ao lado da sua filha, apoiando-a nas vitórias e também nas derrotas. Defendiam a sua menina/mulher, porque se fosse um rapaz tinha ficado, como aconteceu na escolha desse clube – ficou somente com a equipa masculina para os representar na modalidade de basquetebol e este clube, grandioso na sua reputação, porque está no grupo “dos grandes”, não se teria dado conta do quanto perdeu: pessoas que nasceram a pensar “azul” e cresceram a amar esta cor, a mesma cor que se tornou também na sua deceção. Interiormente todos sabemos que tal como os homens também as mulheres são “rijas” e inteligentes, tenazes e resistentes ao calor e ao frio, à dor e à alegria e se calhar muitas vezes até aguentarão o sofrimento a dobrar pelo simples facto de terem uma sensibilidade muito própria das mulheres, ainda hoje hostilizadas por mui-

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tos e negligenciada a sua força por outros tantos que desafiam as suas capacidades de lutadoras, assistindo-se ainda a muita desigualdade e um desnível acentuado de direitos e garantias. Também nunca será minha intenção discutir decisões que nunca serão da minha competência avaliar mas o sentir, sim, é universal e um bocadinho de cada um, pois de uma forma ou de outra todos nós perdemos sempre alguém ou alguma coisa, insubstituíveis quase sempre, mas que nos devia forçar a refletir que tipo de rela-

apesar de toda a controvérsia e “mortes” anunciadas, tem feito tudo para se manter de pé, ultrapassando dificuldades e desafios, apoiado pelos seus sócios, pela autarquia e pela comunidade. No tempo que esta família terá perdido ao falar comigo extraí-lhe também eu um ganho - o motivo que precisava para fundamentar e registar por escrito a coragem deste clube, pelo facto de com muito esforço continuar a apoiar o desporto em diferentes modalidades e que o faz pertencer ao grupo dos “sobreviventes”. Também gostei de saber que o MANUEL VALDREZ CPN exibe no seu vasto palmarés o facto de ter sido considerado o Clube do Ano no Setor Feminino pela ABP Associação de Basquetebol do Porto, e acredito que para isto deve ter contribuído o facto de ser um clube que desde há muitos anos tem as portas abertas para jogadoras “no feminino”. Acredita nas “miúdas” e investe deixando-as praticar o seu basquetebol, competindo ao abrigo de um símbolo que ironicamente também tem o azul como cor, embora de pantone com tonalidade diferente. Ainda e sem se darem conta disso, as pessoas que se vão cruzando na minha vida vão permitindo que eu continue a voar através dos meus textos e ções isso nos trouxe como aprendizagem num tirando lições das minhas reflexões. Nesta, passado e que possamos utilizar como uma “fer- aprendi que se pensarmos com o coração, faramenta útil” do nosso futuro. zendo-lhe uma raiz quadrada com a razão, poTal como quase tudo na vida, esta deceção deremos concluir que há perdas que se podem traduziu-se num ganho – a admiração e o respeito transformar em ganhos, fraquezas em forças e de mais uma família pelo CPN – Clube de Propa- derrotas em conquistas – assim é com a vida, ganda da Natação, localizado em Ermesinde, que assim é com as pessoas.


31 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Opinião

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Sugestão para a renegociação da dívida estar bem pior que no início, o que se ocorrer, será mais um drama fulminante na qualidade de vida dos portugueses.

A. ÁLVARO SOUSA (*)

á dias escrevi ao Senhor Presidente da República, sugerindo a constituição de uma comissão para renegociar a dívida do Estado português, cujo texto abaixo transcrevo para conhecimento dos caros leitores de “A Voz de Ermesinde”. «Senhor Presidente da República Acredito que V. Exa. esteja tanto ou mais preocupado que eu relativamente à situação do País, razão por que tomo a liberdade de lhe escrever. As soluções que o Governo vem implementando não têm produzido os resultados à partida prometidos e, V. Exa. sabe, bem melhor do que eu, que com as previstas no orçamento para 2013, das diversas imponderáveis há duas com fortíssimas hipóteses de concretização: o orçamento não ser exequível e a situação sócio-económica-financeira de Portugal no final do ano,

Ouvimos os entendidos afirmar que o peso dos juros é de tal forma elevado que ultrapassa os orçamentos de alguns dos maiores ministérios sociais. E que a dívida será no ano seguinte sempre maior que no anterior, mau grado a carga fiscal ser a maior que alguma vez os portugueses tiveram de suportar. Nem no tempo da guerra, ultramarina para uns, e colonial para outros, que consumiu muitos recursos financeiros ao longo dos seus doze anos, a canga dos impostos, diretos e indiretos e

das taxas, atingiu tal enormidade. Assim sendo, afigura-se-nos que o caminho, efetivamente, não poderá ser o atual.

