Jornal A União

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Agricultura

A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2013

safra na paraíba

IBGE prevê aumento de 2.046,2% Expansão vertiginosa se deve à comparação com a fraca produção de 2012 Felipe Gesteira

reporter@felipegesteira.com

Um levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê para a Paraíba um aumento espantoso na safra de 2013, de 21 vezes em relação à do ano passado. Mas o que parece ser o ‘espetáculo do crescimento’ nada mais é do que reflexo da grande perda agrícola de 2012. E para que a expectativa deste ano se cumpra, os paraibanos ainda dependem das chuvas. Para 2013, são esperados na Paraíba 182.093 toneladas entre cereais, leguminosas e oleaginosas, que representam 0,1% de toda a produção nacional, com destaque para o milho e o feijão. O aumento percentual em relação à safra do ano passado (8.484 toneladas) foi de 2.046,2%. Os números apontam também aumento na área

cultivada. São 199.940 hectares em 2013, 551,5% a mais que os 30.687 em 2012, e equivalem a 0,4% de toda a área cultivada no Brasil. O superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na Paraíba, Gustavo Guimarães, alerta que é preciso ter cuidado com os números de 2013. “Os números são sim animadores, mas estão calculados em cima de um ano que foi crítico (2012). Tivemos perda de 90% da safra. Praticamente tudo o que foi cultivado não foi colhido”, destaca Guimarães. Sobre a expectativa real da safra para este ano, Guimarães ressalta que é preciso esperar as chuvas no Estado. “Estamos trabalhando para recuperar o que foi perdido. Nossa expectativa é que as previsões da Aesa (Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba) se confirmem e as chuvas atinjam a média histórica”, concluiu o superintendente da Conab. Caso as chuvas realmente se confirmem, a produção de milho na Paraíba deve chegar a 145.185 toneladas, 22 vezes

FOTO: Arquivo

Cade multa redes de postos por cartel

Produção de lavouras de milho se destaca na Paraíba na estimativa feita pelo IBGE para este ano

maior que em 2012, que teve 6.416 toneladas. Para o feijão, a expectativa de produção no Estado deve atingir a marca de 27.119 toneladas, 15 vezes maior que no ano passado, quando foram colhidas apenas 1.740 toneladas. Mas para quem anda pelo Sertão

do Estado, não há otimismo. De acordo com o diretor presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, é difícil fazer qualquer previsão. “Não posso fazer nenhuma estimativa porque as previsões são as piores possíveis.

No Sertão não choveu ainda. Há previsão na Zona da Mata, mas não sabemos. A certeza é de inverno abaixo da média. A situação no Sertão e Cariri é mil vezes pior do que tudo o que se fala. Hoje deveria estar tudo plantado e ninguém plantou nada”, afirma Borba.

Colheita no país deverá superar a anterior Flávia Villela Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 183,4 milhões de toneladas para 2013, segundo a estimativa de fevereiro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística pelo (IBGE). A produção estimada supera em 13,2% a de 2012 (162,1 milhões de toneladas). A nova projeção supera em 86.466 toneladas a estimativa de janeiro. O segundo levantamento do ano também prevê que a área plantada com cereais, leguminosas e oleaginosas em 2013 deverá chegar a 52,8 milhões de hectares, ou 8% maior que a área colhida em 2012 (48,8 milhões de hectares). Houve redução de 201.605

hectares, ou 0,4%, em relação ao levantamento de janeiro. Entre os 26 produtos selecionados, 19 apresentam aumento na estimativa de produção em relação ao ano anterior. Arroz, milho e soja, os três principais produtos deste grupo, representam 92,5% da estimativa da produção e 85,6% da área a ser colhida. Em relação 2012, houve acréscimos na área de 1,4% para o arroz, de 7,6% para o milho e de 10,1% para a soja. Quanto à produção, comparados aos números de 2012, os acréscimos são 4,9% para o arroz, 4,1% para o milho e 26,8% para a soja. Os sete produtos que devem apresentar queda na produção são: algodão herbáceo em caroço (26,9%), batata-inglesa segunda safra (1,6%), cacau em amêndoa (5,3%), café arábica em grão (6,1%), laranja (14,3%), milho em grão segunda safra

