Tríduo para Corpus Christi nas paróquias 2012

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Corpus Christi Arquidiocese de São Paulo

Dia 7 de junho de 2012 - 9h

Tríduo de Preparação (4, 5 e 6 de junho) ORIENTAÇÕES GERAIS 1. O Tríduo em preparação à solenidade de Corpus Christi, nos dias 4,5 e 6 de junho de 2012, deve ser celebrado em todas as igrejas da Arquidiocese. Poderá ser feito também nas famílias, nos grupos ou individualmente. 2. Preparar sempre o ambiente da Celebração providenciando: cruz, bíblia, velas, alguma foto ou cartaz sobre a eucaristia, flores e outros elementos que possam ajudar a rezar. 3. Em cada dia do tríduo, acender velas: uma vela no 1º dia; duas, no 2º dia e três, no 3º dia. 4. Cada participante leve a sua Bíblia. Os cantos podem ser outros dos sugeridos, mas adequados ao tema e conhecidos pelo grupo. 5. A cada dia, levar algum alimento para ser partilhado com os mais pobres. 6. Se a celebração for feita na igreja/capela, destacar e valorizar a presença eucarística.Portanto, podem-se utilizar os textos aqui propostos para um momento de Adoração do Santíssimo Sacramento, acrescentando necessariamente alguns momentos de silêncio e, se for o caso, outras leituras e cânticos. 7. Após a celebração, o grupo/família poderia fazer um “ágape fraterno” no local da celebração.

ORAÇÃO DE ABERTURA (para todos os dias)

CANTO Querido Povo de Deus em São Paulo, Com este Tríduo, vamos preparar-nos bem para a festa bonita de Corpus Christi. É uma das manifestações públicas mais bonitas de nossa fé católica e lembramos que Jesus, na Eucaristia, se entregou sobre a cruz por amor a nós; e se fez “pão da vida”, nosso alimento, caminha conosco e não nos deixa sós pelas estradas da vida. Ele está no meio de nós! Convido todos para a festa arquidiocesana de Corpus Christi no dia 7 de junho; faremos uma grande procissão, saindo às 9h da igreja de Santa Ifigênia na direção da Praça da Sé. Lá teremos a Missa e a bênção eucarística. Vamos caminhar com Jesus pelas ruas e praças de São Paulo e pedir que ele nos acompanhe todos os dias, abençoe a nossa cidade, nossas casas e nossa convivência! Cardeal Dom Odilo P. Scherer Arcebispo de São Paulo

1. Embora sendo muitos, é um o nosso Deus; com ele vamos juntos, seguindo os passos seus. Na vida caminha quem come deste pão. Não anda sozinho quem vive em comunhão. 2. Formamos a Igreja, o corpo do Senhor; que em nós o mundo veja a luz do seu amor. D. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. T. Amém. D. Há 70 anos, realizou-se aqui em São Paulo, o 4º Congresso Eucarístico Nacional, promovido pelo 2º Arcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar D’Affonseca e Silva, que ficou memorável em nossa cidade. L1. Em vista disso, a Arquidiocese de São Paulo deseja promover, no feriado de Corpus Christi deste ano, dia 07 de junho, uma solene procissão por ruas da cidade, saindo da Igreja de Santa Ifigênia e com missa na praça da Sé. D. Vamos nos preparar para participar ativamente dessa grande festa, realizando com fé esses dias do Tríduo. Retomemos as palavras do Hino daquele 4º Congresso. T. Filhos de uma pátria livre, livres dobramos os joelhos para, ó Jesus, te adorar

solenemente, afirmando nossa fé, nossa esperança no sacramento do Altar. Por nossos bens, nossa história, por esse solo bendito onde tivemos o ser, por tudo quanto nos deste, erguemos te nossos braços e vimos te agradecer. D. O Espírito Santo renove nosso amor à presença eucarística do Senhor e nos ajude a celebrar bem esse dia do Tríduo da solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo.

CANTO Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar. 1. Nossos caminhos vem iluminar. Nossas idéias vem iluminar. Nossas angústias vem iluminar. As incertezas vem iluminar. 2. Toda a Igreja vem iluminar. A nossa vida vem iluminar. Nossas famílias vem iluminar. Toda a terra vem iluminar. D. Senhor Jesus Cristo, neste admirável Sa­ cra­­­mento nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós que viveis e reinais para sempre. T. Amém. Tríduo 01


D. Também o culto prestado à Eucaristia fora da Missa edifica a Igreja, pois está ligado intimamente com a celebração eucarística. A adoração eucarística realiza nossa comunhão espiritual com o Senhor Jesus. Dela nos falam os santos.