Estamos a lembrar-nos que uma comissão composta pelo Prof. Eduardo Catroga, Dr. Miguel Cadilhe e Dr. Medina Carreira, teria muitas hipóteses de fazer entender aos credores que FOTO WIKIPEDIA uma solução que passe por amortizar a dívida ao longo de cinquenta ou mais anos, lhes garantirá o reembolso total do crédito e a remuneração de um juro que possa corresponder à taxa média do crescimento do PIB na União Europeia. FOTO ARQUIVO Benefícios da referida empresa se bem sucedida: os credores não terão de abater aos seus ativos parte ou o total dos créditos sobre Portugal e manterão um rendimento razoável durante muitos anos; nós, os devedores, ver-nos-emos um pouco aliviados, podendo aligeirar a carga fiscal, manter o contrato social com alguma expressão e financiar a economia, para que o crescimento económico seja capaz de gerar riqueza que nos permita honrar os compromissos internacionais e amenizar os pesados sacrifícios que carE o outro que vislumbramos, passa pela regamos sem esperança de melhores dias. reestruturação da dívida e do seu custo em Naturalmente que paralelamente é juros, o que é urgente encetar antes de ser- preciso produzir legislação de valor remos obrigados a confrontar os credores com forçado que impeça os governos de soluções do tipo da Grécia: perdão da dívi- gastar mais do que devem, de endividada, primeiro parcial, para em momento pos- rem o Estado para além de valores resiterior ser total. duais (nunca superiores ao 0,5% do PIB), Compreendendo não ser fácil conven- sendo igualmente necessário resolver o cer os credores que atualmente vão cobran- problema da morosidade da Justiça e da do taxas de juro exorbitantes, a missão para instabilidade fiscal». ter sucesso precisa de envolver gente que tenha dado provas de bom negociador. (*) alvarodesousa@sapo.pt

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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Lazer

Efemérides

Coisas Boas

20 NOVEMBRO 1962 – Fim da Crise dos Mísseis: o presidente norte-americano John Kennedy levanta a quarentena em Cuba.

Palavras cruzadas

Esparguete com algas FOTO ARQUIVO

HORIZONTAIS

• 1/4 kg de esparguete inteiro; • 4 cenouras; • 1 cabeça de alhos; • 1/2 couve repolho; • 1 chávena de algas hiziki demolhadas; • 4 folhas de louro; • 1 colher de sopa de orégãos; • gengibre; • azeitonas; • azeite.

1. Burla; empresa pública. 2. Atrevam-se; galho. 3. Tomba; preposição; transportadora aérea nacional. 4. Antiga aliança de direita pós 25 de Abril; margem. 5. Campeão; protege o dedo. 6. Género de mamífero (fem.); Cidade Eterna. 7. Deitavam abaixo; antes de Cristo. 8. Régulo; sagrado. 9. Boi adorado pelos Egípcios; unidade de superfície. 10. Composto orgânico do corpo humano (pl).

VERTICAIS

SOLUÇÕES: HORIZONTAIS

VERTICAIS 1. Tocha; ASAE. 2. Rua; subo. 3. Asia; Rabat. 4. Pe; destape. 5. Ame; ai; ir. 6. Mad; asso. 7. Ar; berma. 8.Atado; CAD. 9. Ema; amarre. 10. Populacoes.

1. Trapaca; EP. 2. Ousem; ramo. 3. Cai; em TAP. 4. AD; aba. 5. As; dedal. 6. Ursa; Roma. 7. Abatiam; aC. 8. Soba; sacro. 9. Apis; are. 10. Esteroides.

1. Archote; polícia económica. 2. Artéria; trepo. 3. Continente; capital de Marrocos. 4. Base; descubra. 5. Goste de alguém; suspiro; partir. 6. Revista satírica americana; grelho. 7. Atmosfera; beira. 8. Amarrado; Desenho Assistido por Computador. 9. Ave corredora americana; ate. 10. Conjunto dos habitantes (pl.).

Anagrama Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letras desordenadas: RIA TAMANHA DE LISA. Rua Ilha de Santa Maria.

SOLUÇÕES:

Veja se sabe 01 - Militar norte-americano Prémio Nobel da Paz em 1953. 02 - Povo germânico que migrou da Jutlândia para a Britânia. 03 - Cineasta português, autor de “Balas e Bolinhos” (2000). 04 - Rio que nasce nas lagoas de Ruidera (Ciudad Real, Espanha). 05 - A que classe de animais pertence o milhafre? 06 - A que continente pertence a Itália? 07 - Em que país fica a cidade de Marselha? 08 - Qual é a capital da Micronésia? 09 - A abreviatura For corresponde a qual constelação? 10 - Elemento halogénio radioativo, n.º 85 da Tabela Periódica (At).

