Revista Acelera! 2

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ACELERA!

MAI/JUN 2011

ANO1#2

ARRANCADA

EM

~

TARUMA

ALEXANDRE KROEFF & MAVERICK CAMPEÕES AD 2010

VITÓRIA DE MÁRCIO CPEL NA ND3 LEVANDO O MAIOR PRÊMIO PAGO EM DINHEIRO EM TARUMÃ

RAFAEL ANDREIS VENCE

ÚLTIMO TOP 16 DO ANO

187 KM/H




ACELERA! Editor: Marco Queiroz marquinhosprint@gmail.com Textos: M.Q. Fotos: Adriana Sugimoto, Diego Jones, Dudu Leal, Fabio C.Q., Igor Terres, Rafael Pires, Rita Copetti Capa: F.C.Q. Diagramação: F.C.Q. Colaboradores: Diego Zottis, Igor Drawanz, Diego Jones, Rafael Pires Grillo Comercial: M.Q. ACELERA! é uma publicação da Sul Outlaw

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Progresso co TOP 16 Cpe O sorriso v O Campe FIAT su Fontes: o O “rooki Aspirado v Old School Prévia ACEL


onstante el voltou eão urpreendente o Professor ie� Alex valente

LERA! 3

8 10 18 28 42 56 64 72 82 106 5




EDITORIAL

PROGR

A

nalisando o que foi o ano de 2010, podemos ver que ele começou em clima de dúvida. Para quem participa de provas de arrancada com acessibilidade, como as que a Associação Desafio ajuda a organizar, essa era mais uma dificuldade a superar.

D

estas dúvidas, com o passar dos meses, emergiu uma certeza: o Racha Tarumã. Ele está com suas portas abertas ao longo dos últimos 14 anos para todos aqueles que tem um hot rod ou apenas querem gastar adrenalina fazendo a coisa certa, que é acelerar um carro na pista e não nas ruas. 4

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E

stas portas também estavam abertas para Associação Desafio, e daí nasceu uma parceria “explosiva”, que movimentou competidores e público. Assim nasceu a NOITE DO DESAFIO, evento que trouxe, para mais de 300 participantes, o Campeonato da AD e revelou o show de desafio puro, intimidante e sem perdão do TOP16. O Racha, por sua vez, adicionou experiência de 14 anos e trouxe seu público leal, fruto de uma longa parceria entre o evento e seus frequentadores.


RESSO CONSTANTE

S

ó o distanciamento que o tempo permite vai mostrar o quanto este fatos estão influenciando para mudar a maneira como o esporte arrancada é visto em todo o Brasil. Todos que participaram dos acontecimenbtos dentro e fora da pista, recordarão para sempre que fizeram parte da história.

A

revista ACELERA! é um dos resultados desta parceria. Agora, vai em busca destes novos tempos, com o objetivo de levar a arrancada outlaw do sul para perto de seu público. Os carros, as histórias, as pessoas que fazem o impossível parecer simples ali na pista e em suas oficinas, são sempre o nosso foco.

Mais um ano, mais um campeonato, e com a participação de Tarumã, a certeza de que em 2011 o progresso vai continuar. 9


ND3

TOP 16

Márcio “CPEL”

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M

arcio “Cpel” Freitas é um velho conhecido de Tarumã. Corre arrancada ha muitos anos e foi publico na arquibancada quando era mais jovem. Se emocionou com a narração do velho “Perna” de sua vitória no TOP 16 da ND3.

M

arcio conquistou a maior premiação em dinheiro paga em uma prova de arrancada em tarumã. Também foi o unico piloto a vencer um TOP16 na primeira participação, o que não é tarefa facil.O fuca de Marcio é um bom força livre, com motor APTurbo, pneus drag e acertado com injeção FT.

Foto: Rita Copetti

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TOP 16 Márcio Cpel

É

facil entender que Marcio não chegou ali por acaso. Não era o carro mais rapido da noite e estava lutando uma empolgante batalha com o Eclipse de Rafael Andreis pelo premio de 1000 reais para quem passasse 1º por duas vezes a 180km/h nos 201m de Tarumã.

T

udo indicava que o Eclipse conseguiria primeiro. Fabio Andreis( irmão, tecnico, preparador de Rafael) já sonhava com o dinheiro ao ver parciais na nova passada do Eclipse. Deixou escapar até um “a grana já é nossa...”mas segundos após viu a velocidade de 179km na medição digital da base do pinheirinho. Foi um balde agua fria nos irmãos.

E

les voltam a pista e fazem uma passada a 186km/h, que acabou por ser a melhor de 2010. Não ganharam mais nada, mas foi como um aviso pra Cpel: “vamos acertar a conta no TOP 16”.

E

m Tarumã não basta andar bem, tem de fazer um bom trabalho na pista e Marcio estava em uma noite inspirada.

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Foto: Adri Sugimoto

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C

om todo mundo de olho nos acontecimentos, o TOP 16 foi transcorrendo com os dois carros - Eclipse e Fusca - eliminando seus adversário e também superando seus problemas. Show dos dois. Cpel explodiu uma mangueira d’agua e deu um jeito de consertar nos 10 minutos a que tinha direito antes de ser declarado perdedor. Fabio Andreis, por sua vez, a sua maneira impulsiva e temerária, colocou com os dedos (sem luva) a correia do alternador e bomba d’agua com seu irmão acionando o arranque na linha de largada.

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N

a verdade, quem viu os dois, também viu a adrenalina transbordando. Vontade e confiança na vitória, em uma ultima puxada valendo quem seria o “cara” da noite, em uma corrida sem favoridos. Talvez um dos TOP 16 mais encardidos de todos já disputados, e quem ja esteve lá sabe que nunca, mas nunca mesmo, é algo facil.

T

udo preparado, as luzes do pinheirinho caem e o Eclipse tá fora! A ansiedade foi mais forte, a busca pela vantagem nos primeiros décimos compromete o resultado e Marcio é o grande campeão. Mesmo assim os dois aceleram até o final da reta, ainda que a vitória já estivesse definida.

N

o retorno, para receber o trofeu de vice, os irmãos sentem a dor de uma derrota dupla. Como lutadores que são, já começam a se preparar para próxima, pensando que esse é o momento para a velha maxima de Nelson Piquet:”o segundo, é o 1º perdedor”. Doeu com certeza.

