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30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

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VOZDE DE AAVOZ

ERMESINDE

MAIS DE 50 ANOS – QUASE 900 NÚMEROS

N.º 896 • ANO LII/LIV

30 de setembro de 2012

DIRETORA: Fernanda Lage

PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)

• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: avozdeermesinde@gmail.com

M E N S Á R I O TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO

“A Voz de Ermesinde” - página web: http://www.avozdeermesinde.com/

Orçamento Orçamento finalmente finalmente apresentado apresentado (e (e aprovado! aprovado!

DESTAQUE ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

Continua a dança das cadeiras

Pág. 3

Associações de Campo contra extinção da freguesia

Pág. 6

Nuno Crato na inauguração da escola EBJI do Mirante de Sonhos

Pág. 7

I Jornadas dos Caminhos de Santiago

Pág. 8

XXI edição do MagicValongo

FOTO URSULA ZANGGER

Pág. 9

Depois de um interminável tempo de espera que permitisse quantificar as vantagens trazidas por um PAEL que nunca mais chegava, redigir uma proposta mais de acordo com a realidade e contrair •um empréstimo em condições menos gravosas do que as da banca, a CMV apresentou e viu finalmente aprovado o Plano de Ajustamento Financeiro e o Orçamento. Surpreendentemente o PS recusou votar os documentos. DESTAQUE

Acampamento do Terra Viva contesta mini-hídrica do Alto do Castelo

Pág. 11

BASQUETEBOL

XIII Torneio Internacional do CPN

(camadas jovens feminino) DESPORTO

A c o m p a n h e t a m b é m “ A Vo z d e E r m e s i n d e ” o n l i n e n o f a c e b o o k e n o g o o g l e +


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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Destaque

FERNANDA LAGE DIRETORA

EDITORIAL

É

Tempo de outono

no outono que se prepara o inverno – fazem-se as colheitas, armazenam-se os cereais e o vinho, guarda-se a lenha, preparam-se compotas, marmeladas e licores para adoçar as noites de inverno. Há séculos que é assim, o tempo organizado segundo um calendário que se repete de acordo com a posição do sol e da lua em relação à terra. E mais uma vez é outono, al“OUTONO”, PINTURA ARCIMBOLDO guns ainda cumprem estes rituais de guardar e conservar produtos para consumir ao longo do ano, vão às feiras de S. Miguel e das colheitas que se repetem pelo país, fazem a marmelada, compotas e conservas, cada vez menos e por diferentes razões, o mundo mudou nos últimos tempos, rápido demais para o meu gosto, mas é neste mundo que vivemos e com o qual temos de lidar. Hoje dizem os sociólogos que vivemos numa sociedade capitalista de consumo, mas esta forma de viver não foi sempre igual e o próprio consumismo também apresenta variantes. Gilles Lipovetsky, professor de Filosofia na Universidade de Grenoble considera três fases no chamado capitalismo de consumo. O primeiro ciclo surge no século XIX e termina na Segunda Guerra Mundial: Corresponde ao período de desenvolvimento da revolução industrial, caracterizado pelo aparecimento dos grandes mercados e armazéns, o desenvolvimento de infraestruturas modernas de transportes e de comunicação, caminhos-de-ferro, telégrafo, telefone, que permitem o desenvolvimento do comércio em grande escala. O segundo ciclo inicia-se no Pós-Guerra, por volta de 1950, e é muitas vezes apelidado de «sociedade da abundância»: Corresponde a um período de um grande crescimento económico, de um certo modo a uma democratização do poder de compra de bens como o automóvel, televisão,

aparelhos eletrodomésticos. Com a generalização do crédito a maioria das pessoas passou a adquirir bens independentemente das suas posses. No entanto este tempo da «felicidade paradoxal atrai soluções igualmente paradoxais. Precisamos, claramente, de menos consumo, entendido como imaginário proliferante da satisfação, como esbanjamento de energia e como excrescência desregrada dos comportamentos individuais. (…) Precisamos igualmente, sob certos aspetos, de mais consumo: para combater a pobreza, para auxiliar os idosos e oferecer cuidados de saúde melhores às populações, para utilizar melhor o tempo e os recursos, para nos abrimos ao mundo». (1) Terceiro período com início nos finais da década de 70: Gilles Lipovetsky chama-lhe «sociedade do hiperconsumo com que caracteriza os novos comportamentos, ostentatórios, consumistas, vorazes, hedonistas». Paralelamente a este hiperconsumo surgem muitas críticas e uma nova classe social de hiperconsumidores preocupados com a ética!... São muitas as contradições em que vivemos neste mundo, nesta Europa, neste país. Ainda há dias o próprio Governo caiu nesta esparrela. Foi-nos pedido que poupássemos e agora lamentam que a economia decline … Penso que ainda vai levar algum tempo para que surjam novas maneiras «de produzir, de efetuar trocas, mas também de avaliar o consumo e de pensar a felicidade». (1) E é no meio destas contradições que encontramos uma crise económica e financeira que para ser ultrapassada e aportar em bom porto terá que encontrar uma outra forma de viver em sociedade. Eu por mim continuo a fazer o meu outono, a apanhar lenha, caruma e pinhas, nozes, avelãs, castanhas, marmelos e rosa brava. (1)

Lipovetsky Gilles, “A Felicidade Paradoxal: ensaio sobre a sociedade do

hiperconsumo”, Edições 70, LDA Junho de 2010.


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Destaque

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• REUNIÃO DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ERMESINDE •

Dança das cadeiras foi novamente exibida na Junta e na Assembleia de Freguesia de Ermesinde MIGUEL BARROS

Olhando para a Ordem de Trabalhos (OT) da reunião de sexta feira passada da Assembleia de Freguesia de Ermesinde (AFE) a curiosidade centrava-se em saber quem iria desta vez abandonar o executivo e quem seria a cara nova a integrar o elenco liderado por Luís Ramalho. Curiosidade saciada quando o presidente da mesa da AFE, Raul Santos, anunciou que por motivos de ordem profissional a socialista Diva Ribeiro renunciava ao seu cargo de vogal do executivo, sendo proposto para o seu lugar António Mota. Pela terceira vez no atual mandato o executivo da JFE sofria mudanças, e recuando no tempo, é curioso constatar que o nome de Diva Ribeiro, do PS, esteve em foco aquando da primeira substituição verificada no elenco da Junta, tendo na altura, cerca de três meses após as autárquicas de 2009, substituído Américo Silva nas funções de vogal. PS que um ano depois seria novamente o “responsável” por nova mudança no “tabuleiro”, cabendo então a Manuel Costa a tarefa de substituir Ana Luísa Calafate, que alegando motivos de ordem pessoal renunciou ao cargo. No entanto, e apesar de sair de cena do executivo, Diva Ribeiro não irá desligar-se da vida da edilidade ermesindense, uma vez que regressa à função de membro da bancada do PS na AFE. Caminho inverso fez António Mota, cuja inclusão no executivo recebeu a aprovação, através de voto secreto, da maioria da assembleia, com 13 votos a favor, 2 brancos, e 3 contra. Mas as mexidas não se ficaram por aqui. Do lado da bancada PSD/CDS foi anunciado, pela voz do presidente da AFE, que Armindo Ramalho, ausente desta sessão pedia a suspensão do seu mandato em virtude de estar num período de conclusão dos seus estudos universitários, e como tal não reunir a disponibilidade de tempo necessária para desempenhar com afinco as suas funções. Para ocupar o seu lugar na bancada da coligação entrou Manuel Coelho. Antes dos pontos alusivos a estas substituições – isto é, no período antes da OT – Raul Santos abriu a sessão dando a palavra ao público. Claudino Custódio questionou a JFE para quando a abertura das casas de banho do Parque Socer, há muito ali instaladas mas ainda de portas fechadas! Por seu turno José Fernando deu conta de um caso de “perigo iminente” verificado num candeeiro público no largo da antiga feira de Ermesinde. Há sensivelmente um mês, e quando ali passeava o seu cão, o paroquiano deu conta de que num dos candeeiros do local

Pela terceira vez no atual mandato as “peças do tabuleiro” da Junta e da Assembleia de Freguesia de Ermesinde voltaram a sofrer mudanças! Alegando motivos de índole profissional a socialista Diva Ribeiro renunciou ao seu cargo no executivo liderado por Luís Ramalho, sendo substituída nas funções por António Mota, ao passo que na bancada da coligação PSD/CDS-PP Armindo Ramalho pediu a suspensão do seu mandato por se encontrar em fase de conclusão dos seus estudos, e consequentemente não reunir as condições de disponibilidade necessárias para acompanhar a vida política da freguesia, tendo para o seu lugar entrado Manuel Coelho. Questões de caráter educacional merecerem igualmente alguma atenção na sessão da Assembleia de Freguesia de Ermesinde ocorrida na noite de 28 de setembro último. havia passagem de corrente elétrica, situação que denunciou de imediato à JFE, mais precisamente a Romeu Maia, a quem lembraria o perigo de alguém ali poder ficar “agarrado”. Do tesoureiro teve a resposta de que a situação iria ser verificada de imediato. Os dias foram passando e a situação manteve-se. José Fernando deslocou-se novamente à sede da Junta para reforçar a necessidade de ser reparado o problema, tendo então ficado indignado com a resposta do presidente da edilidade, Luís Ramalho, o qual lhe teria dito que a situação já tinha sido encaminhada para a EDP, e que caso ele – o paroquiano – conseguisse resolver o problema de uma forma mais célere, que o fizesse! Entretanto, e respostas “amargas” à parte, o problema ficou efetivamente resolvido no dia 26 de setembro, após a intervenção da EDP. Sem tecer qualquer comentário à intervenção do paroquiano, Luís Ramalho apenas referiu que já havia lembrado à Câmara a necessidade de as casas de banho do Parque Socer serem abertas ao público, sendo que da autarquia recebeu a resposta que tal não havia sido ainda possível devido a um problema técnico com o saneamento. No entanto, o presidente da Junta prometeu que iria novamente abordar a edilidade valonguense sobre a questão. Posto isto, foi a vez dos membros da AFE usarem da palavra. Manuel Dias (PSD) deixou elogios ao último passeio dos idosos – à Nossa Senhora dos Remédios – organizado pela JFE, no qual participaram mais de 660 cidadãos seniores da nossa freguesia. Elogios esses endereçados ao executivo sobretudo pela atenção – e pelas ações levadas a cabo – que este tem tido para com a população sénior, terminando a sua intervenção com um agradecimento público aos que contribuíram para o êxito do último passeio dos idosos, com destaque neste aspeto para os sempre presentes Bombeiros. A visita do ministro e a situação da ESE Por seu turno André Teixeira (PS) levantou duas questões, a primeira saber se aquando da recente visita do Ministro da Educação, Nuno Crato, a Ermesinde, para a inauguração do Complexo Escolar

de Mirante de Sonhos, lhe havia sido dada a conhecer (ou a recordar) a contínua e preocupante situação da Escola Secundária de Ermesinde (ESE). O socialista recordou então que a escola se encontra em profunda degradação, e que já este ano letivo foram muitos os alunos a deixar a ESE rumo a outras escolas com melhores condições, como a de Águas Santas, por exemplo, querendo então saber qual a posição do ministro sobre o assunto (mais concretamente para quando a urgente intervenção de requalificação do estabelecimento, há muito agendada, mas entretanto adiada pelo Governo por falta de verbas). A segunda questão colocada prendeu-se com a também velha e caricata situação da cabine de alta tensão posicionada em pleno cruzamento entre as ruas Fontes Pereira de Melo e Camélias, proble-

recomendações apresentadas. Uma aludia a melhorias no mercado de Ermesinde, no sentido que a JFE encetasse esforços na melhoria das condições de salubridade do mercado, tais como o arranjo do chão e a colocação de novas bancadas de venda. A segunda fazia referência à recente medida tomada pela Câmara no sentido de desligar uma série de candeeiros de iluminação pública com vista à poupança da fatura da eletricidade. Por um lado, como Sónia Sousa fez questão de sublinhar, são compreensíveis esta e todas as medidas de poupança de recursos, não apenas devido à crise mas também como atitude permanente na administração local, que gere o dinheiro que é de todos. Por outro lado, «e tendo em conta que o apagamento de parte da iluminação pública deve ser encarada como uma medida transitória para aju-

ço, e Primária da Costa, «bastante deficiente». Com a diminuição do dia e a próxima mudança de hora, as saídas das escolas a partir das 17h30 são feitas já de noite e em más condições de iluminação, sublinhava a recomendação da CDU. Quer esta quer a anterior recomendação seriam colocadas à votação no final da reunião, tendo ambas sido aprovadas por unanimidade. As respostas do presidente Em resposta a algumas destas intervenções Luís Ramalho diria que, de modo informal o ministro da Educação teria sido questionado sobre a situação da ESE, e que na resposta a essa interpelação teria dito que assim que o Governo tivesse verba disponível o referido estabelecimento de ensiMANUEL VALDREZ

ma cuja resolução vai sendo adiada… adiada...! E por falar na visita do ministro a Ermesinde, Diva Ribeiro, já na qualidade de membro da AFE, criticou o facto de a Câmara Municipal de Valongo apenas ter convidado para a inauguração do Complexo Escolar de Mirante de Sonhos o presidente da Junta, esquecendo-se dos restantes órgãos deste organismo, isto é, o restante executivo e os membros da AFE. Bastante interventiva nesta sessão – como aliás é seu apanágio – esteve Sónia Sousa (CDU), que colocou um cima da mesa uma série de assuntos, com realce para duas

dar a recuperar as contas da autarquia, e sem exageros, como aconteceu já em alguns locais, e que originou reclamações dos moradores e a – consequente – reposição da iluminação», não compreendias «o descuido continuado em acender a iluminação pública demasiado cedo, quando ainda é dia, e apagá-la quando o dia já vai alto, como acontece em vários locais de Ermesinde». E punha em dúvida a eficácia das poupanças com tal gestão da iluminação pública. No que toca à má iluminação recomendava que seja melhorada a iluminação no exterior das escolas Secundária, de S. Louren-

no seria dos primeiros a avançar para obras de remodelação. Relativamente à cabine de alta tensão confessaria já ter vergonha desta situação, tantas foram já as vezes que a EDP disse que ia avançar para a sua resolução. E ao que parece a EDP, à semelhança do que tem feito, prometeu encontrar uma solução para a questão no final do mês. A ver vamos... E Luís Ramalho mais não disse. No período da OT destaque ainda para dois pontos alusivos à vertente social, ambos referentes à celebração de acordos e colaboração entre a JFE e a CMV para a componente de apoio à família nos

agrupamentos das escolas de Ermesinde e de S. Lourenço. Protocolos que receberam algumas críticas da oposição, tendo a CM, por intermédio de João Arcângelo, ficado indignada pelo facto de a autarquia ter transferido para a Junta um serviço que é da sua responsabilidade. «A Câmara não tem capacidade para assumir esta verba e agora passa a pasta para a JFE!», frisou o independente, acrescentando que apesar de assinar por baixo tudo o que seja feito em prol da educação esperava agora que a Junta, sem experiência neste setor, estivesse à altura do desafio. Felicitada pela bancada PSD/CDS-PP, esta colaboração seria ainda duramente criticada pela CDU, que não entendia como é que a CMV, que outrora tinha retirado a concessão da limpeza das bermas e valetas às juntas, passando essa pasta a um privado, pedia agora ajuda à JFE para este setor e não contratava um privado como fez na questão da limpeza. A coligação foi mais no longe na sua discórdia após constatar que os trabalhadores que irão sustentar este serviço terão um vínculo a curto prazo, uma vez que tal como Luís Ramalho adiantaria, a Junta não teria possibilidade de contratar esses mesmos trabalhadores no final dos protocolos estabelecidos com o Centro de Emprego. «Temos, e mais uma vez, o Poder Local a viver do expediente garantido pela utilização de força do trabalho desempregada (através dos programas CEI e CEI+), sem possibilitar a estes trabalhadores um vínculo minimamente seguro, por meio do estabelecimento de um contrato de trabalho». Nesse sentido a CDU votava contra a proposta, apelando à responsabilidade social dos restantes partidos, no sentido de também dizerem basta!, «a esta forma de exploração, que em vez de aproximar os desempregados do mercado de trabalho, só prolonga a sua situação nas margens do mesmo, mantendo-as na esperança de uma contratação futura e desvalorizando o seu investimento na procura de situações de emprego mais favoráveis». Mesmo com o voto contra desta força política, a proposta seria aprovada com os votos favoráveis das restantes bancadas.


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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Destaque

• CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO • Não estando presente fisicamente na última sessão da Câmara Municipal de Valongo (CMV), realizada na passada sexta-feira, dia 27 de setembro, o presidente da Comissão Concelhia do Partido Socialista, José Manuel Ribeiro, acabou por ser a figura em destaque, já que terão sido provenientes da sua pessoa ou do órgão por si coordenado, as instruções para que os vereadores do PS (Luísa Oliveira e José Miranda) recusassem participar na votação dos dois pontos mais quentes da Ordem de Trabalhos – as Grandes Opções do Plano, Orçamento e Mapa de Pessoal para o ano de 2012 e o Plano de Ajustamento Financeiro e contratação de empréstimo de médio e longo prazo até ao montante de 18 324 497,98 euros, no âmbito do Programa de Apoio à Economia Local. Tal atitude mereceria repúdio por parte do presidente da CMV, João Paulo Baltazar, apanhado de surpresa, e acusações de «insanidade» por parte do vereador da Coragem de Mudar Pedro Panzina. O Plano de Ajustamento Financeiro seria aprovado por sete votos a favor, zero abstenções, zero votos contra e duas “ausências” dos vereadores do PS. O agora independente Afonso Lobão votou a favor. Por sua vez o documento das Grandes Opções do Plano, Orçamento e Mapa de Pessoal seria também aprovado, mas com quatro votos a favor (PSD), três abstenções (Coragem de Mudar e Afonso Lobão) e duas ausências.

CONCELHIA DO PS ISOLA-SE AO DEFENDER APLICAÇÃO CEGA DO DIREITO DE OPOSIÇÃO

Grandes Opções do Plano e Orçamento 2012 e Plano de Ajustamento Financeiro aprovados LC

Ainda João Paulo Baltazar não tinha acabado de introduzir estes dois importantes pontos da Ordem de Trabalhos já Luísa Oliveira avisava que o PS não os votaria. O presidente da Câmara começaria por prestar um agradecimento público à técnica, aposentada desde junho, Fátima Maia, pela «dedicação inesgotável» com que esta tinha abraçado o trabalho de preparação dos documentos vindos à reunião, mesmo apesar da sua atual situação contratual. Agradeceu também a todos os vereadores o terem aceite esperar pela clarificação da situação do programa de ajustamento financeiro que permitisse elaborar um Plano e Orçamento mais realista, o que finalmente se estava agora a cumprir. Esclareceu depois que tinha sido há 15 dias que o Governo tinha publicado a Portaria so-

bre o PAEL, a qual exigia um prazo de 20 dias para a apresentação das candidaturas, e que este plano de ajustamento teria que ser posteriormente presente à Assembleia Municipal de Valongo (AMV). O PAEL seria uma grande oportunidade para a CMV, que teria agora possibilidades de contrair um empréstimo a uma taxa muito mais baixa do que a da banca, situada entre 2,7 e 4,15%, a fixar na contratualização do empréstimo. Com o PAEL não haverá contudo um período de carência, começando-se desde logo a pagar os juros. A prática atual da CMV é a de que todas as despesas têm que ser muito bem justificadas, quer quanto à sua importância, quer quanto à sua urgência. Luísa Oliveira, de imediato, avisaria que o PS estaria ausente da discussão dos pontos sobre o Plano de Ajustamento Financeiro e o Plano e Orçamento, já que a maioria PSD não ti-

nha cumprido com os direitos da Oposição, por não ter respeitado o prazo estipulado de 15 dias para o envio destes documentos. João Paulo Baltazar responderia que tal era materialmente impossível e que a decisão do PS não fazia qualquer sentido. O presidente da Câmara tinha contactado José Luís Catarino (que substitui Afonso Lobão enquanto líder da vereação socialista) para o informar de tudo o que respeitava a estas matérias. Além do mais, o PS tinha todo o conforto em tomar uma decisão prévia, já que, então com mais tempo, tinha a Assembleia Municipal marcada para o dia 3 de outubro. Mas Luísa Oliveira manteve a sua posição, isto apesar de uma interrupção pedida para conferenciar com o outro vereador eleito pelo PS, José Miranda. Este esclareceria ainda que, embora eleito como independente nas listas do PS,

mantinha a solidariedade de voto da vereação. Pedro Panzina interviria de seguida, também ele surpreendido com o anúncio do PS e perante a acusação de irresponsabilidade dos vereadores socialistas e o protesto destes por tais acusações, quis saber de quem emanava a decisão, é de António José Seguro?, José Luís Carneiro?, ou da Concelhia? Da Concelhia, admitiram os dois eleitos do PS, após o que Pedro Panzina prosseguiu a sua intervenção: «Já foi dito que as regras são para se cumprir. Os documentos estruturantes devem, de facto, ser conhecidos por todos [os membros da CMV] com 15 dias de antecedência. Tal como é exigido que uma ambulância não passe os sinais vermelhos». Mas em situações de verdadeira emergência, continuou Panzina, uma ambulância pode passar esse sinal. Estava-se então aqui, defendia o vereador da Coragem

de Mudar, numa situação desse tipo. Em que não havia tempo útil para uma prática diferente. Sendo assim, a posição do PS era um «ato insano» da responsabilidade de quem tal ordenou, e lamentava que os vereadores do PS tivessem sido colocados nessa situação. «Pela primeira vez – apontou o autarca – estes instrumentos têm uma adesão à realidade.