PRIMEIRO DIA

A EUCARISTIA EDIFICA A IGREJA 1. Acender a 1ª vela e fazer a Oração de Abertura (ver no início deste roteiro); 2. Palavra do Senhor – Jo 6,53-58 ou Jo 15,1-17; 3. Para acolher a Palavra de Deus, seguir de certo modo, os passos da leitura orante: a) Uma pessoa faz a leitura do texto proposto. b) Em seguida, num tempo de silêncio, cada participante relê o texto na sua Bíblia, procurando entender o Deus quer lhe dizer (meditação). c) Depois, partilhe suas descobertas, esclareça suas dúvidas e repita a frase ou a palavra que você deseja que Deus realize em sua vida. d) Assuma um pequeno compromisso a partir da leitura (contemplação). e) Conclua esta parte rezando o Salmo 22(23), do Bom Pastor. 4. Depois de ter acolhido a Palavra de Deus, medite a Palavra da Igreja, como abaixo.

Palavra da Igreja João Paulo II, Carta Ecclesia de Eucharistia, 21-25 D. Pelo sacramento do Pão Eucarístico, ao mesmo tempo é representada e se realiza a unidade dos fiéis, que constituem um só corpo em Cristo, como nos ensina São Paulo, Patrono de nossa Arquidiocese. T. Nós somos muitos, mas formamos um só corpo, / que é o Corpo do Senhor, a sua Igreja; / pois todos nós participamos do mesmo pão da unidade, / que é o Corpo do Senhor, a Comunhão. L1. Disse Jesus: “quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim, e eu vivo nele. Quem se alimenta de mim vai viver por causa de mim”. Por isso, podemos dizer não só que cada um de nós recebe Cristo, mas também que Cristo recebe cada um de nós. T. Jesus fortalece a sua amizade conosco: Vocês são meus amigos. Permaneçam em Mim e Eu permanecerei em vocês (Jo 15, 4.14-15).

De fato, tal como o pão é um só apesar de constituído por muitos grãos, e estes, embora não se vejam, todavia estão no pão, assim também nós estamos unidos reciprocamente entre nós e, todos juntos, com Cristo”. T. O Pão da vida, a Comunhão, nos une a Cristo e aos irmãos, e nos ensina a abrir as mãos para partir, repartir o pão. L1. Pela comunhão eucarística a Igreja consegue, cada vez mais profundamente, ser “em Cristo, como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (LG 1). A Eucaristia, construindo a Igreja, cria comunidade entre os homens e mulheres, dispersos pelo pecado. T. Na vida caminha quem come deste pão. Não anda sozinho quem vive em comunhão.

L2. Santo Afonso Maria de Ligório disse: “A devoção de adorar Jesus sacramentado é a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós”. T. Louvor e glória a Cristo, hoje e para sempre. L3. O Beato João Paulo II deixou-nos seu testemunho: “É bom demorar-se com Ele [Jesus eucarístico] e, inclinado sobre o seu peito como o discípulo predileto, deixar-se tocar pelo amor infinito do seu coração. Como não sentir de novo a necessidade de permanecer longamente, em diálogo espiritual, adoração silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento? Quantas vezes, meus queridos irmãos e irmãs, fiz esta experiência, recebendo dela força, consolação, apoio!” T. Louvor e glória a Cristo, hoje e para sempre. D. A Eucaristia é um tesouro inestimável: não só a sua celebração, mas também o permanecer diante dela fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça, contemplar melhor o rosto de Cristo, e faz perdurarem e se multiplicarem os frutos da comunhão do corpo e sangue do Senhor. T. Louvor e glória a Cristo, hoje e para sempre. Oração Final (ver no final do Roteiro)

SEGUNDO DIA

A PARÓQUIA, COMUNIDADE EUCARÍSTICA 1. Acender as duas velas e fazer a Oração de Abertura (ver no início deste roteiro);

L2. Os Apóstolos, na última Ceia, entraram pela primeira vez em comunhão sacramental com Jesus Cristo. Desde então e até ao fim dos séculos, a Igreja se edifica através da comunhão sacramental com o Filho de Deus imolado por nós: “Fazei isto em minha memória”. T. A Igreja vive da Eucaristia!

