Catavento 13 2014 2015

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Borba

Catavento

Nº13 Série II

2014/ 2015 2º Período

Indice

Editorial

- Editorial

As andanças do 2º período passaram num instante - foi um corridinho! Tiro e queda – se houve queda, esperemos que tenha sido suave e com muita pinta… porque a seguir so ha um movimento a fazer: levantarmo-nos e seguir em frente!

- Gincana dos Afetos - Vencedor Mascote

- Leitores Sonhadores - Visitas de Estudo/Saúde Escolar

Carnavalando, estudando mais ou menos, pois que siga o baile… e que a Primavera esta a chegar e eles andam aí – como se diz em alentejane s (o nosso falar regional). Eles... são os devaneios poéticos da saison, ai são as Flores de verde pinho, verdes são os campos, e outras leituras & Companhia Ilimitada.

- Semana do Departamento de Matemática e Ciências naturais - Visita de Estudo à Assembleia da República/ Exposição de pintura

Ah! Alem do corridinho, podemos – aqui bem mais perto – conhecer melhor as danças alentejanas: saias, viras e picadinhos. Jovens alunos do Agrupamento de Escolas de Borba, deixem poisar a alegria mas tenham tino e… LEIAM o vosso jornal! Deixamos algumas sugestoes – cf. notas de rodape. A equipa Bibliotecas Escolares de Borba deseja a todos os leitores uma PASCOA FELIZ!

Barbo-

- Oficina de Escrita - Entrevista ao Diretor do Agrupamento Onde está o Wally? O Wally está em todo o lado. Sejam curiosos!

Profª Maria João B. Brinquete

- Oficina de Escrita (continuação) - Teatro na Escola - Outras Leituras - Outros Leitores

NOTA DE RODAPÉ: ESCLARECIMENTO e/ou SUGESTÕES

- Andanças são peripécias, aventuras mas também é o nome de um festival de danças: http:// www.andancas.net/2015/pt/ ; sim, vale a pena espreitar! - O corridinho era bailado com os pares sempre agarrados, formando uma roda, as raparigas por dentro e os rapazes por fora. Ao girar da roda, os pares evoluem, portanto, de lado. A certa altura, «quando a musica repica», «o bailho e rebatido», isto e, os pes batem no chao com mais vigor, parando a roda, para prosseguir logo de seguida. Mais adiante, os pares «valseiam», entenda-se bailam agarrados girando no mesmo lugar, apos o que a roda de novo retoma a sua evoluçao, sempre para o lado direito. - Saison – palavra francesa que designa estaçao do ano, época. - Ai flores, ai flores de verde pino - cantiga de amigo de D. Dinis – o rei-poeta (1261-1325). http://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=592&pv=sim; - Verdes são os campos, / de cor de limão; / Assim são olhos / Do meu coração. - 1ª estrofe de um poema de Luís de Camoes (nascimento em 1524/ morte a 10 de junho de 1580). Danças alentejanas: grupo de Rancho Folclórico Cravos e Rosas do Alentejo (Orada); “para reavivar, não esquecer e perpetuar as cançoes tradicionais, foi fundado em 29 de Abril de 1979 o Rancho Folclorico Cravos e Rosas do A lentejo de Orada. Situados no Alto Alentejo, o nosso folclore é caracterizado principalmente pelas nossas danças de saias, viras e picadinhos. Representamos fielmente o folclore da nossa regiao, autenticidade da recolha, quer de danças. quer de trajes, dos quais salientamos as ceifeiras, mondadeiras, pastor, traje de Domingo, traje de Festa e ganhao. Cada traje e unico.” -http://ranchodaorada.blogspot.pt/; - https://www.facebook.com/pages/Casa-da-Cultura-daOrada/399800603459171?fref=ts; - http://www.memoriamedia.net/; - http://www.memoriamedia.net/index.php/praticas-performativas/dancas

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- A Vida da Sementinha em BD - Vidas de Sempre - Carnaval em imagens


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GINCANA DOS AFETOS

Os meninos da Unidade de Apoio a Alunos com Multideficiencia convidaram os colegas do Jardim de Infancia para participarem na Gincana dos Afetos, onde puseram em pratica as aprendizagens sobre a Prevençao Rodoviaria. Foi uma gincana muito engraçada e divertida, pois estes sinais eram especiais: indicavam “proibiçao” ou “obrigaçao” de afetos. Eis o resultado…

Foi muito bom estarmos juntos!

Jardim de Infancia de Borba e Unidade de Apoio a Alunos com Multideficiencia

O dia da "internet segura" na nossa escola...

A internet e uma janela aberta para o mundo, mudou a nossa for-

ma de pensar, facilita acesso a informaçao, conhecimento, conecta amigos, empresas, instituiçoes, abre caminhos. Em 2015, temos acesso a um manancial de informaçao numa semana, como a humanidade tinha acesso em 10, 20 ou 50 anos. No entanto, o cybercrime, as agressoes verbais, as humilhaçoes, os roubos de dados infelizmente tambem fazem parte da realidade virtual e as consequencias sao muito nefastas. O dia 10 de fevereiro foi dedicado ao dia da "internet segura". As disciplinas de geografia e tecnologias de informaçao e comunicaçao uniram-se para desenvolver atividades. Houve exposiçoes de cartazes e atividades para alertar a comunidade escolar, jogos em sala de aula e a divulgaçao do sítio web da SEGURANET. Atraves da banda desenhada, dos jogos e atividades diferenciadas para os varios ciclos o sítio Seguranet alerta para os perigos da internet constituindo uma otima fonte de informaçao. Recomendamos: http://www.seguranet.pt/ Professores Elisabete Fiel e Luís Rato Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba


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E o BARBO–MASCOTE vencedor foi para… ENTREGA DOS PRÉMIOS A

equipa entregou os premios aos vencedores, e a cerimonia decorreu na Biblioteca Escolar, no passado mes de janeiro. Cada aluno foi premiado com um diploma e um livro. Os vencedores receberam uma T-Shirt com o Barbo -Mascote e… as imagens dizem tudo! Parabens a todos os participantes - e aos vencedores Tomás e Miguel, aquele GRANDE abraço !

