Jornal A União

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A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - QUINTA-FEIRA, 20 de setembro de 2012 CONTATO: opiniao.auniao@gmail.com REDAÇÃO: 83.3218-6511/3218-6509

Um

Martinho Moreira Franco Jornalista

martinhomoreira.franco@bol.com.br

Homenagem aos saudosos Há os que dizem sentir saudades, por exemplo, das historinhas de Sebastião Nery e das tiradas de Tutty Vasques.” Vá entender os leitores! No caso da coluna, há os que dão graças a Deus (na verdade, as graças deveriam ser dadas a Fernando Moura) pelo fim das transcrições quando este espaço era diário, e há os que dizem sentir saudades, por exemplo, das historinhas de Sebastião Nery e das tiradas de Tutty Vasques. Em homenagem aos saudosos, abro espaço hoje a Nery, em dose dupla: 1) A campanha eleitoral estava fervendo em Goianinha, a 100 quilômetros de Natal, Rio Grande do Norte. O coronel Adauto Rocha, da UDN, jogava tudo, naquela eleição, para derrotar o coronel José Lúcio, do PSD. De Natal, para ajudar a campanha do PSD, chegou a Goianinha o jovem Fernando Marinho, sobrinho do deputado Djalma Marinho, que, apesar de udenista, na eleição municipal estava apoiando o candidato do PSD. Fernando foi para o serviço de alto-falantes, começou a atacar Adauto Rocha: - É um ladrão! Esse coronel Adauto Rocha é um ladrão! Adauto Rocha pegou o revólver, saiu de casa, entrou no serviço de alto-falantes, pôs o cano na cabeça de Fernando Marinho: - Meu filho, estou gostando do seu discurso. Só que é o contrário. Você não está dizendo certo. Diga certo, senão morre! E diga logo! Fernando Marinho continuou: - Pois é, meus amigos de Goianinha. Adauto Rocha é bom. O coronel José

Lúcio e meu tio é que não prestam! Estavam salvas a honra de Adauto Rocha e a cabeça de Fernando Marinho. *** 2) Padre Rossi era Deus e o diabo em Laguna, Santa Catarina. Vigário, cuidava das almas. Chefe político, cuidava dos votos. O que padre Rossi queria, acontecia. Nunca ninguém ousou contrariar aquele que mandava qualquer um para o céu ou para a cadeia. Noite de Ano Novo, padre Rossi estava chegando de viagem. Tinha missa à meia-noite, já estava atrasado. E a lagoa Imaruí, encapelada, soprava vento sul. Mas padre Rossi não tinha medo de nada. Pegou a canoa, mandou tocar. O pescador foi indo, remando. E o vento sul dobrando a canoa, como palha ao vento. Padre Rossi olhou Laguna lá do outro lado, desistiu: - Volta! Volta, que eu não vou morrer por causa de uma missa! - E a missa do Ano Novo? Deus é grande, padre! - Eu sei que Deus é grande, meu filho, mas a canoa é pequena. *** E a Tutty, curto e grosso: A ministra Anna de Hollanda caiu de madura, mas a classe artística que tanto fez para derrubá-la do cargo não perde por esperar. A presidente Dilma não escolheu Marta Suplicy para comandar a Cultura por acaso: vai ter volta! Bem-feito.

