Revista 49

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EDITORIAL “Deixai vir a mim as crianças” (Mc 10.14; Lc 18.16) De uma forma poética escreveu a agente mirim semapinho Polyana: “Fazer Missão é ir à guerra falar de paz!”. E é literalmente isto que os cristãos no Iraque estão a fazer quando abrigam e dão conforto material, emocional e espiritual aos refugiados sírios, na sua maioria crianças.

IDENTIDADE • Visão Missionária é uma publicação trimestral produzida desde 1999 pelo SEMAP – Serviço de Missões aos Povos, órgão oficial das Assembleias de Deus Missão aos Povos, em Uberlândia – MG. A motivação é a expansão do Reino de Deus entre as Nações, trazendo informação, orientação e mobilizando a Igreja de língua portuguesa para o cumprimento da sublime tarefa de fazer Cristo conhecido “até o último da terra” (At 1.8).

Nesta edição Editorial

Palavra do Pastor Cartas e e-mail

Crônicas Missionárias Ronaldo Lidório

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Opinião Missionária Russel Shedd

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Congressos 1º Encontro de Missões SEMADESV

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Matéria da Capa Síria, uma oportunidade entre a guerra

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Coluna Missionária Jubileu de Prata do Trabalho Missionário

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Perfil Missionário Pr. Álvaro Álen Sanches

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Semapinho Primeira Manhã Infanto Juvenil SEMAP

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Enquanto no Brasil Deus me deu a honra de participar da elaboração, publicação e divulgação do III Manifesto pela Educação, o qual objetiva, entre outras mudanças, extinguir do ambiente escolar a competição e intensificar a solidariedade cultivada em um ambiente de paz e harmonia, de modo que estudantes e professores possam desenvolver vínculos afetivos, na distante Síria milhares de crianças são assassinadas e violentadas em seus direitos à vida e de ter uma família. Segundo relatos oficiais, os estudos comprovam que 44% das crianças sírias presenciaram ao menos cinco de onze eventos adversos associados a guerras e desastres, como vivenciar a morte de parentes, observar pessoas morrendo, ser ferida, ouvir gritos de socorro, ser ameaçado de morte, sofrer fome e sede, e outras mazelas ocasionadas por uma competição sem fim. Diz a educadora italiana, Drª Maria Montessori, que “a competição é a pequena guerra que legitima a grande”. Trago assim neste editorial uma reflexão ao leitor, seja você professor, missionário, líder, sobre como a competição é cultivada no dia a dia das pessoas, por exemplo, quando se estimula gincanas bíblicas entre meninas e meninos, colocamo-nos em uma disputa competitiva para qual finalidade? Definir quem é mais inteligente, se este ou aquele? Quem é mais poderoso? Quem é melhor? Não é necessário estimular a pequena guerra, comparemos cada um consigo mesmo como Jesus o fez. Nós cristãos cremos que é Ele quem cessa todas as guerras de uma maneira sobrenatural (Sl 46), e rogamos a Jesus, nosso pacificador, que permita que cada vez mais a semente da esperança seja plantada pelos obreiros do Iraque nos corações das crianças refugiadas, e seja regada pela Água da Vida, cuja corrente alegra a nossa vida, e assim se multiplique os moradores do Reino. Louvemos a Deus que nos permitiu comemorar jubileu de prata no trabalho missionário levando, através de nossos missionários, a Paz do Mestre às crianças refugiadas da Síria. Boa leitura! Elypaschoalick manifestopelaeducacao@gmail.com

EXPEDIENTE Presidente: Pr. Álvaro Alén Sanches Direção: Ev. Saulo Gregório de Lima Editora: Ely Paschoalick Cronista: Rev. Ronaldo Lidório Colunista: Dr. Russel Shedd Jornalista Responsável: Ivan Marcos Gonzaga RPMG 048733JP

Assine no avaaz: curto.co/3manifesto Fotos: Equipe SEMAP Sites diversos Revisão de Textos: Ericka Souza Nogueira Publicidade: Saulo Gregório de Lima Projeto Gráfico: André Mesquita Equipe de Redação: Missionários SEMAP

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REALIZAÇÃO: SEMAP Escritório: Av. Rondon Pacheco, 4094 • Bairro Saraiva CEP: 38 408-404 • Uberlândia/MG • 34 3256 1700 • 3210 0693 Qualquer oferta missionária: Banco Bradesco • Ag.1901 • C/C: 35612-3 E-mail: semap@semap.com.br Acesse rádio Dimensão • On-line: www.radiodimensao.com.br Assinaturas: www.semap.com.br Caro leitor, registre-se no site SEMAP para receber seu login e ter acesso aos complementos de nossas matérias: www.semap.com.br

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palavra do pastor

é o mesmo,

Jesus Cristo

ontem, e hoje, e eternamente. (Hb 13.8)

Pr. Álvaro Alén Sanches

Promessa feita no passado com garantia eterna 4


Nosso Brasil recebeu médicos para prestar serviços nas regiões carentes, e houve comentário comprobatório de que muitos foram reprovados por falta de autenticidade na origem dos documentos apresentados. Isto deu munição aos opositores do projeto Mais Médicos. Esta situação me fez também pensar que o enviado a uma missão tem a sua garantia firmada em quem o enviou e nos documentos que ele apresenta. Analise comigo, jamais Deus enviaria alguém em missão para ser reprovado, ou sem documentação que provasse a sua origem - II Cor 5.20: “de sorte que sois embaixadores a serviço dos céus”. A) OS PRIMEIROS DOS PRIMEIROS A SEREM ENVIADOS (LC 10.1-12) Eles receberam de Jesus instruções que servem para nós até hoje. Porém, não receberam as promessas (Mc 16.15-20). Na passagem de Lc 10.1-12, Jesus deixa bem claro a realidade da evangelização, de que serão odiados e que terão que aprender a confiar em Deus, e não na bolsa. Ainda menciona sobre relacionamento e como se sair diante de uma estranha recepção, e também deixa claríssimo que digno é o obreiro do seu sustento. B) PORÉM OS ENVIADOS DEFINITIVOS RECEBEM PROMESSAS AUTENTICADAS As promessas que Jesus deixou aos apóstolos tem validade eterna, pois tem a assinatura dele (Jo 15.8,16). 1º) Promessa de Paz (Jo 20.21) Ninguém mais do que um enviado em missão precisa de paz, especialmente um servo do Senhor (Lc 10.4). Pedro é um grande exemplo quando no tronco dormia entre inimigos, ele tinha paz (At 12.5,6). Pode alguém cantar em prisões? Paulo e Silas desfrutavam desta paz (At 16.23-26). Neste exato momento temos muitos ao redor da terra com sua vida e dos seus em risco de morte, mas que estão em paz. Esta paz que Jesus dá