Dos varios vencedores, os finalistas foram:

TOMÁS e MIGUEL

LEITORES voltam a SONHAR Agrupamento de Escolas de Borba participa na 4º Edição do CONCURSO de LEITURA INTERCONCELHIO - LEITORES SONHADORES ANTES de SONHAR… Num primeiro momento, os docentes escolheram as obras/autores a ler segundo as metas curriculares de Portugues e conforme os anos de escolaridade. Educadora H. M. Duarte e profª Mª João Brinquete Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba


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Foram estas as obras escolhidas: 3ºano -O Espanta-Pardais de Maria Rosa Colaço. 4º ano – O Príncipe Feliz de Oscar Wilde 5º e 6º anos – O Planeta Azul de Luísa Ducla Soares

De cada ano, foram selecionados dois alunos de acordo com os seguintes criterios: a fluencia da leitura; o respeito pela pontuaçao/ entoaçao; a expressividade e a articulaçao. Do 3º ano A - Letícia da Conceição e Maria Freire 3º ano B - Madalena Canhão e Miguel Chamorro Do 4º ano A - Camila Afonso e Laura Clérigo 4º ano B - Mariana Espanhol e Tiago Espiguinha Do 5º ano A - Joana Carvalho e Rita Paixão 5º ano B - Ana Simões e João Chamorro 5º ano C - Carlota Rita e Joana Leitão Do 6º ano A - Carolina Martins e Leonor Pereira 6º ano B - Beatriz Neves e Catarina Andrade 6º ano C - Catarina Grou e Maria Coxixo

Tudo a postos para receber os LEITORES SONHADORES no auditório…

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E finalmente chegou a hora! No dia 04 de março de 2015, o auditorio da nossa escola recebeu, mais uma vez, os alunos finalistas e os colegas de turma que nao deixaram de os apoiar. Assim, cerca de 100 alunos do 1º e 2º ciclo assistiram com entusiasmo as leituras.

Os professores jurados, Maria do Carmo Cavaco, Sandra Barreto e Luísa Carapeta, convidadas pela equipa da BE, nao tiveram tarefa facil para conseguirem escolher um aluno representante de cada ano. Agradecimentos: a professora Clara Pecurto e ao professor Joao Lopes pelo apoio prestado.

E os vencedores foram… 3º ano – Miguel Chamorro 4ºano – Laura Clérigo 5º ano – Joana Carvalho 6º ano – Maria Coxixo

Educadora Guida e profª Maria João Brinquete

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VISITA DE ESTUDO ao Centro de Ciência Viva de Constância e ao Castelo de Almourol - 7º anos

No dia 6 de dezembro, a visita decorreu bastante bem e foram cumpridos os objetivos. So nao pode haver o passeio pela luz do dia por causa da chuva.

Seminário de Comemoração do 1º aniversário do CPCJ

O

seminario “Afetos na adolescencia” contou com a presença do senhor Presidente Nacional da CPCJ, membros do CPCJ de Borba e de outras localidades vizinhas, a GNR e a psicologa Sara Santos da CV de Vila Viçosa. A atividade foi muito participada pelos alunos dos 8º anos e do 9ºC.

SAÚDE ESCOLAR Foi feito o rastreio aos dentes no dia 24 de fevereiro pela equipa do Centro de Saude de Borba. Vai realizar-se no dia 19 de março, pelas 18 horas, uma sessao de “Sensiblizaçao sobre AVC’s”, dirigido a todos os professores/educadores, funcionarios e pais/encarregados de educaçao, a cargo do Centro de Saude de Borba.

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OPERAÇÃO NARIZ VERMELHO

No

dia 20 de Março, o Agrupamento de Escolas de Borba vai participar na comemoraçao deste brilhante projeto. O dia em que muitos narizes vermelhos começaram a levar ate as crianças hospitalizadas UM SORRISO!! BEM HAJAM! Nos, professores, alunos e pais, vamos levar para a rua a vossa mensagem.

Semana do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais Esta a decorrer, de 12 a 20 de março, a Semana do Departamento de Matematica e Ciencia Experimentais: e a Feira/Mostra de Minerais, Rochas e Fosseis.

Nos dias 12 e 13 de março, a ciencia veio a escola – Quiosque de Ciencia, do Centro de Ciencia Viva de Estremoz. Foram varias as atividades experimentais. Consulte o programa específico da semana.

Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, profª Mª do Céu Rosa

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Visita de Estudo ao Estádio Nacional, ao Estádio do Benfica, à Assembleia da República e à Arquitetura do Estado Novo No passado dia 15 de janeiro de 2015, os alunos do 9.º ano, visitaram o Estadio Nacional, ao Estadio do Benfica, a Assembleia da Republica e a Arquitetura do Estado Novo. Os principais objetivos foram aprender mais sobre o Estadio Nacional e observar as fachadas de alguns predios do tempo do Estado Novo. Acabamos, tambem por visitar o Estado da Luz, porque a maioria dos alunos pediu aos senhores professores. Aprofundamos os conhecimentos acerca da Assembleia e percebemos qual a dinamica que existe dentro do Parlamento, assim como observamos o comportamento dos deputados. A visita de Estudo foi uma atividade interessante e bastante proveitosa. Gostamos muito de visitar os estadios e o Museu. No Parlamento tornou-se um pouco aborrecido o fato de nao se poder interagir (aplaudir) e de termos de estar apenas a ouvir o que e dito pelos deputados. Mas tirando esse pormenor, penso que foi bastante interessante e deu-nos uma visao de como no dia-a-dia da Assembleia da Republica sao resolvidas as questoes do nosso país!... Tivemos pena. que os dias nao fossem um pouco maiores e que a chuva nao nos permitisse visitar a Cidade Universitaria de outra maneira. Apesar de tudo achamos que o balanço da visita de estudo foi positivo, uma vez que todos os objetivos foram cumpridos e o grupo teve um comportamento/postura exemplar demonstrando interesse e vontade na aquisiçao dos novos conhecimentos. Compilaçao de textos dos trabalhos realizados por Margarida Bravo (9.º A, n.º 10), Maria Madalena Pombeiro (9.ºA, n.º 13), Andre Bento (9.º B, n.º 4), Andre Cabeças (9.º B, nº 6), David Lobinho (9.ºB, n.º 8) e Miguel Soldado (9.º B, n.º 14). Prof. Joao Azaruja

