#38 - Cláudia Raia

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BIOGRAFIA

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ogério Fasano tem motivos de sobra para celebrar. O restaurante Fasano foi nomeado a mais um prêmio, o The World’s 50 Best. Também este mês, o hotel Fasano comemora 10 anos de sucesso em São Paulo. Além disso, o empresário está abrindo uma trattoria na cidade. Detalhes que o faz ser talvez o restaurateur mais próspero do país. “Abaixe um pouco a música para não atrapalhar a entrevista”, pede ele à sua assessora. E é assim, prestando atenção aos mínimos detalhes, que Rogério conseguiu tocar os negócios da família fazendo com que o grupo Fasano seja um dos mais famosos do país. O slogan é: “atual, desde 1902”, ano em que o patriarca da família, Vittorio, inaugurou na praça Antônio Prado, no centro de São Paulo, a Brasserie Paulista. Em 1937, após a morte de Vittorio, Ruggero, o filho mais novo e avô de Rogério, reassumiu o legado gastronômico da família, abrindo o Fasano, na rua Vieira de Carvalho. Desde então, os negócios transitaram por alguns endereços na cidade, sempre seguindo o fluxo da mobilidade dos centros comerciais. Mudaram-se para a rua Barão de Itapetininga, Avenida Paulista, Shopping Eldorado e Rua Amaury. Rogério entrou em cena em 1982, quando largou um curso de cinema em Londres, onde morava, para ajudar seu pai Fabrizio a seguir com os empreendimentos. Ele, que sempre gostou de comer bem e rodou o mundo sendo cliente em inúmeros restaurantes, tinha o know-how que o pai precisava. Essa parceria deu certo e hoje o grupo Fasano é composto por quatro hotéis e vários restaurantes. Até o fim de setembro, Rogério inaugurará a charmosa Trattoria Gero, na avenida Faria Lima, em São Paulo. A trattoria será inspirada no sul da Itália. “Quero resgatar pratos que você não encontra mais e fazê-los ainda mais clássicos do que faço hoje. Sinto que as pessoas têm muita vontade de experimentar receitas realmente antigas, porém feitas corretamente. Alguns pratos da culinária italiana se massificaram de uma maneira muito equivocada. Hoje, 90% dos ‘espaguetes à carbonara’ que se vê por aí são feitos de creme de leite e bacon”, diz ele. “Não tem nada a ver. Ele é feito com miúdos e gemas de ovos. Outro exemplo do errado que virou certo é o molho pesto. O verdadeiro deve ser sempre servido com batatas e vagem. Nunca só o molho. Na nova trattoria, a intenção é resgatar pratos muito antigos e fazê-los corretamente, da maneira muito tradicional”, explica. Pode parecer simples para alguém já descolado no business gastronômico, mas não é. “Fazer pratos marcantes e mantê-los sempre na mesma qualidade, não é muito fácil”, diz ele. De acordo com Rogério, o mercado sempre


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