é a semente das Boas Novas de Salvação a ser semeada por um enviado (Is 9.6; Ef 2.14). 2º) Promessa em Nome de Cristo (Mc 16.17) Grau de promessa do nome: Nome dado por Deus antes de nascer (Luc 1.31; 2.21) e até hoje este nome tem validade (Hb 13.8). Neste nome milagres acontecem: aleijados são curados (At 3.6; 9.34), demônios são expulsos (Mc 16.17). Neste nome há salvação (At 4.12). Diante deste nome todos os joelhos se curvarão (Fl 2.10). Trata-se de uma procuração com poder ilimitado, e assinada por Jesus, aquele que foi morto e ressuscitou. Uma garantia de vitória (Ap 1.17,18). 3º) Promessa da Presença do Senhor (Mt 28.30) Somente o nome já é algo de valor incomensurável, pois representa a pessoa, e nesse caso aqui é a pessoa de Jesus, Rei dos reis, Senhor dos senhores (Ap 19.11-16). A presença de Jesus, do Espírito Santo, é vital para um enviado (Lc 24.28,33), e é uma certeza (Jo 14.16). O objetivo é convencer o pecador (Jo 16.8), guiar pela verdade (Jo 16.13) e orientar na tarefa missionária (At. 16.9). A promessa da presença de Cristo é algo extraordinário, e faz a diferença para um missionário no campo diante de ameaças e responsabilidades (Ex 33.12-16). Moises afirma no v.15 - “Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui”. Com Jesus tudo é diferente. Ele se faz presente através da onipresença em todos os lugares onde está o seu povo que clama (Mt 28.20). Somos enviados com segurança absoluta, temos paz, temos um nome poderoso e a presença do Senhor. Além disto, temos também a última das promessas - o revestimento do Espírito Santo (At 1.8), da qual falaremos em outra oportunidade. Deus vos abençoe. Amém! Pastor Presidente • Álvaro Alén Sanches

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cartas e emails

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo

para todo propósito debaixo do céu.

(Ec 3.1)

Balanço Geral A graça e a Paz do Senhor ! Passou-se o penúltimo mês do ano de 2013, e nesse período muitas coisas me aconteceram confirmando que a “estação” mudou em minha vida, e de que não retornarei ao campo com propósito de servir a longo prazo. Moro no Brasil e estou a atuar na retaguarda quanto ao trabalho missionário. Nesse segundo semestre atuei também como professora no instituto teológico da nossa igreja e foi uma experiência muito boa poder falar de Missões para os alunos, obreiros, do IMP (Instituto Missão aos Povos). Para minha surpresa e alegria fui convidada para estar no norte do Iraque numa viagem de curto prazo, para auxiliar um casal (amigos), que estão servindo ali, na estruturação do curso de capacitação Missionária. Que privilégio poder fazer parte desse mover do Senhor aqui no Curdistão, no primeiro curso para futuros missionários do país. Missionária SEMAP com larga experiência em campos onde o evangelho é restrito

Foi muito gratificante ver quinze obreiros, que participaram do treinamento teórico do curso de missões que coordeno (CAAM), terem a sua primeira experiência atuando na área de pioneirismo no Brasil nas regiões: Piauí, Ceará, Maranhão e Vale do Jequitinhonha. Glória ao Senhor! O CAAM desse ano foi uma bênção, quase setenta alunos passaram pelo treinamento.

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A atuação prática dos alunos tem sido entre refugiados sírios. A igreja árabe, a qual estou a apoiar no departamento de missões, tem dado cobertura nesse projeto, e mais de 2.200 crianças puderam desfrutar de momentos especiais com descontração, jogos com princípios bíblicos, teatro, apresentação com fantoches, distribuição de materiais escolares e preparo de lanches. Vários irmãos de outras regiões, vindo da capital e de outra cidade aqui perto, também irmãos do Egito, tem se juntado à igreja local diante dessa grande obra.


Só Deus para atuar tão excepcionalmente. Temos visto MILAGRES, porque entre os irmãos só havia desejo de ajudar, mas não existia um plano de ação para a intervenção devido à falta de recursos, projeto especifico, nem dinheiro, e em um mês TUDO aconteceu. Obreiros estrangeiros se juntaram com nacionais bem preparados (que se uniram a equipe), o dinheiro foi surgindo, e o Senhor operou maravilhas. A Ele toda a gloria.

Quero contar com sua intercessão sobre: • Que o Senhor venha agir de forma sobrenatural sobre a vida dos alunos; • Que o Senhor continue me guardando dos dardos do maligno; • Pela saúde da minha mãe no Brasil.

Obrigada amigos e irmãos por contribuírem de alguma forma para que o Reino seja anunciado.

No amor do Mestre, Irinéa Matos

“Louvem-te ó Deus os povos; louvem-te os povos todos.” (Sl 67.3)

Obreiros Nativos da Índia Este é Sanjeev! Coloque-o nas suas orações. Sanjeev é mais um dos obreiros nativos que nos auxilia na administração do Projeto Raise the Banner.

Nos o chamamos de “pau para toda a obra”, pois o mesmo atua como músico, Office boy, obreiro, propagandista do evangelho e tudo mais que lhe for solicitado. Sanjeev reside em dois cômodos juntamente com sua esposa e a filha de 12 anos, mas possui o sonho de ter sua casa própria. Oremos para que esta família cresça na fé e continue levando mais almas para o Reino. E que a doce Paz do Senhor seja perceptível aos olhos de todos da Índia. Abraços Márcia e Vivek • Missionários na Índia.

Visitou o SEMAP A secretária do SEMAP Elisoá envia e-mail com esta foto contando que o cantor Samuel Moyses, músico que faz parte do grupo Voz da Verdade e tem sua própria banda Brothers Music, conheceu o SEMAP e gostou muito da revista Visão Missionária.

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crônicas missionárias

O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado. (MT 13:33)

O Fermento e a Missão 8


As parábolas ensinadas por Jesus traziam profundos ensinos de vida e fé. A mais curta parábola se encontra em Mateus 13.33 quando Jesus compara o Reino de Deus, bem como a nossa missão, ao fermento. Matthew Henry e outros expositores nos falam a respeito de algumas particularidades deste elemento na parábola de Cristo. O fermento sozinho é inútil. Ele, em si, é um pó fino e pode permanecer guardado por meses sem causar nenhum efeito. Ele foi criado para se misturar, para se expor. Quando toca a massa esta passa a ser mudada, pouco a pouco, até crescer em grandes proporções. O verdadeiro Cristianismo é formado por pessoas que não se isolam, não tem medo de se expor e que procuram os lugares onde podem exercer influência. Jesus sempre estava nas ruas, entre o povo, conversando sobre a realidade da vida, seus problemas e angústias. Procurava a massa para nela se misturar. M. Bounds nos diz que: “Constantemente nos esforçamos por criar novos métodos, novos planos, para garantir eficiência na Igreja. Esquecemos-nos que o homem é o método de Deus. A Igreja procura métodos melhores. Deus procura homens melhores.” O fermento trabalha em silêncio. A massa de pão cresce silenciosa e vagarosamente. O fermento não chama atenção para si, seu valor, mas para aquilo que pode fazer. Por meio do fermento pessoas vão mudando.

pertam a curiosidade dos que estão ao seu redor, que influenciam pessoas com suas vidas. O fermento funciona melhor sob pressão, em altas temperaturas. A massa do pão, quando misturada ao fermento, deve ser enrolada e guardada em lugar fechado, quente e abafado. Ali é onde o fermento funciona melhor. Os que são do Reino não devem pedir a Deus um lugar com sombra e água fresca, mas sim para serem colocados onde poderão brilhar. É sob pressão e em altas temperaturas que iremos frutificar mais. Fomos chamados por Deus para influenciar onde há injustiça, pobreza e miséria. Onde há órfãos, encarcerados e enfermos. Onde pessoas passam por privações, humilhações e tristeza. O chamado do crente é para ser fermento onde ele é necessário. O fermento gera grandes transformações. Três medidas de farinha são aproximadamente vinte quilos. Com o fermento, seria pão para multidões! O texto nos diz que “tudo ficou levedado”, tudo cresceu. Houve grandes resultados!