EXPOSIÇÃO DE PINTURA de Ana Paula Brandão e Manuela Frade AFRICANIDADES As professoras e pintoras Ana Paula Camilo Brandao e Maria Manuela Reis Frade vao expor no Centro Cultural de Redondo na Galeria da Biblioteca Doutor Hernani Cidade da Escola E.B.2,3 e Secundaria de Redondo, entre 16 de Maio (dia da inauguraçao, as 18:30) e 30 de Maio. Poderemos assistir a todo o processo de construçao das obras finais - desenhos e estudos de cor, num total de 18 Pinturas em Acrílico sobre Tela de cada pintora.

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OFICINA DE ESCRITA Imaginação - poema e ilustração de Maria Helena Prates, 5ºB La estava eu a imaginar de que um dia eu ia voar

tentei outra vez mas a ideia nao resultou porque o vento que ali andava nao soprava

Construí uma asa delta so que era muito pesada e a aragem que passava nao era muito animada

Agora sei que nao posso voar mas sempre saberei que posso imaginar

A PAZ É ... A paz e alegria, e magia no ar como duas pombas a voar. Deve-se viver a paz com harmonia e muita alegria. Deve-se apreciar uma flor e nao entrar em guerra, apenas haver amor. Maria Leonor Infante

Poema da Paz

A Paz é

Paz é a alegria

A Paz e viver em harmonia, e dizer ao amigo que nunca vamos lutar, vamos dar-lhe muito carinho e muito amor. Nao pode haver guerra, neste mundo de Paz. A Paz e alegria, amizade e carinho. E o lindo som do cantar do passarinho.

Uma pomba branca que voa no ar. E o canto dos passaros. E o amor que e perfumado. A Paz e um texto com harmonia. E a flor da alegria.

que nos une a todos, e o amor e o carinho dos nossos pais, e o carinho e a amizade entre nos. A Paz tambem e harmonia, e o canto dos passaros e e a pomba branca.

Rodrigo Avo e Hugo Carvalho

Luís Maria Padre-Eterno e Raquel Pinto

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Margarida Lanternas e Raquel Raminhos


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Entrevista ao Diretor do Agrupamento de Escolas de Borba - alunos 3ºA - Há quantos anos é diretor? Sou diretor/presidente do conselho executivo ha 11 anos, a estes, acrescem outros 6 como vice-presidente do conselho executivo. Portanto, estou na direçao do Agrupamento ha 17 anos.

- Como é ser diretor de um Agrupamento de Escolas? Ser diretor e ser alguem que investido numa funçao publica a exerce com responsabilidade. A semelhança de outro qualquer “governante”, deve ser uma pessoa aberta ao dialogo, firme, calma, capaz de encorajar nas horas de desanimo e de estimular nos momentos de entusiasmo, sempre com a devida prudencia. E sentir a cada dia, o pleno exercício de uma funçao que mais nao e do que pensar em toda uma comunidade que dele espera decisoes. Decisoes tantas vezes difíceis, senao mesmo impossíveis de tomar, ja que algumas extravasam o ambito da autonomia que rege a sua competencia. E assumir, em primeiro lugar, a defesa dos interesses de toda uma comunidade que, por força do cargo, representamos: os alunos, os professores e restantes funcionarios, encarregados de educaçao e restantes membros da comunidade que nos cercam e que por uma razao ou por outra estabelecem laços com o agrupamento. E ter consciencia que nao existe uma forma unica de exercer o cargo. Ela deve mudar e adaptar-se a espaços e a tempos diferenciados, podendo implicar mudanças. A intranquilidade do sistema e as consequentes alteraçoes legislativas, tem-se constituído nos ultimos tempos como fator de instabilidade, exigindo as lideranças uma maior abertura a mudança e a capacidade de se adaptar. E seguramente, em jeito de conclusao, prescindir tantas vezes de tempo para nos e utilizar esse tempo em prol do sentido mais amplo do exercício da funçao, por gosto e por vontade do contributo ao outro. E ser capaz de exercer influencia na criaçao de um clima no qual a açao tenha lugar, estabelecer relaçoes de cooperaçao e de partilha no respeito pela dignidade da Pessoa, no cumprimento deste tao nobre e autentico serviço publico que prestamos. - Acha que esta escola tem um bom funcionamento? Atravessamos, nesta fase, um momento de adaptaçao que todos temos conhecimento. Aos poucos, minimizamos o impacto de uma mudança para outro espaço, diferente em que quase tudo mudou, ou melhor, esta a mudar. De facto, estamos perante novas realidades, com vivencias distintas no seu dia a dia. Do jardim de infancia aos diferentes ciclos do ensino basico desenrolam-se contextos de aprendizagem e de praticas diferenciadas com ritmos muito proprios. A tarefa de encontrar a unidade na multiplicidade e tarefa que deve envolver toda a comunidade e onde cada um devera ter o seu lugar na construçao de uma estrutura coesa e coerente. Portanto, considero que para la caminhamos, dando passos suficientemente seguros para atingirmos esse objectivo: “Roma e Pavia, nao se fizeram num so dia”. - Porque é que o problema do aquecimento ainda não está resolvido? Em situaçao de projeto, foram os diferentes blocos que constituem o espaço escolar, dotados de sistemas diferenciados de climatizaçao. Ha zonas com ar condicionado acrescido de sistema AVAC (renovaçao constante de ar), obrigatorio em termos de construçao, outras tem simplesmente este ultimo sistema. Embora este permita alterar a temperatura do ar que entra dentro das salas, a situaçao ainda nao se encontra completamente regulada, facto que tem motivado a vinda constante da empresa responsavel pelo funcionamento do mesmo, sendo certo que nunca se conseguira um completo controlo de temperatura, semelhante ao existente nas zonas com ar condicionado, a que corresponde o Bloco Vermelho (educaçao pre-escolar, sala de UAAM e 1º e 2º ano do ensino basico).

