Revista Borracha Atual Edição 141

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borrachaatual .com.br Ano XXIV • Nº 141 • Mar/Abr 2019 • ASPA Editora

16 nova marca da Prometeon

ISSN 2317-4544

24 importação de químicos

atinge uS$ 9,9 bilhões

48 Redução de energia

em borrachas

04 ENTREVISTA

Antonio Megale, Presidente da ANFAVEA

32 MAQUINATUAL

Procedimentos de importação e exportação de máquinas pesadas


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SUMÁRIO

EDITORIAL

borrachaatual .com.br Ano XXIV • Nº 141 • Mar/Abr 2019 • ASPA Editora

16 nova marca da Prometeon

ISSN 2317-4544

24 importação de químicos

atinge uS$ 9,9 bilhões

48 Redução de energia em borrachas

08

MATÉRiA De cAPA 04 ENTREVISTA

Antonio Megale, Presidente da ANFAVEA

32 MAQUINATUAL

Procedimentos de importação e exportação de máquinas pesadas

Pneus inteligentes para uma nova sociedade

04

Entrevista

16 18

Notas Pneus

24

Notas Indústria Química

26

Feiplastic 2019

32

MAQUINATUAL

36 43 46

Notas & Negócios

Antonio Megale, Presidente da ANFAVEA

Agrishow 2019

Negócios na feira crescem 6,4% e alcançam R$ 2,9 bilhões Déficit de US$ 6,9 bilhões é recorde para o trimestre Expositores comemoram realização de negócios Procedimento de importação e exportação de máquinas pesadas

Gente Notas Calçados

Calçadistas comemoram aprovação do projeto de IoT

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Matéria Técnica

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Frases & Frases

Redução do consumo energético na indústria da borracha

Classificados

Calmaria até demais Alguns relatos históricos afirmam que após uma grande calmaria e ausência de ventos, as naus portuguesas descobriram o Brasil. Embora o otimismo ainda exista ele já está bem mais ameno, observando a economia e a política brasileira andarem de mãos dadas num tranquilo caminhar. O passar do tempo não ajuda em nada a superação dos problemas e a resolução dos entraves que pairam sobre nossas cabeças. Mesmo assim estamos navegando lentamente para algum lugar melhor. Nesta edição, a entrevista com Antonio Megale, presidente da Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores - ANFAVEA, revelou a importância do inserção do Brasil no mundo dominado pela tecnologia e por soluções modernas de mobilidade. A ociosidade ainda impera em nosso parque fabril mas o novo programa Rota 2030 é um marco positivo nesta calmaria econômica em que estamos. Carros elétricos e híbridos são temas frequentes em todas as exposições e feiras do mundo, como constatamos nas nossas Automec e Agrishow. Porém, não podemos perder de vista a conquista de nosso veículo “flex” que ninguém possui como nós. Temos condições verdadeiras de criar uma solução de mobilidade e de sustentabilidade como nenhuma outra nação, baseada naquilo que já fizemos e incorporando tudo de novo que está por vir. A votação para o Prêmio TOPRUBBER já está sendo feita no site da Borracha Atual e temos o imenso prazer de anunciar a veiculação de nossa Newsletter, mais um passo de nossa incessante modernização e informatização. Anunciamos também para o mês de setembro a realização da ELASTE, nosso Seminário de Tecnologia, Perspectivas e Tendências para 2020. Navegar é preciso. Boa leitura, meus amigos e amigas. Antonio Carlos Spalletta Editor

Agenda

EXPEDIENTE

Ano XXIV - Edição 141 - Mar/Abr de 2019 - ISSN 2317-4544 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

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Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br Foto Capa: Divulgação. Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares

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ENTREVISTA

Antonio Megale

Presidente da ANFAVEA

“Melhorando o ambiente de negócios, a indústria automotiva avançará de forma substancial.” Graduado em Engenharia Mecânica Automotiva e pós-graduado em Administração de Empresas, Antonio Carlos Botelho Megale é diretor de Assuntos Governamentais da Volkswagen no Brasil, e, até abril passado, presidia a ANFAVEA – Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores. O executivo também presidiu a AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva – por duas gestões, de 2011 a 2014.

O executivo faz um balanço de seus três anos de gestão frente à mais importante entidade do setor automotivo e projeta o futuro do mercado de automóveis no Brasil.

BORRACHA ATUAL: Durante seus três anos de mandato, como foi a relação da ANFAVEA com entidades do setor e também com o Governo, que teve três presidentes diferentes (Dilma, Temer e Bolsonaro)? ANTONIO MEGALE: Nosso setor está mais unido. O Sindipeças trabalhou muito conosco; procuramos manter um bom relacionamento com todas as entidades para encontrarmos caminhos para melhorar o setor como um todo. Todos fazem parte do mesmo corpo e precisamos trabalhar juntos e em harmonia para transformar o Brasil cada vez mais naquele país que gostaríamos de ter. E vamos ter um dia. Com os governos falamos da necessidade das mudanças, das reformas, estamos apoiando fortemente a reforma da previdência porque acreditamos que com sua apro©Foto Divulgação

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vação as coisas poderão andar mais rápido. Às vezes não olhamos muito outras áreas do governo, mas o que tem nos chamado a atenção é o atual ministro da Infraestrutura que fala pouco, mas tem feito bastante coisa. Se formos ver os primeiros cem dias de um governo novo, que mudou todos os ministérios, se formos ver o que é exemplo, vemos o que está funcionando. A área de infraestrutura é um exemplo. Já tivemos leilão de vários aeroportos, alguns portos e trechos da ferrovia norte-sul. Olhando os planos de expansão, asfaltamento de algumas estradas e o porto do Maranhão, que está dobrando sua capacidade, verificamos que as coisas estão acontecendo e trarão uma melhoria de competitividade para o Brasil. Sempre fui otimista, acho que temos que olhar para frente com o pensamento de como podemos fazer mais, como ajudar mais. Tenho certeza que a ANFAVEA está em excelentes mãos, o Luís está comandando e ele passou por um processo muito bom de transição, a ANFAVEA está saindo mais unida do que nunca. Vamos continuar trabalhando. Há muito a ser feito.

Quais os principais aborrecimentos que vivenciou em sua gestão? Sempre olho pelo lado positivo. Tudo valeu a pena. Para mim foi um crescimento profissional extraordinário. O mercado não cresceu muito, mas está em dois dígitos e evoluindo. Muitas coisas queríamos fazer e não conseguimos. O “Rota 2030” quando nasceu era um programa de nove pilares, muito grande, que passava por reforma tributária, entre outras coisas. Conseguimos fazer uma parte. Foi o único setor que conseguiu aprovar um programa de apoio à pesquisa e desenvolvimento e geração de recursos para novas tecnologias, o que é fundamental em um momento de transformação que vivemos. Hoje www.borrachaatual.com.br

temos um recurso carimbado dentro do conceito do “Rota 2030” para investimento em pesquisa e desenvolvimento e melhoria de competitividade dentro das pequenas e médias empresas do setor de autopeças. É um avanço extraordinário. Outras coisas que poderíamos ter feito. Temos uma questão fundamental no Brasil que é a inspeção veicular. Ela tem que ser implementada. Não adianta produzirmos carros com um nível tecnológico maravilhoso se ainda temos um número muito grande nas ruas de carros sem condições de circular, desregulados e emitindo poluentes. A hora que vier a inspeção, a renovação de frota será natural. Precisamos melhorar a qualidade, trabalhar a qualificação de nossos condutores. Precisamos reduzir o número de acidentes que é dramático no Brasil. Não dá, em um país como o nosso, ter 40 mil pessoas morrendo por ano em acidentes de trânsito. É uma calamidade que precisamos enfrentar. Os carros hoje têm um nível de qualidade espetacular. Todos os dias são lançados carros cinco estrelas com um nível de segurança muito bom. Mas se não tivermos investimento em infraestrutura, formação de condutores... precisamos trabalhar de forma ampla. Não é o trabalho de um setor, é o trabalho de uma sociedade inteira.

ajustes. Os principais indicadores já temos. Por exemplo, a parte de eficiência energética, já sabemos o que precisamos fazer a partir de 2022. As engenharias já estão trabalhando, fazendo os seus cálculos. Lógico que gostaríamos que o governo tivesse documentado tudo até 2032... Na parte de segurança também já conseguimos bastante, temos o roadmap já definido. Em parceria com o Denatran e o CONTRAN estamos regulamentando as datas. São necessárias algumas portarias, mas o primeiro desafio que tivemos com o atual governo foi o entendimento do Rota. Quando o novo governo assumiu, havia um olhar desconfiado. Hoje, quando falamos com as pessoas do governo que estão comandando, inclusive, o comitê gestor, significa que já houve essa assimilação do programa, o entendimento de seu lado positivo e agora vamos avançar para corrigir alguns detalhes que ficaram para trás.

O “Rota 2030” foi aprovado, mas ainda faltam algumas portarias que estão represando empresas do setor e ao redor dele. Há alguma previsão de quando todo o programa esteja regulamentado? As portarias estão saindo, estamos avançando. A parte do comitê gestor que irá direcionar os recursos do Rota 2030 dos programas de investimento já saiu e está na fase de regulamentação. Há alguns detalhes faltando e estamos falando com o governo para fazer os

Os recursos para P&D já estão regulamentados? Sim, e já há algumas empresas habilitadas e inclusive fazendo uso... Isso é opcional, e é importante dizer que é uma diferença em relação ao programa anterior (Inovar Auto). As empresas precisam fazer os seus cálculos em relação ao que precisam melhorar no futuro, quais os produtos que precisarão desenvolver para resolver se vão entrar ou não no programa. Se resolverem entrar, se habilitam.

“Não é o trabalho de um setor, é o trabalho de uma sociedade inteira.”

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ENTREVISTA E quanto aos combustíveis? Não foram ignorados pelo Rota 2030 – especificamente o etanol? O flex e o etanol são contemplados em vários lugares no Rota 2030. Não podemos nos esquecer que é um potencial enorme no país. Somos líderes na produção de biocombustíveis e sem dúvida nenhuma essa tecnologia não pode ser desprezada. Na definição de quando você atinge a meta de eficiência energética, a valorização do etanol foi multiplicada por dez do Inovar Auto para o Rota 2030. No Inovar Auto, se o veículo fosse flex o bônus seria de 0,04 megajoules por quilômetro. No Rota 2030 o bônus é de 0,4 megajoules por quilômetro. Só isso é um incentivo importante. Dependendo da eficiência do motor quando ele roda com etanol, poderá ter um benefício a mais. Tem uma graduação, e hoje em dia quando fazemos um padrão em 70%... se você tem uma eficiência melhor quando o veículo rodar com etanol acima de 70% , ele vai ganhar alguns bônus em termos de megajoules por quilômetro também. E tem também a tabela de IPI. Por exemplo, os veículos híbridos têm um benefício de 3 pontos percentuais se o veículo for flex. São esses os três pontos do Rota 2030 que valorizam de forma importante a utilização do etanol. A ANFAVEA mantém projeção de crescimento de vendas apesar das expectativas econômicas sejam de um PIB baixo. Em que a entidade baseia suas projeções? Todas as projeções sobre o PIB têm caído, incluindo as nossas. Mas vemos que o nosso setor está andando bem. Há uma grande expectativa que é a reforma da previdência, a qual apoiamos. Não vamos mudar nossa projeção porque entendemos que o viés do mercado interno é de alta no nosso setor. Até porque os

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“Somos líderes na produção de biocombustíveis e essa tecnologia não pode ser desprezada.” melhores meses ainda estão por vir. Entendemos que, à medida que o nível de confiança do consumidor voltar, e para isso precisamos de um mínimo ajuste político, o mercado irá melhorar. Vemos que todos os países que não passaram por ajustes, quebraram. E tiveram que tomar medidas muito piores. Ainda temos tempo, dá para trabalhar. A reforma tem que ser robusta, tem que ser ajustada, mas precisa ser implementada. O que temos falado também para o governo é que não dá para esperar a reforma da previdência. Há outras coisas para acontecerem. Percebemos que há vontade do governo em dar os primeiros passos em relação à reforma tributária, o que é bom. O secretário Carlos da Costa anunciou quatro programas a serem lançados nas próximas semanas e que vão melhorar as condições para negócio no país. É uma visão muito boa de simplificar o país, de melhorar, desregulamentar, para que possamos crescer.

As exportações foram uma válvula de escape para as montadoras na época das vacas magras. Hoje como estão? Em 2019 as exportações estão muito abaixo do nível do ano passado. A Argentina, como todos sabem, está passando por dificuldades e o mercado argentino tem caído muito. As notícias que vêm de lá não são boas e o

primeiro semestre já está comprometido. Esperamos que dali para a frente o mercado comece a melhorar. A Argentina é responsável por 75% de nossas exportações e agora está em 60%. Nós exportávamos 39 mil unidades e hoje estamos em 24 mil. Se o mercado continuar caindo, pode ser que esse número diminua. O mercado argentino total era de 80 mil unidades/mês e hoje está em 38 mil, pouco menos da metade. Mas o México cresceu, está com 13% e a melhor notícia é a Colômbia, com quem fizemos acordo no ano retrasado e que entrou em vigor no ano passado. As exportações para aquele país cresceram 100%, fazendo com que sua participação hoje seja de 10% de nossos embarques – lembrando que em 2018 era apenas 3% - com possibilidade de crescimento. No geral o número não é bom. Exportamos 42% a menos que no mesmo mês (março) do ano passado. Vamos ter dificuldades. Devemos acompanhar a evolução dos mercados, mas ao que tudo indica, teremos que refazer nossas previsões de exportações para este ano.

A situação não é a ideal? Em valores, quando somamos autoveículos, máquinas agrícolas, máquinas rodoviárias e implementos dá por volta de 850 milhões de dólares por mês, aquém do que consideramos razoável, que seria um bilhão ou 1,2 bilhão de dólares. No acumulado em 2019, nos primeiros três meses exportamos 2,2 bi, que é muito menos que os quase quatro bi que tínhamos exportado no mesmo período do ano passado. Lembrando que no começo do ano anterior a Argentina estava vindo bem, tínhamos uma expectativa muito boa para o ano, mas depois o país começou a passar por dificuldades e os números começaram a piorar. www.borrachaatual.com.br


“No começo de minha gestão falamos de previsibilidade, hoje já falamos em competitividade.” E como está a situação em relação ao México, com o qual o Brasil aderiu ao livre mercado. Parece que os mexicanos estão com dificuldades para atingir os 40% de conteúdo local... Quando se fala em acordo comercial, a situação é mais complexa. Vemos muito debate sobre cotas, livre comércio... isso não é o mais relevante. Mesmo porque o regime de cotas, da maneira como ele estava acontecendo, não estava sendo cumprido. O problema é que, quando você faz um acordo de livre comércio tem que estar baseado em regras de origens. O acordo com o México previa que durante o ano de 2018 os governos sentariam para aperfeiçoar a regra de origem. Infelizmente isso não foi possível, porque o México estava em mudança de governo, em negociação com o Nafta, o Brasil estava com mudança de governo... O que temos falado com o governo, que não era a questão do livre comércio, mas sim negociar o acordo como um todo para não ter esse tipo de entrave. Hoje a fórmula que temos no acordo com o México, do nosso ponto de vista, não é a mais eficaz. Ela prevê só materiais em cima do preço do carro. Por exemplo, se você importa o material e faz todo o processo industrial no país, você nunca vai conseguir conferir a origem. O que pregamos é que deveríamos ter uma regra para definir o conteúdo que valorizaswww.borrachaatual.com.br

se a produção no país. E a forma que ela tem hoje, não valoriza. Isso deveria ter sido negociado. A elaboração de um acordo tem que ser completa com todas as regras definidas. O que aconteceu? Entramos no livre comércio, mas o México tem alguma dificuldade em cumprir. Agora os governos ficaram de sentar e fazer o que deveria ter sido feito no ano passado, ou seja, definir claramente as regras de origem.

E quanto às exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias? O número no primeiro trimestre de 2019 foi razoável, mas também apresentou queda devido à situação da Argentina. Como avalia a produção da indústria nacional durante sua gestão? Produção é o que é importante para nós. É renda, é emprego, é atividade econômica no país. Nossa cadeia produtiva é muito grande. Em um relatório divulgado pelo Banco Central recentemente para o biênio 2017/2018, o setor automotivo representou um terço do crescimento industrial no Brasil. Isso é absolutamente significativo. E há um dado ainda mais significativo: o setor automotivo representou no período um quarto do PIB total do país. Isso mostra a relevância do setor e por isso destacamos a importância da cadeia produtiva para a geração de tecnologia, renda e também lutamos tanto para que os investimentos fiquem no Brasil.

“A elaboração de um acordo tem que ser completa com todas as regras definidas.”

“Hoje a fórmula que temos no acordo com o México, do nosso ponto de vista, não é a mais eficaz.” Com as exportações caindo, a ANFAVEA estuda com o governo medidas para estimular o consumo interno? A nossa visão é que precisamos ser competitivos. Se no começo de minha gestão falamos de previsibilidade, hoje já falamos em competitividade, o que é mais importante de se trabalhar agora. Temos que melhorar a nossa competitividade interna para poder exportar mais. O mundo está demonstrando uma desaceleração. Mas o mundo também está mostrando um mercado de mais de 90 milhões de unidades/ano. Podemos participar desse mercado de forma mais intensa, se conseguirmos melhorar a nossa competitividade. E trabalhar de uma forma inteligente nos acordos comerciais. Como com a Colômbia, com a qual tínhamos 3% de participação de mercado e hoje estamos com 9%. Mas temos um longo caminho a percorrer em toda a América Latina e há outras regiões do mundo nas quais podemos participar de forma mais intensa. O governo está anunciando medidas de competitividade e nós aguardamos essas medidas com grande expectativa. Se melhorar o ambiente de negócios, a indústria automotiva avançará de forma substancial. 

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CAPA

Pneus inteligentes para uma nova sociedade O pneu nas cidades inteligentes

A

Questão Ambiental é uma preocupação cada vez maior de nossa sociedade global, que está ficando cada vez mais urbanizada, vivendo mais e para a qual estão disponíveis tecnologias revolucionárias como a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas. Em outras palavras, uma nova sociedade da mobilidade está surgindo e o ambiente de negócios da indústria automotiva está passando por grandes transformações. Pensando nisso, para atingir um novo equilíbrio entre Segurança e Responsabilidade para com o Meio Ambiente, o grupo Sumitomo Rubber, detentor das marcas Dunlop e Falken, lançou o “Smart Tyre Concept”, um conceito de desenvolvimento de novos pneus direcionado a essa emergente sociedade. O “Smart Tyre Concept” é composto por três pilares de tecnologias. São elas:

“Tecnologias de Segurança”, para elevar a segurança dos consumidores; “Tecnologia ENASAVE”, para contribuir com as mudanças climáticas; “Tecnologias Centrais”, que embasam, com simulações e análises, as tecnologias anteriores.

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As iniciativas para tornar reais as cidades inteligentes estão sendo desenvolvidas em diversos lugares do planeta. A segurança e o bem-estar dos cidadãos vêm sendo aprimorados nos mínimos detalhes, como quando se usam câmeras e sensores para detectar hábitos de descarte de lixo, a fim de otimizar a circulação dos caminhões de coleta. Os carros elétricos, por exemplo, são aperfeiçoados dia após dia e trazem novos desafios para a indústria. Em pneus, cada vez mais são exigidas novas tecnologias que detectem os hábitos dos consumidores e forneçam ao motorista informações relevantes de uso, sem abrir mão da segurança e da responsabilidade ambiental. Para a mobilidade do futuro, a Sumitomo coloca suas tecnologias em cinco focos de desenvolvimento, em torno do conceito de Pneu Inteligente (“Smart Tyre Concept”).

