ÍSIS SEM VÉU - VOL.III

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74.

Transactions of the Royal Asiatìc Society of Great

Binin

and lreland, Londres, 1827, vol. I,

pp.578-79.

5. lNota rn CudwoÍh, True Intele ctual Systern, Il, p. 324; Londres, 845.] 76. Le Spiritisme, etc., p. 13. 77 . A F ranck, Iz Kabbale, Paris, I 843, parte II, cap. III, p. 197- 98. 78. SepherYetzïah(Livro da Criação), I, S 7. 79. [Cf.AKircher,Sphiwmystagoga,Amstelodami,16'76,partelll,cap. III,p.52.] 80. The Hist. of the Conftct, etc.,p.224. 81. Ver Zohar; Kabbala denudata; Siphra Dtzeniuthah, o livro mais antigo dos cabalistas; e 7

1

Milman, The Hist. of Chisüanity,1840, p. 212-15.

82. Milman, op. cit., p. 28O. Kuios trr. Y er

83.

84.

l!

Ap olo

e Kora são mencionados repetidamente em Justino, o Már-

gin, cap. 64, eÍc.

VerOlshausen,BiblischcnComÌnentarüberscimilichSchiítendesNeuenTestatnents,p.lT. Existe sobretudo entre os eslavos e os russos uma difundida superstição (?), segundo a qual

o

rruigbo ott o feiticeiro não pode morreÍ antes de ter passado a "palawa" a um sucessor. Táo enraizada está ela nas crenças populares que náo podemos imaginar uma pessoa na Rússia que não a teúa ouvido. Não é difícil traçaÍ a origem dessa sup€rstição aos antigos mistérios que durante séculos se difundiram por todo o globo. A antiga Variago-Russ tinha seus mistérios tanto no norte como no sul da Rússia; e há muitas relíquias da antiga crença espalhadas nas terras banhadas pelo sagrado Dnieper, o Jordão batismal de toda Rússia. Nenhum Znachar' (aquele que sabe) ou Koldun (feiticeio), mascuüno ou feminino, pode morrer de fato sem antes teÍ passado a mrsreriosa palavra a alguém. A crença popular afirma que ele, se não o fizer, resistirá corn grandes sofrimentos à morte poÍ semanas e meses, e quando por Íim se libertar seú apenas para errar pela 'ferra, incapaz de deixar sua região, a menos que encontre um sucessor mesmo depois da morte. Em que medida a crença pode ser verificada por outÌos, não sabemos, mas fomos testemunhas de

um caso que, por sers, dénouemenr ldesfecho] trágico e misterioso, merece ser aqú dado como ilustração do assunto 9m pauta. Um velho, de mais de cem anos, camponês-servo no governo de S-, que granjeara uma grande reputação como feiticeiro e curandeiro, estava moribundo há vários diaS, mas náo conseguia morrer. A notícia se espalhou como um relâmpago, e o pobre homem foi abandonado até mesmo pelos membros de sua própria famflia, pois esta tinha medo de receber a incômoda herança. Por fim o rumor público na aldeia era tal que ele enviou uma mensagem a um colega menos versado do que ele na arte e que, embora vivesse num distante distrito, atendeu náo obstante ao chamado, prometendo chegar na manhã seguinte. Nessa ocasião estava em visita ao proprieúrio da aldeia um jovem médico que, pertencendo à famosa escola do Nilri/rszo daqueles dias, riu bastante da idéia. O dono da casa, sendo um homem muito pio, ÌÌìzìs pouco inclinado a zombar da "superstiçáo", riu - por assim dizer - com o canto da boca. EntÍementes, o jovem cético, para satisfazer sua curiosidade, fez uma visita ao moribundo, descobriu que ele não poderia viver por mais de vinte e quatro horas e, determinado a provar o absurdo da "superstição", tomou providências para deter o "sucessor" numa aldeia vizinha. Na manhá seguinte, um grupo de quatro pessoas, o médico, o dono do lugar, sua filha e a autoÍa destas linhas, foi à cabana onde se deveria cumprir o triunfo do ceticismo. O moribundo aguardava seu libertador a todo instânte, e sua agonia se tornou extrema com a demora. Tentamos persuadir o médico a fazer a vontade do paciente, por amor à humanidade. Ele riu. Tomando numa das máos o pulso do velho feiticeiro, e com a outra o relógio, afirmando em francês que trìdo estaria terminado, permanecendo absorto em sua experiência profissional. A cena era solene e aterradoÍa. Subitamente, a portâ se abriu, e um jovem entrou com a informação, dirigida ao médico, de que o krmt esÍava caído de bêbado numa aldeia vizinha e que, de acordo com stns ordens, nã,o poderia estaÍ com o "avô" senão no dia seguinte. O jovem médico ficou confuso, e estava prestes a se dirigir ao velho, quando, rápido como um relâmpago, o Znachar's retirou sua mão da dele e se levanlou no leito. Seus olhos encovados chisparam; sua barba e o cabelo brancos que enquadravam o rosto lívido deram-lhe um semblante terrífico. Em seguida, seus longos braços descarnados agarr:fíun o pescoço do médico, e com uma força sobrenatural trouxeram a cabeça do jovem para perto de sua face, mantendo-a como que num torno, enquanto murmurava em seu ouvido palavras para nós inaudíveis. O ético lutou para libeúar-se, Ínas antes que tivesse tempo para fazer qualquer movimento efetivo, o kabalho evidentemente já fora feito; as mãos relaxaram a pressão, e o velho feiticeiro caiu de costas - um cadáver! Um estranho e fantasmagórico sorriso pousava sobre seus péüeos lábios - um sorriso de diabóiico triunfo e de vingança 57


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