2. Palavra do Senhor – At 2,37-47;

L3. A nossa união com Cristo, que é dom e graça para cada um, faz com que, n’Ele, sejamos parte do seu corpo total que é a Igreja. A Eucaristia consolida a incorporação em Cristo, que se realizou no Batismo pelo dom do Espírito. T. Queremos também agora dizer o que rezamos na Oração Eucarística: “Fazei de nós um só corpo e um só espírito”!

4. Depois de ter acolhido a Palavra de Deus, meditar a Palavra da Igreja, como abaixo;

D. São João Crisóstomo comenta: “O que é o pão? É o Corpo de Cristo. E em que se transformam aqueles que o recebem? No Corpo de Cristo; não muitos corpos, mas um só corpo. 02 Tríduo

3. Para acolher a Palavra de Deus, seguir de certo modo, os passos da leitura orante: a) Uma pessoa faz a leitura do texto proposto; b) Em seguida, num tempo de silêncio, cada participante relê o texto na sua Bíblia, procurando entender o Deus quer lhe dizer (meditação); c) Depois, partilhe suas descobertas, esclareça suas dúvidas e repita a frase ou a palavra que você deseja que Deus realize em sua vida; d) Assuma um pequeno compromisso, a partir da leitura (contemplação); e) Conclua essa parte rezando o Salmo 22(23), do Bom Pastor;

Palavra da Igreja Carta Pastoral de Dom Odilo (2011) T. Queremos ser uma Igreja verdadeiramente discípula e missionária de Jesus Cristo na grande cidade de São Paulo. D. Tomemos, pois, uma consciência renovada sobre o significado da PARÓQUIA. L1. Ela é o rosto mais visível e concreto do Mistério da Igreja, “Sacramento da salvação” no mundo; é uma comunidade de batizados,

congregados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, vivendo a fé, a esperança e a caridade. T. Sim, a Paróquia é o rosto mais visível e concreto do Mistério da Igreja! L2. Ela se reúne ainda hoje em torno de Jesus Cristo Salvador, Senhor e Pastor da Igreja, representado visivelmente pelo Ministro ordenado, que está no meio dela e à sua frente para servi-la e conduzi-la na caridade. T. Abençoa, Senhor, nosso Arcebispo e seus Bispos auxiliares, nossos Padres e


Diá­conos; fortalecei os seminaristas e dai-nos muitas e santas vocações sacerdotais.

cultivo da oração pessoal e comunitária, o incentivo à escuta atenta e à prática da Palavra de Deus.

L3. A Paróquia é “casa de Deus” no meio das casas dos homens, templo de Deus edificado com pedras vivas, que são todos os batizados. Ela é o “corpo de Cristo”, através do qual Ele continua a se expressar, a ir ao encontro das pessoas e a realizar no mundo sua tríplice missão de servir, ensinar e santificar. T. Importa viver, Senhor, unidos no amor, na participação, vivendo em comunhão.

L3. É preciso recuperar a centralidade da celebração dominical para revitalizar a Paróquia. Domingo é o dia em que o Senhor Ressuscitado quer encontrar seus discípulos e se manifestar a eles; é dia de Missa e de encontro alegre com os irmãos. Domingo é também o dia da grande manifestação da Igreja, do testemunho, dia de buscar o alimento da fé, esperança e caridade. T. A Paróquia é a comunidade dos “santificados” pela graça de Deus, chamados a viver vida santa e a santificar o mundo com sua presença, sua ação e testemunho.