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C� � � � � �

(Segurança) Tecnologia de Segurança Núcleo Sensorial

(Meio Ambiente) Tecnologias enASAVe

Pneus sem ar Tecnologia de Conservação de Desempenho

Composto Adaptável

Análise do Ciclo de Vida

Tecnologia de Eficiência Energética

Tecnologia de Durabilidade

Tecnologia Anti-Ruído

Tecnologias Recicláveis Tecnologia em Redução de Peso

Tecnologias centrais <Tecnologia em simulação e análise de materiais> ADVANCED 4D NANO DESIGN

<Tecnologia em simulação de uso> SIMULAÇÃO DE VIDA ÚTIL DO PNEU

©Foto: Divulgação

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Focos de desenvolvimento do “Smart Tyre Concept”

Núcleo Sensorial (Sensing Core) – o núcleo sensorial da Dunlop é capaz de detectar tanto as informações da estrada quanto as condições do pneu, como desgaste e pressão. Todos os dados são fornecidos como feedback para o motorista e para o veículo, para que possíveis perigos, detectados com antecedência, sejam completamente evitados.

Analysis”): Em 2013, a Sumitomo Rubber Industries lançou o DUNLOP ENASAVE 100, o primeiro pneu 100% isento de recursos fósseis e 100% feito de materiais totalmente naturais. Desde então, a empresa trabalha continuamente para desenvolver materiais proprietários de biomassa com maior valor agregado, baseados em matérias -primas derivadas de plantas. Graças à tecnologia 4D Nano Design, tecnologia proprietária de desenvolvimento de materiais em seu processo de fabricação, é possível desenvolver pneus que sejam mais resistentes ao desgaste e tenham melhor desempenho ambiental durante todo o ciclo de vida, da matéria-prima à produção, venda, ao uso e à reciclagem do produto.

Composto Adaptável – Active Thread: os veículos autônomos passarão a assumir maior responsabilidade sobre a segurança do transporte. Como o pneu é o único ponto de contato do veículo com o solo, a Dunlop está trabalhando para estabelecer uma nova tecnologia da banda de rodagem que seja responsiva a mudanças repentinas nas condições da pista (ex. chuva), otimizando a performance para as novas condições climáticas, garantindo mais segurança e tranquilidade.

Tecnologias de conservação de desempenho (Performance Sustaining Technology) – A nova tecnologia de simulação do desgaste do pneu da Dunlop é capaz de prever como a performance do pneu se altera de acordo com o desgaste dos pneus. A Dunlop tem utilizado essa tecnologia para minimizar a alteração de performance do pneu, que ocorre com o desgaste do mesmo e deterioração da borracha, mantendo a performance de um pneu novo por mais tempo.

Pneus sem ar (Airless Tyres) – o pneu sem ar é mais uma das tecnologias que têm relação direta com a segurança, porque libera o motorista da preocupação com furos e do problema de ter que controlar a pressão dos pneus. Em 2015, a Dunlop apresentou o GYROBLADE, seu protótipo de pneu sem ar, e continua com pesquisa e desenvolvimento para introduzir pneus que não requeiram pressão de ar para rodas.

“A Dunlop tem um programa de inovação muito consistente. No Japão, estamos aperfeiçoando cada uma de nossas tecnologias em diferentes modelos de pneus, para que, ainda em 2020, seja possível reuni-las todas em um único modelo. Em 2023, veremos novidades, em nível global, sobre a aplicação de compostos e tramas mais adaptáveis a todos os tipos de condições”, resume Rodrigo Alonso, Gerente Sênior de Marketing e Vendas da Dunlop Pneus no Brasil. 

2. composto Adaptável (Active Tread)

1. núcleo Sensorial (Sensing Core)

S���� T��� C������ 3. Pneu sem ar (Airless Tyres)

5. Tecnologias de conservação de Desempenho (Performance Sustaining Technology) 4. Tecnologia enASAVe (Life Cycle Analysis)

Tecnologia ENASAVE (“Life Cycle

SoundComfort O sistema SoundComfort, tecnologia da Goodyear aplicada nos pneus fabricados pela companhia na Europa que contribui para reduzir os ruídos dos pneus, foi eleito o Produto do Ano de 2019. O reconhecimento foi feito a partir de levantamento conduzido na Bélgica e Holanda pela agência de pesquisas Nielsen, que perguntou a 5000 entrevistados suas opiniões sobre inovação em produtos. A tecnologia SoundComfort é um excelente exemplo de como a Goodyear está promovendo inovação com foco nas principais necessidades do consumidor. Com a popularização dos veículos elétricos e híbridos na Europa, os carros estão se tornando cada vez mais silenciosos e o menor tipo de ruído se torna mais perceptível. De acordo com a Goodyear, a tecnologia SoundComfort consiste em aplicar uma espuma de poliuretano de célula aberta na superfície interna do pneu, o que reduz as vibrações do ar. O SoundComfort reduz o ruído em até 4 decibéis, resultando em um rodar mais silencioso para motoristas e passageiros. A espuma é leve o suficiente para não causar impacto em termos de performance e consumo de combustível. O sistema está disponível nos pneus para verão e inverno. Entre os modelos que contém a tecnologia SoundComfort estão os da família EfficientGrip, UltraGrip e Eagle F1 Asymmetric. Que som é esse? – Existem vários elementos criadores de ruído no interior de um automóvel: o vento, a velocidade, o estado da estrada, ruídos do motor e da estrutura, bem como os pneus. Uma das principais fontes de ruído dos pneus é a ressonância da cavidade interna, produzida pela vibração do ar dentro do pneu durante o rolamento. A tecnologia “SoundComfort” da Goodyear funciona diretamente para reduzir a emissão de ruído interno e externo. 

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CAPA

Assim como é importante para a economia, a reforma de pneus é fundamental para o meio ambiente

Guilherme Rizzotto, Diretor Comercial e de Marketing da Vipal Borrachas.

Como foi o ano de 2018 para o setor de reformas de pneus? Diante de todo o cenário político-econômico e da greve dos caminhoneiros, que impactou o mercado de um modo geral, 2018 foi positivo, tendo em vista que acompanhou os indicadores econômicos, caso do PIB brasileiro, em 1,2%. O mercado de reforma de pneus é fundamental para a economia, pois cumpre um papel essencial para a sociedade no sentido de reduzir os custos do transporte no Brasil. Numa avaliação do setor, o que se percebe é um mercado que se apresenta cada vez mais competitivo com investimentos em infraestrutura, tecnologia e conhecimento humano, o que proporciona melhores resultados para quem atua no transporte. As reformadoras estão de um modo geral num ritmo de constante profissionalização. Cada vez mais novas tecnologias são implantadas, bem como a integração de processos e a busca por maior eficiência. O que o mercado tem visto é que há uma preocupação constante na ampliação dos serviços para aumentar a vida útil dos pneus. Assim como é importante para a economia, o mercado de reforma de pneus também é fundamental para o meio ambiente, pois continua fazendo um papel essencial para a sociedade no sentido de reduzir os custos do transporte e reduzir os impactos à natureza. Quais as perspectivas para 2019? As perspectivas são otimistas. Acreditamos que o cenário político-econômico brasileiro será de recuperação e que tenhamos um 2019 positivo para a economia e para o nosso setor. A tendência é que segmento de reforma de pneus acompanhe os indicadores econômicos, assim como o PIB

brasileiro, que prevê alta de 1,95% em 2019, mais do que o dobro de 2018. Seguiremos direcionando nossas energias no trabalho de frotas, com objetivo de tornar a Vipal e a Vipal Rede Autorizada cada vez mais referencias para os transportadores quando o assunto é pneu e como usá-lo como agente de economia nas frotas. Igualmente, manteremos nosso contato direto com os clientes e consumidores, ouvindo-os através de pesquisas e estando cada vez mais próximo deles, pois acreditamos que este é o melhor caminho para criar diferenciais que realmente contribuam para o desenvolvimento do mercado. Uma prova disso é que unificamos nossa Rede Autorizada com todos os nossos reformadores de carga e agro, tornando-a ainda mais forte e ampla e sustentando nossa liderança em todos os segmentos. Outra frente será a continuidade dos investimentos em aperfeiçoamento de processos e de qualificação de equipes da Vipal Rede Autorizada, a qual conta com cerca de 300 reformadores na América Latina, sendo cerca de 200 no Brasil. Agora unificada, de modo a fortalecer seus membros, a Vipal Rede Autorizada é a maior rede de reforma de pneus do Brasil, contando com reformadoras para todos os tipos de pneus, carga, agrícola, OTR, passeio e industrial. Capaz de manter alto padrão e uniformizar os parâmetros técnicos do mercado, a Vipal Rede Autorizada respalda tecnicamente os reformadores, capacitando-os de modo que seja possível realizar a prática da reforma com excelência. Com 22 anos de formação, a Rede Vipal oferece aos transportadores produtos exclusivos como bandas de alto desempenho com desenhos exclusivos da marca, camelback, manchões, reparos e ©Foto: Divulgação

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bandas especiais, como as Bandas ECO, que podem proporcionar economia de combustível de até 10%. Manteremos nosso olhar no futuro rumo ao centenário da empresa sempre focados em crescer, alcançar novas metas e desenvolver novos produtos e serviços para nossos parceiros. Assim, continuaremos investindo em tecnologia, inovação e desenvolvimento de pessoas por meio de cursos, treinamentos e capacitações oferecidos pela Univipal, universidade corporativa da empresa. Novidades e lançamentos? A família de bandas de rodagem MT (DV-MTB, DV-MT e DV-MTE) são produtos de destaque no portfólio da Vipal. Após uma densa pesquisa e ampla avaliação em distintas aplicações no segmento misto e fora de estrada, a linha MT, que é fornecida em profundidades distintas, oferece maior eficiência e rentabilidade nas operações de transporte de aplicações severas. Em suas versões altas (DV-MT e DV-MTE), um novo composto foi desenvolvimento especialmente para atender os mais exigentes índices de resistência ao picotamento e corte. Já em sua versão baixa (DV-MTB), a versatilidade de terrenos para aplicação do produto é enorme, e por conta disso, o composto empregado nesta versão apresenta excelente resistência ao desgaste por abrasão, permitindo assim transitar, inclusive, em trechos regionais totalmente pavimentados. Em todas as versões, a característica do desenho preserva o alto poder de tração; aderência em terrenos escorregadios, como lama; centro reforçado, o que atribui maior proteção a carcaça; exclusivos raios progressivos no final dos sulcos, proporcionando ótima ancoragem de blocos, minimizando, ainda, a ocorrência de arrancamento. De modo geral, a Vipal Borrachas está atenta às perspectivas de inovação e novas necessidades de produtos para atender o mercado consumidor. Além disso, também está adequando seu portfólio para as demandas do mercado externo. Futuro. A Vipal Borrachas soma mais de 45 anos de estrada e, com isso, conta com uma série de diferenciais, que a tornam líder no segmento. Primeiramente, temos o compromisso de oferecer ao transportador soluções que gerem economia nas suas operações através dos pneus. Por isso seguiremos investindo na qualidade dos nossos produtos, sempre focados no melhor desempenho, seja em km rodados ou na economia de combustível, mas com atenção especial na preservação dos pneus para alcançarem o maior número de reformas possível. Por sermos especialistas neste mercado, temos a obrigação de transmitir esse conhecimento para os reformadores da nossa rede e para os transportadores como um parceiro de verdade. www.borrachaatual.com.br

Para suportar este desafio, damos atenção especial aos reformadores da Vipal Rede Autorizada, a maior do país, auxiliando-os no desenvolvimento técnico e comercial para podermos prestar a melhor experiência para o transportador. A estrutura tecnológica permite que a empresa avance constantemente neste quesito e ofereça as melhores soluções ao mercado. No parque fabril de Nova Prata (RS), contamos com o CPT - Centro de Pesquisa e Tecnologia, onde são desenvolvidas novas tecnologias aplicadas aos nossos produtos. Com 13 laboratórios, realiza mais de 50 diferentes tipos de testes, gerando mais de 26 mil ensaios anuais. Um corpo técnico qualificado composto por graduados, mestres e doutores nas suas áreas de atuação, alia conhecimento científico à prática. Equipamentos sofisticados e a experiência industrial da Vipal Borrachas complementam a estrutura do CPT, que permite avaliar e homologar 100% nossas matérias-primas e fornecedores, promover melhorias constantes nos produtos e desenvolver novos produtos de alta performance. Também contamos com a Vipaltec, uma empresa ligada à Vipal Borrachas dotada de um laboratório de alta tecnologia onde se realizam ensaios para a certificação e pesquisa em pneus novos e reformados. Acreditada pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (Cgcre), atende empresas de pneus do Brasil e do exterior. Um resultado dessa estrutura tecnológica é a linha de bandas ECO, produzida com compostos especiais de borracha de alta tecnologia e que proporciona menor resistência ao rolamento de até 10% de economia de combustível, o que já foi comprovado por transportadores no Brasil e no exterior. Outro diferencial proporcionado pela alta tecnologia da empresa é a Vipal Máquinas, segmento da Vipal voltado especialmente para o desenvolvimento de equipamentos para o processo de reforma de pneus, Há a VOT Heavy Duty e a VOC Cargo, ambas lançadas em 2018, e as raspadoras VR01 Smart Uno e VR01 Smart Duo, de 2016, todos projetos e execuções 100% da Vipal Borrachas, que vêm oferecendo tecnologia de última geração e qualidade com agilidade no processo de reforma para a Vipal Rede Autorizada. A Vipal está constantemente junto aos reformadores de sua Rede, levando-lhes soluções para todos os segmentos, tecnologia e a expertise de mais de 45 anos de uma marca líder de mercado. Igualmente, a Vipal mantém foco na qualificação de seus parceiros através da Univipal, universidade corporativa da empresa, na qual investe permanentemente através de cursos, treinamentos, visitas técnicas, entre outras ações. Assim, os reformadores poderão seguir contando com a Vipal como uma parceira que coloca a “mão na massa” e faz parte do dia a dia dos seus parceiros e encontra em conjunto com eles as melhores soluções. 

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CAPA

Reposição freia as vendas de Pneumáticos A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) que representa a indústria de pneus e câmaras de ar no Brasil apresentou os resultados das vendas de pneus no primeiro trimestre de 2019. Apesar do aumento nas vendas para montadoras, o mercado de reposição puxou para baixo o resultado do período, em comparação com 2018. A indústria nacional de pneumáticos registrou queda de 2% nas vendas neste primeiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018. O recuo também foi registrado no setor de reposição que apresentou uma retração de -4% se comparada ao ano passado. Na contramão, as vendas para montadoras cresceram 4,2% nesse mesmo período. Os resulta-

TOTAL DE VENDAS

VENDAS POR TIPO DE MERCADO

Vendas (unidades)

(unidades)

MARÇO 5.311.308

dos fazem parte do levantamento setorial divulgado pela ANIP. “O setor continua na expectativa de ações concretas do novo governo, visando a melhoria da competitividade da indústria para que, com um ambiente empresarial favorável, o Brasil volte a ser um destino interessante para investimentos no setor”, declara Klaus Curt Müller, presidente executivo da ANIP.

5.067.000

REPOSIÇÃO

MONTADORAS

MENSAL (MARÇO)

MENSAL (MARÇO)

3.924.103

2018

3.663.242

2019

1.387.205

2018

1.403.758

2019

1,2%

-6,6% -4,6% ACUMULADO

REPOSIÇÃO (1º TRIMESTRE)

REPOSIÇÃO (1º TRIMESTRE)

MÊS

2018

2019

MÊS

2018

2019

MÊS

2018

2019

Janeiro

4.761.843

4.469.081

Janeiro

3.540.124

3.299.017

Janeiro

3.540.124

3.299.017

Fevereiro

4.530.362

4.781.370

Fevereiro

3.422.737

3.486.908

Fevereiro

3.422.737

3.486.908

Março

5.311.308

5.067.000

Março

3.924.103

3.663.242

Março

3.924.103

3.663.242

TOTAL

14.603.513

14.317.451

TOTAL

10.886.964

10.446.167

TOTAL

10.886.964

10.446.167

Fonte: ANIP

Fonte: ANIP

-2%

-2%

4,2%

VENDAS DE PNEUS DE PASSEIO (Unidades)

No primeiro trimestre de 2019, as vendas de pneus para carros de passeio caíram 6,5%, se comparado ao mesmo período de 2018. O resultado foi negativo mesmo com o crescimento de 4,1% nas vendas para montadoras, na contramão das

vendas para mercado de reposição, que caíram 10,9%. No mês de março foi anotado o mesmo cenário: queda total de 7,2%, com aumento de 3,1% em vendas para montadoras e decréscimo de 11,8% para reposição.

MENSAL Março 2018

ACUMULADO

Março 2019

EVOLUÇÃO

Jan a Mar 2018

Jan a Mar 2019

EVOLUÇÃO

REPOSIÇÃO

2.075.309

1.831.241

-11,8%

REPOSIÇÃO

5.971.038

5.320.376

-10,9%

MONTADORA

916.231

945.060

3,1%

MONTADORA

2.513.005

2.615.052

4,1%

TOTAL DE VENDAS

2.991.540

2.776.301

-7,2%

TOTAL DE VENDAS

8.484.043

7.935.428

-6,5% Fonte: ANIP

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CAPA VENDAS DE PNEUS DE CARGA (Unidades)

As vendas de pneus de carga no primeiro trimestre de 2019 registraram aumento de 5,7% em relação a 2018. O número positivo foi puxado pelo crescimento de 33,9% nas vendas para montadoras, ao contrário do mercado de reposição,

que apresentou retração de 0,7%. Por outro lado, no mês de março as vendas de pneus de carga recuaram 4,5%, com queda de 10,9% nas vendas de reposição, apesar do aumento nas vendas para montadoras de 25,2%.

MENSAL

ACUMULADO

Março 2018

Março 2019

EVOLUÇÃO

Jan a Mar 2018

Jan a Mar 2019

EVOLUÇÃO

REPOSIÇÃO

571.801

509.332

-10,9%

REPOSIÇÃO

1.442.316

1.432.350

-0,7%

MONTADORA

123.100

154.147

25,2%

MONTADORA

326.464

437.016

33,9%

TOTAL DE VENDAS

694.901

663.479

-4,5%

TOTAL DE VENDAS

1.768.780

1.869.366

5,7% Fonte: ANIP

“O setor continua na expectativa de ações concretas do novo governo” VENDAS DE PNEUS COMERCIAIS LEVES (Unidades)

As vendas de pneus para veículos comerciais leves registraram leve alta de 0,6% no primeiro trimestre de 2019, em relação a 2018. O resultado se deve ao

aumento das vendas para o mercado de reposição, com incremento de 6,9%, ao contrário das vendas para montadoras, que recuaram 7,5%. Quando analisamos

somente o mês de março, o segmento recuou 8,9% se comparado com 2018, com as vendas para reposição e montadoras caindo 5,9% e 12,9%, respectivam

MENSAL

REPOSIÇÃO

ACUMULADO

Março 2018

Março 2019

EVOLUÇÃO

396.313

373.021

-5,9%

REPOSIÇÃO

Jan a Mar 2018

Jan a Mar 2019

EVOLUÇÃO

1.032.724

1.102.646

6,9%

MONTADORA

304.817

265.485

-12,9%

MONTADORA

797.248

737.192

-7,5%

TOTAL DE VENDAS

701.130

638.506

-8,9%

TOTAL DE VENDAS

1.829.972

1.840.838

0,6% Fonte: ANIP

VENDAS DE PNEUS DE MOTO (Unidades)

No primeiro trimestre de 2019, as vendas de pneus de motocicletas para o mercado de reposição avançaram 6,1% em comparação ao mesmo período de 2018. O segmento

mantém a tendência de crescimento também no mês de março, quando registrou 8,3% de aumento em relação ao mesmo mês do ano passado.

