Indústrias Químicas e o Meio Ambiente

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1980, quando foi modificada para permitir a produção de aldeído acético e eteno a partir do etanol. Estes produtos foram utilizados pela Companhia Álcoolquímica Nacional, localizada ao lado da Coperbo, para a produção de acetato de vinila monômero. Em 1969 a Eleikeiroz do Nordeste iniciou a produção de 2-etilhexanol, a partir do etanol, em Igarassú, Pernambuco. Na década de 1970, com a entrada em operação da Petroquímica União (1972) e da Copene (1978), o eteno petroquímico tornou-se disponível, iniciando-se uma competição entre o eteno derivado do etanol e o derivado da nafta. Em 1973, com a crise do petróleo, o Brasil passou a buscar fontes alternativas de matérias-primas visando a redução da dependência do petróleo importado. Em 1975 foi criado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), gerido pela Comissão Nacional do Álcool. Para a indústria química o governo resolveu subsidiar a produção de álcool daqueles derivados orgânicos que pudessem ser produzidos alternativamente por rota petroquímica. Em 1982 o preço do etanol destinado às indústrias alcoolquímicas passou a ser equiparado ao preço da nafta petroquímica. O Decreto Lei 87.813 de 16/11/82 definiu a sistemática para a fixação do preço do álcool destinado à indústria química. Para os produtos que alternativamente também podiam ser produzidos pro rota petroquímica (eteno, dicloroetano, óxido de eteno, acetato de vinila) o preço do litro do álcool seria correspondente a 100% do preço FOB do litro da nafta. Para os produtos sem rota petroquímica alternativa (éteres glicólicos, ácido acético, aldeído acético, etilaminas) o preço do litro do álcool seria correspondente a 170% do preço FOB do litro de nafta.

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Fonte: Adaptado de Wongtschowski (1999)

De acordo com Wongtschowski (1999), a partir da década de 1990, os diferentes tipos de indústrias químicas sofreram os efeitos decorrentes da abertura de mercado, de desestatização e ampliação dos níveis de exigência da legislação ambiental, mesma época em que, segundo Nakano (2007), o governo federal retira a sua participação nas empresas. O quadro 15 apresenta algumas destas informações:

Quadro 15 – Fatos Ocorridos com a Indústria Química na Década de 1990 Tipo de Indústria • Petroquímica •

Fatos Relevantes Na década de 1990 a indústria petroquímica sofreu fortemente com a abertura comercial e a simultânea redução dos preços dos seus produtos no mercado internacional no período de 1990 a 1994. O processo de desestatização empreendido pelo governo federal após 1990 levou à saída da Petroquisa de praticamente todas as empresas, mantendo-se nas centrais petroquímicas – Continua (...)


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