01 – George Marshall. 02 – Saxões. 03 – Luís Ismael. 04 – Rio Guadiana. 05 – Aves. 06 – Europa. 07 – França. 08 – Palikir. 09 – Forno. 10 – Ástato.

Cava fundo em novembro, para plantares em janeiro. (Provérbio português)

SOLUÇÕES:

Sudoku

155 Em cada linha, horizontal ou vertical, têm que ficar todos os algarismos, de 1 a 9, sem nenhuma repetição. O mesmo para cada um dos nove pequenos quadrados em que se subdivide o quadrado grande. Alguns algarismos já estão colocados no local correcto.

Sudoku (soluções)

155

Descubra as 10 diferenças existentes nos desenhos

“A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas de grau de dificuldade “muito fácil” ou “média”. A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordo com os princípios do copyleft.

SOLUÇÕES:

Provérbio Diferenças

Põe-se água com louro ao lume. Quando ferver coloca-se o esparguete e as algas e cozinha-se em lume forte até a massa estar al dente (cerca de 10 minutos). Escorre-se bem, passa-se por um pouco de água fria para que não se pegue e reserva-se. À parte, num tacho põe-se um pouco de azeite, água, gengibre ralado e os dentes de alho esmagados. Adiciona-se a cenoura, a couve em tiras e mais um pouco de água. Deixa-se cozinhar cerca de 10 minutos, mexendo de vez em quando. Tira-se do lume e juntam-se os orégãos.

01. Folha à esquerda. 02. Folha à direita. 03. Folha ao centro. 04. Vassoura. 05. Esquilo. 06. Botão. 07. Cabelo. 08. Dedo. 09. Sapato. 10. Meia.


31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Fundação Apache anuncia o Apache OpenOffice como um Projeto de Primeiro Nível A Fundação Apache de Software (ASF), criada entre todos os desenvolvedores voluntários, administradores, e incubadora de quase 150 projetos de código aberto e iniciativas, acaba de anunciar que o Apache OpenOffice foi graduado pela Incubadora Apache para se tornar um projeto de primeiro nível (TLP), o que significa que a comunidade do Projeto e produtos foram bem geridos sob os princípios e processo de meritocracia da ASF. Fonte: http://www.openoffice.org/pt-br/news/ aoo_gratuation.html

ApacheCon Europa 2012 Está de volta do ApacheCon Europa, que terá lugar brevemente em Sinsheim, na Alemanha, durante a primeira semana de novembro de 2012, nos dias 5 a 8. Vários utilizadores e desenvolvedores ministrar palestras e abordar assuntos à volta do Apache OpenOffice e do seu ecossistema. Lista de discussão do ApacheCon: apachecon-discuss@apache.org 1 - http://www.apachecon.eu 2 - http://www.apachecon.eu/tracks/ #openoffice 3 - http://va.mu/YAOA Fonte: http://www.noticiaslinux.com.br/

Tecnologias

A informática no reino de Liliput – a moda dos minicomputadores (4) Aproveitando uma conjugação de fatores muito interessante – a miniaturização eletrónica das boards, o surgimento de processadores de muito baixo consumo de energia, a disponibilidade de pequenos discos muito rápidos SSD, os acessíveis recursos da net e a disponibilidade de sistemas operativos livres e gratuitos –, uma geração de novos minicomputadores tem vindo a fazer o seu aparecimento com uma cada vez maior frequência. Este é o quarto de alguns artigos que apontam exemplos desta nova tendência na informática pessoal.

Fonte: http://www.h-online.com/open/news/ item/Fedora-shuffles-beta-back-anotherweek-1726420.html

Liberado kernel Linux 3.6 Foi liberado no passado dia 30 de setembro o kernel Linux 3.6, que conta, entre outras implementações, com "suspend to both", que combina o system suspend normal com a hibernação, gravando uma imagem do sistema para o disco, o que permite o “resume” mesmo quando se fica sem bateria; pequenas filas TCP como parte da solução para bufferbloat; extensão TCP fast open, que deve agilizar o processo de configuração de novas conexões de rede, tornando os serviços baseados na web um pouco mais rápidos. Diversa outras melhorias estão listadas e podem ser conhecidas em http://www.linuxfoundation.org/news-media/lwf e http:// kernelnewbies.org/Linux_3.6. Descarregar em http://www.kernel.org/ pub/linux/kernel/v3.0/linux-3.6.tar.bz2. Fonte: http://www.noticiaslinux.com.br/