O PS não quer votar estes documentos porque, pela primeira vez, eles são sérios?». E indignado ainda com a posição política do PS concluiu: «O dirigente concelhio do PS tornouse um perigo público!». João Paulo Baltazar também não escondia a sua indignação. E explicava que tinha estado, na véspera, em conferência de líderes da AMV, na qual estiveFOTOS URSULA ZANGGER


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ram representadas todas as forças políticas concelhias com assento naquele órgão além da sua mesa (isto é: PSD, CDS, PS, CM, CDU, BE e UPA). Toda a gente teria sido ouvida, mas dado o prazo muito apertado, tinha sido materialmente impossível fazer mais do que aquilo que se tinha feito. Passados estes comentários e explicações decorrentes da posição socialista, passou-se então à discussão propriamente dita dos documentos. Afonso Lobão lembrou os erros do passado, a incompetência na CMV, em anos sucessivos. Lembrou que os fornecedores continuam à espera de ser pagos e que o PAEL aparecia agora, e era visto como uma espécie de tábua de salvação.

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Destaque

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CÂMARA

minhos, a Oposição muito tinha Orçamentos contribuído para isso. deMUNICIPAL anos Por sua vez, PedroDE Panzina anteriores apontou que havia aqui duas questões interligadas – por um eram «fraude, lado, este Orçamento agora promentira, posto era diferente dos anteriologro» res que vieram à CMV (difeMas o PAEL era, de facto, um recurso menos gravoso para a CMV que, no futuro teria que reduzir despesas, embora o vereador se opusesse ao encerramento de equipamentos (como as piscinas de Sobrado e Campo). Embora não vendo um projeto coerente, o vereador agora independente reconhecia «maior diálogo com a oposição, contenção da despesa e mais transparência». E terminou apontando que se a CMV começa a trilhar novos ca-

rença de dois tipos: na filosofia da construção e na consonância com a realidade). E qualificando estas diferenças, ele era francamente melhor, com adesão à realidade, enquanto os anteriores não passavam de «fraude», «mentira», «logro». O Orçamento era agora de 35 milhões e não de 90 milhões! Quanto ao outro ponto, sobre a Plano de Ajustamento Financeiro, o vereador da CM considerava vantajosa a adesão ao PAEL. E precisando, depois:

«É um orçamento (para este ano – sublinhou), que deve refletir o que aconteceu nos meses já decorridos. Há aqui uma herança que não se pode repudiar (embora se possa criticar)». E repetindo uma ideia já expressa por Afonso Lobão: «O Orçamento é como é porque a Oposição também o impôs». A margem para opções seria muito reduzida. Contudo este não seria o Orçamento da CM, pois era também fruto de anteriores decisões ruinosas, até neste mandato, como as concessões acordadas, a pesada macroestrutrura da CMV, o desequilíbrio financeiro sempre, até agora, em que finalmente se aponta como estrutural, definido como meramente conjuntural.

Mas havia que reconhecer que este Orçamento introduzia uma diferença significativa para os anteriores. João Ruas, secundando a intervenção do seu companheiro de vereação, colocou a questão de querer saber se este orçamento estava preparado para a eventualidade do montante a ser atribuído no quadro do PAEL fosse, não para os 90% da dívida, mas apenas para 50% (o cenário extremo possível). Ficariam então 7 milhões da dívida sem financiamento. Há um plano B?

VALONGO

As respostas do presidente João Paulo Baltazar responderia considerando que provavelmente não haveria ne-

cessidade de rateio dos apoios do PAEL, pois várias autarquias teriam decidido não apresentar candidaturas. Mas no caso de tal ocorrer, para o montante em falta haveria então de recorrer a outros empréstimos. Aceitando também o reparo de João Ruas de que esta saída em termos de financiamento não era mérito da CMV, mas do PAEL, apontava contudo que era mérito da CMV já ter reduzido o montante da dívida de 25 para 16 milhões de euros, e que havia agora que esperar as consequências quer das alterações a introduzir na Lei das Finanças Locais, quer do destino das receitas do IMI. Arménio Pedro, da maioria laranja também lembrou que, sendo ele o vereador com o pelouro das Obras, queria deixar evidente que a Obra deste executivo é regularizar as contas, este era um Orçamento de margem zero, com plena adesão à realidade. Procedeu-se então à votação, sendo o Plano de Ajustamento Financeiro aprovado com os votos do PSD, CM e Afonso Lobão (sete). Os dois vereadores socialistas não participaram na votação. Quanto às Grandes Opções do Plano e Orçamento, foi este também aprovado, mas apenas com os votos a favor do PSD (quatro), três abstenções (CM e Afonso Lobão) e a ausência do PS (dois).

Reunião do Executivo municipal com Comissão Técnica de Revisão do PDM LC

O Executivo municipal valonguense reuniu, no dia 17 de setembro, com a Comissão Técnica responsável pela revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Valongo, dirigida por Paulo Pinho, professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Esta reunião, que atualiza a informação sobre o estado da revisão, pelo volume de informação agora disponibilizado não permitiu contudo uma discussão muito aprofundada, já que a última sessão da Comissão Técnica com a Câmara remontava já há dois anos atrás, tendo agora os vereadores muito material sobre o qual se debruçar, situação que merece, aliás, a crítica da Oposição municipal. Neste processo, que introduz muitas novidades relativamente ao anterior, todo o Regulamento do PDM será novo, e por isso a apresentação exaustiva da proposta de PDM tal como ela está, não permitiu que nas horas de reunião havidas, essa discussão aprofundada pudesse ter lugar.

Segundo João Paulo Baltazar, o presidente da Câmara Municipal de Valongo, ao contrário do que se passava antigamente, existe uma preocupação de harmonização dos PDM's, de forma a não se criarem descontinuidades flagrantes de classificação de território em municípios adjacentes. Existem paralelamente algumas questões em aberto no que respeita à pertença de algumas parcelas de território entre o município de Valongo e os vizinhos de Paredes e da Maia, situações para as quais se tenta chegar ao estabelecimento de critérios claros que permitam a reparação de incorreções, mas para levar até ao fim esse processo de reparação, exigese a recuperação dos elementos históricos imprescindíveis. Recorde-se que, além destas questões de território transmunicipais em aberto, que importa resolver e consagrar na CAOP (Carta Administrativa Oficial de Portu-

gal), subsistem ainda as questões relativas às inconformidades e problemas intramunicipais sobretudo entre as freguesias de Alfena, Valongo e Sobrado. E ainda além destas, há quem aponte também questões

mal resolvidas entre Valongo e Gondomar, nos limites das freguesias de Ermesinde e Baguim.

Mas voltando ao referido processo de revisão, passada cerca de uma semana, no dia 25 de setembro, realizou-se a 5ª e última reunião da Comissão de Acompanhamento do PDM. Reunião esta que, de acordo com a informação do verea-

dor João Ruas, não terá sido completamente consensual. O vereador da Coragem de

Mudar, aliás, faria uma intervenção, no peroído antes da Ordem do Dia, na sessão camarária de 27 de setembro, na qual referindo a existência de posições críticas sobre o documento, e apontava ainda para estudos sobre o PDM em que se concluía que o período ideal para o início da discussão pública deste importantíssimo documento de gestão territorial era logo na primeira fase da sua preparação. Numa fase mais avançada, não só as ideias já estariam mais cristalizadas, como seriam ainda de mais difícil compreensão técnica pelos interlocutores comuns. Bom, de qualquer modo, concluído o processo de redação do PDM, este será necessariamente obrigado a obter o Parecer favorável da CCDRN (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a que terá que se seguir a discussão política em sede da Câmara Municipal de Valongo e, posteriormente, só então,o processo de discussão pública.

Para ir afinando um melhor conhecimento deste dossier, João Paulo Baltazar adiantou ao jornal “A Voz de Ermesinde” ter já reunido com os presidentes de Junta do concelho e com os membros da Assembleia Municipal. Reorganização da macroestrutura concelhia João Paulo Baltazar revelou ainda ao jornal “A Voz de Ermesinde” que está a entrar na sua reta final a reorganização da macroestrutura concelhia, relativamente à qual muito em breve as várias forças políticas presentes no Executivo deveriam finalmentedebruçar-se. São, assim, juntamente com as grandes Opções do Plano e Orçamento, e o plano de Ajustamento Financeiro, vários dossiers importantes a avançar simultaneamente, num processo que o presidente da edilidade valonguense estima que, em muito pouco tempo, menos de um mês, todas as grandes decisões estruturantes relativas ao concelho, deverão estar tomadas.


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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Destaque

Associações de Campo manifestam-se contra extinção da freguesia LC

Por iniciativa das associações sociais, culturais e desportivas da freguesia, com destaque para a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos (ARPI) e com o apoio da Junta de Freguesia local, a população de Campo reuniu na passada sexta-feira à noite, dia 14 de setembro, para debater a situação e apontar formas de luta preventivas contra o cenário muito plausível que aponta para uma decisão da administração central no sentido da extinção da freguesia de Campo no concelho de Valongo. Com a sala de sessões da sede da Junta de Freguesia a transbordar, havendo pessoas que tiveram que ficar no corredor tal a afluência popular registada, a sessão de protesto contra a extinção da freguesia de Campo foi aberta por Adriano Ribeiro, na sua qualidade de dirigente da Associação de Reformados (ele que é também dirigente da Associação das Coletividades do concelho, e deputado municipal eleito pela CDU), que começou por saudar o povo presente, os órgãos de imprensa e, sobretudo, as associações da freguesia, explicando que aquela sessão, organizada pelas associações, tinha contado com o apoio da Junta. Adriano Ribeiro traçou depois uma panorâmica do trajeto das propostas de reforma da

Administração Local – que se concretizam em pouco mais do que a extinção de freguesias – desde o chamado Livro Verde, primeiro esboço da proposta de lei agora em cima da mesa – e no qual o concelho de Valongo não saía beliscado –, até à atual situação, em que se aponta para a diminuição de uma freguesia no concelho, tendo sido a lei (geral) aprovada em abril de 2012 e já publicada em “Diário da República” em 30 de maio. Adriano Ribeiro, além de salientar que não há ninguém que aponte as vantagens desta diminuição de freguesias, apontou também o facto de a Junta de Freguesia de Campo, a Câmara Municipal de Valongo (CMV) e a Assembleia Municipal de Valongo (AMV) já terem repudiado tal pretensão. Mesmo na situação de Barcelos, com 89 freguesias, Adriano Ribeiro chamou a atenção de que 88 destas se tinham manifestado publicamente contra a alteração do mapa administrativo. Por fim pôs à apreciação da assembleia uma proposta de moção que, submeteu primeiramente às associações presentes e depois ao público em geral. As intervenções Tomam então a palavra alguns representantes das associações locais, entre elas, e além da própria ARPI (agora através

de Maria da Conceição) Grupo Dramático e Musical de Campo e Sport Club de Campo, todos unânimes na condenação da eventual ideia da extinção da freguesia de Campo. Mas o povo presente, que em mais do que uma intervenção, queria ir mais além do que “simples papéis”, ia apontando outras ideias («proponho que se encharque de e-mails todo o sistema, em protesto», outro munícipe de Campo acrescentava: «... e também o MAI»). À sugestão de um referendo, Alfredo Sousa, o presidente da Junta, esclareceu: «Um referendo não é possível»; «às vezes é», corrigiu Adriano Ribeiro. Outro morador, mais à frente, apontava a realização de uma megamanifestação em Valongo, tipo procissão de velas ou marcha lenta. Talvez em dia de Assembleia Municipal, sugeriu Alfredo Sousa. Mas Adriano Ribeiro punha água na fervura, era preciso ver que em ocasião anterior sé ele e a sua companheira de bancada da CDU na Assembleia de Freguesia, se tinham mantido firmes em ir à Assembleia Municipal. E acrescentava que havia associações com centenas de associados, mas que não tinham sequer uma pessoa para estar ali agora naquela ocasião. José Manuel Ribeiro, presidente da Concelhia socialista e também deputado municipal, igualmente presente apontou

que a questão não diria respeito só a Campo e defendeu que a única forma de provocar um recuo era endurecer a luta, mas sem se chegar a vias de facto. «É importante que se saiba que esta lei só foi aprovada pela direita, nem PS, nem PCP nem Bloco de Esquerda a aprovaram». E defendeu que já que a Junta e a Câmara se opunham a ela era preciso exigir-lhes que usassem todos os trunfos, nomeadamente no plano jurídico indo até ao recurso à providência cautelar. «Vamos entrar em tempos de muita dureza e é preciso dizer quem é responsável». E acrescentou que, com esta lei estava instalada a confusão e que perante a confusão as pessoas não podiam ficar em casa, porque «a maior arma que temos é o voto», defendeu, apontando já para outros voos. Por fim, propôs a introdução de um terceiro na proposta de moção inicial, solicitando que o deputado do círculo do Porto ligado ao município de Valongo [Miguel Santos] votasse contra a redução de freguesias no concelho. O presidente da Junta de Freguesia, Alfredo Sousa, apontou que a lei era cega, e que nem se poderiam aplicar integralmente os seus critérios ao concelho de Valongo. E acusou depois: «Por vontade deste Governo extinguiam-se as freguesias todas!». E admitiu que as provi-

dências cautelares seriam a última arma da Junta de Freguesia. Joaquim Oliveira, da Associação das Coletividades, salientou o papel desta estrutura no concelho e a importância das coletividades na freguesia de Campo. Adriano Ribeiro aceitava a introdução do 3º ponto, proposto por José Manuel Ribeiro e insistia, precisando, que aquela era uma iniciativa das associações e não da Junta.

Moção (aprovada) das Associações da Freguesia de Campo LC

«Considerando a necessidade de respeitar a identidade, história, a cultura e a população, enquanto agregadora da coesão territorial e demográfica. Tendo presente a necessidade de manter a capacidade de resposta dos serviços de proximidade e apoios prestados pela Junta de Freguesia de Campo às suas associações

e população em geral. Considerando também que é extremamente importante dar voz às populações, para que estas contribuam de forma significativa para uma melhor reflexão e discussão de alguns parâmetros da lei n.° 22/2012. Tendo em conta que se a lei n.° 22/2012 for aplicada no concelho de Valongo, os serviços de proximidade, os valores culturais e históricos, a identidade da Freguesia de Campo, num futuro próximo perder-se-á.

As associações da Freguesia de Campo reunidas em conjunto com a população, no dia 14 de Setembro de 2012, decidiram: 1. Manifestar o seu total desacordo com a aplicação da Lei n.° 22/2012, no que envolve a Freguesia de Campo e propor a rejeição da agregação da nossa freguesia a qualquer outra do concelho de Valongo. 2. Apelar ao Deputado do Concelho de Valongo, eleito pelo PSD, que vote contra qualquer alteração de freguesias no

Concelho de Valongo. 3. Apelar à Câmara Municipal de Valongo e Junta de Freguesia de Campo, que desencadeie todos os meios legais ao seu alcance, para impedir que a Lei 22/2012, seja aplicada no Concelho de Valongo. A ser aprovado, este documento será enviado à Câmara Municipal de Valongo e Assembleia Municipal de Valongo». As associações da Freguesia de Campo

A moção seria aprovada por unanimidade e aclamação. Quanto a outras iniciativas, timidamente discutidas ainda, ficariam para outra ocasião (a proposta dos e-mails não chegaria sequer a ser abordada). A moção aprovada ficou de ser reelaborada de acordo com as alterações nela introduzidas, ficando a Junta de Freguesia de Campo de a publicar na sua página web. FOTOS URSULA ZANGGER


30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Destaque

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FOTOS MANUEL VALDREZ

Nuno Castro na inauguração do Centro Escolar do Mirante de Sonhos LC

Com o ministro da Educação resguardado atrás de um forte dispositivo policial que circundava o novo complexo escolar em inauguração, o sorridente ministro da Educação, Nuno Crato, respondendo positivamente ao convite do presidente da Câmara (CMV), João Paulo Baltazar, inaugurou, no dia 25 de setembro o Centro Escolar do Mirante de Sonhos, o mais moderno equipamento do Ensino Básico em Ermesinde e no concelho. Antes das intervenções na cerimónia de inauguração, um coro de cerca de três dezenas de crianças deu as boas vindas ao ministro, interpretando uma rapsódia de canções que culminou com uma salva de palmas e que antecedeu o momento da consa-

gração religiosa do edifício pelo pároco católico de Ermesinde, cónego João Peixoto. Nuno Crato, agradecendo o convite endereçado pelo autarca valonguense, sublinhou que a escola era de todos, e gracejou com as crianças, «surpreendido» com as suas artes de cantar, estudar e aprender. Garantiu depois estar-se, passo a passo, cautelosamente, a melhorar a educação, com destaque para o papel dos professores, que tinha que ser valorizado, acima de tudo, pelos alunos, pelos pais e por toda a comunidade. João Paulo Baltazar, por sua vez, agradecendo a aceitação do convite ao ministro da Educação, e ainda a presença dos autarcas presidentes de Junta de Ermesinde, Alfena e Sobra-

do, fez uma referência elogiosa ao trabalho do arquiteto Cesário Moreira, destacando ser este um centro escolar de qualidade bem acima da média, concluindo-se com ele a fase de renovação e requalificação do parque escolar do concelho, durante a qual foram construídas cinco novas escolas e requalificadas onze das existentes, permitindo assim cumprir o objetivo pretendido de se concretizar a escola a tempo inteiro e o nivelamento do parque escolar por cima. Todavia este era um período de grandes dificuldades financeiras (para o concelho e para o país), que obrigava a uma gestão criteriosa assente sobretudo nos pilares da manutenção dos postos de trabalho e no investimento nas pessoas, o que implicava

sobretudo as áreas da Educação e da Ação Social. O autarca agradeceu depois a grande disponibilidade do ministro para uma reunião de trabalho com os diretores dos agrupamentos escolares concelhios, apontando haver uma grande quebra de qualidade no concelho dos equipamentos de nível superior relativamente aos do ensino básico, o que representava uma grande perca de competitividade do município relativamente a outros. Por isso, mesmo conhecendo a difícil conjuntura, pedia um compromisso claro ao ministro, nomeadamente na resolução dos problemas que afetam as Secundárias de Ermesinde e Valongo e a EB 2/3 da capital do concelho, problemas estes que desanimam toda a gente, inclusive os autarcas.