D. A Paróquia é o concreto e visível “povo de Deus”, que irradia no mundo a luz de Cristo, difunde o sal e o fermento benéfico do Evangelho e vai fazendo aparecer os sinais do Reino de Deus, anunciado por Cristo e já presente no meio de nós. L1. Ela é a “comunidade missionária dos discípulos de Cristo” no meio do mundo. É comunidade de pequenas comunidades de irmãos. E é também o conjunto de organizações, estruturas e iniciativas pastorais a serviço da vida e da missão da Igreja. T. Ela é a imagem visível daquilo que é a Igreja de Jesus Cristo, na sua totalidade e no seu mistério humano-divino. L2. Como a Igreja inteira, assim também cada paróquia poderia ser comparada ao corpo, com uma só cabeça, uma única vida, mas muitos membros, órgãos e funções: todos a serviço da vida e da missão do único organismo (cf. Gl 6,15; 2Cor 5,17). T. Nós somos o Corpo de Cristo, animado por um mesmo Espírito, o Espírito Santo, que dá unidade e coesão ao corpo todo. Em cada paróquia, somos o povo de Deus, com a riqueza e a variedade de dons e carismas que o Espírito Santo concede para a vitalidade de todo o corpo eclesial. D. Na paróquia torna-se presente e se realiza a tríplice missão de Cristo – o anúncio da Boa Nova, a santificação da humanidade e o serviço pastoral – que é a razão de ser da vida e da ação de toda a Igreja e também de cada paróquia. L1. Anunciar a Palavra de Deus e testemunhá-la pela vida é a primeira e mais importante missão da paróquia; é Jesus Cristo que, através da Comunidade paroquial, e nela, quer continuar a ser o anunciador e mestre da Boa Nova. A Igreja vive da Palavra de Deus, como vive da Eucaristia, Pão da Vida. T. Sem um constante e amoroso serviço de anúncio, escuta e acolhida da Palavra de Deus, a fé esfria, a moral se desvia, as organizações eclesiais perdem seu sentido e a comunidade fica desorientada. Seria como uma árvore que não recebe mais água... L2. A paróquia tem a missão de proporcionar a todos os fiéis os meios para a santificação, mediante a celebração dos Sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Penitência, o

D. A comunidade paroquial é significada e tornada visível, de modo especialmente profundo, na celebração eucarística dominical. L3. Convocados pela Palavra de Deus, os fiéis respondem com fé e acorrem, no “Dia do Senhor”, à reunião em torno de Cristo Ressuscitado, proclamando os “Mistérios da Fé” na Palavra de Deus, na Eucaristia e na oração em comum, alegrando-se na esperança e aprofundando a caridade. T. A assembléia eucarística é a expressão mais visível e sacramental da Igreja. D. O próprio Senhor Jesus Cristo se faz presente “onde dois ou mais estão reunidos em seu nome” (cf. Mt 18,20) e, com eles, apresenta o perfeito louvor e adoração ao Pai; pela pessoa dos seus Ministros, Ele nos instrui na Palavra de Deus, alimenta-nos com o Pão da Vida e nos envia novamente em missão ao meio do mundo. T. A assembléia eucarística é a expressão mais visível e sacramental da Igreja. Por isso, é da máxima importância que a participação na celebração da Eucaristia dominical seja valorizada plenamente por todo o povo nas paróquias. L1. A paróquia deve ser, também, o lugar da acolhida de todos, do interesse alegre pelas pessoas e da atenção delicada em relação a todos os que sofrem, da busca daqueles que estão distantes, enfim, da prática de todas

aquelas belas qualidades do Bom Pastor, que reúne, acolhe, conhece, chama pelo nome, conduz, defende, corrige, procura, ama até entregar a vida pelas ovelhas. L2. Por isso, devem existir na paróquia as diversas “pastorais”, como expressão concreta da caridade de Cristo e da Igreja. T. Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente. (bis) D. A paróquia pode realizar muitas atividades sociais, culturais e religiosas. L3. Mas seu objetivo primordial é proporcionar aos seus membros uma rica e variada experiência da fé cristã católica, alimentada nas fontes da fé e da vida cristã e eclesial, que são a Palavra de Deus, a Tradição viva da fé da Igreja, a Liturgia e a riqueza mística do seguimento de Cristo, no Evangelho, manifestada através da vida dos santos. D. A paróquia é o lugar onde fazemos a experiência pessoal e comunitária do encontro com Deus por meio de Jesus Cristo, no dom do Espírito Santo. Por isso, ela tem a missão de formar nos caminhos do Evangelho todos os batizados para que permaneçam fiéis e unidos a Cristo e à Igreja e se tornem, de fato, missionários do Evangelho para o mundo. T. A experiência do encontro com Cristo também é favorecida pelo testemunho lu­ mi­noso dos santos e mártires, que nos precederam na fé e enriqueceram a vida da Igreja com seu exemplo. D. Quanta coisa bonita temos em nossa Igreja para ser acolhida e vivida como dom e graça, para ser expandida de maneira missionária ao nosso redor, para que nossas comunidades paroquiais sejam verdadeiramente missionárias! T. Uma coisa é certa: o futuro de nossa Igreja e da paróquia depende de nosso ânimo missionário hoje. Um grande trabalho missionário será realizado quando os pais cristãos fizerem bem a sua parte, iniciando os filhos nas coisas da fé e introduzindo-os na vida da Igreja. 4. Oração Final (ver no final deste roteiro)