400, 1GB de memória RAM DDR3 e 4GB de armazenamento interno. Integrada está uma carta wireless 802.11b/ /g/n, um slot microSD, com a qual se pode expandir o armazenamento até 64GB, uma porta miniUSB e uma porta USB 2.0, além de uma porta HDMI e microfone integrado. O sistema operativo pré-instalado é o Android 4.0, mas é possível instalar até mesmo o Linux Ubuntu, a partir do suporte total ao projeto Linaro, o que permitirá ligar até um rato wireless, um cabo USB, um cabo miniUSB, para alimentação, um cabo HDMI e uma hub USB de quatro portas. O Elephant pode ligar-se a um monitor ou TV. O DETSEL -01

LC (*)

VIA Artigo 1200 No último número de “A Voz de Ermesinde”, entre os microcomputadores que apresentámos, achava-se o VIA APC8750. Pois, deste mesmo fabricante, falmos hoje do VIA Artigo 1200, com processador VIA Eden X2 dual core de 1 GHz, chip multim´dia VX900, 4GB de RAM DDR3, uma porta HDMI, uma VGA, duas Ethernet, e quatro USB 2.0, entre outras ligações. O VIA Artigo 1200 vem com o softeare operativo Freedos, mas é possível instalar uma distribuição Linux.

Beta do Fedora 18 novamente adiado Os utilizadores do Fedora, mesmo os mais conscientes dos constantes atrasos da distribuição, vão ter de aguardar um pouco mais pelo Fedora 18, pois a Equipa de Desenvolvimento resolveu adiar o lançamento do Beta I, e, consequentemente, o lançamento final, por mais uma semana, devido, segundo o "Developer Team", a problemas com o Instalador Anaconda. Assim, o Fedora Linux Beta I deverá estar disponível para descarga apenas em 30 de novembro e a versão final, caso tudo transcorra sem nenhum outro imprevisto, em 4 (quatro) de dezembro.

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O preço é de cerca de 245 euros, o que não sendo um preço muito barato, tem sobretudo vantagens nas dimensões (24,3 cm x 12,4 cm x 3,0 cm), no sil^^encio e no consumo reduzido. O Via ARM DS System Uma outra proposta da Via Technologies é o ARM DS System, ainda mais pequeno (18 cm x 12 cm x 2,5 cm), que vem com um processador ARM Cortex A9 SoC, 2 GB DDR3 SDRAM e memória flash 64 GB. Traz também quatro portas USB 2.0, um slot SD e uma porta DVI-D (opcional HDMI). Mas o sistema operativo, neste caso, já é Android.

O Freescale QorIQ P1025 Uma proposta muito diferentev em termos de solução de processamento é o Freescale QorIQ P1025, pois é baseado num processador PowerPC. Este microcomputador vem com 512 MB de memória RAM DDR3, dois interfaces Ethernet, uma PCI x1 (MiniPCIe+USB), e duas portas USB 2.0, sendo proposto a um preço de 200 dólares.

Baseado num processador Intel Atom de 1,6 GHz, e produzido pela Communication Technology, o DETSEL -01 é mais uma proposta de microPC que literalmente cabe na palma de uma mão. Com dimensões de 25 mm x 74 mm x 12 mm, o DETSEL-01 vem com 1GB de RAM DDR2 a 800MHz, carta wifi 80211 b/ g/n, Bluetooth 4.0, uma porta Ethernet, uma porta VGA (outra versão tem uma HDMI) e ainda duas portas USB 2.0. Há duas versões propostas quanto ao armazenamento, com 64GB e 128GB, com interface Sata 2 de 3GB/s.

O Oval Elephant Com uma forma muito diferente de qualquer destes, o Oval Elephant assemelha-se auma pen USB, sendo nisso semelhante a algumas das soluções já aqui antes apresentadas, como o MK802 ou o CX01. O preço desta máquina é de apenas 74 dólares (58 euros), mas permite ter um minipc completo, com sistema operativo Android ou algumas soluções Linux. O processador é um ARM Allwinner A10 Cortex-A8, de 1GHz, com carta gráfica Mali-

É possível instalar qualquer distribuição Linux (ou Microsoft Windows 7 ou XP. O preço do DETSEL-01 é de de cerca de 325 euros. O Kontron KTT30/mITX Proposto na forma de uma motherboard, o Kontron KTT30/mITX é um miniPC baseado no processador quadcore Nvidia Tegra 3, de 900 MHz, capaz de oferecer consumos inferiores a 7 watt. Vem com 2GB de RAM DDR3, Nvidia GEForce dotada de elevadas performances. Vem também com uma porta mPCIe, uma porta HDMI e uma Sata 2.0, duas portas USB 2.0, uma microUSB, uma porta Ethernet e uma porta audio. Com um consumo muito reduzido, o Kontron KTT30/ /MITX pode suportar um sistema operativoLinux. O preço deverá andar à volta dpos100/120 euros