Reunião de trabalho com agrupamentos A reunião de trabalho que o ministro da Educação Nuno Crato aceitou ter, sob o patrocínio da CMV, com os diretores de agrupamento, era sem dúvida, de oportunidade mais do que justificada. Entre os presentes à cerimónia de inauguração do Centro Escolar de Mirante de Sonhos encontravam-se alguns diretores de escola cujas razões de queixa são bem conhecidas. Entre eles, Álvaro Pereira, da Escola Secundária de Ermesinde, um dos equipamentos escolares previstos para entrar em obras na 2ª fase de requalificação escolar, adiada como se sabe, mantinha um otimismo comedido, agora que os técnicos da DREN visitaram a es-

cola, há cerca de um mês, visita essa da qual é suposto haver finalmente fumo branco para arranque dos trabalhos bem necessários e urgentes, de requalificação. O diretor da Secundária de Ermesinde (ESE) apontava, por exemplo, que é inadmissível haver na Secundária de Águas Santas mais computadores na sala de professores do que em toda a ESE! Miguel Marques, o diretor do Agrupamento de Escolas de S. Lourenço, feliz com a inauguração do Centro Escolar do Mirante de Sonhos, não esquecia contudo os problemas na EB 2/3 de S. Lourenço, nomeadamente a falta de funcionários e a suspensão das obras no pavilhão daquela escola.

Por sua vez, Artur Oliveira, diretor da EB 2,3 Vallis Longus, preparava-se para apresentar ao ministro um longo dossier reportando o estado de degradação daquela escola, pouco melhor do que na altura de uma reportagem do jornal “A Voz de Ermesinde” em Junho de 2010. Além dos professores, com quem Nuno Crato iria reunir, a Associação de Pais da Escola Secundária de Ermesinde (APESE), também fez chegar à assessora do ministro da Educação, uma carta, assinada pelo seu presidente do Conselho Executivo, João Arcângelo, na qual se lembravam os «graves problemas de racionalidade e otimização de

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meios e recursos» daquela escola, que aguardavam «sine die» o «já garantido investimento previsto e aceite pela tutela». Apontando depois que «embora todos os indicadores apontassem para uma data prevista e com o processo pronto meses antes da demissão do anterior governo», se assistia agora ao encalhar deste dossier, «com as negativas consequências previsíveis que o congelamento da decisão acarreta». Continuava a carta: «Na expectativa que o novo governo viabilizasse os trabalhos de requalificação da Escola Secundária de Ermesinde, tal não aconteceria. A imediata suspensão de todos os

Miguel Marques, diretor do Agrupamento de Escolas de S. Lourenço, também tomou brevemente a palavra para considerar ficar a ser esta escola um ex-libris do concelho, e pelo qual agradecia à Câmara Municipal de Valongo. As crianças, agora em número muito maior do que as do grupo inicial que recebeu o ministro (muito bem dirigidas pela jovem professora Patrícia Silva), voltaram nesta fase da cerimónia a cantar, escutando depois as palavras das referidas personalidades. Seguiu-se uma visita às instalações do Centro Escolar do Mirante de Sonhos, incluindo a visita de surpresa a algumas salas de aula em funcionamento. Lá fora o grupo de manifestantes que se propunha protestar contra a

política educativa, foi o brigado a ficar longe do ministro. Cena presenciada pela reportagem de “A Voz de Ermesinde” foi a situação em que o presidente da Federação de Pais concelhia (FAPEVAL) ter sido, de forma um pouco relutante autorizado a assistir à cerimónia, mas com o conselho policial de que interviesse junto dos pais e pessoas presentes, para que não se manifestassem! O complexo escolar agora inaugurado abarca 10 salas de ensino básico, duas salas de jardim de infância, uma sala recursos, uma sala de repouso, uma sala de atendimento, uma sala de professores, um posto médico, um polivalente, uma cantina e um recreio coberto. O investimento neste equipamento orçou os dois milhões de euros.

processos em curso – independentemente do seu nível de prioridade – possibilitou, uma vez mais, adiar indefinidamente, a resolução de um problema cujo alcance da rutura das próprias instalações, não será mais que a deterioração das mínimas condições de trabalho, ensino e de educação para com toda a comunidade escolar. O avançado estado de degradação das suas instalações e a inexistência de espaços condignos, face às novas necessidades e que possam configurar uma melhor escola, deixam em profundo estado de abandono, as desejadas melhorias que todas as partes envolvidas reconheceram ser efetivamente prioritárias e inadiáveis. Atendendo à dimensão da escola e à sua longevidade, a legítima expectativa criada torna ne-

cessária uma resposta, mesmo conhecendo e compreendendo a nota do ministro em que este, reconhecendo «(...) a necessidade e da importância de promover a requalificação e modernização do parque escolar (…)» ordenava «suspender todas as intervenções que não estivessem abrangidas por contratos de empreitada em curso – e, como tal a suspensão da intervenção na ES de Ermesinde –», a APESE acha que «na medida do possível, este assunto carece de ser tão rapidamente implementado e que a sua demora (demasiadamente demorada) como tem sido, provocou este ano letivo, o abandono de cerca de duzentos alunos desta escola (..)» idos para um concelho limítrofe. Pelo que insiste na atenção do ministro ao caso particular desta escola.

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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Destaque

NO ÂMBITO DAS I JORNADAS DOS CAMINHOS DE SANTIAGO

Uma imaginação... à deriva Classificados pela UNESCO como Património da Humanidade, os Caminhos de Santiago vão muito além de um simples ritual cristão seguido por peregrinos do Mundo inteiro que a Compostela se deslocam no sentido de venerar ou prestar tributo ao apóstolo São Tiago. Na verdade este ritual – continuemos a denominá-lo desta forma – transcende as fronteiras de cristandade, calcorreando os patamares da culturalidade, ou mesmo da introspeção que caminheiros – cristãos ou ateus, homens e mulheres com mais ou menos fé – vindos dos mais diversos pontos da aldeia global procuram, na tentativa de se (re)descobrir a si próprios ou simplesmente de testar as suas capacidades físicas e mentais ao embarcar nesta longa jornada. Esta múltipla essência dos Caminhos de Santiago, por assim dizer, esteve a descoberto em Ermesinde, no passado dia 15, durante as I Jornadas dos Caminhos de Santiago, evento organizado pelo Terra Verde – Grupo de Pedestrianismo de Ermesinde e pela Ágorarte – Associação Cultural e Artística. MIGUEL BARROS

Um considerável público acorreu ao Fórum Cultural de Ermesinde para as I Jornadas dos Caminhos de Santiago. O evento foi inaugurado com a exposição documental “Pelos Caminhos de Santiago”. Composta por um conjunto de imagens vivas de Manuel valdrez e Jorge Torres, onde eram resgatados momentos de inúmeras etapas dos Caminhos de Santiago levadas a cabo pelo grupo Terra Verde, imagens essas que se faziam acompanhar de objetos, de brochuras, de indumentárias, etc., personificadores da mística das épicas jornadas. Seguidamente, e já no interior do auditório da casa de espetáculos, o presidente da Direção da Ágorarte, Carlos Faria, daria as boas vindas a todos, ressalvando a importância que estas jornadas teriam para Ermesinde, passando posteriormente a palavra ao outro “parceiro” da organização do evento, o grupo Terra Verde, que na voz de Jorge Torres começou por dar conta da honra que a sua associação sentia em promover estas jornadas, recordando em seguida que após o início de atividade, em 2008, e depois da realização de mais de uma centena de percursos por todo o país, a Terra Verde decidiu focar a sua atenção noutros caminhos, os de Santiago. Uma nova aventura que teve início em 2009, e de lá para cá foram já realizadas duas jornadas, estando a terceira já na forja para o próximo mês de outubro. Jorge Torres deixou em seguida uma série de agradecimentos públicos a pessoas ou entidades que tornaram possível a realização destas I Jornadas. Entre o muito público presente destacavam-se algumas figuras públicas locais, entre outros o presidente da autarquia de Valongo, João Paulo Baltazar. Presentes igualmente algumas personalidades ligadas à temática dos caminhos de Santiago, desde logo Luís Freixo, grande impulsionador e divulgador dos Caminhos da Costa, António Fernández Pablos, Manuel Rocha e Manuel Pinho,

três membros da arquiconfraria de Santiago de Compostela, e ainda Maria da Graça, membro do Centro Jacobeo do Porto. No seu discurso, o presidente da Câmara de Valongo além de enaltecer o evento, recordaria que das pessoas que algum dia já fizeram os caminhos de Santiago e com quem já teve a oportunidade de falar, todas elas lhe transmitiram a sensação de terem feito algo de profundamente marcante, uma experiência única, testemunhos que levam o autarca a sentir um aguçado interesse em o experimentar, conforme confessou, deixando a promessa que num qualquer dias destes acompanhará o Terra Verde numa das suas caminhadas/peregrinações a Santiago. Dualidade caminhada/peregrinação que serviria precisamente de mote para o momento seguinte destas jornadas. “Peregrino ou Caminheiro?”, o nome do documentário realizado por José Beça, uma presença habitual nas jornadas levadas a cabo pelo Terra Verde, que transpôs para o vídeo uma série de imagens e depoimentos de pessoas que vivenciaram as várias etapas organizadas pela associação ermesindense. Seriam essas pessoas devotos peregrinos ou meros caminheiros? Precisamente a essência deste mesmo documentário, descobrir com que espírito estas pessoas percorrem os caminhos de Santiago, e a resposta que encontrámos após visionar o trabalho de José Beça – excelente por sinal –, é que esta é uma jornada que pode ser abraçada com a mesma carga de emoção e entrega tanto por peregrinos como por caminheiros. Peregrinos fazem-no procurando refletir sobre a sua vida cristã, procurando a fé que muitas vezes julgam perdida, tentando encontrar a paz de espírito que fará com que se sintam bem consigo próprios, enquanto que caminheiros o fazem para descobrir culturas, saberes, mas também para se (re)descobrirem a si próprios, meditarem sobre a vida, testarem os seus limites físicos e mentais numa longa jornada.

Factos e lendas em volta de Santiago E marcantes foram igualmente as intervenções do rico painel de oradores presentes, intervenções que giraram em torno da história e da lenda do apóstolo Tiago. Alcina Martins, vice-reitora da Universidade do Porto e com inúmeras publicações e participações relacionadas com os Caminhos de Santiago, foi a primeira a intervir. E fê-lo com o tema “Os Votos de Santiago na Idade Média: um tributo gerador de conflitos”, uma temática tão antiga e ao mesmo tão atual em certos aspetos, como mais à frente iremos ver. A historiadora centrou a sua comunicação na questão dos tributos – ou impostos – que a igreja criou na Idade Média como forma de “alimentar” toda a estrutura, digamos assim, em volta de Santiago. Para compreender melhor a questão dos votos de Santiago fez uma deliciosa e pormenorizada viagem no tempo, recordado a lendária batalha de Clavijo, no ano de 834, na qual o rei Ramiro I, das Astúrias, se viu ajudado por um desconhecido cavaleiro montado num cavalo branco que, com a sua espada, atacava os mouros que até então nunca haviam sido derrotados pelos católicos que ocupavam a região norte da Península Ibérica. Convicto de que esse desconhecido cavaleiro que ajudou os cristãos a derrotar os mouros era nem mais nem menos do que Santiago, o rei Ramiro I, para demonstrar a gratidão ao apóstolo, prometeu doar à igreja de Santiago um dízimo do melhor vinho e trigo provenientes das terras da região pertencentes aos cristãos. Dali em diante todos os camponeses da região deveriam pagar à igreja uma medida de pão e outra de vinho. As dioceses de Braga e do Porto não concordariam (mais tarde) com esta medida, e como eram pontos importantes de passagem dos peregrinos a caminho de Santiago acha-

vam-se no direito de cobrar os seus próprios votos. Fizeram-se junto dos camponeses cristãos das respetivas regiões, sob pena de caso estes não pagassem o referido tributo serem excomungados e deixarem de viver em paz e gozar da liberdade religiosa que possuíam. No século XVI, e numa altura de profunda crise, este tributo a Santiago sofreu um aumento – onde é que já ouvimos isto nos dias de hoje?, gracejou a historiadora – e originou a revolta do povo, merecendo a intervenção de reis, de bispos, e até do papa. Houve uma luta enorme na tentativa de travar o ímpeto da igreja, acabando os votos a Santiago por conhecer o seu fim já no século XVIII, e o curioso nesta história é o facto de que mesmo revoltados com o(s) aumento(s) do tributo a Santiago o povo católico nunca deixou de mostrar devoção pelo apóstolo de Cristo. Caminhos de Santiago que se espalham por toda a Europa e vão de encontro aos caminhos espanhóis. Entre os caminhos trilhados no Velho Continente encontram-se os caminhos portugueses, percursos que tocam várias localidades do nosso país e sobre as quais foram deixadas marcas ao longo de vários séculos. A cidade do Porto guarda inúmeras marcas dos Caminhos de Santiago, sendo precisamente este o tema que deu origem à intervenção seguinte, a de Manuel Araújo, técnico superior do Arquivo Histórico Municipal do Porto, que trouxe a estas jornadas a comunicação intitulada “Os Caminhos de Santiago no

Porto”. Um trabalho que expõe precisamente as várias marcas que o Porto guarda, ou guardou e que já não existem, relacionadas com este ritual que carrega já 12 séculos de existência. Marcas várias, como por exemplo a imagem de Santiago esculpida em madeira que se encontra nos claustros da Sé portuense, fazem parte desse rico espólio. Manuel Araújo traçou ainda os caminhos que os peregrinos faziam na Idade Média quando passavam pelo Porto rumo a Santiago de Compostela. Recordou que numa época em que o Douro não era atravessado por pontes o trajeto da ligação GaiaPorto era feito através de barcas, as quais atracavam no cais da Ribeira deixando peregrinos que dali seguiam por ruas específicas da cidade onde as marcas de Santiago

estavam tão vincadas. Recordou, por exemplo, o primeiro albergue existente no Porto a acolher os peregrinos, ou meros caminheiros, a Albergaria de S. Crispim, ou S. Crispiniano, datada de 1301. Lembrou ainda a passagem do rei D. Manuel I pelo Porto, em outubro de 1502, quando este se dirigia em peregrinação rumo a Santiago, história esta que aliás serviu de ponto de partida para a elaboração desta comunicação apresentada em Ermesinde. Uma passagem real envolta em alguma polémica, na época, já que o rei criou um imposto específico, chamado de finta, para custear as despesas da sua estadia – e da restante corte – na cidade portuense. Histórias lendárias que tiveram seguimento na intervenção seguinte, a do reputado arqueólogo e historiador portuense Joel Cleto, que nestas jornadas abordou a lenda envolta sobre Santiago. História e lenda que muitas das vezes surgem de mãos dadas, con-

dade da evangelização da Península Ibérica, pese embora o historiador tenha referido que as referências mais antigas da civilização não falam no apóstolo Tiago como o introdutor, por assim dizer, da cristianização da Península Ibérica. Reza a lenda que a primeira referência cristã na península ocorre na Carta aos Romanos por parte de S. Paulo, no ano de 58, na qual este dá conta da sua intenção em visitar esta região. Não se sabe porém se de facto este apóstolo terá ou não visitado a península, uma vez que não terá ficado qualquer vestígio da sua hipotética vinda. Há portanto um leque variado de versões, ou lendas, como Joel Cleto inicialmente aludiu à história de Santiago, bem ao estilo da igreja, que segundo o historiador sempre teve o hábito de cristianizar sepulturas – e consequentemente criar mitos – ao longo da história. E como peregrinação – ou caminhadas – não estão dissociadas de hospitalidade a última inFOTOS MANUEL VALDREZ tervenção da tarde, que abordou precisamente esta parte fundamental dos Caminhos de Santiago, precisamente a hospitalidade. Tema introduzido pelo historiador galego Celestino Rosal, também ele um especialista em questões relacionadas com Santiago, e que em Ermesinde estabeleceu a ligação que existe entre a hospitalidade e os caminhantes/peregrinos. Descreveu as albergarias das várias épocas e o que ofereciam aos caminhantes/peregrinos, os cuidados que lhes prestavam e a importância que foram tendo ao longo de séculos na sustentação do ritual dos caminhos de Santiago. forme o historiador deu a entenPosteriormente a este desfider, aludindo à origem de Santialar de factos históricos e lendários go, e do mito em seu redor, como em redor de Santiago foi apresenuma lenda. A longevidade do temtado o livro de António Sá Gué, po provoca a imprecisão quanto à escritor habitualmente presente na data de início do mito de Santiago, Feira do Livro de Ermesinde, que o da descoberta do túmulo do a convite da organização destas jorapostolo na Galiza e do que dali nadas deu a conhecer “Ultreia! Cadaria origem, a construção do sanminhos sem Bermas”. Com palatuário e o início das peregrinações. vras do próprio autor, o livro é Documentos há que mostram dauma espécie de simbiose entre o tas como 814, ou 816, enquanto caminho físico e o caminho interique outros apontam para o ano de or, onde a personagem, ao percor820, ano este apontado como o da rer os caminhos de Santiago, vai descoberta do sepulcro apostólirecolhendo aspetos de tudo aquico por parte do ermitão de nome lo o que o rodeia, estabelecendo Pelaio. Sobre este dado histórico, uma ponte entre o caminho físico Joel Cleto lembraria que em toda a e o caminho interior. Europa só existem duas sepultuJá no cair do pano destas I ras de apóstolos de Cristo, a de S. Jornadas dos Caminhos de SantiPedro, em Roma, e a de S. Tiago ago, o presidente da Direção da (ou Santiago) na Galiza. A SantiaÁgorarte elogiou e agradeceu a inigo é pois atribuída a responsabiliciativa do grupo Terra Verde.


30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Destaque

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• XXI MAGICVALONGO • XXI MAGICVALONGO • FESTIVAL LUSO-ESPANHOL DE ILUSIONISMO

Magic de 2012... em versão ibérica só em Ermesinde AVE

A vigésima-primeira edição do MagicValongo, agora com o subtítulo Festival Luso-Espanhol de Ilusionismo, decorreu este fim-desemana, a 29 e 30 de setembro, no

Fórum Cultural de Ermesinde. Carecido de apoios que pudessem projetá-lo mais, como merece, este grande evento do Ilusionismo trouxe, ainda assim ao palco de Ermesinde – aonde ficou este ano exclusivamente sediado, uma mão cheia de artistas da Magia,

que trocaram os olhos aos espetadores e os encantaram e surpreenderam com a sua habilidade, engenho e criatividade. O Magic teve a sua abertura oficial às 10h00 de sábado, dia 29 de setembro, tendo-se logo aí aberto a Feira Mágica, um espaço sempre de muito agrado dos iniciados da Magia. O primeiro evento sumarento teve lugar logo a seguir, com a 1ª Conferência/Workshop de Jarri Marquerie. E ainda na manhã de sábado, antes do intervalo para almoço, teve lugar um dos momentos mais aguardados do Magic, a Gala de Close-up. Foi ainda com o prolongamento do foco do Magic no Close-up que come-

çou o programa da tarde de sábado, com a realização do Concurso de Close-up, a que se seguiu, cerca de duas horas depois, outro concurso, o de Palco. Após o jantar foi então a vez do momento mais esperado e grandioso do Magic 2012 – a Gala Internacional. O programa de domingo, mais leve, proporcionava mais um dia de exposição para os stands da Feira Mágica, tendo decorrido da parte da manhã a 2ª Conferência, da responsabilidade do Mago Kiko. O almoço convívio entre organizadores, artistas e convidados terminou com chave de ouro mais este

evento mágico que aproveitou a velha fábrica da telha para a transformar, por dois dias, numa fábrica de ilusões. Além dos conferencistas do XXI MagicValongo (Jarri Marquerie e Mago Kiko, de Espanha), estiveram presentes os ilusionistas Artur Santos e Francisca Marques Vidal (Portugal) e os espanhóis Martin Camiña, Roman Pastur, Jose Carlos, Gérman Martinez, Conde Ropherman e Albert. Ao certame compareceu o presidente da Câmara Municipal de Valongo, João Paulo Baltazar. Outra personalidade presente no evento foi o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho.