Um dos problemas de hoje é que somos grandes demais e barulhentos demais. E, assim, influenciamos pouco demais. Por isto Ghandi afirmou que “cria no nosso Cristo, mas não no nosso Cristianismo”.

Há diversos ambientes que necessitam urgentemente de transformação. Há ainda 2.222 povos que não conhecem o Evangelho na face da terra. Mais de 3.000 línguas sem nenhum versículo da Palavra de Deus. Somente no Brasil há ainda 121 etnias indígenas não evangelizadas e mais de meio milhão de ciganos sem o testemunho de Cristo. Há milhares de comunidades ribeirinhas sem uma igreja de Cristo e, nas cidades, os menos alcançados são os mais ricos entre os ricos e os mais pobres entre os pobres. O mundo carece de grandes transformações.

Crentes gostam de fazer barulho, usar volumes altíssimos, palanques e a mídia, mas a transformação do mundo se dá silenciosamente por meio de testemunhas que vivem o verdadeiro Cristianismo, que des-

Precisamos ser fermento, portanto, que se mistura com a massa, que age silenciosamente onde está, que está disposto a trabalhar sob pressão e que gere grandes transformações para a glória de Deus.

Pr. Ronaldo Lidório é missionário e tradutor bíblico. Casado com Rossana e pai de dois filhos, atuou como missionário na África durante 10 anos entre as tribos Konkomba e Chakali. Atualmente lidera uma equipe que trabalha para alcançar grupos indígenas na Amazônia Brasileira. É tradutor do Novo Testamento para a língua Limonkpeln, de Gana e consultor cultural para projetos pioneiros entre povos animistas em diversos campos. Doutor em Antropologia Cultural escreveu diversos livros, dentre eles “Missões, o desafio continua” e “Konkombas”. É ligado à Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) e à Missão AMEM

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opinião missionária

Visão Missionária na Igreja Local Russel Shedd

Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. (Mt 9.37)

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A carência generalizada de interesse em missões transculturais no Brasil é evidente quando examinamos as estatísticas. Se há 30 milhões de crentes evangélicos que enviam 3.500 missionários transculturais para além das fronteiras, há um missionário para cerca de 9.000 crentes. Não precisa ser bom matemático para concluir que o interesse em missões transculturais é realmente mínimo. Graças a Deus há algumas raras igrejas que têm se despertado para a necessidade de cooperar nesta tarefa que Jesus passou para seus discípulos a mais de dezenove séculos passados. Visão missionária muda as prioridades da igreja. Desejamos apresentar aqui alguns dos fatores que criam uma visão missionária na igreja. I. Elementos que suscitam uma visão missionária Quando lemos o livro de Atos devemos notar que o interesse na evangelização das nações começou na perseguição de Estevão. Até a data em que os discípulos de Jerusalém saíram da cidade, o envolvimento na Grande Comissão foi inexistente. Uma vez que muitos se dispersaram pelas regiões de Judéia e Samaria, lhes parecia natural pregar a Palavra por onde quer que fossem (At 8.1,4). O mesmo acontece hoje com brasileiros que, enfrentando dificuldades em encontrar trabalho, saiem do país para o primeiro mundo. Emigra para os Estados Unidos, Europa e, notavelmente, para o Japão. Somente no Japão existem 300 igrejas e grupos evangélicos que surgiram para ministrar para os imigrantes brasileiros que ali trabalham. Despertam-se também pela grande necessidade de esforço para ganhar japoneses natos e fundar igrejas na terra dos seus antepassados. II. Ouvindo a voz do Espírito Outro fator que intensifica o interesse missionário são os líderes que oram e jejuam juntos como os cinco pastores da igreja de Antioquia. O texto não menciona as preocupações desses homens dedicados ao ministério dessa igreja, porém, foi nessa ocasião que o Espírito Santo falou: “Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2). Acho razoável pensar que a liderança que ora pouco e somente para necessidades locais, dificilmente escutará a voz de Deus chamando dois deles para formar uma equipe missionária.

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opinião missionária

Muitos pastores locais têm dificuldade em ouvir o clamor dos povos ainda não alcançados. Eles pensam apenas sobre as muitas necessidades nas redondezas. Evangelizar, discipular e plantar congregações em volta da igreja mãe parece ser uma tarefa muito mais razoável do que enviar alguns dos seus melhores obreiros para o exterior, onde o custo de vida é muito mais alto, onde a cultura é diferente e onde será necessário aprender uma língua nova. Todas essas considerações, de fato, pesam, mas se todos pensassem assim, como chegaria o Evangelho aos povos que não tem nenhuma igreja sequer? III. A suposta falta de recursos Uma terceira razão que os pastores brasileiros acham é que o peso de evangelizar os não-alcançados de outras terras seria a responsabilidade do primeiro mundo, e também devido à escassez de recursos. Passagens aéreas são caras. Aluguéis e alimentos em muitas terras distantes também são. Sustentar missionários transculturais requer muita disciplina e compromisso a longo prazo. Porém, é somente pensar os muitos templos caros, construídos com sacrifício e muita dedicação, para concluir que prédios valem mais que pessoas desconhecidas que moram em terras distantes. Uma visão missionária precisa da mente de Deus,

que amou tanto ao mundo que deu seu Filho unigênito para que os habitantes desse mundo pudessem receber a eterna salvação, a qual foi paga por Jesus na cruz. O caminho para conseguir uma visão missionária A preocupação com a evangelização dos povos, que não tem acesso ao Evangelho, começa com uma visão do tamanho da colheita que aguarda a ceifa. Jesus observou que essa seara era grande em sua geração; imagina quantas vezes maior é hoje. A visão missionária necessita mapas, fotos, estatísticas que mostram a necessidade do mundo. Em segundo lugar, seria necessário sentir profundamente a falta de obreiros disponíveis para ceifar. A maioria esmagadora tem outros afazeres e preocupações. Estão se dedicando a outras carreiras. Oração de fé muda atitudes egoístas. Em terceiro lugar, Jesus recomenda a oração ao Senhor da colheita para ele enviar trabalhadores (Mt 9.35; Lc 10.2). O poder que convence pessoas desinteressadas tem de vir do Mestre. Se ele despertar e chamar candidatos como William Carey, aquele pioneiro missionário para Índia em 1792, eles se tornarão servos preparados para um compromisso missionário radical. .