M

arcio, vai para o abraço, para a foto e para a história de Tarumã como o piloto mais vitorioso em uma unica noite. Levou os 1000 reais dos 180km/h, os 700 reais pelas vitórias no TOP 16 e por alguns décimos quase faturou também os 500 reais dos 60 pés em 1.5(duro).

A! 15


RACHA T

emoção Público premium Cadeira elétrica TURBO Noite das Motos Noite do Chevette e Opala Noite do Volkswagen

Noite do Desafio com TOP1 Faça a coisa certa, não acelere


TARUMÃ

o é aqui

16 nas ruas, venha para o Racha!


RAFAEL AN

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TOP 16 ND 4/5

NDREIS

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TOP 16 O

s irmãos Andreis são lutadores persistentes, não ha como negar. Desde o principio, quando depois de varias tentativas resolveram contrariar a opinião geral dos mecânicos em favor de “fazer um AP” e comprar um carro 4x4 japonês.

B

uscam sempre vencer e sao ótimos adversários, porque quando a vitória lhes sorri faz seu dia mais leve. Em compensação, sentem como poucos o peso da derrota. 2010 foi um ano que trouxe muitas emoções para os irmãos nas competições da Noite do Desafio.

A

primeira etapa foi marcada por problemas mecanicos e alguma infelicidade. Na segunda etapa, a vitória estava no horizonte, mas o carro abandonou a disputa mais cedo. Na terceira etapa, o desenho do que ocorreu foi ingrato,uma verdadeira montanha russa de emoções não recomendavel se a saude não é boa.

A

lém de uma ótima pontuação, e de estar já com uma mão no premio de 1000 reais para quem batesse em primeiro lugar por duas vezes a marca de 180km, era o dia para vencer o TOP16. Como diz o Fabio, irmão mais velho de Rafael, “pode dar pra mim aqui o dinheiro, que hoje ele é meu...”

N

ão foi bem assim. Marcio “Cpel” e fusca AP turbo, em noite inspirada depois de uma batalha onde a cada passada os dois chegavam mais perto da marca, acabou por agarrar a oportunidade e ficar com o premio. A ironia veio minutos após, quando o Eclipse passa a 186km, fazendo a melhor marca do ano em Tarumã para velocidade em 201, mas já não valia mais nada.

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O so


orriso voltou

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TOP 16 A

inda havia o TOP16 e a chance de desforra. Não foi diferente, e mesmo com percalços ao longo da disputa, os dois chegaram a final. Tarumã tem seu grupo de “ sideline experts”aquele pessoal que tem de ficar ali grudado, olhando, ficando surdos a cada burnout e tendo sempre uma opinião definitiva sobre quem vai vencer. Nesse dia, eles emudeceram. Ninguem garante nada...Os dois carros alinhados e o Eclipse “queima”. Não era o dia.

V

eio a ultima prova do ano. Etapa dupla onde carro e piloto vão cumprindo a sua função, fazendo bons tempos e vencendo adversários. O TOP 16 esta a vista e na final, velho adversário, Alexandre Kroeff e o Maverick, que está com seu melhor desempenho e vem embalado.

U

ma final emocionante, um 4x4 contra um V8 traseiro com um piloto que reconhecidamente entende Tarumã. Coisa engraçada: os amigos dos Gringos apostando facil neles e os do Alexandre dizendo “que hoje é a noite dele”. Quem está certo?

A

rrancam, o V8 leva a melhor, o Eclipse recupera e volta pra disputa. No fim, o motor do Eclipse Turbo fala mais alto e finalmente, a primeira vitória de TOP 16 em Tarumã. Dificil, dura, imprevisivel e por isso mesmo, aquela que vale e não se esquece.

O sorriso voltou. 22


Foto: RaFASTra Pires

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B M

om, como falar do TOP 16, a maior competição da arrancada?

esmo eu já sendo um “macaco veio” em TOP 16, sempre tem aquela tremedeira básica . O nervosismo nesse TOP não seria diferente. Desde o início do ano, estava almejando vencer um TOP e ficar “isolado” como maior vencedor de TOP 16. Este era diferente, por ser o primeiro realizado em dois dias de evento - e quem não quer ficar na história da AD?

C

lassifiquei o carro em primeiro, e a diferença para os demais concorrentes não era muita. Somando a vontade de vencer e a adrenalina, o resultado não poderia ser diferente: eliminando um a um os demais concorrentes, até a semifinal. Foi ai que um simples, mínimo e ridículo o’ring de um bico quase me deixou de fora da final. O Eclipse ficou superpobre de repente, com a entrada de ar falso. Como larguei bem, consegui manter a ponta e ganhei do Passat vermelho.

P

or pouco, mas ganhei. Na final, nada menos que Kroeff e seu Maverick, que vinham muito bem essa noite. Esse é um pega que está criando sua história e rivalidade. Mas aquele era meu dia e do Eclipse. Ganhamos nosso primeiro TOP no ano!

G

ostaria, mais uma vez, de agradecer aos patrocinadores: Nova Schin, Kunzler, Dália, Tubolândia, Kebek, Seven Boys, Microcamp e Atomic por mais um ano conosco. Eles que nos proporcionam tudo isso.

D

isputar e vencer um TOP 16 é uma emoção que só vive quem está na pista, na hora, encarando o momento.

Rafael Andreis 24

Irmã

Vitóri

Vencer um TOP 1


ãos Andreis

ia no TOP 16

16 é uma emoção que só se vive na pista!

A! 25




NO MELHOR ANO

V8 CAMP

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PEテグ

Foto: Fabio Queiroz

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No maior e mais competitivo campeonato da AD, Alexandre fez

V8 CAMPEÃO P

ara um campeonato dificil, um grande campeão. Alexandre Kroeff e seu Maverick escreveram um nova página ao vencerem a 4ª edição do Campeonato AD, agora em Tarumã. No ano mais disputado, com o maior número de participantes, enfrentando uma reta desafiadora, Alexandre levou seu V8 à vitória.

N

as discussões teóricas, muito se falou que um dia um V8 chegaria ao título, pela combinação de potência e confiabilidade. Não pensem que isso foi fácil de acontecer. Além do desempenho do carro, que vem melhorando a cada ano, em 2010 a mudança para Tarumã e sua reta em subida, geralmente “banhada” pelo sereno, exigiu muita habilidade dos pilotos.

