OKAVANGO

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FODAM-SE os direitos autorais: Acreditamos que qualquer expressão que sirva para melhorar, evoluir o sentimento e o pensamento humano é um bem comum. Portanto não deve ser considerada uma propriedade privada. Este trabalho pode ser reproduzido ao todo ou em parte desde que não vise a produção com finalidade de lucro. Viva o livre pensar, expressar e sentir! Viva a livre poesia!! CITE A FONTE! Contatos: http://putoeta.blogspot.com/

OKAVANGO

SOLILÓQUIO DA PENETRAÇÃO ANAL NUMA NOITE DE MONÓLOGO ONDE xS DE BAIXO ASSASSINA XS DE CIMA. Estávamos SÓS Tanto no palco como na plateia E sendo assim Interpretando nossa realidade Num coito com o lugar MASTURBANDO-ME observei o cheiro Sentindo o teatro quebrado pelo silencio Lambuzando-nos em sermos nos mesmxs Quando o relógio disparou anunciando A missa das oito. Gozamos e fomos embora E quando saímos pela porta O finito era apenas eu. (Avles - Destruir estradas e concretos)

SOLILÓQUIO DO ACASALAMENTO DE HIPOPOTAMO Encontrar nas palavras algo Algo que possa ser... Possa ser, barricadas; Possa ser, linha de frente; Possa ser, interrogações; Possa ser perigosx! Pois a poesia precisa Ser... E não ter Ser, o que sempre foi... Precisa voltar a ser O que sempre foi... Ser perigosa. Assim como as palavras e gestos... “Ke xs mortxs deixem para xs vivxs” (Avles – Importante se pensar ke falamos ke vivemos num país democrático, mais isso pode até ser argumentado no quesito das votações (sem aprofundar, pois é, claro ke a interferência do poder econômico nelas torna essa democracia uma simples fachada) porém transitamos da ditadura a democracia, do ponto de vista politico, jurídico e institucional, mas a estrutura do poder no sistema bancário, na estrutura industrial, comercial, agrário, midiático, não apenas não se democratizou, como se tornou mais concentrada, mas ditatorial – Emir Sader – Caros Amigos 1/09)

AVLES (Centelha na Flor Resta urbana)

SOLILÓQUIO DO DESCOBRINDO A SOLIDÃO Ao som da libidinosa FLORES NO LIXO Ao som da brutal e companheira TUMOR Nas noites de escritor ou escritora. Passo meu órgão genital onde transo com arame farpado regado a DISRUPT. PATARENI me penetra em dois sentidos. PASZORROZOTT me deixa molhada. Minha vagina se entrega ao som de SEVEN MINUTES OF NAUSEA. LA DESGRACIONE me empala lentamente. Gozo ao escutar NOISE no toca vinil. SIN DIOS me excita e me sugeri ANTI-TIMPANOS. AUTO-CADAVER e assim ke me sinto. ÓDIO o que me leva a peça onde solilóquio-me No conflito e solidão. (Avles - a maior prisão em ke as pessoas vivem, é o medo de ke as outras pessoas irão pensar de Você)


Katita que é amante de Anita ke é amiga de Katita que é companheira de Anita que é psicóloga de Katita que é professora de Anita ke é confidente de Katita ke é fotografa de Anita ke é pintora de Katita ke é advogada de Anita ke é “mula” de Katita ke é cozinheira de Anita ke é namorada de Katita ke é costureira de Anita... que gostam de pênis de mulher. (Avles - A propriedade privada é a responsável diretamente pela exploração do trabalho alheio, pois ela é baseada na visão dos lucros sobre a produção.)

AUTOPSIA DA PUTOESIA Ao som da Ladesgracione – morte ao onipresente No embriagar de minha sonoridade Apenas a revolta; A socialização da liberdade Apenas ruídos in fagulhas; A morte da desigualdade A busca pelo Flor Resta O assassinato da onisciência A destruição para construção Eis a questão? Ser? Ter? Ke tipo de escravo kero ser? Aiiiiiiii Dimiiiiimmmmmm Esse minúsculo átomo que ocupa espaço Pirando, transpirando e conspirando sua história nesse grande romance que é a vida O que é a vida? O ke é a vida? Um minúsculo existir Um flautulento peido Uma gota de chuva nesse deserto a criação de mais uma nota musical o vazio da multidão o imperfeito complexo finito ser a pétala da flor morta no lago Baikal a morte de deuses e demônios cotidianamente o que é a vida? o que é a vida? o que é a vida? Aki e agora! Eis a resposta. (Avles – Defendo fortemente o direito ke temos de ser sujeito de nós mesmxs... ...assim se uso maconha ou açúcar (não sei qual dessas drogas é pior), não dou o direito do estado e suas leis interferirem nesta escolha pessoal.)

KE AS MORTAS DEIXEM PARA AS VIVAS. Putoesia Puto e teoria Puto teoria e ação. Putoesia é uma raiz Da poesia que não se deixou ser matriz Nem ser códigos palavristicos. Assim como o hardcore não é musica; O punk não é um produto; Noise core é protesto; A musicalidade knup não é mercadoria Eis ke surge a putoesia. Una arma Contra lapadronizacione Da pratica e da teoria. Assim falou Zaratrusta, seu Zé e minha tia Jefinha. Assim como o javali se movimenta na mata Assim como o black block cria sua anti-arte Assim como a Flor Resta resiste. Assim és a putoesia. Essa Flor urbana ke resta Kebrando concreto E fazendo sangrar. Eis a questão? Amando seu ódio E semeando liberdade Na luta dxs de baixo contra xs de cima. Eis-me aki putoesia. (Avles - O homem ke destrói as mercadorias demonstra sua superioridade humana sobre as mercadorias. Não permanece prisioneiro das formas arbitrarias ke encobrem as suas necessidades reais.)

BEIJOS DE ARROTO DE HIENA És ópio na alimentação do putoeta; És fagulha na água da putoeta; És centelha... És ódio no amor do anarquista; És amor no ódio do libertário; És black block na destruição pra construção; És destruição para construção na arte de rebelarse; A luta contra el capitalismo. (Avles - Viva la aborto livre!)


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