MENSAL

ACUMULADO

Março 2018

Março 2019

EVOLUÇÃO

REPOSIÇÃO

838.957

908.243

8,3%

TOTAL DE VENDAS

838.957

908.243

8,3%

Jan a Mar 2018

Jan a Mar 2019

EVOLUÇÃO

REPOSIÇÃO

2.323.894

2.465.780

6,1%

TOTAL DE VENDAS

2.323.894

2.465.780

6,1% Fonte: ANIP

BALANÇA COMERCIAL No primeiro trimestre de 2019, a Balança Comercial do setor de pneumáticos registrou superávit favorável de mais de

BALAnÇA cOMeRciAL JAneiRO A MARÇO 2019

US$ 50 milhões. O número de unidades importadas superou em 1,7 mil peças o número de unidades exportadas. US$

Unidades

EXPORTAÇÕES

269.803.367

3.766.852

IMPORTAÇÕES

219.413.984

5.523.899

RESULTADO

50.389.383

-1.757.047 Fonte: MDIC

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Buscando sempre as melhores alternativas, ampliando o nosso portfólio com os melhores produtos e as melhores marcas e aprimorando os conhecimentos técnicos com as atualidades que a Auriquimica mantém as melhores relações com nossos clientes, amigos e fornecedores. Em abril, completamos 34 anos de atuação no mercado de distribuição de matérias-primas e a cada ano buscamos novidades e tendências.

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NOTAS PNEUS

Anteo, nova marca da Prometeon • A tecnologia DLTC (Dual Layer Tread Compound), um composto duplo de borracha que reduz a temperatura interna na região das cinturas, aumentando a durabilidade da carcaça e diminuindo a resistência ao rolamento e o consumo de combustível.

A Prometeon lançou no final de março a Anteo, sua nova marca global de pneus para ônibus e caminhões que oferece benefícios de economia imediatos com grande desempenho e durabilidade. O Prometeon Tyre Group é a única companhia do setor de pneus totalmente dedicada ao mundo do transporte comercial e industrial. Anteo é “o gigante ao seu lado”, ao oferecer para consumidores de todos os mercados uma nova gama de pneus que reduz os custos operacionais enquanto entrega desempenho ideal para o mercado de entrada. Com esta marca, a Prometeon amplia sua oferta ao cobrir todos os segmentos do mercado e valores no negócio de pneus para caminhões e ônibus, deixando a cultura de uma marca para várias. A nova gama de produtos, incluindo os modelos Pro-S e Pro-D, feitos especialmente para uso rodoviário, foi desenvolvida desde o início pensando em necessidades específicas ao mercado brasileiro e se beneficia das últimas inovações tecnológicas dos engenheiros da equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Prometeon:

• O novo formato em ziguezague da banda de rodagem aumenta a capacidade de escoamento de água, melhorando a aderência e a frenagem no molhado durante toda a vida útil do produto. A geometria das ranhuras protege a carcaça de possíveis danos causados por pedras e outros objetos na pista, melhorando a durabilidade. • O talão reforçado e todos os componentes da estrutura fornecem robustez e resistência ideal. O Anteo Pro-S, específico para montagem em eixos direcionais e livres dos veículos destinados ao transporte de longa e média distância, já está disponível nas medidas 295/80 R 22.5 e 275/80 R 22.5 em toda a rede de revendedores de pneus Prometeon, assim como o Pro-D, para eixos trativos na medida 295/80 R22.5. “A introdução da linha Anteo marca um passo importante na estratégia de crescimento de longo prazo da Prometeon. Como uma empresa totalmente dedicada a fornecer soluções para profissionais, a Prometeon mudou sua abordagem de monomarca para uma oferta de multimarca, correspondendo com êxito às expectativas de todos os nossos clientes”, destaca Marcelo Natalini, CCO da Prometeon para a América Latina. “A chegada da linha Anteo para o

mercado é a resposta concreta da Prometeon a uma necessidade que nós já tínhamos mapeado graças ao contato constante com nossos clientes. Além disso, é uma demonstração da excelência do trabalho realizado pela empresa no Brasil, onde estamos investindo continuamente em novos produtos com tecnologia da Prometeon”, fala Luiz Mari, Diretor de Engenharia e Qualidade da Prometeon para as Américas. 

Polímero híbrido pioneiro A Bridgestone Corporation recebeu o prêmio de “Empreendimento Ambiental do Ano” com o primeiro polímero híbrido do mundo, denominado HSR – High Strength Rubber (Borracha de Alta Resistência). O reconhecimento aconteceu durante o evento “Prêmio Internacional de Tecnologia de Pneus por Inovação e Excelência 2019”, realizado em Hanover, Alemanha. O HSR é o primeiro polímero do mundo que combina borracha e resina no nível molecular e tem resistência à abrasão superior à da borracha natural. O HSR é um promissor material de pneus da próxima geração, com potencial para criar produtos que atinjam os níveis exigidos de performance utilizando menos material. O polímero é percebido como uma das soluções eficientes para o uso eficaz de recursos e redução das pegadas ambientais.  ©Foto Divulgação

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NOTAS PNEUS

cV5000 da Firestone para veículos comerciais

A Firestone, marca pertencente à Bridgestone, amplia sua linha CV5000 com sete novas medidas, cinco já lançadas no início desse ano e duas previstas para chegar ao mercado em maio. As novas medidas são: 205/75R16C, 205/70R15C, 225/75R16C, 195/70R15C e 195/75R16C. As que chegam ao mercado em maio são: 225/70R15C e 225/65R16C. A linha Firestone CV5000 combina o desenho robusto e inovador com resistência e durabilidade. O modelo foi desenvolvido com o formato do ombro arredondado para proporcionar maior dirigibilidade e precisão, e conta também com um desenho de bloco central interligado associado ao ombro reforçado, que além de contribuírem para a durabilidade, aumentam a resistência ao desgaste. “A Firestone é uma das marcas mais confiáveis do mundo. Por isso, trabalhamos constantemente em produtos de qualidade”, comenta Oduvaldo Viana, diretor de Marketing da Bridgestone. “O CV5000 possui um desenho robusto e inovador, sendo a escolha certa entre custo-benefício, durabilidade, controle e conforto, além da tecnologia aplicada em sua banda de rodagem que promove desgaste uniforme e silencioso até o fim de sua vida útil”, explica Viana. 

Goodyear Cargo Marathon 2 Em 2019 a Goodyear completa 100 anos de presença no Brasil e entre os principais lançamentos da companhia, um dos que se destaca é o do Cargo Marathon 2, destinado aos veículos utilitários de serviço. Lançado no último trimestre do ano passado ele chegou para substituir o Goodyear G32 Cargo. Primeiramente em três tamanhos (225/70R15, 225/75R16 e 205/75R16), a novidade chega agora em outras medidas (185/80R14, 195/70R15, 195/75R16, 205/70R15, 195/80R14 em junho), ampliando sua área de atuação. "Entre as novas medidas desta nova etapa de lançamento do Goodyear Cargo Marathon 2 está a que atende a Volkswagen Kombi. Com esses lançamentos, vamos cobrir 85% dos modelos de vans e utilitários de serviços presentes na frota nacional", explica Rodrigo Falcão, Coordenador de Marketing Consumer. Diante do modelo antecessor, o Cargo Marathon 2 é mais silencioso (5%), superior em dirigibilidade (5%) e melhor em resistência ao rolamento

(10%) – todos estes índices foram aferidos em laboratório da Goodyear. O Cargo Marathon 2 também se destaca por contar com um desenho especial da banda de rodagem, que facilita a dispersão da água acumulada. "Ao projetar o Cargo Marathon 2, a Goodyear optou por aplicar ombros maiores e mais largos, oferecendo com isso um desgaste mais equilibrado e uma melhor distribuição da pressão na banda de rodagem. Todos esses itens tornam o nosso produto líder em quilometragem no segmento de vans e utilitários leves", reforça Falcão. O novo Goodyear Cargo Marathon 2 está sendo produzido na unidade da Goodyear em Americana, São Paulo e pode ser encontrado em mais de 1.000 pontos de vendas espalhados pelo Brasil. 

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ECONOMIA

AGRiSHOW 2019

Negócios na feira crescem 6,4% e alcançam R$ 2,9 bilhões O bom momento vivido pelo agronegócio brasileiro deve continuar em 2019. De acordo com o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil pode obter a segunda maior safra de grãos da história. A estimativa para a safra 2018/2019 é alcançar 233,29 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 2,5% ante o período anterior 2017/2018. A manutenção da produção agrícola ressalta o protagonismo e a liderança do segmento tanto na economia nacional como na oferta de alimentos de alta qualidade para todo o mundo.

A

Agrishow 2019 – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação registrou uma alta na realização de negócios entre expositores e compradores de cerca de 6,4% em relação ao ano passado, o que representa um volume de R$ 2,9 bilhões. Por segmento, a intenção de compra de máquinas é: grãos, frutas e café (+5%), pecuária (+4%), irrigação (+35%) e armazenagem (-13%). Em termos de visitação, a Agrishow 2019 recebeu um total de 159 mil pessoas, em sua maioria, compradores e produtores rurais de pequeno, médio e grande porte, provenientes de todas as regiões do País e também do exterior. Para João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), essa foi a melhor Agrishow dos últimos dez

anos. “Tivemos a presença do presidente da República, do governador e de vários ministros de Estado. Com a Agricultura 4.0, vivemos uma verdadeira revolução, através da robótica, inteligência artificial, internet das coisas que, embarcadas nas máquinas e implementos, estão mudando significativamente o cotidiano do agronegócio e a produtividade no campo”, disse Marchesan. “Em seu Jubileu de Prata, a Agrishow 2019 fortaleceu, ainda mais, sua reputação de importante feira do agronegócio em nível mundial. Neste ano, esteve em destaque a conectividade e a tecnologia como aliadas para aumentar a produtividade e eficiência no campo e a incorporação de importantes segmentos da cadeia produtiva, como a área de insumos”, afirma Francisco Matturro, presidente da Agrishow.

A 20ª Rodada Internacional de Negócios reuniu 15 compradores, procedentes da Argentina, Austrália, Chile, Colômbia, Etiópia, México, Nigéria e Peru, com 52 empresas brasileiras, em uma ação de promoção comercial que resultou em mais de US$ 32.926 milhões, entre negócios fechados e futuros para os próximos 12 meses. Esse valor representa alta de 60% em relação à mesma ação realizada na Agrishow 2018. Denominada Projeto Comprador, a Rodada Internacional de Negócios foi organizada pelo Programa Brazil Machinery Solutions, uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a ABIMAQ. Por ser uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, a Agrishow 2019 contou com a participação de mais de 800 marcas nacionais e internacionais, vindas dos Estados Unidos, Argentina, França, China, Índia e Turquia. Esses expositores foram estrategicamente organizados por setores, a fim de facilitar o planejamento dos mais de 150 mil visitantes do Brasil e do exterior que, em muitas situações, aguardam a realização da feira para a efetivação de negócios. Entre as áreas da feira estão: agricultura de precisão, agricultura familiar, armazenagem (silos e armazéns), corretivos, fertilizantes, defensivos, equipamentos de segurança (EPI), equipamentos de irrigação, ferramentas, implementos e máquinas agrícolas, máquinas para cons©Fotos: Divulgação

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trução, peças, autopeças, pneus, equipamentos e produtos para pecuária, produção de biodiesel, sacarias e embalagens, seguros, sementes, software e hardware, telas, arames, cercas, válvulas, bombas, motores e veículos (pick ups, caminhões e utilitários, além de aviões agrícolas). “Na Agrishow deste ano enfatizamos todas as cadeias produtivas, apresentando inovações desde a área de insumos, como fertilizantes e sementes, passando pelo segmento de máquinas e implementos agrícolas até as tecnologias para agricultura de precisão, conectividade e ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta)”, ressalta Francisco Matturro, presidente da Agrishow. Novidades e atrações – Uma das principais novidades desta edição da Agrishow é a expansão de sua área, que passou de 440 mil m² para 520 mil m², resultado da nova área de plantio e tratos de horticultura da Arena de Demonstrações de Campo, que trouxe também máquinas e produtos inovadores para o agro. Com mais de 6 mil m², a área de horticultura tem curadoria da Coopercitrus e será voltada para inovações, irrigação, orientação e tecnologia, com uma estrutura que contará com estufa, corpo técnico especializado, e um portfólio completo para atender as especificidades da área. Uma atividade paralela que faz sucesso na Agrishow é a Arena de Conhecimento. Palco de apresentações de novas tecnologias e tendências, contará com palestras, reuniões e encontros com players do setor, objetivando levar informação relevante para o dia a dia e para os negócios dos profissionais do campo. Outra atração da Agrishow 2019 é a Arena de Inovação, e espaço destinado a startups do agronegócio e voltado à conectividade no campo. São dez startups participantes apresentando soluções inovadoras e importantes para o segmento, como por exemplo, automatiza-

ção agrícola, sistemas e drones de pulverização, drones para captação de dados e imagens, plataforma para instalação de painéis solares, APP de gerenciamento de pessoas e gestão de fazendas, sistema de informação em tempo real para pecuária e soluções tecnológicas embarcadas em campo. Uma importante novidade nesta edição foi o Banco de Dados Colaborativo do Agricultor (BDCA), apresentado pela Abimaq. O BDCA é um banco de dados com o propósito de integração dos dados gerados por equipamentos e sensores de todos os fabricantes, sendo que a liberação do acesso aos dados é autorizado pelo agricultor. O benefício para o agricultor é ter todas as informações de suas máquinas e sensores integrados em um único local, sem depender do sistema de um único fabricante. Ainda sobre as novidades, a Exposição apresentou a Arena do Produtor Artesanal, que reuniu produtores de café, cachaça, doces, embutidos, entre outros, ressaltando o valor agregado do produto final. Além disso um Lounge Jurídico foi montado para resolver dúvidas legais e muitas ações de sustentabilidade, como a coleta seletiva e reciclagem do lixo gerado no evento. Denominado Projeto Comprador, esta Rodada Internacional de Negócios tem como objetivo principal potencializar o contato e as negociações entre fa-

bricantes brasileiros e importadores dos mais diversos países. Para esta edição do Projeto Comprador foram prospectados importadores dos seguintes países: África do Sul, Argentina, Austrália, Chile, Colômbia, Etiópia, EUA, México, Nigéria, Peru e Rússia. A Agrishow 2019 foi contemplada com o Projeto Imagem, que tem como objetivo promover e divulgar a indústria brasileira de máquinas e equipamentos ao mercado internacional, por meio de visitas de jornalistas, formadores de opinião e especialistas ao Brasil para conhecer o setor. Para esta edição do Projeto Imagem, o Programa BMS recebeu jornalistas de diversos países, destaque para a Revista Farmer´s Review Africa, com sede em Joanesburgo, na África do Sul e da revista Actualidad Del Campo, do Paraguai. Para promover a difusão de conhecimento técnico e mercadológico e a comunicação com o público 365 dias por ano, a feira contou com o Agrishow Digital, canal de conteúdo com matérias especiais, artigos, reportagens, entrevistas e dicas em formato de e-books, além de whitepapers, infográficos, blogposts e webinários com informações relevantes para os profissionais do campo. Para acessá-lo, basta entrar no site da Agrishow (www.agrishow.com.br) e clicar em “Agrishow Digital” no menu principal. 

©Foto: Divulgação

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ECONOMIA

Expositores levam os principais lançamentos para o campo Na área de insumos, a Soesp – Sementes Oeste Paulista apresentou suas soluções para a produção sustentável, com destaque para a tecnologia exclusiva Advanced, presente nas sementes forrageiras comercializadas pela empresa. Entre os seus diferenciais está a inteligência na absorção de água, sua uniformidade e alta pureza além do tratamento não se desprender durante o plantio. Voltada para o ILPF, proporciona ao produtor a redução de custos por hectare, pois há maior rendimento no plantio. Já a Ubyfol expõe na feira seu portfólio completo e muitas novidades, com destaque para a linha canavieira com a apresentação da solução para recobrimento Ubycover. Em termos de tecnologia, a Hexagon mostrou na Agrishow 2019 como a sincronização de todos os processos pode reduzir custos e aumentar a produtividade no campo. A empresa desenvolveu uma plataforma de soluções que otimizam as atividades agrícolas de ponta a ponta, do planejamento do cultivo ao transporte da colheita. Os gestores agrícolas podem conferir os portfólios AgrOn Cultivation e AgrOn Harvesting, com as soluções de Planejamento & Otimização, Monitoramento & Gestão de Operações e Automação de Máquinas. Já os fabricantes de máquinas e implementos conferem os displays AgrOn Ti5 e Ti7 e o computador de bordo AgrOn Core Box. Já o Grupo Bosch expôs soluções tecnológicas que visam oferecer mais produtividade, economia e inteligência para as atividades no campo. Entre os destaques está a Aviotec, uma solução em vídeo para detecção de incêndio, que identifica o foco antes mesmo da fumaça e/ou chamas se alastrarem, emitindo um alerta em questão de se-

gundos. Graças à assertividade que o equipamento proporciona, as chances de danos são amplamente reduzidas. Durante a Agrishow 2019, a J.Assy Agrícola apresentou soluções tecnológicas para o gerenciamento da dosagem de sementes e monitoramento do plantio. Um dos destaques é o Titainum Elétric, sistema elétrico para o dosador mecânico, que elimina a transmissão mecânica da plantadeira (correntes, cabos e cardan). Com ele, não há necessidade de fazer a regulagem da plantadeira. Outra solução é o dosador pneumático Selenium, muito eficiente na distribuição de sementes, que não necessita de regulagem. A tecnologia tem alta eficiência para o plantio de diversas culturas, como algodão, milho, soja, sorgo e feijão. No segmento de transporte e logística, a Toledo do Brasil disponibiliza ao mercado a Balança de Caminhões 950i, que faz o controle no fluxo de veículos em fazendas, silos e empresas em geral. Na Agrishow, as novidades foram as inovações incorporadas ao Guardian, software que faz a automação do processo de pesagem de caminhões para garantir segurança na operação. As informações são transmitidas online para onde o cliente determinar, podendo ser acessadas via dispositivo móvel, proporcionando a segurança necessária no processo. A CASP participou de mais uma edição da Agrishow oferecendo soluções em máquinas e equipamentos para proteína animal e armazenagem de grãos. Os equipamentos da empresa são fabricados com tecnologia 100% nacional, e seus projetos atendem produtores de todos os portes e cooperativas de café, milho, soja, cevada e demais grãos cultivados. 

Startups apresentam o futuro da tecnologia no agronegócio A Agrobrazil mostrou uma plataforma inédita que filtra, capta, analisa e organiza informações do mercado de compra e venda do boi gordo diariamente em tempo real, tais como: negócios realizados; preço e escala frigorífica; dados do mercado futuro e informações atuais sobre o mercado. Por meio do aplicativo, o empresário e o pecuarista podem planejar estrategicamente o melhor momento de comprar ou vender, garantindo maior rentabilidade. A captação de negócios realizados é feita de duas formas: por clientes que enviam seus negócios de forma sigilosa e segura através do APP ou do captador. Já a AgroHúngaro revelou a Digital Farms, que promete intensificar ainda mais o uso de tecnologia nas propriedades rurais. Com o sistema, o produtor rural consegue ter acesso diário a mapas de satélite filtrados por um sistema de inteligência que fornece informações precisas sobre sanidade e uso racional de fertilizantes e defensivos. Também consegue saber qual a estimativa de produção, com calibração de campo feita por programadores em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e outras instituições renomadas. No caso de consultores e grandes grupos, o sistema possibilita, o monitoramento de equipe, além de fornecer acesso a visitas programas e marcadas in loco.