Russel Shedd formou-se em 1949 bacharel no Wheaton College. Ainda em Wheaton completou o mestrado em estudos do Novo Testamento, e em 1953 o mestrado em teologia no Faith Seminary, em Filadélfia. Aos 25 anos formou-se doutor (PhD) na Universidade de Edimburgo. Casou-se com Patrícia em 1957. Possuem cinco filhos. São missionários no Brasil desde 1962. Além de ser autor de inúmeros livros, é também o autor das notas explicativas da Bíblia Vida Nova.

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&

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c o n g r e s s o s

1º Encontro de Missões SEMADESV

Aconteceu de 16 a 18 de agosto no Templo Central da Assembleia de Deus Missão em Santa Vitoria o 1° Encontro de Missões realizado pela SEMADESV - Secretaria de Missões da Assembleia de Deus em Santa Vitoria-MG. Com grande entusiasmo e alegria, a SEMADESV apresentou uma linda abertura dos 10 principais países do ranking de perseguição em 2013, tendo a participação do grupo de apresentações e da mocidade local. Com regozijo, o Pr. Jesus Donizeth Ferreira (Presidente AD Santa Vitoria) realizou a abertura com oração, e recebeu todos os presentes com uma calorosa saudação de boas vinda a esta bela festividade. Estiveram presentes também, nos dias do evento, pastores e autoridades de toda região e sudoeste goiano.

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Para a ministração da palavra foram convidados o Missionário Ev. Dagnaldo Pinheiro (Uberlândia-MG), que esteve no Egito por nove anos fazendo missões, também Pr. Jeremias (Presidente da AD em Sta. Helena – GO) e Pr. Ivan Barretos (Presidente da AD em Capinópolis-MG). No louvor, participaram a dupla Edilson e Adriana (Quirinopolis-GO), além de conjuntos, corais, grupo teatral e cantores locais. A diretoria da SEMADESV, na pessoa do pastor e diretor Nelimar Carvalho, agradece a Deus pelas bênçãos derramadas, pela salvação de almas e a todos que contribuíram para realização do 1° Encontro de Missões, e ainda convida a todos para que abracem a obra missionária que está no coração de Deus.



matéria de capa

É Ele que cessa todas as guerras, quebra o arco, corta a lança, queima os carros no fogo. (Sl 46.9)

Síria,

uma oportunidade entre a Guerra 16


Os Arameus e a Mesopotâmia A história dos arameus está ecleticamente fundida com a da Síria, que começa no berço da civilização que é a Mesopotâmia, e esta palavra tem origem grega com significado “terra entre rios”, uma referência aos rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde essa região localiza-se e que, atualmente, os grandes historiadores dizem ser o atual Iraque e Líbano. Os arameus são descendentes de tribos nômades da antiguidade que povoaram a Mesopotâmia, e compunham um conjunto de tribos que entre os séculos XI e VIII a C. instalou-se em Aram. Os arameus são citados muita vezes no Antigo Testamento desde o Gênesis, como descendentes de “Aram” (Arameus - Gn. 10 e 22; 2 Sam.10.7,11). Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história, por ter sido a habitação dos povos que fazem parte da gênesis da civilização que são os babilônicos, assírios sumérios, caldeus, amoritas, acádios e outros. No âmbito global, eram povos completamente politeístas com raras exceções, pois acreditavam em vários deuses ligados às suas crenças pagãs. Dentro da ótica que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, em que apenas uma pessoa como imperador ou rei comandava tudo. A economia destes povos era baseada na agricultura e no comércio nômade de caravanas.

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matéria de capa

A Síria e o Antigo Testamento Fundamentadas nesta linha da história, aparecem no Antigo Testamento as genealogias das nações ancoradas numa tradição (Gen 11. 28). Dentro da História relacionada com Jacó e Labão em Gen 31. 17, podemos mostrar os sírios intimamente relacionados aos hebreus, desde o tempo dos patriarcas, isto é, a partir do século XVI a.C, tendo residido em todo o norte da Síria, na região de Aram.

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Esta região se tornou palco de constantes batalhas na disputa pelo seu controle. Envolvidos nestas lutas estavam os povos que sucessivamente guerreavam: canaanitas, fenícios, arameus, hebreus, egípcios, sumérios, assírios, babilônios, hititas, persas, gregos e bizantinos.


A Posse das Terras Próximas aos Rios Neste quadro aparece a Síria numa história marcada fortemente pela influência e rivalidade no controle das regiões férteis, próximas aos rios, para desenvolverem suas habilidades buscando a garantia da sobrevivência. No panorama desta perspectiva, a região da Mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia aos moradores água para consumo, rios para pescar e meio de transporte pelos

rios para o desenvolvimento do comércio. Outra forma de se beneficiarem dos rios caudalosos que banhavam aquelas localidades eram as cheias que fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local para o desenvolvimento de uma melhor agricultura com a garantia de grandes colheitas. Sendo assim, toda região da Mesopotâmia foi lugar de grandes homens e de grandes acontecimentos na primitiva história da humanidade.

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matéria de capa

A Síria e Israel nos Tempos Bíblicos Dentro de uma ótica analítica dos tempos bíblicos, os reis sírios armavam exércitos contra Israel, seus antecedentes delineados nos conflitos políticos de desentendimento mais remoto e na mais truculenta relação. As histórias relatam que os sírios invadiram Israel várias vezes, sob a liderança dos reis: Cusã-Risataim, Ben-Hadade I, Ben-Hadade II, Hazael, Ben -Hadade III e Rezim. A palavra Síria aparece em toda bíblia cerca de 70 vezes. Logo após a morte do rei Salomão, as diplomacias da paz acabaram-se e o rei de Damasco firmou pacto com outros Estados arameus, resultando em desentendimento e conflitos entre Israel e Damasco por vários anos. Os anos se passaram e as tensões não deixaram de existir entre a Síria e várias outras nações, e entre a Síria e o seu próprio povo. De acordo com uma passagem registrada no livro do profeta Isaías, pode-se fazer uma leitura profética sobre a destruição de Damasco que nunca aconteceu, mas não podemos nos esquecer de que a cidade de Damasco nunca foi atacada, mas a história nos conta que, por várias vezes, foi conquistada, isto é, como diz as escrituras, nunca foi trazida às ruínas. É possível que essas profecias se cumpram num tempo similar a este que a Síria está passando,

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porque a cidade é palco de uma guerra civil com milhares de mortos pelas armas, pela fome, e por agentes químicos, o que sinaliza uma possível intervenção externa pela ONU. Não sei o que você, leitor da VMS, pensa sobre este assunto. Mas para mim, Deus zela sobre a sua palavra para cumprir as profecias, e as que ainda não se cumpriram, dentro do tempo do Elchadai, há de se cumprir. Oremos pela Síria e por todos os missionários que estão lá, e também pelos demais países àrabes para que tenham graça e possam ficar firmes nas promessas de Deus. Os missionários são os arautos do Ide de Jesus ás nações. Suas chamadas são regidas por um ideal mais alto do que a própria vida. Amados, paz e Graça Joaz Galdino Pr Joaz Galdino é Pós-graduado no Antigo Testamento, Bacharel em Teologia , Plenificação em Filosofia, Plenificação em História, Plenificação em Ciência da religião, Graduado em Pedagogia, Pós-graduado em Ciência da Religião, Pós-graduado em Gestão Escolar, Pós-graduado Docência do Ensino Superior, Pós-graduado Psicopedagogia, Mestre em Ciência da Religião e Doutor em Teologia.