A

lexandre, velho conhecido do Racha desde seu início, sabia que para superar estas características, seria preciso refinar o conhecimento. Em Tarumã, não resolve o famoso “pé pro lado e pulo pra frente”. Se você fizer isso, vai perder décimos e até segundos preciosos patinando em vez de arrancar. Em Tarumã, a missão é fazer o carro deslizar para frente com suavidade e força ao mesmo tempo. Esta é uma escola conhecida nos EUA, onde grande pilotos californianos de dragsters desenvolveram sua habilidade correndo em pistas úmidas pela proximidade com o mar.

E

sta compreensão levou o Maverick a ir escalando a tabela no confronto com seus oponentes. O público percebeu o esforço e respondeu, transformando o Maverick em um dos seus carros preferidos. A cada burnout, era uma algazarra na arquibancada, interação bonita de se ver. O carro esteve em todos os TOP 16 e se transformou no mais rápido V8 das noites de Tarumã, mesmo não sendo o de motor mais forte. O conjunto se superou. 10

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fez hist贸ria sendo o primeiro V8 e primeiro n茫o turbo a vencer.

Foto: Fabio Queiroz

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Olá, família Desafio

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P

rimeiramente, gostaria de agradecer a todos por um ótimo campeonato de 2010 e por uma volta à Tarumã em grande estilo!

O

campeonato AD está fazendo escola, com sua diversidade, por sua fácil compreensão, por sua hospitalidade e o principal: pelo espírito de competição.

N

enhum campeonato que já participei até hoje foi tão empolgante como o da AD. Nada é mais empolgante que um Top16. Nenhum outro campeonato tem mais de 300 concorrentes. E nunca fui tão bem tratado por uma comunidade automobilística.

M

uitos querem saber da configuração do Maverick 08, qual o segredo. Na verdade, a receita não é nada especial, não tem mágica, tem sim, muito acerto. Pra quem não sabe, fuço com estes motores desde 1993, quando coloquei o primeiro Quadrijet. A receita que está no carro é basicamente a mesma desde 1998, quando justamente corria no Racha Tarumã. O comando 280º está lá desde essa época, acreditem ou não. O que existe é muito estudo e experiências, ou seja, trabalho.

A

grande vantagem do motor V8 é sua curva de torque plana e longa, o que permite que o motor permaneça em regime de força por uma grande faixa de RPM. Por ser um motor grande, o torque empurra. E independente da RPM que largue, o carro segue, sem buracos. Como dizem, torque move o mundo... Nos V8 a potência sobe linearmente, sem extrapolação, mas com duração, diferente de um 4cil turbo, onde os números de verdade aparecem lá em cima.

O

utro ponto positivo para mim foi o fato da pista ter mudado para 201m. Como o carro é bem acertado de suspensão, na largada ele normalmente pulava bem. E 201m é difícil pra recuperar terreno, quem larga na frente tem muitas chances de ganhar. O carro perdeu, assim como os tração dianteira, pelo piso ter menos tração (4 décimos), portanto tração não foi o problema, se foi, foi pra todos.

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Olá, família Desafio

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P

ara levar o campeonato fiz muita conta, analisando, a cada etapa, os números do carro e dos concorrentes próximos. Na última etapa, houve muita estratégia e quase joguei o campeonato fora na ND3, onde queimei uma largada por 0,001s.

P

or sorte, nas outras ND consegui bonificação por primeiro lugar na classe dos 7,5s, o que me deixou em situação confortável no final. Portanto, para ganhar um campeonato diria que não tem fórmula mágica, mas sim um conjunto de ações que, somadas, levam ao resultado. Poderia listar as seguintes:

1- Participe de todas as etapas 2 - Chegue cedo ao autódromo e prepare seu

carro

3 - Treine o quanto puder, para se adaptar à pis-

ta, ao carro e à árvore

4 - Faça as 3 largadas oficiais da noite, não importando o tempo

5 - Nunca queime uma largada

6 - Tenha uma rede de amigos ou uma equipe para lhe manter informado dos acontecimentos na pista (horários, pista aberta ou fechada, fila, etc) 7 - Mantenha-se atualizado sobre sua pontua-

ção e onde se situa na tabela para tentar vencer sua classe de tempo.

8 - Não invente. Se o carro esta bom, só ande.

Essa é a mais difícil pra mim mesmo, por isso publiquei...

Foto: Fabio Queiroz

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G

ostaria de aproveitar este espaço e agradecer aos que ajudaram a vencer este campeonato, e que, junto comigo, são os campeões.

P

rimeiro, um V-oiteiro de longa data, amigão e conhecido de todos: o Igor da SmartTech. Pode levar o que quiser lá que ele fabrica. E muito bem. Me quebrou muitos galhos com peças que precisava modificar, ajustar, fazer do zero. E, sempre que o tempo permitia, me acompanhou nos eventos, na logística. Um dia (distante) ele chegará com seu Chevettinho 572 pra correr com a gente, e a partir deste dia brigaremos pela segunda posição no Top16.

O

utro amigo e parceiro de equipe, meu engenheiro de competições, aspone profissional e Drag Flanelinha #1, Gustavo Minella.

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O

Minella também está montando um Dodge pra km e é entusiasta dos V8. Ajudou muito no desenvolvimento do Maverick, e sempre na parceria nos eventos. Sabe interpretar muito bem os dados e tem (às vezes) uns bons palpites. Conhece muito bem as peças de competição lá fora e me ajudou a escolher a maioria.

N

ão posso esquecer do meu Velhinho, Seu Enio, sogro e parceiro no desenvolvimento do carro. Me ajudou na montagem e afinação do 08, o chefe da equipe.

O À

Márcio, da Overboost de Ivoti, que me ajudou na ND4/5.

minha esposa Carine que me concedeu passe livre por algumas sextas à noite e muitas outras para o acerto do carro.


Olá, família Desafio

À

Tarumã, que nos recebeu de portas abertas. Ao Jr.,Pimentel e Marquetti, por me tratarem muito bem, um muito obrigado. E de forma geral à todos que torciam pelo Maverick branco, sejam público ou equipes.

G

ostaria de dedicar este campeonato ao meu avô Egon Kroeff, que nos deixou em 2010. O vô Goni, como chamávamos, foi uma das minhas influências para os Ford V8, sempre teve Galaxies zero e sempre fez questão de dizer que pra ele foi o melhor carro da indústria nacional.

N

os anos 90, quando comprei o Maverick, ele se empolgou e começou a procurar outro Galaxie, depois de muitos anos sem. Comprou um Landau 80 e juntos reformamos motor, restauramos e mexemos nos 2 carros.