(0,1%), sorgo em grão (5,2%). Segundo o IBGE, o Sul é a região com o maior volume de produção, com 71,9 milhões de toneladas, seguido do Centro -Oeste (71,4 milhões de toneladas), do Sudeste (19,4 milhões de toneladas), do Nordeste (16,4 milhões de toneladas) e do Norte (4,3 milhões de toneladas). Em relação à safra passada, deve haver alta de 1,2% no Sudeste; de 0,9% no Centro-Oeste; de 29,6%, no Sul; e de 37,7% no Nordeste. Na Região Norte, está prevista queda de 9,3%. Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos na segunda avaliação de 2013, com participação de 23,4%, seguido pelo Paraná (20,1%) e pelo Rio Grande do Sul (15,6%). O IBGE informou que devido ao calendário agrícola, ainda não é possível avaliar a produ-

ção de segunda e terceira safras de alguns produtos, bem como das culturas de inverno (trigo, aveia, centeio, cevada e triticale, cereal obtido a partir do cruzamento do trigo com o centeio). Os dados apresentados são projeções obtidas a partir das safras de anos anteriores. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também divulgou hoje, em Brasília, levantamento sobre a safra de grãos. Segundo a estatal, a produção nacional de grãos da safra 2012/13 deve alcançar 183,5 milhões de toneladas, um aumento de 10,5% sobre os 166,1 milhões de toneladas do ciclo anterior. A diferença entre os dados divulgados pelo IBGE e pela Conab se deve aos períodos avaliados. O instituto analisa a colheita de janeiro a dezembro, enquanto a Conab se baseia no ano-safra, que vai de agosto a julho do ano seguinte.

RECEITA FEDERAL

PROGRAMA SOCIAL

Consulta a lote de IR é 13.731 deixaram de sacar liberada a partir de hoje recursos do PIS/Pasep na PB Marcos Tadeu mtleao@gmail.com

Na Paraíba 13.731 trabalhadores com direito a receber o Abono Salarial PIS/ PASEP ainda não sacaram o benefício, segundo balanço apresentado até dezembro do ano passado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O órgão começará a enviar correspondências aos trabalhadores convocando-os a se dirijam a uma agência da Caixa (no caso do PIS), ou do Banco do Brasil (Pasep), para efetuar o saque no valor de R$ 678. De acordo com o MTE, responsável pela política de pagamento do benefício,

o abono salarial (exercício 2012/2013) já foi pago a 316.944 paraibanos, mas 330.675 têm direito a receber o benefício no Estado, atingindo uma taxa de cobertura de 95,85%, que é a maior entre os estados do Nordeste. Um total de aproximadamente R$ 195 milhões em recursos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) foram gastos com o pagamento do benefício na Paraíba. Em todo o País, o Abono Salarial ainda não foi sacado por mais de 1,9 milhão de trabalhadores e já foi pago a 18,8 milhões de trabalhadores, uma taxa de cobertura de 90,8% em relação ao total

de trabalhadores identificados para o exercício. Ao todo, um total de R$ 11,5 bilhões foram destinados para o pagamento do benefício. O pagamento do abono salarial PIS/PASEP do exercício 2013/2013 teve início em 1º de julho de 2012 e se encerrará em 28 de junho deste ano. Quem perder o prazo, perde o benefício de R$ 678,00, que volta aos cofres do Fundo e Amparo ao Trabalhador -FAT. De um total de 20,7 milhões de trabalhadores aptos a receber o benefício, 19 milhões já sacaram, uma taxa de cobertura de 91,7% a um custo de mais de 12 milhões oriundos do FAT.

