ÍSIS SEM VÉU - VOL.III

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O

é um celibatáio:. a Divindade dos presbiterianos, e as outras seitas protestantes ortodoxas, é um Pai

Deus dos unitaristas

metodistas, congregacionistas sem esposa com um Filho idêntico ao próprio Pai. No esforço de se superarem umas às outras na ereção de suas Sessenta e duas mil e tantas igrejas, casas de oração e salas de reunião em que se ensinam essas conflitantes doutrinas teológicas, gastou-se a soma de 354.485.581 dólares. Somente o valor dos presbitérios protestantes,

nos quais se abrigam os pastores

e as suas famílias, é

estimado em cerca de

54.t14.297 dólares. Dezesseis milhões (16.179.387) de dólares sáo destinados todo ano para cobrir as despesas correntes apenas das seitas protestantes. Uma igreja presbiteriana em Nova York custa cerca de um milháo de dólares; um altar católico, um quarto de milháo!

Não mencionaremos a multidão de seitas menores, de comunidades e de extravagantes pequenas heresias originais desse país, que nascem num dia para morrer no outro, como os esporos de cogumelos, após um dia chuvoSo. Não nos deteremos, também, para considerar os pretensos milhões de espiritistas, pois à maior parte deles falta a coragem de escapar-se de suas respectivas seitas religiosas. Eles são os nicodemos clandestinos.

Pois bem, perguntaremos como Pilatos,

"O que é a verdade?" onde

devemos

procurá-la, no meio dessa multidão de seitas em guerra? Cada uma delas pretende basear-se na revelação divina, e cada uma afirma possuir as chaves das portas do céu. Estará qualquer uma delas na posse dessa rara Verdade? Ou devemos exclamar como o filósofo budista, "Há apenas uma verdade sobre a Terra' e ela é imutável; ei-la:

-

aVerdade náo está taTerral"

Embora tenhamos a intenção de trilhar por um caminho que foi exaustivamente batido pelos sábios eruditos que demonstraram que todo dogma cristão tem a sua origem num rito pagão, náo obstante oS fatos que eles exunÉram desde a emancipação da ciência, nada perderão se forem repetidos. Além disso, propomo-nos a examinar esses fatos de um ponto de vista diferente e talvez original: o das antigas

filosofias esotericamente compreendidas. Referimo-nos' de passagem' a elas em nosso primeiro volume. Vamos utilizá-las como o modelo para a comparação dos

dogmas cristãos e dos milagres, com as doutrinas e fenômenos da magia antiga, e da

ÍÍìoderna "Nova Revelação", como o Espiritismo é chamado por seus devotos. Como os materialistas negam os fenômenos Sem investigá-los, e como os teólogos, admitindo-os, oferecem-nos a pobre escolha de dois manifestos absurdos - o Demônio e os milagres -, pouco perderemos recorrendo aos teurgistas, e eles podem realÍnente ajudar-nos a lançar uma grande luz sobre um assunto muitíssimo obscuro. o prof. A. Butlerof, da universidade Imperial de são Petersburgo, observa

num opúsculo recente, intitulado Maniftstações mediúnicas, o seguinte: "Que os fatos ldo Espiritismo moderno] pertençam, se quiserdes, ao número daqueles que eram mais ou menos conhecidos pelos antigos; que eles sejam idênticos àqueles que nas épocas sombrias deram importância ao ofício do sacerdote egípcio ou do áugure romano; que eles formem ainda a base da feitiçaria de nosso xamã siberiano; (. . .) que eles sejam tudo isso, e, se são fatos reais, não é nossa tarefa decidi-lo. Todos os fatos da Natureza pertencem à ciência, e todo acréscimo ao depósito da ciência a enriquece em vez de empobrecê-la. Se a Humanidade admitiu outrofa uma verdade e depois, na cegueira de seu orgulho, a negou, voltar a compreendê-la é um passo à frente, náo para trás".

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