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A GoFarms fez o lançamento oficial de seu aplicativo, que realiza o gerenciamento da propriedade rural e das atividades dos trabalhadores rurais. O principal diferencial do app é ser focado na gestão das pessoas, melhorando o fluxo de informações e possibilitando uma solução mais rápida para um problema que ocorre na fazenda, resultando em mais produtividade e mais eficiência. A plataforma pode ser usada em diversos ramos do agronegócio, desde propriedades rurais, como grãos, por exemplo, passando pela pecuária e piscicultura até usinas de cana de açúcar. Focada no desenvolvimento de projetos de engenharia eficiente, utilizando tecnologias modernas, de maneira sustentável, com responsabilidade social e ambiental, a ModelWorks apresentou a pulverização agrícola por meio de drones, que traz como benefícios a redução dos custos do serviço de pulverização aérea, redução de riscos humanos e ambientais e aumento de produtividade. A Prime Field disponibilizou soluções tecnológicas embarcadas em campo, visando satisfazer integralmente as necessidades e requisitos de seus clientes. Entre os produtos e serviços estão: implantação de projetos de tecnologias embarcadas e geotecnologias; serviços de Instalação eletrônica, hidráulica e mecânica em campo; agricultura de Precisão; site survey (RTK, VHF/UHF e GPRS); topografia e aerolevantamento e projetos de sistematização; aplicação de insumos a taxa variável; processamento de dados geográficos em nuvem. Startup israelense que usa drones e inteligência artificial para ajudar agricultores a otimizar a produtividade de suas árvores, a SeeTree participou pela primeira vez da feira. Da tomada de decisões agronômicas e de negócios até a administração de operações de cultivo, a SeeTree traz uma visibilidade sobre os registros de saúde e da produtividade de cada árvore. Como resultado e com a ajuda dos conhecimentos dos fazendeiros, a administração das plantações são mais eficientes, aumentando significativamente a lucratividade. A Smart Sensing Brasil levou sua tecnologia inovadora de pulverização: o sistema WEEDit, que identifica a presença de plantas e realiza a pulverização somente sobre as mesmas, acabando com o uso desnecessário de herbicidas. A tecnologia gera uma redução significativa nos custos de produção, aumenta a eficiência de pulverização e contribui com o meio ambiente. Além disso, uma economia de mais de 95% no uso de defensivos agrícolas têm sido presenciadas em áreas de produção de soja, milho e algodão. Por fim, a Sunalizer, mostrou sua plataforma online para contratação de projetos solares fotovoltaicos. O sistema conecta os clientes à rede de instaladores selecionados, garantindo rapidez, segurança e facilidade durante o processo de identificação, cotação e definição do seu instalador. São mais de 4.000 megawatts desenvolvidos em mais de 55 projetos no Brasil, Chile, Peru e Argentina. 

caterpillar mostra Carregadeira Agrícola A Caterpillar apresentou a Carregadeira de Rodas Compacta Cat® 914K Ag Handler na Agrishow 2019. Esta nova máquina agrícola, que começa a ser fabricada no Brasil, foi desenvolvida especialmente para atender às necessidades do produtor rural brasileiro por produtividade, eficiência e baixo custo de operação. O desenvolvimento da Cat 914K Ag Handler partiu de uma extensa pesquisa e de testes de campo em propriedades rurais do Brasil, que determinaram a solução mais adequada ao produtor. Estes estudos indicaram quais são as maiores dificuldades dos agricultores em relação às ferramentas de trabalhos necessárias para o equipamento realizar as tarefas de forma adequada. Por isso, a 914K Ag Handler traz diferenciais relevantes em relação a qualquer equipamento similar disponível, como o engate rápido padrão de fábrica, que permite a troca rápida de ferramentas e aumenta a versatilidade do equipamento. Além disso, são atributos importantes a simplicidade do projeto e a facilidade na manutenção. A 914K Ag Handler foi desenvolvida para operar com uma variedade de ferramentas acopladas, que vão tornar mais fácil o trabalho do produtor rural. “Estamos trazendo junto com a máquina soluções completas para as aplicações que antes exigiam do produtor providenciar adaptações em seus equipamentos para a realização de determinadas tarefas”, conta Renata Farina, gerente comercial dos segmentos de construção leve e agricultura da Caterpillar. “Estamos muito satisfeitos com o resultado que obtivemos na fase piloto”, comenta. 

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INDÚSTRIA QUÍMICA

Déficit de US$ 6,9 bilhões é recorde para o trimestre O déficit acumulado na balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre do ano. O valor, que é recorde para o período, representa um aumento de 23,9% em relação ao mesmo trimestre de 2018. Nos últimos 12 meses (abril de 2018 a março de 2019), o indicador totaliza US$ 30,9 bilhões, 4,4% acima do déficit de US$ 29,6 bilhões do consolidado do ano passado. Nos três primeiros meses deste ano, as importações de produtos químicos foram de US$ 9,9 bilhões, uma elevação de 9,9% em relação ao mesmo período de 2018, apenas inferiores ao total de US$ 10,1 bilhões entre janeiro e março de 2013 (ano do déficit recorde de US$ 32 bilhões). Os produtos químicos para o agronegócio (fertilizantes e seus intermediários e defensivos agrícolas), com aumentos superiores aos 50%, foram particularmente impactantes para o incremento do valor total importado, sendo muito preocupante o contínuo aumento de preços, acumulado em 14,4% no trimestre, com o anúncio da parada da FAFEN (fábrica de fertilizantes nitrogenados). Já as exportações, por sua vez, de US$ 3 bilhões, significaram uma redução de 12,4% na mesma comparação. O insatisfatório resultado de vendas ao exterior foi marcado, no trimestre, pela frágil situação econômica e comercial da Argentina, principal parceiro comercial brasileiro em produtos químicos. Em termos de volumes, as importações de produtos químicos, de 10,4 milhões de toneladas, entre janeiro e março, apontaram um aumento de expressivos 22,5% (especialmente puxado pelo aumento em intermediários para fertilizantes), ao passo que as exportações foram de 3,1 milhões de toneladas, diminuição de 18,7% em relação

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ao primeiro trimestre de 2018. Levando em consideração as perspectivas de retomada do nível de atividade econômica no Brasil, a expectativa de uma safra favorável em 2019 e as dificuldades econômicas da Argentina, a projeção é de um déficit, até o final desse ano, de mais de US$ 32 bilhões, superior ao recorde de 2013, sendo uma evidência inequívoca do alto nível setorial de exposição comercial externa e, ao mesmo tempo, um indicador central para o Governo na condução de uma política comercial responsável e inteligente. “Defendemos um processo de inserção comercial responsável e inteligente, que deve ser concomitante à resolução dos graves problemas estruturais brasileiros em termos de logística, custo de energia, disponibilidade e custos de matérias-primas e insumos fundamentais, como o gás natural, todos esses fatores comumente denominados de “Custo Brasil”, e igualmente acompanhado do conjunto de reformas preconizadas pelo Governo, em especial àquelas da previdência e tributária, que assegurarão novo patamar de competitividade às empresas brasileiras, que já são extremamente competitivas “da porta para dentro”, destaca Denise Naranjo, diretora de assuntos de comércio exterior da Abiquim. Para o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, a abertura imediata do mercado de gás natural cria novas perspectivas positivas para o setor. “Depois de mais de duas décadas de inércia do Governo, a decisão do Ministro Guedes de atacar de frentes os entraves existentes para o uso do gás natural do Brasil é absolutamente correta e imprescindível para proporcionar mais competitividade para a indústria nacional”, destaca Figueiredo. 

Ministro do Meio Ambiente discute temas do setor químico com Abiquim O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, recebeu no dia 24 de abril uma equipe da Abiquim formada pelo presidente-executivo, Fernando Figueiredo; a diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade, Marina Mattar; e o gerente de Inovação e Assuntos Regulatórios, Fernando Tibau, para debater sobre temas do setor químico. Os representantes da Abiquim explicaram ao ministro Ricardo Salles o histórico de discussões para a elaboração do anteprojeto de lei nacional para a regulação de substâncias química. O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, lembrou que a adoção do anteprojeto de lei colaborará para a construção de um modelo para todo o continente americano. E o gerente Fernando Tibau lembrou que a proposta do anteprojeto de lei foi desenvolvida pela Comissão Nacional de Segurança Química (Conasq) e inspirada na ótica canadense. A diretora da Abiquim, Marina Mattar, lembrou que em reunião com o presidente da American Chemistry Council (ACC), Cal Dooley, e o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Da Costa, Dooley enfatizou a importância de que os modelos regulatórios estivessem alinhados de modo a facilitar a circulação dos produtos na região. Na reunião também foi debatida a especificação da composição do gás natural, especialmente a variação do teor de etano. Os representantes da Abiquim destacaram os impactos negativos decorrentes de uma eventual flexibilização da especificação do gás natural, entre eles os danos ao meio ambiente, aos equipamentos industriais e a queima da matéria-prima petroquímica.  www.borrachaatual.com.br


INDÚSTRIA QUÍMICA

Fórum clima 2019 discute papel do setor privado no desenvolvimento sustentável

O Fórum Clima 2019 foi realizado no dia 25 de abril, no Rio de Janeiro, organizado pelo Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima (FBMC), Centro Brasil no Clima (CBC), Instituto Onda Azul, e com apoio da Firjan, que sediou o evento. O fórum teve o objetivo de discutir o papel dos estados brasileiros nas ações de adaptação quanto de mitigação das mudanças climáticas. Na ocasião, 11 estados (além do distrito federal) reafirmaram o compromisso com o Acordo de Paris e os esforços para a redução das emissões de gases de efeitos estufa. A programação do fórum teve o painel “As empresas brasileiras e o clima: o protagonismo da iniciativa privada”, que contou com a participação da diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Abiquim, Marina Mattar, que ressaltou que o desenvolvimento sustentável é uma responsabilidade compartilhada entre o governo, a sociedade civil e o setor privado. “Sustentabilidade sem um dos itens do tripé (meio ambiente, social e econômico) não é sustentabilidade. Não há sustentabilidade sem competitividade e a economia de baixo carbono oferece uma grande oportunidade de desenvolvimento tecnológico, atração

de investimento e qualificação de mão-de-obra para atender a demanda global nesse novo cenário. Reforço, não é um desafio, mas sim uma grande oportunidade para o meio ambiente, para a sociedade e para a economia”. Marina é também a única representante da América do Sul no Steering Committee da Carbon Pricing Leadership Coalition (CPLC), do Banco Mundial, que reúne governos nacionais e regionais, empresas e ONGs, que trabalham em prol do desenvolvimento de diferentes políticas de precificação de carbono no mundo. No evento, ela destacou que, no caso do Brasil, participar do debate sobre economia de baixo carbono representa uma grande oportunidade, não só com relação ao meio ambiente. “O País tem uma grande vantagem comparativa, por ter a maior biodiversidade do mundo, sermos ricos em petróleo, gás, minerais, termos uma indústria forte e um mercado crescente. Nesse sentido, o setor químico, por ser a indústria das indústrias, tem um papel chave nessa discussão por ser o criador de soluções para o desenvolvimento sustentável de diversos outros setores”, ressaltou Marina, que aproveitou para resumir o posicionamento do setor químico brasileiro sobre precificação de carbono e algumas ações realizadas pelo setor químico global, por meio do International Council of Chemical Associations (ICCA). 

Publicada Portaria sobre novo sistema de controle de produtos químicos pela PF Foi publicada no dia 16 de abril a Portaria Diretoria—Executiva/DPF nº10, que estabelece normas e procedimentos para a implantação e funcionamento do Sistema de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos – SIPROQUIM2 – no âmbito da Polícia Federal. Por meio da Portaria, ficam estabelecidas as normas e procedimentos para o funcionamento e utilização do novo SIPROQUIM2. A partir do dia 12 de junho, os módulos de atendimento, cadastro e mapas entrarão em funcionamento, havendo mudanças nos procedimentos referentes ao cadastro, licença, envio de mapas de controle e demais solicitações. Todos os requerimentos e informações referentes a esses procedimentos deverão ser realizados a partir desta data por meio do SIPROQUIM2, seguindo as regras estabelecidas na Portaria MJSP 240/19. Os links de acesso e as orientações sobre os procedimentos a serem adotados serão disponibilizados, na data de implantação do Siproquim 2. As dúvidas e casos omissos serão resolvidos pela Divisão de Controle de Produtos Químicos (DCPQ), Coordenação Geral de Controle de Serviços e Produtos (CGCSP), Diretoria Executiva (DIREX) da Polícia Federal pelo e-mail: ajuda.siporquim2@dpf. gov.br. A íntegra do ato está disponível no espaço do associado do site da Abiquim. Clique aqui para acessar. A Abiquim está trabalhando no tema por meio de um grupo de trabalho específico no âmbito da Comissão de Gerenciamento de Produto. 

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ECONOMIA

expositores comemoram realização de negócios

A

FEIPLASTIC chegou ao final com a satisfação dos visitantes e expositores. Todas as expectativas foram superadas, com a presença de mais de 1000 marcas, cerca de 500 rodadas de negócios, ações interativas e 20 horas de conteúdo no Inova Plastic. A organização do evento afirma que a FEIPLASTIC recebeu 56 mil visitantes de mais de 30 países sendo que 86% são da América do Sul, 6% Europa, 4% América do Norte e 2% da África. O poder de compra dos visitantes também aumentou nesta edição e bateu a marca de R$ 266 milhões declarados já no primeiro dia. Outro dado interessante é que 54% dos visitantes disseram ter influência no processo de tomada de decisão – número 5% maior que a edição passada em 2017.

“A FEIPLASTIC foi um sucesso. Nossa expectativa é de que 50% das reuniões que tivemos se revertam em negócios”, comemora Eliton da Silva, responsável pelo departamento comercial da Ampacet Latin America. “As prospecções são excelentes e o público muito qualificado. Trabalhamos com uma expectativa de conversão de negócios acima de 30%”, afirma Carlos Benedetti, diretor comercial da Nova Trigo.

“Estamos tentando mudar a visão que a sociedade tem do plástico. Ele é um ótimo produto, traz leveza aos carros e durabilidade aos alimentos, por exemplo. Precisamos discutir a reciclagem e como esse processo deve começar a partir das grandes empresas, tornando sua economia circular”, disse Bruno Igel da WiseWood. Renato Paquet, CEO e Co-fundador da Polen, foi mais enfático: é preciso acabar com a ideia de que o produto tem um fim e que existem resíduos. O passaporte para o futuro é a reciclagem dos resíduos com a valoração dos produtos pós-consumo e pós-indústria. Também participaram do painel Gustavo Alvarez, Presidente da America Tampas e Linda de Oliveira, que apresentaram cases interessantes de suas empresas. “Nada precisa ser lixo. Há caminhos muito melhores que esse”, finalizou Linda. 

Sustentabilidade

Um dos painéis apresentados) no Inova Plastic abordou a sustentabilidade. A questão quase sempre é vista apenas sob o ponto de vista ambiental, mas de acordo com os palestrantes o tema é muito mais complexo, pois envolve também economia e sociedade. ©Fotos: Divulgação

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Poder de compra confirma expectativas positivas A feira contou com mais de 400 rodadas de negociações e superou o volume de negócios das últimas edições em 20%. De acordo com a organização do evento, nos dois primeiros dias 54% dos visitantes têm influência no processo de tomada de decisão – número 5% maior que a edição passada, em 2017. Destaque também para o incremento na indústria automobilística, que chegou com força nesta edição do evento. As rodadas de negócios internacionais tiveram a participação de grandes empresas como as argentinas Bunge e Arcor. “Hoje recebemos 22 compradores das Américas. Estamos esperando mais de 70 empresas brasileiras que farão negócios com esses compradores”, explica Cristina Sacramento, especialista em desenvolvimento de mercado do Think Plastic Brasil. A Evonik, uma das líderes mundiais em especialidades químicas, participou da Feiplastic aproveitando o evento para expor lançamentos e soluções inovadoras, que auxiliam o processo produtivo em diversos segmentos industriais, proporcionando benefícios como melhor performance mecânica, térmica e química, combinando resistência, leveza, sustentabilidade e acabamento superior aos produtos finais.

Os destaques da evonik foram:

Acrylite Resist AG100: PMMA transparente de alto impacto para aplicação em faróis de carros. Traz resistência UV superior e dispensa a necessidade de verniz, além de elevada resistência ao impacto. Acrylite NTA5 9V022: PMMA de alto impacto na cor Black Piano para grades frontais de automóveis. Possui resistência UV superior, excelente resistência ao impacto, dispensa a necessidade de verniz e elimina o processo de pintura para peças na cor Black Piano. www.borrachaatual.com.br

TEGOMER® ANTIRRISCO: aditivo antirrisco para poliolefinas como pp/talco, e também para polímeros técnicos como PA, PMMA e PC/ABS. Efeito antirrisco duradouro, além de não ser acompanhado por efeitos colaterais indesejáveis como odor, condensação e aumento da oleosidade nas superfícies das peça. TEGOMER® FR 100: aditivo para compostos retardantes à chama para fios e cabos (HFFR). Permite o processamento de compostos HFFR com elevado teor de carga (até 70%), mesmo com ATH ou MDH não tratados previamente. Ou seja, com essa alta quantidade de carga se obtém uma maior resistência à chama. TEGOMER® FR 100 garante que as cargas inorgânicas, tais como o ATH e MDH, sejam uniformemente distribuídas na matriz polimérica. Aditivos dispersantes para pigmentos e cargas TEGOMER® e TEGOPREN®: são inestimáveis na obtenção da distribuição otimizada de cargas ou pigmentos inorgânicos em compostos, e dispersão de pigmentos orgânicos em concentrados de cor como masterbatches e pastas líquidas. Eles permitem perfeita dispersão de pigmentos e cargas e menor adição de pigmento para obtenção da cor desejada, além de excelente limpidez e redução da formação de manchas e “specks”. Os aditivos TEGOMER® e TEGOPREN® podem ser utilizados para todos os tipos de pigmentos na aplicação de masterbatch, por exemplo, filmes soprados (PP, PA e PET) ou moldados (PA, PBT, ABS). São especialmente adequados para negro de fumo e os pigmentos de cor difíceis de dispersar utilizados em masterbatches . Além disso, são adequados para dispersão perfeita de todos os tipos de cargas minerais, como Talco, Carbonato de Cálcio, Dióxido de Titânio, etc.

TEGOSORB PY 88®: aditivo antiodor com excelentes propriedades de absorção de odor. Especialmente adequado para o controle de odores que evoluem de produtos como sulfeto de hidrogênio, mercaptano, tioéter, ácido isovalérico, aminas e amônia. Tego Sorb PY 88 também proporciona boa estabilidade térmica no processo de formulação/fabricação de compostos e masterbatches. TEGIN® 90 e TEGO® STS: antiestático e antifogging. Em embalagens de alimentos, a condensação da umidade leva a uma aparência desfavorável e pode causar a deterioração dos alimentos. TEGO® STS atua como agente tensoativo evitando a formação de gotas de água na embalagem. TEGIN® 90 reduz a resistência elétrica superficial e, portanto, a carga eletrostática dos artigos de poliolefina, resultando em menos poeira nas superfícies de plástico, menor atração de bactérias para as superfícies de poliolefinas e melhora do comportamento de fusão (aumento de fluidez MFI). MLT8000: Tubos multicamadas para sistemas de arrefecimento automotivo com Vestamid®: O MLT8000 consiste em 3 camadas: uma camada interna de polipropileno; no meio, uma camada de adesivo e, em seguida, uma camada externa de poliamidas especiais da família Vestamid®. Comparado a sistemas convencionais de metais ou borrachas, essas linhas multicamadas oferecem uma série de vantagens. Devido à sua alta resistência, são mais leves e finas, além de fáceis de termoformar. Ao contrário de linhas metálicas, elas não são suscetíveis à corrosão e tem alta resistência a vibrações. Comparada com mangueiras de borracha, a camada externa de poliamida fornece alta resistência ao impacto a baixas temperaturas e ao impacto de pedras, além de excelente resistência química.