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- Está previsto que os alunos do 1º ciclo venham a ter cartões e cacifos? Sim, estao previstas as duas valencias. Faz parte dos passos que estamos dar, seguros e sem precipitaçoes. Esperamos no proximo ano letivo, a nao acontecer antes, que ambas as situaçoes se venham a verificar. - Sentimos que, por vezes, não nos é permitido utilizar o Centro de Recursos. Que justificação tem para isso? A utilizaçao do Centro de Recursos, como valencia e espaço de trabalho para uma populaçao de cerca de 550 alunos, tem que ter regras de utilizaçao e acesso bem definidas, sob pena de nao servir ninguem ou servir mal. Com acompanhamento de professor, com devida marcaçao efetuada com antecedencia, o problema nao se levanta. Relativamente aos alunos do 1º ciclo, ate porque sao 183 alunos de uma so vez nos intervalos, ha que utilizar regras ainda mais apertadas. Se considerarmos, ainda, que existe um outro espaço de BE/CREC, que estes alunos ja utilizavam anteriormente, creio que, atraves da conduçao e acompanhamento dos seus professores titulares, encontrar-se-a certamente espaço para todos. - Acha que o número de auxiliares é suficiente? Isto porque observamos que há momentos em que não há auxiliares no nosso piso. Atravessamos uma conjuntura difícil. Diria mesmo que este e no momento o calcanhar de Aquiles do Centro Escolar e EB 2,3 Padre Bento Pereira. Sendo estes elementos essenciais a garantia do bom funcionamento que antes se falava. As constantes alteraçoes em numero e sobretudo em qualidade profissional face as funçoes a desempenhar, obriga-nos por sua vez, a sistematicas alteraçoes na distribuiçao do serviço, nunca existindo a conformidade necessaria aos objetivos pre -definidos. A perda do sentido de pertença, “aquele/este espaço sou eu que controlo e vigio” Estas e outras qualidades profissionais revelam-se de extrema importancia por diversas razoes: - estao muitas horas com as crianças; - supervisionam situaçoes de atividade mais livre, como os recreios e os refeitorios; - podem supervisionar salas de aula e/ou salas de estudo na ausencia do professor responsavel. Presentemente, dos 36 auxiliares em exercício no Centro Escolar e EB 2,3, apenas 20 destes apresentam vínculo direto a funçao. Se pensarmos que ha lugares específicos que sao assegurados por pessoal com vínculo (refeitorio, papelaria, reprografia, portaria, PBX e acompanhamento ao ensino especial), restam-nos, na pratica, os que sao colocados pelos programas ocupacionais do IEFP cuja colocaçao depende sempre da autarquia desde que em 2008, por via do contrato de execuçao assinado com o MEC, esta assumiu o pessoal nao docente de todo o Agrupamento. O facto de serem pessoas oriundas das mais diversas profissoes, cujo esforço de adaptaçao e sem duvida meritorio e tem para mim enorme valor, faltara sempre a formaçao profissional que os valorize no exercício pleno das suas funçoes. Finalmente, sendo um fator que nao controlamos por inteiro, constituira sempre, apesar da estreita e constante relaçao estabelecida com a autarquia, da boa vontade individual de cada um, serio entrave ao bom funcionamento. - Tem confiança nas pessoas que trabalham nesta escola? Para se conquistar a confiança daqueles que nos rodeiam, em primeiro, ha que nestes, inspirar confiança. A escola e um territorio de afetos e de emoçoes, de desejos, de aspiraçoes, de descoberta, de construçao do conhecimento e de amor pelo saber; de partilha e de dadiva; de solidariedade e de confiança. Esta ultima revela-se essencial como garante de todo um projeto educacional, exigindo de todos o compromisso, a capacidade de adaptaçao, a necessaria flexibilidade, solidariedade e paciencia. Se e certo que a conjuntura atual, e desmotivante para a maioria dos agentes educativos, por si so nao pode conduzir a demissao das obrigaçoes de cada um.

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- O que está previsto para melhorar o funcionamento da escola nos próximos tempos? Uma escola e um ecossistema que assenta exclusivamente em interaçoes entre pessoas: construído por pessoas, com pessoas, visando o desenvolvimento de pessoas. A melhoria contínua resulta de uma dinamica conjunta adquirida em movimento constante, cujo cenario de eficacia e eficiencia, termos muito em voga nos dias que correm, pode nao ser passível de um horizonte exato. Neste contexto, fazer previsoes e ter em mente pontos fracos que importa em primeiro reconhecer e em segundo implementar as mudanças necessarias, visando diminuir a sua presença ou senao mesmo elimina-los. Nos tempos mais proximos, e resultante dos constrangimentos ja assinalados, e em açao continuada dos objetivos patentes na nossa documentaçao interna (melhoria da qualidade das aprendizagens e promoção da formação pessoal e social): 1 – Atribuiçao de cartoes e cacifos aos alunos do 1º Ciclo. 2 – Normalizar a aplicaçao do Regulamento Interno do Agrupamento (afixaçao em cada sala de aula/ pavilhao das principais normas a observar, fomentando a consciencializaçao dos direitos e dos deveres e a participaçao responsavel de todos). 3 – Reforço das medidas de prevençao e combate a indisciplina. 4 – Criaçao de um Codigo de Conduta para os assistentes operacionais (normalizaçao dos procedimentos de atuaçao, visando a eficiencia do desempenho). Oficina de Escrita Continuação

PROCURA-SE IDEIAS… A

proposta lançada pela professora Helena Mouquinho caiu que nem ginjas para quase todos os alunos do quarto ano A: cada aluno tinha que escolher uma palavra de qualquer classe gramatical e com esse conjunto de palavras deveria criar um texto. Nao foi tarefa facil… que o diga o Tiago Alves! A custa da dificuldade (usar as 20 palavras escolhidas pela turma), o aluno usou alguns malabarismos geniais e conseguiu criar um texto, utilizando todas as palavras sem exceçao. Eu quero fazer um texto mas não tenho ideias