FOTOS MANUEL VALDREZ


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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Local

Jantar-convívio do PSD de Alfena FOTO PSD ALFENA

O PSD de Alfena juntou no passado dia 22 de setembro, num restaurante em Alfena, centena e meia de militantes num jantar convívio. O evento serviu para marcar o arranque do novo ano político da Comissão Política do PSD de Alfena, eleita em junho último. O evento contou com inúmeros militantes e simpatizantes do PSD entre os quais se destacam algumas “referências”, como Guilherme Roque, Manuel Oliveira ou Moazyr Marques. Marcaram ainda presença Miguel Santos, vicepresidente da Comissão Política Distrital

do Porto do PSD e ainda vicepresidente do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República, Simão Ribeiro, deputado e presidente da JSD Distrital, João Paulo Baltazar, presidente da Secção de Valongo do PSD e presidente da Câmara Municipal de Valongo, Trindade Vale, vicepresidente da mesma autarquia, e César Vasconcelos da JSD/Valongo, entre outros. Daniel Feliz, o recém-eleito presidente do PSD de Alfena, destacou na sua intervenção a capacidade de mobilização dos militantes do PSD e o entusiasmo crescente que se começa a sentir nas ruas de

Alfena em torno do partido, «…aumentando por isso as nossas responsabilidades…». O novo líder afirmou ainda de forma clara perante os presentes que «…o PSD vai concorrer nas próximas eleições autárquicas à Junta de Freguesia de Alfena com o seu candidato…». O jantar ficou ainda marcado pelo anúncio feito pelo presidente da Câmara Municipal de Valongo de que o Executivo camarário liderado pelo PSD passa agora a contar com Sérgio Sousa, que também é vicepresidente da Comissão Política do PSD de Alfena. A entrada de Sérgio Sousa é vista como um reforço na equipa de vereadores do PSD para as lutas que se avizinham, e «…merece o total apoio do partido em Alfena», porque se sabe «que estará à altura dos desafios» esperados, «muito em especial aqui em Alfena…», referiu Daniel Feliz. Miguel Santos, por seu lado, deixou uma palavra de grande confiança em Daniel Feliz, que conhece muito bem, depositando inteira confiança «…na capacidade do jovem líder em congregar a família social democrata alfenense, para que o PSD volte a ser a primeira força política da Cidade...».

CONDURIL -

Festa-convívio do PS em Alfena LC

Decorreu no passado sábado, dia 8 de setembro, no Centro Cultural de Alfena, a Festa Convívio do PS de Alfena – Mudar Alfena. O evento, no qual esteve presente o atual presidente da Comissão Política Distrital, José Luís Carneiro e o presidente da Concelhia, José Manuel Ribeiro, pretendia ser uma espécie de novo arranque do Partido Socialista em Alfena, depois dos “estragos” provocados há dois anos pela candidatura da Coragem de Mudar. De notar que, para além deste convívio razoavelmente participado – acima das expetativas do seu principal dirigente concelhio, como nos confidenciou – o PS de Alfena também abriu a sua nova sede em Alfena, situada não muito longe do centro Cultural, mas na direção de Cabeda. Quanto à Festa Convívio do PS de Alfena propriamente dita, esta contou com música ao vivo – Tony Garcia (que abriu e fechou o evento artístico) e MTV Dance –, animação para as crianças, incluindo facepainting, insufláveis e comes e bebes para todos, inclu-

indo porco no espeto e bifanas. Entre outras personalidades locais do PS, a festa contou também com a presença do socialista Alfredo Sousa, o presidente da Junta de Freguesia de Campo e Paulo Gomes, deputado municipal e dirigente local de Alfena. Usaram da palavra o líder distrital José Luís Carneiro, que abordou as questões do momento político e da situação nacio-

nal, o líder valonguense José Manuel Ribeiro, focando mais a atual realidade do concelho, e Paulo Gomes, sobre a renovada realidade socialista local. FOTOS URSULA ZANGGER

CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.


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de Ermesinde

Ambiente

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Acampamento do Terra Viva condena mini-hídrica no Alto do Castelo LC

geral e anarco-sindicalista em particular». O acampamento, que decorreu com base em decisões assembleárias em democracia direta, era gerido com base em princípios de autogestão, antipatriarcalismo, antisexismo e antirracismo, apoio mútuo,

proposto; seguiu-se o almoço comunitário, e da parte da tarde a montagem de bancas de divulgação e a montagem de exposição de cartazes, cartoons libertários e documentação histórica; realizou-se ainda um piquete de distribuição de folhetos à população local, terminando o programa oficial do dia com o jantar FOTOS URSULA ZANGGER comunitário. Na manhã de sábado realizou-se o passeio pedestre “Trilho de interpretação florestal e ambiental do Alto do Castelo” e parte da “Trilha ecossocial do vale do Ferreira”. Após o almoço houve convívio entre os participantes e à noite discussões acerecologismo radical, auto-resca dos vários temas entretanto ponsabilidade, antielitismo e propostos. anti-hierarquias e interação poNo domingo, após o almopular positiva. ço, realizou-se uma assembleia Do programa constaram, na para aprovação das conclusões manhã do dia 7, a receção aos deste acampamento e uma participantes, com apresentaautoavaliação deste. ção dos coletivos e passeio pela Entre as conclusões ressalárea envolvente e a assembleia ta a aprovação da declaração de participantes, com apresen“Não ao Projeto de Minitação, discussão e eventuais Hídrica no Alto do Castelo”, que melhoramentos ao programa se divulga ao lado.

Decorreu de 7 a 9 de setembro, no lugar da Queiva, junto ao rio Ferreira, num «local frequentado tradicionalmente como local de lazer pela população local e grupos de atividade de ar livre, junto às ruínas de antigas azenhas, no lugar da Azenha, na freguesia de Campo», o Acampamento Libertário/Alternativo do Terra Viva, iniciativa cujos objetivos eram a «sensibilização geral para a defesa do local e das zonas protegidas envolventes (Parque Paleozoico de Valongo, Biotipo Corine – parte da Rede Natura 2000) contra as ameaças de construção de uma mini-hídrica imposta pelo governo central – entre outras ameaças anti-ecológicas locais; a promoção do «convívio e reforçar os laços entre pessoas e coletivos de sensibilidade libertária/alternativa socialmente intervenientes»; e, finalmente «divulgar ideias, práticas e linhas gerais de intervenção libertária em

TC

Apelo/Protesto @s participantes e visitantes do Acampamento Libertário/Alternativo 2012, na zona de Alto do Castelo, Azenha, Valongo, provenientes das seguintes cidades: Atenas, Berlim, Dusseldorf, Ermesinde, Faro, Grenoble, Lisboa, Porto, Timisoara, Valongo, reunid@s em assembleia no dia 9 de setembro de 2012 e cientes do autêntico atentado sócio-ambiental e cultural que significa a resolução do atual Governo português de impor, contra a vontade da população local, de várias associações sócio-ambientais e culturais, da Faculdade de Ciências do Porto, da Freguesia de Campo e do próprio Município de Valongo, um projeto de aproveitamento hidro-elétrico (mini-hídrica) no rio Ferreira, na Zona Protegida do Alto do Castelo – lugar da Queiva (parte integrante da Rede Natura 2000 e do Parque Paleozoico de Valongo), projeto esse já contestado legalmente e reprovado em 2011 pelas entidades acima referidas, vêm por este meio: 1º- Alertar a opinião pública contra esta decisão autoritária e arbitrária do atual Governo, que a ser posta em prática terá consequências irreversíveis sobre o património ambiental, biológico, científico e cultural daquele local; 2º- Apelar à visita ao local de todas as pessoas interessadas na sua defesa de forma a observarem e a conhecerem melhor as razões desta nossa tomada de posição; 3º- Apelar também, de forma veemente, à mobilização da chamada “sociedade civil”, das associações juvenis, populares, culturais, ambientais e das estruturas e coletivos locais, formais ou informais, da região do Porto Metropolitano, de forma a que possamos impedir este atentado; 4º- Iniciar desde já uma Campanha à escala local, regional, nacional e internacional para que esta resolução autoritária do atual Governo não se concretize. Defendamos as áreas Protegidas – e a proteger – das serras de Valongo!! Bem vindas as decisões da Câmara Municipal de Valongo – que esperamos se mantenham ao longo do tempo – de oposição a este projeto! Organizemos encontros e sessões de informação e mobilização popular! Não ao projetto de mini-hídrica na Queiva – Alto do Castelo! Valongo, 9 de Setembro de 2012

alho entral

CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO PRÉMIO NACIONAL DE BOAS PRÁTICAS LOCAIS – CATEGORIA AMBIENTE

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Belmiro Ferreira de Sousa Rua da Bela, 375 - Telef. 22 967 25 49 - Telem. 96 433 14 27 Telef. Residência 22 967 33 78 4445 ERMESINDE

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CONSTITUIÇÃO DE SERVIDÃO ADMINISTRATIVA DE AQUEDUTO PÚBLICO SUBTERRÂNEO SOBRE PARCELA DE TERRENO NECESSÁRIA À EXECUÇÃO DA OBRA “CONSTRUÇÃO, CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS: LARGO DA PAZ - CAMPO”

Arménio Pedro Silva, Vereador com delegação de competência conferida por despacho do Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Valongo, faz público: Nos termos do Art.º 17º da Lei n.º 168/99 de 18 de setembro (Código de Expropriações) e demais legislação especial, que por despacho do Senhor Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território de 21 de agosto de 2012, publicado no Diário da República 2ª série, n.º 177 de 12 de setembro de 2012, foi determinada a constituição, a favor da Câmara Municipal de Valongo, de servidão administrativa de aqueduto público subterrâneo com vista à execução da obra “Construção, conservação e reparação de águas pluviais, no Largo da Paz, em Campo, sob o prédio sito na Freguesia de Campo, inscrito na matriz predial rústica da referida freguesia sob o artigo 591 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Valongo sob o n-º 3344/20060106, propriedade de Adelina Alves Mendes Pereira, na extensão de 24m de comprimento e 1m de largura. Nestes termos, vai proceder-se em conformidade com o preconizado nas citadas leis, a fim de se efetuar a posse administrativa da parcela acima, com vista à concretização da obra.

AGENTE: TOTOBOLA e TOTOLOTO RUA 5 DE OUTUBRO, 1171 - TELEF.: 229 711 488 - 4445 ERMESINDE

Valongo e Paços do Concelho, aos 19 de setembro de 2012 O Vereador, Arménio Pedro


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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Música

Regressaram os Concertos Promenade ao Coliseu do Porto FILIPE CERQUEIRA

O concerto inaugural da 8ª temporada decorreu dia 16 de Setembro com a Orquestra Clássica de Espinho, dirigida pelo maestro Jean Marc Burfin, a interpretar obras de Antonín Dvorák, Camille Saint-Saëns, Paul Dukas e Leroy Anderson. Este ano a presente temporada conta com a seguinte programação: 14/10/2012 Prelúdio à sesta de um Fauno de Debussy Orquestra Filarmonia das Beiras 18/11 Concerto para violoncelo e orquestra de Saint-Saëns Orquestra do Norte 30/12 Semper Fidelis de J. Philip de Sousa Banda Sinfónica Portuguesa e Monumental Circo do Coliseu do Porto 20/01/2013 Concerto para violino de Max Bruch Orquestra Académica Metropolitana 17/02 Um americano em Paris de Gershwin Orquestra da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo 17/03 Pedro e o Lobo de Prokofiev Orquestra ARTAVE 14/04 Quadros de uma Exposição de Mussorgsky Orquestra Sinfónica da ESMAE 12/05 In C de Terry Riley Drumming Grupo de Percussão 02/06 Carmina Burana de Carl Orff Orquestra Filarmonia das Beiras e Coro da Universidade de Aveiro Os concertos começam sempre pelas 11h30h, a hora habitual a que já nos habituaram uma vez por mês aos domingos, com a duração aproximada de uma hora, com intervalo. É uma oportunidade de descobrir obras importantes de compositores de referência que ajudam à formação do público mais jovem. Em todas as orquestras e agrupamentos a formação é quase toda portuguesa e a sua diversidade regional demonstra o ecletismo da escolha que se mantém de outras temporadas. É uma aposta clara e uma necessidade de dar cada vez mais lugar aos mais novos para mostrarem o seu trabalho. Para este concerto, os músicos reuniram-se em estágio durante uma semana com o maestro francês Jean Marc Burfin, professor da Academia Superior de Orquestra e maestro titular da Orquestra Académica Metropolitana, sendo na temporada 2003/2004

diretor artístico desta última. Nas palavras de alguns músicos entrevistados «foi um trabalho muito intenso que se realizou», a que se juntou uma forma mais «aberta de diálogo» com todos os elementos de cada naipe/ grupo de instrumentos por parte do maestro. No entender destes músicos, já habituados a lidar com vários maestros ao longo de uma temporada, «foi um maestro preocupado em ouvir as nossas preocupações estilísticas e formais e que explicava o porquê das suas decisões». A única nota negativa era a constatação de não saberem quando iriam receber os seus honorários. Houve uma introdução ao espírito destes concertos por parte do comentador Jorge Castro Ribeiro, antecedida de pequenas perguntas que apareceram na tela de modo a introduzir a personagem do Mickey Mouse ao palco, personagem central deste concerto com o qual o comentador fez algumas brincadeiras, para delícia do público, que preencheu boa parte dos lugares do Coliseu, trazendo pais e avós, num simbiose de 3 gerações. A orquestra apresentou-se primeiramente com a Dança Eslava Opus 72 n.º 2. Uma dança muito ao estilo romântico de valsa, cheia de floreados por parte do violinista solista. Nesta interpretação os restantes elementos das cordas acompanhavam com um pizzicato muito tímido e quase inaudível por vezes. A parte central lembra por vezes o estilo vienense de Mahler. De seguida ouviu-se a Dança Macabra de Saint-Säens. À parte algumas hesitações na entrada de alguns elementos de metais e da falta de vivacidade do violinista solista, que foi muito respeitador para com o tempo e pouco afeito ao efeito dantesco e subversivo de uma morte que andava por todo o lado (como contraponto ao tempo inflexível das cordas), as madeiras estiveram impecáveis no caráter jocoso e nas entradas e a parte dos xilofones que se assemelha ao som de ossos a bater, de um esqueleto a dançar lembrou outras peças relacionadas com a Morte, como o são as obras para piano e orquestra "Malédiction" e "Totentanz", ambas de Franz Liszt, compositor e pianista húngaro idolatrado por Saint-Säens. A peça central mostrou como música e imagem podem ser unidas numa obra prima. Enquanto se ouvia o Poema Sinfónico "O Aprendiz de Feiticeiro" de Dukas, eram projetadas na tela partes do filme "Fantasia", de Walt Disney (1940). A melhor forma de compreender este filme e a sua música será usando a analogia da "moral que aparece no final de cada história infantil". Um excelente filme de introdução das crianças ao que é o valor do trabalho feito passo a passo, da música enquanto caracterizadora de todos os nossos momentos vivenciados a cada dia e da importância que devemos dar aos nossos sonhos. Por fim, foram apresentadas três peças do norte-americano Leroy Anderson, introduzidas pelo comentador, como lembrando "os filmes de Woody Allen".

A VOZ DE

ERMESINDE Comunica-se aos Senhores Assinantes de “A Voz de Ermesinde” que o pagamento da assinatura (12 números = 9 euros) deve ser feito através de uma das seguintes modalidades, à sua escolha:

Esta referência remeterá para filmes sobre casos amorosos, dúvidas existenciais e o mundo meio louco nova-iorquino? Talvez fosse melhor referir a música da Pantera Cor-de-Rosa ou as inesgotáveis aventuras de Tom & Jerry, conhecidas por todos. E se era música para banda que queriam apresentar, por que não apresentar excelente música portuguesa para Banda, já que até muitos dos elementos da orquestra por lá tocam e estão mais familiarizados? Fica aqui o reparo para próximos concertos. .

• Cheque - Centro Social de Ermesinde • Vale do correio • Tesouraria do Centro Social de Ermesinde • Transferência bancária para o Montepio Geral - NIB 0036 0090 99100069476 62 • Depósito bancário - Conta Montepio Geral nº 090-10006947-6

FOTOS FC


30 de setembro de 2012 • A Voz

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Desporto

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Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N.º 896 • 30 de setembro de 2012 • Coordenação: Miguel Barros

13º Torneio Torneio Internacional Internacional 13º de Basquetebol Basquetebol do do CPN CPN de

FOTO MANUEL VALDREZ

Ermesinde foi durante seis dias a capital nacional do basquetebol de formação. Mais de 400 atletas, em representação de 34 equipas nacionais e internacionais participaram na 13ª edição do Torneio Internacional de Basquetebol do CPN. O evento evidenciou o clube da nossa freguesia como um dos GRANDES do país ao nível do setor da formação de basquetebolistas, e a prova disso é o facto de os cepeenistas terem arrecadado a maioria dos títulos em disputa. Ao alcance de muito poucos,não há dúvidas.


A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Desporto

II

BILHAR

A tacada de abertura da Superliga Bilharsinde 2012/13… FOTO VOXX CAFFÉ

MB

Podem até parecer repetitivas as palavras que aplicamos no início de cada época à Superliga Bilharsinde (SB), ou ao universo de competições que a rodeiam, mas como se costuma dizer, contra factos não há argumentos, e o que é certo é que a competição rainha do Voxx Caffé continua a crescer de ano para ano. Senão vejamos. Em 2012/13 a prova, que teve início no passado dia 24 de setembro conheceu o seu início, irá contar com a participação histórica de 71 equipas (!), as quais serão divididas por sete grupos de nove equipas cada e um de oito. Paralelamente à SB o Voxx Caffé vai voltar a organizar esta temporada a Liga Bilharsinde (a qual será composta por 20 conjun-

tos), a Liga Bilharsinde Júnior (com cinco equipas), e a sua grande novidade que dá pelo nome de Bilharsinde Cup, prova destinada à vertente feminina, e que neste ano de estreia contará com a presença de uma mão cheia de equipas. Mas viajando agora até às incidências da 1ª ronda da SB, comecemos pela Série A, onde se registou o maior número de triunfos forasteiros, três para sermos mais precisos. Café Quinta Amarela (no salão do Café Laser, por 10-6), Café Novo Espaço/T.E. (em casa dos estreantes Café Pop, por 9-7), e o Café S. Brás “B” (no salão do Estrela de Baguim, também por 9-7) foram então os combinados que fizeram a festa fora de portas neste arranque de competição. A única vitória caseira desta série pertenceu ao estreante Clube Bilhar Bola 3, que diante do seu público

derrotou o C.S. Trofa/GMLUX por 10-6. Arranque positivo tiveram igualmente os campeões em título da 1ª Divisão da temporada passada, o Clube Bilhar Pedro Grilo, que, na Série B, bateram no seu reduto o New Academy por expressivos 11-5. Neste grupo apenas uma equipa não conseguiu beneficiar do fator casa, mais concretamente o Abba, que não foi além de um empate (a oito pontos) com os caloiros do Café Castor. Todos os outros conjuntos receberam e derrotaram os seus oponentes. Na Série C destaque para a vitória expressiva (12-4) obtida pela Casa Vieira – uma das boas surpresas da época passada – no salão do Café Cantinho. Pela negativa há que destacar o mau arranque das equipas do Voxx Caffé. Na Série D o Voxx Club Bilhar “C” perdeu no salão do Café

FOTO CTE

Novo Espaço por 6-10, ao passo que na Série F ( a única que tem oito equipas) o Voxx Club Bilhar/Gesto foi derrotado em casa da Associação Recreativa de Rio Tinto por 9-7. Outro dos grandes candidatos ao título do escalão maior da SB, a turma do Paparugui, bateu em casa – na Série H – o Clube Bilhar Bola 1 por inequívocos 12-4.