S

eu falecimento foi na sexta que estava marcada para ser a primeira ND3. À tarde, em seu velório, pedi a ele que se já estivesse influente lá em cima, que solicitasse uma chuva naquela noite, pois eu não poderia participar da prova. Antes de a noite cair, recebi um telefonema da AD confirmando que a chuva havia chego em Tarumã...

Q

ue 2011 seja muito mais rápido. E barulhento, porque senão não tem graça! Abraço,

Alexandre Kroeff

A! 37


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Foto: Fabio Queiroz

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Rua Coronel Feij贸 708 - Bairro Higien贸polis Porto Alegre - Fone: 7813-2431 ID: 92*236993



EXCEÇÃO QUE GA

Vice-ca

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ARANTE A REGRA

ampe達o

Foto: RaFASTra Pires

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Vice-campeão

A

arrancada é uma corrida de hot rods. Pouca gente pensa nisso por aqui, ou mesmo se dá conta que é assim. Certamente, os primos Custódio e Gustavo não tinham isso em mente quando foram em uma loja de automóveis perto de casa para comprar um carro “baratinho” para participar da arrancada.

O

vendedor, de pronto, lhes ofereceu um Gol, mas eles queriam algo diferente e encontraram lá no fundo da loja um 147 com estranhíssimos racks de caminhonete. Foi uma paixão fulminante. Por menos do que gastariam em uma TV de tela plana, saíram dali direto para um dia de Open no Velopark, pagaram a inscrição de R$80,00, compraram um numero (obrigatório no dia) por R$10,00 e colocaram o carro na pista. Para atravessar a reta, longos, eternos, 22 segundos...

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DESANIMAR, JAMAIS

C

omeçou aí a história de dois advogados que, naquele momento, não tinham nenhuma experiência com automóveis de corrida. Os amigos dizem que nem com autorama eles havia mexido, mas isso não foi possível confirmar. Eles queriam fazer um carro de corrida com suas próprias mãos, com recursos simples, como uma forma de aprendizado, diversão e válvula de escape para as tensões que a vida impõe a todos nós.

B

uscaram ajuda e orientação em vários lugares - iniciando pelo fórum da AD - e com as informações puseram mãos à obra. A orientação era simples: nada de gastos excessivos. Nada de projetos mirabolantes. Qual o hp mais barato?


O

alívio de peso. Então, a primeira missão foi aliviar todo o que era possível, sem comprometer a já sofrida estrutura do velho 147. O que era supérfluo ou atrapalhava foi sacado fora, em longas noites, quando desenvolveram suas habilidades no manejo de ferramentas. As partes do chassi que estavam corroídas foram reforçadas.

I

nicialmente, o motor sofreria apenas uma revisão e continuaria carburado. Havia planos de colocar um 2E ou coisa que o valha. Mas os primos foram dissuadidos desta empreitada, pularam a parte jurássica e foram direto para injeção FuelTech. “Será mais fácil acertar o carro e vocês terão menos quebras, o que vai poupar recursos em vez de aumentar os custos”, foi o conselho que ouviram e aceitaram.

Q

uando o carro voltou à pista, já virava na casa dos 16s em 402. Podemos considerar um grande progresso, mas todos queriam mais. Como as peças de motor FIAT Fiasa são baratas, o carrinho ganhou um 1500 cilindradas. Nada de bielas ou pistões forjados. Tudo original e usadinho bom. O carro agora, com a facilidade permitida pela injeção, passou a ser turbo. O turbo também usado, comprado de um conhecido e com a válvula de alívio soldada.

Foto: RaFASTra Pires

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Vice-campeão

C

ustando menos da metade de um pneu M/T ou Hoosier, os pneus drag argentinos tinham a desconfiança de muitos. A verdade é que fizeram seu trabalho e, a partir daí, o 147 começou a fazer coisas que, para todos envolvidos, eram quase inacreditáveis. Logo ele virava 12 duros em 402m e passou a ser verdadeiramente um adversário temível no TOP 16. Chegou a fazer um vice (runner up) no Velopark.

O

campeonato da AD chegou à Tarumã. Novos dados, 201m, pista em subida e o FIAT, “se sentiu em casa”! Andou bem em todas as provas e se classificou para todos os TOP16, o que carros mais fortes não conseguiram. Na ND3, mesmo com o motor danificado, foi para o sacrifício, com uma grande quantidade de nitro e, por um para-choque, perdeu para o Chevelle V8.

R

esultado: as bielas de Fiat, reconhecidamente fortes, entortaram! Nada que o carisma já conquistado pelo carrinho não pudesse resolver. Entrou em ação o “paulista”, amigo do pessoal, que tinha uma caixa de guardados com bielas de FIAT usadas, dos mais diferentes tipos. Era só escolher, melhor que supermercado. Problema resolvido, carro na pista novamente.

Foto: RaFASTra Pires

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Vice-campeão

E

m mais de uma vez, foi uma pedra no sapato para Alexandre Kroeff e seu Maverick no caminho do titulo. Ao fim, um brilhante e inesperado segundo lugar, com o carro entrando na casa dos 7s em 201m. Um grande resultado para um verdadeiro hot rod (por definição, carro leve com motor potente), que foi construído com poucos recursos materiais, mas que seguiu à risca os preceitos básicos de como fazer um carro de arrancada que obtenha bons resultados sem ter o gasto de um príncipe do Qatar.

A

inda mais significativo que tudo o que foi contado, foi o efeito que esta verdadeira jornada em busca do conhecimento causou em todos os envolvidos. Gustavo Stock, advogado de profissão (e dublê de piloto por opção), mudou de vida, e agora trabalha na UPGRADE, oficina que é a nova casa do carro. Exemplo da vida acontecendo, e a arrancada criando sua própria cultura.

Gustavo afirma que a casa está de portas abertas para quem quiser - como ele um dia desejou - construir seu carro de arrancada. 48


Foto: RaFASTra Pires

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ANOS IMPREVISÍVEIS

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P

ara iniciar a conversa, preciso contar que o ano de 2009 superou qualquer expectativa que tenha passado pela cabeça da equipe Casa da Vó Racing Team. Naquele ano tínhamos realizado um belo campeonato com o Astra #888, (segunda colocação geral). Contudo, a principal atração, contrariando e surpreendendo a todos, foi o pequeno notável One4Seven, que havia iniciado sua árdua e merecida jornada para ser um dos grandes da AD.