Eu quero fazer um texto mas nao tenho ideias. Irei falar de futebol, do Miguel, de uma pessoa bonita ou feia? Nao tenho ideias! Simplesmente nao sei o que me aconteceu! Ontem, vi um bando de aves, mas nao, nao gosto de aves, picam-me! Ja sei, vou falar-vos de uma panela que tinha muitas palavras, era cinzenta… nao, esta feio! Um bela princesa… Nao, e para meninas! Um pao do “doutor dimensional” e era muito brincalhao, entao um dia… sim, ja sei, vou desistir! - Aqueles, eles, elas, ah, desculpem, nos desistimos. - O Tiago, acabaste de fazer um texto. – Disse a professora Helena. - Que engraçado, que alegria, fiz um texto! Tiago, 4ºA

Era uma vez um pescador…

Bom, la vou eu, mais um dia, pescar o meu alimento. Apesar de os peixes serem os meus unicos amigos, eu nao quero falecer e tenho que me alimentar. Era assim o meu quotidiano, sempre a mesma rotina, pois vivia sozinho numa ilha deserta numa cabana de madeira. Tinha a perfeita noçao de que era o unico habitante da ilha… . Sentia-me sozinho, desprotegido, apesar de ser corajoso. Enfrentava tudo e todos, lutava pela sobrevivencia. Comecei a fazer uma coleçao de conchas coloridas e todos os dias colecionava uma diferente. O meu símbolo da sorte era o meu colar com um dente de tubarao. Historias do passado. Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba


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Nesse dia, fui a pesca no meu barco e aventurei-me. Vi andorinhas, aguias a caçarem e baloes a voarem… Espera la! Baloes a voar ? Provavelmente, pensei eu, alguem esta ou esteve aqui! Sera que alguem esta em apuros? Foi entao que reparei no que estava escrito no balao com sangue: “AJUDA”, e la fui eu na sua direçao. Ouvia choro, muito choro. Vinha debaixo do mar, mas consegui la chegar. Encontrei uma criança que aparentava ter uns cinco anos. Agarrei nela e tentei leva -la para a superfície, quando de repente uma sereia me agarrou e nos levou a atravessar uma porta secreta que era o Mundo, mas “do outro lado.” Muitas pessoas nos ajudaram, cuidaram de nos e ofereceram-nos conforto, carinho, alimento e abrigo. Reparei mais tarde que estava em Cuba devido as suas lindas praias. A partir daí, adotei a criança e tivemos uma vida melhor … Alexandre Caldeira 8ºano -B

E A Fada Oriana de Sophia de Mello Breyner Andresen deu pano para mangas…

Cristiana Lopes, 5ºC

O PESCADOR Todos os dias me levantava para mais um dia de pesca. Deixava a minha família em casa e ia para o mar, para o meu conhecido mar. Sempre que passava o horizonte rezava. Era feliz, apreciava o meu trabalho, era um profissional nato e simpatico. Depois de mais um dia de pesca, ao regressar a casa, a minha filha questionou-me: -Tu gostas de ser pescador, pai? Nao gostarias de ser outra coisa? Nao lhe respondi, limitei-me ao silencio profundo que se fazia naquela casa. Passei a tarde a pensar naquela pergunta, mas o que mais me inquietou, foi se eu gostaria realmente de ser pescador ou sera que eu dizia que gostava por ser ja uma rotina. A duvida entrou em mim… Quando fui novamente para o mar, ele estava calmo, solene e parecia que me sorria, e foi aí que eu tive a certeza de que aquilo era e seria a minha vida. E assim se repetia a minha rotina, amanha, no outro dia e no outro. No dia seguinte, tomei o pequeno- almoço com a minha filha e disse- lhe que gostava do meu trabalho - ela sorriu, orgulhosa. Orgulho-me da minha família, do meu trabalho, de tudo. Iria ser sempre assim ate um dia… Ana Toureiro 8ºB Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba


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Mar Depois de mais uma viagem pelo mar, fui para casa, onde nao tinha ninguem a minha espera. Infelizmente, nao tinha família pois, com a minha profissao, nao tinha tempo para tomar conta de filhos, nem para dar atençao a quem quer que fosse… Eu so era realmente feliz no mar, pois este transmitia-me muita calma e sensaçoes positivas. No mar, ja tinha visto coisas extraordinarias e, por mais espetacular que pareça eu conseguia sempre comunicar com os animais marinhos, ficando muito tempo a falar com eles, horas e horas a fio… Eles contavam-me que, tal como ouvimos em lendas, existe mesmo um rei dos mares, que tem poderes extraordinarios… Num certo dia, estava eu a falar com um dos meus amigos, quando ele me disse: - Tu es um homem tao pacífico e bondoso, mas pareces ter uma vida triste fora do mar… por isso mesmo, falei com o Rei dos Mares e expliquei-lhe tudo. Carinhosamente, ele disse-me que havia um calice, que nunca antes tinha sido tocado e com ele te poderia transformar num de nos definitivamente. Fiquei sem palavras, e, sem hesitar, aceitei a proposta. Passado um algum tempo, o barco ficou abandonado e eu transformei-me no que sempre quis ser. Margarida Letras 8º B