Clube Bilhar Pedro Grilo vence Supertaça Como habitualmente acontece antes do início de cada época bilharística das competições organizadas pelo Voxx Caffé, decorreu no passado dia 10 de setembro a final da Supertaça Bilharsinde, prova que o-

pôs os campeões da 1ª Divisão da Superliga Bilharsinde e da Taça Bilharsinde da temporada transata. E num encontro que se antevia de grande emoção o Clube Bilhar Pedro Grilo (na imagem), campeão da 1ª Divisão, bateu por 9-7 o Paparugui, levando para casa o primeiro troféu da temporada 2012/13.

TÉNIS

C.T. Ermesinde festeja seis anos de vida e entrega prémios do Torneio Escada 2011/12 Decorreu a 29 de setembro último o jantar anual do Clube de Ténis de Ermesinde (CTE), evento que serviu não só para assinalar a passagem de mais um aniversário da coletividade – que este ano celebrou seis anos de vida – mas também para premiar os atletas que participaram no Torneio Escada da época anterior, evento interno que o clube vem organizando todos os anos. Presentes neste jantar – realizado na Churrasqueira da Estação – estiveram mais de 70 atletas. Além dos “parabéns a você” ao menino CTE a noite seria aproveitada para a realização do sorteio do Torneio Escada da época 2012/13.

CORRESPONDENTES CORRESPONDENTES SE TEM UM GOSTO PARTICULAR POR ALGUMA MODALIDADE E GOSTA DE ESCREVER, PORQUE NÃO NOS AJUDA A FAZER UM “ERMESINDE DESPORTIVO” MELHOR?

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30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Desporto

III

FUTEBOL

Ermesinde com arranque muito aquém do esperado no regresso à Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto Não está a ser o regresso ao escalão maior da Associação de Futebol do Porto mais desejado por parte da família ermesindista. Em três jogos realizados até à data a turma dos Sonhos soma apena um ponto em nove possíveis, fruto de um empate a zero bolas em Baião, à 2ª jornada, tendo nos outros dois encontros averbado outros tantos desaires caseiros. O último deles aconteceu precisamente hoje (dia 30), ante o Nogueirense, por 1-3. É certo que a procissão ainda vai no adro, mas não é menos certo que os maus arranques muitas das vezes conduzem a finais menos desejados… Dia 30 de setembro, o Ermesinde jogou de novo diante do seu público, desta feita recebendo o Nogueirense em partida (na imagem de cima) alusiva à 3ª jornada, e onde mais uma vez pairou no ar a sensação de a turma da nossa freguesia padecer de algum síndrome estranho quando joga na qualidade de anfitrião. Desta vez, o Nogueirense parecia estar a jogar em casa, tal foi o seu ascendente durante os primeiros 45 minutos da partida. Disfrutando de inúmeros pontapés de canto, o primeiro golo dos visitantes surge num desses lances, apontados sempre pelo lado direito do ataque da equipa visitante. E após a execução do terceiro canto consecutivo, aos 21 minutos, o capitão Ratinho surge ao segundo poste e sem grande oposição fez o primeiro golo da tarde. No minuto seguinte o mesmo jogador ia fazendo o segundo para a equipa visitante não fosse uma excecional defesa do jovem guarda-redes ermesindista, Pedro Magalhães. O Ermesinde só a espaços e sempre com grandes dificuldades conseguia chegar à baliza adversária, desta forma chegando ao intervalo em desvantagem no marcador. Com o recomeço da partida, Leça, um dos mais inconformados jogadores do Ermesinde em campo, tem um lance em que cai na grande área, mas o árbitro nada assinala. O mesmo Leça desfere, aos 60 minutos, um remate forte de longe, mas o guarda-redes do Nogueirense, Ivo, defende sem dificuldades. Quem não marca sofre, e aos 65 minutos os maiatos ampliam a vantagem através de Fábio, que se isolou na pequena área e só teve que encostar, tendo os jogadores do Ermesinde ficado a reclamar um alegado fora de jogo. O treinador da casa tentou reverter o sinal mais da equipa visitante com a entrada de três jogadores aos 70 minutos. Alterações no “xadrez” ermesindista que deram os seus frutos, já que aos 80 minutos Guedes reduziu a desvantagem. No entanto foi a equipa do concelho da Maia, que antes do final da partida voltou a marcar por César, jogador entrado na segunda parte, o qual aproveitou um lance em que o guarda-redes do Ermesinde esteve menos bem ao aliviar a bola, e fechou o resultado final com 1-3. Nesta partida o Ermesinde alinhou com: Pedro Guimarães; David (Castro, aos 70m), André Ribeiro, Dias e Delfim; Guedes, Leça e João Silva (Sousa, aos 70m); Borges

(Flávio, aos 70m), Rui Pedro (André Vale, aos 62m) e Hugo. Treinador: Luís Magalhães. LUÍS DIAS Ponto conquistado em Baião No dia 23 de setembro os verde e brancos conquistaram então o seu único ponto até à data, no reduto do Baião, e na sequência de uma igualdade a zero golos. A Associação Desportiva de Baião começou melhor o jogo a tentar reduzir o Ermesinde apenas à defesa, porém os verde e brancos nunca perderam o norte, mesmo com o forte vento e a chuva constante. Houve períodos de muita agressividade no encontro em que os jogadores, tanto de uma como de outra equipa, passavam mais tempo no chão que no jogo. Mais uma vez uma partida bastante sofrida por parte dos jogadores forasteiros que nunca baixaram os braços. O árbitro do encontro acabou com o jogo quando faltava ainda um minuto para o fim da mesma, isto numa altura em que o ermesindista Miguel seguia isolado para a baliza adversária! Com este empate o Ermesinde continua sem vencer e soma agora 1 ponto em 6 possíveis. Alinharam pelo Ermesinde os seguintes jogadores: Pedro Magalhães, David (Miguel, aos 81m), Delfim, Dias, André Vale, Borges (Sousa, aos 63m), André Ribeiro, Leça (Flávio, aos 63m), João Silva, Rui Pedro, e Hugo. Treinador: Luís Magalhães. MÁRCIO CASTRO

tes. Desta forma a equipa da casa foi para o intervalo com menos um jogador e em desvantagem no encontro. No reinício da 2ª parte, mesmo reduzido a 10 elementos, o Ermesinde ainda conseguiu empatar por André Ribeiro, aproveitando uma jogada de belo efeito, mas aos 71 minutos Hugo bisou para a equipa de Vila Nova de Gaia e ofereceu, assim, os 3 pontos à sua equipa. Após o golo da formação visitante a equipa do Ermesinde voltou a pegar no jogo e a tentar, uma vez mais, o empate na partida, acabando com Sousa a realizar um pontapé de bicicleta e a enviar a bola ao poste adversário. No encontro com o Oliveira do Douro os verde e brancos alinharam com: Pedro Guimarães; David, Delfim, Dias e André Vale; Guedes, André Ribeiro e Leça (Flávio, 70); João Silva, Rui Pedro (Sousa, 66) e Hugo. Treinador: Luís Magalhães. LUÍS DIAS Nota: Todos os resultados e classificações desta competição podem ser consultados na nossa edição on-line. FOTOS MANUEL VALDREZ

A derrota na estreia No dia 16 de setembro o Ermesinde voltava a jogar no escalão maior da Associação de Futebol do Porto, recebendo neste seu regresso o Oliveira do Douro (partida da imagem de baixo). Com bastante gente nas bancadas estava lançado o repto para um bom final de tarde a fazer lembrar outros voos da equipa verde e branca. A equipa do Ermesinde apresentou-se para este jogo ante o Oliveira do Douro com uma equipa profundamente alterada tendo em conta a última época desportiva. A primeira parte desenrolou-se de uma forma bastante dura e com os jogadores a obrigarem o árbitro a constantes interrupções na partida. Já não muito longe do final da primeira parte, ao minuto 38, deu-se um lance que acabaria por marcar o encontro. O clube visitante beneficiou de uma grande penalidade, muito contestada nas bancadas, convertida por Hugo e, no mesmo instante Guedes foi expulso por uma falta cometida pouco tempo an-

Suplemento de “A Voz de Ermesinde” (este suplemento não pode ser comercializado separadamente). Coordenação: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez. Colaboradores: Agostinho Pinto, João Queirós e Luís Dias.


A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Desporto BASQUETEBOL

Ecos da memorável 13ª edição do Torneio Internacional de Basquetebol do CPN… FOTOS MANUEL VALDREZ

É sem margem para dúvidas um dos grandes eventos desportivos que anualmente tem lugar na nossa cidade. Um certame destinado ao basquetebol de formação que tem catapultado o nome de Ermesinde não só para os quatro cantos do nosso Portugal como também para o estrangeiro, de há uns anos a esta parte. E este ano este facto ficou – uma vez mais – nitidamente evidente. Falamos do Torneio Internacional de Basquetebol do CPN, que este ano cumpriu a sua 13ª edição, e que pela primeira vez na sua história foi dividido por dois fins de semana consecutivos, tendo reunido à sua volta mais de 400 atletas nacionais e internacionais, as quais durante seis dias (21, 22, 23, 28, 29, e 30 de setembro) vivenciaram momentos inolvidáveis diante de pavilhões (Gimnodesportivo de Ermesinde e do CPN) quase sempre repletos de público – aqui reside mais uma nota muito positiva do evento, a forte adesão de espetadores –, momentos não só de grandes espetáculos desportivos mas também de salutar convívio e amizade entre todos. Em termos de equipas estiveram em Ermesinde durante este período 34, oriundas de vários pontos do país, bem como de Espanha e França. Desportivamente falando o CPN foi digamos que o grande vencedor desta 13ª edição, já que venceu quatro (!) dos cinco escalões em competição. Começando pelo torneio de juniores a turma da nossa freguesia não deu chances à concorrência, batendo na final da competição o Coimbrões por 47-32. Coimbrões que ficaria com o 2º lugar do pódio final, seguidos – de forma classificativa – do Seis Nadal (de Espanha), Sporting de Braga, C.T.M. de Vila Pouca de Aguiar e da Juvemaia. O CPN viu ainda a sua atleta Sofia Almeida vencer o prémio de jogadora mais valiosa da competição. Tanto em cadetes como em iniciados o torneio desenrolou-se em duas provas, A e B. Em cadetes as cepeenistas foram imperiais, conquistando os dois torneios, o A e o B. No primeiro derrotaram na final o Carnide por 43-24, ao passo que no segundo venceram no jogo decisivo o Guifões por 55-30. Em termos classificativos o torneio de cadetes A ficou assim definido: 1º CPN, 2º Carnide, 3º Seleção Distrital de Viana do Castelo, 4º Quinta dos Lombos, 5º José Régio, 6º Montgermont (de França). Quanto à jogadora mais valiosa, o título foi para a cepeenista Catarina Rolo. Já em cadetes B a classificação ficou assim ordenada: 1º CPN, 2º Guifões, 3º António Aroso, 4º A.T.C. Famalicão. A melhor jogadora foi Catarina Miranda, do CPN. Em iniciadas o título do torneio principal, isto é, a competição A, ficou em casa, tendo as ermesindenses batido na final a Seleção Distrital de Viana do Castelo por 50-25. No 3º lugar desta prova ficou o Lousada, ao passo que nas restantes posições quedaram-se Desportivo de Leça, Cortegada (Espanha), e Caril (também de Espanha). A melhor jogadora foi a propagandista Eva Pereira. Iniciadas B foi a única competição em que o CPN não festejou o título de campeão, acabando por ficar na 4ª e última posição, atrás de C.T.M. Vila Pouca de Aguiar (1º), Juvemaia (2º), e Vagos (3º). Dulce Duarte (Vila Pouca de Aguiar) venceu o prémio de melhor jogadora. Paralelamente às competições de juniores, cadetes e iniciadas (todos eles na variante feminina) decorreram ao longo do torneio várias demonstrações de mini-basquete, contando com a presença de várias equipas da região, neste caso com atletas masculinos e femininos. Agostinho Pinto, o coordenador da Secção de Basquetebol do CPN, era no final deste 13º torneio internacional um homem naturalmente feliz e orgulhoso pela forma como tudo tinha decorrido, classificando a edição como fantástica – a todos os níveis – e indiscutivelmente um dos melhores torneios alusivos ao basquetebol de formação que anualmente se realizam em Portugal, tendo ainda endereçado um agradecimento público a todos os patrocinadores, à Câmara Municipal de Valongo, à Junta de Freguesia de Ermesinde, e muito em especial aos pais de todas as atletas do CPN pela ajuda importante que deram ao longo destes dois fins de semana. Na cerimónia de encerramento e de entrega de prémios marcaram presença diversas personalidades públicas locais, entre outras os presidentes da Câmara e da Junta, respetivamente João Paulo Baltazar e Luís Ramalho, bem como o anfitrião da festa, Paulo Sousa, presidente do CPN.


30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Património

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• TEMAS ALFENENSES •

Alfena na Terra da Maia RICARDO RIBEIRO (*)

Pe. Domingos Moreira, na sua obra “Alfena, a terra e o seu povo”, de 1973, refere que «o diploma datado mais antigo que conhecemos sobre Alfena é o do Arquivo Distrital de Braga (Cabido, Gaveta dos Testamentos, n.º 10), do ano de 1214, no qual D. Stefanina (Esteuaínha) fala dos “Leprosis de Alfena et le Leprosis Portugali”». Por aqui se vê a importância da Gafaria de Alfena na história da freguesia, importância que justificou a abordagem já efetuada, bem como o regresso a esse tema em futuras oportunidades. No presente artigo vamos privilegiar a evolução histórico-administrativa da atual freguesia de Alfena durante o chamado Antigo Regime (Monarquia Absoluta), período em que integrou a Terra da Maia. As Inquirições do “Bolonhês” Por esta altura, Alfena era apenas um lugar da paróquia medieval de “Sancti Vincentij de Queimadela”, como se pode verificar nas Inquirições de D. Afonso III de 1258. Nelas é-nos apresentado um quadro do que seria Alfena, ou melhor, São Vicente de Queimadela na Idade Média. Sumariamente, S. Vicente de Queimadela é-nos apresentada com dividida em quatro lugares: a norte as “Ferrarias”, onde se localizava uma importante feira medieval e cujos terrenos eram pertença, maioritariament,e do Rei e da Gafaria de Alfena; a ocidente “Baguim de Alfena”, cujos terrenos eram maioritariamente pertença da Comenda de Águas Santas e do Rei; a sul “Caveda”, cujos terrenos eram maioritariamente pertença do Rei (daí a expressão Reguengo de Cabeda) e do Mosteiro de Santo Tirso (que, por esta altura, detinha o direito de padroado sobre a Igreja Paroquial); e ao cento e oriente a “Villa de Alfena” e “Traslecia”, cujos terrenos pertenciam, na totalidade à Gafaria («totta villa Alfene est Leprosorum»). Acerca do lugar de Alfena e Traslecia é ainda referida a Honra de “Johannis Petri Madie” (João Pires da Maia) que, em 1307, vem novamente referida numa Inquirição de D. Dinis: «Freeguesia de sam vicente da queimadela ho Paaço dalffena com todaa villa dizem as testemunhas, que o tragem os gaffos por honra por rrazom que foy de dom joham pirez da Maia e deulha por sa alma. E porque era honrada em tempo de dom joham pirez, tragemna eles assy. Estê come está». João Pires da Maia, filho de Pedro Pais da Maia, sobrinhobisneto do “Lidador” Gonçalo Mendes da Maia e neto de Egas Moniz, foi um “rico-homem” do Reino de Portugal que teve a seu cargo o governo da Tenência da Maia entre 1217 e 1226 e que terá legado no seu testamento a Honra de Alfena à Gafaria. Foral Manuelino No foral manuelino da Maia (1519) existem algumas referências a casais e leiras reguengas em “Cabeda”, “Vagoim” e “Ferrarias”, a casais na aldeia de Cabeda que são pertença do Mosteiro de Santo Tirso, e à própria “igreja de São Vicente dalfena”, que pagaria «duas galinhas» de foro. A aparente omissão quanto ao lugar de Alfena apenas vem confirmar a autonomia de que gozava este lugar face ao Julgado da Maia. Alfena, como bem refere o Pe. Domingos Moreira, seria «uma vila filial ou sufragânea da da Maia», que em alguns assuntos res-

ponderia diretamente ao Senado do Porto, dispunha de juiz para julgamento de algumas questões e de uma companhia de ordenanças (milícia local extinta com o Liberalismo a que voltaremos em futura oportunidade). A atestar a importância de Alfena dentro da Terra da Maia está a referência do Pe. Luís Cardoso à existência de Pelourinho (símbolo de poder judicial local) no seu “Dicionário Geográfico” publicado em 1747: «Esta Rua conserva ainda o antigo nome de Alfena, e tem no meyo seu Pelourinho, que por descuido dos officiaes públicos da Justiça se vay cada vez arruinando mais, e mostra pela sua factura ser obra antiga. Pertencem a esta freguesia o Lugares seguintes: Tres-Leça, Ferraria, Oiteiro, Sisto, Codeceira, Rua, Baguim, Bargem, Igreja, Punhete, e Cabeda, e todos fazem o número de duzentos e trinta e sete fogos». Pela discrição efetuada pelo Pe. Luís Cardoso, o Pelourinho situar-se-ia no centro do Lugar da Rua, possivelmente no entroncamento da estrada real Porto-Guimarães com a estrada medieval para Valongo (atuais Rua de São Lázaro e Travessa do Moinho). Mais à frente, o Pe. Luís Cardoso refere: «Sòmente no que respeita às sizas reconhece sogeição esta Freguesia ao Ouvidor do concelho da Maya, por ser este Juiz das Sizas. No mais tem ella seu Ouvidor particular, que conhece de coimas, e acções de pouca quantia: tem seu Procurador da Ouvidoria, Meirinho que também serve de Porteiro, dous Quadrilheiros, e quatro Jurados, tudo por eleição do povo, e confirmação do Senado do Porto: tem almotacé, que serve dous mezes, e desta sorte se vay seguindo por todo o ano, que conhece da almotaçaria, feito, e confirmado da mesma forma.» Acerca da função do Almotacé, citamos Germano Silva, na sua obra «Porto, histórias e memórias»: «Eram

funcionários municipais, por regra dois, eleitos mensalmente, a quem cabiam as funções de obrigarem as padeiras, os carniceiros e os pescadores a abastecerem com abundância os mercados da cidade». Assim, nas vésperas do Liberalismo, o «antigo concelho» da Maia (a Terra da Maia, para além do concelho incluía ainda Honras e Coutos menores, como eram os casos do Bailio de Leça, o Couto de Rio Tinto e a Honra de Aveleda, só para citar os principais), na Comarca do Porto e Província do Minho correspondia, aproximadamente, ao território entre o Ave e o Leça, integrando 48 paróquias: Águas Santas (atuais Águas Santas e Pedrouços), Alfena, Alvarelhos, Árvore, S. Lourenço de Asmes (atual Ermesinde), Santa Maria de Avioso, São Pedro de Avioso, Barca, Barreiros (atual S. Miguel da Maia), São Martinho de Bougado, São Tiago de Bougado, Canidelo, São Mamede do Coronado, São Romão do Coronado, Covelas, Fajozes, Folgosa (antigas paróquias de São Salvador de Felgosa e de Santa Cristina do Vale Coronado, entretanto unidas, apesar da descontinuidade territorial), Fornelo, Gemunde, Gião, Gondim, Guidões, Guifães (actual Gueifães), Guilhabreu, Labruge, Lavra, Macieira, Milheirós, Mindelo, Modivas, Moreira, Mosteiró, Muro, Nogueira, Paranhos, Perafita, Retorta, Santa Cruz do Bispo, Sanfins do Coronado (atual São Pedro de Fins), Silva Escura, Tougues, Vairão, Valongo, Vermoim, Vila Chã, Vila Nova da Telha, Vilar e Vilar do Pinheiro. De notar que ao longo do tempo a sede do poder (a cabeça de Concelho) não foi sempre a mesma. Originalmente o castro da Maia localizava-se numa elevação na linha de cumeada que separa os vales do Leça e do Douro e que ainda hoje designamos de Alto da Maia (na freguesia de Águas Santas). Foi lá que os Mendes da Maia fixaram a sua residência. Posteriormente a sede do poder municipal fixou-se na Vila do Castêlo da Maia (freguesias de São Pedro e Santa Maria de Avioso e Gemunde) para, mais recentemente, se ter fixado na freguesia de Barreiros (a moderna cidade da Maia). Ocorreram ainda algumas oscilações no território motivadas, fundamentalmente pela perda de importância do Bailio de Leça ao longo dos séculos, o qual foi “perdendo” paróquias em favor do Concelho da Maia. Como curiosidade, o primeiro ponto de território continental libertado pelo Exército Liberal comandado por D. Pedro IV, em 08 de julho de 1832, a “Praia dos Ladrões” (atual Praia da Memória), junto à aldeia de Pampelido, no limite das freguesias de Lavra e Perafita, situava-se na Terra da Maia, avançando o Exército Libertador, no dia seguinte, para a Invicta Cidade. Após a Guerra Civil, com a Reforma Administrativa do Liberalismo (1836) e graças a influências de “caciques” locais, as Terras da Maia foram desmembradas em favor de novos concelhos então surgidos. (*) Membro da AL HENNA – Associação para a Defesa do Património de Alfena.