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ECONOMIA Essas linhas podem resistir a altas temperaturas externas e possuem grande resistência ao envelhecimento térmico e ao estouro. Além disso, a camada interna de poliolefina também garante alta resistência a misturas de etileno glicol e água.

Silanos

A linha Dynasylan® possui uma vasta gama de silanos funcionais, podendo ser adaptados a sistemas base-solvente ou base água. Destacaram-se: Dynasylan® para cabos e tubulações – para aplicações no setor de fios e cabos, usam-se silanos Vinil funcionais no processo de reticulação de Polietileno. Para essas aplicações, bem como para tubulações de água quente, os silanos são utilizados como agentes de acoplamento para compostos de diferentes polímeros (por exemplo, PE/EVA) ou aditivos de reticulação, resultando em tubos, fios ou cabos PEX ou XLPE. Para compostos retardantes de chamas para cabos HFFR (Halogen-free Flame Retardant), a Evonik oferece formulações Dynasylan®. Os silanos multifuncionais oferecem diversos benefícios, como liberação significativamente reduzida de álcool durante o processo de hidrólise dos grupos Silanóis (baixo VOC -composto orgânico volátil), combinação de diferentes funcionalidades em uma molécula como os grupos vinil, alquil, amino, alto ponto de fulgor, maior segurança de manuseio e armazenamento, segurança adicional durante a produção e nenhuma perda de material, mesmo a elevadas condições do composto. Com Dynasylan® SILFIN, fornecemos uma ampla gama de produtos prontos para uso para a indústria de cabos e tubos. Com estes produtos líquidos e de fácil dosagem, oferecemos misturas feitas sob medida de todos os ingredientes necessários para grafitizar e reticular polietileno, resultando em compostos XLPE ou PEX. Esses produtos contêm vinil si-

lanos e iniciadores para o processo de duas etapas (SIOPLAS®) e, adicionalmente catalisadores de crosslinking, além de, em alguns casos, outros aditivos como, antioxidantes, desativadores de metal, auxiliares de processamento, etc., para o processo em uma etapa (Monosil®). Dynasylan® para adesivos e selantes de alta performance – é o desempenho essencial dos silanos que permite que os adesivos e selantes, quando expostos à umidade ou aplicados à substratos de difícil adesão, sejam tão eficazes quanto os conhecemos hoje. Os silanos protegem os modernos adesivos e selantes de altos níveis da umidade ambiental, além de manter a plena capacidade adesiva de superfícies adesivas já unidas, mas ainda não curadas.

reforço em selantes de silicone e melhoria de seu processamento.

Dióxido de titânio

Extensa e direcionada, a linha de dióxido de titânio, fabricada pela Kronos – uma das maiores produtoras mundiais do produto e representada pela Evonik no Brasil – conta com diversos tipos e grades que atendem às mais exigentes necessidades do mercado, proporcionando excelente poder de pigmentação, dispersão, fluidez e propriedades ópticas, resistência a intempéries, entre outros benefícios, em PVC, policarbonato, poliestireno, polímeros de engenharia, poliolefinas etc. 

Sílicas para plásticos

A Evonik também apresentou sua linha de sílicas precipitadas. Com grades especiais para diversas funções, SIPERNAT® atua na antiaglomeração de grânulos de poliestireno pré-espuma; como carga ativa para borracha de silicone HTV e selantes polissulfídicos; como agente antibloqueio para filmes de PE, PP e outros polímeros de filme; entre outras aplicações. Já as sílicas pirogênicas AEROSIL® de alta pureza são indicadas para campos de alta tecnologia, na indústria de plástico e de adesivos e selantes para melhorar a produção, qualidade e desempenho dos produtos. Destaque para AEROSIL® R 202 e AEROSIL® R 208, sílica pirogênica pós-tratada e altamente hidrofóbica, que confere excelente eficiência de espessamento, superior desempenho reológico e ótima estabilidade à armazenagem em formulações epóxi, poliuretano e outros sistemas. Para aplicações que exigem alta transparência, são indicados os grades AEROSIL® R 805, AEROSIL® R 812S e AEROSIL® R 106. O AEROSIL® 150 apresenta importantes propriedades de

Novo complexo de poliamida 12 O projeto de cerca de 400 milhões de euros, maior investimento da Evonik na Alemanha, deve aumentar em mais de 50% a capacidade produtiva total de PA 12 da Evonik. Novas instalações para a produção do polímero e seus precursores serão construídas no parque químico de Marl (Alemanha), complementando a produção de PA12 já existente no local. O complexo deve iniciar as operações no primeiro semestre de 2021.  Foto: Divulgação

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LAnXeSS apresenta soluções A empresa especialista em produtos químicos LANXESS exibiu uma série de soluções em materiais avançados e de alta qualidade para as indústrias de plásticos. As unidades de negócios High Performance Materials (HPM), Pigmentos Inorgânicos (IPG), Uretanos (URE), Aditivos (ADD) e Rhein Chemie (RCH) destacaram como a LANXESS agrega valor aos clientes da indústria de plásticos com uma grande variedade de produtos e recursos de serviços para atender às necessidades atuais do mercado. Materiais para novas formas de mobilidade – Um dos principais focos da empresa na foram as soluções para atender demandas crescentes na indústria automotiva em todo o mundo, como maior eficiência energética e combustíveis alternativos (veículos elétricos e híbridos) – área que apresenta uma infinidade de oportunidades para suas poliamidas de alta resistência ao calor, da linha Durethan®., produzidas pela divisão de Plásticos de Engenharia de Alto Desempenho (HPM). O desenvolvimento de motores pequenos, potentes e eficientes também estão exigindo novas alternativas em materiais para o compartimento do motor. Para essas aplicações, a LANXESS apresenta os produtos da sua linha XTS, de Poliamidas 6 e 6.6: a XTS1 e XTS2, que resistem, respectivamente, a temperaturas contínuas de até 200 e 230 graus Celsius. No mercado Europeu, essas Poliamidas já são utilizadas em coletores de admissão de veículos com motor turbo, por exemplo. Também com relação aos motores turbo a empresa destaca as Poliamidas para aplicações em peças moldadas por sopro (blow molding), como dutos de ar dos sistemas de reaproveitamento de gases de motores turbo. New Mobility – Outros destaques foram soluções para veículos híbridos e

elétricos, como por exemplo, um suporte da bateria feito em Poliamida reforçado com fibra de vidro. Exibiu ainda o projeto de um carter de óleo do motor totalmente feito em plástico, desenvolvido para a Porsche. Esse componente era antes produzido em alumínio, e com o plástico seu peso foi reduzido de 5,6 para 3,5 kg. Ao mesmo tempo em que foram integradas mais 12 funções à peça. Ainda como destaque figuraram os compósitos termoplásticos reforçados com fibra contínua, da família de produtos Tepex®, que estão se tornando cada vez mais importantes para o projeto de veículos leves e podem ser encontrados hoje em um número crescente de aplicações de produção em série. A empresa exibiu um assento automotivo dianteiro totalmente produzido em plástico, utilizando as chapas de compósito TEPEX® e sobre-injeção das nervuras em Durethan® reforçado com fibras de vidro. Pré-polimeros: novos desenvolvimentos para o mercado – A divisão de Uretanos (URE) da LANXESS trouxe para o evento novas soluções de aplicações para diversos mercados. Entre as novidades, as telas de mineração em Vibrathane® 7085 (MDI -Poliester), que oferecem alta resistência a abrasão e a rasgos acima da média, uma ótima escolha para telas de mineração de alta performance. Outra novidade, assim como o Vibrathane® 7085, são as soluções em materiais de alta-performance que não necessitam de pós-cura e podem ser utilizados para revestimentos, trazendo um ganho em produtividade e vantagem no consumo de energia. Puderam ser vistos exemplos que estão sendo desenvolvidos em tubos utilizados no segmento da mineração e petróleo e gás. Outra novidade foram a nova linha de adesivos para a reciclagem de espumas ou borrachas. Com esses adesivos

à base de MDI, a sustentabilidade entra como protagonista: os pedaços de espuma gerados na produção de colchões podem ser agrupados e assim utilizados em conjunto na confecção de uma nova peça. Outro exemplo de aplicação pode ser usado na produção de pisos de playground e academias, que funcionam como eficientes isolantes acústicos. Plastificantes, Retardantes de chama e outros aditivos – A divisão de Aditivos (ADD) apresentou seus aditivos para plásticos como os plastificantes livres de ftalatos e retardantes de chama halogenados e não halogenados. O portfólio de produtos oferece soluções para aplicações nas diferentes necessidades dos setores automotivo, de construção, moveleiro, têxtil, alimentício, eletrônico, entre outros. As linhas de produtos das marcas Mesamoll®, Adimoll®, Ultramoll®, Disflamoll®, Emerald Innovation®, Firemaster® e Reofos® estão entre os destaque no estande da LANXESS. Outra unidade de negócios que participou do evento foi a Rhein Chemie (RCH), especializada em produtos químicos especiais e auxiliares de processamento para as indústrias de borracha, plásticos e corantes. Para a feira deste ano, a Rhein Chemie trouxe os corantes solúveis da linha de produtos MACROLEX®, usados para colorir garrafas plásticas para as indústrias de alimentos e cosméticos, devido ao seu alto brilho e transparência, bem como aos rigorosos requisitos de pureza colocados nessas aplicações. A linha Macrolex se destaca pelo atendimento às certificações ANVISA e FDA. 

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ECONOMIA

Veículos automotores mais baratos e menos poluentes SAE BRASIL trouxe para a FEIPLASTIC painel automotivo e reforçou que o grande desafio está relacionado à sustentabilidade e emissão de CO2 dos veículos

Produzir veículos automotivos está cada vez mais barato por conta do plástico. Esta foi uma das revelações durante o segundo dia de palestras da arena Inova Plastic com a curadoria de conteúdo da SAE BRASIL, que aconteceu na 17ª edição da FEIPLASTIC, em São Paulo. Em sua palestra “Inovação de plásticos na mobilidade”, o engenheiro Jef Chandley Cruz, da RTP Company Mercosul, trouxe muitas informações importantes sobre o uso do plástico no setor automotivo. Uma delas foi a substituição do alumínio pelo produto nos componentes do veículo automotor, que tem tornado a produção muito mais barata. A segunda palestra, intitulada de “A nova rota do mercado automotivo e como os materiais compósitos podem te ajudar a recalculá-la”, também abordou as inovações com o uso do plástico na produção. De acordo com o palestrante Rodrigo Berardine, da Owenscorning, a produção automotiva continua em franca expansão. “O mercado automotivo continua crescendo. Em 2005 foram produzidos 60 milhões de veículos. A expectativa é que em 2025 sejam produzidos 120 mi-

lhões de veículos, mas que serão completamente diferentes dos de hoje”, disse Berardine. O grande desafio está relacionado à sustentabilidade e à emissão de CO² dos veículos. Há países em que a legislação já avançou bastante nesta temática e foram impostas metas de redução na emissão do gás. A solução está em investir em materiais mais leves que aumentem a autonomia dos veículos e os tornem menos poluentes. As cifras impressionam: para cada quilo retirado do veículo são poupados 0,09 g de CO²/km que iriam para a atmosfera. Para cumprir com as metas de redução da poluição atmosférica, os engenheiros estimam que 36% da solução passa pela redução do peso dos veículos. “O plástico é um componente revolucionário que vai mudar o mundo”, enfatiza Jef Cruz. De olho nestas tendências, a SABIC, outra empresa participante do debate, desenvolveu tampas traseiras em plásticos, que garantem maior leveza aos veículos. “Buscamos redução de peso, liberdade de design e flexibilidade, por isso trouxemos uma solução

com um conceito inovador e eficaz para aplicações dos reforços plásticos das portas traseiras dos automóveis, conhecido como reforço estrutural da tampa traseira”, declara Mauricio Ávila, engenheiro e responsável pelo setor automotivo da empresa. O mundo está ficando mais leve – As inovações vão além da indústria automotiva. Cruz, da RTP, mostrou alguns cases que baratearam a produção e trouxeram mais funcionalidade aos produtos. É o caso, por exemplo, das rodas das cadeiras de rodas que antes eram feitas de alumínio e agora em material plástico. “Essas rodas são mais baratas, mais resistentes e mais funcionais”, explica. Outro produto destacado foi a fuselagem do avião. “Hoje ela é mais leve e resistente por causa do plástico”, finaliza. O Inova Plastic contou com recorte de questões ligadas à inovação para alavancar a competitividade e fortalecimento do setor e tem uma grade robusta de palestras até o dia 26, sexta-feira. Tem o apoio da Renault, New Mobility, Salão Internacional do Automóvel de São Paulo e Fiesp. 

A BORRAcHA esteve presente Diversas empresas, que além do mercado de plásticos, também atuam no segmento de borrachas, estiveram presentes na Feira. Dentre elas destacaram-se a Auriquímica, Biesterfeld, Cabot, Chemtrend, Evonik, Parabor e Proquimil. ©Foto: Divulgação

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Procedimentos de importação e exportação de máquinas pesadas

A

importação e exportação de máquinas pesadas são atividades cada vez mais comuns. Dados do Banco Central apontam que, somente em 2018, as exportações de bens e serviços devem crescer 6%, já as importações 5,9%. O crescimento de ambos ocorreu porque muitas empresas que possuem matriz em seu país de origem e que contam com filiais instaladas em diferentes países precisam de equipamentos ou tecnologias que ainda não são produzidas na localidade. Além disso, porque o preço para exportar máquinas usadas pode ser mais acessível do que comprar uma máquina nova em seu país. Quando bem planejados, os dois

serviços podem aumentar a competitividade no mercado de empresas nacionais ou de grupos multinacionais que queiram trazer seus parques fabris para o Brasil. Mas, afinal, como proceder em cada situação? De acordo com Vivian Nascimento, Consultora de Vendas de Importação e Exportação da Soimpex, empresa do Grupo Sotreq especializada em soluções e serviços de Importação e Exportação de equipamentos é importante atentar para alguns aspectos. “No momento de realizar uma das operações é imprescindível o envio das informações da forma mais completa possível sobre a carga e o destino. Além disso, deve-se averiguar os drafts (documentos) enviados para garantir a aprovação do mesmo em tempo hábil, definir bem o Incoterm (termos de negociação internacional) e atender todas as peculiaridades exigidas no destino, no caso da exportação”, descreve Vivian. A consultora esclarece que outras cautelas também são necessárias para realizar um dos dois serviços. Entre elas, está a criação de um seguro para a carga e, ainda, informações sobre o dimensionamento da carga para definir modal e acondicionamento; valor unitário da carga para cálculos de impostos; dados referentes à origem e destino para decidir a

melhor operação logística do processo e a contratação de uma trading especializada no assunto.

Compreendendo os processos O trabalho de importação feito pela SOIMPEX pode ser contratado nas modalidades de encomenda ou por conta e ordem de terceiros. “As importações, contam com um incentivo fiscal, chamado FUNDAP, desembaraço aduaneiro com equipe especializada e nacionalização da carga com ganho de nossas negociações em escala, devido a nossa sede ser no Espírito Santo”, afirma Vivian. “Já para a exportação, a Soimpex oferece serviço de logística de exportação integrada, incluindo: formação de preço, emissão de documentos de embarque, contratação de frete nacional e internacional e acompanhamento door to door”, complementa. Segundo a consultora de vendas, existem várias possibilidades de operação como frete interno na empresa. “Retiramos as máquinas no cliente e enviamos para a filial mais próxima. Além disso, também trazemos as máquinas para a Soimpex – Serra, direto do local de origem. O cliente pode ficar responsável, apenas, pela logística interna e nós realizamos as exportações, assim como podemos fazer o serviço completo de porta a porta”, informa. O transporte da máquina não é o único serviço oferecido pela companhia. Os serviços de lavagem normal ou específica de acordo com exigência do porto ©Foto: Divulgação

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de destino, os trabalhos de pintura, de mecânica especializada para realizar inspeções e resolver problemas técnicos, desmontagem do equipamento, armazenamento, ovação de container e amarração da carga são outras funções atribuídas à Soimpex. “O cliente conta com a solidez e qualidade do Grupo Sotreq, nossa localização privilegiada no Espírito Santo e facilidade de distribuição nacional, follow-up de todo processo, tanto em Inglês quanto em português e com a nossa equipe especializada para atendimento da melhor solução logística. Todo o processo de Importação ou Exportação leva, aproximadamente, 20 dias para ser concluído após o pagamento do Proforma Invoice, vai depender das escalas dos navios nos Portos e/ou disponibilidade no mesmo”, conclui Vivian. 

Documentos necessários Exportação: Proforma Invoice; Swift; Commercial Invoice; Packing list; Certificado de Origem; Draft do BL e BL original; Nota Fiscal; Certificado de Lavagem (no caso do destino ser Colombia e Autrália) e Declaração única de Exportação (DUE). Importação: Commercial Invoice; Packing List; Draft do BL e conhecimento de embarque ( hawb - HOUSE AIR WAY BILL ou BL original ), Declaração de Importação, Comprovante de Importação e Nota Fiscal de Entrada.

Wortex e as novas soluções para reciclagem A Wortex Máquinas, fabricante de equipamentos para a indústria plástica, levou à Plástico Brasil 2019 suas soluções de ponta para reciclagem, como a Linha Challenger Recycler Geração II, agora aprimorada, e a Linha Challenger Recycler Conical 55mm, de dimensões compactas. A Linha Challenger Recycler Geração II se destaca pela flexibilidade. Além da capacidade de processar somente materiais flexíveis ou rígidos, a máquina permite o trabalho com até 20% de rígidos agregados a flexíveis (filmes lisos, impressos, metalizados e multicamadas, entre outros). É possível reciclar variados tipos de termoplásticos, entre eles polietileno, polipropileno, poliestireno, policarbonato e ABS. A produtividade é de até 750 quilos por hora. A Linha Challenger Recycler Geração II recebeu uma série de aprimoramentos mecânicos e eletrônicos. As melhorias compreendem, por exemplo, avanços na degasagem de materiais altamente impressos. Um sistema opcional de dupla filtragem viabiliza o processamento de materiais com níveis maiores de contaminação. “A deterioração no processo de extrusão é o mínimo possível e o sistema de granulação garante maior rendimento e homogeneidade na produção”, ressalta Paolo De Filippis, diretor geral da Wortex Máquinas. “Desse modo, o resultado é material reciclado de altíssima qualidade obtido ao menor custo de produção do mercado”. Por sua vez, a Linha Challenger Recycler Conical 55mm, compacta (moinho e máquina ocupam 27 m2), proporciona uma solução ideal para reciclagem ao pé da máquina (aparas industriais limpas) de filmes lisos de polietileno e polipropileno. A capacidade de produção é de 90 quilos/hora, no trabalho com polietileno, e de 60 quilos/hora, no trabalho com polipropileno. “O equipamento oferece baixíssimo consumo de energia aliado a processamento veloz e de alta qualidade”, afirma De Filippis. 