A Síria Atual: Política, Economia e Religião A Síria, que tem o seu nome de origem hebraica, é um país ao norte de Israel. A República Árabe da Síria tem como capital a cidade de Damasco, considerada a capital mais antiga do mundo, porém, existem outras cidades que disputam este título. Damasco desde os tempos mais remotos foi um importante centro de cultura e comércio, assim também era na época em que viveram Jesus e Paulo e continua sendo até hoje. A Síria ocupa uma área de 185.180 km² no Oriente Médio, nas coordenadas 35N, 38E, fazendo fronteiras com o Mar Mediterrâneo, Iraque, Israel, Jordânia, Líbano e Turquia. A Síria tem sua economia baseada em 50% dos setores petrolífero e agrícola. Embora seja exportadora de óleo, petróleo bruto, minerais, derivados do petróleo, frutas e verduras, trigo, fibra de algodão, têxteis, vestuário, carnes e animais vivos. Os desafios econômicos que a nação enfrenta a longo prazo incluem desemprego, diminuição da produção de petróleo, inflação, poluição da água, expansão industrial e alto crescimento populacio-

nal, contando na atualidade com cerca de 20 milhões de habitantes. Principais religiões: muçulmana sunita (74%), outras muçulmanas incluindo alawita e druza (16%), cristã (10%), judaica (pequenas comunidades em Damasco, Al Qamishli e Aleppo). Idiomas: árabe, curdo, armênio, aramaico, circassiano amplamente entendido, francês, e inglês pouco entendido. Desde 1946, ano em que a Síria independeu-se da França, o país sofre instabilidade política e tentativas de golpe. De 1958 a 1961 uniu-se ao Egito como República Árabe Unida, estabelecendo-se novamente como República Árabe da Síria. Por sua posição geográfica, com fronteiras com Israel, Iraque e Líbano, a Síria tem grande influência na mediação da paz entre aquelas nações fronteiriças. A contemporânea Síria política é a mesma da antiguidade, com a exceção que na guerra dos seis dias em 1967, a Síria perdeu os montes Golan para Israel.

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matéria de capa

Entenda a Crise na Síria Por Cleiton e Irinéa A Guerra Civil Síria (às vezes referida como Revolta Síria, ou ainda Revolução Síria) é um conflito interno em andamento na Síria, que começou com uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011, e progrediu para uma violenta revolta armada em 15 de março deste mesmo ano, influenciados por outros protestos simultâneos no mundo árabe. As manifestações populares por mudanças no governo foram descritas como “sem precedentes”. Enquanto a oposição alega estar lutando para destituir o presidente Bashar al-Assad do poder, para posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país, o governo sírio diz estar apenas combatendo “terroristas armados que visam desestabilizar o país”.

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Foi iniciada como uma mobilização social e midiática, exigindo maior liberdade de imprensa, direitos humanos e uma nova legislação. A Síria vive em estado de emergência desde 1962, que efetivamente, suspende as proteções constitucionais para a maioria dos cidadãos.


Surge o Chamado Exército Livre Sírio O resultado da repressão e dos enfrentamentos com os protestantes acabou em centenas de mortes, a grande maioria de civis. Muitos militares se recusaram a obedecer às ordens de suprimir as revoltas e manifestações, e alguns sofreram represálias do governo por isso. No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado. Em 23 de agosto de 2011, a oposição finalmente se uniu em uma única organização representativa formando o chamado Conselho Nacional Sírio. Hafez al-Assad esteve no poder por trinta anos, e seu filho, Bashar al-Assad, tem mantido o poder com mão firme nos últimos dez anos. As manifestações públicas começaram em frente ao parlamento sírio e a embaixadas estrangeiras em Damasco. Em resposta aos protestos, o governo sírio enviou suas tropas para as cidades revoltosas com o objetivo de encerrar a rebelião.

A luta armada então se intensificou, assim como as incursões das tropas do governo em áreas controladas por opositores.

Oficializa-se o “Conflito Armado Não-Internacional” Em 15 de julho de 2012, com grandes combates irrompendo por todo o país, a Cruz Vermelha internacional decidiu classificar o conflito como guerra civil (o termo preciso foi “conflito armado não-internacional”) abrindo caminho à aplicação do Direito Humanitário Internacional ao abrigo das convenções de Genebra e a investigação de crimes de guerra. Segundo a ONU, e outras organizações internacionais, crimes de guerra e contra a humanidade vem sendo perpetrados pelo país por ambos os lados de forma desenfreada.

Desde o início da guerra, as forças leais ao governo foram os principais alvos das denúncias, sendo condenadas internacionalmente por incontáveis massacres de civis. Milícias leais ao presidente Assad e integrantes do exército sírio foram acusadas de vários assassinatos e de cometerem inúmeros abusos contra a população. Contudo, durante o decorrer das hostilidades, as forças opositoras também passaram a ser acusadas, por organizações de direitos humanos, de crimes de guerra.

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Mortes e Desolações no Século XXI O conflito na Síria continua causando sofrimento humano e destruições imensuráveis. Dados compilados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) indicam que 100 mil pessoas foram mortas desde março de 2011, quando começou o levante contra o presidente Bashar al-Assad.

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A estimativa é que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente, incluindo 3,1 milhões de crianças. Desse total, 4,25 milhões são deslocados – internos. Até 9 de setembro, já havia mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e Norte da África.


Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas de acordo com a Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental (ESCWA). Cerca de 400 mil delas foram completamente destruídas, 300 mil parcialmente destruídas e 500 mil sofreram danos de infraestrutura. Cerca de 57% dos hospitais públicos foram danificados ou destruídos e 37% estão fechados, segundo a OMS. Muitos profissionais de saúde estão fugindo do país, e os que permanecem têm muita dificuldade para chegar aos postos de trabalho por causa da insegurança.

3/4 das Crianças Traumatizadas pela Guerra Uma pesquisa conduzida pela Turquia, Estados Unidos e Noruega mostra que 3/4 das cerca de 8,4 mil crianças sírias, a maioria entre 10 e 13 anos refugiadas no campo de Gaziantep Islahiye na Turquia, perderam ao menos um parente no conflito. O estudo revela que a maioria delas apresenta sinais de estresse e trauma, e 44% presenciaram ao menos cinco de onze eventos adversos associados a guerra e desastres. Metade das crianças sofre depressão e muitas estão preocupadas com familiares que permanecem no país.