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Arte Nona

Entretanto

Comemorações dos vinte anos do fanzine “Mesinha de Cabeceira” Originais de BD, desenho e ainda de fanzines, serigrafias e pintura relativos aos 20 anos de existência do fanzine “Mesinha de Cabeceira”, criado por Marcos Farrajota e Pedro Brito, em 1992, estão expostos desde 25 outubro e até 16 dezembro no Museu da Água – Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, Lisboa – no âmbito da Trienal Desenha 2012. O fanzine, que se assumiu como um projeto mutante, assumiu várias formas durante a sua existência, como antologia, fanzine monográfico e "perzine" para além de ter passado pela impressão profissional, pela fotocópia e pela serigrafia. Esta exposição é uma seleção de peças curiosas, sobretudo de originais de BD dos 20 anos de atividade editorial do fanzine “Mesinha de Cabeceira”, desde o seu número zero até ao mais recente número 23. Optou-se para mostrar algumas curiosas peças que mostram de forma simples as pranchas de BD (originais) pouco antes de serem impressas, fosse nos tempos gloriosos da fotocopiadora até à impressão offset – passando ainda pela serigrafia. Muitos destes originais tiveram pouca visibilidade, ou por causa das tiragens reduzidas das edições (sobretudo dos primeiros 12 números) ou ainda porque nunca estiveram expostas noutros espaços - exceção serão os trabalhos de André Lemos, Filipe Abranches, João Maio Pinto, Jucifer, Marcos Farrajota e Pepedelrey que ainda o ano passado foram vistas por milhares de pessoas durante a exposição Tinta nos Nervos, no Museu Berardo. Da Noruega vieram as páginas da BD de Monia Nilsen. Da viagem a Moçambique, Crizzze conta a sua experiência com as cores fortes de África . Dos EUA veio uma pintura de Mike Diana que mostra os ácidos a todas as cores da capa do MdC #15 / Sourball Prodigy (MMMNNNRRRG; 2002). Da Alemanha Dice Industries envia as suas BD-colagens que integram o recente número 23 a sair durante esta comemoração do MdC.

A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

23º Amadora BD Já começou o 23º Amadora BD, que este ano de realiza de 26 de outubro a 11 de novembro tendo como tema central da edição a Autobiografia. O certame espalha as suas mostras, mais uma vez, por diversas salas, sobretudo no Fórum Luís de Camões, que acolhe o grosso das exposições, mas também pela Casa Roque Gameiro, o Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem, a Galeria Municipal Artur Bual e os Recreios da Amadora. No Fórum Luís de Camões estarão patentes ao público as exposições sobre “Paulo Monteiro”, “A Autobiografia – Tema Central”, “O Homem Aranha – 50 Anos de um Mito”, “Portugal, Ponto de Partida e de Chegada”, “O Infante Portugal em Universos Reunidos”, “Happy Zep”, “Eternus 9 de Victor Mesquita”, “Ricardo Cabral”, “Agencia de Viajes Lemming, de José Carlos Fernandes”, “Ana Afonso”, “Concursos Nacionais de Banda Desenhada” e “Ano Editorial Português”. Nas outras salas estrão patentes ao público, na Casa Roque Gameiro “Bestiário Doméstico”, no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem “Uma Viagem, Muitos Registos”, na Galeria Municipal Artur Bual “A Pintura de Vitor Mesquita” e, finalmente, nos Recreios da Amadora, o “AmadoraCartoon”. Neste primeiro fim de semana o certame contou com a presença dos autores Mike Deodato Jr, Mathieu Sapin, Cyril Pedrosa e Vincent Vanoli. No segundo fim de semana (dias 3 e 4 de novembro) deverão estar Fabrice Neaud, Justin Green, Carol Tyler e Edmond Baudoin. E no terceiro fim de semana (dias 10 e 11 de novembro), ZEP e Mathieu Sapin. Os autores convidados participam em sessões de autógrafos, debates e apresentação de livros. Prémios Nacionais de Banda Desenhada Quanto aos Prémios Nacionais de Banda Desenhada instituídos pelo AmadoraBD como forma de premiar autores (desenhadores e argumentistas) e editoras, o júri de nomeação desta 23ª edição foi constituído pelo diretor do Festival, Nelson Dona, e ainda Ricardo Cabral, Pedro Moura, Luís Salvado e Nuno Amado. A seguinte é a lista dos álbuns nomeados. O anúncio público dos resultados e a entrega dos prémios aos autores e/ou editores será feito durante a Cerimónia de Entrega de Prémios do 23º Amadora BD, no dia 3 de novembro, pelas 18h30, nos Recreios da Amadora. BD PORTUGUESA - MELHOR ÁLBUM • “As Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy II – Apocalipse” – Filipe Melo (arg) e Juan Cavia (des) – Tinta da China; • “Diário Rasgado” – Marco Mendes – Mundo Fantasma; • “Hän Solo” – Rui Lacas – Polvo; • “O Pequeno Deus Cego” – David Soares (arg) e Pedro Serpa (des) – Kingpin Books; • “Pontas Soltas – Cidades” – Ricardo Cabral – ASA; • “Sobrevida” – Carlos Pinheiro e Nuno Sousa – Imprensa Canalha.