TERCEIRO DIA

A EUCARISTIA E A IGREJA EM MISSÃO 1. Acender as três velas e fazer a Oração de Abertura (ver no início deste roteiro); 2. Palavra do Senhor – Mt 28,1-10.16-20; 3. Para acolher a Palavra de Deus, seguir de certo modo, os passos da leitura orante: a) Uma pessoa faz a leitura do texto proposto; b) Em seguida, num tempo de silêncio, cada participante relê o texto na sua Bíblia, procurando entender o Deus quer lhe dizer (meditação); c) Depois, partilhe suas descobertas, esclareça suas dúvidas e repita a frase ou a palavra que você deseja que Deus realize em sua vida; d) Assuma um pequeno compromisso, a partir da leitura (contemplação); e) Conclua essa parte rezando o Salmo 22(23), do Bom Pastor; 4. Depois de ter acolhido a Palavra de Deus, meditar a Palavra da Igreja, como abaixo; Tríduo 03


Palavra da Igreja Bento XVI, Homilias (26/05/2005) D. Na festa de Corpus Christi, a Igreja revive o mistério da Quinta-Feira Santa à luz da Ressurreição. Jesus, naquela noite santa, sai, é entregue pelo traidor e, precisamente assim, vence a noite, vence as trevas do mal. Só desta forma, o dom da Eucaristia, instituída no Cenáculo, encontra a sua realização: Jesus entrega realmente o seu corpo e o seu sangue. T. A carne torna-se, para todos os séculos, o pão de vida! L1. Na Quinta-Feira Santa, após a Missa, a Igreja acompanha Jesus, em procissão eucarística, ao monte das Oliveiras: a Igreja orante sente um desejo profundo de vigiar com Jesus, de não o deixar sozinho na noite do mundo, na noite da traição, na noite da indiferença de muitos. T. Vigiem e orem, para que não entrem em tentação. L2. Na festa de Corpus Christi, retomamos esta procissão, mas na alegria da Ressurreição. O Senhor ressuscitou e vai à nossa frente. “Não tenham medo”, disse o Anjo às mulheres. “Vão depressa e digam aos discípulos de Jesus: ‘Ele ressuscitou, e vai adiante de vocês para a Galileia’. Lá vocês irão vê-lo”. E na Galileia, no monte, os discípulos vêem Jesus, o Senhor, que lhes diz: “Vão a todos os povos e façam com que todos sejam meus discípulos” (Mt 28, 19). T. Vai trabalhar pelo mundo afora! Eu estarei até o fim contigo! Está na hora, o Senhor me chamou! Senhor, aqui estou! L3. Ir à Galileia é sair pelos caminhos do mundo, levando o Evangelho a todas as nações, levando o dom do seu amor aos homens de todos os tempos. Por isso o caminho dos apóstolos prolongou-se até aos “confins da terra”. Assim, São Pedro e São Paulo foram até Roma, cidade que na época era o centro do mundo conhecido, e o Beato José de Anchieta chegou, com seus companheiros, ao Brasil, Terra de santa Cruz, aqui em São Paulo. T. Vai, vai, missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com ardor. Cristo também chegou para anunciar: não tenhas medo de evangelizar. D. A procissão da Quinta-Feira Santa acompanhou Jesus na sua solidão, no caminho da cruz, ao Calvário. A procissão de Corpus Christi, ao contrário, responde de maneira simbólica ao mandamento do Ressuscitado: “Vão até aos confins do mundo, levem o Evangelho a todas as nações”. A força do Sacramento da Eucaristia vai além das paredes das nossas Igrejas. Neste Sacramento, o Senhor está sempre conosco a caminho, no mundo. T. O Povo de Deus, no deserto andava, mas à sua frente, alguém caminhava. O Povo de Deus era rico de nada, só tinha a esperança e o pó da estrada. Também sou teu povo, 04 Tríduo