Foto: RaFASTra Pires

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P

ara iniciar a conversa, preciso contar que o ano de 2009 superou qualquer expectativa que tenha passado pela cabeça da equipe Casa da Vó Racing Team. Naquele ano tínhamos realizado um belo campeonato com o Astra #888, (segunda colocação geral). Contudo, a principal atração, contrariando e surpreendendo a todos, foi o pequeno notável One4Seven, que havia iniciado sua árdua e merecida jornada para ser um dos grandes da AD.

N

a última etapa do campeonato de 2009, Gustavo Stock, mais confiante na tocada do carrinho e do seu potencial, superou diretamente a barreira dos 14 segundos rumo a uma incrível e respeitável marca de 12 segundos em 402 metros. Acabamos o ano extremamente felizes e com uma expectativa considerável para o seguinte.

N

a última etapa do campeonato de 2009, Gustavo Stock, mais confiante na tocada do carrinho e do seu potencial, superou diretamente a barreira dos 14 segundos rumo a uma incrível e respeitável marca de 12 segundos em 402 metros. Acabamos o ano extremamente felizes e com uma expectativa considerável para o seguinte.

O

s 201 metros da gloriosa e esquiva reta do Autódromo de Tarumã se tornaram o local sagrado dos competidores do campeonato da Associação Desafio em 2010. Duzentos e um metros misteriosos, cheios de pormenores exigentes tanto aos novatos como aos assíduos freqüentadores do conhecido Racha Tarumã.

A

Associação Desafio realizou, em conjunto com o Racha, as Noites do Desafio, parceria de sucesso, que rendeu muitos frutos, especialmente para o público, pilotos e carros, que foram se multiplicando a cada evento.

O

One4Seven, mesmo pontuando muito bem na primeira etapa, logo em seguida, no TOP16, apresentou alguns problemas mecânicos, o que preocupou a todos da equipe. O motor 1.5 Fiasa determinou que suas bielas não deveriam agüentar o desaforo da tocada com tanto nitro em cima de seus pistões. Além de problemas de vedação na junta do cabeçote, descobrimos que duas ou três bielas não eram mais tão retas como quando saíram da fábrica!

M

otor desmontado, bielas novas (nossos agradecimentos ao “Paulista” Noel e sua caixa de guardados), e vamos à remontagem. Mais aperto no cabeçote, um pouco menos de ponto final no acerto preciso da FuelTech e mais algumas “feitiçarias” depositadas no coração do carrinho, fizeram com que ele participasse de todas as etapas até o final do campeonato. Em plena forma, com saúde e disposição para ser o segundo carro tração dianteira mais rápida do ano, perdendo por pouco apenas para o já tradicionalmente temível Gol #96 de Sérgio Fontes.

E

o Gustavo garantiu que igualaria a marca de 7,7 segundos do GOL 96 nos 201 metros, se tivesse a condição de dar mais uma “passada valendo”, já que estava a apenas 1 décimo da marca... O campeonato acabou e ficamos só na vontade.

N

o final, um surpreendente vice-campeonato, algo realmente inesperado. Um feito digno de um pequeno “David”, que enfrentou um “Golias” como o Maverick branco com seus burn outs que intimidam qualquer um. 2011 está ai e a Casa da Vó Racing Team se uniu à Upgrade Customs, oficina especializada em carros de performance e mais algumas coisas. Portanto, o Astra #888 de Rafael “raFASTra” Pires e o Fiat 147 “One4Seven” de Gustavo Stock estão de casa nova! A vontade continua a mesma, prometendo grandes pegas e surpresas para o ano que chegou! Até a ND6 em 2011!

RaFASTra & equipe

A!

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Sร RGIO FONTE 3ยบ lugar

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ES. De novo

Foto: Dudu Leal

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A

temporada de 2010 trouxe algumas surpresas e confirmou o que já era uma certeza: Sergio Fontes e o Gol 96 novamente entre os líderes. Duas vezes campeão, uma vez vice e agora um terceiro.

E

ste foi um ano especialmente difícil para Sergio. A ida para Tarumã, com o campeonato acontecendo nas noites de sexta, foram um obstáculo a superar. Os compromissos e o trabalho eram um impedimento quase sem solução, porque, por maior que seja a paixão pelo esporte, a atividade profissional é prioridade. Nesses momentos, os amigos valem ouro.

C

om a ajuda do sempre disposto pessoal da Maranello e do Jorge da Power Bass, o carro foi para o autódromo sem o piloto. Tudo foi preparado, checado e estava “posto a punto” como dizem os argentinos, para o momento em que Sergio conseguisse chegar à pista. Isso lembra muito o dito popular: “prefira sempre ser o amador mais profissional e nunca o profissional mais amador”.

3º lugar 58


E A

sta, em si, já foi uma grande vitória e o fato de não desistir mostra a determinação de campeão.

temporada começou excepcional, com uma grande vitória no TOP 16. A única do ano de um carro tração dianteira. Seguiu o ano com a disputa de semifinal com gosto de final, que foi eletrizante e deixou como saldo, ser o carro tração dianteira mais rápido da AD em 2010.

T

eve muitos novos desafios também. A pista de 201m representou uma dificuldade a mais e novos carros se apresentaram para disputa. Adversários antigos evoluíram e souberam tirar proveito do terreno. Mesmo assim, o 96 mostrou a velha eficiência e foi adversário temível até o final, sempre se apresentando de forma impecável como deve ser.

T

odos já sabem. Qualquer descuido, ele vai estar em cima para conferir.

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Depoimento de FONTES E

ste ano foi um ano diferenciado para a AD, com a entrada do Racha Tarumã. Em minha opinião, esse casamento ainda vai dar muito o que falar, pois o Racha tem seu público cativo e a AD tem o seu espetáculo de desafios, carros fortes, limpos e muito competitivos. Esse ano que passou, para mim, foi um ano de quebra de barreiras. Primeiro, pela dificuldade que teria para conciliar trabalho e arrancada. Pois por ser sexta às 20h o início dos treinos livres e eu sair do trabalho somente às 22h seria uma tarefa complicada. E, segundo, bater o record do carro...

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G

raças a meu irmão Felipe Fontes e um grande amigo, o Jorge da Power Bass, e pessoal da Maranello Pinturas, tem andado tudo bem. Para terem uma ideia, na última corrida, com ajuda dessa grande equipe, quando cheguei em Tarumã o Gol já estava na fila a dois carros de arrancar.