Mar… Eu era so um simples pescador que todas as semanas ia para o mar para tentar sua sorte, mas, naquele dia, tinha sido diferente. Estava um dia chuvoso e o ceu estava repleto de nuvens cinzentas que nao deixavam o sol espreitar, mas, como teimoso e determinado que sou, decidi ignorar. La estava eu no meu pequeno barco a lançar vezes sem conta a cana para ver se apanhava algum peixe mais distraído, quando comecei a ver que uma onda gigante se estava a aproximar de mim. Cada vez mais perto, comecei a remar, para ver se nao era engolido por aquele monstro, coisa que nao deu resultado, pois a onda devorou-me num apice. As aguas estavam geladas e eu, sem saber o que fazer, comecei a nadar o melhor que podia e a rezar para que nao morresse ali naquele instante. Quando tudo parecia estar perdido, senti uma coisa a agarrar-me e, quando fui ver o que era, fiquei estupefacto, era uma criatura linda em que a parte de cima era humana e a parte de baixo estava repleto de escamas e que me disse: Nao te preocupes, eu vou-te levar para terra! Eu, sem saber o que dizer, acenei a cabeça e foi aí que ela, com uma velocidade tremenda, me levou de volta a praia. Nao lhe pude agradecer, pois desapareceu num instante, mas todos os dias me lembro daquela majestosa criatura. Laura Cristo, 8ºB

O MAR O sol escondia-se, o frio gelava, a minha pele ja gretava, era a hora de voltar ao mar… . La ia eu para mais uma noite de pesca. Maria, a minha mulher, acompanhava-me todos os dias, como se fosse o ultimo, ficando a rezar ate eu desaparecer no horizonte. Eu lutava contra as mares agrestes, mas sempre na esperança de voltar a alimentar a minha família. Um dia um dos meus filhos perguntou-me: - Pai, porque nao procuras outro trabalho? E que eu vejo a tua pele cheia de rugas. - Meu filho, o que tu ves sao sinais de amor, pois so este vence a furia do mar e, para se ser pescador, tem que se ter Deus no coraçao. A madrugada abria as portas do sol e Maria foi ate a praia para me ver chegar, tendo entre os dedos um terço inseparavel. Passava mais de duas horas e nao me via chegar. Sentiu um arrepio no peito, seguiu-se uma dor e, por fim, o desespero. O mar tinha-me levado para as suas profundezas. Chorando convulsivamente, eis que foi surpreendida com um arco-íris no ceu, onde se via o brilho da minha alma a dizer-lhe: - Amar-te-ei para sempre! Mariana Canhoto - 8ºB Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba


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Mar… Eu, um pescador nato, estava a duas semanas do fim de uma expediçao de 1 ano. Ha uma semana que dividíamos um peixe por todos, a parte de cada um dava para o dia todo. Eramos cinco, mas, mesmo assim, nao pescavamos nada. Faltavam cem quilos para o nosso objetivo e, com duas semanas, so um milagre nos salvava. Estavamos reunidos ao jantar e o Paulo, um dos pescadores mais experientes, disse: - Basta! Estou Farto. Ha uma semana que nao comemos mais nada a nao ser espinhas e restos de peixe. - Calma! – respondi. – A culpa nao e nossa, a culpa e do mar. Se o mar nos cedesse mais peixe, nos nao estavamos nesta miseria. O Sr. Santos, um ex-padre, disse que ia rezar para que o resto da jornada corresse melhor. Ate ao fim dessa semana, nada se alterou. Faltavam cinco dias para o fim e Jorge, o tripulante mais novo, estava a recolher as redes e sentiu-as mais pesadas. A seguir, decidiu chamar Bartolomeu, o seu pai, e quinto membro da tripulaçao para o ajudar. Eu vi-os e gritei: - Que se passa? - A rede deve pesar uns trinta quilos. – disse Bartolomeu. Deixei o leme e desci ao conves. Ele tinha razao, tínhamos trinta quilos de peixe na rede. Ao jantar: - Ate agora, este foi o melhor resultado nesta expediçao. Hoje comemos bem! – disse eu. Os mesmos resultados mantiveram-se nos restantes dias da expediçao. Quando acabamos a expediçao, tínhamos mais cinquenta quilos de peixe do que o que estimamos. As vezes, os milagres acontecem. Andre Curvo- 8º B

MAR Certo dia, como era habito, la partimos nos para o mar, bem agasalhados porque o tempo assim o pedia. Eu e mais tres pescadores despedimo-nos das nossas famílias, sem sabermos se iríamos voltar. Partimos com o unico objetivo: sobreviver; íamos um pouco nervosos mas tínhamos a coragem necessaria e confiavamos no mar. O dia nao estava agradavel, havia muita chuva e vento, o que provocava grandes ondas. Lançamos as nossas redes e ja em alto mar tentavamos a nossa sorte, quando avistamos um barco de grande porte a pescar tubaroes - ilegalmente. Aproximamo-nos e eu disse-lhes: - Bom dia, eu sou a Ines, sou pescadora. Voces sabem que a pesca de animais em vias de extinçao e ilegal? Eles prontamente responderam: - Eu, se estivesse no vosso lugar, voltava para terra, porque o mar nao esta para barquinhos como o vosso e nos nao estamos a fazer nada nunca antes feito! - E por haver pessoas como voces que isto esta como esta, deviam era ter vergonha. Eles limitaram-se a continuar a sua pesca intensiva de tubaroes brancos e nos decidimos cortarlhes as redes. Entao, eles revoltaram-se, dispararam contra o nosso motor, avariando-o e foram-se embora. Ficamos a deriva em pleno alto-mar, sem saber o que fazer. O mar estava muito forte e nos estavamos a ser engolidos pelas ondas. Nao tínhamos nada para chamar reforços, estavamos completamente perdidos. Ate que apareceu um grande cruzeiro a quem pedimos ajuda e nos resgatou, levando-nos em segurança para casa. Ines Serol 8º B

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TEATRO NA ESCOLA - 7º e 8º anos …e assim foi: a BE’s e o Departamento de Línguas proporcionaram estes momentos mágicos! A luz a cor embalaram-nos.

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OUTRAS LEITURAS… Outras Leituras é a nova rubrica do Catavento. Alentejo: palavras, alma, cor, luz, sabor, aromas. Tudo o que podemos encontrar na obra Cores do Alentejo de Jacinta da Conceiçao Oliveira Pinto. O livro encontra-se catalogado e pode ser consultado na Biblioteca Escolar. Foi gentilmente oferecido pelo Rafael Pinto, aluno do 6ºA e neto da autora. A equipa do Catavento agradece. A equipa do Catavento procura reavivar a tradição oral da região e quer divulgar os POETAS POPULARES do concelho. Aos avós, pais, alunos que queiram dar a conhecer as vozes da tradição, queiram enviar-nos as vossas propostas.