BD PORTUGUESA -MELHORARGUMENTO • “As Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy II – Apocalipse” – Filipe Melo – Tinta da China;

• “O Pequeno Deus Cego” – Pedro Serpa – Kingpin Books; • “Pontas Soltas – Cidades” – Ricardo Cabral – ASA; • “Sobrevida” – Carlos Pinheiro e Nuno Sousa – Imprensa Canalha. MELHORÁLBUM ESTRANGEIRO • “Blankets” – Craig Thompson – Biblioteca de Alice/Devir; • “Bouncer, Tomo 6 e 7” – Boucq e Jodorowsky – ASA; • “Maria e Eu” – María Gallardo e Miguel Gallardo –ASA; • “Persépolis” – Marjane Satrapi – Contraponto; • “Spirou, Nas Origens do Z” – Morvan, Yann e Munuera – ASA; • “Thor, As Idades do Trovão” – vários autores – Levoir.

• “Hän Solo” – Rui Lacas – Polvo; • “O Menino Triste - Punk Redux” – João Mascarenhas – Qual Albatroz; • “O Pequeno Deus Cego” – David Soares – Kingpin Books; • “Pontas Soltas – Cidades” – Ricardo Cabral – ASA. BD PORTUGUESA - MELHOR DESENHO • “Diário Rasgado” – Marco Mendes – Mundo Fantasma; • “Hän Solo” – Rui Lacas – Polvo;

Cyril Pedrosa

MELHORÁLBUM DE TIRAS HUMORÍSTICAS • “Dilbert, Liberdade é só mais uma palavra para as pessoas descobrirem que és incompetente” – Scott Adams – ASA; • “Há Piores!” – Geral & Derradé – Polvo; • “Os Nossos Mutts” – Patrick McDonnell – Devir; • “Provérbios… com gatos!” – Catherine Labey – ASA. MELHOR ILUSTRAÇÃO PARALIVRO INFANTIL • Ana Biscaia – “A Cadeira que Queria ser Sofá” – Lápis de Memórias; • Bernardo Carvalho – “Ir e Vir” – Planeta Tangerina; • Catarina Sobral - “Greve” – Orfeu Mini; • Daniel Silvestre da Silva – “A Mãe que Chovia” – Quetzal; • Gonçalo Viana – “Esquecime como se chama” – Bruaá Editora; • Madalena Matoso – “Todos Fazemos Tudo” – Planeta Tangerina; • Nuno Saraiva – “A Crise explicada às Crianças” – A Esfera dos Livros; • Pedro Brito – “A Casa Sincronizada, uma história musical” – Caminho; • Richard Câmara – “Histórias às Cores” – Everest. CLÁSSICOS DA 9ª ARTE • “Capitão América, a Lenda Viva” – vários autores – Levoir; • “Corto Maltese na Sibéria” – Hugo Pratt – ASA; • “O País dos Cágados” – António Gomes DAlmeida (arg) e Artur Correia (des) – Bertrand Editora; • “Sangue Violeta e outros contos” – Fernando Relvas – El Pepe; • “Spirou, QRN sobre Bretzelburgo” – Franquin e Greg – ASA. MELHORFANZINE • “Efeméride nº5, Corto Maltese no Século XXI” – Geraldes Lino (coord e editor); • “Fábrica, Baldios, Fé e Pedras atiradas à lama” – Tiago Baptista (coord) – Oficina do Cego (editor); • “Franco Caprioli, no centenário do desenhador poeta” – Jorge Magalhães (coord) – Câmara Municipal de Moura; • “Lodaçal Comix nº6” - Rudolfo e Ruru Comix (coord e editor); • “Magical Otaku 1” – Rudolfo e Ruru Comix (coord e editor); • “Zona Nippon 1” – Associação Tentáculo (editor).