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matéria de capa

Como a Igreja Tem Respondido às Oportunidades A Igreja no norte do Iraque responde às necessidades dos refugiados da região. Curdistão Para melhor compreensão, é importante que o leitor saiba que aqui no Curdistão, ou Norte do Iraque, onde residem os missionários SEMAP, vários povos vivem juntos. Os curdos são um povo que possui sua própria cultura, língua, e eles vivem distribuídos em vários países, e são de maioria muçulmana. A maior população de povo curdo está localizada na Turquia, e embora eles estejam distribuídos em varias nações do mundo, no Oriente Médio há uma grande quantidade deles assim distribuídos pelo Irã, Síria e Iraque. No Iraque eles possuem seu próprio território, sua bandeira e sua própria língua, que diverge das línguas faladas dentro do próprio país e também de outras nações. Os curdos têm lutado por muito tempo pela independência política e reconhecimento diante

da comunidade internacional. A região curda tem servido de refugio para muitos povos da Ásia, mas principalmente para árabes residentes vindos da capital Bagdá e de outras regiões que não possuem mais segurança de vida aos ataques e sequestros naquelas regiões. Esta região, ao contrário do que muitos imaginam, é um local seguro. A fiscalização quanto à entrada de estrangeiros, e principalmente árabes, é bem acirrada. Embora o governo curdo atue diligentemente, sua intervenção não amedronta os moradores. Há estabilidade econômica e o país passa por rápido crescimento, buscando acompanhar a realidade de países desenvolvidos. Os refugiados da Síria que estão aqui são curdos, e o governo local junto com ONGs internacionais tem dado o suporte básico necessário. Milhares de tendas permeiam essa região, totalizando quase 200.000, e a Igreja teve oportunidade de estar junto a um campo com aproximadamente 12.000 moradores.

Refugiados 26

De acordo com a ONU 2.124.521 buscaram refugios nos países vizinhos. Líbano 812.321; Turquia 513.090; Jordania 544.374; Iraque 199.985; Egito 125.983.


A Guerra Aproxima Culturas Diferentes

A Igreja e os Refugiados

A Igreja Evangélica AD é bem jovem, com pouco mais de 10 anos de existência, conta hoje com mais de 150 membros. Somente há 6 anos, em 2007, foi recebida a permissão oficial do governo local para existir como Igreja. Em julho passado (2013) foi inaugurado o prédio próprio com capacidade para cerca de 300 pessoas. É uma Igreja avivada e muito comprometida, mas até então desenvolvia o ministério basicamente entre a comunidade cristã nominal.

A Igreja Assembléia de Deus

As barreiras pelas quais a Igreja não se envolvia com curdos locais eram várias, a começar por se tratar de outro povo, com perfil diferente, problemas de relacionamento entre árabes e curdos, rejeição de ambos os lados, e também por ser um povo muçulmano em que a estrutura de evangelização é bem mais desafiadora. Com a chegada dos curdos refugiados da Síria, Deus tem despertado a Igreja e está movendo-a em amor junto aos muçulmanos refugiados residentes na nação.

O acontecimento bíblico ocor-

árabe está localizada na região curda do país, ou seja, no norte do Iraque, onde os refugiados curdos provenientes da Síria estão estabelecidos.

rido aqui no Iraque quanto ao surgimento de várias línguas, dando origem aos povos em Babel, se percebe até os dias de hoje. A igreja árabe se constitui de membros assírios que utilizam a língua materna em

Milagres A partir do desejo que o Senhor colocou no coração de alguns irmãos, estes foram conversar com autoridades do local para conhecer as possibilidades da Igreja apoiar as crianças refugiadas, e para nossa surpresa e satisfação as portas foram totalmente abertas para a gloria do Senhor. Essa foi a resposta recebida: A Igreja poderia fazer “festas” para as crianças. Maiores desafios foram surgindo. Quem ajudaria? Quantas crianças poderiam desfrutar de um tempo de descontração e aplicação de princípios bíblicos? Com que dinheiro se faria o trabalho?

casa, entre família, mas como não usam a Bíblia em assírio, eles cultuam ao Senhor em árabe, por ser a língua que oram e lêem a bíblia. A língua árabe é a língua que os cristãos nascidos nesse território iraquiano são alfabetizados. Na escola os alunos também estudam a língua curda por viverem no território curdo.

A palavra dada pelo pastor da Igreja diante dos desafios foi: “Caminhem e a provisão virá.” Em um mês surgiu a oportunidade e a Igreja entrou no campo de refugiados sírios, sem um plano de ação bem elaborado, sem enxergar ao certo qual recurso a utilizar, e sem ter dinheiro em caixa, porém fomos movidos pelo direcionar do Senhor.

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matéria de capa

Aquietai-vos e Sabei Que Eu Sou Deus no Brasil, ou seja, estavam prontos diante da oportunidade, estes não hesitaram em apoiar a equipe. Outro grupo de 30 irmãos de uma cidade vizinha veio apoiar. Estrangeiros servindo na nação também se juntaram para o trabalho, e a Igreja do Senhor então pôde servir e atender ao chamado da terra, com guarida aos necessitados, demonstrando o amor do Senhor e a ensinar princípios bíblicos entre crianças muçulmanas. Ainda contamos com cerca de 50 voluntários do próprio campo de refugiados, que apesar de serem muçulmanos, serviram com muita alegria ao lado da Igreja.

Ao saber da noticia, um grupo de Bagdá veio apoiar o trabalho. Um irmão da Igreja já estava montando há seis meses seu material evangelístico para crianças, e treinando para atuar como palhaço. Outros dois irmãos já haviam feito o curso da Apec

Nossa oração é para que eles sejam tocados pelo Amor de Jesus, enquanto caminham com os irmãos a consolarem e alegrarem as crianças! E quanto ao dinheiro, como fariam? O Senhor moveu corações e foi chegando ofertas para o exercício do ministério entres os sírios. O Senhor é fiel em todo o tempo!

A Multiplicação dos Recursos Histórias contadas com fantoches, teatro, jogos com bola, lanches e doação de materiais escolares foram oferecidos para cerca de 2500 crianças, um milagre! Recordemo-nos da multiplicação dos pães e peixes como “operado por Jesus”, seria a preparação para auxiliar tantas crianças? Quanto de recurso seria necessário para supri-las? O nosso Deus é um Deus de milagres.

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Prof. Irinéa Matos colaborou nesta reportagem e na ministração de aulas preparatórias para a formação dos primeiros obreiros iraquianos.



coluna missionária

Até aqui nos ajudou o Senhor.

(1Sm 7.12)

Jubileu de Prata do Trabalho Missionário Assembleia de Deus Uberlândia Neste ano de 2013, o SEMAP – Serviço de Missões aos Povos - da Igreja AD Uberlândia comemora e agradece a Deus pelos 25 anos de envio e sustento de missionários a diferentes campos.