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Outras leituras… outros leitores - Porque leio? O que ando a ler? Um texto de Victor Rosa Lançámos este repto aos leitores da nossa escola. Iniciamos a rubrica com Victor Rosa. Aqui fica o seu testemunho. Nos próximos Cataventos… novos leitores… outras leituras!

Porque leio? Por habituaçao... sei la? Ou melhor: como poderia viver sem ler? Habituei-me, e a ler era sobre tudo, porque me faltava sempre saber mais e ir ao encontro disso era ler mais e mais. Entendi ser coisa pessoal, que me dizia respeito e nao o quis nunca divulgado. Assim, paredes meias comigo mesmo, la fui tomando o gosto pela leitura e “fazendo a mao” para a escrita.

Lembro-me de, ainda bem novo, talvez com nove dez anos, quando entrei para o liceu, ja ter lido algumas livros bem volumosos, pois o meu pai, em período de aulas ou ate de ferias, marcava-me umas quantas paginas diarias, para depois do jantar falarmos sobre estas. Duas, nunca mais as esquecerei De Angola a contracosta do Hermenegildo Capello e do Roberto Ivens e a outra... . Meu Deus, ate custa acreditar que tive que ler aquilo naquela altura: o Guerra e Paz do Tosltoi, tao so porque tinha sublinhado junto do meu pai um certo desconforto pelos dois tomos do " De Angola a contracosta"! Foi tambem por essa altura que comecei a coletar significados para uns caderninhos pequeninos, onde escrevia na capa: "Ter duvidas e saber" e onde comecei precisamente a esgrimir-me com alguns desenhos bem rabiscados. Ainda hoje o faço! Ir agora ao encontro destas memorias e estar quase na presença física dos que me rodeavam entao e ouvir as suas vozes em amenas cavaqueiras com eles e com o meu interlocutor privilegiado da altura - desta forma, aproveitava a sua experiencia pessoal sobre o lido, mas sobretudo desfrutando da sua inteligencia na abordagem dos varios mundos e mundividencias desse tempo, das esteticas e das tematicas literarias. Hoje, por habito, cruzo leituras. Sem criterio escolhido, apenas estas acontecem porque os momentos de descoberta em cada livro sugerem-me qualquer coisa que sei de outro...e fica, acreditem, bem mais lido o livro, os livros, ate porque mais tarde consigo recordar uns pelos outros. Nao me perco no labirinto dos conteudos, nem deixo de lembrar dos seus autores! Eis os livros que de momento se entrecruzam comigo e com eles proprios: Poesia Toda Vol.2 do Herberto Hélder; Os Gatos do Fialho de Almeida (recuperado das cinzas...) Vol1; e Retrato do Artur Ramos. Anotem quao diferentes sao os conteudos. Mais tarde, dir-vos-ei quantas coisas me disseram, quanto me ensinaram, e garanto-vos que nem os seus autores ficaram a sombra do que escreveram. Boas leituras! Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba


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A VIDA MÁGICA DA SEMENTINHA em Banda Desenhada – uma adaptação da obra de Alves Redol Obra inédita em estreia exclusiva para o jornal Catavento que terá continuação na edição online e nas próximas edições do Catavento

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Vidas de Sempre XIX António Joaquim Talhinhas, poeta, “dezedor “ de décimas, músico e bonecreiro (1909-2001) Antonio Joaquim Talhinhas nasceu em 11 de junho de 1909, no monte da Boavista, freguesia de Matriz, concelho de Borba, tendo falecido a 25 de maio de 2001, em Sao Tiago de Rio de Moinhos. Era filho de Jose Joaquim Talhinhas, pastor de gado, e de Felícia de Jesus. Por isso, nao seria de estranhar, que a ascendencia paterna o levasse a seguir a profissao do pai, no trabalho do pastoreio, entre os 7 e os 14 anos pelos campos das herdades de Borba e de concelhos limítrofes. Talvez, tenha muita analogia com o “Constantino, guardador de vacas e de sonhos”, de Alves Redol, embora mais guardador de ovelhas e criador de sonhos. Basta recuperarmos a memoria visual da beleza extraordinaria e o bucolismo da paisagem entre a Serra da Vigaria e a Serra d´Ossa, como fonte de inspiraçao da sua veia poetica de adolescente e de homem feito a pressa, combinada entre o cuidar do gado e a admiraçao da natureza. O peso da família contribui para a formaçao da personalidade do jovem Antonio, porque muito cedo se afeiçoou a seu tio paterno Joao Talhinhas, mais conhecido por Juca, no calcorrear das feiras do termo de Borba, nos momentos fugazes de descanso do corpo e da alma. Aos 20 anos ja tinha adquirido o estatuto de ganhao, que lhe possibilitava uma vida mais liberta das obrigaçoes de pastor. Era habitual juntar-se aos bailes e descantes populares, naquelas noites sem fim, quando as feiras duravam tres dias, isto no mínimo. Antonio Talhinhas, na idade de 26 anos casa-se com Maria Guiomar Raminhos Lopes e recomeça uma nova fase da sua vida. Nascem os filhos e, naturalmente, aumentam as dificuldades. Um convite de Manuel Jaleca para se juntar a família dos Bonecos de Santo Aleixo, inicialmente recusado, mas aceite mais tarde por Antonio Talhinhos mudara radicalmente nao so a sua vida profissional, como garantiu a preservaçao da oralidade do teatro popular e da literatura de cordel e o seu manuseio pelos atores do Centro Cultural de Evora, patrimonio vivo, pedagogico para as geraçoes atuais. Mestre Jaleca herdou o “ negocio” dos Bonecos, pelo lado da mulher Antonia Promucena, bonecreira, que por laços familiares, os tinha recebido do bisavo carpinteiro Francisco Nepomuceno. Natural de Santo Aleixo e, ainda um pouco a moda das corporaçoes medievais, que persistiu ate dentro do sec. XX, Nepomuceno era aceite socialmente como um artista, estatuto bem acima dos trabalhadores rurais, explicavel pela precisao do seu trabalho e de saber ler e escrever. Antonio Talhinhas estreia-se, em 1940, na manipulaçao dos bonecos, na aldeia de Sao Lourenço (Estremoz), com o “Auto da criaçao do mundo”, precedida de uma sessao de dezanove “ cantigas de fado” sob a inspiraçao de varios motes. Naquele mesmo ano, que assinala o momento de todas as glorias do Estado Novo, com as imponentes comemoraçoes do duplo Centenario da Fundaçao da Nacionalidade e da Restauraçao da Independencia, sao executadas copias, a partir dos bonecos originais. A entrada do agora Mestre Talhinhas na “ Companhia Jaleca” (marido, esposa e as filhas Maria e Ana) conjuntamente com a renovaçao dos bonecos impulsiona o numero de espetaculos, que eram apresentados nos celeiros, estrebarias e barracoes dos montes, a luz dos candeeiros de petroleo, num espaço geografico dividido pelas abas norte e sul da Serra d´Ossa. Mestre Talhinhas, que era um homem de forte talento e sentido de improvisaçao completava estes dotes com uma memoria invejavel. Este currículo explica que num espaço de tempo, o aprendiz empregado se tenha tornado no patrao de Mestre Jaleca, alias a quem mais tarde comprara os bonecos por 200$00 Esc. Esta aquisiçao foi um pretexto para Mestre Talhinhas renovar os cenarios e os adereços. Os bonecreiros percorreram ate 1974/75 a chamada estrada nova (alcatroada) e os sesmos das herdades e montes, numa velha carroça puxada por muares, onde acondicionavam a arca dos bonecos. O tempo da digressao começava a 8 de novembro e so era interrompido por altura do Carnaval, quando se regressava a Sao Tiago para o trabalho das fainas agrícolas, exceto o Mestre Jaleca, que era calceteiro, na Camara Municipal de Estremoz. Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba