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Plástico Brasil 2019 mostrou soluções tecnológicas

Quem visitou a Plástico Brasil 2019 – Feira Internacional do Plástico e da Borracha, que aconteceu no São Paulo Expo, encontrou uma ampla gama de soluções tecnológicas para as mais variadas aplicações industriais. Alguns exemplos: Máquinas para moldes de múltiplas cavidades: A Multicaps é uma solução completa da Polimold para moldes de múltiplas cavidades. Segundo a empresa, o produto é resultado da união entre um porta-molde e um sistema de câmara quente, cujo principal benefício é a redução do prazo de entrega do ferramental. Termoformadoras: A Lakatos (antiga Eletro-Forming) trouxe para a feira a TCM 2 – Termoformadora multiestações para bandejas, embalagens de alimentos, peças perfuradas e embalagens Blister. Automática e com alimentação por bobinas, a máquina pode apresentar três ou quatro estações e tem área máxima de moldagem de 720 x 580 ciclos/min. Além disso, trabalha com plásticos dos tipos PS, PET, PVC e PP e com espessura de 0,1 a 1,3 mm. De acordo com a Lakatos, a TCM 2 é projetada de forma modular (desbobinador, transporte, forno, prensas, empilhador e saída), podendo ser in-

dividualmente customizada para atender diversas necessidades.

impressão 3D

Outra tecnologia em favor do setor plástico é a impressão 3D. Fabricada pela Stratasys e apresentada na feira pela sua parceira, a PLMX, a série FDM de impressoras 3D foi projetada para revolucionar o processo de criação em variados segmentos, principalmente o de plástico. Além da rapidez do processo, a prototipagem tem alto nível de detalhamento, possibilitando a identificação imediata de erros, utiliza a quantidade exata da matéria-prima, oferece peças exclusivas e personalizadas e seus materiais são pós ou filamentos, facilitando a armazenagem e o transporte. O Equipamento ainda oferece capacidade de processar ABS-M30, ASA e PLA, bem como produz peças com precisão de +/- 0,200 mm ou +/-0,002 mm/mm. Presença internacional foi destaque no evento – Parte significativa das 800 marcas expositoras da Plástico Brasil 2019 – Feira Internacional do Plástico e da Borracha, é originária de 13 países: Alemanha, Argentina, Áustria, China, Estados Unidos, Hungria, Índia, Itália, Mé-

xico, Portugal, Taiwan, Turquia e Suíça. A presença destes players aproximou ainda mais a indústria brasileira dos fornecedores internacionais e ampliou a oferta de soluções à disposição dos visitantes para modernizarem suas plantas e se prepararem para a retomada do consumo. Quatro destes países – Alemanha, Áustria, China e Itália – reuniram suas empresas em pavilhões internacionais. Mario Maggiani, gerente geral da AMAPLAST, entidade dos fabricantes de máquinas e moldes para a indústria de plástico e borracha da Itália e responsável pelo pavilhão daquele país, reconhece a importância da Plástico Brasil como um dos maiores eventos do setor no mundo, e que o mercado brasileiro está em ascensão. “Quem quiser vender para este mercado não pode ficar fora da Plástico Brasil”, reforça. O pavilhão da China registrou oito expositores na feira – Jingye, Lefn, Zhenfei, Shine Mould, Lesun, Shangaijwel, Queensense e Designer – de regiões como Guang Dong, Taizhou Huangyan e Shanghai, entre outras. Eles ofereceram novas soluções e tecnologias para a injeção, design e fabricação, por exemplo. No pavilhão oficial da Áustria, patrocinado pela Câmara Econômica Federal Austríaca em parceria com o escritório do Advantage Austria em São Paulo, nove empresas apresentaram seus serviços e produtos de alta qualidade: Erema, NGR, Awo, Hirsch, Starlinger, Senoplast, HTW, Blue Air e SML. No pavilhão da Alemanha, as empresas Hans Weber, Ascona, Herbold, Leonhard Breitenbach, Kautex Maschinenbau, Netzsch e Beilomatik Leuze ofereceram soluções em máquinas, equipamentos e acessórios, processamento de plástico, reciclagem, projetos técnicos e serviços, ferramentas e moldes.  ©Foto: Divulgação

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Desmoldantes semipermanentes

A Florence Chemical Industry (FCI), braço da inglesa Marbocote na América Latina, completou um ano de fabricação local de desmoldantes semipermanentes, produtos usados principalmente na moldagem de borracha, pneumáticos e compósitos. Situada em Barueri, na Grande São Paulo, a unidade produtiva da FCI tem capacidade instalada de dois milhões de litros/ano, potencial que deve ser ampliado até o final de 2019, prevê Ana Clara Cordeiro, diretora de vendas da empresa. “Construímos uma estrutura que permite a duplicação do volume produtivo de forma bastante rápida. Com a expansão das vendas aos segmentos de borracha e compósitos, mais a entrada em breve nas áreas de fricção e poliuretano, tudo indica que ampliaremos a nossa capacidade nos próximos meses”, afirma a diretora. Ao todo, a FCI fabrica 40 tipos de desmoldantes semipermanentes no Brasil, todos isentos de silicone – em aplicações no mercado de borracha, por exemplo, o silicone normalmente presente nos desmoldantes dificulta a adesivação das peças. “Faz parte da lista de produtos que fabricamos localmente o Marbocote W3010, desmoldante à base

d´água para borracha que é líder de vendas em todo o mundo”, observa Ana Clara. A produção local também permite que a FCI customize os desmoldantes semipermanentes de acordo com determinadas condições de processo apresentadas pelos seus clientes. “Investimos na construção de uma estrutura laboratorial de ponta, que dá todo o suporte para que possamos ajustar os desmoldantes conforme as necessidades apresentadas”. Além disso, a planta em Barueri possibilita que a FCI desenvolva formulações próprias, caso da linha Ycon – é composta por uma ampla gama para tratamento de superfície, de desmoldantes semipermanentes e coatings a promotores de barreira química e adesão para substratos de diferentes coeficientes de dilatação. América do Sul – A operação brasileira da FCI também serve de plataforma para o avanço da empresa em toda a América do Sul. “Por ora, já credenciamos um distribuidor na Argentina, dedicado ao atendimento do mercado de compósitos, e no Peru, que é focado no setor de borracha. Mas esse é só o começo”, conclui Ana Clara. 

Novidades Monroe Axios A Monroe Axios atualizou seu portfólio de produtos voltados ao mercado de reposição. Com os lançamentos, são mais de 30 novas aplicações para modelos das marcas Fiat, Jeep e Honda, além de Mercedes-Benz, Scania, Volvo e Volkswagen, nos segmentos de caminhões e ônibus. “Nosso objetivo é oferecer produtos de qualidade, que atendam às necessidades do cliente e do reparador, para evitar que o mesmo fique desamparado no momento da manutenção preventiva ou corretiva do veículo. Cabe reforçar também que a Monroe Axios dispõe do mais avançado aparato tecnológico na fabricação de suas peças, garantindo a mesma qualidade dos componentes originais de fábrica", enfatiza Pericles Batista da Silva, Supervisor de Produtos da Tenneco. Entre os itens lançados pela Monroe Axios estão: coxim do motor superior (lado direito), voltado aos modelos Fiat Linea (2009 a 2014) e Punto (2008 e 2012). Para a picape Toro (2016 a 2019), foi lançada a bieleta traseira (lados direito e esquerdo) para o mercado de reposição. A peça também pode ser aplicada no Jeep Renegade 4x2 (2015 a 2019). Outra novidade na linha Monroe Axios é voltada ao segmento de veículos pesados. O coxim dianteiro do motor é aplicável nos caminhões Axor e Actros, da Mercedes-Benz. Para o Volvo VM (260 e 310), a marca disponibiliza a bucha da cabine. E, por fim, a bucha da mola também chega ao catálogo da Monroe Axios, voltada à aplicação nos ônibus Mercedes-Benz LO 809, LO 812, LO 813D, LO 814, OF 809 e OF 812. 

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evonik lança crosslinker híbrido A Evonik lançou seu mais recente desenvolvimento à família de produtos VESTANAT® na European Coatings Show, na Alemanha. Como constituinte de vernizes monocomponentes, o novo crosslinker híbrido silano/poliuretano VESTANAT® EP-EF 203 e 205 confere uma aparência visual particularmente sofisticada aos revestimentos de metal e madeira. O crosslinker ambientalmente amigável contém somente quantidades mínimas de compostos orgânicos voláteis. Ele é adequado tanto para uso profissional quanto para aplicações ‘faça você mesmo’. Os revestimentos formulados com o produto são muito fáceis de processar: a cura ocorre à temperatura ambiente e a secagem se dá após uma hora, permitindo um rápido processamento adicional. “Aspectos ambientais como baixo teor de solvente são cada vez mais importantes nas decisões de compra dos consumidores. Com o VESTANAT® EP-EF 203 e 205 ajudamos a atender as exigências dos nossos clientes nesse sentido, permitindo que eles formulem revestimentos de alto desempenho, mas com baixo nível de emissão”, diz Dr. Guido Streukens, responsável por Serviços Técnicos VESTANAT. Na feira de Nuremberg, a Evonik também forneceu informações sobre outros produtos da família VESTANAT® EF/MF aos visitantes. Todos eles combinam as vantagens da química dos silanos com a dos poliuretanos para conferir excelente resistência a arranhões com retenção simultânea das propriedades do poliuretano nos revestimentos. O melhor crosslinker pode ser selecionado dentre várias opções, dependendo do substrato e da temperatura de cura. VESTANAT® EP-MF 201 e VESTANAT® EP-MF 204 são crosslinkers híbridos livres de solvente e prontos para uso que já curam à temperatura ambiente. Eles podem ser usados como resinas de cura por umidade ou em combinação com resinas adequadas, como as resinas acrílicas.  ©Foto Divulgação

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Recapagem Léo adquire máquina da Vipal Borrachas Preocupada em aprimorar-se no que diz respeito à inovação e mais qualidade, a Recapagem Léo adquiriu a extrusora VOC-760 Cargo, que garante uma melhor aplicação da borracha no processo de recapagem. De acordo com Roberto e Ana Paula Fensterseifer, proprietários da recapadora gaúcha, esse ramo necessita de tecnologia. ‘’Investir em equipamentos robustos e com tecnologia de ponta é o futuro para o segmento de pneus”, diz Roberto Fensterseifer. Por isso, afirma Ana Paula, a Recapagem Léo aposta “toda a confiança nos equipamentos da Vipal Máquinas’’. A extrusora VOC-760 Cargo tem, assim como os outros equipamentos da Vipal Máquinas, projeto e execução 100% da Vipal Borrachas. Além de ajudar na aplicação da borracha e reduzir o tempo na hora da reforma, a máquina influencia na economia de custos com estoques de matérias-primas envolvidas durante esse processo. Marco Antonio Santin, Coordenador de Produção da Vipal Máquinas, diz que o aparelho traz grande ganho para as empresas que trabalham com reforma. ‘’Quem opta em instalar esta máquina da Vipal deixa de usar a ligação de bobina, gerando uma grande economia financeira’’, destaca. 

Abraciclo revisa projeções para 2019 A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo revisou suas projeções para 2019. A nova expectativa é que a produção atinja 1.100.000 unidades, elevação de 6,1% ante o resultado de 2018 (1.036.846 motocicletas). A estimativa anterior, apresentada em dezembro do ano passado, era de 1.080.000 unidades, alta de 4,2% ante 2018. Também foram revisadas para cima as perspectivas de vendas no atacado e no varejo. No atacado, ou seja, no repasse de motocicletas das fábricas para as concessionárias, a nova estimativa é de 1.060.000 unidades, elevação de 10,7% ante 2018 (957.617 unidades). A estimativa inicial indicava 1.031.000, alta de 7,7%. No varejo, ou seja, emplacamentos, a nova projeção é de 1.020.000 unidades, crescimento de 8,5% ante 2018 (940.108 motocicletas). Anterior-

mente a perspectiva era de 998.000 unidades, aumento de 6,2%. A associação também revisou as projeções de exportação para 2019, que agora apontam embarque de 40 mil unidades, baixa de 41,2% ante 2018 (68.073 motocicletas). Em dezembro a estimativa era de 49 mil unidades, queda de 28%. Na avaliação de Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, “a retomada do setor de motocicletas no mercado interno no primeiro trimestre superou as expectativas. A estabilidade das taxas de juros no menor patamar histórico e a ampliação da oferta de crédito pelos bancos têm contribuído para a recuperação mais acelerada do setor. Já em relação às exportações, o recuo está diretamente relacionado à redução dos embarques para a Argentina, principal destino das motocicletas fabricadas no Polo industrial de Manaus”. 

TABELA DE PROJEÇÕES REVISADAS

Produção

2018 (A)

2019 PROJEÇÃO ANTERIOR (B)

2019 PROJEÇÃO REVISADA (C)

VARIAÇÃO (A/B) %

VARIAÇÃO (A/C) %

VARIAÇÃO (B/C) Volume

1.036.846

1.080.000

1.100.000

4,2%

6,1%

+20.000

Exportação

68.073

49.000

40.000

-28%

-41,2%

-9.000

Atacado

957.617

1.031.000

1.060.000

7,7%

10,7%

+29.000

Varejo

940.108

998.000

1.020.000

6,2%

8,5%

+22.000

Fonte: Associadas / Renavam

Bridgestone recebe certificação Platinum da Caterpillar Pelo sétimo ano consecutivo, a Bridgestone recebeu a Certificação Platinum da Caterpillar. O reconhecimento é concedido pela empresa líder na fabricação de equipamentos de construção e mineração, motores a diesel e a gás natural, turbinas industriais e locomotivas diesel-elétricas, aos fornecedores que atendem às exigências de entrega e qualidade estabe-

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lecidas pela companhia. “Temos a missão de ‘Servir à Sociedade com Qualidade Superior’ e receber por mais um ano a Certificação Platinum da Caterpillar reforça nosso comprometimento em oferecer aos nossos clientes as melhores soluções em pneumáticos, aliando qualidade, desempenho superior, segurança, economia e cuidados com o meio ambiente”, comenta

Lino Beltrami, diretor industrial da planta da Bridgestone em Santo André (SP). No processo de certificação, a Caterpillar avaliou mais de 5 mil fornecedores de todo o mundo. Deste total, apenas 177 receberam a Certificação Platinum, sendo que no Brasil, somente 11 fornecedores, entre os quais a Bridgestone, possuem o reconhecimento.  www.borrachaatual.com.br


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ZF adquire a WABCO A ZF Friedrichshafen AG, um dos principais fornecedores de sistemas de mobilidade para veículos de passageiros, veículos comerciais e tecnologia industrial, anunciou no final de março que firmou um acordo definitivo para adquirir a empresa WABCO (NYSE: WBC) por US$136,50 por ação. A aquisição planejada foi aprovada pelo Conselho de Administração da ZF e pelo Conselho Diretor da WABCO. Juntas, ZF e WABCO constituirão um dos principais fornecedores mundiais de sistemas de mobilidade para veículos comerciais, gerando valor agregado aos clientes da ZF no segmento de veículos comerciais. A empresa combinada terá um volume de vendas de aproximadamente 40 bilhões de euros. Segundo Wolf-Henning Scheider, CEO da ZF, “Acreditamos que, juntamente com a WABCO, a ZF poderá formar o principal fornecedor mundial de sistemas integrados de tecnologia para veículos comerciais, criando valor e segu-

rança duradouros para os seus clientes, colaboradores e acionistas. Para a ZF, a aquisição de uma empresa especializada e líder em sistemas de freios para veículos comerciais significa agregar um segmento comercial estável e crescente e que permitirá à nossa divisão de veículos comerciais expandir a sua experiência no controle veicular dinâmico. Isso constituirá a base para que a ZF ofereça sistemas abrangentes para soluções de mobilidade automatizadas e seguras para passageiros e produtos aos nossos clientes. Isso também se alinha com os melhores interesses dos nossos acionistas: a Fundação Zeppelin e a Fundação Dr. Jürgen e Irmgard Ulderup, uma vez que a transação resultará em um fortalecimento sustentável da ZF”. Para Jacques Esculier, Presidente e CEO da WABCO, “Unir forças com a altamente respeitada ZF criará uma empresa mundial líder em tecnologia, bem posicionada para capitalizar as futuras deman-

das por veículos comerciais autônomos, eficientes e conectados. Temos um longo histórico de colaboração bem-sucedida no desenvolvimento de tecnologias inovadoras com a ZF, no qual ambas as empresas compartilham um desejo inabalável pela excelência, paixão por inovações e excepcional foco nos clientes”. 

Solvay lança sistema sustentável de revestimento anti-corrosão O novo sistema sustentável de revestimento Halar® ECTFE, à base de água, desenvolvido pela Solvay, amplia as aplicações de prevenção de corrosão de metais para a indústria de processamento químico. O sistema de revestimento é composto por um primer de alta aderência e acabamento e é facilmente aplicado com o uso de equipamento padrão de pulverização líquida. A nova tecnologia de revestimento líquido Halar® ECTFE, à base de água, expande a gama de aplicações de uso final, em especial aquelas que são difíceis ou impossíveis de revestir com tinta em pó. Isso inclui formas complexas, superfícies irregulares, grandes embarcações, interiores de tubos, tanques e contêineres. Além disso, fornece aos engenheiros uma opção de re-

vestimento de metal de proteção alternativa às ligas resistentes à corrosão (CRA’s). Os revestimentos em pó Halar® ECTFE da Solvay já têm sido utilizados para a prevenção da corrosão por mais de 40 anos para equipamentos em uma variedade de indústrias, incluindo ácidos, mineração, papel e celulose, farmacêutica, alimentos e bebidas e semicondutores, entre outros. A nova tecnologia de revestimento líquido fornece a mesma combinação exclusiva de propriedades Halar® ECTFE que proporciona desempenho duradouro e inclui excelente resistência química, excelente resistência à permeação, propriedades de superfície excepcionais, excelente aderência e alta pureza. “A sustentabilidade foi o motivo e a força motriz que levou à pesquisa e ao de-

senvolvimento tecnológico do novo sistema de revestimento líquido Halar® ECTFE da Solvay”, afirma Brian Baleno, Gerente Global de Desenvolvimento de Negócios das áreas Industrial e Energia e Meio Ambiente da Solvay Specialty Polymers. “A formulação livre de compostos orgânicos voláteis (COV’s) e baixíssimo teor de poluentes atmosféricos perigosos (HAP) ajuda a atender às rigorosas necessidades regulamentares dos clientes. Os acabamentos à base de água proporcionam condições de ambiente de trabalho muito melhores na linha de produção e nos pulverizadores. Também podem ajudar a reduzir os custos em relação à limpeza do equipamento, que depende da água e dos agentes de limpeza baratos”, diz Baleno.

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Randon alcança receita 45% maior

As Empresas Randon encerraram o exercício de 2018 com crescimento acentuado na maior parte das linhas de negócios, muitas das quais ocuparam patamares próximos da totalidade da capacidade de produção. Também houve ampliação das operações fora do Brasil, além do crescimento das exportações diretas, fatores que integram o objetivo estratégico de expansão internacional e de aumento de competitividade. Com isso, a empresa obteve aumento de 45,1% na receita líquida consolidada, chegando a R$ 4,3 bilhões. Diante deste cenário, as Empresas Randon registraram em 2018 uma receita bruta total de R$ 6 bilhões, 43,4% superior à obtida em 2017. No exercício, o EBITDA consolidado foi de R$ 559,8 milhões, 81,6% superior a 2017 e margem EBITDA de 13,1% (10,5% em 2017). O lucro líquido consolidado foi de R$ 151,7 milhões, com margem líquida de 3,6% em 2017, o lucro líquido foi de R$ 46,7 milhões, com margem líquida de 1,6%. “O desempenho de 2018 consolida o crescimento iniciado no ano anterior, conquistado porque mesmo na crise promovemos a readequação de processos e de estruturas organizacionais, investimos

em modelos de negócios robustos e diversificados. Com isso, quando o mercado reaqueceu, estávamos prontos para atender a demanda. Chegamos aos 70 anos com a solidez necessária para seguirmos conectando pessoas e riquezas para gerar prosperidade”, declara o presidente das Empresas Randon, David Randon. Em 2018, a Divisão Autopeças representou 50,8% das receitas totais da Companhia, seguida por 45,3% da Divisão Montadoras e 3,8% da Divisão de Serviços Financeiros. Ao final de 2018, os produtos com maior participação na receita das Empresas Randon foram semirreboques (39,3%), materiais de fricção (25,8%) e eixos e suspensões (9,3%). Exportações - As vendas para o exterior em 2018 totalizaram US$ 182,3 milhões, aumento de 17,3% sobre 2017 (US$ 155,4 milhões). As exportações das Empresas Randon representaram 15,7% da receita líquida consolidada do exercício, enquanto em 2017 a participação foi de 16,8%. A maior expansão aconteceu na exportação de semirreboques, que obteve crescimento de 49,9%, com destaque para o mercado chileno, que representou mais da metade das vendas ao mercado externo da Randon Implementos. 

