Tagus river development (I)

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# 033 dinamização das margens do médio tejo | tagus river banks development Nas margens do rio Tejo, entre Abrantes e Vila Nova da Barquinha, desenvolve-se uma paisagem natural marginal ao território construído. Para as populações, a difícil relação com o rio, tradicionalmente conflituosa em tempos de cheia e pouco potenciada nos períodos de Verão e Primavera, pode ser verificada pelo desenho das vilas e aldeias e dos caminhos trilhados. Contudo, embora se perceba que a população e o rio estejam de costas voltadas, o peso e a força identitária do segundo consegue, de uma forma natural, construir lugares e estabelecer um contexto coerente entre os diferentes territórios. Desta forma, entende-se, que pouco falta para fazer cumprir o programa de concurso, no que diz respeito à sua intervenção de macro escala, tendo em conta que os lugares e as geografias fundamentais já se encontram desenhadas. Neste contexto, considera-s e que o discurso disciplinar da arquitectura, deve ser o de potenciar e reforçar os ritmos e traçados naturais, apostando na consolidação das estruturas de lugar existentes e na pontuação de alguns novos territórios. A intervenção proposta preocupa-se, numa primeira fase, em hierarqui zar os caminhos de chegada ao rio para que se torne de melhor acesso, sem que se ponha em causa a integridade do todo das margens. Por outro lado, embora a disparidade física, programática e geográfica das intervenções a concurso, dificulte a coerência global do todo, a utilização de uma única matéria em todas os momentos – o betão, reforça os elos e a unidade geral do projecto. Procura-se assim, incentivar uma familiaridade entre as várias intervenções coisa que, inicialmente, parecia impossível. Com as imagens apresentadas pretende-se provar que o material utilizado , o betão de geometrias claras, não conflitua com os elementos naturai s da paisagem. O desenho rigoroso para o qual o betão remete e a sua artificialidade genética, contrastam com a apropriação que a Natureza e, sobretudo, o Tempo farão das arquitecturas propostas. Desta forma todas as arquitecturas e espaços construídos tenderão ano após ano a integrar-se e a fazer parte da paisagem, não como objectos, mas como geografias construídas . | In the Tagus River banks, between Abrantes and Vila Nova da Barquinha, the built territory is marginal to the natural landsca pe. The populations have a tough relationship with river; traditional conflicts in flood period and somewhat enhanced in the spring and summer times, can be checked by the trails and villages mesh. Although the visible facing back of the population and river, the weight and identity strenght of the Tagus is able to, in a natural way, build places and stablish a consistent context between the different territories. This way, we understand that there is not much more to do in the macro scale to solve the competition program, because all the essencial geographies and location are allready designed. In this context, we consider that the work of architecture as a discipline, should be to potentiate and reinforce the natural tracings and rhythms, by consolidating the existing villages and setting some new territories. Our proposal is first concerned in hierarchize the paths that lead to the river, for them to become more accessible, without damaging the whole integrity of the banks. Although the programmatic and geographical disparity of the interventions makes it difficult to have a global consistency, the use of a single material – the concrete, reinforce the connections and the general unity of the project. This way, we try to encourage a familiarity between the several interventions. With the present images we intend to show that the selected material, clear concrete geometries, is not conflictuous with the natural landsca pe elements. The concrete strict design and its genetic artificiality contrast with the way nature and time will approach them. As a result, all the built architectures and spaces will, year by year, set as part of the landscape, not as objects, but as built geographies.

Médio-Tejo (PT), 2007


Médio-Tejo (PT), 2007 #033_01


Médio-Tejo (PT), 2007 #033_02


Médio-Tejo (PT), 2007 #033_03


Médio-Tejo (PT), 2007 #033_04


Médio-Tejo (PT), 2007 #033_05


CRÉDITOS | CREDITS Cliente|Client TAGUS (Associação para o desenvolvimento integrado do Ribatejo interior), Municípios de Abrantes, Chamusca, Constância e Vila Nova da Barquinha Estado|Status Competição - 1ºPrémio|Competition - 1st Prize Localização|Location Médio Tejo, PORTUGAL Data|Date 2007 Arquitectura|Architecture ateliermob (Andreia Salavessa, Tiago Mota Saraiva com Carolina Condeço, Nuno Ferreira e Vera João) Arq.Paisagista |Landscape Joana Taxa Figueiredo ateliermob

Médio-Tejo (PT), 2007 #033_06


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