Geovaldo Carvalho

trânsito, sejam elas pequenas, médias ou de maiores consequências. Espanta o número de mortes. É como se a cada 5 anos ocorresse no Brasil um terremoto como o do Haiti, onde morreram 200 mil pessoas. É um número absurdo. Qual a causa de tudo isto? Para muitos estudiosos e especialistas do tema, não há dúvida: o crime praticado pelo acidente do trânsito não é levado a sério, aqui no Brasil. O causador do acidente fatal, por exemplo, em outros países como é o caso do Japão, desde que seja comprovada a sua irresponsabilidade, arca até o resto da vida parte da sua renda para sustentar a família da vítima, por lei e pelo costume. E perde carteira de motorista para o resto da vida. É óbvio que cada país tem a sua própria legislação, mas o Brasil é reconhecidamente o mais condescendente com os infratores. Campanhas de educação contribuem, e muito, para melhorar este quadro. Sob este ponto de vista, a Semana Nacional de Trânsito deve ser saudada como uma boa iniciativa. Mas sem punições adequadas aos que apostam corridas, aos que bebem e pegam a direção e aos que não se incomodam com o mal que causam aos outros, muito pouco se conseguirá. No caso das infrações de trânsito, não há como reeducar transgressores a não ser com a chamada “tolerância zero”. Quem bebe, quem se droga, quem aperta o acelerador furando os semáforos, não podem ser tratados como inocentes ou desavisados. São criminosos. Devem pagar pelos crimes que cometem. Se a legislação não prevê isto, deve ser mudada.

UNInforme

Desde terça-feira e até o próximo dia 25, os Detrans de todo o país, em parceria com escolas, ongs e parcela da imprensa, promovem a Semana Nacional do Trânsito com o objetivo de combater, pela via da educação, a alarmante violência e o impressionante número de acidentes automobilísticos nas estradas e nas ruas da cidade. A situação é de uma gravidade tão grande que não será leviano dizer que essa violência motorizada já se insere, há alguns anos, no rol dos maiores problemas que desafiam governos de todas as cores e de todas as instâncias: federal, estadual e municipal. Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, com base em dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), mostra que o Brasil registrou no ano passado mais de 40 mil vítimas fatais no trânsito, o que representa um aumento de quase 25% em relação ao registrado nove anos antes, em 2002, quando 32.753 morreram. Ao cidadão paraibano que trafega pelas ruas de nossas cidades interessa saber que o Nordeste ocupa hoje, entre as demais regiões brasileiras, o segundo lugar no ranking da triste contabilidade dos acidentes. O maior percentual de aumento na quantidade de óbitos foi registrado no Norte (53%), seguido do Nordeste (48%), Centro-Oeste (22%), Sul (17%) e Sudeste (10%). As campanhas educativas programadas pela Semana Nacional de Trânsito são necessárias e até deveriam se transformar em ações permanentes, não apenas restritas a este período. Mas, por si só, não bastam. É preciso agir com mais força e rigor contra as infrações de

Domingos

A morte nas ruas

Sávio -

savio_fel@hotmail.com

Humor

Editorial

JUSTIÇA (I)

JUSTIÇA (II)

A partir do dia 15 de outubro, a Justiça Federal na Paraíba dará início à implantação obrigatória do Processo Judicial Eletrônico. Para isso, no início de outubro, advogados e procuradores de todo o Estado participarão de um treinamento sobre o sistema que eliminará o uso de papel no ingresso de ações na instituição. As inscrições para os advogados devem ser feitas na página www.jfpb.jus.br até a próxima quinta-feira27).

De acordo com o cronograma, a partir de 1º de outubro o treinamento será feito com os magistrados e servidores da JFPB. O trabalho se estenderá até o dia 11 de outubro. O curso para advogados e procuradores será ministrado no auditório da instituição, em João Pessoa. Para a primeira categoria, o treinamento será oferecido nos dias 1 e 2 de outubro, pela manhã. Já para os procuradores, será no dia 3, no mesmo horário.

INAUGURAL

“SAFARI”

PISO DE DOUTOR

O curso de Direito Especialização Administrativo e Gestão Pública, do Unipê, abre nesta sexta com Aula Inaugural ministrada pelo doutor Paulo Roberto de Gouveia Medina, conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O evento ocorrerá no Auditório Oswaldo Trigueiro.

O Treze, que no próximo final de semana enfrentará o Cuiabá, pela Série C, do Brasileirão, não vai estar só em Mato Grosso. Uma caravana de torcedores está se organizando, em Campina Grande, para apoiar o Galo nesta partida, que é fundamental para a classificação.