Momento da entrega de placas comemorativas dos 25 anos Semap ao Pr. José Welington Bezerra da Costa - Presidente da Convenção Brasileira CGADB; Pr. Álvaro Sanches –Presidente AD Udi e campo; Pr. Lazaro Humberto – um dos missionários pioneiros SEMAP; e Ev. Saulo Gregório.

Para comemorar a data, o pastor presidente da AD Uberlândia - Pr. Álvaro Além Sanches, ampliou os serviços missionários prestados criando o Treinamento Missão aos Povos, que coloca o SEMAP também, como agência formadora e enviadora de missionários. Aconteceu em Uberlândia (MG) de 04 a 08 de setembro o 25º Encontro de Missões SEMAP, e na oportunidade foram lidas as atas históricas da criação deste trabalho na seara do Mestre.

Histórico Tudo começou no dia 04 julho de 1988, quando se reuniram, em Uberlândia, alguns membros da diretoria dos Gideões Missionários da Última Hora de Camboriú: Pr.

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Nildair dos Santos (Vice-presidente) e Nilton da Silva (tesoureiro), juntamente com o saudoso Pr. José Braga da Silva, então presidente da Assembleia de Deus

Pr. Álvaro Sanches e Ev. Saulo Gregório recebem missionários pioneiros da SEMAP - Pr. Lázaro Humberto, Pr. Celso Gregório e Pr. José Geraldo


Uberlândia, e mais alguns membros da mesma para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Fundação da Extensão dos Gideões Missionários da Última Hora e sua respectiva diretoria. Em ato contínuo foi formada a diretoria que ficou assim constituída: Presidente - Pr. José Braga da Silva, Vicepresidente - Pb. José Corsino, 10 tesoureiro - Saulo Gregório, 20 tesoureiro - Paulo Braga, 1a secretaria Eridan Alves, e 2ª secretaria - Edna Ferreira Pinho. Dez anos de intenso envolvimento da igreja no trabalho missionário, e aos trinta e um dia do mês de julho de um mil novecentos e noventa e oito, se reuniram na igreja Assembleia de Deus o pastor presidente da igreja Álvaro Alén Sanches, o ministério local, a diretoria do GMUH extensão Uberlândia, Pr. Cesino Bernardino, presidente nacional dos GMUH, e Pr. Nildair dos Santos, ambos de Camboriú. Na oportunidade Pr. Cesino pronunciou-se a respeito do reconhecimento de que o trabalho de Uberlândia já possuía estrutura para andar sozinho e foi decidido que, aos poucos, se daria a inauguração de uma secretaria independente na Igreja Assembleia de Deus, que recebeu o nome de SEMAP – Secretaria de Missão Ação Pentecostal, hoje, Serviço de Missões aos Povos.

25 anos conquistando nações até os confins da Terra

Hoje, após 25 anos de trabalho missionário, o SEMAP mantém missionários no nordeste brasileiro: Piauí, Maranhão, Ceará; no Norte de Minas, no Oriente Médio onde se apresenta restrições ao Evangelho, no Iraque, em Marrocos, Portugal, Alemanha, Itália, México, Índia, Burkina Fasso e Senegal. Louvamos a Deus por todas as bênçãos recebidas e reconhecemos a mão de Deus

nas parcerias que se comprometem de forma responsável e contínua com nosso trabalho. Destacamos entre elas a CPAD. O Ev. Saulo Gregório também faz parte da história viva do SEMAP, uma vez que acompanhou seus trabalhos, como diretor executivo, desde o nascimento desta até os dias de hoje, perfazendo 25 anos de dedicação. Na oportunidade a presidência da Igreja lhe outorgou uma placa com os dizeres: “Homenagem SEMAP ao Evangelista Saulo Gregório de Lima, por estar no exercício do cargo de diretor executivo há 25 anos, servindo a Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Uberlândia e campo com sabedoria, humildade e dependência de Deus”.

Comemorações Nesta data tão importante, a abertura de nosso 250 Encontro de missões SEMAP contou com as ilustres presenças do Pr. José Welinton Bezerra da Costa - Presidente da CGADB, Pr. Álvaro Alen Sanches – Pastor Presidente da Igreja de Uberlandia e Semap, Ev. Saulo Gregório – Diretor Executivo SEMAP, que há 25 anos vem atuando junto a mesma, também dos três missionários pioneiros - Pr. Celso Gregório, Pr. Lazaro Humberto e Pr. José Geraldo, com a presença das famílias de missionários que atuam no Oriente médio, Portugal, Marrocos, e dos

missionários que atuam na base, somando mais de 60 missionários atuantes que vivem em quatro continentes. Neste congresso tivemos a participação, como preletores, do Pr. Isaias Pereira – MT, Pr. Lázaro Humberto- AC, Pr. José Geraldo- Ro, Pr. Celso Gregorio – AC, Pr.Anisio do Nascimento- RJ.

Presidência da Igreja, diretoria SEMAP e parceiros

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coluna missionária

Família do Pr. Nilton César (RJ), pregadores da 1a Manhã Missionária Infanto Juvenil (Leia SEMAPINHO, página 36)

Belíssimo jogral foi preparado pela irmã Lurdinha (EBDU) e os adolescentes da sede

Formatura do CAAM A 11ª edição do Curso de Formação de Agentes Missionários comemorou sua formatura em meio às comemorações do Jubileu de Prata SEMAP. A coordenação do curso este ano ficou na responsabilidade da Missionária Irinéa Matos e da irmã Mirian Motta que, juntamente com a equipe de logística, orquestraram uma linda e emocionante cerimônia que contou com a presença de alunos, familiares e convidados. Nesta edição, onde se formaram quase 70 alunos de diferentes denominações, o CAAM enfatizou disciplinas fundamentais de missiologia, estratégias missionárias, atuação em vida cristã e prática de evangelismo com foco no trabalho em equipe. Em seu corpo docente contou com ilustres e experientes obreiros como: Pr Álvaro Sanches, Rev. Marcos Agripino (APMT), Miss. Tonica (CEM), Prof. Marcelo Espíndola (RJ), Miss. Rodrigo Vitorino (Sepal), Prof. Romero, Miss. Márcia e Vivek, Miss. Márcia Linfonso e Dioní-

Pr. Celso Gregório primeiro missionário SEMAP e Pr. Anísio do Nascimento, secretário executivo de missões (SENAMI)

sio, Miss. Antonio e Grazziela, Miss. Irinéa, Pr. Antonio Ribeiro, Pr. Daniel Neves, Pr. Claudio Cardoso, Prof.ª Milena, Miss. Iliete, Miss Dagnaldo, Pr. Guilherme, Prof.ª Ely Paschoalick, Miss. Leandro e Mirian, Miss. Sandro e Josiane. Aguardem matrícula para a próxima edição no mês de março de 2014. Formandos da 11ª edição do CAAM – Curso que objetiva instrumentalizar pessoas para estimular a obra missionária em suas congregações

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Tenda da Oração

Irmã Marieta Fagundes, organizadora da Tenda de Orações

Há cinco anos as festas de Missões SEMAP são abençoadas pelas orações que acontecem na Tenda de Orações organizada pela irmã Marieta Fagundes e seu genro Nilson Dantas. Neste 250 Encontro de Missões em que comemoramos o jubileu de prata da obra missionária não foi diferente.