A Receita Federal do Brasil libera, a partir das 9h de hoje, a consulta ao lote multiexercício do Imposto de Renda (IR) da pessoa física referentes aos exercícios 1012,2011,2010, 2009 e 2008 (lotes residuais). Segundo informações da Receita, para saber se o contribuinte teve a declaração liberada deve ser acessado a página da Receita na internet (http://www.receita.fazenda.gov.br), ou ligar para o Receitafone- número 146. A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smarthpones que facilita consulta a declaração do IR e situação cadastral do CPF. É possível consultar diretamente nas bases da Receita

Federal informações das restituições das declarações do IRPF e a situação cadastral de inscrição no CPF. Para o exercício de 2012, foram creditadas restituições para um total de 195 contribuintes totalizando 526.950,25, já acrescidos da taxa selic de 7,09%. Para o exercício 2011, foram creditadas restituições para um total de 39 contribuintes totalizando 137.095,25 já acrescidos taxa da selic de 17,84% (maio de 2011 a março de 2012). Já para o exercício de 2010, foram creditadas restituições para um total de 13 contribuintes o que totalizou R$ 6.505,24, acrescidos taxa da selic de 27,99%( maio de 2010 a março de 3013).

Brasília – O Conselho Administrativo de Defesa do Consumidor (Cade) multou redes de postos de combustíveis em cinco estados, no valor de R$ 120 milhões, por prática de cartel. As redes funcionam em Manaus (AM), Teresina (PI), Bauru (SP), Londrina (PR) e em Caxias do Sul (RS). A cartelização se caracteriza por acordos entre empresas do mesmo setor para fixação de preços, cotas de produção ou qualquer ação coordenada para eliminar a concorrência e obter lucros maiores, em prejuízo ao consumidor. Nos processos, o Cade identificou padronização de preços e outras práticas anticoncorrenciais. O presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho, lembrou que o objetivo das multas é coibir cartéis e reforçar que conduta inadequada, do ponto de vista competitivo, será identificada e punida pelo Cade. Além das multas, o conselho recomenda a órgãos públicos que não parcelem tributos federais aos infratores. O dinheiro arrecadado com as multas irá para Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, do Ministério da Justiça, destinado a financiar projetos de recuperação do meio ambiente, patrimônio histórico e cultural, defesa do consumidor e outros.

Cesta básica mais cara em 15 capitais São Paulo - Os preços dos produtos da cesta básica subiram, em fevereiro, em 15 das 18 capitais onde é feita a Pesquisa Nacional da Cesta Básica pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apesar do avanço, a intensidade do aumento foi menor do que no mês passado, quando houve correções em todas as capitais. As três maiores altas foram constatadas em Recife (8,35%), Fortaleza (7,22%) e João Pessoa (7,11%). Ocorreram quedas em Vitória (-0,63%), Goiânia (-0,56%) e Brasília (-0,24%). A capital federal entre as cidades que apresentaram os maiores aumentos no mês de janeiro, com alta de 11,3%.

Produção industrial inicia 2013 com alta Rio de Janeiro – A produção industrial brasileira iniciou o ano com crescimento de 2,5% em janeiro, em relação ao mês anterior. Essa é a maior alta desde março de 2010, quando havia sido registrado aumento de 3,4%. Em dezembro de 2012, a alta ficou em 0,2%. O dado é da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as categorias de uso, o destaque ficou com os bens de capital, que tiveram alta de 8,2% entre dezembro e janeiro. Os bens de consumo duráveis tiveram aumento de 2,5%, enquanto os bens de consumo semi e não duráveis apresentaram alta de 0,2%. Os bens intermediários cresceram 0,9%. Entre as 27 atividades industriais pesquisadas, 18 tiveram crescimento na produção, com destaque para veículos automotores (4,7%), refino de petróleo e álcool (5,2%) e máquinas e equipamentos (5,7%). Em relação a janeiro do ano passado, houve uma expansão de 5,7%, a maior alta desde fevereiro de 2011 (7,5%). Nos últimos 12 meses, a queda acumulada chega 1,9 %.


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