ERMESINDE CIDADEABERTA Associação de Solidariedade Social

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Está aberto concurso externo para provimento de vaga para Ajudante de Acção Directa (Ajudante de Lar/Ajudante Familiar), para integrar equipa do RSI Condições gerais e específicas de admissão: 9º Ano de escolaridade; Formação e perfil adequado; Idade máxima 45 anos; Espírito de trabalho em equipa; Sensibilidade social. As candidaturas deverão ser dirigidas ao Centro Social de Ermesinde (Departamento de Recursos Humanos – D. Júlia Almeida), Rua Rodrigues de Freitas, 2200, 4445-637 Ermesinde, em envelope fechado acompanhado de curriculum vitae, fotocópias do bilhete de identidade, até 15 de Outubro de 2012. Ermesinde, 28 de Setembro 2012


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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

História

Há 220 anos a França torna-se uma República Fez no passado dia 21 de setembro de 2012, precisamente 220 anos sobre a data em que a França, na sequência da sua Revolução de 1789, se tornou uma República. É o 1º regime deste tipo que se instala num país europeu (recordamos que os Estados Unidos da América já o tinham implantado com a independência há mais de uma década). MANUEL AUGUSTO DIAS

ez no passado dia 21 de setembro de 2012, precisamente 220 anos sobre a data em que a França, na sequência da sua Revolução de 1789, se tornou uma República. É o 1º regime deste tipo que se instala num país europeu (recordamos que os Estados Unidos da América já o tinham implantado com a independência há mais de uma década). Quer num caso, quer noutro, a filosofia política em que assenta o novo regime é a que foi desenvolvida e divulgada pelos iluministas franceses setecentistas. Convém recordar que, ao tempo, a França era um dos países mais importantes da Europa e do Mundo. Todas as grandes transformações que lá ocorressem teriam influência nos outros países europeus. Entre 1730 e 1770, a França viveu em crescente desenvolvimento e progresso, a nível cultural e a nível económico. A partir de 1770, porém, manifestou-se uma tendência depressiva que se carateriza por maus anos agrícolas (uma série de anos seguidos, de mau tempo, provocou uma dramática diminuição de produção que se refletiu numa crise cerealífera, numa crise da viticultura e até na criação de gado) que provocaram a ruína dos pequenos agricultores e a carestia dos alimen-

tos; quebra no comércio colonial (que resultou da perda de territórios coloniais e de tratados comerciais cujas expetativas não se concretizaram) que provocou um défice na balança comercial francesa; falência industrial e desemprego urbano (a política fisiocrática abriu o mercado francês aos têxteis ingleses e provocou desemprego) provocando a fome e más condições de vida à população urbana; crise financeira e a bancarrota estatal (os orçamentos eram cronicamente deficitários) o que provocou uma situação de insolvência financeira. Ao mesmo tempo em que se manifestava a crise económica e financeira, viveu-se também uma crescente agitação e instabilidade social. O Clero e a Nobreza mantinham-se como ordens privilegiadas, com todos os direitos senhoriais, enquanto o Terceiro Estado (povo e burguesia) suportava quase toda a carga fiscal e não tinha quaisquer direitos políticos. Esta situação de injustiça era reclamada pela burguesia, inspirada nos ideais iluministas. Ela tinha consciência do seu efetivo valor económico, financeiro e cultural. O povo, sucessivamente castigado com as sujeições feudais, também estava cada vez mais descontente. A Convocação dos Estados Gerais em janeiro de 1789, para resolver a grave crise financeira, seria aproveitada pelo Terceiro Estado para fazer as suas

reivindicações. Era o início da Revolução Francesa e o fim da Monarquia Absoluta. Reunidos eno palácio de Versalhes, a partir de maio de 1789, os representantes do 3.º

decisões que punham fim ao Antigo Regime. Entre as novas leis aprovadas, merecem destaque os Decretos de 4 e 5/8/1789 que acabaram com as taxas feudais, extinguiram as dízimas ecle-

A Declaração dos Direitos do Homem, parte do novo conceito de “Homem” e de “cidadão”, declarando o princípio da igualdade natural entre todos os homens e a soberania do povo. Defende tamFOTO ARQUIVO MAD

A Tomada da Bastilha foi um dos momentos mais marcantes da Revolução Francesa

Estado assumiram-se como Assembleia Nacional Constituinte. O povo aderiu ao movimento revolucionário, e no dia 14 de julho de 1789, tomou a principal prisão do Estado – a Bastilha, o que teve um importante significado simbólico. AAssembleia Nacional Constituinte, entretanto, ia tomando

siásticas e estabeleceram o princípio da igualdade fiscal. Mas um dos documentos mais importantes, até pelo seu caráter universalista, foi, sem dúvida, a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” que se inspira nos princípios iluministas e declara o princípio da igualdade natural entre todos os homens.

bém, de acordo com o ideário iluminista, a tripartição do poder político (cada função deve ser atribuída a órgãos diferentes e independentes). Esta “Declaração” assumiu claramente um caráter universalista e inspirou outros movimentos revolucionários na Europa. A Constituição de 1791, par-

te da “Declaração dos Direitos do Homem” e funda, em termos políticos, uma Monarquia Constitucional (o rei fica apenas com o poder executivo, cabendo o poder legislativo a uma Assembleia eletiva e o poder judicial aos Tribunais). O sufrágio é censitário, ou seja, limitado aos que pagam para cima duma certa importância de “censo” (imposto devido pelo facto de se ser proprietário ou de ter um contrato de usufrutário). Com a aprovação da Constituição entrou em funcionamento a Monarquia Constitucional, mas a agitação social e política continuaram e havia a ameaça de invasão por tropas estrangeiras (uma coligação de países pretendia acabar com a Revolução Francesa). A fim de manter as reformas políticas e fazer impor a Constituição, a Assembleia Legislativa obrigou os emigrados políticos a regressar a França, sob pena de serem considerados traidores e obrigou os padres a declararem-se favoráveis ao Governo e à Constituição. O Rei não concordou, demitiu o Governo e nomeou outro de maioria girondina. Com a invasão da França por forças austríacas e prussianas, o Rei demitiu o Governo e caiu em desgraça acusado de estar ligado aos invasores. Em agosto de 1792, a família real é presa e declarada a República a 21 de setembro. O rastilho revolucionário estava aceso no continente europeu.

EFEMÉRIDES SETEMBRO de 1929, em Ermesinde

Inauguração da eletricidade em Ermesinde – 29 de setembro No dia 29 de setembro de 1929, há 83 anos, a iluminação elétrica era, festivamente, inaugurada nas principais ruas de Ermesinde. “O Comércio do Porto”, de 1 de outubro de 1929, na sua página 3, deu ao acontecimento destacada reportagem, que ilustrou com uma fotografia (a 3 colunas) da mesa que presidiu à sessão de boas vindas que decorreu na sala da Junta da Freguesia. Dessa notícia, intitulada “Luz por toda a parte / Em Ermezinde”, transcrevemos um pequeno excerto que se segue, com a ortografia desse tempo: «(...) Ora a valorisar mais e mais Ermezinde, que já entrou decididamente na avenida larga do progresso, está o ultimo melhoramento por que a freguezia acaba de passar, ou seja a illuminação electrica, publica e particular, que no domingo foi solemnemente inaugurada. (…) cerca das 8 teve começo o cerimonial da inauguração com a chegada do chefe do districto snr. tenente-coronel Nunes da Ponte, que á mesma vinha presidir, e do presidente da Camara Municipal de Vallongo, que officialmente

recebia o snr. governador civil do Porto. (…) Com um ambiente de quase escuridade – não chegára

tes recebidos á entrada do jardim que dá acesso ao edificio da junta pelo presidente e outros membros d’esta.

FOTO ARQUIVO MAD

O “Porto de Honra” foi servido neste edifício, defronte à Estação

ainda o momento do Fiat Lux... – foram os distinctos visitan-

Entretanto, a banda de musica de Paços de Ferreira, postada no jardim, executa “A Portuguesa”, subindo ao ar foguetes. (…) Junto da cabine, vistosamente engalanada, premiase avultada multidão. Os bombeiros fazem a guarda de honra, em grande uniforme e a banda toca o hymno nacional. Cabeças descobertas, um ar de grande emoção em todas as physionomias. Um representante da empreza A. E. G., subindo ao degrau da central, convida o chefe do districto a abrir a luz, a illuminar Ermezinde. O snr. tenente-coronel Nunes da Ponte, acercando-se, faz pressão sobre a alavanca. A luz jorra das lampadas, simultaneamente. O povo enthusiasmado victoria o acto. O chefe do districto levanta dois vivas, correspondendo. As restantes duas cabines, instaladas em outros pontos de Ermezinde, em conjunto com a central, produzem tambem a illuminação das demais ruas da freguezia (…)».


30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Tesouros por descobrir

NUNO AFONSO

inda o dia se espreguiçava e os finos cabelos do sol tentavam romper por detrás das touças da Devesa, já o tio Carlos, ganchas ao alto, desferia golpes enérgicos em torno das cepas e desfazia os torrões, aconchegando os caules com a terra de molde a permitir que as raízes pudessem, com mais facilidade, encontrar alimento. Era tempo de escavar a vinha, nessa passagem de testemunho do inverno para a primavera com céu limpo de nuvens e sol brilhante mas incapaz de contrariar o efeito de um ventinho arisco que impedia o trabalhador de tirar a jaqueta não obstante o esforço despendido. Cada vez que o tio Carlos, desferido o golpe, erguia o tronco para recobrar fôlego, pelo rabo do olho alcançava, do outro lado do rio, aquele amontoado de pedras em meio a uma vegetação rasteira que o povo chamava “as muradelhas d’ó Couto”. E vá de ruminar sonhos fagueiros enquanto puxava pelo corpo, esta sim a realidade que sempre conhecera desde que, menino, seguia o pai e com ele aprendia o duro mester de lavrar e cultivar, de cavar e recolher o avaro fruto desse labor e tudo quanto a ele dizia respeito. As privações e os anseios não satisfeitos constituem alimento e estímulo da imaginação. Esse é o húmus em que se criam as lendas que falam de tesouros escondidos, histórias de potes cheios de libras

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ocultos em “falsos das paredes” ou enterradas em locais de acesso imprevisível. O tio Carlos conhecia muitas dessas histórias contadas ao longo dos serões de inverno ou em tardes de domingo à sombra das árvores nos quintalejos familiares. Algumas já eram bem conhecidas dos adultos mas os pequenos deliciavam-se com os pormenores e a maneira de contar dos mais idosos. As mouras encantadas que apareciam em certos lugares prometiam riquezas a quem as desencantasse, dizia-se que os antigos possuíam esconderijos muito bem camuflados nas paredes das habitações ou dos currais, davam notícia de que, em tal parte assim-assim, quando procediam à reconstrução de uma casa antiga, tinham encontrado moedas em ouro num pote de ferro a que tinham removido as asas; que o Amaral, homem que vivera noutro tempo, má rês por sinal, dizia a quem o quisesse ouvir que, à sua morte, havia de esconder tudo quanto possuía num chocalho que ficaria enterrado em local por onde as pessoas transitariam a todo o momento mas que nunca conseguiriam descobrir; que uns padres pertencentes a uma das famílias mais abastadas da aldeia – outros diziam que era só um que ali fora pároco em fins do século XIX e que não existia parentesco entre ele e a dita família – tinha(m) deixado os seus bens a esses familiares, incluindo a casa onde habitaram (habitou), que possuía capela, e que por baixo do soalho dessa casa havia uma sineta de ouro escondida. O tio Carlos sabia todas essas “contas” (1) e, tal como os restantes moradores, dava-lhes relativo crédito. No entanto, como diriam os espanhóis, “yo no creo en brujas, pero que las ay, las ay”, alimentava o sonho de um dia confrontar-se com esse dilema e – quem sabe? – levá-lo de vencida e dele sair triunfante que é como quem diz, dar de cara com a fortuna. Não sabia muito bem o que havia de fazer com ela como os trabalhadores das minas de volfrâmio que se sentiam ricos porque recebiam boas (?) compensações em dinheiro eles que nunca tinham “abesado” (2) mais que umas c’roas (3) para mercar botas espanholas de contrabando ou dois metros de pana (4), para mandar fazer um par de calças ao Chico Canteiro

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de Vila Boa ou ao Sá de Castrelos massa obtida com a venda de uns bácoros ou uns alqueires de centeio mas compravam agora canetas Pelikan de “tinta permanente” na livraria do sr. Mário Péricles em Bragança e ostentavam-nas no bolsinho do casaco que de nada lhes serviam porque não conheciam uma letra do tamanho do castelo. Também não lhe passou pela mente que, em tempos idos, outros já tinham despendido tempo e energias com a mesma motivação que agora lhe inflamava o desejo. Aqueles escombros eram um desafio igual à luz imóvel que todas as noites se via, igualmente para além do rio, mormente no outono e no inverno. Talvez um génio bom lhe viesse trazer algo de muito valor, género Lâmpada de Aladino, que lhe permitisse satisfazer todas as suas veleidades. Logo que teve oportunidade, pegou num enxadão, numas ganchas e numa pá e pôs-se ao trabalho com afinco. Enquanto cavava e removia o entulho, ia conclamando os tais génios para o ajudarem na empreitada: Ó mouros da mourama, Vinde à cristandade, Trazei-nos a riqueza, Fazei-nos a vontade O tio Carlos gostava de versejar. No dia-a-dia, muitas vezes trocava o “Deus le dê bôs-dias” por uns versinhos patuscamente combinados, a martelar rimas ao cruzar com alguém. Neste caso, era uma fórmula, um abracadabra capaz de despertar a generosidade de qualquer génio mouro estranhamente inclinado para os praticantes do cristianismo. Porém, se génio havia, não se deixou comover e o tio Carlos, após uns dias de exaltação e muito suor vertido, convenceu-se de que mais valia prosseguir na sua lide habitual. A propriedade d’ó Cachão, inclinada para o rio, era “a menina dos seus olhos” e ali gastava dias a cuidar da vinha e a cultivar batatas, couves e o que mais ela lhe pudesse dar. Morta a ilusão do enriquecimento fácil nas escavações d’ó Couto, nem por sombras lhe assomou ao espírito que ali pudesse existir

algo valioso mas de outra natureza. Diz-se que, ao fazer as valas (5) para plantar os bacelos da futura vinha, teria encontrado testos de panelas de barro, provavelmente objetos de cerâmica de povos antigos que ali teriam vivido. Uma vez que “quem conta um conto, acrescenta um ponto” constava que outros achados teriam sido atirados fora: rodelas de couro (antigas moedas em cabedal?), uma pedra redonda furada no centro, porventura ainda outras “relíquias”. Certo é que há notícia arqueológica de uma pedra com determinadas características que se encontra incrustada numa das paredes da casa que o tio Carlos habitou e atualmente pertence a um filho seu. Esse documento está registado no Museu do Abade de Baçal em Bragança. Pena é que os estudos arqueológicos, neste país, sejam tão limitados, impedindo que se faça luz sobre os nossos remotos antepassados. (1)

Histórias, contos. Conseguido, obtido, alcançado. (3) Pouco dinheiro, pequena economia. (4) Nomes dado pelos galegos a uma espécie de tecido semelhante à bombazine e introduzido na língua portuguesa pelos contrabandistas. (5) Fossos com maior profundidade do que os normais para lavrar ou para conduzir água de rega a terras e lameiros. (2)

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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Crónicas

“Não matem o mensageiro”

GLÓRIA LEITÃO

prendi que as diferenças também se completam em si mesmas se forem encaradas de forma construtiva. Há dias, numa “tertúlia” interessante com uma pessoa ligada à área de Produção de uma empresa que se mantém saudável e produtiva, foi-me feita uma pergunta de rajada: “A senhora é de esquerda?”. Não soube responder no imediato, porque nem mesmo eu sabia muito aquilo que era e a procura desta resposta tornou-se no meu desafio para os dias seguintes. Penso que os meus 52 anos de vida, aliados ao facto de ter ficado ligada aos recursos humanos a partir dos meus 17 anos me levaram a uma “apartidarização” natural, tendo em conta que nesta área temos que ser isentos e este exercício é mesmo difícil. “Ausentarmonos” das nossas crenças e convicções para partilhar mundos com os quais muitas vezes não concordamos não é propriamente tarefa fácil e, se calhar, muitas vezes falhamos neste propósito e aqui falamos de “meter a mão na consciência” e não responder à toa dizendo “eu não, isso nunca me aconteceu”. Ao atrever-me a abordar um assunto delicado e muito sensível, política, e no tanto que a vida me tem ensinado no respeitante a este tema, fica um entendimento muito meu – um respeito tremendo pelos políticos, os que sabem fazer política, e isto quer sejam governo ou oposição, pois são todos precisos lá, no hemiciclo, a desempenhar com mestria um papel que as pessoas lhes confiaram. E se ao lerem me disserem “não o fazem” eu teria que responder “têm que o fazer, é o seu trabalho, aquilo com que se comprometeram em quem confiou neles”. Neste ponto a minha “máxima” é mesmo a liberdade e o respeito pelas crenças e defesas que cada um faz das suas convicções, hasteando o bastião da democracia, convicções que devem estar muito para lá dos seus próprios interesses pessoais porque, isso sim, tem que ser muitas vezes relegado para segundo pla-

no – o “preço” por se ter abraçado aquele tipo de profissão. Eu tento estar atenta ao que me rodeia, gosto de ouvir programas de intervenção onde se sentam pessoas de diversas ideologias, “girando por todas elas”, tentando apanhar o melhor de cada uma e cruzá-lo com a realidade que conheço sobejamente, porque são mais de 30 anos a viver e conviver junto de pessoas a quem na sua maioria chamamos “povo” e ouvir as suas opiniões, os seus desalentos, mas também as suas motivações e crenças, ainda mais que sou fã incondicional da visão sistémica, tendo em conta que todos estamos interligados e todos somos precisos, quer seja na máquina humana, quer seja numa empresa, quer seja numa associação, mesmo num pequeno negócio e também, acima de tudo, num País. Na minha visão política de cidadã, resumi em crónica anterior a base em que me sustento – a democracia, representada no ato de votar, o único que é genuinamente nosso, porque em sociedade muita gente diz e desdiz conforme o ondular da maré, mas naquele momento em que se está na pequena cabine com o boletim de voto na mão aí sim, é o voto na crença, o voto de confiança em quem se acredita ou o ajuste de contas com quem falhou. Acredito que muitas vezes essa decisão nem sequer tem a ver com os partidos políticos em que se está filiado, um dos fortes motivos porque são as sondagens feitas à “boca das urnas” que conseguem extrapolar os resultados praticamente garantidos dos resultados eleitorais. A liberdade de imprensa é também um dos pilares onde assenta a democracia e por gostar de ouvir pessoas de pensares distintos é que me preocupo com os órgãos de comunicação social e o seu dever de informar, mesmo que se calhar um pouco distantes da isenção que nós lhes cobramos. Possivelmente teremos que admitir que simpatizarmos mais com os que tratam as notícias num formato que converge mais com as nossas ideias e que se transformam assim nas nossas verdades diferentes - correntes de opinião que formam o equilíbrio de uma sociedade e nos obrigam a negociar, a ceder, a repensar, recuar para depois avançar. A mim, com carácter pessoal, assustam-me os extremos e os extremistas - aqueles que não dão espaço de manobra ao outro, o que pensa e que é diferente. Impõem e implementam à força as ideias que foram construindo nas suas mentes. Há tempos ouvia um senhor de idade falar com revolta do que faria ele às crianças que têm comportamentos mais rebeldes e entusiasmando-se, não se dava conta do ódio que deixava transparecer e que só vinha carregado com a sua própria frustração, isto ao ponto de eu ter que lhe dizer “o senhor está a falar de crianças!”. A resposta foi: “e então?”.