31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

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Arte Nona

O ajudante de cangalheiro (15/16)• autor: PAULO PINTO


A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Serviços

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Farmácias de Serviço Permanente

Telefones CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

De 01/11/12 a 01/12/12

• Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino) (Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

• População Idosa (Anabela Sousa) (Lar de Idosos, Apoio Domiciliário) • Serviços de Administração (Júlia Almeida) Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615; 22 973 1118; Fax 22 973 3854 Rua Rodrigues de Freitas, 2200 4445-637 Ermesinde • Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves) (Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresas de Inserção, Gabinete de Inserção Profissional) • Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia) Tel. 22 975 8774 Largo António Silva Moreira, 921 4445-280 Ermesinde • Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage) Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006 Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 2 4445-208 Ermesinde

Telefones

ECA

Telefones de Utilidade Pública

ERMESINDE CIDADE ABERTA

• Sede Tel. 22 974 7194 Largo António Silva Moreira, 921 4445-280 Ermesinde • Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins) Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944 Travessa João de Deus, s/n 4445-475 Ermesinde • Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins) Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925 Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 201 4445-485 Ermesinde

Auxílio e Emergência

Saúde

Avarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779 Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423 B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040 B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002 Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340 Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795 Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146 Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 968 6211 Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 0530 Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112 SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651 Linha Vida ............................................................. 800 255 255 SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143 Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

Centro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057 Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349 Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520 Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571 Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887 Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420 Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896 Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338 Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600 CERMA.......................................................................... 22 972 5481 Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170 Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057 Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928 Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041 Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705 Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550 Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101 Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593 Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228 Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060 Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430 Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122 Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617 Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328 Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750 Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812 Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785 Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100 Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500 Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Serviços Locais de venda de "A Voz de Ermesinde" • Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia; • Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles; • Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra; • Café Campelo - Sampaio; • A Nossa Papelaria - Gandra; • Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio; • Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

Fases da Lua

Nov 20 20112 Dez 2012

Lua Cheia: 228 8 ; Q. Minguante: 7 ; 13;; Q. Crescente: 20 20.. Lua Nova: 13 Lua Cheia: 28 28;; Q. Minguante: 6 ; Lua Nova: 13 13;; Q. Crescente: 20 20..

Ficha de Assinante A VOZ DE

ERMESINDE Nome ______________________________ _________________________________ Morada _________________________________ __________________________________________________________________________________ Código Postal ____ - __ __________ ___________________________________ Nº. Contribuinte _________________ Telefone/Telemóvel______________ E-mail ______________________________ Ermesinde, ___/___/____ (Assinatura) ___________________ Assinatura Anual 12 núm./ 9 euros NIB 0036 0090 99100069476 62 R. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 Ermesinde Tel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

Farmácias de Serviço

Dias

• Infância e Juventude (Fátima Brochado) (ATL, Actividades Extra-Curriculares)

Cartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 974 0087 Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647 Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382 Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312 Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188 Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374 Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719 Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060 Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709 Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903 Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138 Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Bancos Banco BPI ............................................................ 808 200 510 Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740 Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320 Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787 Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100 Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480 Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500 Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440 Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460 Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870 Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

Transportes Central de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746 Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435 Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811 Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384 Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

Desporto Águias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018 Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292 Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352 Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670 Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677 Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284 Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957 Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956 Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958 Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959 Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950 Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951 Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952 Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953 Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955 Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859 Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Cultura Arq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490 Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270 Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545 Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431 Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070 Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320 Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033 Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440 Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

Comunicações Posto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250 Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310 Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943 Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

Administração Agência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585 Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900 Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306 Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440 Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590 Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016 Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001 Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210 Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119 Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320 Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422 Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95 Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805 Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109 Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650 Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223 Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471 Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973 Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271 Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590 Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040 Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

Ensino e Formação Cenfim ......................................................................................... 22 978 3170 Centro de Explicações de Ermesinde ...................................... 22 971 5108 Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690 Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044 Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4 Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494 Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491 Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356 Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884 Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719 Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757 Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791 Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110 Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860 Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710 Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7 Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436 Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004 Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043 Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558 Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666 Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393 AACE - Associação Acad. e Cultural de Ermesinde ........... 22 974 8050 Universidade Sénior de Ermesinde .............................................. 93 902 6434

01 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 01 01

Quinta Quinta Sexta Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Sábado

Sousa Torres Formiga Garcês MAG Nova Alfena Palmilheira Sampaio Santa Joana Travagem Alfena Ascensão Confiança Formiga Garcês MAG Nova Alfena Palmilheira Sampaio Santa Joana Travagem Alfena Ascensão Confiança Formiga Garcês MAG Nova Alfena Palmilheira Sampaio Santa Joana Travagem Alfena Sousa Torres

Marques Santos Vilardell Outeiro Linho Sobrado Bessa Central Marques Santos Vilardell Marques Cunha Sobrado Bessa Central Marques Santos Vilardell Marques Cunha Outeiro Linho Bessa Central Marques Santos Vilardell Marques Cunha Outeiro Linho Sobrado Central Marques Santos Vilardell Marques Cunha Outeiro Linho Sobrado Bessa Marques Santos