Práticas de “compliance” A Vipal Borrachas mantém hoje uma robusta política de gestão, devidamente adequada aos conceitos de “compliance” – conjunto de disciplinas que faz cumprir as normas e diretrizes estabelecidas para o negócio e para a atividade da empresa. Estes, por sua vez, estão em consonância com as práticas de Governança Corporativa, as quais fazem da Vipal um exemplo no segmento de reforma de pneus neste sentido. De maneira a formalizar estas práticas e torná-las comum a todos, a líder na América Latina e uma das principais fabricantes mundiais de produtos para reforma de pneus elaborou um Código de Ética e Conduta. O documento consolida os principais valores e princípios presentes no DNA da Vipal, contemplando todos os públicos relacionados à empresa. O Código de Ética e Conduta traz uma visão ampla da empresa e de sua gestão, dialogando com sociedade, clientes, fornecedores, parceiros, governo, órgãos e entidades representativas, além dos próprios colaboradores. Em suas 20 páginas, o documento expõe tópicos como: Valores, Objetivos, Sustentabilidade Econômica, Social e Ambiental, Relacionamento com os Colaboradores e com Partes Interessadas, Gestão da Conduta, entre outros. “O Código de Ética e Conduta da Vipal tem a finalidade de guiar comportamentos e atitudes dos colaboradores e demais partes interessadas, independentemente de cargo ou função, para que todos possam ser orientados pelos valores básicos e diretrizes da empresa”, diz Delcides Portela, Gerente de Auditoria e Controles Internos da Vipal.  ©Foto Divulgação

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NOTAS & NEGÓCIOS

Garrafas de água de Plástico Verde

A Braskem se uniu à Join The Pipe, empresa de água holandesa, para distribuição de garrafas de água sustentáveis e reutilizáveis, feitas com Plástico Verde I'm green ™, nos Estados Unidos e em países da África e Europa. A distribuição teve início em março e a renda gerada a partir da comercialização do produto será destinada a mais de 300 projetos sociais em países em desenvolvimento, a maioria deles na África e na Ásia. Os projetos incluem a instalação de bombas d'água em aldeias, a distribuição de água

em escolas e mutirões de limpeza para resolver a questão dos resíduos plásticos. A Join the Pipe visa reduzir as garrafas de água individuais, oferecendo uma solução multiuso, ampliando o acesso global à água limpa da torneira, instalando fontes de água potável e distribuindo água potável de forma justa e sustentável. Marco Jansen, diretor comercial de bio-plásticos da Braskem na Europa e na América do Norte, explica que a parceria com a Join the Pipe tem o objetivo de apresentar as garrafas de água reutilizáveis feitas de plástico renovável como uma proposta para embalagens convencionais de uso individualizado. "O apoio a essa iniciativa se encaixa perfeitamente no objetivo da Braskem, de criar soluções sustentáveis que melhorem a vida das pessoas", afirma. Para Jansen, as aplicações de plástico de base biológica, como as embalagens multiuso da Join the Pipe, estão alinhadas com os esforços da Braskem no sentido de incentivar uma Economia

Circular global. "Esta parceria é um excelente exemplo da busca por soluções inovadoras e sustentáveis por meio do uso de plásticos", ressalta. Além de ser 100% reciclável, o Plástico Verde I'm green ™ da Braskem é feito a partir da cana-de-açúcar, fonte renovável, que contribui para a redução da emissão dos gases do efeito estufa na atmosfera ao capturar 3,09 toneladas de gás carbônico durante seu processo produtivo. Andrews Eversden, diretor geral da Join the Pipe, explica que o acordo entre as duas empresas é importante para dar continuidade na missão de fornecer garrafas de água sustentáveis multiuso em todo o mundo. "Ao oferecer água potável em uma embalagem reutilizável produzida localmente e feita de Plástico Verde, tornamos nossas garrafas ainda mais sustentáveis. A Braskem está nos ajudando a reduzir nossa emissão de carbono nos apoiando na missão de incentivar as pessoas ao redor do mundo a beberem mais água da torneira, com opções reutilizáveis", finaliza. 

DuPont lança vestimentas de proteção inovadoras A DuPont lançou as vestimentas DuPont™ Tychem® 2000 SFR e DuPont™ Tychem® 6000 FS, criadas para atender uma ampla gama de aplicações, em setores que necessitavam de EPIs mais específicos para a proteção do trabalhador. Tychem® 2000 SFR é uma vestimenta inovadora no Brasil, que oferece proteção química sem comprometer a proteção contra chamas das roupas de resistência térmica usadas por baixo delas. A vestimenta deve sempre ser utilizada como proteção secundária, ou seja, sobre uma roupa de proteção térmica primária (como o Nomex® ou Protera®). “É uma tecnologia avançada, que não existe no mercado brasileiro”, afirma Matheus Barbosa, especialista de produ-

tos da DuPont na América Latina. “Atualmente, quando expostas a uma situação de fogo repentino, as vestimentas de proteção secundária (químicas) que existem no mercado derretem ou gotejam sobre as de proteção primária, podendo causar ainda mais danos ao trabalhador. Tychem® 2000 SFR é autoextinguível e não oferece esse risco.” Tychem® 2000 SFR pode ser aplicada em refinarias, plantas petroquímicas, laboratórios e operações específicas de manutenção perigosa. Confiabilidade – DuPont™ Tychem® 6000 FS amplia a proteção confiável de Tychem® com um design inovador, para uma ampla gama de aplicações, desde a fabricação e limpeza industrial, limpeza

Matheus Barbosa, especialista de produtos da DuPont.

de derramamentos de produtos químicos e respotas a aplicações militares de emergência e petroquímica. Sua composição proporciona ao menos 30 minutos de proteção contra mais de 181 agentes químicos. Tem costura termosselada para maior proteção em áreas críticas, vedação de borracha em torno da face para compatibilidade com máscara facial, luvas e meias acopladas para proteção extra do usuário. 

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NOTAS & NEGÓCIOS

evonik vende negócio de Metacrilatos à Advent International

A Evonik assinou acordo para a venda de seu negócio de metacrilatos à Advent International por 3 bilhões de euros. O preço de venda (enterprise value) corresponde a 8,5 vezes o EBITDA do negócio. A operação está sujeita à apro-

vação das autoridades pertinentes em vários países, mas deve ser concluída no terceiro trimestre deste ano. O negócio de metacrilatos abrange 18 unidades de produção e 3.900 colaboradores no mundo inteiro. De 2016 a 2018, gerou um EBITDA anual médio de cerca de 350 milhões de euros e vendas de aproximadamente 1,8 bilhão de euros ao ano. Para 2019, a Evonik prevê vendas e EBITDA de nível similar. A operação engloba as linhas de negócio Methacrylates, Acrylic Products e CyPlus®, além de algumas das atividades com resinas metacrílicas. A Evonik colocou essas operações no mercado como parte de sua estratégia sistemática de concentrar o seu foco em especialidades químicas, produtos que são menos cíclicos. A empresa de private equity Advent International é um dos investidores

financeiros mais experientes na indústria química no mundo inteiro, com mais de 30 investimentos em três décadas. O preço de compra líquido (equity value) pode ser calculado após as deduções, compostas basicamente por obrigações previdenciárias (aposentadorias) de cerca de 500 milhões de euros. A Evonik usará o valor da venda para reforçar o seu balanço e, sobretudo, para projetos de crescimento específicos. Isso inclui o financiamento da compra da empresa americana PeroxyChem, que a Evonik pretende concluir este ano. Além disso, uma parte dos recursos será usada para reforçar o atual portfólio de especialidades químicas, por exemplo, mediante a construção de uma nova fábrica de poliamida 12 em Marl, Alemanha. Essas atividades geram uma margem atraente e um fluxo de caixa acima da média. 

Impermeabilização com Mantas Asfálticas A manta asfáltica é um dos materiais mais utilizados para impermeabilizar superfícies. O produto é eficaz para proteger a construção, incômodos como infiltrações, além de prevenir contra bolores e mofos, evitando doenças respiratórias, e é indicado principalmente para estruturas sujeitas a movimentação. As mantas asfálticas da Sika, especialista em construção e impermeabilizantes, são os produtos pré-fabricados usados na impermeabilização de lajes de cobertura, playgrouds, terraços, piscinas, sacadas, floreiras, entre outras áreas que necessitam de um produto com total impermeabilidade e alta durabilidade. Esse processo protege a construção e evita os problemas causados por umidade e infiltrações. “Este diferencial tornas a Mantas asfálticas Sika a mais indicadas do mercado, e proporciona aos clientes maior

tranquilidade e segurança em suas obras”, afirma Eng. Charles Abrenhosa. A escolha da melhor manta asfáltica para a sua construção está diretamente ligada à qualidade da massa asfáltica do produto. O desempenho de uma boa manta asfáltica está relacionado à quantidade e à qualidade de elastômeros que a compõem. Quanto mais elastômeros, melhor a qualidade da manta, maior a sua flexibilidade e desempenho, portanto, maior é a expectativa de vida dela. A norma brasileira que trata das mantas asfálticas faz uma classificação desse produto em 3 classes: A, B e C. A manta asfáltica classe C é a que tem menor desempenho, ou seja, menos elastômeros. Já as mantas de classificação A é a mais nobre delas, pois possui uma maior durabilidade, com mais quantidade de elastômeros, que a torna muito mais flexível e não quebra.

Todas as mantas asfálticas da Sika são classificadas como Classe A, conforme a norma da ABNT, ou seja, a máxima qualidade em flexibilidade na massa asfáltica, conferindo maior durabilidade na impermeabilização, proporcionando aos nossos clientes maior tranquilidade e segurança em suas obras. Benefícios e vantagens - As mantas de classe A da Sika, são mais fáceis de fazer acabamento em volta dos ralos e nas áreas críticas, além de ter uma excelente aderência em áreas verticais. Por isso, os profissionais especializados optam pelas mantas da Sika. Além disso, as mantas da Sika geram uma maior economia por ter mais elastômeros e são mais moles do que as demais mantas do mercado. Com isso precisam de menos fogo, menos gás para aplicá-las, consequentemente gera maior economia.  ©Foto Divulgação

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GENTE

Roberto cortes é o novo presidente da AHK

ARLAnXeO anuncia Donald chen como seu novo CEO global

Presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes assumiu a partir de 15 de março passado o comando da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK-RJ), e já incentiva compromissos que ajudam a promover uma maior integração entre os dois países. Cortes leva para a instituição toda sua experiência multicultural como único brasileiro a participar do Board do Grupo TRATON, que tem sede na Alemanha e é um dos maiores players mundiais da indústria de caminhões e ônibus. Como presidente da AHK-RJ, instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo apoiar acordos entre empresários do Brasil e da Alemanha, Roberto Cortes está à frente da negociação para implementar nacionalmente o sistema dual de ensino. Trata-se de um método criado no país europeu em que o aprendizado de nível superior é dividido entre aulas na faculdade e vivência prática empresarial desde o início de seu curso. Fruto do incentivo da AHK-RJ, a primeira faculdade a adotar o sistema será a Associação Educacional Dom Bosco, em Resende (RJ), que contará com a parceria com a Volkswagen Caminhões e Ônibus. Nos últimos 20 anos, Cortes ocupa o cargo de presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, com responsabilidade mundial pela marca de mesmo nome e também pelos veículos comerciais MAN em toda a América Latina. O executivo é membro do Management Board do Grupo TRATON e do Grupo MAN, ambos sediados na Alemanha. Cortes foi reconhecido como Personalidade do Ano Brasil-Alemanha, e ainda Personalidade do Ano da Indústria Automotiva por eleição direta em quatro diferentes ocasiões: duas pela editora Autodata e as demais pelos leitores de Automotive Business. São as premiações mais tradicionais do segmento no Brasil. 

A partir de 1º de maio, Donald Chen passa a ser o novo CEO da ARLANXEO. Ele sucede Jorge Nogueira que se aposenta após uma carreira de quase 40 anos na indústria química e farmacêutica. Abdulaziz M. Al-Judaimi, presidente do comitê de acionistas da Arlanxeo e vice-presidente sênior de downstream da Saudi Aramco, garantiu: “Com Donald Chen, temos um líder experiente e um especialista do setor que se junta à empresa. Ele passou muitos anos de sua vida profissional na região da Ásia-Pacífico, uma importante região de crescimento para a Arlanxeo. Donald se une à empresa em um ambiente de mercado crítico e estamos confiantes de que ele irá liderar a empresa através da atual transição e conduzir o crescimento.”

Líder experiente da indústria, Donald Chen veio da Archer Daniels Midland Company (ADM), onde era responsável pelas operações na região da Ásia-Pacífico, incluindo a Austrália e a Nova Zelândia, desde janeiro de 2016 e também era membro do Conselho Executivo da ADM. 

Marco Soligo assume a presidência do Grupo ceee

O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite apresentou, na presença do secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior-, o novo presidente do Grupo CEEE: Marco da Camino Ancona Lopez Soligo. Soligo é paulistano, 51 anos, formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), tem MBA

em Administração e Gestão pela Universidade Católica da Lovaina, na Bélgica, e especialização em Direito Societário pela FGV-SP. Sua carreira iniciou-se em bancos de investimento como Banco de Boston, Safra, Unibanco, Bear Stearns e BB Europe. Ingressou no setor energético trabalhando em empresas como CPFL Energia, onde trabalhou por mais de seis anos e na Rio Grande Energia (RGE) por mais dois anos. Nos últimos 10 anos, atuou em grupos empresariais como o Grupo Gomes Lourenço, focado na construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e em consultorias para empresas privadas e públicas nas áreas de gestão. 

©Fotos: Divulgação

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Eventos da Prêmio TOPRUBBER

CHEGA A SUA 15ª EDIÇÃO A principal premiação do mercado brasileiro de borrachas e em 2019 destacaremos as empresas vencedoras do ano passado, confirmando o sucesso das edições anteriores.

08 de Agosto de 2019 às 18h30

Local: Centro de Convenções Milenium Rua Dr. Bacelar, 1043, Vila Clementino – São Paulo

VOTAÇÃO ABERTA Pelo site: www.premiotoprubber.com.br

Serão 20 categorias premiadas para a escolha dos melhores do ano de 2018. O “Prêmio TOPRUBBER - Maiores & Melhores" chegou a sua 15ª edição cumprindo seu objetivo de divulgar e incentivar o trabalho realizado pelas empresas e profissionais do setor de borracha, recompensando seu esforço através do reconhecimento de seus resultados e principalmente destacando a busca pela excelência e inovação.


Borracha Atual em DOSE DUPLA

Exposição e Seminário de Borrachas e Máquinas

Um Seminário durante o dia inteiro que mostrará as tendências tecnológicas do mercado de borracha e as perspectivas econômicas para 2020.

05/09

Contaremos com palestrantes especializados em suas áreas, além de profissionais das áreas automobilística, pneus, autopeças e calçados.

ÀS 09 HORAS

Local: Centro de Convenções Milenium Rua Dr. Bacelar, 1043, Vila Clementino – São Paulo


NOTAS CALÇADOS

Criadas duas frentes parlamentares de defesa do setor calçadista A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), representada pelo presidente e diretor executivo, Heitor Klein e Haroldo Ferreira, respectivamente, esteve no último dia 15 de abril na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre/RS, para evento de criação de duas frentes parlamentares em defesa do setor calçadista. As frentes, que se complementam na atuação pela competitividade, especialmente quanto à desburocratização estatal e diminuição da carga tributária, foram propostas pelos deputados estaduais Issur Koch e Dalciso Oliveira. “O nosso intuito, com essas frentes, é somar esforços na defesa do setor calçadista gaúcho, buscando um melhor cenário para a geração de emprego e renda no

Estado”, ressaltou Koch, acrescentando que, num primeiro momento, as frentes estarão concentradas na desburocratização do Estado. “Vamos propor reuniões periódicas com calçadistas para levantar as demandas do setor”, concluiu. Oliveira, que é sapateiro do Vale do Paranhana, ressaltou que o setor calçadista é especial para o Estado e que, por isso, precisa de defesa dos seus interesses para continuar gerando emprego e renda para a população. “Hoje o setor paga alíquotas de ICMS para vendas interestaduais maiores do que os nossos principais concorrentes, o que vem causando, além da migração de fábricas para outras regiões, o fechamento de estabelecimentos”, disse, ressaltando que o calçado gaúcho fica, em média, 10% mais

caro do que os comercializados nos demais estados produtores, especialmente em função da maior carga do imposto estadual. Atualmente, o ICMS gaúcho é de 12%, valor muito menor do que o praticado em estados concorrentes. O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, saudou a iniciativa dos deputados, ressaltando que reconhece a dificuldade dos governos em cortar impostos a curto prazo, mas que somente o fato de remover entraves, especialmente os relativos à burocracia estatal, já daria um novo fôlego para a indústria calçadista. Além dos deputados e dirigentes da Abicalçados, participaram do evento autoridades do setor calçadista, políticos e empresários. 