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O meu grande medo é este mesmo, as pessoas de maior “poder” seja ele de capital, de força fisica, ou mesmo os que gostam de manejar a “força da sua influência” - formas de tirania que muitas vezes exercem com dureza, pensando “ter os seus a salvo”, protegidos das consequências deste tipo de atuações. Na realidade não se dão conta que ninguém protege ninguém do ódio que é fabricado e gerado por uma sociedade da qual todos fazemos parte e, se calhar seria mais sensato adotar-se outro tipo de atitude, com a consciência de que os que lhes sucederem, mais tarde ou mais cedo ficarão expostos e por sua conta, nesta mesma sociedade que a “inverter-se” transformará, de forma implacável a “caça” em “caçador” . Liberdade de imprensa Pelo amadurecimento da idade também fui adquirindo uma responsabilidade social que penso está a crescer paredes meias com a “crise”, e fiquei contente porque atenuei alguns dos meus medos e avancei numa atitude que adotei ao responder ao pedido de ajuda feita aos colaboradores deste jornal, que decidi apoiar de forma voluntária e porque também foi uma forma justa de devolver o que recebi durante um ano letivo em que, apoiada, pude frequentar uma faculdade. Disponibilizei-me para a angariação de publicidade e de novos assinantes, para que se continue a divulgar e apoiar este jornal que há mais de 50 anos se mantém a informar-nos. Ao abordar pessoas e comerciantes verifiquei que eles também querem que isso aconteça, reforçando o que escrevi a uma dada altura: «… Escrevendo enquanto me ia levantando do chão, motivada por sentir que iam publicando as minhas reflexões e que tem significado para mim reconhecimento e respeito por parte do jornal “A Voz de Ermesinde”, uma das valências do Centro Social, preciso de deixar expresso o meu profundo respeito pelo facto de nunca me ter sido perguntada a minha conotação política, a minha orientação religiosa ou qualquer outra coisa que eu sentisse privar-me da minha liberdade que esse sim é o segundo maior bem depois da saúde…». Foi exatamente o que senti por parte das pessoas com quem vou falando - ninguém, que eu tenha contactado em representação do jornal me fez qualquer tipo de reparo em relação a conotações políticas, nem mesmo tendências religiosas, e essa não é a principal motivação que os leva a aceitarem comprar publicidade, serem seus assinantes ou mesmo amigos do facebook. Sentem sim ser uma causa comum: apoiar o “jornal da terra”, e que pode ser de uma qualquer terra, por isso é encarada como um “bocadinho de todos”, pois tenho verificado que são pessoas de

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todo o lado, de freguesias e concelhos diferentes e mesmo espalhadas por esse mundo fora que estão solidariamente ao seu lado. Enterneceu-me ver esta atitude de respeito e de solidariedade por este jornal regional e lembro-me muitas vezes da frase que tive exposta por trás da minha mesa de trabalho e que era atribuída a Confúcio, que dizia: «Todo o Homem deve aprender o que é de seu dever», e eu aprendi que não importa de que partido somos ou de que departamento somos ou de que terra somos – o todo vai ser sempre mais importante que a soma das partes. Respondendo à sua questão Sr. Pereira, e sem querer ser evasiva, eu digo-lhe que, atualmente e como cidadã, eu penso ter o dever de pensar e refletir com objetividade, ponderação e também muita racionalidade. Estar cada vez mais atenta às minhas escolhas na delegação que faço em representantes políticos para o meu país e também pela necessidade e obrigação que tenho de me manter em constante atualização e em movimento sobre pensares diferentes de pessoas que têm ideais diferentes, colocando a minha cruz no que mais se ajustar à minha consciência. Aprendi que isso só possível se estiver atenta e seguir o que se vai ouvindo e lendo nos diferentes órgãos de comunicação social que dão voz às correntes de opinião, também diferentes. Confesso que às vezes me preocupo que ao abrigo da palavra “crise” e com o intuito de nos condicionarem o pensamento, tentem “matar os mensageiros”, mesmo sabendo que apesar de tudo não matariam a palavra, pois a história mostra-nos que isso nunca foi possível. Acredito que proteger e salvaguardar a liberdade de imprensa, ajudando a que se mantenha ativa, acutilante e transparente é uma forma de preservarmos um bem pessoal e precioso de todos nós, a liberdade, mesmo que de “pequenos arautos” como este.

Direcção Técnica: Dr.a Cláudia Raquel Fernandes Freitas

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30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Opinião

Apelo às redes sociais

A. ÁLVARO SOUSA (*)

iz o Povo que onde há fumo há fogo. Interpelado na Assembleia da República no passado dia 21 do corrente, Passos Coelho “fugiu” à pergunta e não respondeu se o governo pensa, ou não, privatizar a Caixa Geral de Depósitos. O semanário Expresso, porém, melhor informado que o PM inteira os seus leitores que a hipótese de privatizar 40% da CGD é tema em análise, admitindo que o “bolo” será repartido em partes iguais por privados e público em geral. Na destemperada avidez que este PM revela em reduzir os portugueses à condição de miseráveis e o país a cinzas, não custa acreditar que um dia destes sejamos confrontados com um qualquer anúncio, enquadrado numa qualquer inventada “ordem” da Troika, que o banco do “Povo” iniciará a sua transferência para a esfera do capital: primeiro com o “analgésico” que a maioria do capital continuará a ser estatal, para num momento seguinte alienar a totalidade ou uma fração que assegure a privados o controlo da instituição, desta vez com o argumentário de que não estarão a privatizar a CGD, porque isso já tinha acontecido. A política de step by step, persistentemente praticada pelo atual gover-

no, tem produzido os seus resultados para o seu condutor com os correspondentes desastres para o património do Estado e significativas quebras de receitas futuras para os OE, tudo conseguido sem que tenha havido qualquer sobressalto dos portugueses. Foi assim com as privatizações da EDP e REN e assim continuará com as privatizações da ANA e da TAP, se aparecer alguém que se mostre interessado nesta última. Por tudo isto apelamos às redes sociais para acordarem para o “esbulho” que rumores públicos levam a recear que o governo se prepara efetivamente concretizar, levando por diante a privatização da CGD, entregando as pequenas poupanças de milhões de portugueses à gula de interesses privados, vendendo um valioso, histórico e emblemático património nacional a preço da uva mijona, como infelizmente se verá. Os excelentes resultados obtidos com a mobilização da sociedade civil contra a TSU (*), certamente que se repetirão se adotados para esta outra nobre causa: a defesa do património nacional das garras de terroristas económicos, assim alcunhados por Miguel Sousa Tavares na edição do Expresso de 22 de Setembro. Se esperarmos pelos resultados da ação partidária, quando mal nos desprecatarmos já era! As novas ferramentas comunicacionais poderão substituir com vantagem as velhas organizações partidárias que, inventadas para defender e gerir a coisa pública, transformaram-se em máquinas devoradoras dos recursos estatais em benefício de amigos, colegas e camaradas, protegidos por legislação por eles próprios aprovada, que os defendem de todos os abusos de poder ou de suspeitos negócios. (*) MODELAÇÃO DA TSU A estratégia de Passos Coelho de continuar a empobrecer os portugueses, desenvolvida de forma camuflada, acabou em

URSULA ZANGGER

FOTO ARQUIVO

insucesso graças a três circunstâncias: ter confrontado Portas com um facto consumado, obrigando-o a “assinar por baixo” uma proposta que sabia que ele não subscreveria, rejeição das entidades patronais do modelo, mobilização das redes sociais que surpreenderam o PM com manifestações da sociedade civil reunindo muitos milhares de pessoas em diversas cidades do país, a tudo acrescendo a manifestação às portas do Palácio de Belém enquanto decorria a reunião do Conselho de Estado. Ao que tudo indica, a TSU, tal como foi apresentada por Passos Coelho, terá morrido em Belém, restando uma janela de salvamento da face em reunião da Concertação Social, saltando para a comunicação social a hipótese de restar um subsídio para as empresas que venham a registar saldos líquidos de trabalhadores, medida que a confirmar-se, trará com ela dois perniciosos vírus: a mais que certa habilidade dos empresários em “enganarem”

as autoridades com contratações em fim de ano para demonstrarem aumento do saldo físico no encerramento dos exercícios, com rescisões no mês seguinte; o outro veneno será a “quadratura do círculo” das empresas públicas que se debaterão com o dilema de lhes fazer um jeitão a redução da TSU mas que a não poderão obter sem aumentar os recursos humanos em tempos de precisarem de os reduzir. Face a isto, mandará o bom senso e os superiores interesses nacionais, que se abandone, pura e simplesmente, a anunciada alteração da TSU, se acabe com a subsidiação das empresas e se oriente as disponibilidades financeiras do Estado para apoiar as empresas exportadoras através de processo taxa de benefício/valor exportado, havendo o cuidado de não incluir no universo as empresas energética. (*) alvarodesousa@sapo.pt

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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Lazer

Efemérides

Coisas Boas

15 OUTUBRO 912 – Falecimento de Abdallah ibn Muhammad, 7º Emir de Córdova (Espanha), nascido em 842.

Palavras cruzadas

Biscoitos de banana com passas FOTO ARQUIVO

• 4 bananas; • 2 chávenas de chá de farinha de trigo integral; • 1 pitada de sal; • 1 chávena de chá de açúcar mascavado; • 2 colheres de sopa de coco ralado; • 4 colheres de sopa de água gelada; • 1 colher de sopa de canela em pó; • ½ chávena de chá de passas pretas sem sementes; • óleo de milho q.b.. (Preparação para 8 porções).

HORIZONTAIS 1. Causaram admiração. 2. Curou-se; batalha. 3. Televisão espanhola; magnete. 4. Repele; quociente de inteligência. 5. Ligação; lugar de Ermesinde; nome de antigo grupo económico português. 6. Sozinho; antecedeu União Europeia. 7. Alguma coisa; surgi de parto. 8. Voltar a ver; antiga nota musical dó. 9. Partir; tumor de tecido muscular. 10. Atirar.

VERTICAIS

SOLUÇÕES: HORIZONTAIS

VERTICAIS 1. Estrebaria. 2. Savel; le. 3. Precos; vir. 4. Ao; onere. 5. Nulas; ar. 6. Caos; me. 7. Alia; cais. 8.Rum; CCI; Os. 9. Ataque; uma. 10. Manifestar.

1. Espantaram. 2. Sarou; luta. 3. TVE; iman. 4. Rechaca; QI. 5. Elo; Sa; CUF. 6. So; CEE. 7. Al; nasci. 8. Rever; Ut. 9. Ir; mioma. 10. Arremessar.

1. Cavalariça. 2. Peixe; interpreta a escrita. 3. Valores pecuniários; aproximar-se. 4. Contração de preposição e artigo; sobrecarrega. 5. Inválidas; atmosfera. 6. Confusão; pronome pessoal. 7. Une; doca. 8. Bebida alcoólica; duzentos e um (rom.); artigo (pl.). 9. Investida; artigo indefinido. 10. Declarar.

Anagrama Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letras desordenadas: HOCÃS. Rua de Chãos.

SOLUÇÕES:

Veja se sabe 01 - Instituição distinguida com Prémio Nobel da Paz em 1954. 02 - Tribo germânica que habitava a atual Holanda no tempo de César. 03 - Cineasta francês, autor de “Adeus, Minha Rainha” (2012). 04 - Rio que nasce na serra do Caldeirão e passa por Silves. 05 - A que classe de animais pertence a preguiça? 06 - A que continente pertencem os Estados Unidos? 07 - Em que país fica a cidade de Salamanca? 08 - Qual é a capital da Samoa? 09 - A abreviatura Scl corresponde a qual constelação? 10 - Elemento metálico radioativo, n.º 90 da Tabela Periódica (Th).

“A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas de grau de dificuldade “muito fácil” ou “média”. A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordo com os princípios do copyleft.

Sudoku

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SOLUÇÕES:

01 – UNHCR. 02 – Catos. 03 – Benoît Jacquot. 04 – Rio Arade. 05 – Mamíferos. 06 – América do Norte. 07 – Espanha. 08 – Apia. 09 – Escultor. 10 – Tório.

Provérbio Em outubro sê prudente, guarda pão, guarda semente. (Provérbio português)

Diferenças

Numa tigela grande amassam-se as bananas com o garfo. Acrescenta-se a farinha, o sal, o açúcar, o coco, a água, a canela e as passas. Misturam-se bem e deixa-se a massa a descansar durante 30 minutos. Modelam-se os biscoitos. Distribuem-se os biscoitos numa forma untada e polvilhada com farinha, e assam-se em forno quente (200°C) até que fiquem ligeiramente dourados no fundo.

Em cada linha, horizontal ou vertical, têm que ficar todos os algarismos, de 1 a 9, sem nenhuma repetição. O mesmo para cada um dos nove pequenos quadrados em que se subdivide o quadrado grande. Alguns algarismos já estão colocados no local correcto.

Sudoku (soluções)

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Descubra as 10 diferenças existentes nos desenhos SOLUÇÕES: 01. Pedra. 02. Pergaminho. 03. Pena. 04. Tinteiro. 05. Cogumelo. 06. Arbusto. 07. Mocassim. 08. Orelha. 09. Erva. 10. Fivela. ILUSTRAÇÃO HTTP://WWW.PDCLIPART.ORG


30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Muitas novidades no lançamento do Expresso 2.4-2 Beta Com uma série de novas funcionalidades, a versão 2.4-2 Beta do Expresso foi lançada oficialmente em agosto e está disponível na secção de downloads do site do Expresso Livre: http://goo.gl/Dp1jC. O Expresso Livre é uma solução completa de comunicação que reúne e-mail, agenda, catálogo de contactos, workflow e mensagens instantâneas num único ambiente. O sistema de anexos agora está «mais bonito e completo» e os arquivos podem ser manipulados utilizando recurso de drag-anddrop (arrastar e soltar). Entre as novidades destacam-se: Possibilidade de alertas desktop ao utilizador; Considerar assunto de mensagens como nome de arquivo ao exportá-las individualmente; Edição de pastas compartilhadas na própria árvore de pastas; Melhorias na disposição da listagem de anexos. Fonte: http://www.noticiaslinux.com.br/ nl1347377799.html

Unicamp abre processo seletivo para analistas de sistemas e engenheiro de telecomunicações A Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, no Brasil, abriu um processo seletivo público para contratação de analista de sistemas e engenheiro de Ttlecomunicações. O texto integral dos editais pode ser consultado em: • Analista de Sistemas: http://goo.gl/ B1xwb • Engenheiro de Telecomunicações: http:/ /goo.gl/LYpGY Fonte: http://goo.gl/ae8Fn

Lançado PostgreSQL 9.2 O Grupo de Desenvolvimento Global do PostgreSQL anunciou o PostgreSQL 9.2, a última versão do líder dos bancos de dados de código aberto. Desde que a versão beta foi anunciada em maio, desenvolvedores e fornecedores têm-no elogiado como um salto em performance, escalabilidade e flexibilidade. O PostgreSQL 9.2 vem com suporte nativo a JSON, índices abrangentes, melhorias na replicação e no desempenho, e muitos outras funcionalidades. Fonte: http://www.postgresql.org/about/ press/presskit92/pt/

Vaga na ONU em Timor-Leste: Oportunidade Sysadmin Linux O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP) está a procura de um administrador de sistemas Linux que fale Português para atuar na expansão dos sistemas e serviços de TI nos Tribunais de Timor-Leste.“Esta é uma grande oportunidade de trabalhar para uma organização internacional (ONU), num novo país com diferentes culturas e novos desafios e oportunidades.“Os interessados podem enviar CV e Cover Letter para jsprecruitment.tp@undp.org“Os Termos de Referência com detalhes (em Português e Inglês) encontram-sew no site da UNDP/TimorLeste, em http://www.tl.undp.org/justice/ (no item "Job Opportunities" à esquerda). Fonte: http://www.noticiaslinux.com.br/

Tecnologias

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A informática no reino de Liliput – a moda dos minicomputadores (3) Aproveitando uma conjugação de fatores muito interessante – a miniaturização eletrónica das boards, o surgimento de processadores de muito baixo consumo de energia, a disponibilidade de pequenos discos muito rápidos SSD, os acessíveis recursos da net e a disponibilidade de sistemas operativos livres e gratuitos –, uma geração de novos minicomputadores tem vindo a fazer o seu aparecimento com uma cada vez maior frequência. Este é o terceiro de alguns artigos que apontam exemplos desta nova tendência na informática pessoal. LC (*)

Recordemos os supermicrocomputadores até agora apresentados na primeira e segunda parte deste artigo, nos dois últimos números de “A Voz de Ermesinde” (em papel). Falámos do Cotton Candy, do Raspberry Pi, do CuBox, do Mele A-1000 e do MK802, todos eles pequens pens, simples cartas, ou computadores de muito pequena dimensão. Ficam hoje aqui mais alguns exemplos desta nova tendência crescente.

pessoal realizado pela Compulab que traz préinstalado o Linux Mint 12 Lisa, com ambiente de desktop Mate 1.2. O MintBox é baseado num processador AMD 1.65 GHZ Dual Core, com GPU Radon HD 6250, 4GB de RAM DDR3 e um disco rígido de 250 GB. Vem ainda com quatro portas USB 2.0, uma porta HDMI, duas portas eSATA, LAN e wifi. O preçlo do MintBox deve ser de 425 a 589 dólares (342 a 474 euros).

O Via APC 8750 O Via APC 8750 é um computador em forma de placa (tal como o Raspberry Pi), baseado num processador ARM11. Vem com 512 MB de RAM DDR3 e 2 GB de memória flash. Quanto a ligações, oferece quatro portas USB 2.0, um slot para microSD e duas saídas de video, uma VGA e outra HDMI. Vem ainda com uma porta Ethernet e uma tomada jack para entrada e saída de áudio. Mede 17 por 8,5 cm, consumindo de 4 a 13 watts, na máxima carga. Como sistema operativo, vem com Android 2.3, podendo eventualmente aceitar Arch Linux ou Fedora. O VIA APC 8750 é vendido a 49 dólares (cerca de 40 euros), no que é uma das soluções mis económicas do mercado. O MintBox Um pouco maior e muito mais poderoso, com um aspeto a fazer lembrar um rooter, outro dos computadores de baixo custo mais interessantes é o MintBox, um computador

O Mini X Bastante mais pequeno que o MintBox, outra proposta é a do Mini X, ainda um computador com processador ARM (A10 Allwinner Cortex-A8), com GPU Mali-400, 512 MB de RAM DDR3, e 4GB de armazenamento, tudo isto num tamanho de apenas 6x6c1,3 cm., que cabe perfeitamente na palma de uma mão. O Mini X vem com Wifi 802.11b/g/n, uma porta HDMI, duas portas USB 2.0 e um slot microSD. Como sistema operativo traz o Android 2.3, personalizado e com um tele-

O MintBox, ao lado. Acima o Mini X.