Jovens e adolescentes tomaram posse da tenda e por muitas horas rogaram ao Senhor pela salvação de almas

O ambiente onde Deus operou milagres e gerou muitos testemunhos foi palco de uma invasão de adolescentes, cheios do poder de Deus, desejosos de orar, que lá permaneceram clamando pela salvação de almas nas diferentes nações representadas na tenda.

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perfil missionário

Pr. Álvaro Álen Sanches Nascido em 17 de março de 1949 em Amandaba (SP), Álvaro Alén Sanches se converteu ao evangelho aos 08 anos de idade, foi batizado aos 13 anos na Igreja Batista pelo Pr. João Gomes em Mirandópolis (SP), e com 20 anos casou-se na Igreja Assembleia de Deus de Mirandópolis (SP), ministério Ipiranga, pela mão do Pr. Salvador Antunes. Álvaro e Tomiko Kanamaru Sanches formaram uma abençoada família, ao lado da filha Débora Sanches casada com Márcio Nobre, que lhes deram os netos Laura Isabely e Arthur Henrique; e dos filhos Deizo V. Sanches e David Dayveson Sanches, este casado com Mary Meneses Sanches, que lhes presentearam com o neto Augusto, e neste ano de 2013 com os gêmeos Eduardo e Guilherme. O casal também foi abençoado com o sobrinho neto Gustavo, de seus queridos sobrinhos Gerson Marcos e Elizângela. Pr. Álvaro iniciou a carreira ministerial em 1975 em Valparaiso (SP), quando foi separado ao diaconato pelo Pr. Alfredo Reikdal. Em 1978 foi indicado ao presbitério pelo Pr. João Pereira Dias em Centralina (MG). Em 1979, aos 29 anos de idade, foi ordenado ao ministério da palavra pelo Pr. José Braga da Silva. Aos 31 anos mudou-se para Uberlândia, a fim de auxiliar o ministério local como vice-presidente por quase 09 anos.

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Álvaro Álen Sanches e sua esposa Tomiko Kanamaru Sanches

Em 1984 foi transferido para AD – Tupaciguara (MG), onde ficou a frente do trabalho por 04 anos. Em abril de 1987, Deus o enviou a Santa Helena de Goiás, onde lançou um empreendimento desafiador para a AD da cidade: construir um novo templo em um tempo marcado pela fé de um líder corajoso e destemido. Quase 05 anos depois, aos 41 anos de idade, Pr. Álvaro deixa Santa Helena de Goiás e segue para Itumbiara para pastorear a AD dessa cidade até janeiro de 1994.

Seu chamado para Uberlândia Após atuar quase 20 anos na região de Uberlândia (MG), em 26 de dezembro de 1993, Pr. Álvaro recebe a presidência da AD e campo das mãos do então vice-presidente, Pr. José Honório Tostes, que com o afastamento do presidente Pr. José Braga, declina o direito de assumir a presidência a favor do Pr. Álvaro. Ao lado do ministério local, Pr. Álvaro Alén Sanches mantém uma liderança bem-sucedida, unida e aprovada por Deus acima de tudo. Pr. Eurípedes Ângelo de Meneses, por aproximados 19 anos, acompanha-o como vice-presidente.

Desde 1998 Pr. Álvaro preside também a Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus no Triângulo Mineiro (Comadetrim). Em seu ministério, este homem de Deus, tem se empenhado em honrar ao Senhor e em conduzir o rebanho do Mestre com integridade e valor. Expandindo a obra missionária Desde sua posse como presidente do campo de Uberlândia, Pr. Álvaro tem buscado fortalecer a obra missionária possibilitando que o SEMAP - Serviço de Missões aos Povos - se expandisse com trabalho evangelístico e social às nações, inclusive naquelas que sofrem restrições religiosas. Fazendo parcerias e criando estratégias, ele somou esforços para adquirir uma base missionária na Alemanha, assim como espraiar obreiros da AD Uberlândia pelo Oriente Médio, Iraque, Marrocos, Portugal, Alemanha, Itália, México, Índia, Burkina Fasso e Senegal. Também no Nordeste brasileiro: Piauí, Maranhão, Ceará; e no Norte de Minas. Oremos por esse servo do Senhor!

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s e m a p i n h o

Primeira Manhã Infanto Juvenil SEMAP

Conscientizar a Igreja da necessidade de empoderar os adolescentes, oferecendo-lhes ações positivas em missões e olhares de compreensão, foi o tema apresentado pelo jogral de adolescentes da sede AD

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Nossas apresentadoras brilharam ensinando os presentes a louvarem em árabe, inglês e canções portuguesas

Em comemoração ao 25º aniversário da obra missionária, quem ganhou o presente foram as crianças e os adolescentes que organizaram uma noite e uma manhã missionária infanto juvenil. Irmã Lurdinha Sanches (Superintendente da EBDU), irmã Cleonice (Círculo de Oração e Livraria Bereana), irmã Márcia e irmã Ely Paschoalick (dirigentes Semapinho) tiveram a maravilhosa ajuda dos filhos de missionários que se encontravam em visita na cidade, das muitas professoras da EBDU e das dirigentes Semapinho dos bairros para então organizarem uma noite e uma manhã missionária com a alegria e a energia da juventude, que emanava de todos os quase 100 adolescentes que participaram ativamente deste momento em louvor ao Senhor dos senhores.

Filhos de missionários abrilhantaram a festa e ensinaram os presentes a cantarem em espanhol

Semapinho dos bairros presente nas festividades dos 25º Encontro de Missões

Placas anunciavam os diferentes programas e estudos que os agentes mirins praticam durante o ano

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s e m a p i n h o

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Lindas apresentações despertavam a consciência missionaria dos presentes

DESPERTA IGREJA DO SENHOR! (Agentes Mirins do Nova Uberlândia)

Pr. Edson (tesoureiro SEMAP) deu o maior apoio juntamente com todo o ministério da igreja

Marcia e Ely, coordenadoras do Semapinho, estavam muito felizes com a 1ª Manhã Missionária Infanto Juvenil SEMAP

Orando por todas as nações!

Lindas histórias foram contadas com os fantoches e materiais didáticos da Família Newton César do RJ



Ministério dirigido por jesus Através da vida de Jesus, Ajith Fernando identifica os elementos fundamentais que permitem que o líder seja eficaz em seu ministério. Cheio de passagens bíblicas e das experiências pessoais do autor, este livro vai ajudar homens e mulheres a seguirem a Cristo, mas serem também um espelho de suas ações, decisões e atitudes para que seu ministério dê muitos frutos.

256 páginas

Cód.: 217303/ 14x21cm

Ajith Fernando

w w w . c p a d . c o m . b r / r e d e ss o c i a i s

NAS LIVRARIAS OU PELO: 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3 www.cpad.com.br


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