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O calendario das representaçoes era conhecido da clientela, que os aplaudia sempre em datas e locais, praticamente iguais de ano para ano. Era pelo dia de S. Miguel, de S. Martinho, de S. Tiago ou pelos aniversarios de lavradores e de lavradoras mais hospitaleiros ou generosos. O lançamento bem estruturado da campanha governamental de promoçao turística do nosso país o “Abril em Portugal” (anos 60 do sec. XX) recupera o tempo perdido desde o Secretariado Nacional de Informaçao de Antonio Ferro. Aqui perto, um homem proactivo, que tanto fez pela cultura popular alentejana, o Dr. Armando Perdigao, Presidente da Junta Distrital de Evora, convida Mestre Talhinhas para mostrar a sua arte, no Palacio de Dom Manuel. Do campo para a apresentaçao publica as elites eborenses foi um passo, cujas consequencias os bonecreiros, talvez nao imaginassem Foi o reconhecimento oficial da genuinidade de Mestre Talhinhas e dos Bonecos de Santo Aleixo, que os alavancou para Lisboa. Valorizados como uma marca de merito da cultura alentejana representam, na Casa da Comedia, em 1967 e na periferia da zona metropolitana da capital, a par da entrega dos primeiros subsídios. O etnomusicologo Michel Giacometti, que chegou a Portugal, nos finais de 1959, encarregar-se-ia de estudar o reportorio e de o divulgar, nos meios eruditos nacionais e para alem das nossas fronteiras. No ano de 1975, Mestre Talhinhas arrumou a arca dos bonecos e refugiou-se, na tranquilidade do seu lar, em Sao Tiago. Tinha chegado o momento de se entregar a si proprio, depois de uma vida a quem deu tantas marcas do seu talento. Parecia que, inevitavelmente, tinha terminado a viagem dos Bonecos de Santo Aleixo, pois nao tardou, que inumeros colecionadores portugueses e estrangeiros os quisessem adquirir. Mestre Talhinhas nunca viria a aceitar tal proposta, ate que um grupo de admiradores, por uma boa causa, o convenceu. Entre eles, estava o Sr. Sergio Alpalhao, Presidente da Camara Municipal de Borba de entao, que conduziram o processo de venda dos bonecos a Assembleia Distrital de Evora para que depois fossem entregues ao Centro Cultural de Evora. Assim, ganharam uma nova dinamica com o Grupo IV da Escola de Formaçao Teatral daquele organismo, que fizeram a sua primeira apresentaçao publica, no ano de 1981. Depois, foi um novo tempo para os Bonecos de Santo Aleixo, que nunca mais perderam a voz e o movimento, quer no país, quer no estrangeiro. Giacometti acentua o valor dos bonecos com esta analise: “Na verdade, nada se conhece comparavel a este espectaculo, pelo menos na Europa Ocidental, onde as famosíssimas marionetas que sobrevivem na Belgica e na Sicília nao possuem a tal ponto estas qualidades de rigor e fantasia na expressao, nem tao pouco esta virtude rara de salutar agressividade.”Domingos Farias, de 73 anos recorda -se dos Bonecos de Santo Aleixo com estas palavras” Aqui, em Redondo, eram conhecidos pelos rebecos e todos esperavam ansiosamente a sua chegada, que era sempre anunciada pelo som de um tambor. Andava um rapaz rua acima, rua abaixo a anunciar os espetaculos. Nao era preciso dizer o sítio, era sempre num lagar de cera do pai do Sr. Augusto Chato, no Largo do Velado. Eram poucas as pessoas, que tinham televisao ou radio e os bonecos era uma das poucas distraçoes das pessoas com menos posses. O lagar nunca ficava vazio e cabiam la a volta de cem pessoas.” Prof. Joao Azaruja

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O AGRUPAMENTO MASCAROU-SE … E SAIU À RUA

FICHA TÉCNICA Anabela Martins, Catarina Ferreira, Helena M. Duarte, João Azaruja, Luís Rato, Maria Brinquete, Norberto Alpalhão

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E PARA O ANO HÁ MAIS ...


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