Calçadistas comemoram aprovação de projeto de IoT Mobilizando empresas do setor calçadista para captação de recursos para inovação desde o ano passado, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) comemora a primeira vitória no âmbito do Future Footwear, programa que propõe um direcionamento para novos produtos, novos processos e novos modelos de negócios para empresas do setor. O projeto Test Bed IoT, do Senai/RS, Embrapii e BNDES, receberá um aporte de R$ 1,5 milhão para utilização em 18 meses e tem como objetivo o desenvolvimento de produtos para controle de qualidade e rastreabilidade da movimentação de ativos no âmbito da Internet das Coisas (IoT). A gestora de Projetos da Abicalçados, Roberta Ramos, conta que quatro empresas aderiram ao projeto: Redeplast (calçadista), Máquinas Sazi e Orisol do Brasil (máquinas para o setor, e Taggen (soluções tecnológicas). “Fizemos um movimento inédito no setor calçadista, atraindo empresas interessadas em soluções que envolves-

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sem IoT para uma rodada de apresentação do edital. Foi uma forma de mostrar como pode ser simples aplicar para a captação de recursos para a inovação e já aproximá-las de um Instituto de Ciência e Tecnologia – ICT, o Senai”, comenta a gestora, ressaltando a importância deste primeiro passo, especialmente para uma indústria que ainda acessa muito pouco os recursos disponíveis para inovação. “O objetivo da Abicalçados, especialmente com o serviço de Captação de Recursos é justamente mudar esse cenário”, frisa, ressaltando que apenas 1% dos projetos inovadores do segmento são financiados por terceiros. “Existem recursos disponíveis, mas poucas empresas acessam”, conclui Roberta. O projeto aprovado vai desenvolver e implementar tecnologias IoT para a inspeção da qualidade e rastreabilidade do produto e do processo (cadeia de suprimento, incluindo suas operações fiscais relativo a Nota fiscal eletrônica, inventário e logística reversa), a partir

de tecnologia RTLS (Real Time Location System) indoor/outdoor. Os testbeds são plataformas experimentais modulares, economicamente viáveis, criadas a partir de requisitos operacionais definidos por um conjunto de setores industriais, em que soluções tecnológicas podem ser testadas em ambiente controlado, mas que reproduz em escala um cenário real. O gerente de Operações do Senai/ RS, Victor Gomes, ressalta que a aprovação do Projeto foi uma conquista conjunta, da instituição e da Abicalçados, que realizou workshops para mobilização das empresas. “Passamos por uma avaliação bem criteriosa. Foram apenas dois projetos aprovados em âmbito nacional”, comemora. FF – Para acessar linhas de fomento à inovação, a Abicalçados lançou, no final do ano passado, o FF Captação de Recursos. O serviço auxilia empresas do setor calçadista no desenvolvimento e escrita do projeto, submissão e defesa, atrelando sua remuneração a uma taxa de sucesso.  www.borrachaatual.com.br


NOTAS CALÇADOS

Abicalçados empossa novos dirigentes

A noite do dia 25 de abril ficará na história da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Isto porque na data foram conhecidos os vencedores da 7ª edição do Prêmio Direções e empossados os novos Conselhos Deliberativo e Fiscal da entidade, além de anunciada a transição na presidência executiva. O evento, que marcou ainda a comemoração de 36 anos da Abicalçados, aconteceu no Espaço TAO, em Novo Hamburgo/RS, reunindo associados da entidade, autoridades e representantes do setor coureiro-calçadista. O gestor de Projetos da Abicalçados, Cristian Schlindwein, destacou que o Prêmio Direções teve número recorde de inscrições, com cases robustos e que apontam que o setor está no caminho certo na busca por competitividade. O então presidente do Conselho da entidade, Rosnei Alfredo da Silva, que passou o cargo para Caetano Bianco Neto, ressaltou que a iniciativa já está consolidada na agenda do setor calçadista nacional, valorizando boas práticas e gerando referência positivas. Anunciando o processo de transição na presidência executiva da entidade, Heitor Klein aproveitou o momento para relembrar, de maneira breve, os seus quase 30 anos de atuação na Abical-

çados. Também fez uma análise otimista do cenário atual para o setor calçadista, especialmente no mercado externo. Segundo ele, recentemente um empresário e amigo comentou sobre suas análises otimistas, que poderiam ser encaradas como forma de injetar ânimo no setor. “Disse para ele que não, que é realista, é o que penso. Estou ciente de todo o potencial da nossa indústria, com capacidade instalada, cadeia completa e integrada e viés exportador”, contou. Responsabilidade - Assumindo a presidência executiva da entidade, Haroldo Ferreira ressaltou o desafio de estar à frente da entidade. “Assumir uma entidade de mais de 35 anos, respeitada por todos os agentes da sociedade brasileira e que representa um setor tão importante para a economia brasileira traz, além de um imenso orgulho, uma grande responsabilidade”, disse, ressaltando o legado de Klein, que deixa uma Abicalçados “organizada, com uma equipe multidisciplinar em total sintonia, associados fortes e engajados que demonstram que, na prática, a união faz a força”. Assumindo a presidência do Conselho Deliberativo da Abicalçados, Caetano Bianco Neto, destacou que irá retribuir a confiança que lhe foi delegada para assumir tão importante compromisso no triênio. Sobre os desafios, ressaltou que está otimista com a evolução do setor, mas que é preciso aumentar, ainda mais, a cultura do associativismo. “A situação é difícil para o setor, mas certamente se está ruim com a Abicalçados, sem a entidade estaria horrível”, discursou, acrescentando que a associação tem muitos projetos de desenvolvimento e que estará de portas abertas para as empresas, tanto as já associadas quanto as que quiserem se somar aos esforços pelo desenvolvimento da atividade. 

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MATÉRIA TÉCNICA

REDUÇÃO DO CONSUMO ENERGÉTICO NA INDÚSTRIA DA BORRACHA Autor: Luis A. Tormento

Sumário A indústria da borracha utiliza processos para produção e vulcanização de seus produtos. São processos extremamente danosos para o meio ambiente com grande gasto energético e geração de resíduos com degradação que se perpetua por longo tempo. Figura 1: Modificação do torque em função da temperatura (referência 1)

160ºC

introdução

Torque

180ºC

200ºC

0

15

30

45

60

Tempo (minutos)

Existem várias formas de amenizar esse gasto energético e dano ambiental, entre eles: 1. Vulcanização em temperaturas mais baixas com menor gasto energético. 2. Utilização de tecnologia de produção mais limpa (citada nas edições 54 e 55 da Borracha Atual) 3. Utilização de moldes com pouca geração de rebarbas, conhecidos como “flashless”. 4. Reaproveitamento dos resíduos através da tecnologia da reciclagem ou reutilização de parte deles. Na indústria da borracha, com o objetivo de aumentar a produção, a moldagem de artefatos de borracha é realizada em temperaturas muito elevadas (160ºC ou

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mais) e o consumo energético para manter estas temperaturas é muito elevado. Com a necessidade atual de conservação de energia e o crescente aumento nos preços dos insumos de petróleo utilizados para gerar estas temperaturas elevadas, faz-se necessário agora levar em conta estes fatores no custo de produção de um artefato. Além do alto consumo de energia, existem vários fatores desvantajosos para a vulcanização em alta temperatura. Este artigo visa explicar o efeito da vulcanização em baixas temperaturas, pois esse processo é o mais dispendioso em termos de energia e custo.

Vamos discorrer sobre o uso de temperaturas mais baixas e sua vantagem, resultando no melhor aproveitamento energético e redução do consumo de eletricidade, água e combustíveis. Conforme descrito em vários livros e literaturas, a borracha é uma macromolécula com baixas propriedades mecânicas e com um alongamento altíssimo. De maneira geral, isto não é economicamente viável; para que seja economicamente aceitável, necessitamos criar uma rede interligada dessas moléculas em um arranjo 3D, agregando outros componentes. A primeira providência é criar a rede 3D através do processo de vulcanização, também denominado cura ou reticulação. Este processo requer aditivos especiais e caros, ferramentas e maquinários próprios, consome tempo, dinheiro e energia, além de atualmente serem realizados em temperaturas elevadas. Geralmente, quanto mais a temperatura aumenta, mais rápida é a vulcanização, diminuindo os tempos do ciclo de cura, mas aumentando o consumo de energia e a degradação térmica da borracha e de outros materiais possivelmente inseridos como núcleo e reforço em artefatos de borracha. www.borrachaatual.com.br


Atendendo finalidades técnicas, econômicas ou ambientais, a vulcanização pode ser realizada a temperaturas mais baixas ou mesmo a temperatura ambiente, utilizando sistemas de cura especiais ou adaptados. Diminuir a temperatura de vulcanização pode causar efeitos colaterais, pois essa diminuição da degradação térmica e modificação das etapas de vulcanização podem afetar a vida útil do produto, uma vez que, afetando o grau de cura, afeta-se também o desempenho do artefato. Este efeito e as formas de evitá-lo é o que estará descrito a seguir. Referenciamos três trabalhos (1,2,3) que abordam estas possibilidades; o primeiro, com o uso de aceleradores convencionais a base de enxofre; o segundo, utilizando peróxidos de vulcanização em baixas temperaturas e o terceiro, que será apresentado em outro trabalho, utilizando energia UV para reticular borrachas diênicas. Algumas desvantagens ocasionadas pelo processo de vulcanização em temperaturas elevadas: a) Alto consumo de energia: seja ele de origem elétrica ou térmica, ao longo dos anos este consumo tem se tornado um fator considerável no custo dos artefatos de borracha. Baixos índices pluviométricos e a alta do petróleo têm tornado as duas formas de obter energia térmica para a vulcanização reativamente caras. A indústria consome 41% da energia elétrica no Brasil. b) Posição no consumo de eletricidade: o segmento de plásticos e borrachas responde pela sexta posição no consumo de eletricidade. c) Menor segurança: muitos moldes são aquecidos por vapor superaquecido ou óleos térmicos que normalmente estão sob alta pressão. No caso de vazamento, existe com certeza a chance de ocorrência de acidentes. d) Maior custo de isolamento: a moldagem em altas temperaturas requer o uso de sistemas isolantes espessos para linhas de transmissão de vapor ou óleo e prensas. e) Menor flexibilidade na adequação e custos de compostos para uso em altas temperaturas. f) Inconvenientes nas áreas de vulcanização: as áreas de vulcanização geralmente são quentes e não muito confortáveis para os trabalhadores. A redução na temperatura de vulcanização pode melhorar essas condições de trabalho. www.borrachaatual.com.br

g) Chances maiores de vulcanização em excesso e reversão: um pneu com defeitos pode ser reparado utilizando alta temperatura; no entanto, a parte não defeituosa sofrerá ainda mais calor, podendo causar sua reversão e degradação térmica, bem como a retração do “nylon” inserido nele. O reparo em baixa temperatura pode prevenir esses efeitos deletérios. A seguir, detalhamos os dois sistemas propostos para reduzir a temperatura de reticulação e o consumo de energia. Na primeira parte, destaca-se o uso de aceleradores de vulcanização base enxofre e na segunda, o uso de peróxidos para baixa temperatura. Normalmente, tanto o enxofre quanto o peróxido, trabalham em temperaturas superiores a 160°C. No passado, foram feitas muitas tentativas de vulcanizar a borracha em temperaturas baixas, sem grandes resultados: os primeiros aceleradores eram complexos derivados da reação aldeído-aminas que possuíam o inconveniente de serem líquidos ou pastosos e de odor forte e nauseante. Atualmente muitos trabalhos estão sendo feitos com uma classe especial de aceleradores conhecidos como xantatos:

“Xantatos são sais metálicos, predominantemente de sais de zinco provenientes dos ácidos xânticos. São ultra aceleradores empregados principalmente em compostos de látex natural e sintéticos, utilizados essencialmente na produção de espuma e soluções de compostos de borracha (adesivos). Alguns destes xantatos são solúveis em água. Como possuem aceleração muito rápida são usados em temperaturas entre 80°C a 110°C”. (4)

Dentre estes, o mais utilizado atualmente é o ZBX (isobutilxantato de zinco) que é utilizado como acelerador para borrachas naturais e sintéticas. Esta família de aceleradores é recomendada para vulcanização muito rápida e em baixa temperatura (80°C a 110°C) e sua versão com sódio é muito utilizada na fabricação de artefatos de látex. O ZBX é utilizado como acelerador ultrarrápido

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MATÉRIA TÉCNICA para borrachas NBR, NR, CR, SBR, borracha regenerada e Látex, sendo muito adequado e utilizado em adesivos de policloropreno. Os xantatos podem ser combinados com outros aceleradores, atuando como aceleradores primários, desenvolvendo um sinergismo com consequente obtenção de boas propriedades físicas em temperaturas relativamente baixas. A maioria dos estudos com xantatos foram feitos com borracha natural e látex. Mas buscando recentemente a redução das temperaturas de vulcanização e baixo consumo energético, já foram realizados vários trabalhos utilizando NBR, SBR e EPDM. Abaixo uma formulação obtida no site Wiley online library (6) mostrando o uso de ZBX em um composto típico de NR reforçado com negro N-330: Componente

Phr

NR

100

ZnO

5

Ácido esteárico

2

Negro N-330

25

Óleo Aromático

3

ZBX

2,5

Enxofre

2,5

Tabela extraída do trabalho referenciado (7).

Propriedades de vulcanizados em diferentes temperaturas Tempo de Tensão de Módulo Temperatura Rasgamento, Alongamento vulcanização, Ruptura, a 300%, (°C) N/mm à Ruptura, % minutos N/mm2 N/mm2

Phr

NR

100

ZnO

5

Ácido esteárico

2

Negro N-330

40

Óleo Aromático

5

TMQ

0,5

6PPD

1

ZBX

1,0

ZDC

0,75

Enxofre

2,5

Tabela extraída do trabalho referenciado (7).

Propriedades de vulcanizados em diferentes temperaturas Temperatura (°C )

Tempo de vulcanização, minutos

Tensão de Rasgamento, Alongamento Ruptura, N/mm2 N/mm à Ruptura, %

150

1,81

27

50

880

125

8,01

30

77

780

100

30,12

32

90

650

80

78,16

33

95

620

60

92,65

34

105

610

A segunda alternativa é substituir o sistema acelerador pelo uso de peróxidos, conhecido para a reticulação/ vulcanização de produtos de borracha. A cura peroxídica, da forma como é conhecida, existe há quase 100 anos e muitos elastômeros utilizam peróxidos em sua vulcanização/reticulação de várias borrachas: Tabela 1: Borrachas/plastômeros possíveis de serem vulcanizadas por peróxidos:

150

1,32

15,2

36,89

651

4,63

100

10,08

26,2

67,9

583

7,08

AEM

Poli(etileno-co-metacrilato (Vamac®)

80

27,1

32

78,2

512

9,99

AU/EU

Borracha de poliuretano (Millathane®) Borracha bromobutil

60

56,2

34,28

81

448

10,58

BIIR

30

18 h

25,8

65,9

548

6,99

BR

Borracha de polibutadieno

CM

Polietileno clorado (Neoprene®)

CSM

Polietileno clorosulfonado (Hypalon®)

EBA

Etileno butilacrilato

EEA

Etileno etil acrilato

EPM

Copolímero de etileno propileno

EPDM

Terpolímero de etileno propileno

EVA

Copolímero de vinil acetato

FKM

Fluoroelastômero (Viton®)

HNBR

Borracha nitrílica hidrogenada

IR

Poliisopreno

NBR

Borracha de butadieno acrilonitrila

Na tabela acima, nota-se que com o uso apenas do acelerador ZBX, a vulcanização somente é viável em temperaturas até 80°C; acima desta temperatura o ZBX começa a decompor-se e as propriedades físicas caem abruptamente. Para superarar este problema, a combinação de ZBX como acelerador em substituição ao DTDM é um campo de estudo promissor para a vulcanização de NR, NBR e EPDM. (8) Abaixo uma formulação de NR utiliza ZBX como acelerador primário e ZDC como acelerador secundário:

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Componente

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NR

Borracha natural

PE

Polietileno (de densidade alta, baixa e linear)

POE

Elastômero de poliolefina (Exact®)

SBR

Borracha de estireno butadieno

T

Burracha de polissulfeto

VMQ

Borracha de silicone

FVMQ

Borracha de fluorsilicone

Tabela extraída da referência (12).

Seu processo é bem conhecido e amplamente estudado, visando: • Simplificar o processo • Reduzir energia • Utilizar aditivos e cargas mais baratas, mas termicamente sensíveis. Assim, as vantagens de reticulação com peróxidos em vez de enxofre incluem: • Formação de radicais que geram ligações de carbono a carbono • Melhor retenção de propriedades após o envelhecimento térmico • Reticulação sem a geração de nitrosaminas • Melhor resistência a produtos químicos e óleo • Maior compactação e, como consequência, obtenção de melhores propriedades de deformação por compressão • Propriedades elétricas superiores, uma vez que o óxido de zinco não é necessário • Reticulação de polímeros saturados e insaturados • Ampla faixa de temperaturas de operação • Maior retenção de cor, ou seja, sem descoloração É claro que nem tudo é perfeito com a vulcanização por peróxido. Por essa razão é necessário que se pesquisem diferentes tipos de processos de vulcanização para que se possa obter a melhor vulcanização e processo para o artefato. Desvantagens de reticulação com peróxidos em vez de enxofre incluem: • Restrições de alguns ingredientes (sem óleos aromáticos ou altamente ácidos) • Resistência inferior ao rasgo a quente. No entanto, certas misturas de peróxidos e coagentes podem gerar resistência ao rasgo a quente equivalente à cura de enxofre. www.borrachaatual.com.br

• Manchamento por migração de alguns tipos de peróxidos, embora não tão extenso como com a maioria dos sistemas de cura de enxofre. • Interferência do oxigênio (falha na cura superficial em processos de ar quente ou cura aberta). Em um trabalho publicado recentemente na Revista “Rubber World”, é detalhada a possível vulcanização na presença de ar (oxigênio) (10) . • Custo de curativos. Embora não necessariamente em relação ao menor valor dos aceleradores e de toda a formulação, particularmente quando elastômeros de baixo custo podem ser facilmente substituídos. São necessários mais aditivos para uma cura de enxofre do que uma cura de peróxido. Apesar de todas as vantagens e desvantagens o uso de peróxidos, desprezados até recentemente devido à baixa temperatura de decomposição, mas com a necessidade de redução do gasto energético, volta a ser estudada a linha de peróxidos conhecidos como “peroxyketals”(9) . Apesar do seu uso bastante difundido na vulcanização da borracha de silicone (HTV) em baixas temperaturas, muitos trabalhos estão sendo efetuados e novos coagentes estudados para a viabilidade econômica desta linha de peróxidos, para a reticulação de borrachas diênicas. (tabela 1). 

Referências Bibliográficas: New accelerator system for low temperature curing of elastomer with Special Reference to NR, NBR and NR/BR blends, Shiny Palaty, Department of Polymer Science and Rubber Technology, Cochin University of Science and Technology. Low and room temperature vulcanization – I – Overview – Why, how, what collateral effects? Specialchem, 13 de Dezembro de 2006. https://www.tse-industries.com/products/ millathane-millable-polyurethane-thanecure-reactiveadditives/millathane-grades/millathane-UV Químicos para a indústria da borracha – 4ª Edição – LT Quimicos TSE Industries - XP-8263_M97_UV-vs-Peroxide Wiley Online Library - John Wiley &e Söns, Inc (2000) Synergism of Xanthate/Dithiocarbamate Accelerator in Carbon Black Filled NR Compounds - Iranian Polymer Journal - Shiny Talaty & Raini Joseph - July, 2003. A indústria da Borracha e o Meio Ambiente – Novos Aceleradores – 16º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha – 28/06/2016 Varox – RT Vanderbilt Rubber World – 03/19 – “Luperox Air organic peroxides: New peroxide systems for crosslinking EPDM in hot air”, página 20. Fundamentals of Curing Elastomers with Peroxides and Coagents II: Understanding the Relationship Between Coagent and Elastomer”

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FRASES & FRASES

A felicidade é a aceitação corajosa da vida. Erich Fromm

“É preciso escutar muito e falar pouco para agir bem no governo de um Estado.” Cardeal de Richelieu

“Não tente tornar-se um homem que tem sucesso. Tente tornar-se um homem que tem valor.” Albert Einstein

“São muitas pessoas que se alegram com a inferioridade de seus amigos.” Philip Chesterfield

“É preciso salvar a esperança. É o grande problema deste século.” Julien Green

“Quando se tem 20 anos, somos incendiários, mas quando temos 40 nos tornamos bombeiros.” Witold Gombrowicz

“Um ato vale cinco dizeres.”

“Repousem. Uma terra bem descansada dá uma soberba colheita.” Públio Ovídio Naso

“Não é preciso explicar nada a uma criança. É preciso enfeitiçá-la.” Marina Tsvetaeva

Henrique IV

“É preciso mais coragem para mudar seu ponto de vista do que para se manter fiel a ele.” Friedrich Hebbel

“O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel.” Platão

“É impossível explicar a sorte.” Shirley Temple

“Basta de Revoluções. A Humanidade precisa focar na sua Evolução.” Tony Flags

“A desilusão abre horizontes que os sonhos insistem em esconder.” Charles Bright ©Foto: Pixabay 2019/jill111

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CLASSIFICADOS

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AGENDA

MAIO 16/05 Seminário de Segurança e Conectividade Local: Universidade Paulista – UNIP Av. José Maria Whitaker, 373 – Planalto Paulista – São Paulo – SP Informações: AEA - Associação Brasileira de Engenharia Automotiva – www.aea.org.br

AGOSTO 08/08 TOPRUBBER 2019 Maiores & Melhores do Ano Local: Centro de Convenções Milenium Dr Bacelar, 1043, Vila Mariana , São Paulo Informações: www.premiotoprubber.com.br

SETEMBRO 05/09 ELASTE 2019 Maiores & Melhores do Ano Local: Centro de Convenções Milenium Dr Bacelar, 1043, Vila Mariana , São Paulo Informações: www.borrachaatual.com.br

18 a 20 RUBBERTECH CHINA 2019 Local: Shangai, China Informações: www.chrubber.com, rubbertech@chrubber.com

OUTUBRO 08 a 10 International Elastomer Conference - Expo, 196th Technical Meeting & Educational Symposium Local: Huntington Convention Center of Cleveland, Cleveland, OH Informações: (1) 330-595-5531, www.rubber.org

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