O Sindicato Estadual dos Advogados Paraibanos está se mobilizando, através de audiências públicas com áreas afins, para definir um piso salarial para a categoria na Paraíba. Este debate vai chegar à Assembleia Legislativa, onde um projeto deve ganhar forma na defesa do objetivo.

PSB NA PONTA O PSB, que cresce no NE, está muito próximo de conquistar a Prefeitura do Recife. Geraldo Júlio, apoiado pelo governador Eduardo Campos aparece disparado em todos os cenários. No segundo turno teria 54,3% contra 27,%, do candidato do PT, Humberto Costa.

CULTURAL Hoje e amanhã o Colégio Século realizará a XV FecCult – Experimente descobrir o mundo, quando acontecerão palestras e apresentações culturais e artísticas. O objetivo da escola é incentivar a prática da pesquisa e a autonomia dos seus alunos na produção do seu próprio conhecimento. O tema: “Do meu lixo cuido eu”.

Dois

Sitônio Pinto Jornalista

sitoniopinto@gmail.com

Super-mulher “Com tanto fogo na panela, haja gás. O jeito é a Petrobras baixar o preço do gás, para o pobre não comer cru. E vai baixar.” O pobre está gastando mais gás nos governos da Frente Brasil Popular. Santa despesa. Isso porque, desde o primeiro governo Lula, o pobre passou a fazer três refeições por dia, como o Presidente prometeu e cumpriu. É verdade que ainda tem gente que não está fazendo três refeições diárias; mas um dia se chega lá. Com tanto fogo na panela, haja gás. O jeito é a Petrobras baixar o preço do gás, para o pobre não comer cru. E vai baixar. É o que garantiu Dona Maria das Graças Silva Foster, a presidenta da Petrobrás. A primeira mulher presidenta de uma petrolífera no mundo. A pianista Condoleezza Rice foi a segunda mulher a ser Secretária de Estado dos EUA – aquele país texano – mas Condoleezza nunca presidiu uma petrolífera. Ela decretou a guerra do Iraque, mas o piano de uma petrolífera ela não tocou. Até agora, só Dona Maria Silva Foster presidiu uma petrolífera. Ela entrou na Petrobras aos 24 anos, como estagiária, e agora, aos 42 (mais ou menos), preside a empresa. Talvez seja porque a maior parte do petróleo do mundo esteja nas mãos dos árabes, e

A UNIÃO

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eles não querem mulher presidindo nada. Gosto dos árabes, o único povo do mundo que mata ianques, e que dá direito a toda mulher ter um marido, pois os homens nas arábias são divididos para quatro virgens. Mas discordo quanto a esse detalhe das mulheres árabes não presidirem nada, nem uma petrolífera. Não se deve confundir árabe com muçulmano, pois nem todo muçulmano é árabe. É o caso dos paquistaneses. O Paquistão já teve unha (sic) mulher como primeira-ministra, Benazir Bhutto, filha do primeiro-ministro Ali Bhutto, deposto e enforcado em 1977 por um golpe militar. Benazir Bhutto foi primeira-ministra duas vezes. Só não foi a terceira porque tombou assassinada em 2007. Antes dela, a Rainha de Sabá reinou sobre um país árabe, mas naquele tempo não havia o Islã. Agora, Dona Silva Foster baixou o preço do gás. O Silva é brasileiro, mas o Foster é alemão, do marido, como o “Förster” de Elizabete Förster-Nietzsche, irmã de Nietzsche. Deus criou o homem, Nietzsche o super-homem. E Frau Foster, a super-mulher, baixou o gás. SUPERINTENDENTE Fernando Moura

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EDITORES SETORIAIS: Geraldo Varela, Glaudenice Nunes, Juneldo Moraes, Nara Valusca, Neide Donato e Renata Ferreira EDITORES ASSISTENTES: Carlos Cavalcanti, Carlos Vieira, Emmanuel Noronha, José Napoleão Ângelo, Marcos Lima e Marcos Pereira PROJETO GRÁFICO: Ricardo Araújo, Fernando Maradona e Klécio Bezerra


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