Senhor, e estou nesta estrada. Somente a tua graça me basta e mais nada. L1. Desse modo, na procissão da grande festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo revela-se a missão da Igreja. Nós levamos Cristo, presente no Sacramento eucarístico, pelas estradas da nossa cidade. Nós confiamos as estradas, as casas e a nossa vida quotidiana na Cidade à sua bondade. T. Que as nossas estradas sejam de Jesus! Que as nossas casas sejam para Ele e com Ele! Que Ele habite em nossa Cidade! Que nossa vida de todos os dias estejam penetradas da sua presença. L2. Com este gesto, colocamos sob o seu olhar os sofrimentos dos doentes e dos pobres, a solidão dos jovens e dos idosos, nossas tentações, receios e toda a nossa vida. A procissão pretende ser uma bênção grande e pública para a nossa cidade: Cristo é, em pessoa, a bênção divina para o mundo. T. Na procissão de Corpus Christi, acompanharemos Jesus Ressuscitado no seu caminho pelo mundo inteiro; o dom de sua bênção alcance a todos nós! L3. A comunhão eucarística é a assimilação da nossa vida à de Jesus, a nossa transformação e conformação com Aquele que é Amor vivo. Por isso, a comunhão exige a adoração, requer a vontade de seguir Cristo, de seguir Aquele que caminha à nossa frente. Por isso, a adoração e a procissão fazem parte de um único gesto de comunhão. T. Vinde, ó irmãos, adorar; vinde, adorar o Senhor. A Eucaristia nos faz Igreja, comunidade de amor. D. A nossa procissão iniciará na igreja de Santa Ifigênia e terminará diante da Catedral, dedicada a Nossa Senhora da Assunção. O Papa João Paulo II chamou Maria “a Mulher eucarística”. L1. Verdadeiramente Maria, a Mãe do Senhor, ensina-nos o que significa entrar em comunhão com Cristo: Maria gerou a própria carne, o próprio sangue a Jesus e tornou-se morada viva do Verbo Eterno, deixando-se penetrar no corpo e no espírito pela sua presença. D. Peçamos a Ela, nossa santa Mãe, que nos ajude a abrir, cada vez mais, todo o nosso ser à presença de Cristo; que nos ajude a segui-lo fielmente, dia após dia, pelos caminhos da nossa vida. CANTO Ensina o teu povo a rezar, Maria Mãe de Jesus, que um dia o teu povo desperta e na certa vai ver a luz; que um dia o teu povo se anima e caminha com teu Jesus. 1. Maria de Jesus Cristo, Maria de Deus, Maria mulher, ensina a teu povo o teu jeito de ser o que Deus quiser. 2. Maria, Senhora nossa, Maria do povo, Povo de Deus, ensina o teu jeito perfeito de sempre escutar teu Deus. Oração Final (para todos os dias)

ORAÇÃO FINAL (para todos os dias) D. Rezemos juntos nossos louvores: Bendito seja Deus. Bendito seja seu santo nome. Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Bendito seja o nome de Jesus. Bendito seja o seu sacratíssimo Coração. Bendito seja seu preciosíssimo Sangue. Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar. Bendito seja o Espírito Santo, Paráclito. Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima. Bendita seja a sua santa e Imaculada Conceição. Bendita seja a sua gloriosa assunção. Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe. Bendito seja São José, seu castíssimo esposo. Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus santos. Em seguida, quem dirigiu o encontro convida os irmãos para fazerem a Oração dos Fiéis. Cada participante faz uma oração espontânea, rezando por si mesmo e pela comunidade, pedindo a Deus que realize em nós e na Arquidiocese de São Paulo a Palavra de Deus e a da Igreja, que foram meditadas em cada dia. Depois, rezam juntos o Pai Nosso, seguido da oração: D. Oremos: Ó Deus, que nos destes o verdadeiro Pão do céu, concedei-nos que, pela força deste alimento espiritual, vivamos sempre em vós e ressuscitemos gloriosos no último dia. Por Cristo, nosso Senhor. T. Amém. D. Graças e louvores se dêem a todo momento. T. Ao Santíssimo e digníssimo Sacramento. (encerrar com um canto final apropriado, à escolha)

Informações úteis para a celebração de Corpus Christi Quando será a celebração de Corpus Christi? No dia 7 de junho, quinta-feira. Onde e a que horas começa a grande procissão eucarística? Começará às 9h, a partir do Largo Santa Ifigênia (Igreja de Santa Ifigênia), passando pelo Viaduto de Santa Ifigênia, Largo São Bento, Rua Líbero Badaró, Praça Patriarca, Largo São Francisco e chegará à Praça da Sé. Ali haverá a Missa. O que levar? Leve água, lanche, e, havendo sol, leve algo para cobrir a cabeça. Importante é ir com muita fé e alegria. Como chegar ao local da procissão? Dê preferência ao transporte coletivo. Use o Metrô (estações Luz, República, Anhangabaú, São Bento e Sé). Não haverá estacionamento para ônibus fretado.


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