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CALÇADOS

Impulsionadas por chinelos, exportações crescem 13,8%

As exportações de calçados no mês de novembro confi rmaram as perspec� vas de uma tendência de recuperação gradual no comércio internacional. Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, em novembro, foram embarcados 9,55 milhões de pares, 13,8% mais do que no mesmo mês do ano passado. Em receita gerada, o mês 11 somou US$ 53,4 milhões, uma queda de 23,8% em relação ao mesmo mês de 2019. Conforme a Abicalçados, o incremento das exportações de chinelos (52% em volume), com valor médio menor, foi fundamental para o resultado – e para a discrepância entre os índices. No acumulado dos 11 meses do ano, foram embarcados 84,48 milhões de pares por US$ 598,73 milhões, quedas tanto em volume (-19,4%) quanto em dólares (-32,8%) em relação ao mesmo ínterim de 2019. O presidente-execu� vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca dois fatores para a recuperação em novembro: o dólar mais valorizado sobre o real, que permi� u preços mais compe� � vos sem perda de rentabilidade para a indústria; e o desempenho do segmento de chinelos. “No mais, já existe uma tendência de recuperação no mercado internacional, que deve ser confi rmada pela tão esperada vacinação contra a Covid-19 e a liberação dos comércios � sicos”, avalia o dirigente. Mesmo com a recuperação, para o ano de 2020, Ferreira projeta uma queda na casa de 27%. Des� nos – Entre janeiro e novembro, o principal des� no do calçado brasileiro no exterior foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 8,5 milhões de pares, que geraram US$ 126,7 milhões, quedas de 22% em volume e de 30,9% em receita na relação com o mesmo período do ano passado. O segundo des� no foi a Argen� na, para onde foram enviados 7 milhões de pares por US$ 66,32 milhões, quedas tanto em volume (-25%) quanto em receita (-32,3%) na relação com o mesmo ínterim de 2019. Além da queda natural das importações totais dos “hermanos”, o Brasil ainda enfrenta o problema dos atrasos nas licenças para entrada no país vizinho. O terceiro des� no do período foi a França, para onde foram embarcados 6,46 milhões de pares, que geraram US$ 52 milhões, quedas tanto em volume (-8,4%) quanto em receita (-0,7%) ante igual período do ano passado. No acumulado dos 11 meses de 2020, as importações somaram 19,64 milhões de pares e US$ 281 milhões, quedas de 24,8% em volume e de 18,6% em receita na relação com igual período do ano passado. As principais origens foram Vietnã (9 milhões de pares e US$ 163 milhões, quedas de 18,5% e 5% ante 2019), Indonésia (2,75 milhões de pares e US$ 45 milhões, quedas de 39% e 38%, respec� vamente) e China (5,82 milhões de pares e US$ 33,32 milhões, quedas de 24% e 25%, respec� vamente). Em partes de calçados – cabedais, solas, saltos, palmilhas etc – as importações dos 11 meses somaram US$ 17,83 milhões, 37% menos do que em 2019. As principais origens foram Vietnã, China e Paraguai. 

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Argentina volta a barrar calçados brasileiros

©HALLOWEENHJB/PIXABAY

Após quatro anos de trégua, o governo argen� no voltou a barrar calçados brasileiros. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), que vem monitorando a questão, reporta que atualmente estão pendentes de licenças de importação para entrar no país vizinho 328 mil pares de calçados, sendo que 315 mil deles já excederam o prazo máximo de 60 dias estabelecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo o presidente-execu� vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, o prejuízo já chega a US$ 3 milhões. “Em outubro, no primeiro monitoramento realizado por demanda de algumas empresas que estavam enfrentando novamente o problema, quase 850 mil pares aguardavam liberação na fronteira. Foi quando � vemos um encontro na embaixada da Argen� na no Brasil. A par� r daí houve uma melhora, mas seguimos atentos”, conta o execu� vo. Atualmente, a Argen� na é o segundo des� no do calçado brasileiro no exterior, atrás apenas dos Estados Unidos. Entre janeiro e outubro deste ano, o país vizinho foi des� no de 6,28 milhões de pares verde -amarelos, que geraram US$ 60,17 milhões, quedas de 25,2% em volume e de 33,2% em receita na relação com o mesmo ínterim de 2019. 

Setor calçadista deverá crescer 19% em 2021

Depois de amargar um primeiro semestre que acumulou a perda de mais de 44 mil postos de trabalho, a indústria calçadista brasileira tem experimentado um período de recuperação nos meses mais recentes. Conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), entre julho e outubro foram criadas 28 mil vagas. Mesmo com o resultado, no entanto, o setor segue com saldo nega� vo de mais de 16 mil postos e está gerando 11,4% menos empregos do que no mesmo período de 2019. Atualmente, o setor emprega, diretamente, 252 mil pessoas. O presidente-execu� vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que a abertura do varejo � sico a par� r do segundo semestre, especialmente em grandes centros comerciais, como São Paulo, foi fundamental para a recuperação dos postos. “São Paulo responde por mais de 40% do total comercializada pela indústria calçadista no mercado domés� co, que por sua vez representa mais de 85% das vendas totais do setor”, explica. Recuperação – Ferreira destaca que, no próximo ano, seguindo a tendência de recuperação da demanda domés� ca e das exportações de calçados, o setor deve crescer em torno de 19%. “Mesmo assim, na melhor das hipóteses, com vacina e varejo liberado, não chegaremos ao patamar pré-crise. Ou seja, para empatar com 2019 somente em 2022”, conclui o execu� vo. 

Couromoda adia feira presencial

Em função das novas restrições impostas pelas esferas governamentais para frear o recrudescimento da pandemia da Covid no Estado de São Paulo, a Couromoda adiou sua edição presencial de 2021 – prevista para janeiro – para o mês de março, entre os dias 1º e 3. 

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