FICHA TÉCNICA A VOZ DE

ERMESINDE JORNAL MENSAL • N.º ERC 101423 • N.º ISSN 1645-9393 Diretora: Fernanda Lage. Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), Miguel Barros (CPJ 8455). Fotografia: Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), Ursula Zangger (CPJ 1859). Maquetagem e Grafismo: LC, MB. Publicidade e Asssinaturas: Aurélio Lage, Lurdes Magalhães. Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sousa, Ana Marta Ferreira, Armando Soares, Cândida Bessa, Chelo Meneses, Diana Silva, Faria de Almeida, Filipe Cerqueira, Gil Monteiro, Glória Leitão, Gui Laginha, Jacinto Soares, Joana Gonçalves, João Dias Carrilho, Sara Teixeira, Joana Viterbo, José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gonçalves, Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias, Manuel Conceição Pereira, Marta Ferreira, Nuno Afonso, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, Rui Laiginha, Rui Sousa, Sara Amaral. Propriedade, Administração, Edição, Publicidade e Assinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE • Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637 ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412 123 • Serviços de registos de imprensa e publicidade N.º 101 423. Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854 Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde. Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762. Fax 229 759 006. E-mail: avozdeermesinde@gmail.com Site:www.avozdeermesinde.com Impressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidade do Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5, Fração A, 4700-087 Braga. Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171. Os artigos deste jornal podem ou não estar em sintonia com o pensamento da Direção; no entanto, são sempre da responsabilidade de quem os assina.

Emprego Centro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230 Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774 Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943 Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650 Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353 Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139 UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

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31 de outubro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Serviços

Agenda Desporto FUTEBOL

18 DE NOVEMBRO, 15H00

Estádio de Sonhos – ERMESINDE SC-S O D A CO VA SC-S.. PEDR PEDRO DA COV Jogo a contar para a décima jornada do Campeonato Distrital – Divisão de Honra, da Associação de Futebol do Porto. . (Agenda Associação de Futebol do Porto).

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01 Nov - 02 Dez Música 2 DEZEMBRO, 15H00 Fórum Cultural de Ermesinde “MÚSICA QUE ENCANTA O TEU CORAÇÃO” Adaptação do musical “Música no Coração” pela Associação Académica e Cultural de Ermesinde, com a intervenção do Coral Juvenil e da Escola de Hip Hop.

Exposições 9 DE NOVEMBRO A 31 DE DEZEMBRO Fórum Cultural de Ermesinde “PRONTO A HABITAR” - FOTOGRAFIA (DE HÉLDER SOUSA) Resultado da sua tese de mestrado, Hélder Sousa apresenta aqui uma série de fotografias de edifícios habitacionais inacabados decorrentes da falência das construtoras civis e empresas promotoras por falta de financiamento das instituições bancárias. Estes “esqueletos de betão” constituem a nova paisagem urbana. «Existem e coabitam no mesmo espaço edifícios habitados e inacabados, conferindo às cidades um cenário digno de um espaço que outrora tenha sido palco de confrontos bélicos, uma metáfora da sociedade contemporânea e dos seus ideais». O problema não é um caso isolado, mas um fenómeno à escala global. (Agenda da Área Metropolitana do Porto). 1 A 16 DE NOVEMBRO qui o Arqui quivvo Histórico de Valong alongo Museu Municipal e Ar 75 ANOS DA UNIÃO DESPOR TIV A VAL ONGUENSE DESPORTIV TIVA ALONGUENSE (DOCUMENT OS D A HISTÓRIA DA UD V) (DOCUMENTOS DA UDV) Exposição do precioso acervo de documentos, fotografias, equipamentos e troféus desta prestigiada coletividade valonguense, na comemoração dos seus 75 anos de existência. (Agenda da Área Metropolitana do Porto) .

(Agenda da Área Metropolitana do Porto) .


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A Voz de Ermesinde • 31 de outubro de 2012

Última

Manuel António Pina Pensar de pernas para o ar Pensar de pernas para o ar é uma grande maneira de pensar com toda a gente a pensar como toda a gente ninguém pensava nada diferente Que bom é pensar em outras coisas e olhar para as coisas noutra posição as coisas sérias que cómicas que são com o céu para baixo e para cima o chão de “O Inventão”, Afrontamento (1987)

Cuidados Intensivos A esta hora e neste sítio (miocárdio ventricular esquerdo) é a abstracta vida que me assalta. Eles não sabem que o seu coração pulsa, ferido,no meu coração, que a minha dor alheia vagarosamente mata os seus sonhos,os seus sentidos, os seus dias visíveis e invisíveis, a linha dos telhados ao longe sobre o céu. Como saberiam (com que palavras exteriores?) que existem dentro de mim de um modo fora de mim, os parentes,os amigos, a vaga enfermeira da noite, que enquanto o meu Único coração morre na minha cabeça a luz do quarto se apaga para sempre e o silêncio se fecha sobre os corredores? No quarto ao lado alguém a noite passada morreu, provavemente eu. Os livros,as flores da mesa de cabeceira conhecerão estas últimas coisas em algum sítio da minha alma?" de “Cuidados Intensivos” (1994)

FOTOS URSULA ZANGGER

(...) Pouca coisa são as palavras (...)


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