O CX-01.

comando IR. O preço do Mini X anda pelos 78 dólares (cerca de 62 euros). Uma atualização do sistema operativo prevê a sua “promoção” para Android 4.0. O Advantech RSB-4210 O Raspberry Pi, um dos pioneiros desta nova tendência rapidamente começou a ter os seus émulos. Além do Via APC 8750 de que falámos atrás, outra proposta num sentido semelhante é o Advantech RSB-4210, apontado como uma “versão profissional” do Raspberry. O Advantech é baseado num processador Freescale ARMCortex-A8i.MX536, de 800 MHz e vem com 512 MB de RAM DDR3. Suporta OpenGL ES 2.0 e OpenVG 1.1, o que permite a reprodução de video de alta definição HD 1080p. Vem com uma porta VGA, duas portas USB 2.0, duas portas Ethernet, e uma porta de série RS232. Permite ainda ser equipado com um disco rígido SATA. Os produtores deste equipamento declaram que ele é capaz de suporatr temperaturas dos 40 negativos até 85 graus centígrados! O CX-01 Ainda no domínio da extrema redução de custos (e tamanho) apresentamos também o CX-01, uma pequena pen de 90x40x29 mm, com um peso de 80 gramas, mas que oferece espaço de armazenamento fixo de 4GB. Como processador tem o Telechips TCC8923 Cortex A5 de 1 GHz, vem com carta gráfica Mali 400, com suporte para video de alta definição (1 920x1 080p) e 412 de memória RAM. O CX-01 vem com uma porta USB e uma microUSB, e ainda ligação HDMI. O sistema operativo é o Android 4.0. O preço do CX-01 é de 27 euros! (*) Com base em informações recolhidas sobretudo no site http://www.lffl.org/ e nos sites dos respetivos fabricantes.


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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Arte Nona

Entretanto

Homenagem do blogue português do Tex (texwillerblog) a Sergio Bonelli foi alargada O blogue português do Tex tinha previsto dedicar, de 26 de setembro a 2 de outubro, uma Semana de Homenagem a Sergio Bonelli, como forma de homenagear o Homem que fez sonhar gerações de leitores de fumetti um pouco por todo o mundo, por ocasião do 1º aniversário do seu falecimento, mas o sucesso da iniciativa foi tão grande que o evento irá ser prolongado em mais alguns dias, anunciam os organizadores. A homenagem pública conta inclusive com a participação de vários autores da Sergio Bonelli Editore, em que os desenhadores contribuíram com uma ilustração inédita na qual estão presentes por vezes personagens da Editora Bonelli e até o próprio autor/editor Sergio Bonelli. Por sua vez os argumentistas bonellianos aproveitaram a iniciativa do blogue para recordar Sergio Bonelli e para contar algumas facetas menos conhecidas do autor e editor, sobretudo a nível pessoal, através de textos, poemas, fotografias, vídeo ou mesmo de um desenho. Mas para além dos autores bonellianos a iniciativa do Texwillerblog também se estendeu aos leitores e colaboradores, possibilitando assim uma maior participação e abrangência a esta homenagem a que se associaram também dezenas e dezenas de fãs e admiradores de Sergio Bonelli e cujo resultado final será uma combinação que celebrará um dos mais importantes ícones da banda desenhada mundial seja como editor, seja como criador de personagens históricas, como Zagor e Mister No. As homenagens irão suceder-se a um ritmo de quatro por dia, intervaladas por algumas horas, de modo a que todas tenham a devida e merecida visibilidade, sendo ainda muitas delas publicadas não somente em português, mas também em italiano. Fonte: http://texwillerblog.com/ wordpress/?p=40371

5º Encontro Nacional de Ilustração de S. João da Madeira

Organizado pela junta de Freguesia de S. João da Madeira, vai decorrer, de 15 a 20 de outubro de 2012 o 5º Encontro Nacional de Ilustração de S. João da Madeira, o evento contará com numerosas exposições, individuais e coletivas, com origem em Portugal, Angola, Suíça, Polónia, Panamá. E contará com a presença de vários ilustradores, como os portugueses Ana Biscaia, Anabela Dias, Carla Nazareth, Diana Marques, Elsa Lé, Evelina Oliveira, Flávia Leitão, Helena Zália, Isaura Rosa, José Emídio, Margarida Botelho, Marta Ribeiro, Natalina Cóias, Paulo Galindro, Susana Leite, Susana Lemos, Vera Pyrrait, e ainda Albertine (Suíça), Lindomar Sousa (Angola), Olímpio Sousa (Angola), Ologwagdi (Panamá) e Oswaldo de Leon (Panamá). Programa Provisório 15 de OUTUBRO 08h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primário e 1º, 2º e 3º Ciclos; 14h00-16h00 – Oficinas de Ilustração nas escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primário e 1º, 2º e 3º Ciclos. 16 de OUTUBRO 18h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primário e 1º, 2º e 3º Ciclos; 14h00-16h00 – Oficinas de Ilustração nas escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primário e 1º, 2º e 3º Ciclos. Na Biblioteca da Junta de Freguesia: 21h30-23h00 – Lançamento de livros, com a ilustradora Ana Biscaia, o escritor Clóvis Levi e a Editora Lápis de Memórias; “A cadeira que queria ser sofá”, com a ilustradora Tânia Clímaco, o escritor António Torrado, e a Editora Soregra; “Colecção Ver e Ler”, com os ilustradores Pedro Seromenho e Sebastião Peixoto; “A Grande Fábrica das Palavras”. Debate e Sessão de autógrafos e dedicatórias pelos autores e ilustradores. 17 de OUTUBRO 18h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primário e 1º, 2º e 3º Ciclos; 14h00-16h00 – Oficinas de Ilustração nas escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primário e 1º, 2º e 3º Ciclos; 14h30-16h30 – Oficinas de Ilustração na Universidade Sénior; Oficinas de Ilustração na CERCI; Na Biblioteca da Junta de Freguesia: 17h30-19h00 – Mesa-Redonda – “Da criação à edição”; Reflexão e debate sobre os problemas e as dificuldades dos profissionais. No Hotel WR****: 20h00-24h00 – Receção aos ilustradores; Jantar convívio com os ilustradores.

18 de OUTUBRO 18h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primário e 1º, 2º e 3º Ciclos; 09h30-11h30 – Oficinas de Ilustração na CERCI; 14h00-17h00 – Oficinas de Ilustração nas escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primário e 1º, 2º e 3º Ciclos; 14h00-16h00 – Visitas guiadas – Turismo Industrial; 17h00- Ilustradora Elsa Lé, escritores José Jorge Letria, João Manuel Ribeiro, João Pedro Mésseder e arquiteta Paula Araújo da Silva, diretora Regional de Cultura do Norte e arqueólogo Luís Sebastian, coordenador do Projecto Vale do Varosa; Lançamento de Livros: Sessão de autógrafos e dedicatórias - “O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, as Formigas, o Gaio e as Pedras”; - “O Anjo do Pintor” (Mosteiro de Ferreirim); - “O Mosteiro de S. João de Tarouca” (coedição entre a Trinta por uma Linha e a Direção Regional da Cultura do Norte). Nos Paços da Cultura: 16h45-17h45 – Abertura do secretariado; Abertura da Feira do Livro; Arruada pelos “Ecos Urbanos”; Receção e entrega de pastas aos participantes; Animação pelos “Ecos Urbanos”; 17h45-18h00 – Apresentação de trabalhos do ESMAE/IPP; Retrospetiva do 4º Encontro Nacional de Ilustração; 18h00-19h45 – Inauguração Oficial do 5º Encontro Nacional de Ilustração; Sessão Solene; Lançamento Oficial da Agenda/Catálogo; Inauguração da Exposição das Ilustrações do 5º Encontro “Lápis”; Inauguração da Exposição Coletiva na Biblioteca Municipal; 19h45-21h30 – Pausa para jantar. Nos Paços da Cultura: 21h30-23h30 – 1º Painel de Conferências temáticas “Da criação à edição” - Germano Zulo e Albertine (Suíça); - Diálogo a 4 mãos; - Corinne Rochat (Suíça); - Dos Kamishibai à criação da editora Paloma; - Sylvie Neeman – Institut de Jeunesse et Médias da Suíça e Arole; - A palavra ainda ao papel através da revista “Parole”. Debate. 19 de OUTUBRO 18h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primário e 1º, 2º e 3º Ciclos; 14h00-16h30 – Visitas guiadas às diversas exposições patentes ao público; Nos Paços da Cultura: 14h00-24h00 – Feira do Livro; 14h00-16h30 – Mesa redonda com Bibliote-

cários (Bibliotecas Municipais, escolares e outras); Lançamento de Livros; 16h30-18h15 – Mesa redonda para ilustradores: As diferentes técnicas da Ilustração (moderadora Sylviane Rigolet); Outros assuntos de interesse; 18h30-20h00 – 2º Painel de Conferências temáticas “Da edição à divulgação”: Ana Maria Witzig-Marinho – Interbiblio (uma organização de 22 BM especificas, na Suíça, apresentada pela sua responsável); Corinne Rochat – CREDE (Centro de Recursos Educativos, apresentado pela sua responsável, em Lausanne); Debate; 20h00-21h30 – Pausa para jantar; 21h30-22h15 – Lançamento de livros: Ilustradora Evelina Oliveira “Livros de artista para crianças”, projeto inserido na Tese de Mestrado; Olímpio Sousa e Lindomar Sousa; Debate; 22h15-23h45 – Espetáculo Multimédia. 20 de OUTUBRO No Shopping 8ª Avenida: 10h00-23h00 – Feira do Livro. No Centro Empresarial e Tecnológico (CET): 09h30-12h00 – Dia da Ilustração Internacional ANGOLA - Lindomar Sousa, Olímpio Sousa e João Mascarenhas; PANAMÁ - Oswaldo de Leon, Ologwagdi de Agganusadub; A Ilustração de la Nacion Kunapanameña. Vive, ama, pinta y sueña; SUÍÇA - Pascal Luy; Osons les Histoires (Filme) apresentação do livro nos bairros junto de populações desfavorecidas e migrantes em prol da integração; POLÓNIA - José Carlos Dias Costa Albuquerque (diretor do Instituto Camões na Polónia); Atividades importantes e numerosas, mas nem sempre (re)conhecidas; PORTUGAL - José Emídio: Lápis - Era uma vez; BRASIL - Yara Kono, A ilustração brasileira; Debate; 12h00-12h30 – Sessão de Encerramento; 12h30-14h00 – Pausa para almoço. No Shopping 8ª Avenida: 10h00-23h00 – Feira do Livro; 14h30-18h00 – Lançamento de livros - ilustradora Catarina Garcia, escritora Paula Sá, Editora Opera Omnia (“O velho que Pintava Pombas”), ilustradora Marta Neto, escritora Suzana Ramos, Editora Dinalivro (“Histórias de Pontuar”; Sessão de autógrafos e dedicatórias pelos artistas; 15h00-17H00 – Espetáculo multimédia Música e ilustração; 15h30-17h30 – Oficinas para o público em geral; 17h00-18h00 – Sessão de entrega de prémios – Concurso de ilustração das escolas; 18H00-18H30 – Encerramento do 5º Encontro Nacional de Ilustração. Entrega de prémios.


30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

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Arte Nona

O ajudante de cangalheiro (13/14)• autor: PAULO PINTO


A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Serviços

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Farmácias de Serviço Permanente

Telefones CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

De 01/10/12 a 03/11/12

• Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino) (Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

• População Idosa (Anabela Sousa) (Lar de Idosos, Apoio Domiciliário) • Serviços de Administração (Júlia Almeida) Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615; 22 973 1118; Fax 22 973 3854 Rua Rodrigues de Freitas, 2200 4445-637 Ermesinde • Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves) (Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresas de Inserção, Gabinete de Inserção Profissional) • Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia) Tel. 22 975 8774 Largo António Silva Moreira, 921 4445-280 Ermesinde • Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage) Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006 Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 2 4445-208 Ermesinde

Telefones

ECA

Telefones de Utilidade Pública

ERMESINDE CIDADE ABERTA

• Sede Tel. 22 974 7194 Largo António Silva Moreira, 921 4445-280 Ermesinde • Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins) Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944 Travessa João de Deus, s/n 4445-475 Ermesinde • Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins) Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925 Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 201 4445-485 Ermesinde

Auxílio e Emergência

Saúde

Avarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779 Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423 B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040 B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002 Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340 Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795 Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146 Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 968 6211 Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 0530 Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112 SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651 Linha Vida ............................................................. 800 255 255 SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143 Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

Centro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057 Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349 Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520 Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571 Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887 Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420 Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896 Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338 Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600 CERMA.......................................................................... 22 972 5481 Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170 Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057 Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928 Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041 Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705 Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550 Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101 Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593 Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228 Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060 Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430 Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122 Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617 Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328 Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750 Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812 Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785 Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100 Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500 Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Serviços Locais de venda de "A Voz de Ermesinde" • Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia; • Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles; • Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra; • Café Campelo - Sampaio; • A Nossa Papelaria - Gandra; • Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio; • Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

Fases da Lua

Out 20 20112

Nov 2012

Lua Cheia: 29; Q. Minguante: 8; Lua Nova: 15 15;; Q. Crescente: 22 22.. Lua Cheia: 28 28;; Q. Minguante: 7 ; Lua Nova: 13 13;; Q. Crescente: 20 20..

Ficha de Assinante A VOZ DE

ERMESINDE Nome ______________________________ _________________________________ Morada _________________________________ __________________________________________________________________________________ Código Postal ____ - __ __________ ___________________________________ Nº. Contribuinte _________________ Telefone/Telemóvel______________ E-mail ______________________________ Ermesinde, ___/___/____ (Assinatura) ___________________ Assinatura Anual 12 núm./ 9 euros NIB 0036 0090 99100069476 62 R. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 Ermesinde Tel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

Farmácias de Serviço

Dias

• Infância e Juventude (Fátima Brochado) (ATL, Actividades Extra-Curriculares)

Cartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 974 0087 Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647 Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382 Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312 Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188 Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374 Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719 Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060 Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709 Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903 Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138 Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Bancos Banco BPI ............................................................ 808 200 510 Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740 Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320 Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787 Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100 Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480 Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500 Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440 Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460 Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870 Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

Transportes Central de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746 Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435 Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811 Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384 Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

Desporto Águias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018 Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292 Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352 Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670 Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677 Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284 Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957 Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956 Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958 Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959 Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950 Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951 Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952 Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953 Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955 Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859 Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Cultura Arq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490 Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270 Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545 Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431 Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070 Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320 Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033 Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440 Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

Comunicações Posto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250 Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310 Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943 Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

Administração Agência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585 Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900 Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306 Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440 Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590 Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016 Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001 Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210 Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119 Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320 Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422 Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95 Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805 Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109 Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650 Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223 Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471 Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973 Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271 Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590 Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040 Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

Ensino e Formação Cenfim ......................................................................................... 22 978 3170 Centro de Explicações de Ermesinde ...................................... 22 971 5108 Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690 Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044 Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4 Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494 Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491 Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356 Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884 Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719 Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757 Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791 Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110 Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860 Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710 Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7 Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436 Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004 Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043 Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558 Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666 Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393 AACE - Associação Acad. e Cultural de Ermesinde ........... 22 974 8050 Universidade Sénior de Ermesinde .............................................. 93 902 6434

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 01 02 03

Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Segunda Terça Quarta

Sampaio Santa Joana Travagem Alfena Ascensão Confiança Formiga Garcês MAG Nova Alfena Palmilheira Sampaio Santa Joana Travagem Alfena Ascensão Confiança Formiga Garcês MAG Nova Alfena Palmilheira Sampaio Santa Joana Travagem Alfena Ascensão Confiança Formiga Garcês MAG Nova Alfena Palmilheira

Vilardell Marques Cunha Outeiro Linho Sobrado Bessa Central Marques Santos Marques Cunha Outeiro Linho Sobrado Bessa Central Marques Santos Vilardell Outeiro Linho Sobrado Bessa Central Marques Santos Vilardell Marques Cunha Sobrado Bessa Central Marques Santos Vilardell Marques Cunha Outeiro Linho Bessa Central Marques Santos Vilardell Marques Cunha

FICHA TÉCNICA A VOZ DE

ERMESINDE JORNAL MENSAL • N.º ERC 101423 • N.º ISSN 1645-9393 Diretora: Fernanda Lage. Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), Miguel Barros (CPJ 8455). Fotografia: Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), Ursula Zangger (CPJ 1859). Maquetagem e Grafismo: LC, MB. Publicidade e Asssinaturas: Aurélio Lage, Lurdes Magalhães. Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sousa, Ana Marta Ferreira, Armando Soares, Cândida Bessa, Chelo Meneses, Diana Silva, Faria de Almeida, Filipe Cerqueira, Gil Monteiro, Glória Leitão, Gui Laginha, Jacinto Soares, Joana Gonçalves, João Dias Carrilho, Sara Teixeira, Joana Viterbo, José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gonçalves, Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias, Manuel Conceição Pereira, Marta Ferreira, Nuno Afonso, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, Rui Laiginha, Rui Sousa, Sara Amaral. Propriedade, Administração, Edição, Publicidade e Assinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE • Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637 ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412 123 • Serviços de registos de imprensa e publicidade N.º 101 423. Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854 Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde. Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762. Fax 229 759 006. E-mail: avozdeermesinde@gmail.com Site:www.avozdeermesinde.com Impressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidade do Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5, Fração A, 4700-087 Braga. Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171. Os artigos deste jornal podem ou não estar em sintonia com o pensamento da Direção; no entanto, são sempre da responsabilidade de quem os assina.

Emprego Centro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230 Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774 Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943 Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650 Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353 Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139 UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

Tiragem Média do Mês Anterior: 1100


30 de setembro de 2012 • A Voz

de Ermesinde

Serviços

Agenda Desporto FUTEBOL

21 OUTUBRO, 15H00

Estádio de Sonhos – ERMESINDE SC-CANIDELO Jogo a contar para a sexta jornada do Campeonato Distrital – Divisão de Honra, da Associação de Futebol do Porto. . (Agenda Associação de Futebol do Porto).

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01 Out - 30 Out Música DE 5 A 27 DE OUTUBRO, 21H45 Centro Cultural de Alfena Centro Cultural de Campo Centro Cultural de Sobrado Fór um Vallis Longus Fórum Fórum Cultural de Ermesinde - ALMA DO F ADO - 2ª edição FADO Concurso de fado amador, que visa promover e divulgar a música, o fado em particular, e divulgar novos talentos. Eliminatórias a 5/10 no Centro Cultural de Alfena; a 12/10 no Centro Cultural de Campo; a 13/10 no Fórum Cultural de Ermesinde; a 19/10 no Centro Cultural de Sobrado; e a 20/10 no Fórum Vallis Longus. Final, a 27/10, no Fórum Cultural de Ermesinde. (Agenda da Área Metropolitana do Porto).

Exposições 6 DE JULHO A 15 DE JULHO Fórum Cultural de Ermesinde A LINHA DO DOURO E DO MINHO - EXPOSIÇÃO HISTÓRICO-DOCUMENTAL Exposição sobre a Linha do Douro e do Minho composta por fotografias, textos e maquetas, entre outros documentos de grande interesse histórico-documental realizada em parceria com a AVAFER – Associação Valonguense dos Amigos da Ferrovia. Complementam esta mostra telas sobre a Linha do Douro do pintor Ferreira da Silva. (Agenda da Área Metropolitana do Porto).


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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

Última

MagicValongo: surpresa, encantamento e ilusão FOTOS MANUEL VALDREZ

É verdade que o Magic não teve, este ano, acossado como tudo tem sido, pela crise, a pujança que noutros anos chegou a exibir. Mas não deixou de ser, embora mais limitado, o Magic, na sua programação es-

sencial, pretexto para encontro de ilusionistas e destes com o seu público, momento de festa e encantamento. Também a sua nova vestimenta ibérica pode ser um caminho. Veremos! Viva o MagicValongo! LC


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