T

udo pronto: gelo no water cooler, rodas e pneus devidamente em seu lugar, carro já estava quente e abastecido para uma passada a rigor. Só tenho a agradecer esse grande grupo de amigos que me ajudam, porque, com certeza, se eles não existissem jamais conseguiria correr em busca dos resultados que o carro veio obtendo no decorrer do ano.

O

utro fato foi a quebra do próprio record. Esse era o nosso objetivo, baixar os 7.9 já conquistados e conseguimos com um 7,8 logo no início da noite.

G

ostaria de parabenizar o atual campeão Alexandre Kroeff pela conquista em 2010, pois sei quanto o campeonato da AD é disputado. Ao Gustavo (vice) e sua equipe Casa da Vó, pelos incríveis resultados conquistados com seu fiel 147. E, finalizando, para toda equipe de organizadores da AD meu muito obrigado por nos proporcionar momentos inesquecíveis como os que já ocorreram no TOP16.

VALEU !!!

A! 61



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UM “ROOKIE

4º lu

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E� NO TOP 5

ugar

Foto: Dudu Leal

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4º lugar E

ntre as boas novidades que o campeonato e 2010 trouxe, está Alex Machado e seu time da Raul Car . O seu Chevette preto com motor APTurbo com uma inconfundível chave de boca pintada na lateral como símbolo da oficina , andou bem na pista, o que lhe trouxe pontos valiosos.

S

eu desempenho também o colocou no top 16 e chegou a vice (runner up) em bela disputa de Chevettes AP Turbo com Paulo Rebelo. Como um novato no campeonato da AD, foi muito bem sucedido. Em pouco tempo, Alex e seu pai compreenderam a chave do campeonato, que é trazer o carro à pista e se apresentar bem, sem quebras significativas e estar sempre na disputa.

O

carro, um Chevette “híbrido” com motor VW é também um legítimo hot rod, seguindo o conceito de carro leve com motor potente. Essa é a chave de bons resultados em provas de arrancada. O quarto lugar conseguido em 2010 o coloca na disputa direta em 2011, agora já com mais experiência e com a garantia de um carro rápido.

A

lex conhece bem Tarumã, conta com a ajuda permanente de seu pai - o que também é uma das melhores características do esporte - e certamente vai evoluir bem em 2011, agora que conhece melhor as regras do jogo. O Chevette preto, junto com o Fiat, o Maverick e o Chevette vermelho de Rebelo, é um dos favoritos da arquibancada , o que é um fator a mais de estimulo para o time se apresentar bem.

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A palavra de Alex

O

começo do campeonato foi com uma pequena intenção: só andar. Com o carro que temos, não esperávamos chegar tão longe. Com os resultados que obtivemos, o resultado foi que conseguimos ficar em ótima colocação. Ficamos em belo 4º lugar.

P

ara meu pai Raul e eu, Alex, ficar em 16º já era uma boa colocação. Ficamos surpresos com os resultados, junto com os excelentes carros que estavam participando.

E

stamos bem motivados para o próximo campeonato, e temos a expectativa de melhorar o carro, E também sabemos que o nível dos outros carros está aumentando muito. Ficamos satisfeitos com a organização do campeonato.

Mecânica Raul Car Alex e Raul 68


A!

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É aspirado Ê valente 72


5º lugar

Foto: Orlei Júnior

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A força da vontade

E

ra uma vez um passat abandonado em baixo de uma arvore. Tudo indicava que seu futuro era ser um “doador” de peças em algum ferro velho. Onde outros não enxergavam nada alem disso, Roger Condotta viu uma oportunidade.Comprou o carro, construiu uma oficina em casa e botou em andamento o seu sonho de participar de competições de arrancada.

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C

om vontade e determinação, Roger fez o Passat renascer. Com a ajuda dos amigos, pintou, soldou, recolocou as peças que faltavam e criou outras de acordo com suas ideias. Condotta não era exatamente um novato nesse negócio de “mexer” em carros. Dono de oficina, sempre gostou de carros “mexidos”, já havia tido carros turbo, mas pela primeira vez tinha a ferramenta certa para dar vazão a sua vontade de acelerar, de estar na pista, de pertencer a outro mundo.

5º lugar

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T

rabalho e determinação costumam dar bons resultados e não foi diferente com Roger. A sua ideia de ir fazendo o carro um passo a cada vez, sem gastos mirabolantes e aprendendo no processo, fez com que estivesse sempre na pista e melhorando a cada etapa. Assim, foi somando pontos, e em universo de mais de 200 competidores, acabou tendo o 5º melhor desempenho global.

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erito de Roger e de sua equipe, que esteve sempre acompanhando seus resultados. Em qualquer esporte, o apoio da familia e dos amigos é fundamental. Para encerrar bem 2010, Roger conseguiu colocar o Passat no ultimo TOP16 do ano.

O time d 76


P

ela caracteristica formação da chave, pegou de cara uma pedreira, o FIAT 147 Branco de Gustavo Stock, justo no dia em que ele vinha embalado por alcançar seu melhor desempenho. “Bom, que seja, vamos cumprir a tabela”, pensou Roger.

A O

contece que nas competições, só terminou quando se cruza a linha de chegada. E vence quem passa na frente...

temido 147 não arranca bem e o Passat dispara . Quando o FIAT acorda, já é tarde e não consegue mais buscar o “azulão”! Mais uma façanha do autinho que morava embaixo da arvore esperando seu destino de se encontrar com o ferro velho. O Roger mudou o final da história através do seu esforço e determinação. Este é o verdadeiro espirito do esporte.

do Roger Foto: Adri Sugimoto

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Depoimento P

articipar do campeonato de 2010 foi uma alegria muito grande, pois fiz parte de um campeonato que revolucionou a arrancado aqui no sul, com um numero de participantes recorde. Mais de 300 carros arrancando na primeira etapa, todos com um mesmo objetivo, acelerar e virar tempo bom com seus carros.

O

mais legal disso tudo foi no decorrer das provas os resultados aparecendo e o pessoal foi ficando cada vez mais empolgado , não deixando por menos e levando seus carro ao limite. Foi o que eu fiz na 4º e 5º etapa , onde meu carro apresentou um defeito no cabeçote.

