Indústrias Químicas e o Meio Ambiente

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(centralizadas), cujo ponto de vista frequentemente se considera suspeito de ingenuidade, implica ou inclusive produz um considerável impulso de poder para levar a cabo uma política de “desenvolvimento sustentável”, segundo se denomina em uma nova frase mágica. Em sua proposta para a sociedade de risco, Beck (2006) propõe um novo marco conceitual, em que a análise sócio ecológica dos problemas ecológicos não seja tratada como problemas de meio ambiente ou o mundo que nos rodeia, mas sim como um mundo interior da sociedade. O autor sugere que este marco se inicie além do dualismo existente entre sociedade e natureza e de conceitos chave aparentemente evidentes, de natureza, ecologia e meio ambiente. Para Beck (2006) a sociedade de risco global compartilha o adeus ao dualismo sociedade-natureza, sugerindo uma única pergunta: como podemos administrar a natureza depois do seu fim? Para o autor esta pergunta que diferentes abordagens tratam de iluminar de formas diversas, é desenvolvida pela teoria da sociedade de risco global em direção do construtivismo institucional. Na concepção de Beck (2006) a natureza e a destruição da natureza são produzidas institucionalmente e definidas, nos conflitos de leigos e especialistas, dentro da natureza interiorizada industrialmente. Beck (2006) acredita que os temas e perspectivas centrais da sociedade de risco se relacionam com a incerteza fabricada dentro de nossa civilização: risco, perigo, efeitos colaterais, asseguramento, individualização e globalização. Logo, neste contexto, a teoria da sociedade de risco global traduz a pergunta pela destruição da natureza com outra pergunta: Como aborda a sociedade moderna as incertezas fabricadas autogeradas? Beck (2006) chama a atenção sobre a essência desta fórmula, na qual residem os riscos, que dependem de decisões e que em princípio podem controlar-se, e perigos, que escaparam ou neutralizaram as exigências de controle da sociedade industrial. O autor atribui à existência dos riscos ao fato de que normas e instituições desenvolvidas dentro da sociedade industrial podem falhar: o cálculo de riscos, o principio de segurança, o conceito de prevenção de acidentes e desastres, as medidas profiláticas. Como forma apresentar evidências sobre a sua existência, Beck (2006) reforça o fato


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