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ão havia tempo para concertar, então a meta era completar as provas sem que o carro quebrasse. Esse foi o desafio maior, não podia usar a potencia do motor e mesmo assim tinha de pelo menos virar um tempo competitivo para não fazer tão feio. Conseguimos levar o carro até o final e entrar no top 16, um grande feito. Ainda vencemo por sorte a primeira puxada e ficamos nas oitavas de final.

F

oi sorte mesmo, porque o carro estava se entregando, tanto é que quando eu fui dar a ultima passada ele não arrancou! Simplesmente perdeu toda a potencia. O meu adversário era um oponente muito forte, mas com tudo isso, nessa noite consegui fazer os pontos que me levaram a ficar em 5º lugar no campeonato. Foi uma emoção muito grande mesmo e o pessoal da Desafio esta de parabéns. Fizeram um trabalho forte que valeu apena.

Roger Condotta 78


A! 79


VLU A Associação Desafio e Racha Tarumã agradecem a participação da Luxcis Química na NOITE do DESAFIO. Com o produto VLU, a Luxcis entregou um novo nível de desempenho e segurança na Noite de Tarumã. Agora já é parte da história.


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Old S C

orrida de arrancada tem a ver com a integração das pessoas. O passado ensina que o esporte nasceu com a formação dos clubes que permitiam a troca de experiência e convivência entre amigos.

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sta é a base da cultura DRAG RACE e vai alem de um dia de corridas. Com satisfação, observamos este comportamento evoluindo nas ND. Nesta edição, trazemos depoimentos que revelam como a base esta se organizando.

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School

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A

inda me lembro do dia em que fiz minha primeira inscrição na AD. Não faz muito tempo, foi em dezembro de 2009. Também me lembro porquê a fiz. Eu queria acelerar, estar na pista junto com meus amigos e, como sempre, tentar extrair o máximo do carro.

M

as com o passar do tempo percebi que o esporte que tanto gosto não são apenas parciais de tempo. Existem pessoas e sonhos por trás de cada ação e intenção. Existe a vontade de superar os próprios limites psicológicos, físicos ou até financeiros.

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á algum tempo eu vinha me concentrando apenas na performance do carro e esquecendo do que considero o real propósito de um esporte como a Drag Race:

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esporte deve nos divertir, nos ensinar, desafiar e forçar a auto-superação. A interação com os demais pilotos, amigos, público e o pessoal da organização é de grande importância pra que este esporte mantenha seu real propósito: a competição saudável.

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Diego Zottis Foto: Adri Sugimoto

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HARD DRAGGERS 86


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receptividade, boa vontade, organização e força de vontade da Associação Desafio, foi e é algo admirável, algo que eu mesmo achava que não iria presenciar por aqui, tão cedo.

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pessoal da AD passa horas trabalhando no backstage antes das Etapas do Campeonato, dá suporte a fóruns, blogs e muitas outras coisas que são pensadas e cuidadas pra permitir exatamente o que todos que amam a arrancada querem ver:

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ma competição sadia onde todos se ajudam independentemente da marca do carro ou motorização. Uma competição onde o esforço do ganhador é reconhecido e não invejado e onde o regulamento permite que carros que não estão entre os mais rápidos da competição possam disputar a primeira posição. Uma competição onde se tem a liberdade de opinar sobre qualquer coisa que se possa ser melhorada.

I

sso é Drag Race. Não importa se você não tem carteirinha disso ou daquilo, não importa se seu carro não tem investimento pesado pra se enquadrar em uma categoria, não importa se o seu carro é original. O que realmente importa aqui, meus amigos, é trazer o carro pra pista de Tarumã às sextas-feiras e acelerar o máximo.

T

ive o privilégio de participar do campeonato AD de 2010 e pude perceber que a cada etapa mais e mais coisas estavam melhorando. Desde a segurança e organização até a iluminação na área de frenagem. Mas tão importante quanto isto é a atenção que é dada a opinião dos pilotos no melhor espírito “vamos ver sob todos os ângulos e buscar o melhor pra todos”.

Foto: Adri Sugimoto

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I

sso é fundamental pra satisfação do piloto, que por sua vez “levanta” o público da arquibancada com belos burnouts, público que, por sua vez, satisfaz o Autódromo com recordes de presença a cada etapa. Pra quem VIVE e RESPIRA arrancada, esta é a receita do sucesso, mesmo sem todas aquelas regras e todo aquele “glamour” das máquinas milionárias que vemos nas pistas oficiais ,com dirigentes que acreditam que a Drag race não é um esporte popular.

S

e esta era a lei, então nós somos os outlaws. Mas não porque eu e meus amigos vamos de carreata até Tarumã com os V8s de “cano aberto” (hehe) mas sim porque acreditamos que a arrancada é um esporte pra todos que queiram competir com o que têm na garagem.

P

ra finalizar, gostaria de registrar aqui minha satisfação com o trabalho da AD e a assistência de Tarumã em 2010, que fez me sentir como se respirasse o “ar” que acredito ser o mesmo que se respirava na década de 50, nas primeiras DragWays Americanas, onde a “ingenuidade” e companheirismo entre os participantes criaram o que podemos chamar hoje de Old School. È difííil de explicar o “clima” das Noites do Desafio, mas a vontade (e a correria) da organização em fazer cada etapa melhor que a anterior e a alegria dos pilotos que estavam lá arrancando, não vou esquecer.

G

rande abraço aos leitores, em especial ao pessoal da organização da AD que merece todos os méritos pelo sucesso crescente a cada etapa do Campeonato. 2011 vai ser barulhento às sextas à noite.

Diego Zottis 88


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IGOR DRAWANZ

Foto: Adri Sugimoto

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IGOR DRAWANZ

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udo começou quando ficamos sabendo sobre o campeonato pelo nosso amigo Diego Zottis (Camaro vermelho). O que incentivou foi que não haveria taxa de inscrição, o pessoal da AD colocaria um pinheirinho, um sistema de cronometragem e tratariam a pista com VHT. Combinamos então de irmos à1ª ND, eu, Igor Drawanz (Dart Verde), Diego Zottis (Camaro) e Luciano Sehnem (Chevelle Azul). Uma noite ótima! Fomos muito bem recebidos e uma satisfação enorme de estar entre amigos que você considera como parte de sua família.

N

a 2° etapa, os preparativos foram bem maiores, a euforia começava no início da semana da prova e na sexta-feira cuidávamos da previsão do tempo e torcendo para que não chovesse. Foi quando tive uma experiência diferente: na primeira puxada oficial ao piscar da última luz amarela do pinheiro um estouro e meu Dodge ficou parado na pista, tinha acabado de triturar o semieixo do diferencial. Eu e meus amigos empurramos o Dodge para um box e começou a festa. Eu, Fábio, Tennyson, Diego Zottis e Diego Jones começamos a desmontar o diferencial, um em cada roda, eu lá embaixo do carro abrindo o diferencial tirando óleo e tudo mais. Tiramos o eixo quebrado, levei em minha oficina a 20Km do Tarumã com a Caravan do Fábio, soldei o eixo e voltamos. Após 3 horas de trabalho em equipe o Dodge estava no chão e andando. Uma pena que tinha acabado o tempo e não havia mais como marcar ponto nesta etapa. Mas a alegria de tirar o macaco do carro e todos nós nos abraçarmos sujos de óleo nunca irá sair de nossas lembranças.

M

as o fato mais marcante foi na 4° etapa em que, como de costume ,eu, Diego Zottis e Diego Jones combinamos de sair do Posto Radar em Gravataí as 19h30 min para chegar bem cedo e pegar um bom box. Diego Jones estava eufórico por estar tirando da garagem seu Charger após vários meses parado. Ao chegarmos ao Tarumã, guardamos os carros nos boxes e fomos fazer a inscrição, no caminho encontramos Marquinhos da AD e ele nos falou “Já foram ver a pista?” nos inscrevemos correndo e descemos para a pista.

Foto: Dudu Leal

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IGOR DRAWANZ

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Foto: Dudu Leal

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uando olhamos a pista pintada com o pinheirinho como uma genuína Drag Way! Começamos a pular e gritar feito crianças, no meio da pista. A noite seguiu perfeita... Uma puxada melhor que a outra, os amigos contentes com seus carros e nosso grupo orgulhoso pelo Diego Zottis, por estar na liderança do campeonato.

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uero agradecer a todos da AD pelo reconhecimento e pelo empenho para que este esporte siga seu rumo certo. Estamos em uma fase decisória e precisamos de pessoas como as da AD para que possamos dar continuidade e deixar marcado na história do automobilismo nacional.

Igor Drawanz

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DIEGO JONES DOS REIS

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“TRIPLE BL A

ND 4 do dia 17 de dezembro de 2010 foi bastante divertida e satisfatória pra mim. Divertida, pois jamais tinha me sentido tão bem em um ambiente de arrancada. A começar pelos preparativos, quando Eu, Igor (Dodge Dart verde) e o Diego (Camaro vermelho) nos encontramos no posto radar. Gasolina no tanque, pneus calibrados. Tudo pronto! Pegamos a RS118 rumo ao Autódromo de Tarumã.

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hegamos ao autódromo cedo, como de costume. Pegamos um box para os três V8, e rumamos em direção á pista, quando no meio do caminho encontramos o Marquinhos que nos disse duas coisas que eu lembro como se fosse hoje: “Primeiro, vão fazer a inscrição de vocês agora que não tem fila. E depois desçam lá na pista e chorem!”

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izemos a inscrição ansiosos para ver a pista. Quando passamos a mureta e visualizamos a pista pintada no melhor estilo DRAG RACE, e tratada com VHT que chegava a colar a sola do meu All Star, conseguimos entender as palavras do Marquinhos. Imaginem três guris rindo na volta do pinheirinho. Quase não acreditando que aquela pista era realmente Tarumã. Esses éramos nós!

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LACK” Q

uando começaram as arrancadas ,veio a satisfação pra mim. Era a primeira vez que estava andando com o câmbio automático no Dodge, então não sabia o que esperar do carro em relação à performance. E também sempre tem aquela conversa de que a pista de Tarumã é a subir e não tem boa aderência. Para minha grata surpresa, o carro foi baixando o tempo a cada passada. Fazendo um tempo que considero excelente.

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as nesse dia a performance ficou em segundo plano. Porque nada como você se sentir bem em um lugar, onde você está entre amigos e se divertindo! A cada burnout na largada você podia ver a galera em pé na arquibancada. Aquele ambiente old school que só Tarumã tem.

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gradeço a oportunidade de ter participado da ND4, Sem dúvida, a melhor prova de arrancada de que já participei. E agradeço e em especial ao pessoal da organização da AD. Isso é arrancada! Feita por quem gosta, e para quem gosta de arrancada! Abraço a todos, e nos vemos na pista no campeonato AD de 2011,

Diego Jones dos Reis

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Kadett de Roberto Ramos 100


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uando existe uma pista onde é garantido que voce poderá andar, muitas boas iniciativas saem dos sonhos para a realidade. Este é o caso de Litoral Turbos, que diz no próprio nome, é um grupo que vem das cidades a beira mar.

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e acordo com Tiago Pereira - o coordenador do grupo o Litoral Turbos inicio com seis carros e hoje já conta com 15 participantes.

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maioria deles começou a andar em pistas de arrancada através do Racha Tarumã a partir do ano 2000 , com uma média de 5 particpações por ano. A partir de 2007, o pessoal que iniciou o grupo se reunia toda sexta para ir ao Racha, o que os levou a criar a Litoral Turbos.

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iago explica que a as NDs sendo uma competição, tiveram uma influencia positiva, pois fizeram o grupo se fortalecer. Com mais competitividade,os carros de rua aspirados, nitrados e turbos foram para pista para acelerar com segurança em vez de se transformar em problema na cidade.

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Na visão dos seus fundadores, o que é o litoral Turbos? “É um grupo forte, unido para a pratica da arrancada, esporte que todos gostam muito. Toda a quinta feira, juntamos o pessoal para conversar e trocar ideias”, revela Tiago.

Civic Si de Jardel Peyrot 102


Os objetivos do grupo Litoral Turbos: 1 2 3 4 5

- Tirar das ruas as competições ilegais e levar para a pista. - Colocar seus representantes no Top 16 - Criar uma pista de arrancada no litoral. - Fazer encontros de carros e trazer pessoal de fora para o litoral . - Ter eventos de arrancada no verão.

Gostou das ideias deste pessoal? Então entre em contato com eles atraves do email:

turboslitoral@gmail.com

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A!

Na próxima edição:

Ele voltou! Depois de um acidente, time da 1PR constrói um “Tubarão” em tempo recorde. O Hatch ficou para lembrança.

ND6 O impossível aconteceu! A competição que só poder ter um vencedor quebra as regras e tem dois campeões.

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